You are on page 1of 29
Dee HEE) Pe) OE) EP) Ee) HEH) EE) ED) HE) eH) EY EHH) ey ECE EN aE) Hea ee ERAN Ee HE dey Ea é : A MNES ) GEeeeEeSiee ee eoreeea tei ae) d Jakob Streit O ANAOZINHO RAIZ-FINA Titulo Original: "Zwerg Wurzelfein" Tradugo: Ruth Salles e revisdio 2017 Revisao: Edith Asbeck Diagramagdio: Walkiria Cavaleanti © ANAOZINHO RAIZ-FINA E O GENIO DA ARVORE LA fora no mundo, 0 cutono comegava. Nas arvores, algumas folhas tingiam- se de amarelo, outras de vermelho e marrom. O andozinho Raiz-Fina se havia esguelrado para fora da terra, Ele viu a primeira folha caindo. © vento, animado, soprava-a de um lado para 0 outro. O andozinho saiu saltando atras © consegulu pegé-la antes que ela cafsse no chao. Afagou-a delicadamente e ficou um pouquinho triste: | “*Folhinha vai morrer’, murmurou ele. De dentro do tronco, 0 génio da arvore olhou para fora e riu: "Que cara é essa? Até seu nariz esta torto! E melhor vocé entrar na terra @ ir ara junto das raizes. La, agora, desce muita forga de vida; isso acontece sempre que [é no alto as folhas morrem. Dentro da terra vocé pode recolhé-la para a pr6xima primavera, para que brotem outra vez novas folhas. Isso é mais, importante que ficar olhando embasbacado para as folhas velhas!" "Essa forga também escorre para baixo em vooé?", perguntou o andozinho. "Ela 6 o leite da drvore? Seré que é possivel ordenhar as ratzes?" genio da arvore riu tanto que os galhos balangaram, ¢ ele respondeu: C GSE lee Gd Gee Qze Gee duet al Ge re Gad Geel au Cee Guat Gua C2UgGaea (ar Gue aaa Gee gee Guu aa Gees Goel Gua Qees Guat eet lex Gad Ce tatu Guat yaa( ter ouetvaat aux cuz G1e( Gut (aa'GEtG "D8 0 nome que vocd quiser. Eu chamo de forca de vida; se ela continuar escortendo por muito tempo aittda, vou ficar cada vez mais fraco. Todas as folhas caem, e eu mergulho no sono do inverno,” Raiz-Fina perguntou: | "Entéio vocé cai para fora da drvore?" "Nao", disse 0 génio da drvore, tornando a rir. “Eu me encolho para dentro do pedaco do tronco que esié enterrado com as raizes e fico quase to pequeno quanto vocé. Ali, espero o mundo seguir seu curso, até que a primavera me acorde de novo. E entéo que preciso de nova forga de vida. Durante o inverno, vocés, andes, guardam essa forga dentro da terra, depois tém de trazé-la outra vez para dentro das raizes. Agora, va, camaradinhal Olhe, mais uma folha esta caindo.” | Raiz-Fina ficou pensando se também devia pular atrés da segunda folha, mas © génio da Arvore olhou firme para ele com tanta severidade, que ele, mais que depressa, deu mela volta e, na mesma hora, desapareceu para dentro da terra. Bem ali embaixo, trabalhando com as raizes, ele viu que um irmao-anaozinho [8 as puxava. Entdo, ele escolheu também uma bem bonita e comegou a alisé- la delicadamente com as méos, de cima para balxo. Nisto, salu da ponta da raiz um brilhozinho suave, um pouquinho vermelho, um pouquinho amarelo, tal como 0 brilho do sol: era mesmo como um leite celeste que se podia tirar. "Se eu ordenhar com vontade", pensou Raiz-Fina, "as folhas caem Id do alto e vao poder voar alegres com 0 vento." Ele estava contente. 