You are on page 1of 12
hitpsiidol org/10.4322/CBPAT.2022.051 rf CBPAT2022 ‘Congreso Brasileiro de Patologia das Consirayoes DIAGNOSTICO E RECOMENDAGOES PARA MANIFESTAGOES PATOLOGICAS EM UMA EDIFICAGAO RESIDENCIAL UNIFAMILIAR Sabiana Gilsane Miihlen dos Santos"; Allefy Teles Sampaio*; Jéssica Wanderley Souza do ‘Nascimento** e Pauline do Amaral Rosa* * Autor de contato: jessica souza@acad.utsm.br "Departamento de Estruturas e Construgdo Civil, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Brasil 2 Departamento de Materiais e Construgao Civil, Universidade de Fortaleza, Fortaleza, Brasil * Departamento de Transportes, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Brasil “ Departamento de Estruturas e Construgao Civil, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Brasil RESUMO. A patologia das construgies & 0 campo da engenharia que analisa e explica possiveis eausas, origens e consequéncias das manifestagdes patologicas, esclarecendo 0 que diz respeito a deterioragio dos edificios, com o intuito de estudar tanto as deformagGes fisicas como funcionais. Estas anomalias podem ter vérias causas possiveis, e podem estar relacionadas a qualquer etapa da construgio, desde o projeto e execusio até o uso da edificagao, F necessirio que os cdificios atendam as necessidades de scus usuarios, a fim de proporcionar-Ihes conforto e seguranga. Assim, a0 longo dos anos, houve uma evolusio significativa nas técnicas de construgdo e nos materiais utilizados. Baseado neste ccontexto, esta pesquisa tem por objetivo analisar e identificar os eventuais problemas no edificio em questio e indicar ‘as medidas corretivas necessérias fundamentada na metodologia definida por Lichtenstein, além de verificagBes mediante comparagées bibliogrificas, ensaios destrutivos e no destrutivos, onde sero apresentadas as causas das manifestages patolégicas em uma edificagao residencial unifamiliar situada na cidade de Santo Angelo-RS. O estudo constatou, por meio de comparagio da literatura com © que foi verificado no local, a auséncia de determinadas cestruturas relevantes, que identificaram a existéncia de tijolos macigos e furados, ocasionando assim instabilidade nas fundagSes, Ademais, foi observada a ocorréncia de infltragées, fissuras ¢ fendas, ¢ assim foram propostas formas de corregio para vicio construtivo de forma que o proprietirio possa fazer as devidas modificagdes futuras, Palavras-chave: anomalias; diagndsticos; recomendasdes; correcaes ABSTRACT The pathology of buildings is the field of engineering that analyzes and explains possible causes, origins and ‘consequences of pathological manifestations, clarifying what concems the deterioration of buildings, in order to study both physical and functional deformations, These anomalies can have several possible causes, and can be related to any stage of construction, from design and execution to the use of the building. It is necessary that buildings mect the needs of their users, in order to provide them with comfort and safety. Thus, over the yeas, there has been a significant ‘evolution in construction techniques and in the materials used, Based on this context, this research aims to analyze and identify the eventual problems in the building in question and to indicate the necessary corrective measures based on the methodology defined by Lichtenstein, besides verifications through bibliographic comparisons, destructive and non-destructive tests, where the causes of the pathological manifestations in a single-family residential building located in the city of Santo Angelo-RS will be presented. The study found, by comparing the literature with what was verified ‘on ite, the absence of certain relevant structures, which identified the existence of solid and hollow bricks, thus causing instability in the foundations, Moreover, the occurrence of infiltrations, cracks and fissures was observed, and thus ‘ways to correct the construction defect were proposed so that the owner can make the necessary future modifications. Keywords: anomalies; diagnoses; recommendations; corrections. 