AUTILIZACAO DE PIG’SNA INSPECAO E MANUTENCAO DE DUTOS Aer Si senharia de Petréleo © Gés. Universidade Potiguar (UnP). emai Ss gana. SORE Luzia Patricia Fernandes de Carvalho Galvo Doutora em Quimica. Universidade Potiguar (UnP). E-mail: patricia.galvao@unp.br ENVIO EM: Novembro de 2014 ACEITE EM: Novembro de 2014 2,1, p28 5, NonzoAreyzons EWSTATECNCLOGIAKINFORAGHO SSN 73164622 PSRESUMO: Na inddstria do petréleo, a passagem de pigs em dutos tem sido largo- mente aplicada com diferentes propésitos: limpeza do tubo, inspegSo, remoggo de liquido ¢ separagSo de produtos, entre outros. Em algumas situagdes, durante a vida de um duto, € necessério remover o produto de seu interior. A primeira & logo apés a sua construgdo, na fase de condicionamento, quando & mandatério para gasodutos e pritica usual para oleodutes, 0 seu esvaziamento © secagem apés a execugdo do teste hidrostatico, Em outros momentos, como durante periodos de manutengSo, pode ser necessério 0 esvaziamento do duto para permitir a execugSo de reparos © troca de trechos. Palavras-chave: Industria do petréleo. Pigs. Dutos. Gasodutes. Oleodutos. USE OF PIG'S IN MAINTENANCE AND INSPECTION OF PIPELINES ABSTRACT: In the petroleum industry, the passage of pipeline pigs has been widely applied for different purposes: tube cleaning, inspection, removal and separation of liquid products, among others. In some situations during the life of a pipeline is necessary to remove the product inside. The first is right after its construction, the conditioning phase, when it is mandatory for pipeline and usual practice for pipelines, emptying and drying after running the hydrostatic test. At other times, such as during, Periods of maintenance, emptying the pipeline may be needed to allow the execution of repairs and replacement of sections. Keywords: the oil industry. Pigs. Pipe Gas pipelines. Oil pipelines. q pn 2,1, 938-52 novaoiarEios REWSTATECNOLOGIA A INFORUAGHO- ISSN 25163622 391 INTRODUGAO Dutos podem faihar por ago de um ou de uma combinagSo de mecanismos de falha de material. Alguns desses mecanismos levam a perdas de espessura de suas paredes, entre os quais esto corrosfo, eroséo e abrasio. Tais perdas de espessura fem paredes ocorrem na superticie interna ou externa e, dependendo da magnitude destas, podem levar a vazamento ou a rompimento, Devido & crescente preocupago com o meio ambiente, as operadoras de dutos, ‘tem investido em programas de reabilitagdio e de gerenciamento da integridade, com ‘© objetivo de estender a vida itil de seus dutos. ‘Amethoria na qualidade das ferramentas de inspego interna, tais como pigs ins~ trumentados de alta resolugdo, tem colaborado para se obter um retrato mais fiel da existéncia de corrosde, trincas, defeites de fabricagde, amassamentos, ete. Se, por um lado, a informago mais precisa vinda da inspegdo permite uma avalia- (80 mais precisa dos defeitos, evitando reparos desnecessarios, por outro lado, mostra, lum retrato critico das condigées de integridade do dute. 2 PIGS Os pigs s80 dispositivos deslocedos no interior do duto, impulsionados pelo proprio fluido, tendo por finalidade serem usados desde para uma simples limpeza do duto a uma inspegdo detalhada de seu interior. Os pigs destinados & inspegdo, também conhecicos como in-line inspection tools (ferramentas de inspegdo em linha/produ- ¢0) ou pigs inteligentes, 280 dispositivos robétices que possuern a fungdo de avaliar © interior do duto. Esse tipo de inspegdo teve cua origem em torne de 45 anos atrés, ¢ j8 evoluiu