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Livraria Corréa do Lago VOLUME 4 Piaui/Maranhao Rio de Janeiro ‘Sto Paulo “ive 0 pili de examina com detenimonto & bra de Baardo Pires Perera A misono paren {eto (Domingos Pie Farr e stu descend), (he no cvodo we apreenta em sete volumes deco (rilos dens. A peng, que se extend de 1725 1 msc ds, & Impesionant, com wm Imponene ‘poat gemalgico erico de aa vali com eabedel ‘ncn da hiseriogrefia brasileira Romificandose pla decendénie persambucans pola pauense e pola maraoherse, ent ezlhametss naires ou menores, sepundo se cater ral Irbane sues orm examinadas zm extremes ‘de igor geaconal, faced ma melhor teaea r= ror de inaridadee cloteaidade que demon. fram alt dedi No ginero,ndo entre née — mesmo inclldos os owes elislas na mara — nada de comand scua resltar 0 ronde beni de que tela ere ‘dora a empress etoriat — prvada ou alco — (que chamane a sa tre de publica 0 vbr 0 que me cumpr, em Boa f, declan” Ante Houses ob Impeesido de nossa comers brea om sincera espera no ae ft Hee, também ‘ho Braxiiro” Afonso Arins de Mea Franco “Esto a os iro do psa, anda hoje de. Ireguente © obrigntiri, com mes Jabeatto# Bor fs da Fone, pra on tinbogns noi, © com Petro Tagues « Sos Lame pra os fois do sal (0 pie. Podexeincorprar aoe grupo de ifs ‘ei pesulsadores Edgardo. Pes Perera, que st ‘engonha a reconatiulpo da geecogie de fonts Pres Foon , de Pemonbuco, irae para 0 Pat e'0 Matonhio, © rame pemambucono te de {aca com a figura de Geral Dire Ferreira, que ree fangs de impoetnca, ma fase da Indepen ‘nc arbor Lim Sobrino ‘Com relo & Pernambuco, bara recordar oe trabaliceplonioe fe pengua documenta de tes Insoradoes ses naturals, que fora re Jobat, Dom Domingor do Loree Couto e de Borges da omc. Todos Jer jus 8 condo de iitadores 4 pesquta rice, vsando a etudon elaborates ‘rileemene, com apoio em dosumontso exstente no pais Edgardo Pre Ferrera renova o exemplo de Barges ‘ta Fonscte seu eto goeaco da descend ‘de Doings Pier Verena 4 rela #6 de Devquise Distvice foto fdedlgas, motile € arog, como de informs obese rb ‘mos descendents, pols abrange nformestes. gue i ‘ha a8 décadar de 1970 e 1980 José Antonio Gonsalves de Melo “E obra de Jeo, que mere ser doulas, mesmo porgueo50poucos ot eure peace, em masa? biogas storie, ee matin dle dvi de Sando clnitico ethene, © que roment satis ‘ida das fri relacionadas Lembrome que Caio Prado Jdnlor, nz Rormagio {4 Bras Comemporinee 1, Conn, 1 ay 1995. com asua autordade de rand hisoradr fas na felerdncie mato expcalfara 9 nscetidade de gro Ioverseetudosgnelileos, ue posta redmete Suir 0 estuioss quanto 0s furdaneto da 08 Sociedade, resale a su Impordincia Francisco de Ass Barbus “0 exemplar peegialorndo perdes jamae a opie de que ndo te trata de encontrar base nobilis rot antopanades por eprto de pure vida, lt ‘studou a exponso de on none Jonilar de modo {fornecereomentosPreciowor ps @ anise for. ‘mos dar cama sel, matrl ndsporael 208 sclogoe do pl Amsco Jocbina Lacombe a peu revela deliapd « compete ex pela reatando wm ater de grande via ara Invesigeyer hires, demoy iar, see (a ntopoea 80 Catal de Melo Neto Edgardo Pires Ferreira A MISTICA PARENTESCO Edgardo Pires Ferreira _A MISTICA DO PARENTESCO uma genealogia inacabada (Domingos Pires Ferreira ¢ sua descendéncia) Apresentacao de Laima Mesgravis VOLUME 4 Piaui / Maranhao / Rio de Janeiro / Sao Paulo Livraria Corréa do Lago Copyright © Edgardo Pires Fecira Todos os dedi reservados. Nos termos de} qe rvearda os dstos ators, aemhuma parte desta abea poder ser tepodzca sem permis por eeito do Autor ans de Quique ios = serox,ftocopa, AOAC, Former. ic LLvraria Cort do Lago ua Toto Cashosnt, 267 4835 Sto Paul SP ‘Capa, diagramas3o < syperisto grin da iso: Diana Minin Foocnpogtoatrants de pape foxoriico RC veri, impressio ¢acabamenta: Bandsrante SA. Grin © itor, Digs Causa do Carmo Carneiro Leto ‘Dados de Catalogo na Publeas0 (CIP) Internacional (Ciara Brasteira do Livro, SP, Bras Ferreira, Edged Pies, 1987 — 'A mia do parentesco : uma genealgininsabads Domingos Pires Feria ero descendenc, ‘S"Sto Paulos Livaia Cons do Lae 1950, CContio (Perabo, — ¥. 4, Pau Marano, Ried Sanciro, Sto Palo 1. Fania Pies Ferrie 2. Feira, Domingos ies, a 18.1, Tuo. I, Talo = Domingos Pie Fea em de sendin. soast cops {nai para catslogs sistema: 1. Fama Pires Fersra : Geneon 929.2 2. Pires Ferra: Faria: Gxnelopa 20.2 A minha querida MARIANNE “0 sonho & a antevispera da verdad (.)" AGRADECIMENTOS Este lvro nao seria 0 que & sem a precisa, constante e generosa ajuda de parentes ¢ ‘amigos. Da familia recebi apoio, amizade, Informacoes, notas e fotos pessouis, ‘uma bela prova enfim de que a Mistica do Parentesco ¢ wma realidade, existe. (Quer apradece toes, een putea a Helena de Moras Pies Ferg (Si) (1), Helms Ole Pins Ferra de Sd (Dona Amonio Rebello Mera de Vesconceles, Deomeszr ies Chaves (tires de Casio), Felsina Horde Res Souza (Chaves). Cesar Pres Choves, Mara Nesoeth Ps res Chaves (Rama. Josepina Claudia Noguci Mindio (Monto) Net: Pres de Casro (Rt bir, Mare de Lourder de Caro Rebello Nunes Pare de Castro, na Crain Pires de Cast, Carmen Pires Caso Bronce (Almesde. Dacio Castelo Branco Aimede, Bernard lose Case ‘Branco, Albertina de Araujo Puado (Castelo Bran). Josefina Cindi Casto Branco Almeida (Sunes, ari des ropa Caste Bronco Almeida (Carer). Emido Jest Curr, Alice Pies, fe Samoao Portela Nunes. Tena Pires Risa (Carsal), Antonio de Pade Ribeiro dos Son ‘os, Jomphine Pires de Sampaio (Catto Bran), inom Pires de Sampaio Castelo Brace, Me ‘na ce Scorn Fores de Sampoio (Martins, Svana de Menezes Pres, Maria Antonia de Ato “Leite (Ling, k9s Leite Machado (Carne, Eeonoe Esch Lee, Per de Send Feta, Ma ‘aa Alice le Arejo Coste Pres Rebelo (Fos. Simplis (Cas) Pres Coho (Portela Nines, ‘Wason do Eto Costho, Lina Josphine de Freitas Cavell Bronco (Laser Retell, Fernand Mari’ Romero Quinder (CaselloBranc), Ane (Anita) Burlomag Nopucra Pret de Cro (Gayoso ¢ Aimenia) (9), Ling Josephine Gavoso e Almenda Paver da Sie). Clara Mara Ale sundrino Come Lima (Gayoso e Aimendra. Jodo Adalbero de Gayoso e Ainenio, Lina ise: ‘hina Pires de Cairo Gayoso ¢ Almendra)(t), Mare fue: Gvoso ¢ Alendra (Fea), Maria Mercedes Pres Ferra (Castello Brana), Reis se Faia