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Aulas de Medicina Legal
Aulas de Medicina Legal
Aula 17/09/22
Ciências forenses têm que ver com os vivos e com os mortos.
A OPC trabalha com a PJ, PSP, GNR e Polícia Marítima.
Dentro das Ciências forenses há:
Patologia forense – aonde através da observação do corpo, de
lesões, faz-se um diagnóstico e elabora-se um relatório de autópsia.
Este relatório será entregue ao Ministério Público, sendo que é ele
que o pede. Quem decide se há autópsia ou não é um Procurador
do Ministério Publico que, através da avaliação dos factos,
elementos clínicos, determina a necessidade de autópsia. Em
circunstâncias especiais, o presidente do Instituto de Medicina legal,
ou quem nessa instância o represente, tem a prerrogativa de
reverter a decisão do Ministério Público quanto á realização de
autópsia. Por exemplo, no caso de doenças altamente infeciosas. Há
uma Virtopsia (TAC da cabeça aos pés e colheita de sangue) em vez
de uma autopsia convencional. O médico tem a obrigação de falar
com o Procurador se achar que o mesmo deve reavaliar a decisão de
dispensa de autópsia.
o Outros:
o Crimes sexuais,
- Penal
o Abusos físicos,
Parte Laboratorial:
Aula 24/09/22
Introdução à Patologia Forense
Linha da Vida: Esperança Média de Vida
Morte
Morte:
-Natural:
AVC, EAM, Cancro, Pulmonia, Tuberculose, etc.
-Morte não devida a causa natural:
Acidental (TC, TT, TA, TCE + Pneumonia…)
Homicídio (Tem de haver intervenção sobre o corpo, normalmente,
imbuída de uma intenção, é praticado com arma de fogo, arma
branca, instrumento contundente, intoxicação
Suicídio (Formas de suicídio – Intoxicações: 1º - Medicamentosa -
normalmente, recipiente com álcool misturado com medicamentos,
no hospital há lavagem gástrica e depois o individuo é encaminhado
para psiquiatria)
o 2º - Enforcamento (Laço envolto no pescoço prendido num
ponto fixo)
o 3º - Precipitação de lugar elevado: Em algumas situações
-Defenestração,
o 4º - Afogamento, Disparo de Arma de fogo, utilização de arma
branca, etc.
Nota: Pode haver suicídio complexo caso haja a junção de 2 ou mais
métodos.
Para distinguir se houve homicídio ou suicídio, há o diagnóstico diferencial
médico-legal.
Autópsia:
Autópsia clínica – ocorre nos hospitais, tem de ter autorização da
família e só pode ocorrer se o individuo tiver uma causa de morte
natural. Serve para esclarecer o que realmente aconteceu naquele
quadro clínico
Autopsia médico-legal – ocorre, obrigatoriamente (não pode haver
dispensa), em:
o Acidentes de viação com morte no local,
o Acidentes de trabalho com morte no local,
o Mortes sob custódia.
O objetivo é o de apurar um diagnóstico através da observação
do corpo. Os Normativos legais estão presentes na Lei 45/2004
de 19 de agosto e DL 53/2021.
Aula 01/10/22
NOTA: O objetivo principal da autópsia é a identificação do cadáver.
Quando o corpo é admitido no instituto é feita a nota de arrolamento do
espólio e são identificadas todas as particularidades do corpo.
A Autópsia
O primeiro grande avanço da medicina foi a realização da autopsia, na
medida em que, se tornou possível o estudo dos órgãos. Significa exame
com os próprios olhos e realização de uma série de observações sobre o
cadáver. É sinónimo de Necropsia.
Partes constituintes:
Exame do local,
Informação,
Identificação,
Exame do hábito externo,
Exame do hábito interno,
Exames complementares.
A recolha dos vestígios é feita das mais variadas formas, garantindo
sempre os tramites da cadeia de custódia.
Há uma base de dados genética nacional localizada no instituto de
medicina legal.
Definição de Autópsia: Exame médico, post-mortem, feito de forma
cuidada e detalhada, a um cadáver e aos seus órgãos para ajudar a
estabelecer a causa da morte.
Todos os meios de prova recolhidos no instituto são sujeitos a contra-
prova.
Tipos:
Autopsia anatomo – clínica: feita nos serviços de anatomia patológica dos
hospitais, tem de ter autorização da família.
Fases:
o Exame do local,
o Informação,
o Identificação,
o Exame externo do cadáver, |
o Exame interno do cadáver, | Autópsia propriamente dita
o Exames complementares, |
Reconhecimento e identificação:
Reconhecimento – realizada por parentes ou conhecidos da
vítima, sendo prática suscetível a enganos falhas, não por ma
fé das pessoas envolvidas, mas devido às próprias limitações
do método.
Identificação – faz se com recursa a técnicas e meios
adequados para se estabelecer com rigor a identidade de
cadáver (dactiloscopia, odontologia forense, genética – DNA)
Avaliação psicológica:
Metodologia:
- Entrevista,
- Instrumentos auxiliares e avaliação psicológica - testes de
inteligência globais, testes de personalidade, escalas
sintomáticas e testes neuropsicológicos.
- Estabelecimento de diagnóstico – Clínico socio
-desenvolvimental psicológico
O Psicólogo socorre se de inúmeros instrumentos de avaliação que lhe
permitem identificar ou não determinadas patologias psíquicas, tendo
sempre em atenção, no entanto, que há diferenças de caso para caso,
havendo respostas diferentes a casos similares dependendo da pessoa em
causa.
Avaliação psicológica no âmbito de direito penal:
Direito penal:
o Avaliação de ofensores;
Agressores no contexto familiar,
Agressores no contexto extra familiar (ofensas
corporais),
Agressores sexuais
o Avaliação de vítimas;
Adultos;
Vítimas de violência doméstica,
Agressão sexual,
Crianças;
Vítimas de abuso sexual,
Vítimas de maus-tratos.
A avaliação psicológica no contexto forense enquadra-se teórica e
metodologicamente nos princípios da avaliação psicológica geral, embora
tenha como objeto de estudo a originalidade do sujeito que por alguma
razão tomou contacto com a justiça ( Ribeiro, 2006).
Avaliação psicológica:
Contexto Forense;
Psicólogo;
o Facilitador da emergência da originalidade do sujeito, da sua
compreensibilidade e tradutor do discurso idiossincrático para o
discurso judicial
o A perícia psicológica, como instrumento privilegiado de interface
entre o discurso privilegiado de interface entre o discurso
psicológico e o discurso jurídico, tem como principal objetivo a
interpretação clínica dos dados da avaliação, enquadrando estes
resultados no contexto judicial que lhe deu origem.