583 CBPAT 2022 - Congresso Brasileiro de Patologia das Construgdes L.INTRODUGAO Desde o principio da civilizagdo, o ser humano se preocupa com a construgdo de estruturas que se adaptam as suas necessidades, podendo elas ser habitacionais, laborais, ou de infraestrutura. Sendo assim, a humanidade armazenou uma grande variedade de recursos cientificos ao longo do tempo, permitindo assim a evolugdo da tecnologia construtiva, desde a concepgao, célculo ¢ teonologia de materiais e técnicas construtivas (SILVA e JANOV, 2016). Patologia é a area da engenharia civil que analisa as causas, origens, mecanismos e sintomas das anomalias da construgdo civil, isto é, os mecanismos envolvidos para diagnosticar o problema. A terapia analisa a corregdo e a solugdo dessas manifestagdes patolégicas. Para que a medida terapéutica seja bem desenvolvida, é necessério que o estudo preliminar (diagnéstico) tenha sido bem executado, Embora as edificagdes sejam consideradas sistemas duraveis, ha construgdes que possuem patologias de incidéncia e intensidade significativas, com altos custos de corregio (PEREIRA et al., 2019). O avango do desenvolvimento tecnolégico na construcio civil ocorreu naturalmente, ¢ com isso, 0 acréscimo do conhecimento sobre estruturas e materiais, a partir dos estudos e andlises dos erros antecedentes, que tem consequéncia em acidentes, ou deterioragdo precoce das edificagdes. Entretanto, por ainda existirem deficiéncias na evolugio do conhecimento cientifico-tecnolégico, cexceto pelas falhas involuntérias ¢ impericias, tem sido averiguado que algumas estruturas possuem, comportamento insuficiente comparado com a finalidade desejada (BOLINA et al., 2019). 0 estudo de manifestagdes patologicas na construgdo civil vem se tomando cada vez mais relevante, sendo que nao aceitavel atualmente a grande incidéncia de prejuizos gerados pelos problemas observados nas edificagdes. Com 0 objetivo de economizar na construgdo, muitas vezes a obra no € compativel com o tipo de solo, bem como sistema construtivo, gerando diversas anomalias em obras, 0 que culmina em prejuizos elevados, ¢ no na economia almejada na concepgao do projeto (SANTOS, 2017). ‘As causas da deterioragao podem ser as mais variadas possiveis, desde © desgaste natural da edificagdo, até a imprudéncia profissional, que com o intuito de economizar na obra, adotam materiais € métodos fora da especificagdo. Desse modo, se faz cada vez mais necessério observar a edificagdo como um todo, para que seja possivel entio, fazer a anélise correta da origem das manifestagdes patolégicas (SILVA e JANOV, 2016). De acordo com Bezerra (2018) um estudo cuidadoso das origens das manifestagdes patologicas no Brasil, indica que muitos dos problemas encontrados poderiam ter sido evitados caso fossem aplicados os conhecimentos jé conceituados na engenharia. Isso revela que hi diferenga entre a concepedo de projeto ¢ o real funcionamento das edificagdes, entre o desempenho desejado ¢ a resposta dos materiais de construgdo, entre a vida util prevista e a vida til real de diversas edificagdes. A rapidez e frequéncia com que tais questdes atuais so colocadas, até mesmo com informagdes cextraidas de edificagSes particularmente novas, assim como a variada série de causas ¢ implicagdes das anomalias das construgdes, levam a necessidade de se sistematizar os estudos nesta drea, de modo a atingir 0 objetivo basico. Isto é, discorrer de maneira cientifica, os