Arando Pies Ferree (Perea ‘AgenorBarbose Almeida, Mara Lia Pes Free (Clementine), Mara do Amparo Ferrera lencar, Maria Dagmar do Rego Alena (Caldas), Amonio Luts Fores Brit, Oto Hagel Filho ‘Mari do Grava Fortes Brito (Sanit Ds). Maria Morne Fortes Vasconcelos (Aimev), Gera. ‘do'Mayta Fortes Tsconevln, Jou Forts de Vasconcelos, Teesinha de Joss Veas Forte (a. ‘monde, Mersoida Mav Fores Megathies (Almeida), Maria Nubia Parents Fortes Martin (A ur, Maris AtarPayncs Forts (Vii), Eugenia Maria Massa Paretes Fates (era), Ma ta Helena de Sousa Quer (Cunha Buen), Moris Helene da Cunha Buen, Diane Rebeo de ‘Azam (Montandon Braga. Corio Procpo de Araujo Carvalho, Calis Procipio de Area Canaino (Celta, Myruhes Aguar (Procpio de Arajo Coraho) José Carneo Leto, Claudia {io Carmo (Carneiro Lado), Miriam Pires Feri (Casto Monro), Mare Nar Pies Ferra ‘Povoa), Helin Povce Filo, Mara Lucis Pes ¢-Albuquorgue Galt (Povo), Lait Galt Povow, Gi Mara Pins Ferra Povoa (Schole Ubing) Luz Cesar Povoa, Angela Mara er ‘nanes Pavan (Pov00, Jorge de Sowza Sanpete, Luc Maia de Suze Sompalo(Fonsed Guim ‘es, Maria Euio Pires Let, Maria (Marie) Ponte Souze (Bors Leal) (1), Ruy Ponte Sous Borges Leal. Moria de Nazar Borges Leal (Brita), Helena Ceca Martins Lea! (Cos. Yon Pi ts Let (Spert). Luz Octavio ies Lea, Sibia Samana ebro (Pier Feria, Soap ‘io Pies erae, Line Braga Pies Fore (Dies Leal, Anita les Perera Fert (Malm), ‘Maria Feraz MalznitRomancoh). Marlena Pires Frera (Suet, Maren Jose do Res, Fda Pires Fortes (Pedros), Beare Pres de Csiro, Maria Soars Pies de Casto (Fore), Martha Re- 0 Pires cde Csiro, Mara etna Lao Pres de Castro (Rodrigues Costa), Ana Lia) Bottho Pires de Caro (Manning), Ae Mentng Sheppard (Bere), Joseph Cosswel Menninger. Mara Cova Carneiro da’ Cutha, Maria Egenia de Arajo Costa Pes Rebelo (Rego), Teresa Mara Ferreira de Alencar Pires Rebelo), Zara Frere (Costa Araujo) loa reve). Maria Ange Ina do Cura (Frere), Hella de Siva Rebelo (Moncore), Zé de Carvtho Barbs (Pies de Csiro), Ena de Caro Picano. Trednha de esis de Cairo Noguera Maria Cee da Svs Prado, Maria Alterna da Sve Prado (Assumpedo, Cesar Luz Pres de Mello, Mari Theresa Tare de Oi (Pires de Melo), Teeca Cotina Pires de Melo (Rengube), Mara José Red es Tetra (Pires de Mele), Cenar res de Melo Net e Jodo Domingos Ps de Melo. E para mim wma grande honra e um tributo & amizade que marcou tal colabora- ‘e80, convidi-los se considerarem desde jd como co-auiores deste trabalho. Con- vite que estendo ao General Moysés Castello Branco Filho (3), Afonso Ligdrio Pi res de Carvalho, Reinaldo José Carneiro Leao, Sarah Mathias Mazzucchell, Vicio- Fino Chermont de Miranda e Luéz Edgar de Andrade. Ao meu primo Marcelo Salgado Carneiro Ledo, 0s meus agradecimentas especiais elas inieras horas pacientemente empregadas na informatizagdo deste Volume 4. ‘Nao quero deixar de agradecer aos Académicos Antonio Houais, Jodo Cabral de ‘Melo Neto, Afonso Arinos de Melo Franco, Barbosa Lima Sobrinko, Francisco de Assis Barbosa, Amérieo Jacobina Lacombe, aos Professores Luiz Marques, Anto- hnio Candido de Mello e Souza, Laima Meseravis, José Antonio Gonsalves de Mel- lo-e ao Embaixador Aluizio Nepoleao de Freitas Rego, que tornaram, por sua di- versa e estimulante colaboragdo, possvel esta publicardo. A Diana Mindlin agradego a assessoria em todo o projeto sréfico. A Pedro Avanha Corréa do Lago, os meus agradecimentos por inclir este mew trabalho em seu projeto editorial. A Lygia Arcuri Eluf da Livraria Corréa do Lago ‘pelo precioso acompanhamento na publicacdo deste trabatho, Na Parnatba devo agradecimentos ao Dr. Heitor Araripe de Souza, que forneceu preciosasinformagdes bibliogrdficas sobre a histria do Pia. No Rio de Janeiro, os meus agradecimentos vo em particular aos bibliotecérios ‘da Fundagdo Casa Rui Barbosa, do Instituto Histérico e Geogréfico Brasileiro, da Biblioteca Nacional, do Arquivo Nacional, do Arquivo da Fundagao Getilio Var- ‘0s ¢ da Academia Brasileira de Leras. Em Sao Paulo, os meus agradecimentos as biblitecdrias do Arquivo Piblico do Estado e do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de Sao Paulo. Edgardo Pires Fereira SUMARIO IIL Apresreasto XVI Exirio XX Inerodusae XXIII Como constr et io 1 Domingos Pres Ferra 1 Titulo 7 Sot Pies Feria 16 Capital & Antonio Pes Feta 20 Parirafo 1 Cavs Lina Pres Feria 31 Paragrafo2 Carlota Lina Pires Feet 45 Parigrafo 3 Antonio Pies Fever Fo 48 Parkerafo 4 Carolina Pres Feta 1 Pargrato $_eroando Pires Fete 106. Pardgrafo 6 Maria de Deus Pies Fee 129. Parserafo?_ Anna Lina Pires Fess 160 Parigrafo 8 Lina Pires Ferrera 1 Apéndice — Casello Branco — Cara de Amida 170 pine Gayoso eAlmendea M2 Apéndice Gomes Rettlo 174 Aptndce Paranagud — Baral/Monferat, TTT Apéndice —Heranca de Fernando Pes Fees 179. Aptodice Gomes Freire 18S Aptodice —Carneeo Leto IT Apéndice Monteiro de Barros ~ Caso Monro — Resende 180 Aptodee Lig 192 Apéndice Siva Prado 186 Aptodce Arruda Boteho 196 Apogee Cunha Bueno 198 Apfodce Pte (Sto Paulo) 200 Apéndice Pires de Carvalho Albuqueraue (Bais) 203. Apéndice Jouquina Anglia Rbsro de Aguiar (ApEnce a0 Volume 1) No Bibiogafa 217 odie onan APRESENTAGAO XI (s estudos geneatdicos sempre foram consignados d vaidade dos seus autores que pretendiam através deles enaltecerse com a comprovacio de ascendentesilusires @ Darentela poderosa, Na verdade, muitos leigos que se dedicaram a essas pesquisas revelam até ingenuomente suas veleidades aristocraticas quando tentam vineularse ‘16 a herdislendérios como Eneas de Troia! No caso brasileiro, estudos recentes de ‘Katia Maria Abud sobre @ sociedade paulistana no séeulo XVIII e a elaboracao do ‘mito do bandeirante levantam hipéteses interessantes sobre as motivardes ideoli- as de Pedro Taques que a seu ver estaria tentando recuperar a projegao dominan- te dos velhas paulstas preteridas e desprecados pela administracao portuguesa nO séeulo XVII. Outras motivacées poderiam ser airbuidas a Lutz Goncaga da Silva Leme quando nas primeira décadas do século XX elaborou sua Genealogia Paulis- tana. Na época era importante enaltecer os vells paulstas antepassadas dos che Jes politicos que encarnavam a hegemonia de Szo Paulo na Republica Vetha. A ‘preacupagdo com a justificariva da dominagdo eas