0 lelte celeste formou um pequeno riachinho no solo e foi sumindo para dentro da terra. Pearse pole) up Ha ee eo ee Een ee ) d ) PVIIIIIID © ANAOZINHO RAIZ-FINA E OS ELFOS © vento frio soprava por entre As drvores da floresta. Naquele dia, Raiz-Fina havia ordenhado bastante forga de vida de dentro de um carvalho e depois pensou: Agora vou subir Ié para fora e apreciar meu carvalho. Ele deu meia volta e subiu: Epa! Est4 caindo mesmo um bando de folhas \ Raiz-Fina apanhou algumas no ar @ deitou-as junto da drvore, ao lado de uma raiz grossa. Mas, que era aquilo? La em cima, no céu, brilhava a boa lua, © a0 claro do luar dangavam elfos em ciranda. O andozinho ficou atento, ouvindo a delicada cangéio. Como os elfos ficassem pairando bem de leve, subindo e descendo, ele se sentiu como um pesado tronco, manquitolando em volta, marrons! sobre a terra. Ergueu as maos bem alto e chamou: “Ei, elfos! Vocés no podem me levar junto? Eu gostaria tanto de dangar também na oda!" s effos riram um bocado, aproximaram-se, moveram seus véus em toro da cabega de Raiz-Fina, tocaram de leve em seu gorrinho, em suas méos, puxaram delicadamente sua barba, de tal modo que ele ficou completamente tonto. Deixou-se cair sobre as finas folhas ali deitadas. Querendo ou nao, pegou no sono. Quando jé estava bem quietinho, foram chegando mais e mais effos para admirar 0 andozinho. Eles murmuraram assim: € ( cece ( eee ¢ ¢ "Que sono suave... Esté quietinho. Olhem que més ¢ que pezinho! Dorme tal qual uma crianga que em seu bercinho ja descansa.” A fada dos elfos aponta 0 ando: inno com sua mo e canta: “Com ele vamod Inés brincar e suspendé-lo até o luar. Mostremos esta criaturinha para a fada e as estrelinhas! Olhe 0 génio da neve al. Ele espia, ¢ a lua sor. E 0 andozinho esta sonhando que das ralzes vai cuidando." Imediatamente, muitas asas e m&os se movimentaram e carregaram o anozinho Raiz-Fina para o alto. Elas o fizeram flutuar de um lado para o outro, para cima, para baixo, até que ele acordou. Como ficou feliz por estar enfim brilhando, iluminado pelo clardo da lua e pelas estrelas! De repente, a lua fez uma cara séria e disse: “Parem! Nao © levem mais alto, sendo esse andozinho se destaz como um fiapo de névoa. Levem-no de volta para a terra. Ela é sua mae. E ela que Ihe da consisténcia e forma!” Na mesma hora, os elfos obedeceram e tomaram a carregar Raiz-Fina para baixo, para sua caminha de folhas ¢ raizes. Cece cece cece cececc rece « C € ( c C core CH (EGG vento esfriou mais. Todos os elfos desapareceram. Os primeiros flocos de neve cairam de mansinho sobre a terra. Um floco bem grande pousou no natiz do anao. | “A-a-tchim!" Ele despertou de vez e olhou em volta. Onde estavam os elfos? E as estrelas e a lua? Tapados por uma nuvem de nevel Ui, que vento frio. Ele se levantou, deu meia volta ¢ desapareceu dentro da terra. Na floresta, o inverno estava comecando. Cafa neve no ninho do passarinho, na moita do coelhinho. A neve cobriu as ditimas folhas de arvore, que eram as folhas dos pinheiros. O REINADO DO INVERNO Por que é que o andozinho Raiz-Fina sabia que todas as folhas haviam sido ia, sobre a terra, o varridas das drvores? Como 6 que ele sabia que ld inverno estava no auge? E que nao pingava nenhuma faisca de vida de nenhuma raizinha, podia-se puxar a vontade. Entéo, nosso camaradinha pensou: Vou 1 fora dar uma olhada no inverno! Junto da raiz do velho carvalho, ele