problemas causados no comportamento estrutural através dos anos, ou seja, desde a concepgio até a manutengio da cstrutura, focando nas etapas de projeto ¢ execugto (PEREIRA et al., 2019) A vida util e a durabilidade sio dois conceitos cuja associagao é inevitavel. Uma vez distintas as caracteristicas de deterioragiio dos materiais e sistemas estruturais, pode-se constatar que a durabilidade é o pardmetro que associa a utilizagdo de tais caracteristicas em uma determinada construgdo, distinguindo-a pela andlise da resposta aos efeitos da agressividade do ambiente, estabelecendo assim, a vida itil da edificagdo. E preciso compreender que a elaboragio de uma construgio durivel resulta de uma totalidade de decisdes e mecanismos asseguram a estrutura ¢ 584 ‘20s materiais que a constituem, um comportamento adequado no decorrer da vida dil da edificagao (BEZERRA, 2018). Baseado neste contexto, esta pesquisa tem por objetivo analisar e identificar os eventuais problemas no edificio em questdo e indicar as medidas corretivas necessérias fundamentada na metodologia definida por Lichtenstein, além de verificagdes mediante comparagdes bibliograficas, ensaios destrutivos e ndo destrutivos, onde sero apresentadas as causas das manifestagSes patolégicas em uma edificagdo residencial unifamiliar situada na cidade de Santo Angelo-RS. 2. CONCEITOS 2.1 Patologias das construsies Segundo Deutsch (2013) a patologia é uma ciéncia que estuda a origem, os sintomas e a natureza das doengas, onde na engenharia essa ciéncia se dedica ao estudo das anomalias relacionadas & deterioragao das edificagées. De acordo com Oliveira (2012), ha uma distingdo entre patologia e manifestagdo patolégica, no qual patologia & a cigneia que explica 0 mecanismo ¢ a causa da ocorréncia de determinada manifestagdo patolégica, ¢ essa manifestago é fruto de um mecanismo de degradacio. Além dos termos patologia ¢ manifestago patol6gica, ha outras expressdes bastante utilizadas para se referir 4 problemas nas edificagdes, vicio ¢ vicio construtivo, A NBR 14653- 2 (ABNT, 2011) distingue esses dois conceitos da seguinte forma: O vicio é uma anomalia que afeta o desempenho de produtos ou servigos, ou os toma inadequados aos fins a que se destinam, causando transtomnos ou prejuizos materiais a0 consumidor; Vicio construtivo decorre de falha de projeto, da utilizagao de um material inadequado A finalidade ou de um erro de execugio. Mediante as definiges apresentadas anteriormente, é possivel inferir que a patologia ¢ basicamente uma cigncia que analisa e explica possiveis causas, origens © consequéncias de uma dada manifestagao patolégica, dedicando-se a esclarecer o que diz.respeito a deterioragao de edificagdes tendo como objeto de estudo as deformagGes fisicas ¢ funcionais (vicios) nas edificagdes. Dentre as diversas manifestagdes patologicas existentes, ha aquelas possiveis de se identificar rapidamente ¢ outras que s6 vao se manifestar decorrido um periodo longo de tempo apés a aquisigio do imével (DEUTSCH, 2013). Nesse sentido, Mello (2010) subdivide as anomalias construtivas em trés categorias, descritas a seguir: 2.1.1 Vicios aparentes io aqueles que podem ser identificados por pessoas leigas, sem necessidade de conhecimento técnico, como por exemplo: Vidro trincado, pintura manchada, desnivel do piso incorreto. Esses -vicios causam mais transtorno por conta da estética, mas nfio tornam a coisa impropria para o uso. 2.1.2 Vieios ocultos So aqueles que nao so percebidos ou nao se revelam no ato da entrega do imével, apenas algum tempo depois, podendo causar além de transtomo, prejuizo financeiro, Exemplo: Recalque de fundacdo, vazamentos de agua, instalagdo elétrica feita incorretamente, ete. 2.1.3 Defeltos Os defeitos so aqueles que também tem natureza oculta, porém, além de gerarem transtomnos ¢ prejuizos, eles oferecem risco a seguranga do consumidor. Exemplo: Problemas estruturais como 0 colapso do pilar. 