veleidades aristocréticas sG0 também ressaltadas por Lucila Rels Brioschi em srabalhos recente. Estes seriam os usos ¢ motivardes mais tradicionais para os levantamentos genea lgicos, mas as novas tendéncias historiograficas abriram possibilidades muito mais reas e amplas para sua coniribuigdo ao conhecimento da realidade e do processo his- 16rico brasileiro. E nesse contexto renovado que a sigantesca pesquisa de Edgardo Pires Ferreira se revela de extraordinéria willidade para historiadores, socidlogos, demberafos, an- ‘ropétogos, enfin todos os que se interessam pela reatidade social brasileira. A genealogia de Domingos Pires Ferreira e seus descendentes, provocativamente ‘initulada “A Mistica do Parentesco”, apresenta wm levantamento de cerea de 25 ‘mil individuos que se estende por quase trés séculos ¢ que, de Pernambuco irra- diam para o Piaul ¢ 0 Maranhio, hoje se espalhando por todo pals. Alé onde se sabe este levantamento é 0 maior no género, feito por wma s6 pessoa, em periodo de 4 anos? Outro aspecto fundamental e precioso que além de ca- Ssamentos e descendéncias, grande parte das individuas arrolados 10m datas de nas- cimento, morte, casamento, profisbes e atividades exercidas. ‘Com os dados existentes & possivel esbocar diversos tipos de andlise cientifca. As- sim podemos fazer wna histéria de familia: estabelecer padrbes. de casamento, rmortalidade, fertilidade; de assentamento urbano; de mobiidade geografica e $0- Gil; de tendecas, de migrcdo do campo par a cidade: do papel da eveaso ‘como garantia de “status” socal e muitos outros. xiv No Brasil a familia Pies Ferreira comeca em Pernambuco com a chegada de Do- ‘mingos ao Recife em 1725. Ali constitu familia, € como mascate galga os degraus dda ascensdo socal. Os filhos que ficarar em Pernambuco participaram ativamente ‘da insurreigao Republicana de 1517, Seus netas chegaram a titulares do Imperio, ‘1 aliaramse a eles pelo casamento No Piaul, os Pires Ferreira aliam-se por casamento aos primeiros povoadores da regido norte e aos Castelo Branco; inscrevem assim um capitulo importante da ‘oeupacao do Vale co Parnatba, através da criagao de gado. ‘Um nipido exame dos dados referentes ds geracdes que se sucederam desde a che- sada do fundador do ramo piauiense em fins do séewo XVII, permite conclur ‘que 0 periodo dureo do processo de ascensa0 social da familia no Pia, deusse no séeulo XTX e comeco do século XX, quando muitos de seus membros foram gran- des fazendeiros e chefes politicos. Seguiu-se um processo, com certeza baseado na ddivisao dos pacriménios, que levou a diminuigdo da importincia econémico-social ‘dos que permaneceram na area rural [No processo concomitante de progressiva urbanizacao de grandes ramos piauienses da familia, nota-se que a manutencao de wm status social médio ou relativamente ‘alto foi garantido pela educagto com formacto profisional liberal, ténica ou ar- listica, Outro fato interessante & a explosao da profisionalizacao feminina a partir das dcadas de 1940 e 1950, antes quase mula Serd este 0 padrao da evolueao das vethas familias brasleiras? E wma hipotese in- teressante a ser verificada pelo estudo comparativo com outras familias assemelha- ddas ow diferentes. Ainda que se possa contestar a possiblidade de generalizar con- ‘lusdes para a familia brasileira como um todo, 0 mimero de individuas e 0 tempo pesquisados nés parccem muito signficativos e com peso consideravel a ser levado © autor Edgardo Pires Ferreira, sociélogo formado no Rio e em Paris, com estu- dos pas-sraduados em Museologia, Arqueologia ¢ Zooarqueologia realizados em Paris, Jerusalém e Estados Unidos, dedicou-se por muitos anos a pesquisas arqueo- Tgicas em Israel e no Ira para o C.N.R.S. da Franca, eno México, Peru e Equa- dor para a Universidade de Michigan Retornando ao Brasil em 1981, Edgardo Pires Ferreira encontrou entre papéts fa- ‘miliares wma grande quantidade de dados genealdgicos reunidos por seu av6 Fer- nando Pires Ferreira Filho que the despertaram a curiosidede ¢ 0 inteesse. Foi ‘quando nos procurou para saber qual seria a possvel uiidade da xeneulogia em ‘questao para a historia'do Brasil A quantidade consideravel de informagdes jd preservadas mos entusiasmou pelas ‘suas potenciaidades de aproveitamento para a historia social. Procuramos entdo ‘encorajar Edgardo a completar os dados com mais pesquises e aprovetilas para a eladoragto de um estudo historico, sociolégico ow demogrdfico. No entanto Ed gard decidiu-se desde logo a resringir-se & conplementacto dos dados zenealogicos € xv pessoais dos pesquisados. Escolhia assim 0 catinho que com tanta perssténca, ‘Produtividade, e humildade ria tithe, qual seja o decriar uma notavel fonte primar. Com sua formacao cienifice prévia, ainda que nao especializuta em histéria, con- ‘sequiu uma grande Jasanha ao completar em 4 anos e com muito mia rigueca de detathes informativas 0 que muito geneatoxistas levaram 20 ou 30 anos pars fazer. Na verdade o que temos nesta genealogia & uma fonte muito valiose para inimeros pesquisadores das mais variadas dreas ¢ sd0 poucas ido desprendidos ques con Tentassem em reunir organizar material a ser ulilzado por outros |A Mistica do Parentesco ndo evidencia em nenhum momento a busca vaidosa de Drigens ilusres. A minitia das dadas sobre grande parte des membros da familia ‘que consegulu localizar ¢ 0 destaque dado as aliancas mais variadas isentam esta enealogia dos defeitos mais comuns de suas congéneres. 