deu meia volta e subiu direto. De repente, um gorro e um topete apontaram do fundao da neve. Com a mao, Raiz-Fina foi jogando aquela brancura para a esquerda e para a direita. Abriu-se, assim, uma janelinha, Nisto, um passarinho de penas azuis e amarelas veio-se aproximando aos pulos. Era 0 abelharuco. Ele|pensou que Raiz-Fina fosse uma toupeira querendo sair © cavando para fora de seu montinho de terra. Seré que ele conseguiria apanhar com bico alguma sementinha ou algum besouro entorpecido de fio? Mas 0 que ele viu entéo foi a mao do andozinho acenando. E este perguntou: "Que 6 que vocd esta fazendo aqui na neve? JA, j4 os flocos véo cobri-lo inteirinho.” © abelharuco deu um gorjeio: “Estou procurando alguma coisa para pegar com meu bico." "Vocé consegue bicar flocos de heve? Disso hé bastante aqui." "J enchi o bico algumas vezes com eles, pois estava com sede; mas nao consegui matar a fome.” | "Eo que € que mata sua fome?” "Dou bicadas nas arvores. Na casca existem lagartinhas e sementinhas. Eu cisco onde a camada de neve nao esté muito espessa e tira folhas.” Raiz-Fina ficou satisteito de ver que o abelharuco estava conversando com ele com tanta familiaridade ¢ Ihe perguntou: "Por que vocé nao vai dormir debaixo da terra? Multos animais fazem isso.” © abelharuco deu uma risadinha: “ue idéia! Eu tenho um coragaozinho que bate bem depressa - tique-tique - que quer saltar e voarl" E 0 abelharuco chegou mais perto de Raiz-Fina, levantou uma das asas e disse: *Sinta s6 como ele bate!" Com um bocado de timidez, Raiz-Fina encostou a mao na plumagem do passarinho. De fato, 0 coragaozinho batia, ¢ batia téo alegre e répido que os dedos de Raiz-Fina até tremiam, IEEE Cl et Ce CeCe eee Cee Cee enna Gee CEE CeCe Cee Hee eae Cae Clee CeCe cee (eee C eee cea (eae (gee Cee Cee ee Cee (cee Care CeEECL | Porto dali, uma lebre ouvira a conversa dos dois. Ela veio chegando aos saltos e ficou de pé nas patas taseias, O andozinho perguntou-the: “Lebrinha, vocé no val dormir? Vocé também precisa comer porque seu coragao faz tique-tique? Que 6 que vocé encontra na neve?" “Eu tenho patinhas boas para raspar’, respondeu a pequena lebre. "Com elas raspo a neve e encontro gréos $ecos e folhas. Meu pélo grosso me conserva quente.” | © andozinho Raiz-Fina perguntou: "Posso também sentir seu tique-tique? Alebre hesitou por um momento, Mas, quando olhou bem para 0 ano, achou- © simpético e deixou que ele pusesse a mao em seu pélo. Raiz-Fina alisou 0 pélo delicado. Quando, porém, tocou na orelha da lebre, esta sentiu cécegas - 24s-trés - deu um salto para o lado de tal jeito que o abelharuco se assustou, saiu voando dali e foi gorjear no fundo da floresta. A lebrinha também voltou saltando para casa. Suas patas deixavam buraquinhos fundos na neve, Ralz- Fina olhou & sua volta e ficou prestando atengao naquele mundo silencioso do inverno. “Nao hd mais etfos por aqu’’, disse ele um pouco triste, e voltou para debaixo da terra, para a grande quietude e o grande siléncio da mae-terra. | | NO AUGE DO INVERNO Certo dia, no auge do inverno, 6 rei dos andes reuniu todos os seus siiditos € disse: | "Meus caros andes, vocés trouxeram para o fundo da terra toda a forga de vida que escorreu pelas raizes abaixo. Ela sera guardada af para a proxima