muito até os diss de hoje, utilizando diversos principios de medi¢ao € sistemas extremamente especializados e complexos. Os pigs sdo capazes de verificar ‘a espessura, geometria (detectar amassamentos), sinais de corrosio, vazamentos, ‘outros defeitos ao longo do duto que possam prejudicar seu escoamento e/ou colocar em riseo sua operagao. ‘Antes de um pig de inspego ser inserido na tubulaglo, por ser uma ferramenta muito cara e devido ao grande risco de que ele fique “entalado”, so necessarias et pas de limpeza € verificagao da geometria interna do duto: * Limpeza do duto: so utilizados pigs de limpeza para remogdo de residucs da ‘tubulagdo, + Remocao de pedacos de metal soltos no duto: uso de pig magnético de limpeza, © qual possui poderosos eletroimas que atraem qualquer residuo metalico solto na tubulagde. * Verificago do estado do duto: visa a detectar ovalizagdes, a presenca de valvu- las mal fechadas ou qualquer outro agente que possa trancar e/ou danificar 0 pig na passagem pela tubulagdo. Geraimente, s80 utilizados pigs com um corpo {ino e com uma chapa de aluminio de didmetro préximo ao da tubulagao. Verifi- cando 0 estado dessa chapa apés a passagem do pig, pode-se ter uma ideia da situagdo interna da tubulagdo. * Medigdo da geometria interna do duto: uso de pigs geométricos que, efetivar mente, medem a geometria interna do duto, os quais s4o sensiveis o suficiente para detectar amassamentos pn 2,1, 938-52 novaoiarEios REWSTATECNOLOGIAAINFORUAGHO- ISSN 25183622 40‘Apés a realizagdo desses procedimentos e a garantia de que a tubulaglo esté apta para a inspegdo detalhada, o pig de inspegéo é inserido A origem do nome pig possui algumas versSes, sendo as mais aceitas as que re- lacionam © dispositive a0 animal de mesmo nome, tanto pela semelhanga entre o {grunhido dos porcos e o som emitido pelo dispositive a0 se deslocar na linha, como pela estreita relagdo entre pig e detritos. Conforme mostra a Figura 1 Figura 1 - Pig em deslocamento no interior do duto. 3 INSPECAO HUMANA A inspegdo humana pode ser utilizada na detecedo de vazamentos. Percorrer pe- riodicamente a faixa do duto, seja a pé, de carro, seja de aviéo, é considerado um recurso para deteotar sinaic de vazamentes. Podemos visualizar solos descolorados, bolhas emergindo da agua, distorgées com imagens térmicas etc. Um inspetor bem treinado pode sentir o odor de gas em misturas com baixos niveis de partes por milho (PPM). 0 som do vazamento também pode ser escutado, quando o inspetor chega perto o suficiente do vazamento. Porém, como percorrer a faixa do duto no € um procedimento simples de ser rea- lizado, essa técnica é pouco utilizada. Conforme mostra a Figura 2 Figura 2 - Inspeco humana de dutos. pn 2,61, 93842 NovzOLaFEV201s RESTA TECNOLOGIK A NFORUAGAD-\SSN 216962244 INSPECAO POR PIGs INSTRUMENTADOS Pig € um dispositivo sélido, introduzido em tubulagSes e dutos, deslocado pela vazio do fluido. Pig instrumentado pode ser definido como um pig com instrumentos alguma fungdo ou mediggo em um duto. Conforme Figura 3. Figura 3 - Tubulagdo em corte com pig em deslocamento. (Os pigs instrumentados s0 equipamentos amplamente utilizados para realizagio de diferentes tipos de inspegdo interna de dutos. Eles so introduzides no duto e se deslocam por toda sua extensio, impulsionados pela pressio de bombeio do fluido, caja ele éleo, seja gés. Normalmente, s80 constituidos por vasos de press sustenta- dos por copes de poliuretano em suas extremidades. So equipados com eletrénica, bateria e sencores, que