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10 Principios basicos da organizacao cientifica do trabalho 0 da obra de Taylor € possivel extrair um conjunto de ensinamentos ¢ p ines. No conjunt bre o contetido ¢ as formas que deveria assumir o "ga. pios que nos podem elucidar s hizagao do trabalho numa perspectiva cientifica ¢ racional. Lima vez que 0 estudo e a seleccdo cientifica do trabalho estivessem plenamen realizados, poder-se-ia pensar no funcionamento eficiente das organizagdes. No enta _ existia um denominador comum ae to, associado a esse pragmatismo paradigmatico, na adopgao de um modelo coerente de organizagdo cientifica do trabalho, consist baseado num conjunto de principios e conceitos nucleares que deveriam orientar ¢ racional da administragio das empresas. Na perspectiva de presidir ao funcionamento ‘écter universal que devem informar uma administragao Taylor, sio prineipios de car cientifica em qualquer organizagao (Taylor, 1965: 54-91): 1. Principio do planeamento ~ 0s membros da direccao devem criar e desenvotver os 10s cientificos do estudo exaustivo de cada elemento do processo de trabalho, métodi i de tal forma que os critérios individuais dos operdrios € o empirismo discricionério planeamento é 0 método mais racional e adequado dos capatazes sejam extintos. O para aplicar e viabilizar a ciéncia no processo de trabalho. © McGraw-Hill Principio da preparac do ~ aps 0 estado sistemstico do process de traball elabo- rado pelos membros ds diego de empresas dever-se-iam seleccionarevenifca mente os operrios de acordo com as suas aptiddesespecifica,formé-los e instru Jo, de tal forma que eles pudessem adguinc o maximo de desenvolvimento. Essa [preparagioesté também associada a odo o contexto em gue o processo de trabalho s@desenrola: miquinas, matéras-primas,ferramentas.materiais¢ ambiente fisico. 3. Principio do contolo ~ 0s operirios devem ser sstematicamente contrlads. de ‘modo aque o seu trabalho esteja a ser cumpridorigorosamente segundo os requis tos cientificos previamente defnidos pela direcgio das empresas. A execugio de tarefas deveria ser objecto de um grande controle por pate dos supervisoresfuncio= ‘ais, mas administragio tem por incumbéncia coopera, ensinare formar 08 Ope riros fim de que estes possam cumpirplenamente «execugio das sus tae, 4. Principio da separacdo entre a concepsdae a execusdo do trabalho aos membros ‘dadirecgo, porque tém maior conhecimentoecapacidade para gerireextuda cen tifcamente todo o processo de trabalho, cabe-thes concehé-lo nas suas miliplas ‘ertenes; 4s operrioscabe-Ihes 6 0 dispEndio de energiaspricoiscss que s30 ‘necessias par sua execugdo, porque possuem menoves capacidade inteectuais. « nio usufricm dos conhocimentascientfcos que sto tmprescinivels par 4s concepgo. Esa divisto de tarefasdeveria ser rigorosamentecumprida, No entanto, isso no obsta a que, entre os membros da dreego os operrion.subsinta a neces, sidade de uma cooperagdosistemitica, de forms a permiiro misime de efieiGncia na concepcio e na execusto do trabalho, Estes quatro prinfpios nucleares do Scientific Management 810-nos a base anal «ada organizacio cientifica do trabalho, na perspectiva taylors, Em primeiro lugar a0 cireunscrever a anise de todo processo de trabalho aos métodos cienificos eracionais da gestio do planeamento, Taylor pretende eliminar {esas as priticas humanas desviantese transgressors do factor trabalho que eram deter- miadas pelo empirismo, a indolencia eo arbitra. Ao extinguit-e a disriiomariedade ‘os capatazes ea margem de manobra que os opeirios ainda usufruiam,relativamente ans aspectos do planeamento,concepgio e contolo do trabalho, aumentarse-iam 0 indices de produtvidade Jo trabalho