primavera. Logo seré o auge do invemo, e a terra comegard a brilhar em seu interior. Tragam oristais e pedras preciosas de todas as cores. Quando a luz do cristal e a forca de vida entrelagarem seus brilhos, vocés poderéo ver um verdadeiro milagre. La fora, no mundo, os dias so curtos. © sol quase néo brilha mais. Preparem tudo para a festa da luz dentro da terra!" Entéo, os andes comegaram a procurar e a martelar ativamente. Dia apés dia, a caverna de cristal no fundo da terra foi sendo preparada. O proprio rei mostrava para onde deveriam ser levados os cristais azuis, vermelhos, amarelos, para que se formasse um arco-ttis. Ele disse: “Certa vez, um filho do sol desceu do céu a terra. Quando ele cresceu, acolheu dentro de si mesmo o Filho do Rei. Isso ficou marcado na terra. Quando o brilho do cristal e a forga de vida entrelagam suas luzes, a imagem dele aparece para nés. L4 em cima, na terra, os homens chamam a isso Noite de Natal. Eles a comemoram com velas e arvores verdes.” Os andes ficaram mais quietos. A grande iluminagéo comegou. Cessaram as marteladas. Ninguém empurrava ninguém. Todas as vozes se calaram. CGS Gere dee Gas ae ax Qed Gee ee daet Guu ea Gee Ged (ae cael Cau Geex C2 Got Uaas gal eco Gael Qui (aaa QUt aa( feet Gust ae OR eet aun eau Gas(CRs Gat eee asa cael az Gee aua ust etG Na noite sagrada, quando se fe20 grande siléncio, & meia-noite, comegou a se ouvir um tilintar na caverna de cristal. Bem no melo, reluzia uma nuvenzinha radiosa. Olhem ali! Uma cabecinha, bragos que se estendiam. Da luz azul foi- 0 formando a Mée, Os andes olhavam admirados para o milagre luminoso. E, de repente, como que de uma nascente, ondas de luz rolavam na escura terra. Sobre a Crianca, o brilho era como 0 do sol. Os andes se voltavam para todos 0s lados. Raiz-Fina estava um pouco ao fundo, mas sabia que agora podia vislumbrar como era 0 céu por dentro! Isso era ainda mais bonito que o sonho com os elfos @ a lua! Pouco a pouco, a luz foi-se apagando. Atrds ficou apenas um delicado circulo de luz, com sete cores. Raiz-Fina pensou: Agora o Rei-Sol caminha sobre a terra inteira. i Subitamente, soou a voz do rei dos andes: "Peguem luz de cristal e levem-na através das fendas. Ela daré a terra forgas para uma nova primavera. A terra fica feliz com a luz!" © NOVO ANO Ainda havia neve sobre a terra. Entéo, 0 mensageiro do rel dirigiu-se aos andes e disse: "Juntem centelhas de vida nas profundezas da terral Levem-nas para perto das sementes e das raizes adormecidas, para que a primavera possa chegar.” CCG eG Ce Gee Cia Ca Cc c CO ¢ ( ( . Ge GaeeG Quando 0 andozinho Raiz-Fina postou-se diante do rei, este tocou de leve em seu gorro: "Seja diligente ¢ alegre!" E, como sua luz cintilante de vida estava grande o bastante, ele péde acompanhar os outros andes. E se formou um caminho de luz comprido, comprido, 14 em baixo, no fundo do reino da terra. Rai "E de avela", murmurou ele. "O arbusto precisa acordar cedo, para oferecer as -Fina escolheu uma bela raiz e cheirou-a. Ah, amarga e doce. abelhas a farinha dourada tirada das florezinhas.” Assim, ele depositou a centelha de vida junto daquela raiz. Subiu uma leve vibrago até o rebento da aveld, e vagarosamente comegou o primeiro sinal de vida na aveleira. | Raiz-Fina