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DERSA Desenvolvimento Rodoviário CÓDIGO

ET-Q00/016
REV.
0

S.A. EMISSÃO
09/09/97
FOLHA
2 DE 7
TÍTULO
Cortes
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )

Sumário

1 Objetivo

2 Descrição

3 Procedimentos

4 Materiais

5 Equipamento

6 Execução

7 Controle

8 Aceitação

1 OBJETIVO

Esta especificação de serviço define os critérios que orientam, a execução de cortes, em obras rodoviárias
sob a jurisdição da DERSA.

2 DESCRIÇÃO

A presente especificação refere-se a execução de escavação, carga e transporte de solos e rochas


constituintes do terreno natural no interior dos limites indicados no projeto de terraplenagem.

3 PROCEDIMENTOS

As operações de corte consistem em :

a) escavação e carga dos materiais constituintes do terreno natural até o greide de terraplenagem
indicado no projeto;

b) escavação e carga dos materiais constituintes do terreno natural abaixo do greide de terraplanagem,
em espessura a ser fixada pela fiscalização em função das características dos materiais encontrados
nas camadas inferiores dos cortes;

c) transporte dos materiais escavados para aterros ou para depósitos de materiais excedentes incluindo
a descarga e espalhamento dos materiais.

Toda área de corte deve ser previamente preparada, de acordo com a ET-Q00/010, Especificação de
Serviços Preliminares e a ET-B02/005, Especificação de Demolições.

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
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DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )

Todos os cortes deverão ser executados nas larguras e com os taludes indicados no projeto.

Nos casos em que o subleito for constituído por materiais julgados inadequados, deverá ser feito o
rebaixamento da plataforma de terraplenagem.

Em locais alagadiços, deverão ser feitas escavações com equipamentos convencionais de terraplenagem
com a finalidade de desvio e esgotamento da água empoçada.

Após a escavação, os blocos de rocha que ficarem salientes, deverão ser removidos e depositados em
local aprovado pela fiscalização.

Nos cortes em rocha não serão admitidos saliências superiores a 0,10m , nem depressões superiores a
0,30m em relação ao plano definido pela superfície de corte, definida no projeto (seções gabaritadas ou
notas de serviço).

A superfície irregular do subleito, resultante do corte em rocha , deve ser uniformizada e levada ao greide
de projeto com material britado.

Os taludes de corte, constituídos de rocha sã ou pouco alteradas, deverão ser executados em


consonância com o projeto.

Nos pontos de transição de cortes para aterros, será exigida a escavação em toda a largura da plataforma,
do volume correspondente a seção triangular indicada na figura 1 :

SEÇÃO LONGITUDINAL

Figura 1

4 MATERIAIS

Os materiais escavados serão classificados em conformidade com as definições constantes dos itens
seguintes.

4.1 Materiais de 1a Categoria.

Compreendem solos em geral, residuais ou sedimentares, piçarra, saibro ou argila, as rochas em


adiantado estado de decomposição, seixos rolados ou não, com diâmetro máximo inferior a 0,15m, em
geral, todos os materiais são escavados com emprego de picareta, enxadão, equipamentos mecânicos,
que não exigem o uso contínuo de escarificador e que possam ser desmontados mediante o emprego de
uma lâmina de trator de esteira, com até 220 H.P. de potência volante, qualquer que seja o grau de
umidade que apresentem, excluídos os materiais brejosos.

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Sua escavação e carga não exige o emprego de explosivo, mas poderá exigir escarificação.

Incluem-se materiais estocados por determinação expressa da fiscalização, para utilização posterior,
qualquer que seja a classificação do primeiro corte.

4.2 Materiais de 2ª Categoria

Compreendem os materiais com resistência ao desmonte mecânico inferior ao da rocha não alterada e
cuja extração se processa por combinação de métodos que obriguem a utilização contínua e indispensável
de equipamento de escarificação, constituído por trator de esteira com potência volante igual ou superior a
220 H.P. e um escarificador de somente um dente de dimensões adequadas para operar com o trator
mencionado (adiante denominado Ripper).

Estão incluídos nesta classificação os blocos de rocha de volume inferior a 2,0 m³ e os matacões ou
pedras de diâmetro médio compreendido entre 0,15m e 1,00m.