0 leitor atento desta obra encontrar dados fascinantes para o processo de ocupa- 0 do Piaui, © para a crescente tendéncia 4 urbanizagto da sociedade brasileira fem um processo evolutvo que se estende até nossos dias, em sma, terd mais win fencontro com o Brasil € as brasileiro. LAIMA MESGRAVIS Departamento de Historie da USP EXORDIO XVII COLONIZADORES DO NORTE DO PIAUI EBARRA DO PARNAIBA Ligado a Pernambuco no primeiro século da posse portuguesa, o Piaul era terra de aventura e conquista. Portugal, saido da guerra contra os holandeses, no litoral do Nordeste (1624 » 1654), e contra os espanhis, na colénia do Sacramento, Rio Grande do Sal (1679 - 1750), ndo se interessava pelas novas terras descobertas além Sto Francisco, A data oficial da “descoberta” do Piaui € 1674, ano em que Do- mmingos Afonso Mafrense e Francisco Dias Avila, da Casa da ‘Torre de Garcia Avila (ver Apéndice “Pires de Carvalho ¢ Albuquerque"), insalavam suas pris meiras fazendas de gado nas imediagdes da Ribeira do Cenindé (Mott, 1985:1;, Calmon, 1983:87-98; Ferreira, 1908:97-108). © primeiro governador da Capitania do Piaui, Jodo Pereira Caldas, s6 foi nomea- doa 26 de agosto de 1758, tomando posse a 20 de setembro do ano seguinte a Vi- la da Mocha, depois cognominada Oeiras, em homenagem ao Marqués de Pombal Até essa data, a capitania do Piaul, estava sujelta 4 do Maranhao, Jogo Pereira Caldas governou o Pia até 1769, Na barra do Parnaiba dominavam os indios Tremembés, ¢ no curso inferior do Parnaiba (primitivamente chamado Rio Grande dos Tapuias), habitava “muito entio bravo'” (Carvalho, in Ennes, 1938:371 e 387-389) até & segunda metade do Século XVI e prinejpios do XVIII, periodo em que foram escorracados e destrui- dos (Mott, 98:4). No ano de 1721's Regito Norte j estava “pacificada”. (© mais antigo documento referente & colonizasao do Piaul é 0 relatério do Padre Miguel de Carvalho, primeiro vigirio da terra — “Descrigao do Serio do Piaul —Oviras, 2 de marco de 1697 — mesmo dia da consagragio da Matriz de N. S. da Vildra, freguesia primaz do Piaul. Esse relatorio, drigide a0 Bispo de Per ‘pambuco, foi parar no Conselho Ultramarino em Lisboa, ¢ mandado arquivar (En: nes, 1938370389), = “Habitam as 129 fazendas do Piaui 403 homens (entre brancos, negros, rmulatos, mestios ¢ indios), © 38 mulheres, sendo 27 indigenas, 3 mestigas, T'negras ¢ 1 Branca, Era Mariana Cabral esposa de Domingos Aguiar, ‘nico homem casado™ Situavam-se as 129 fazendas na Regio Centro-sul, as margens dos vios Canindé, Paul, Gurgueia e nascentes do Tiaim-Acu (Poti) e seus formadores, nas sesmarias doadas em 1674 pelo governador de Pernambuco D. Pedro de Almeida & Dont: 20s Afonso Mafrense (ambém conheeido como Domingos Afonso Sert80), € 3 Francisco Dias d’Avila, da Casa da Torre (Costa, 1974 (1909); Calmon, 193935 Li: ma Sobrinho, 1946 e 1977; Nunes, 1975; Branco Filho, 1982; Mot, 1985) ddo Pe. Carvalho (Ennes, 1938:373) Continua o reat — “Vive estes moradores de arrendamento desta fazendas de gado; de quatro eabecas que ctiam, tocathes uma, ao depois de pagos os dzimos”. XVUIL [Esta foi a primeira ocupasao do territério piguiense — eram vaqueiros andnimos, bbalanos e pernambucanos, sem tradieao de fail, Menciona o Pe. Carvalho a fazenda Biterocara, origem da cidade de Campo Maior, fundada pelo Capitao Bernardo Carvalho de Aguiar, nas margens do ria- cho Surubim, formador do Longa. Deixou a familia na Bahia, malher © dois flhos (Melo, 1983:81), Creseew o povoada, ¢ em 1713, foi clevado a Ireguesia, a segunda do Piaui. A Igreja de Santo Anénio do Surubim de Campo Maior fol ergiga pe- los padres da Compania de Jesus da Serra da Toiapaba (hoje parte do Ceara) ha- bitada por indios Tapuias também chamiados Alongs, [As familias pioneiras do povoamento do Piaui, chegaram entre 1697 ¢ 1768. Em ‘760, demandaraes @ Repito do Extremo Sul — Paranagua (antes Parnagua): Jose a Cunha Lusiosa ¢ Helena Camargo de Souza. (ver Apéndice “Paranagud — ). Foram para a Regido Sul — Osiras: Manuel Francisco de wna de Olivera, em 1697; José Vieira de Carvalho e Maria Frere {a Siva, em 1719; André Barros Rios ¢ sua mulher (nome ignorado), em 1740; Jodo Borges Marinho de Brito e Anna de Brito, em 1760; Antonio Pereira de Silva « Maria da Purifcagao (data ignorada). Destinaram-se a Regito Norte — Campo Maiot: Francisco da Cunha Castello Branco e tes filhas, por volta de £700, ¢ Ma- rnuel Carvatho de Almeida, Oficial da Conquista do Piaui, em 1712 oltera). Dir giramse a Regito Litordnea — Parnafba: Joto Gomes do Rego Barros, Capitao- ‘mor da Paraiba por volta de 1710 (olteio); Joa0 Paulo Diniz, em 1762 (vind do Maranhao) (futuro sogro de José Pires Ferreira); Domingos Dias da Silva e Maria Gongalves, em 1768 (vindos do Rio Grande do Sul); Anconio da Silva Heariques ¢ sua mulhee (nome desconhecido), em 1768, Todos portugueses, exceto Maria Gon- «zalves, mameluca gaticha, e ToR0 Gomes do Rego Barros, pernambucano (Branco Filho, 1984:10) 0s colonizadores portygueses buscaram a nova Capitania por yontade propria, atraidos por suas pastagens nativas, O rio Parnaiba no foi a via de penetracao. (0s recémevindos entraram pelos invios sertdes ¢ espalharam-se no planalto piauien- se, fundando fazendas de gado. Os seus descendentesentrelagarantse, formando a familia rural do Piaul Em 1712, deu-se 0 levantamemta geral dos Tapuias do Norte (Anus, Longds, Potis, cl... contra os curraleiros da Regio Norte; aravessando o Parnaiba, atacavam as Tazendas do Mavanhio, O governador da Capitania, Cristovao da Costa Frere, hhomeou o Capitio AntOnio da Cunha Souto Maior, morador na fazenda Caraiba ‘Regido Sul), primeiro Mestre-de-Campo da Conquista no Piaui, No ano seguinte, ‘© Capitao Souto Maior foi assassinadg pelos gentios de sua escota, sublevados pe To india Mandu Ladino, que foi educado pelos jesuitas de Pernanbuco. (© Capitéo Bernardo Carvalho de Aguiar, morador na fazenda Bitorocara, hoje ci- dade de Campo Maior, substtuiu-o no comanda da Conquista. Foi emcarreeado de fazer gucrra tenaz as tribos indigenas. © Chefe indigena Mandu Ladino, perse- ‘euido pelas tropas da Conquista (Costa, 1974, Vo, I:82), fol mosto em combate fem 1713, ao tentar atravessar 0 Parnaiba, XIX Manuel Carvatho de Almeida, portugués, natural de Linhares, era Oficial da Con 4uista do Piaui e ausiliar imediato do Capitdo Bernardo Carvalho de Aguiar. Pa eificada a Regido Norte, em 1721, Bernardo Carvalho de Aguiat reirou-se para ‘a0 Bernardo, no Maranhao. Em i713, Manuel Carvalho de Almeida fol nomeado ‘Comissirio Geral da Cavalaria e, no ano seguinte, casou-se com Clara da Cunha e Silva Castello Branco, filha de Francisco da Cunha Castelo Branco e de Maris, Eugenia de Mesquita (Ferraz, etal, 1926:18). Fundaram a fazenda Boa Esperana, nas nascentes do Marataoa, formador do Long, atual cidade de José de Freitas {antes Livramento), onde foram resdir. Tunto a casa da Tazenda levantaram uma faelinha de taipa, dedicada @ N.S. do Livramento, No mesmo local, em 1777, seus descendentes evigiram a atual Matriz de José de Freitas (Borges, 1879). Em 