eas margeas de entabildade das empresas. (Coma consecugio do aumento da produtividade do factor de produgio “trabalho? tomaarse contraproducente que opeririosentrassem num processo de eniito com os putes. Ao aumentar-se a produtividade do trabalho execttado pelos operitis, estes passavam a auferir de um sistema de recompensascorrespondente. Nests conicbes, em ielevante fazer greve ou enveredar pela preguigasistemiica, pois torava-se con. traproducentediscutir a I6gica da origem da eragio e repanigio dos exeedentes da empresa. Paves, zestres, supervsorese operrios estan, finalmente, em situag a0 de idenidade de interesses, Em segundo lugar a preparacio sistemaica dos processos de gestio atculados com a seleego cientifica do trabalho, para executsr as tacts, pretend viablizar, na ‘tia, o principio de “o homem ceri no lugar cert”. Wentifcando-se as aides ‘spsiicas de cada operdsio para executardeterminada tarefa, ¢ possvel dedziemse 48 suas capucidadese possibilidades, quanto & sua percia e qualificagio Vrtais, no ‘quaro de uma dada divisio de trabalho. Se acrescentarmos anda os aspects dt instrugao «da formagio dos operios, que decorrem da aegio dos que esto incumbidos da ges- Go, spercebemo-nos de outras valencia que se enquadram nos parimetros de wma pre © Mec a ‘Masur. e Pscossoci.o6 ons Oncanagtes 2 ssenta num aerciqarmentosistembtica dt sleceb0 Os oer hallo espectfico. rrp do coro taylor lve Por objetivo clin 1 cote movimento, gest € PUSH dsfun tan a suas tarefas. Assim. da mesma myn Ga opera dos operérios quando execu mama oa ep vein coat desea 9 ego cm ae en meer psoas oe aie rari ocean ofan do rose de ln, dy taieber os méiodos de conrolo que Viablizavam ‘a execugo das tarefas nos seus nay xn os mle ava decanenteinserdos nos rossi cones pu eae rms espacio-empora resultantes dono cut i eyranregulamentos € operacbesassociadas i, aug de tarefas eram sancion ‘através do controlo exercide pel “upervisores funcional 5 : A risres on einciio da execu expliia a diseiplina a dvs do tba das enero mana perspetvaesandardizada ¢especaora Os membros da dirs vane a concepedo cientfica do processo de trahaly, paragio que relagio a um posto de tra ‘Em terceiro lugar. 0 ccondutas negativas que poseriam Pro modo, 1od0s 0S mprimento da nados negativamente, soncepeio cient direcgao. Henri Fayol e a perspectiva administrativa das empresas Henri Fayo! (1841-1925) nascew em Constantinopla (Targuia), mas viveu grande pi dan vid em Franca. Desde cedo teve oportunidade de frequentar os diferentes nen ‘ic enclaridade, tendo-se formado como engenheiro de minas aos 19 anos de idade Logo apés ter concludo 0 cuso de engenbeiro comega a trabalhar em empress calor metargico e earboniero, Pela capacidade e idoneidade administraivas demons tadae, na sua vida profissioal, assume particular relevancia a fungZo que exereeu como iretor-geral entre 1888 1918, naempresa Commentry-Fourchambault et Decaceil (Scheid, 1987). Entre vérias obras publicadas,destaque-se 0 seu livro de referencia ‘Adminstration industrielle et générale ~publicado em 1916; Enedes sur le terrain howler “te Commentry,em 1887; Liincapacité industrielle de Etat les PT-T., em 1921 Por razdes de ordem histérica que tém a sua explicagdo na formagio secula Jo Estado-Nacdo em Franga, as empresas, insituigdes e organizagbes desse pais primav% ‘or uma situagdo perversa que resultava das disfungdes e obstrugies de natureza but Critiea Para Fayol, tomava-se imprescindivel formar gestores nas grandes escolas IF © Mcrae ints pn 2 me lise das tarelas, para Fayoloobjeco de observagdo pry ascot as nhesimento cientifico que fosse cara: de fungées queso preponderant rag. finangas,seguranga conabil. ado nein nas compo onamento de qualquer