585 CBPAT 2022 - Congresso Brasileiro de Patologia das Construgdes 2.2 Origem dos vicios construtivos Ao se analisar os vicios construtivos ¢ importante identificar a origem destes. Segundo Helene (1992), a identificagao da origem ¢ importante tanto para determinagao do tratamento quanto para fins judiciais. vicio pode se originar em qualquer etapa de concep¢ao e/ou utilizagio da edificagdo devido a fatores intrinseco ou extrinsecos a essa. Helene (1992), apontas 5 ctapas do processo de construgao ida que a identificagZo do vicio em uma dessas etapas configura a origem desse, etapas sao: planejamento, projeto, fabricag’o de materiais e componentes fora do canteiro, execugio e uso, Seguindo o mesmo pensamento de Helene (1992) porém com designag (2002) diz. que a origem das patologias pode ser tida como: s diferentes, Pedro et al., 2.2.1 Congénita Ocorrem na fase de projeto, devido ao no cumprimento das Normas Técnicas, ertos ¢ omissdes dos profissionais técnicos, resultando em falhas no detalhamento ¢ concepgio inadequada dos revestimentos. So responsaveis por grande parte das avarias registradas em edific 2.2.2 Construtiva Ocorrem na fase de execugdo da obra, fruto de mio de obra desqualificada, produtos ndo certificados e auséncia de metodologia para assentamento de pegas, resultando também em grande parte das manifestagdes patolégicas, 2.2.3 Adquirida Ocorrem durante a vida itil dos revestimentos, resultado da exposigGo ao meio em que se inserem, podendo ser naturais, decorrentes da agressividade do meio, ou devido a ago humana, manutengdo inadequada ou realizagao de interferéncia incorreta nos revestimentos, danificando as camadas desencadeando um proceso patolégico 2.2.4 Acidentais Se caracterizam pela ocorréncia de algum fenémeno atipico, resultado de uma solicitacao incomum, como a ago da chuva com ventos de intensidade superior a0 normal, recalques ¢ até mesmo incéndio. Tais agdes provocam problemas imprevisiveis, resultando em movimentagdes que desencadeario processos patolégicos em cadeia. ANBR 14653-2 (ABNT, 2011), em suas definigdes, denomina como vicios de utiliza aquel que so ocasionados por uso inadequado ou por falha na manutengdo, tendo como origem a fase de uso da edificagdo ¢ consequentemente sendo de reponsabilidade do usuario/proprietirio. Helene (1992) afirma que as fases de planejamento ou de projeto so, em geral, mais graves que as falhas de qualidade dos materiais ou de ma execugao. Esta aborda porcentagem de incidéncia de patologia originadas nas etapas de producao e uso da edificagio. 2.3 Causas dos vicios construtivos Tao importante quanto a determinagao da origem é identificar a causa para que 0 tratamento seja iniciado direto do local correto, essas causas podem ser diversas e cabem varias interpretagdes, 586 Souza e Ripper (1998) classificam como causas intrinsecas, aquelas que so especificas da propria edificagdo e causas extrinsecas, aquelas que sio de responsabilidade extema a edificagdo, apontadas nas Tabelas 1 ¢ 2. Tabela 1 — Causas intrinsecas Falhas Causas Deficiéncias de coneretagem, inadequagio de escoramentos e formas, deficiéncia nas Falhas humanas durante a construgdo | armaduras, utilizago incorreta dos materiais de construgdo, ¢ inexisténcia de controle de qualidade. Caréncia de manutengao preventiva; Execugao fora dos padrdes do manual de uso. Devido as caracteristicas porosas, quimicas, fisicas ¢ bioldgicas dos materiais da edificagio, no sendo necessariamente de reponsabilidade humana. Fonte: os autores. Falhas humanas durante a utilizago Falhas por causas naturais Tabela 2 — Causas extrinsecas