1721, Manuel Carvalho de Almeida foi nomeado juiz ordinario de Campo Maior € comindante militar local. Manuel Carvalho de Almeida e Clara da Cunha e Silva Castello Branco tiveram nove filhos, criadores e fazendetos no vale do Longa, o- ddos de sobrenome Castello Branco (Ferraz, et al., 1926:18). Dai, passando por ‘Campo Maior e penetrando para © norte, 0s Castelo Branco chegaram aos atuais, ‘municipios de Barras e Esperantina, © 8 margem piaviense do Parnaiba, oeupand ¢,colonizando terras concedidas em sesmaria, e outras devolutas (ver Apendice “Castello Branco — Carvalho de Almeida”) ‘Em 1786, José Pires Ferreira, perambucano do Recife, contraiu ndpcias na Par- nalba, com Marianna de Deus Castro Diniz, filha de Jodo Paulo Diniz, pioneiro dda industralizagto da carne seca no Piaui e'no Brasil, indo suas charqucadas, a0 Jongo do Parnaiba, até Pastos Bons, no Maranhdo (Ribeiro, 1849 (1874):62-63;, Prado Jr, 1986:45; Nunes, 1973:16-1). José Pires Fertera Toi primeitamente res dlr na fazenda de seu sopro, em Santa Cruz das Pedras Preguigas, no atual muni cipio de Barreirinha, Maranhdo, antigas teras da Companhia de Jesus Este enlace marcou a chesada dos Pires Ferreira a0 norte do Piaui. No ano de 1790, 0 essa transferu-se para sua fazenda da Barra do Longa, fundaéa por Joa0 Paulo Diniz, na conflugneia do rio Longa com 0 Parnaiba. Ali nasceu Sua ftha Rosa Maria ‘Pires Ferreira, que iria casarse com Marianno de Carvalho Castello Branco, nascido em 1790 ha fazenda Taboca, &% margens do rio Longa, 0 atual municipio de Esperantina, bisneto de Manuel Carvalho de Almeida e de Clara da Cunha Silva Castello Branco (Ferraz, etal, 1926:18, 45 ¢ 187) Da Barra do Longa, José Pires Ferreira e seus descendentes foram ocupanda as dduas margens do rio Pamaiba, penetrando e colonizando os atuais municipios de Araioses, Magalhies de Almeida e Sto Bernardo, no Maranhdo, e Buriti dos Lo- pes, Joaguim Pires, Luzikindia, Esperantina e Barras, no Piaul, Neste andar, trelagaram-se com os Castello ‘Branco, os mais antigos colonizadores da Regio Norte do Piaui (ver Apéndice "Castello Branco — Carvalho de Almeida") Destacamos os esponsais de Marianno de Carvalho Castello Branco, politico mili= {ante e abastado fazendeiro, e de Rosa Maria Pites Ferrera, por terem sido 0 pr micro enlace entre as duas familis, Encontramos ainda hoje'a casagrande da’ fa Zenda do Otho d’Agua dos Pires, no alual municipio de Esperantin, levantada em 1843 por Marlanno de Carvalho Castello Branco e sta expos IyTRoDUCAO XxI ‘Antes da origem da familia, € preciso contar a ofigem deste lito. Em maryo de 1961, falecia no Rio de Janeiro, meu avé, Fernando Pites Ferseira Filho, aos 87 anos de lade. Deixou-me em heranca seus manuscritos. anotagbes de Fasulia Tel- {as a0 longo de sua vida. Em outubro de 1962 fui estadar em Paris e deitel ese ‘apeldrio em casa de meus pais em Samta Teresa no Rie de Janeiro. ‘Quase vinte anos mais tarde, estando eu no Equador, sou convidado para um jaa tar na casa do Poeta-cmbaitador Joao Cabral de Melo Neto, Eis que de repente ‘Sua Exceléncia comenta minhas origens pernambeanas, grande cepublicano Gervasio Pires Ferreira, sua gloria © seus Yetos, Qual ndo é sua surpresa e creio até que ittago, ao pereeber minha ignorincia, De sua residéncia em Quito, sai envergonhado, com 0 livro de Franciseo Muniz ‘Tavares sobre a Historia dt Revolugdo de Pernambuco em 1817, debaixo do brags. oltzndo a0 Brasil em 1981, encontrei os empocirados manuscrtos & minha espera, © com eles decidiempreender esta tarefa e redimir minha ignordncia, Caro Joao Cabral, muito obrigad! ‘Sto quatro as gencalosias classicas do Brasil. As de Frei Jaboatdo € Borges da Fonseca que esclarecem as origens baianas e pernambucanas; e 38 de Pedro Taques Silva Leme, que tratam das linhagens paulsas (© meu trabalho trata de uma s6 familia, enquanto que Frei Jaboatso registra mais de 150 Farias em seu famoso Catdlogo Genealdgico, Borges da Fonseca trata de cerca de 60 Familias em sua Nobillarchig Pernambucana, Pedro Tagues anoia a deseendéncia de 25 familias em sua Nobillarchia Paulistana e Silva Leme registra ‘quase 80 familias aa Genealogia Paulistana. A Mistico do Parentesco — uma genealosia inacabada, tata de uma 56 familia, a de Domingos Pires Ferreira, portugues que chega ao Recife em 1725; sd0 cerca de 25,000 pessoas espalhadas por quase 300 anos de nossa histria Este Volume 4, bem como os Volumes 2 3, @ publica, tratain da descendéncia de Sose Pires Ferreira, sexto fitho de Domingos Pires Ferreira, que a0 casar-se em 1786 na Paruatba, tixou-se no norte do Piaui. Neste Volume 4, vemos a expansto ‘geografica do trons piauiense, princialmente para o Marauhdo, Rio de Janeiro © Sto Paulo, XXII ‘Alem dos Pires pernambucanas e maranbo-piauienses, sto também estudados os Piees paulistas, chesados em 1331 com Martim Afonso de Souza (ver Apéndice “Pires” (Sic Paulo)), e os Pires baianos, chegados em 1660 (ver Apéndice "Pires de Carvalho e Afbuiquerque” (Bahia) © objetiva principal de incluir Apéndices neste meu trabalho foi o de substanciar as origens de algumas familias, entelagadas com a estudada nesta obra. Os Apén= dices foram apresentados dentro do mesmo formato e da mesma metodoloeia des- te trabalho, isto &, a partir de um determinado ancestral, ede sua chegada a0 Bra sil. Paralelamente, estes Apéndices servem eozio uma sorte de “chave™ para a ‘compreensdo das origens de determinadas familias, além de base para estudos ge- nealdgicos posteriores, © autor agradece de antemso 0 envio de qualquer informagio complementar, que seri devidamente incluida numa proxima ediglo, Gostaria ainda de reveber Tot0- arafias de familia, especialmente do século passado e principios deste, pols esti, Dreparando um volume s6 de fotografias. O endereso para correspondéncia: Ruz Rio de Janeiro, ISI, Apartamento 14. Sio Paulo, SP. CEP 01240, © Volume 1 (Pernambuco) desta obra foi publicado em S30 Paulo em 1987 pela Marques Marigo Editora, em co-edieao com o Instituto Arqueolégica, Historica © Geogriico Pernambuceno. XXIII COMO CONSULTAR ESTE LIVRO Procuar no Indice Onomstico, 0 eidigo de referencia (numero), do some da pessoa que deseia loeazar no corpo do so. Com esa lforagto, 0 letor poder enconta os Fespectos asst ones eeteatuns desendentes, Poder tame encontrar o grav de pareieso com quale ov {ro membro da fai incido neste volume, repetindo © espe mecanismo erementando 35 ge ‘agen Me eaconlrar © ance comm (0s nme manos releemse sera, «0s abies & ago. Exempl: 23867 VES Gilda Marla Pes Fevrea Povo, pestence& seta gras, contando a partie. o parca da famla, Domingos Pies Fete, ¢€ 0 tere iho de Ma Nat Pires Ferre de Helion de Menezes Povoss tem como cli de ree: ABREVIATURAS 1 aon 5. — saleto/a. Usowse eta abevatuta para todos os solos em prinipios da ada d= 198, independent de sua ade tonto. s/0.