Estruturas e fungées das empresas No gua loa o funciona inno de uager empresa de pun ow de grande simenso~ para Fao, eisem sets das cree tui epetca enc, emer nance, egos Citi, 922). Tos cls, em excep, pel sa xpecificiades est acon pee: chen um cnn de uss impecines pasofnconaee ens nano uses tras das empress, negra enhance, penn «humans distin qu se desenvovem do ezine mal ms des estruturas com fangs 8, comablidadee adminis 1. enc = conju de operas ns elcome a pod tev ergs dua ds empresa des ops re ‘amo de authidadeem ue sempre se neve Prem enon case lias no sector nds es eure ue ee J cu deopages he et recondscom a wasoemquo das mats rmaressoneete prob deme seni 2. und comer na mesma media mq ano nice porn pa pro de una dada epee comercial tase cl onc ote Scars pray no mre, A es ome semen ae Severn om sein rors fel nee sonar apm tera munis © ots ergo qu so presides prose loons 3. Fst ance fg po geo de apis qe so neces rate J uncinaent sempre, como ann dds cade hance reaona com inet ced, os de acunalgoe dit tei de dvds Nee ft enna cmp pode erevnrem bos oe oo cr eng copii neces com t pia Se genta lunges par o gil ei ccna. Muu. oe Prcossoca.ons 04s Oncancaces 4. Fanpto de segurance~ eta fncbo tem po objetivo PARE Prat 05 bene de unas as evearunidades de roubo, incEndio ou de indo de ov Brees oy Atemtados que porsam desesiabilzar a cndem social meremc so funslonanene aaa cmpreas,E uma espéce de potica de exército do Esiaee com femitestapericm de manteago da order eda defes da crores, Cv Gus fumes nempreaa co pessoal conseguem asegurangae a estabidadeepiua de ue nce dade fungi eainad cm actividades de iment, ae a men cet da mp, Paa ea si age ra i cal im nena, On mene a io on ctan coven so dspserem 5. Fungdo de contabi registos, halangos © fungi sio necessrias co rail €atempada de tod asi ‘no poder tomar decises nem tas san ragao petinente que €ratada pel sector da contabilidade He er gr vais ates, unin mina €or aro nf as cmpressPaa Fae nea das cnc anges de fanenanet raring econiae) em apace: rr gro an Uncen pa ons de armor eens eA am ere socal oe ina tase evan Pra 8 8 DTS i eon sea even ognize, come} cores. «go ¢ commando, ‘As virtualidades das fungées administrativas siva de Fayol, as funges administratvasestio sempre onciadas ci todos 05 sectores da actividade de qualguer empresa. apes saree importncis funcional indir nas actividades espectficas da administagio, Partindo deste pressuposio bésico, desde os gestres situados no topo hierarquico da ride organtvacional,passando pelos diferentes lugares de cheia dos ives hiert~ Tico itermedios at 0 nivel da base do exericio da autoridade formal, todos os tMembros de uma dada organizacio exercem fungdes administrativas com um grau de iimportnciae especifcidadediferencindas. ‘Geralmente, as fungdes administrative de actvidade onde as empresas es organizagGes se inserem. com a sua di tm conjunto de exigéncias, relacionadas com 0s conhecimentos e processos de ormalizacio da conduta humana, Devido a isso, as fungBes administrativas decorrem das caracteristcas diferenciadas que exigem as fungdes inerentes as actividades dos {Scctores industrial, agricole comercial. Por out lado, organizagbes de pequena, média «grande dimensao traduzem-se em constrangimentos funcionais eestruturais diferenci ‘ados que implicam graus de formalizacio, niveis de autoridade formal e de conheci ments espectficos. Por fim, face ao facto de existe arganizagdes diferenciadas,sub- ‘iste a necessdade de uma cultura geal, conhecimentos téenicos, experiéncia, ede wma ‘qualidade motal, sca e intelectual adequoda para exerer lunges aminisrativas Esta dferenciagio das fungies das empresas, segundo Fayol levaria a que, por cexemplo, uma empresa