Falhas ‘Causas es mech Choques de veiculos; recalque de fundagdes; Falhas por agdes mecdnicas acidentes. Fathas por ages fsicas Yaragbes de temperatura; insolagao; atuagao da Poluigao atmosférica; Aguas agressivas; Aguas puras; Reacdes com écidos, ¢ otros Crescimento de vegetago nas edificagbes, Presenga de cupins e formigas Modelizagao inadequada da estrutura;_ Ma avaliagdes das cargas; Detalhamento etrado ou Falhas humanas durante 0 projeto | insuficiente; Inadequagdo a0 ambiente; Incorrego na consideragio de juntas de dilatagZo, e outros erros. Alteragdes estruturais; Sobrecargas exageradas, Alteragdes das condigdes do terreno da fundagio. Fonte: os autores. Falhas por agdes quimicas Falhas por ages bioligicas Falhas humanas durante a utilizagio Assim, quando a causa é determinada, essa passara pelo tratamento adequado sanando o problema de forma pontual e efetiva, 2.4 Diagnéstico dos vicios construtivos Deutsch (2013) define diagnéstico como compreensio da falha, constatando-se sua causa e origem. No que diz respeito a trincas e fisuras, Marcelli (2007) adota alguns parimetros, onde é necessario analisar um conjunto de fatores coletando um maximo de informagGes possiveis como o histérico da edificagao, histérico de trincas, histérico de ocorréncia na regido, qualidade dos materiais, ‘mapeamento das trincas, instalagdes hidréulicas e elétricas e as manifestagdes patolégicas que podem indicar a incidéncia da trinca (umidade). Segundo Souza e Ripper (1998), o diagndstico s6 poderd ser efetuado apés a conclusdo das etapas de levantamento ¢ de anilise, onde este depende de uma série de fatores (econémicos, técnicos, de seguranga e conforto), podera levar o analista a 887 CBPAT 2022 - Congresso Brasileiro de Patologia das Construgdes conclusies diversas formas de intervengio, inclusive, em casos extremos, a recomendar a utilizagao condicionada ou mesmo a demoligdo da estrutura, j4 que pode haver inviabilidade da recuperagio ¢ reforgo devido a extenso dos danos ¢ 0 alto custo envuelto. 2.5 Manutengio das edifieagdes Culturalmente no é comum que haja manutengdo nas edificagdes, ¢ estas so exigidas até desgaste total, s6 havendo alguma intervengdo quando o problema se difunde e nao ha outro fim se io optar pela correcdo deste, e aqueles que fazem uma simples pintura sio tomados como cuidadosos, porem a manutengdo vai além da estética, A ABNT (2011) NBR 14653-2 tem como definigdo de manutengio as ages preventivas ou corretivas necessirias para preservar as condicdes normais de utilizagdo de um bem. A edificagdo deve ser vista como um ser vivo que esta sujeito a influéncia do tempo, doengas mais ‘ou menos sérias e até problemas mais graves como estruturais e de fundaco, onde tais fatores esto colaborando para o desgaste ¢ envelhecimento precoce da edificagao, tornando a manutengao algo que precisa ser visto com seriedade e profissionalismo (MARCELLI, 2007). Souza e Ripper (1998) descreve manutengio como um conjunto de agdes necessirias que garantem a performance apropriada da edificago ao longo do tempo, de forma que esta tenha maior durabilidade com um melhor custo-bene! 2.5.1 Manutengio preve! De acordo com Deutsch (2013), manutengdo preventiva é feita em periodos prédeterminados, ‘ocorrendo até mesmo quando este ndo aparenta a necessidade de uma manutengdo, precavendo problemas futuros, sendo essa imprescindivel para a durabilidade do imével. E tais medida devem ser tomadas por meio do Manual de uso e Manutengdo, exigidos pela legislagdo atual, que descreve quando ¢ onde deve ser realizada a manutengo, afim de evitar o surgimento e/ou evolugao de vicios construtivos e se precavendo de inseguranga e oneragdo de custos com corregao. Mareelli (2007) afirma que a manutengdo preventiva quando feita de forma eficiente, resulta em enormes beneficios financeiros para 0 proprietario e/ou usuario, além do aumento de seguranga que esté resultara, tendo em vista que qualquer problema detectado da fase inicial pode se resolvido de forma econémica, répida e eficiente. 