— sem gerato. Usouse nos casos em que termina un linkage, ant no cas Ge casts se ios, de solos cine falda, como ainda nos cos Be sm 1980, — sem gerasto em 1980, Usido ara exemple agai oeaso de um eat ee. Ina gue n80 tena gordo ikon até 198, pode, eneant, ter grado pesterionmente vd, — sem daa ‘OBSERVAGOES ‘orespondinia, assin com a dos manusrts detados por meu avd Fernando Pres Fetes Fil, Neste trabalho no fo repstado nenhum caso de separssSo,desquite, eu ddr, plo ato do Mor ndo ter tecebdo nem consultado nein documento a resp. Plas mesMas 20,05 Sos de psi on mae solos nao Tora asinalados. Em alguns eases wsuse 0 satus "easado™ pe Fa seyundase tredras mops, nfo pelo fato de teem cotaldonovas mpl, assim es fade o wate ds urd. A MISTICA DO PARENTESCO 1 102 fasceu em 718 no (ugar devominado Bust, epuesia de Santa Maris Mada Tena da vila da Pome. comatea de Chats, provincia de TravosMome, et Portugal, ecm 1792 fa falco no Rete quando do asamento dese ho Gervaig (Ltkoa, O67. 1792, Ine de Si Criovdo, Livro 7, oth 139) Fe Iho de Domingos Paes do Penedo também tual de Bust, avador de uh ropias teas, ede Dominga Goncalves Fre, nasida na freguesia de Sao Tome do Ovts, en somaren de Chives apiso Poneto, cra derivado de sum penedo prom a asada quit, em Ton Montes ‘ei pars © Resfe som 7 anos de das co 1725, para esabsesrse sob of suspicion e em cia de seu io mitemo, negocane do Resie, Manel Ales ‘es do Resfe, com Felina de Freitas Barc, fila do Alferes to8o Pires de {Carvano ede Lulz de Bastar (Mel, 1973 (1595-192). Sabese por um fol que reta de um wo de sniadas de mercadois a ce ‘omsignadas de Lisboa, que cm 1745, as inte sete anos de Made, Domingor Pires Ferreira ea comereiantearetado na pra do Reis, Negocane dos Tnspeco dos asicuesealgoddes, e mulhoraentos dea clara conde, € slmovarife da Fazenda Rea dade 22 de dnsmbro de 76, ol Domingos Pes Ferreira um dos homens de maior iflucl resp na praca de Pernambico, ors rei importncia comercial or nua ret de care omg Enviou seis de seus fos, Antonio, Domingos, Manel, Jo40 de Devs, Joa ‘quim eer, setadar na Universdade de Coimbra ov ans de 168 179, Adguris Gnendas de eado na regito norte do Pil (muncpio de Paraiba), straido por verdadero "bom pears” proverado plo marasne ond. ‘iso desrrnte da esagnato de sonoma casi, pla cece deta «da de gao por pate das nas geri Meio, 197 (18952; Most, 198.7779, Fol membro da Yenerivel Ordem II de Sao Francico do Rei nto ¢ Jue 4a Irmandade do Saisimo Sacramento na Marz de Sto Fei Pedro Googe: ‘es (Brass, 186910), ¢ Famtiar do Sato OFiso, tla gue magus tempor Sera Oto ape igoroea preva de "lanpera de sangue™ ettandade¢ bors Domingos Pires Feneea casouse em 08.02.1748 no Resfe com JOANNA [MARIA DE DEUS CORREIA PINTO, n.no Resi, ¢ em 1792 Je ea falecida ro Recife quando do casmento de se fo Gervisio. Fila do eaocant ¢ ‘spa do Porto, ¢# no Rese ede Leandea da Cota Lina, .€ m0 Rese Domingos Pres Perera e Joana Maria de Devs tera M4 Tos, oj deen ncn € motive desta obra, e que aparece em 4 volumes. Pas Ge {eandrs Pres Feel, 106 0 6 Edgardo Pires Ferreira CCatana Mara de Deus Pies Festa Domingos Pes Fee Manoel Pies Feria done Pcs Fencra ‘Anna Maria de Devs Pires Fertira odo de Deus Pies Frei Joaquin Pies Ferreira Catharina Ria do Nascimeno Pes Feria GGervisio Pies Ferra ‘Sana Pres Fete {odo Pres Terie ANTONIO PIRES FERREIRA, 0, 139 na fread Sto Fei Peo Gon Gale no Reif, e | a0 Resfe (otava vivo quando Jo batimo de we sb Sho Anonio Picts Fert, fio de Geriso ies Fer et 20.09 811 (Save da Boa Visa, Live i), Socerdot;estudou na Universidade de Cola, ho “Inia” onde se macculon em 0110176 maticlowse em Clones fm 01769 010.1970; posteonmenteetodou em Paris LEANDRA PIRES FERREIRA, n, 1751 na fepsa de Sto Fel Pedro Gon alse no Ress, ¢ 01121899 no Resfe- Cats no Resfe com ss primo Teplimo maerso), MANOEL ANTONIO DA COSTA LIMA. Abssado co. smerdant.s/¢ (Segundo aotasdes deadas por meu a8 Fermando Paes Fer ‘ein ho, "Leandra de Costa Lima era muito ic ¢ io segurava deo de ob, so maniva fazer or Ses empreados ov eseav05") CCABTANA MARIA DE DEUS PIRES FERREIRA, n, * 172 a fepusi de Sto Frei Paro Gongaler no Reif, # 90 Resto. Casou-se no Recie om JOKO ANTONIO COMES, mom Ptagl,€ 1 n0 Recife Coronel: Scar os Engenhos Meres, e Pehderama, ete ta Vile do Cabo, PE; comercante¢ ‘spuletopropritrio no Reif. Ver descendéncia dese concn no lume 1, DOMINGOS PIRES FERREIRA, n.175} nt fesvei de Sto Fret Paro Gon tales no Redfe,e ? no Rest, Sacerdote: atadou a Universidade de Coimbra ‘onde marcos no “initia em 010.179, « na Faculdade de Dito ee 111.177; poserionmente estou em Selemancs, ma Espanha MANOEL PIRES FERREIRA, n, * 1755 na ffepuesia de Sko Frei Potro Gonzales no Rese, «| no Rest, Estadou na Unverdade de Coimbra, ma. teculouse cm Ditto om OL07-1773, e-em Matemducas em O07, tas rio se forma somercante no Rev. Casouse no Recife cont ANNA Ml CHAELA VICTORIA DA MAIA, ny ¢ 4 no Reif. Ver decendécia deste onsico'no Volume 1, Tao 2, pina JOSE PIRES FERREIRA, 1757 ma feegusa de Sto Frsi Podeo Gongs io Rese, « ¢ no povoada de Bara do Longs, tro da Burt dou Lopes no Paul, Capito; fends; comercante no Pau Casouse em 1786 10 Bu sos Lopes amigo mania da Paralba, Pil, com MARIANNA DE DEUS {CASTRO DINIZ, mmo sto (azenda) de Santa Crur das Pedras Preiss, m0 A MISTICA DO PARENTESCO 3 m1 im ‘muni de Rarcrinhas, Maranido, # no ss (fzend) de Sano Ast no, localiado no atalino de Maathtes oe Almeida, Morano, Ver ‘esendencs ds cont nos Volum 2 © neste Volume Tilo ANNA MARIA DE DEUS PIRES FERREIRA, 2.1758 nt frpsia de Sto Fri Peso Gonaives no Rese, e 26.09.1828 soln no Rese w/a (0 Dro. Fesor Tost Antonio Gonsalves de Mello fem comhecmento do eu