de tipo industrial estivessehierarquizada numa série funcional Ge competncias, A capacidade funcional do operirio subsist a nivel do sector téeico Sri, Ne meio ga aaa eri es de carer iminufam e aumentavam gradualmente as de caricter administrative. Quando Na perspec presontes, através de formas dite sto essencialmente associadas a0 sector © Mea Ha se chepa 0 topo hierfrquico da organia;o, as fuogées de administassotornam se + Soman, Se estabelecermos uma compara com ox nv erin ea prkmid oguizacioal,verifcase que as fungdes mus ropeeatans trem apc fn oy ces coed eprna covet Geancei. Nis hipotses emma por ayo. esa enicmio sop comerande empresa industria, decor das capacidaesrelatnas Jo pesea nos tam Merental de Oa 107% (i, bud: 18) «+O openrio desenvolvia 5% das suas eapacidades no sector administrative, 85% no Set denico, 0% nos teclres comercial finances, 5% no sector daconabsing Gees no sctor da seguranga; |G contramenredesenvolvia 15% das suas capacidades oa siminisasta, 60% no tr teenio, $% no sector comercial, 0 no sector finance 10 no sector, seguranga ¢ 10% no sector da conts lade — +O encaregado deseavolvia 25% das sas capacidades no sector aininistatvo, Soar no scetortécnic, 9% no sector comercial, O% no sector nance 10 Cy Sor da seguranga € 15% no sector da contabilidade: «+ Ochefe de divi desenvlvia 30% dos sas capacidads no sector da admins Gao, 304 no sector tenico, $% no sector comereal $5 no sector Rane A cctorda seguranga ¢ 20% no sector da contabildade «sO chefede serio Wenicodesenvlvia 35% ds suas capacidads no sector adie inva, 30% no sector ténico, 10% no sector comecal, 10% mo sector deseo Tang, $46 no sector fnancero € 10% no sector da conabilidad a8 0% Urges a hts ata 0 dn Sun pos atin See ric cies. 3% ws cbs conckial 1h nota ae a ee Fecgwions ON m user commu, ra de copacidae adnan Figura 1 Gis sinners pena cs epee ‘ras. ace Fa 185), ‘perio ——Cartamaste —Encaregaéo Cree Chee rector Cteoas afssonas fe deseno ‘vedo too Neca Hl Manua. 0€ Psicossociovocia nas Oncamactes: 16 ‘ompeténcias ¢ de capacidace Fayol, ao estipular que existe uma relatividade de compete ore dad funcionais do pessoal nos diferentes nivers hier cae os quer empresa, torna-se defensor de um principio ena eo as fungdes administrativas ‘so as de maior re! i : ie, ts capuciddes especificas dos directores do toPe wierd . * malaver or a Ys 0 eset SP Na Enc rs es wears oe Fayol estabeleceu wma proprio de fc Prferentes ives hierdrquicos de (qualquer organizagio. Em tr. si a og inne i nS Staton iid: 17) 1. grau ~A capacidae principal do operstio éacapacidade ie ; * re ascende na hierarquia, a importincia da capacidade pach eae ‘da capacidade técnica diminui, dministrativa aumenta, enquato que @ dina, ‘Seaquivalencia entre estas duas capacidades ‘estabelece-se nos 3.° ou 4 sgraus da hierarquia: “1 gran ~A capacidade principal do director ¢ 8 administragio, Quanto mais crise onvelhierdrquico, mais esta capacidade domina “4° qa ~As capaidades comercial, fianesia, de seworae © de contabilidade A eae ior importinca relativa para os agentes de 5.°¢ 6. Baus ver rnicos A medida qu se sbe, a importincia elaivadessas capa acre no valor de cada categoria de agentes, diminuietende a nivelarse: 4° e 5. graus hierdrquicos, 0 quociente administrative 10 dos outros sectores que se aproximam de mal. artindo destes pressupest0s» 5.