Os materiais de 2ª categoria serão classificados em :

a) 2a Categoria com Ripper : aplica-se quando houver predominância acentuada do emprego de Ripper;

b) 2a Categoria com explosivos : aplica-se quando houver predominância acentuada do emprego de


explosivos.

4.3 Materiais de 3a Categoria

Compreendem a rocha viva, os matacões maciços , blocos e rochas fraturadas de volume igual ou
superior a 2,0 m³, que só possam ser extraídos após redução em blocos, e que exijam o uso contínuo de
explosivos.

4.4 Materiais Brejosos

Compreendem os solos a serem removidos que não apresentam em seu estado natural, capacidade de
suporte para apoio direto dos equipamentos de escavação.

São solos cuja escavação somente é possível com escavadeiras apoiadas fora da remoção ou em aterros
ou estivas colocadas para propiciar adequado suporte ao equipamento.

Esta classificação abrange solos localizados acima e abaixo do nível d'água.

4.5 Materiais Escavados com Draga

Compreendem os materiais extraídos da cava por dragagem e transportados por processos hidráulicos ou
mistos.

5 EQUIPAMENTO

A escavação de cortes, incluindo transporte dos materiais será executada mediante a utilização racional de
equipamento adequado que possibilite a execução sob condições especificadas e produtividade que
permita o cumprimento dos prazos estabelecidos pelo contrato.

A fiscalização poderá exigir a inclusão de qualquer equipamento.

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A operação inclui a utilização complementar de equipamentos destinados a manutenção de caminhos de


serviço, áreas de trabalho e esgotamento de águas das cavas de remoção.

6 EXECUÇÃO

A escavação de cortes subordinar-se-á aos elementos técnicos fornecidos pelo projeto e constantes nas
notas de serviço.

Compete a executante efetuar, com os elementos topográficos cedidos pela DERSA (marcos, RN, linha
base etc.), a demarcação destinada a orientar a execução dos serviços de escavação e zelar pela sua
manutenção, cabendo à fiscalização a conferência durante a obra e o recebimento, no final da mesma, dos
elementos topográficos fornecidos.

O início dos serviços será precedido pela execução dos serviços preliminares (ET-Q00/010).

O desenvolvimento da escavação se processará mediante a previsão da utilização adequada, ou rejeição


dos materiais extraídos. Apenas serão transportados para constituição de aterros, os materiais, que pela
classificação e caracterização efetuadas nos cortes, sejam compatíveis com as especificações de
execução dos aterros, em conformidade com o projeto. Materiais das camadas superiores, poderão ser
indicados, mediante adequada orientação da terraplenagem , a constituírem camadas finais de aterro,
cortes ou envelopamento, vizinhos ou não do corte de origem.

Constatada a conveniência técnica e econômica de reserva de materiais escavados nos cortes, para a
confecção das camadas superficiais da plataforma, será procedido o depósito dos referidos materiais, para
sua oportuna utilização.

O material excedente da distribuição de volumes poderá, quando não previsto em projeto, servir para
alargamentos de plataformas de aterros ou de DME´s - Depósitos de Materiais Excedentes.

De maneira geral as espessuras, e as características dos materiais constituintes das camadas de reaterro
deverão estar em conformidade com a ET-Q00/017, Especificação de Aterros e a ET-P00/051 - Reforço do
Subleito.

Nos cortes em solo expansivo poderá ser prevista a execução de envelopamento. Para tanto, deverá ser
executada, inicialmente, a escavação seguindo-se a geometria indicada nas seções transversais do
projeto mantendo-se um talude com inclinção única ou de acordo com indicação do projeto.

O material escavado deverá ser enviado para o corpo dos aterros ou para os Depósitos de Materiais
Excedentes, de acordo com os quadros de orientação de terraplenagem.

Uma vez concluída a escavação, caso ocorra nível d'água elevado, deverá ser executado o sistema de
drenos profundos longitudinais, indicado em projeto. Em seguida deverá ser iniciado, imediatamente, o
aterro de proteção do talude de corte, utilizando solo superficial (SS) argilo-arenoso ou areno-argiloso,
vermelho, proveniente dos cortes adjacentes ou áreas de empréstimo indicados nos quadros de orientação
de terraplenagem ou recomendados pela fiscalização.

A execução desses aterros deverá ser feita em obediência às seções transversais do projeto, em camadas
devidamente compactadas, seguindo-se recomendações contidas na ET-Q00/017 Especificação de
Aterros, inclusive quanto a ensaios de controle tecnológico.