sss Deixou Bens pata ss sabrina, ios deseo Ton, qu slam ho Pa, JORO DE DEUS PIRES FERREIRA, n. 179.36 fepuea de So Fel Poo Gonsalves no Reif, « { em abs do 621 no Res, Bacar em Ls ela Universidade de Coimbra ep 28.1788 (co formatter 2808788 mats ‘use também xs Fanfic 110.176, ecm Matias st 08102778 05.10.1781, a mesma Universidade; Adminsador da wav da alfindeea de Pemambuco. Dee 186, com o sev cosh da Uniersdade de Colma, © Cénego Betnardo Luin Ferre Portugal, lou psa ita a sis pti dos howrores do despotism, shim cow Iulou pra formar melorat 3 era ‘lo no Brasil Ttrising pernmbucano Je T817 que omy sey satan Jou ‘im e Gervisio Pies Ferre particpou 6a Revolugto Psrambucana de 6 de ‘argo de Is. Escve peso dorante 3 anos sa fortaleza da lh Gas Cobra 9 Rio de Jaco poserionnente nor ciceres da Bahia. Ent, er 1012 1820 recupeot a fibrdade envetano, vio fast Topo depois em abril de 121 (Gtarine, 1972 180TH). Cause. no Resfe som ANGELICA JOAQUINA ROSA Ver descendnci dese conseo lume 1 Talo 3 gina MARIA DO SACRAMENTO PIRES FERREIRA. a. £1740 frgussin de ‘Sto Frei Pedro Goraver ho Rese, « to Rei. Casouse no Recife com JOSE ESTEVAO DE AGUIAR, a. i76 em Lisbon, ¢ 1 27.03.1830 no Resle (titi Boa Va, Lv. 2.1.25), Comerciante,Ftho do red pepolate praca do Recife, Manoe! Rodrigues de Aguiar (0. 1742 em Sotlinho do Mente, Freruesa de Nowa Senora ea, Arecipado de Braga, rovinn des ‘osMonts, Portugal «1 T1689 no Rese) (Matic da oo Vista, L921 2), Wer dssandénia deste consrso no Wale 1 Ta 4, pss 0 JOAQUIM PIRES FERREIRA, n, 1761 ma Iresuoia de SSo Fr to Gow ‘ales Reale. Esava vivo em 08:111890, quando do Pacsmo de sua neta Soanna Joaquina Pires Mackado Pola (see de Santo Antonio, Recife Le. 12, Mv) Estadou na Uniersdage de Cimbra e179, mss 03 foro, Somerclanie no Rede. Falesst Rsoureiro do Eriio de Permambaco, ste Sino pernambucano qe em 1817 om seus ion Jo de Deus © Gerviso PL fer Ferris, portpou da Revolosio Pernambucana de 06 de mse de 1817 nears em Salvador. BA com outs rovlisontios peramucanos ‘qaando do facasso da Revlucao de 417, nconta 8 Hoerdace em 6.3 1818 (Garin, 197 (1883) 2: Melo, 1973 i995) Casowse no Ree omy 1O- [ANNA FRANCISCA PEREIRA DE BASTOS, nn fopucsia de Sto Frei Pe dry Gongalves no Recife User flea cm 22.04.1827 quando do Bano de 50 eto Joni. Filta do comerciane fre Cocibo Bustos © Tapas Maia 2 Conceso Pereira. Nor descendénca deste sonar no Wale I Tule, ria 106 ‘CATARINA RITA DO NASCIMENTO PIRES FERREIRA, 2. * 1765 na feegrsa de Sao Frei Pero Goncales co Real, ef slera no Resi. Edgardo Pires Ferreira ba CGERVASIO PIRES FERREIRA, m. 2606.1765 nt frepucsia 3 Sto Frei Ps CGonvlies no Rese e 7 0801836 na Fegusia de Boa Vista no Rete, em Sn resdencia run dos Pie, hoje on Gers Pies, «fol sepulado a0 pe do {armor dt lysia de Nowa Senhora do Rosirio da Boa Vista (ver Apeadce “Gario Pre Ferrera” no Yolune 1). Feta a con primaia po Rei, fo tov onze snot para Portugal esidar Humans no Cleo de Maa. De lk psou para a Univesade de Coimbra, aricuando'e om 010.1781 na Fs feldade’ de Matcmdrics. Non Jo priv ano, stcado de una Torte at ‘ni, shandonow «Faculdade: tetou eaudar Dire, mas Por ser miope, sca ou’ abandonando defnihatene os exudes. Dain dedar-se a0 conclo fm Lisboa depois de ums rae extada no Recife em vst aia, Mats Tote como negocinte naga pra, ¢enregose todo 40 comeso. Tomo sum srane eapialsta muh 25 anon cm ee eneren basa idads er POR fa. Em fine do séelo XVIll, 2 Fras, dominada por Napoleto, cata em {usa conta Ingatera, ees gota envlva Portugal, devi 8 ten allan es dois pulses. Em conseqencia, os navies portuguese eam proiidos de sar sendo em combo. Os eomboioneram grins A Gasca de Lisboa de 1 de stombro de 1796 0s da alias de um "Nos das 9e 10 do coven ‘mss enou neste porto © Condi do Bras, composi de [22 nvis creas tos de dienes genes colonic debited conta da Esguadra de SM” Eniretato, um nnio merase, o "Espada de Feto"” — taba cena para sir ds reara¢ viajar sono por ear “em etado de rests 9 qualauer ease fine por st sau armamento de conan, soaforme eapca Dom Fernando lowe de Portugal a Bom Rodrigo: “Pate dete Posto para ese o mao "Es Tada de Fer", de que € mesre Jou! Lele da Luv independetemente de ‘Store serundo a lenea qu ubieve a propio dele, Gendso Pires Fe ror, como Vow Excell Ie pave aa crt de 7 de ane pasado, d&- pot de me constr por informacto do ntadent Gasca © armavene els {be al em estado de restr» qualquer corso due o armamento& de con ftana na forma eft ue ¥. Exam rcomenda"™ A Gazeta de boa do ds 1 de astro de 1798, n? XXXVI, da nae do que ocrte: “Em 3 do cr {eateetiou nee porto 0 nivio denominado “Espada de err”, comndado tor dowd eke da Laz © gual tins do sasido eo primeo Sete mp Corio Francés de 18 peas. Fanou se um pofado combate, vndo © Cos ‘io sbordagem,¢langandoarpéay, fo rivisino o foro de partes paste Poe saga de uma hor, i€ ue oF Inimigos, ao podendo resstir ao fv? Om fue ov anion combi, « a0 estago gue tsham ecb, pocirara sar {erarse, me os sononcoohecend ja vita decid a Se favor, oe favarom, © po ft saram ov Frances 4 wun bands Neve tro soc rebetar¢ barTte a gut esta pro o areu,e feando © Corsaro Por sie comecsmento sao do avi, se ps efi. A perda do Inimigo em mottos {feria jes te ido de metade de sa equate gue a spe de 10 Pessous" (Nao, 196619198). Em TAOS, Jeol Ja iva franewe dF ‘familia Real prs‘© Brasil, do Rio de Janeio tora a Metropale da Mo- arin Jo ports do Beal sere arte no comerio cn foda a Nass, Gerviso Pes Feta vu nests grandes aconecmeatos mudarss 8 dee ‘demin de Poral, © que o seu fuuto etava ta grande do Bras. Sa de {isos eu pepo navn “Espada Je Fev om toda sun fami e cabal, ‘ retorna Peramboco no prinlpio do ano de 80. Agu cmtnua com suas Sividades comercas. E 8 grin a fae navegago e comezio dirtamente A MISTICA DO PARENTESCO 8 ‘nue Pemambaco © Asia, Sev basos, © “Espada de Fro" € outs, ee ‘am Gectamente entre Recife © enkots, Ievando ¢ travendo mereaorias ‘Quando sralidadecuropeia egase 9 earegr sous bars, we proprio aba focos eo fe ztpa Getta Pier Perea, no Ree sala lamb fries de ido, Since forts POY Sus ues e eédios, uma das pe rors mais mpetates da Praca 80 Rife. Dou enor fren, inOne- Fae propiedad, tet € mon cacao Gnflimente denontecemon so tt amen ot inventao). No Resfe,Gerviso Pits