identificam anomalias geométricas e perdas de espescura por corrosie. Os métodos de detecodo de corrosdo mais utilizados so baseados em mag- netismo e ondas ultrassénicas. Conforme mostra a Figura 4. Figura 4 - Pig instrumentado. Os pigs de inspegdo fornecem informagées que podem subsidiar a avaliacdo da tegridade de dutos, A excolha para o uso de uma tecnologia de pigs de inspegio é de acordo com © \ objetivo da inspegdo. Entre os pigs de inspegdo, os mais comuns so os geométricos - “|| e.08 de perda de espessura. Os geométricos medem os desvios de circularidade da secede transversal ao longo do duto, sendo que alguns medem, também, raio de cur vatura nas curvas do duto. Os de perda de espessura realizam medigdes na superficie interna dos dutos. Conforme Figura 5. REWSTATECNOLOGIA A INFORUAGHO- ISSN 2518362242Figura 5 - Pig geométrico. Figura 5 - Pig de inspegao para perda de espessura. Também so usados pigs de inspeoSo de trincas e pigs inerciais. Os de trinca as detectam na parede co duto e os inerciais registram coordenadas geograficas tridi- mensionais do eixo do duto ao longo dele. Existem, ainda, pigs ecpeciais de inspecdo, alguns dos quais combinam tecnologias de inspego e outros com tecnologias pouco experimentadas. Conforme Figura 6. Figura 6 - Pig inercial transmissiio por coordenadas geograficas. ago5 PRINCIPAIS TECNOLOGIAS UTILIZADAS PARA INSPECAO DETA- LHADA DE DUTOS Pig Magnético (MFL) Sem sombra de diividas, © pig MFL, do inglés Magnetic Flux Leakage (Fuga de Fluxo Magnético), € a ferramenta mais difundida para inspegdo de corroso de dutos. Utiliza alteragées no campo magnético para detectar mudangas na espessura do duto. Pode ser usado tanto em dutos de éleo como de gas. No entanto, sua sensibilidade diminui com 0 aumento da espessura do duto. Possui pouca tolerancia a variagdo do didmetro interno, sendo que ovalizagées ¢ amassamentos porventura existentes na linha podem impossibilitar a sua passagem. Conforme Figura 7. Figura 7 ~ Pig Magnético (MFL). wg Principio de funcionamento do sensor MFL © sensor € equipado de um sistema de bobinas que produz um potente campo magnético parslelo parede do duto. Um sensor de efeito Hall detecta 2 variag3o das linhas de fluxo magnético, quando este pasta por uma parte do duto com defeito interno efou externo. Geralmente esses sistemas possuem um segundo sensor, co- nhecide como sensor de discriminagdo, cuja fung&o ¢ indicar se o defeito é interno ou externo, Isso € possivel, pois 0 segundo sensor apenas detecta defeitos internos. Conforme Figura 8 (esquema de funcionamento). Figura 8 - Principio de medigao mfl: sensor de detecgo de perda de material. RESTA TECNOLOGIA A INFORUAGHO- ISSN 25163622Figura 8 - Principio de medigao MFL: 0 sensor de discriminagdo apenas detecta defeitos internos. Detet(comesio) _Linhae deluxe magntico Duta Principais caracteristicas Pig Magnético (MFL) ‘+ Medigdes indiretas: a interpretagae dos resultados depende da experiénoia do tecnico. * Pode ser usado tanto em dutos de gés como de éleo. * Deteota defeitos internes e externas. * Aperda de material é fornecida de forma relativamente grosseira, em termos do comprimento, largura e profundidade. * Dificilmente, detecta rachaduras (trincas). * Deixa magnetizagde residual no duto. © Extremamente pesado. Pig de Uttrassom Outro sistema muito utilizado para inspego de corrosio de dutos é 0 pig equipado com sensores ultrassonicos. Esses pigs podem medi tanto corrosdo externa quanto interna, com excelente nivel de detalhes, além