° graw ~A partir do ‘aumenta & custa da diminuigd 10% do valor total. proporcionalidade das fungdes administrati Nao obstante este quadro padriio de ‘des administrativas de vas, a sua preponderancia relativa incidia basicamente em fungé cimpresas do Estado (60), diminuindo gradualmente a sua importincia relativa de wna forma deerescente: empress de grande dimensdo (50%), grandes empresas (40%), médias empress (304), pequenas empresas (25%) ¢ empresas de pequenfssima cimensio (15%) (id, ibid: 29) ‘As fungdes basicas da administracao Fayol tem uma percep¢o distinta dos conceitos de organizagdo e administragio. Esta sitima tem uma maior amplitude de acco nas empresas, na medida em que abrange as {anges de planeamesto, eontrolo, eoordenagio e comando que nio se integram nas fuses eis da organiza ‘As fungdes da administragdo tormam-se, por tais moti- ‘os, crucais para o bom funcionamento das empresas. Qualquer administ os ; as. strador, na sua perspectiva, deverd conhecer € aplicar de forma idénea e racional as cinco fungdes da planeamento, organizagio, comando, coordenacao e controlo (id., ibid: administra 59-170). © McGraw Hill See eeepc toa ea sor te 9 cm on ps rs ta see ec {Coma espéie de plano de ayo, onde os scontecimentos pimos ako repiads emer pee mc in ge Se a nies cape eco See mee et eran oe ee Feat rere eeriererer treninarrrriara ene i con Penne om maori eens ane et ten one ee a Saree ern mS cn exerugdo de todes as operagdes que Ihe slo subjacemen tnd moc ona oa ua un ocr scelancosncomttee ecmunn aca teen et aonalouua vaca ee erate Beeae ee eee pee ree fe ree ae ee ee eer rere cee nie ees ee Controle ~ controlar consist em verfcar se numa empresa tudo funciona conforme © programa de seg adoptado, a8 ordens 0s prineipios assumidos. Numa perspec ‘aaciinistrativa ocontrolo tem por fim assegurar que o programa de acco esti a Ser aplicado, que 0 organismo social est a funcionar, que © comando esti a ser ‘xcreido segundo os prneipios estabelecidos e que a coordenagio esta ser obser vada nals Tinos de autoridade e de dominagao 0s diferentes tipos de acg8o social podem dar lugar a uma relagdo socal, quando os ‘ros atores envolvidos nessa relagio desenvolvem as suas acgdes de modo sstemtico, rum sentido da reciprocidade. Os comportamentos dos diferentes actores emolvides uma dada relaso social obedecem sempre a uma orientago reyularizada ou pelo cow. tume ou pelo uso. Nao obstante, toda a relagdo social regularizada pelo costurne ov uso nunca assume uma regularidade absolut daf que Max Weber tenha dedurido que as relagdessocaisassumem sempre uma forma e um sentido de probabilidade (id. ih: 21) ‘0 conceito de relagio social permite-nos perceber a propria ligica da constiwigao dos diferentes grupos socais As elagdessocais eo consequenteprocesso de integragio social que dinamizam, podem dar origem & consttuigdo de uma sociedade ou de uma comunidade ou de uma empresa, Se o fundamento desse processo de integracio social ¢ ‘senfimento de pertenga e as relagdes sociais so orientadas pela motivagio afectiva ou tradicional, esiamos em presenga de uma comunidade. Se, pelo contritio, oprocesso de imegragio social decorre de relagdes sociais baseadas nos interesses utlitarstas dos actoes, estamos em presenga de uma sociedade. A relagio social que dé origem ao processo de integragdo social na empresa decorre da acgio de actores, submetidos & [égiea racional dos meios e dos fins por eles utilizados. Para Max Weber. a cada tipo de sociedade corresponde um tipo de autoridade ¢ de ‘dominagio. Assim, 40 tipo de sociedade tradicional, consubstanciado no exemplo dos lis, bos, fumfliaesociedades medievais, conesponde um tipo de autoridade tradicional ¢ um tipo de dominagdo patriarcal personificado na autoridade do pai de uma familia ot do senior feudal. Ao tipo de sociedade carismética, baseada nas caracteristieas pessoais excepeionais de determinadas personalidades, corresponde um tipo de autoridade carismitica ¢ um tipo de dominacio carismitica, A uma sociedade de tipo racional, ‘como acantece com a sociedad capitalista