Antes do lançamento do material em cada camada, deverá ser executado degrau no talude de corte,
utilizando o bico de lâmina do trator de esteira, de forma a integrar adequadamente os maciços de corte e
aterro, evitando a ocorrência de planos de deslizamento.

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Uma vez concluído o envelopamento, deverá ser providenciado o imediato revestimento vegetal dos
taludes, e a implantação das canaletas de drenagem previstas no projeto.

Os taludes dos cortes deverão apresentar, após a operação de terraplenagem, a inclinação indicada no
projeto, para cuja definição, foram consideradas as indicações provenientes das investigações geológicas
e geotécnicas. Qualquer alteração posterior da inclinação só será efetuada caso novos dados geotécnicos
ou a ocorrência de escorregamentos, durante a execução, a fundamentarem. O talude deverá apresentar
desempenada a superfície obtida pela utilização de equipamentos de escavação. Quando for projetada ,
como medida de proteção, a impermeabilização do talude, exigir-se-á que a superfície do mesmo seja
tornada lisa, mediante a utilização de equipamento específico. Não será permitida a existência de blocos
de rocha nos taludes, que possam colocar em risco a segurança do trânsito.

As cristas dos taludes e as entradas dos cortes deverão ser arredondadas, enquanto a altura do corte for
compatível com a utilização de equipamento convencional, não se permitindo continuar a execução do
corte antes de se completar o arredondamento, em conformidade com esquemas constantes do projeto.
No decorrer da obra a fiscalização poderá exigir concordância de banquetas, com terreno natural,
envolvendo escavações não previstas no projeto.

Não serão permitidos materiais soltos provenientes de limpeza ou escavação nas proximidades das linhas
de "off-set" dos cortes.

Nos cortes em que o projeto indicar ou naqueles em que vierem a ocorrer deslizamentos será executado o
terraceamento e respectivas obras de drenagem dos patamares , bem como revestimento das saias dos
taludes, para proteção contra a erosão, em conformidade com o projeto.

No caso de cortes sujeitos a instabilidade, devido ao elevado grau de umidade, a fiscalização poderá exigir
a execução em etapas controladas, devendo ser mantida a área interna convenientemente drenada
durante os trabalhos de construção.

Os taludes de corte serão executados mecanicamente e a marcação de sua inclinação será executada
manualmente através de linhas mestras, com auxílio de gabarito, à partir do “off-set”, para garantir a
largura da plataforma de projeto.

Desde o início das obras até o seu recebimento definitivo, as escavações executadas ou em execução
deverão ser protegidas contra a ação erosiva das águas e mantidas em condição que assegurem
drenagem eficiente.

As obras indicadas em projeto relativas a drenagem superficial e de proteção dos taludes, deverão ser
executadas simultaneamente à abertura dos cortes.

A executante é responsável pela manutenção das condições de tráfego na obra, tanto na plataforma
projetada como nos caminhos de serviço, independentemente das condições climáticas da região e sem
ônus para a DERSA.

A executante é responsável por prejuízos e danos causados a propriedades e áreas de terceiros


adjacentes a obra, decorrente da utilização de equipamentos e serviços.

7 CONTROLE

7.1 Geométrico

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O acabamento das plataformas de cortes, a menos das executadas em materiais brejosos, será procedido
de forma a alcançar-se a conformação da seção transversal do projeto, admitidas as seguintes tolerâncias
:

a) variação de cota de ± 0,10m para o eixo e bordo;

b) variação máxima de largura, em qualquer seção transversal, de + 0,20m para cada semi- plataforma,
não se admitindo variação para menos;

c) as remoções dos materiais brejosos serão executadas em largura e profundidades determinadas


pelo projeto e confirmadas ou alteradas pela fiscalização durante a execução, não sendo aceitas
variações para menos.

7.2 Tecnológico

Quando se tratar de substituição de subleito do pavimento projetado, deverá ser cumprida a sequência de
execução de ensaios descrita na ET-P00/051 - Reforço do Subleito e ET-P00/052 - Regularização do
Subleito.

8 ACEITAÇÃO

O acabamento será julgado satisfatório, admitindo-se boa condição dos equipamentos e adequada
condução de águas durante a escavação.

EG/DENOC

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