dicso, poceuem a grande vantagem de detectar trincas. No entanto, esses sistemas possuem uma limitacdo importante, pois, para esse tipo de sentor, é necessario um fluido homogéneo para o acoplamento actistico, © que dificulta muito sua aplicagio em gasodutos. Quando a inepegdo por ultrassom em uma linha de gis é extremamente necesssria, pode-se preencher uma secgdo da tubulacdo com agus, permitindo, assim, que 2 inspegdo seja realizada. Todavia, esse tipo de procedimento é sltamente indesejado, pois necessita cescar 0 transporte do insumo, gerando enormes prejuizos empresa. Conforme Figura 9 Figura 9 — Pig ultrassom em corte. no 2,2, 938-2. NovzoLaREva0 REWSTATECNOLOGIA A NFORUAGHO- ISSN ZaIB3E22 4sPrincipio de funcionamento do sensor Transdutores so utilizados para medir a distancia entre eles e a parede interna da tubulaggo, usando a técnica de pulso-eco. Um transdutor emite um pulso de ul- trassom, que se propaga pelo fluido dentro da tubulagdo até ser refletido na parede interna do duto. Apés emitir 0 pulso, o transdutor passa a funcionar como receptor para transformar 0 eco que retorna a ele em um sinal elétrico, Pode-se, assim, medir © tempo de voo do pulso de ultrassom, ou seja, o tempo transcorrido entre o disparo do transdutor e a chegada do primeiro eco. A especificaglo do transdutor de ultrassom deve levar em conta a resolugéo axial desejada ea atenuagio actistics do meio. Quanto maior a frequéncia do transdutor, menor o comprimento de onda e, portanto, melhor a resolugdo axial. Por outro lado, a atenuagfo acéstica aumenta, exponencialmente, com a frequéncia. Principais Caracteristicas: * Forneos uma medigio detalhada do formato e dimensio do defeito. * Requer liquido para fazer 0 acoplamento actistico entre o sensor de ultrassom 2 parede do duto. ‘+ Para ser usado em dutos de gés, 0 pig pode cer imerso em um fiuido entre membranas. Cato seja um duto de gas em alta pressio, isso no € necessario, © Detecta defeitos internos e externos. * Pode detectar trincas (rachaduras). Pig de Contato Mecanico O pig de contato mecanico, também conhecido como “pig espinho” ou “pig pali- to”, utiliza 0 contato mecanico como meio de mediggo. Em uma linguagem simple: © pig possui algumas dezenas de hastes, que so arrastadas ao longo da superficie interna do duto e, assim, descrevem seu interior. Esse sistema ver sendo desenvolvido pelo CENPES, em conjunto com a PUC-Rio. Tem como motivago produzir uma ferramenta de baixo custo, que seja capaz de superar as limitagSes encontradas em pigs MFL de ultrassom, como a tolerancia a grandes variagdes de didmetro @ @ necessidade de fluido de acoplamento. Conforme Figura 10. Figura 10 — Pig contato mecénico tipo “palito”. pn 2,1, 938-52 novaoiarEios REWSTATECNOLOGIA A INFORUAGHO- ISSN 25163622 4Principio de funcionamento do sensor de contato mecanico ‘A medigdo do angulo da haste & feita através de um sensor de campo magnético, do tipo Hall, posicionado entre dois ims de polaridades opostas. O conjunto ¢ posi- cionado no eixe do sensor e qualquer mudanga de inolinag3o decorrente de alteragées no perfil da superficie significa uma alterago no campo magnético estabelecido pelos is, 0 que € prontamente detectado pelo sensor Hall e convertido em angulo, Principais Caracteristicas + Adapta-se uma grande faixa de didmetros, permitindo a inspego de dutos multi-diametros. * Possui um grande espectro de mediges, permitindo o uso em dutos com gran- des espessuras. *+ E independente do liquide que est sence transportado, podendo inspecionar tanto