desenvolvida, o Estado e as empresas mo- demas, comesponde um tipo de autoridade racional ou burocritica e uma dominagio de tipo formal e buroertica Astipologias de autoridade e de dominagao circunscritas 4 tradigdo, ao carismae ‘acionalidade burocrdtica, permitem-nos contrastar as especificdades de cada uma des- sas tipologias, mas também do uma base comparativa para nos apercebermos das Vitalidades da buroeracia como tipo ideal de organizagio capitalist [Na perspectiva de Max Weber, deve entender-se por dominagao a probabilidade de uma ordem especifica ser objecto de obediéncia, Em termos coneretos, esta dominasio Poder’ consstir nos mais diversos tipos de submissd0, ou seja, desde processos de bubituasdo inconscientes a consideragdes puramente racionais em relagdo a determina- os fins (id. ibid: 170). Uma relagdo de autoridade, para ser auéntica,pressupie sempre lum minimo de obediéncia, um intetesse interno ¢ externa do subordinado em obedecer. © decree Ha a ‘Maan o€ Pscossoro.oc 04s ORsaMZAieS 2 jam associados. 840, no en, pr an Wepre sei a ee diferentes. Poder pressupoe que quale! oe ‘contra a vontade desta Py, soa prpra vontade sobre 0 PSS ATT ions arbitra de exer src mas a te oro pr mi, os cate ne Fe pl alr leptimidade para exer POSSE ercero poder, tems aoridade para ci a trapartida, quem € dominado e simulta reese de dominagdoe aparelhos administrativos uilizados pels dif. aborou uma tipologia da autoridade com as seguintes 1. Autoridade racional~ um ipo de atoridade que tem origem na crenca da legal esas lis. das regras e dos regulamentos. Esta autoridade pressupde um tipo de ‘lominagto legal qu vai busear a sua legitimago ao carter prescritvoe nomativo eer Taxus os procedimentos si formalizados sancionados por um conjunto de formas, regs e regulamentos que Sio consideradoslegitimos tanto pelos superio ‘es como pelos subordinados que fazem parte de uma dada organizagto. ‘As caracterstcas do aparelho administrativo, por forma a dinamizar uma autoridade ‘clonal, devem ser assumidas pela burocracia. S6 a burocracia com os seus conhe- imentos ¢ méiodos consegue descodiicare codificar, com a proficiéncia devida, todas as linguagens dos procedimentos e priticas inerentes ao exereicio de uma autoridade legal eracional 2. Autoridade tradicional ~ 6 um tipo de autoridade que vai buscar a sua legitimidade {Se gut a sania do pasa cre anc acont deve Osc enstotndn ssn con piss odes spere ic nanan Aoseotumes bios taditomnis ou datos hincor memoria, Aatrale tdicoal porta herar nas fomes de ming qu sbi a0 nel doses prec pattinoniis ues que oo pa a fafl,et felt dato ov dl, quer and plo reo senor eda, A ada orm expecicn de aoa tacoma coresponde também um apae- th adnate eps. A formas dns as opesentat de tam de ae atimorits eda, No prince cao, a formas patriots Ilo std spo de fring eteem fants oma, masque absluaments dependents do enor aque perce. No segundo cass formas de domino eu so ener com ua cer © Mec stonomia juridica, administrativa e econsmica pelos vassalos suseranos em ‘ago aos senhores. Ponjue io aliadose prestaram juramentos de idlidade acs seahoeesfeudais, sio consirangidos a determinadas dbigagdes de obediéncia ea Submeterse A sua avtoridade Aworidade carismtica ~ 6 wm tipo de autora que radica na forga das vituali- ‘dads de personalidades excepcionais,someadamente nos dominios da sanidade {do hersmoe da exemplaridade de conduta demonstradas por qualquer pessoa. Em presenga de um lider ou de um chefe que personifique um carimainvulgar e excep: ‘ional, qualquer subordinado acitarslegitimamente asia autordae. A forga deste ‘pode autordade crismstica decorre muita veves da capacidade demonstra por

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