foi andando e subindo com sua centelha de vida. Nisto, ele topou com uma raiz pequena e branea de bulbo. Tinha um cheiro um pouco Acido. Ele murmurou: "Campanulas-brancas, chegou sua vez!" Por muitos dias, ele ficou junto das campanulas-braneas, até que se ouviu Id em cima um tilintar. Numa certa hora, ele espiou para fora, por um buraco na terra. As primeiras borboletas yoavam ao sol, e uma abelha se movia de mansinho num cachinho de flores de aveld, De lé saiu a farinha dourada. Olhe s6! LA estavam também 0g elfos de novo, e acenavam para ele amigavelmente. Ele os cumprimentou com o polegar, levantando-o abaixando-o, levantando-o abaixando-o. Os elfos entio vieram vindo, pairando no ar, e © saudaram puxando seu gorrinho e sua barba. Ele deixou, com todo 0 prazer, que fizessem isso, porque também estava muito contente com aquele reencontro. Gil Gees id Gee een Caza ae Gus Cet Gast ata uaa oe (as Gal Gua en cued Gee Grd Que cox aula ev (ate Cee ul Cee Gaul eee eax Gee (tim OnelGas(Oeea uit ane (ut Geel Gx Oaax Gul Gus C2 Gaz Cee ri A LINDA NOITE DE VERAO Num entardecer de verao, 0 andozinho Rai Brio da drvore, que sabia tate sobre a terra, a lua e as esrolas.O dia havia sido quente. | © génio da arvore parecia estar dormindo. Raiz-Fina fez cécegas em seus pés de raiz; pols 0 génio da 4rvore gostava. Por fim, ouviu uma risada l4 no alto. Quando olhou para cima, viu a cabega do génio da arvore, que se inclinava para fora na diregéio do tronco. Sua voz disse: "Quem esté mexendo em minha pema de raiz?" De baixo velo a resposta: "Sou eu, 0 ando Raiz-Fina, perguntando: O que acontece? Agora, que anoitece, tudo o que 6 grande ou pequenino jdse mexe, © 0 vento traz zumbidos e cri-cris aos meus ouvidos!" O génio da arvore olhou para 0 céu, olhou de novo para baixo, para as raizes, e comecou a falar: "0 sol ilumina hoje o dia mais longo. Sua forga agora é imensa. Logo a lua- cheia vai brilhar no céu. COCECECECEECE CECE ECE CECE EE CECE ECE EE CECE CEC OOCEOEOEOLEE Tudo esbraseia ha noite que brilha. Os vagalumes ja montam vigilia. ‘As mariposas, 0s elfos e andes dangam alegres|a0 som das cangées. Génios das rochas, nas altas varandas, seguem os elfos na alegre ciranda. No alto do monte a fogueira se inflama. Passam pessoas, rodeiam a chama. Canta o riacho, uma névoa soltando, Génios dos montes vém, calmos, olhar aroda alegre da luz do luar. Vem da floresta os andes festejar, com suas luzes, o ano solar. Eles se alegram com 0 bom fogaréu, agradecendo o luzeiro do céu. No ouro do sol, quanta prata flutual Todos recebem a béngao da lua. Ougal As pessoas estiio cantando: 'E a noite de Sao Jodo que vem, e com ela o Cristo vem também. Toda a Natureza Ele abencoa. Jd é So Joao. Que noite boat'* ee ee re tere eee COC EE ( c « ( Gee Coan (PH Cee Coe (Chea ) De repente, Raiz-Fina viu um foguinho dangando diante de uma pedra. *E um fogo fétuol", exclamou, agitado. E correu em seguida para lé. Em sua alegria, ele quis pegé-lo com ag maos, mas o foguinho saltou fora dali. Raiz- Fina comegou a persegui-lo aps saltos, e todos os andes foram saltando "Pisa e pulae outa episa também atras dele. em zigue-zague, zés-trés! Pisa e pula e pula e pisa em Zigue-zague, zAs-tras..." Repetidamente se ouvia esse tagarelar. Isso provocou