oleodutos como gasodutes. +E robusin; aondo menos exigenta em relagao'a limpaza * O método de medigaio € simples, podendo atingir elevada precisdo sob as con- digdec de trabalho. ‘+ Sistems relativamente simples ¢ de menor custo, * Nao detecta trincas (rachaduras). + Limitade & inepegio da parede interna do duto. Pig Optico Pigs com sensores éptioos, também conhecidos como Optopigs, ainda so pouco utilizados na inspego de dutos. Devido a necessidade de um meio com certa visi- ilidade (pequena turbidez), seu uso se limita acs dutos que transportam gases ou liquidos transparentes. Por ser uma medigo simplesmente visual, que usa spenas, a luz como método de medig0, os pigs Optices possuem vantagens, como medicao mais detalhada e que ndo deixa magnetizagdo residual, como no caso dos pigs MFL. Durante a presente pesquisa, encontrou-se, apenas, um fornecedor de pigs épti- cos, a Pipecare. A eletrénics do pig foi desenvolvida pela empresa Norueguesa Norsk Elektro Optik AS. O projeto mecanico ¢ a estrutura multi-diametro, pela Statoil & ‘suas sub-contratadas: FTL Seal Ltd e Pipeline Pigging Technology Ltd. Principio de funcionamento do sensor A partir da triangulac3o da posigo dos planos de luz emitides pelo laser que so capturades no CCD da cdmera, & possivel caloular a distancia da cémera a parede duto. O sistema é dotado de cito sensores épticos por triangulagdo laser, que esto dispostos 20 redor do pig. A fus0 dos dados obtides por esses sensores gera 0 resul- tado de medigo de cada secgio do duto em 360°. O esquema do corpo do pig, com os sensores, baterias e disco rigido pode ser visto nas figuras abaixo. As figuras do uma nogo de como os sensores esto dispostos 20 redor do pig e de como se da sua passagem ao longo do duto. Conforme Figura 11 pn 2,1, 938-52 novaoiarEios REWSTATECNOLOGIA A INFORUAGHO- ISSN 25183622 47Figura 11 - Pig éptico. Principais Caracteristicas Possibilita visualizagdo do defeito, o que ajuda na interpretagao ce irregularidades. Capaz de fornecer as dimensdes do defeito com boa exatidao. Requer fluido transparente, liquido ou gasoso. Limitado & inspegdo da geometria interna do dt 6 LANCADORES E RECEBEDORES DE PIG Equipamento lancador ¢ recebedor de pig é um método de operagio descrite em um equipamento destinado a receber e langar pigs, que aprecenta suas fungdes con- troladas por uma pluralidade de atuadores de uma forma remeta, por agdo de um operador ou por um microprocessador. Os langadores e recebedores de pigs devern atender as normas interacionais, como ASME, API ou outras aplicéveis para as operagées de langamento e recebimen- to. Conforme Figura 12 Figura 12 — Lancador e Recebedor de Pigs. 0 2,1, 93852 NovaoLaEv20 RESTA TECNOLOGIA A INFORUAGHO- ISSN 25163622 48‘Sequéncia de operagao para Langadores e Receptores de PIGS A sequéncia de operago descrita a seguir é informativa de uso geral. No est cionada, € muito menos devers ser utilizada para treinamento de operadores de sistemas. Langadores Condigde de operagdo: 0 canhio esti pressurizado © carregado completamente com gas. As véluulas A, B e C esto abertas. A vélvula D esté fechada. Conforme Figura 1. Figura 13 - Esquema de operagio canhao langador. a von (A irrsee cue ate x K Unita SIG hf a ‘ae de ( Dy \ oe aK SC 8 te peste Xeni + 1. Fechar as valuulas Ae. * 2. Abrir a valvula D para desprecsurizar o canhio até a pressdo atmostérica. + 3. Quando 0 canhao est completamente despressurizado (0 bar) com a valvula D ainda aberta, abrir a tampa de abertura répida e inserir 0 