Feira lipase a uma “soieade secrets” de ino raeto politica calcada nos eas de “Acopago de Lem, que se reusam Ierado, adres © magon (Hola, 1976208237. Ese nico secre, nha por finda a ieragho axonal, es extineso'do colo. reparan tim movimento revluconvio para © mis 2 abet de 117, aprvetando 3 Tago tonsa do Nordee,deudo 4 crise do aca ¢& sca, ue etiavam um ‘lima de nating popula el para a existe do movimiento. Enetnt, ln acousineto tnprevio, © epsotio do Leto Caroado, precipi © Winn, no da Os de marco de 187 explain ao Rese © movimento rep bana ier, denominado *Revlusa0 Petambucans de 817" (oer Apendice no Volume 1. No di sept eta deposto eacado para‘ Rio de ane, ‘¢ Goveiador Cattano Pinta de Miranda Montonero (et ost Cos Mayrnk {a Siva Ferdo, Volume 1. Tt I, Captlo 1. Geri Diss Peni, ‘os inspradorese conspisdores Jo movimento, co vepecusao ts Capa ins da Colin, tomas Plo seu patos, experiencia egenevosdade, um ‘do sastenacaon cette da Recluchoie procamava a Independencia do Bras ‘No alia It de margo,resbew Gervisio Pies do gover proviso, a mals oe te prov de apg comings, 30 et sleto Conrado Esty es {ids pact 0 importante cago de Presidente do Exrio Nacional Quer nim ‘somo oto cargo, GeM4so Pires pretou ap rlevanes serge evlou se tm homer i8o super, que sem o Seu purccer, sm ele Vnalnent ners provigecia er fomada (Cos, I9ADalSA). Em ours lara, oma le {trae da Revol. O goveno proviso envia aos Estados Union, Ato tho Googles da Cru Cabued™ (qu haa redo em Pars ene 1789 179s durante a Relic Franca), como agente cilomatce © na qualidade Ge encartetado de tegen, coma ttto de promover recenhecnent9 for mal da nascent Republes pelo gover daguele pls, asin come para compra . Rego Bare. Expuban-no en 210,121 para Portugal com suas topas portugues, Ao trun 2 Conve ‘lo de Heberibe eee a print Sunts de Govern provéro de Pemantuca, ho dia 26 de outuvo de 821 c esole para Presdete Gervisio irs Feria, fave toma posse na Camara de Olinda. Chegava assim a ocasio de veconbcet Seu serge patriotomo, Fo endo que de decid resabra a ala. Gervisio Pires Feria, eléito por numerosos vtos, oi o primero Presidente {Constsucionat do’ Bran rconhaido por Deco das Cotes Contins de Lisboa Cosa, 1982 (1882407). Govermou Perabo, darame quate um 0, se 26101821 8 15.08.1822, som resonheser a aoridade do Priipe Repeat, 1. Pedro, nem ade Joe Donic, Nags die de angie intra reve Se grande canta e repacano. As Caves de Lisboa, arbre vas re publcanas, os repeetadores pauls imputaartne vias Consitecions, © A MISTICA DO PARENTESCO. 1 Jose Beviico comeyau + divi 05 permumbucanos povocaado descontent ‘mento pol emia que Peoanipoco © 0 Nore se sparse do Bras Com ‘oF ootevimentr monargus de 7 de weembo de 122, Gerisio Pies Fer ‘ei, presionado por Lados 0 dos, renuncou a0. Govern de Pernambuco fom ide scembo' de 182, © 80 dia saute, acompanhad dec lh Jo8t Pres Ferro, tomo o nasi ings Manchester que sarava em deo St do sonnet. Toso 0 Pogue em Salvador. na Bahia, Genera eco Lue Madera, que 4 Teme 8 ropes portugues Geass). manna 2 pose de Salvador vnclada 4 Coron de Portal, evs do comandane do aio 3 snc de Garino Pic, due imedatamente rms reso pa Lisbo, onde fot roohigo &caia de Limoeio. Por ser republican ert mal sso © Des uid por Jose Bonfaso, Pero I eploe mnargustas Hendon a eet © pelo {General Madeira el represents Go Rel de Portugal no Bras po a rebelia Corr ainda 0 eu process, quando sebentou em Listas conearevainto de 5 de Junko de 138, mandando que ERED. Joao VI he restuse a beads CGervisio Pres volta a Pernambuco, que imediatamenteo eles Deputdo pars fdas prncasleglturas do Impeno (123-1827. Vero alnde como re Dresename de Permubuce na Legolatura de 130 1883, oesiao em que Je- pen importante papel come membre Sa Comsat eactrevada de resolver faemto 6 iresponsivelrenunci da Regéaca, na tamutenda sso de 18 Pouco depois dena vid publica. Permanecendo, ate noo diss, como ut fos mais injstedon de-noa hia polite, eequcdo € ina da incom Presnu dos empos. (0 poco paisa, mintoseeaoess js mascem Bravos, nase nacio- tax desde'@ primo dia do mandate. Police gaucho, eno, nem sf Mat poitics puns, paribanes,maranhenss, bails © perambucinos asst apenas nordetins, nase apenas region. Por muito reno Tir ‘estes € marty nacional, e|Gervasio Paes or mates pernamblcabos eee tes na Baia, ct) Pernambuco, ena Paria, so apenas ptfoasreyinais {Ger Apiniie “Revolvo Pernambacana de 117" no Nolume 1). Iflmente 4 adelonalsta e contador hstorogrfin sista 56 considera pte da hte "a nacional o que se passou no tdnelo Sig Paulo, Minss Ges ¢ Rio de J tio, 0 reo hist tsional. Ett Perarbaco por exe, © proces da Tgepedénca do Brash comeca a6 de marco de 17, © prasege durante ‘ato anos de piso de esponsves pela Reluko gue jt havi desaado ‘banda da Indepndncia Ea yrdade io Se Inerompe mas, pos que ontinia no grime da Tania de Gosna contra 0 Govern sora, ri Fano a Convensio de Beri ena lssuo de outea Tuna om 2% dentro Ar 821 ods cla compnta de bases © da qual ea Presidente Geriso Pi ‘es Feiena. Pernambuco proclamava sia Thdependéac, como plea Pre ‘ins raise ibrar do jo nortegu. O que vale dier que mais in Dorante do. que tio ra iter 9 iortrio braver da presence d tropa portugues O-que vale dar que Peambuc antcpara 3 separa, Ta {0 07 de acevo de 182, como antespara a Hberiato do ferro Per ambcano da peeenca da topo poriuguesa. Ea ula contra os manoplios © fiscal, o natin das ete colo, a insures almestada po 0° ‘uence idcoldgles cranes, ete soon componente da reaiade cole tin; marcada por fore Seneno anssitano, «pelos Reis de "ibertagbo™ © de “emancipacto™. Nao se poe esqueser abe manifesto dvulado por Get ‘iso Pre Feria, ompendo som st Corts de Lisbon, 26 de agosto de R22, anced eprespta 9 7 eee. Io 5,9 Principe Resa elt 2 Independencia no st do Bra, somente 18 dis depois de Gein Pes Fete fein en Prsambuco (co, 1975 (198). 2 volumess¢. Lima brio, 1999783. Resor tr ldo qu ox estos hstrioe no Brasil asian ae 0 frito do Ipiranga fo! conseatenca de mensagem enviads por Joe Bawa & 1D. Pedro I. Por que mio pensar que ets mensagem fot coment dot mento de Gersio Pies Feria com as Cortes de Lishos? A isoigrtia fulsta os fala que 6 Ipiranga fo! um git, ¢ fo um msnife de Ine

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