um mexe-mexe € risadinhas, ¢ a isso 0s grilos acrescentaram sua masica de ori-cris. Curiosos, esgueiraram-se para fora de suas tocas na terra um satiro @ alguns duondes escuros. Arregalaram os olhos para tudo & sua volta e abanaram a cabega. Eles nao sabem dancar, porque néo conseguem ficar alegres. Debalxo de escutos pinheitos, eles olhavam para fora, rabugontos. O sétiro disse: "Que barulheira seré esta? Que mundo mais doido!” Nisto, estrelas cadentes riscaram 0 céu, Todos os andes exclamaram Ah! © Oh! O sétiro € os duendes, porém, fugiram assustados para dentro de suas tocas. Raiz-Fina ficou olhando um tempo para as estrelas Id no alto e pensou: Que bom que é ser um andozinho e contemplar as maravihas do mundo! © ANAO el E O DRAGAO Nas profundezas da terra, dentro de uma gruta nas rochas, mora 0 dragao das trevas. No verdo, ele dorme. Quando chega 0 outono, ele comega a bocejar até estalar os dentes. Depois, pée-se a raspar as rochas com as garras. Ele sopra pela boca uma fumaga jledorenta. O arcanjo Micael, lutando com a espada, fez com que ele reouasse para dentro daquela gruta, a fim de se manter quieto ali. Quando ele acorda, é que est aborrecido de tanto ficar quieto. E entao que ele soltal bramidos, raspa as garras na pedra e se enfurece, tentando fugir da gruta. Se algum ando se perde por Id, engolido & nunca mais volta. Certa vez, quando 0 dragtio acordou, Raiz-Fina estava andando por all, bem perto da caverna. Trazia nas maos um pouco de luz de raiz, que ele ia levando mais para 0 fundo da terra. De repente, ouviu um resfolegar distante e um barulho de raspar pedras. "Que serd isso?", ponsou, e ficou muito curioso. Ele desceu mais fundo; ai comegou a sentir um mau cheiro. Por uma fenda na rocha, passava o brilho de uma luz esverdeada. Quando Raiz-Fina espiou pela fenda, avistou o dragao Jevou um susto. Nisto, caiu de suas maos, para dentro da fenda, a luzinha de raiz de flor. Ela pingou nas escamas do dragao e fez uma mancha branca. O dragio bramiu e soprou a luz com seu bafo escuro. A rocha estremeceu. Raiz- Fina correu pela terra acima 0 mais depressa que péde. Quando chegou ao lugar onde estavam os outros andes, contou-lhes 0 que Ihe havia acontecido. SEG eee Ge Cee re Cee eee eC Cee Cra Cee Gere CC Ceri Cae CHC reac res aTCEEeCazeCetH(cee Gee Cize Cee Tei gece (eee CHE Ceedzee CeoGeeCEaCeeCHn CHecCHEitiG io O mestre das raizes disse: z "Vocé desceu fundo demais na terra, Desde que Micael venceu 0 dragao, este = odeia a luz e mora nas trevas. [Ele é um engolidor de luz. $6 leve a luz das a raizes até onde os cristais ainda brilham, © nao mais fundo. Assim, nada a poderé acontecer com voce. E, quanto mais vocés oferecerem a terra a luz = solar que vern das raizes, mais fraco se tornaré o dragéio em sua gruta.’ e Dai por diante, Raiz-Fina tomou muito cuidado para néo descer fundo demais es na escuridéo da terra, E ele sempre se dedica a buscar a luz do sol, que vem a das raizes das plantas, dando-a entdo de presente a terra. “ FIM ) ) oye PV) )) do) SEE ae aE er EE ) SUMARIO © ANAOZINHO RAIZ-FINA E 0 GENIO DA ARVORE.....3 © ANAOZINHO RAIZ-FINA E OS ELFOS..... | © REINADO DO INVERNO. NO AUGE DO INVERNO, O NOVO ANO.... A LINDA NOITE DE VERAO. © ANAO RAIZ-FINA E O DRAGAO....

You might also like