PIG, sjustando, na reduglo anterior, a valvula ao primeiro corpo da ferramenta, * 4. Fechar e travar a tampa de abertura rdpide. Drenar o ar dentro da tampa, através da valvula D, abrindo completamente a vélvula C. Quando o langador es- tiver completamente purgado, fechar a valvula D, para permitir uma equalizagio de pressio, entio, fecha-se a véivula C. + 5. Abrir a vilvula A e, apés, a valvula C. 0 PIG esta em condigées de ser lan- gado. + 6. Fechar, parcialmente, a valvula B. A vazio de gés aumentara através da val- wula C ¢ atras do corpo do PIG. Continuar fechando a valuula 8 até que o PIG introduzido até o duto verifique o sinal do detector “PIG-SIG” + 7. Quando 0 PIG for langade do canhao e seguir na tubulago, abrir totalmente a valvula B. Recebedores Condigdes de operagdo: o canhdo esta vazio em pressfo atmosférica. As Valvulas B, De E estdo abertas; as valvulas A e C estdo fechadas. A tampa de abertura rapida esta fechada e travada. Conforme Figura 14. q pn 2,1, 938-52 novaoiarEios RESTA TECNOLOGIA A INFORUAGHO-\SSN 2518362248Figura 14 - Esquema de operagio canhio recebedor. s Inna anise a 1. Despressurizar 0 canhfo, fechar a vélvula E, e abrir, lentamente, a vélvula C. 2. Depois de despressurizado, comegar a equalizar a presso na tampa, fechan- 60 a valvula D com a valvula C aberta * 3.Comavilvula C aberta, abrira vélvula A. O eanh3o ests, agora, em condigées ée receber 0 PIG. * 4, Quando © PIG chegar, este ce prenderd entre a valvula Ae 0 T de entrada do canhao. * 5. Fechar a vélvula B parcialmente. Forgando 0 PIG a entrar na tampa, incre- mentande 0 fluxo de gas através da valvula C. * 6. Depoie que 0 PIG estiver no canhio, indicado pelo sinal do “PIG-SIG", abrir a vilvula B e fechar as valvulas Ae C. * 7. Abrir ac valuulas D @ E, e despressurizar 0 canhio até a precsio atmosférica * 8. Depoie que o canhio ectiver desprescurizado (0 barg) e drenado, com ac vi wulas De E abertas, abrir a tampa de fechamento rapido e tirar 0 PIG. 9. Fechar e travar a tampa de abertura répi¢a. 7 AVALIAGAO E INTEGRIDADE DOS DUTOS A integridade de dutos depende de muitos fatores. Isso decorre da natureza da operagdo de dutes e, principalmente, da caracteristice de dutos que os diferencia de tubulagdes: dutos s80 extramuros das unidades produtivas. Essa caracteristica impli- ca em maior complexidade na avaliagdo de integridade de dutos do que na avaliacéo de tubulagdes e vasos de presso em geral, decorrente do fato de dutos atravessarem areas mais extensas e sob influéncia de fatores que afetam a integridade e que variam a0 longo da extensdo do duto e do tempo. Para fazer a avaliagdo local da integridade do duto para uma grande quantidade de areas com percias de espessura de parede na superficie interna, 20 mais indicados, métodos para os quais as informagdes de dimensdes fornecides pela inspegao por pig, comprimento, largura e profundidade, sejam suficientes para uma avaliagZo mais, precisa. q pn 2,1, 938-52 novaoiarEios RESTA TECNOLOGIA A INFORUAGHO- ISSN 25183622 50AAs freas com perdas de espessura de parede nas superficies internas de dutos normalmente resultam de um ou de uma combinago dos mecanismos de falha, cor- rosio, erosdo ou abrasii. Conforme Figura 15. Figura 15 ~ Mecanismos de falhas em dutos. 