2.5.2 Manutengio corretiva Deutsch (2013) tem como manutengio corretiva aquela que vem da necessidade de corrigir ou reforgar, advindo de acumulo de problemas que resultam na preciso desta manutengio. Tal ‘manutengo tem maior onerago de custos devido ao acumulo de problemas, além do desconforto que os vicios construtivos causam aos usuarios até que a manutengo corretiva seja efetuada, podendo além de interferir na estética da edificagdo, proporcionar ambientes insalubres que geram desconforto e inseguranga a satide destes. Souza e Ripper (1998) afirma que é clara a co-responsabilidade do proprietirio, investidor usuario, ¢ que estes deverio se submeter a gastos com manutengées, respeitando e viabilizando a predeterminago do responsavel profissional 3. METODOLOGIA O procedimento utilizado para o estudo de caso realizado neste trabalho foi baseado na estrutura basica definida por Lichtenstein (1986). Nesta metodologia, o autor divide a forma de atuagdo pritica em 3 etapas, as quais sio: 588 > Levantamento de subsidios Nesta etapa, reuniu-se e organizou-se todas as informagdes necessérias e suficientes para 0 entendimento completo da ocorréncia da anomalia. Todas os dados foram obtidos através de vistorias realizadas no local, levantamento do historico do problema e da edificagdo, e por meio dos resultados de andlises e ensaios complementares. Nesse sentido, realizou-se andlises através de inspegdes visuais, ensaios destrutivos ¢ nao destrutivos, onde foi possivel colher informagies e registros fotogrificos dos problemas. Durante a coleta de dados, todas as informagées obtidas foram documentadas ¢, posteriormente, comparadas casos semelhantes encontrados na literatura. O material utilizado com essa finalidade i: livros, guias técnicos e trabalhos cientificos publicados. Uma planilha foi entdo gerada, contendo todo o histérico de dados obtidos com a descrigo de cada problema e suas possiveis ‘causas para posterior comprov > Diagnéstico da situagdo Nesta etapa, buscou-se compreender e identificar as varias relagées de causa ¢ efeito que caracterizam a anomalia, onde através do diagnéstico obtido foi possivel entender os porqués a partir de dados conhecidos. Na fase de definigao de um diagnéstico preciso, a planitha criada na ‘etapa anterior foi complementada com essas informagées, j4 corrigindo e eliminando informagées primérias que nao foram comprovada » Definigao de conduta Nesta etapa, buscou-se indicar a melhor forma de corrigir o problema, bem como os meios para isso, materiais, mio de obra e equipamentos necessirios. Buscou-se ainda realizar as previsdes das consequéncias em termos do desempenho final da estrutura. A planilha previamente gerada, foi entio complementada, contendo enfim, todas as informagdes necessirias para entender, diagnosticar e corrigir as patologias da edificago. Conforme exposto nas 3 etapas apresentadas anteriormente, a Figura 1 apresenta um fluxograma que retrata de forma completa todas as idades realizadas no desenvolvimento do estudo de caso deste trabalho. Figura 1 —Fluxograma de procedimentos para definigdo do tratamento das patologias 4 EXAMS WSTORIA NOLOCAL] -—{_ANAUISE] *Lconmuantentanes | _o{_PESOUIBA = a , Acesso em: 05 de abril de 2022. SANTOS, J. A. Ensaios de campo. (Notas de Aula) — Instituto Superior Técnico. Lisboa, 2017. Disponivel em: . Acesso em: 05 de abril de 2022. SOUZA, V. C. M.; RIPPER, T. Patologia, Recuperacio, e Reforgo de Estruturas de Concreto. Sao Paulo: Pini, 1998. 262 p. 508

You might also like