8 TIPOS DE DEFEITOS EM LINHAS DE PETROLEO E GAS Indmeros defeites podem causar a ruptura e/ou © mau funcionamento de uma linha de P&G. Os mais importantes so: Corrosio (Externa e Interna) corre devido a agentes organicos, quimicos e eletroquimicos. A corrosdo interna também pode ter como agente o proprio insumo transportado pelo duto, como exem- plo, pode-ce citar os dutos de petréleo, oc quais sfo afetades pela agua salgada que acaba cendo carregada junto com o éleo. Além disco, por ocorrer no interior do duto, a corresio interna pode ser considerada como um “inimigo invisivel”, principalmente em dutos expostos, em que é possivel ver a superfioie externa, transmitindo uma falsa impresso de que a parede da tubulacdo esta “sadia”, uma vez que a mesma ndo aprecenta danos por corrosio externa e/ou amassamentos. Amassamentos Podem ocorrer devido a choques com maquinas de escavagdo, maquinas de perfu- ragio “bate-estaca’”, deslizamentos de terra, rochas, etc. Prejudicam 0 escoamento, .geram tensdes concentradas e fragilizam 2 parede do duto. Defeitos de soldagem Deixam as conexées entre os dutes frageis, atuando como ponte concentrador de tensGes e de maior chance de rompimento, 9 CONSIDERAGOES FINAIS O transporte e a cistribuigdo do petréleo, gas natural e derivados 6 feito, em sua grande parte, por dutos metilicos, que operam dia e noite, incessantemente, interli- gando regiées produtoras, unidades de refino e consumidores. Eases dutos podem ser ‘aérecs, subterranecs ou maritimes, enfrentando as mais diversas agdes do meio e do proprio insumo sobre sua estrutura, Por serem ambientes extremamente agressives, exigindo o uso de materiais com alto grau de confiabilidade e seguranca, garantir a integridade da rede de dutos de transporte e distribuigdo & um fator de extrema importancia na industria do petréleo © gas. 02,2, 938-2 NovaoLREv201s REWSTATECNOLOGIA A INFORUAGHO-\SSNZmIB3822 StA eficiéncia e a seguranga da rede de dutos fazem com que as empresas respon- ‘séveis por esse modal necessitem realizar inspegSes periédicas & procura de sinais de corrosdo € defeites. Iss0 € feito mediante a utilizago de sofisticados equipamentos, dentre eles os pigs, que s80 ferramentas altamente especializadas para detecgdo de defeitos na tubulaggo, 0 que tem colaborado para se obter um retrato mais fiel da existencia de corrosdo, trincas, defeitos de fabricagSo, amassamentos, etc. Os pigs se deslocam pelo interior dos dutos, frequentemente impulsionades pelo préprio fluido que ests sendo transportado, o que viebiliza a inspegdo com os dutos, fem operagdo, tendo em vista que 0 corte do transporte do insumo geraria enormes, prejuizos 20s operadores, dai a importancia da inspego regular da matha dutoviaria, que € reconhecida por toda indiistria do petréleo como forma de proteger os ativos, ¢ prevenir acidentes, pois estes poderiam causar elevados custos econémicos e am- ientais. REFERENCIAS APOSTILA. TubulacGes e Acessérios. Centro de Tecnologias do Gas e Energise Reno- vaveis, Natal/RN: CTGAS, 2009. BENJAMIN, A. C. Avaliagdo estrutural de dutos corroidos. Ric de Janeiro:Universida- de Corporativa Petrobras, 2004. CAMERINI, C. et al. Comparago do resultado de 3 técnicas de inspeg3o com pigs instrumentados em um mesmo olecduto da bacia de campos. RIO PIPELINE CONFE- RENCE, 2008, Rio de Janeiro. FOGLIATTI, Maria Cristina; FILIPPO, Sandro; GOUDARD, Beatriz. Avaliagio de im- pactos ambientais. Rio de Janeiro, 2004. Editora Interciéncia FURUKAWA, Celco Macsatochi; ADAMOWSKI, Julio Cezar; CAMERINI, Claudio S. Pig de Inspecdo. Disponivel em: . Acesso em: 05 nov. 2010. TELLES, Pedro C. Silva. Tubulagées Industriais: materiais, projeto, montagem. 10.ed = reimpr. Rio de Janeiro: LTC, 2008. q pn 2,1, 938-52 novaoiarEios REWSTATECNOLOGIA A INFORUAGHO- ISSN 25183622 52