You are on page 1of 62
UMA TEORIA DOS GRUPOS SOCIAIS: E DAS ORGANIZAGOES a, O Objerivo da Organizagao Visto que a maioria das agties (mas dé forma alguma todas) pratieadas por um grupo de individuos ou em nome dele se dio através de uma organizagio, séré proweitoso analisar as organizagOes de uma maneira genérica ou tedrica’ © ponte Idgico para iniciar qualquer estudo sistemitico sobre organizagbes & 0 seu propésita. Mas existem organizagées de todos os tipos, formas ¢ tamanho: mesmo em se tratando de organizagées economicas, e hd ainda a diivida sobre se haveria algum propésite simples que podcria ser considerado caracterfstiGo de todas as organizagGes em geral. Nio obstante, um propésito que de fato «; 1, 0 economistas tam arm sun maior parte negiigenciado a elaboracio de woorias dos organizagBes. mas ff alpumas obras que abordam 0 axsunto sob uma dtica ccondmica, Ver, por enernpl, Es esate de Jacob Marschak, “Elements for a Theory of Teams", Management Severe, 1, jan. 1935. pp. 127-437: SFTowands an Economie Theory of Organtaatlon and information”, cm R. M4. Thntt, C, H. Combs & R. L. Davie, Decision Procesres, New York, Joh Wiley, 1954, pp. 187-220, © “Efficient and Viable Sruanization Forns".cm Masoa Hise, Muriera Oradaization Theory, New York Yoho Wiley. 1959, 507-320, Dols ensaios de Fe, Radner, “Applicaton Of Linear Programming 1o"Team Decision Prables: ‘dtanagement Srience.V. jan. 1959, pp. 143150,6~Team Decision Problems". Anis cf Mashematial ‘Statiener, XXXII, set. 1562, pp. BS7-B81. De C. 8. McGuire, "Some Team Models af = Sates ‘Drgunisaiion”, Momageient Scenes, VI, jan, 1961, pp. 1DI-130. De Oxkar Morgenstern, Puolegamena tea Theary nf Organization, Santa Monica, Calif, RAND Reescarch Memorandum 734, 1951. De Fares 6. March & Herbert A. Simon, Organizations, New York, John Wiley, L958; ede Kennem Boutaing, ‘The Organizational Revotuttom, New York, Harper, 1933 ” acdaica oA acto covers sacteristico da maioria’das organizagées, ¢ com certeza de praticamente todas. as organizagoes cam um importante aspecto econdmico, € a promagiia dos inie- resses de seus membros. isso deve parecer Gbvie, 20 menos da perspective do sconomisia. Sem divida, algumat orpanizagoes podem, por ignorincia, fracas- sar na promogo dos interesses de scus membros, € outras podem ser tentadas a servir somente aos interesses de sua lideranga®, Mas as organizagdes frequente- mente perecem quando nfo fazem noda para promover os interesses de seus membros, © esse fator pode reduzir severamente o niimero de organizagdes que nig Servem aos seus membros. A idéia de que as organizacOes ou associagOes existem para promover os in« teresses de seus membros est longe de ser uma novidade ou de ser uma nogEo peculiar da teoria econémica. Remete aos tempas de Aristoteles, que esereveu: “Qs homens cumprem sua jornada unidos tendo em vista. uma vancagem particular e coma mei de prover alguma ceiss particular necesséria aos propésitos di vidi; de mancira scmelhante, associagie politica parece ter-se constitufdo original mente, ¢ continunde a existir, pelas vantagens gerals que traz™. Mais recentemen: te © professor Leon Festinger, psicélogo social, assinalau que “a stragtio que exer ce a afiliag&o a um grupo nf € tanto pela sensagio de pertencer, mas mais pela possibilidade de conseguir algo através desse pertencer. No final de sua carrei ra, Harold Laski, cientista politico, considerava ponto pacifico que as “‘associa~ ‘g6es cxistem para realizar propésites que Um grupo de pessoas tém em comum” (O tipo de organizagaes focalizado neste estudo € aquele que supostamen- te promave os interesses de seus membro : "Dos sindicatos se espera que litem 12. Max Weber chamou a atengto para s-eat0 eam qu uma organizapi0 comlinus a existr dramté slg tempo apts ter pondide aut rade de ter apenss porque algum fuRoiondsio.ests vivenda As custas Geis Vera su Theory af Sortot and Eronowsc Grganicarian, trad. 6e Talcott Parsons & A, M. Henderson, New York, Oxford University Press, 1947, 318. 3, Kldea 1, 9.11.60a 44 Leon Festinger, "Group A:tmction and Membership, «fn Doewin Cartwright Alvin Zonder, Guemp Bynamicr, Bxainaton, Ill, Rose, Peters08, 1953, P. 93. S.A.Grammar af Politi’, 4 ed , London, George Allen & Unwin, 1939, p. oT. De organiaagiies fMantxépicas e religionas nie-oe eipsra hevessiriaruente que sirvam samente ne inte rezsesde seus mernibros lis organi2agées tim outros propeeites eonsidertdos reais |mportantes, iace- is pelo rente aq, pPergue este estuso se concentra em organ izagbes com wm significativo componente eenn0 foco deste uabalho recaird sobre alga parecide ap quc Max Weber chamava de “grupo associa Weber classifica um grupo de “associat” 4a erlentagSe ee sus ayo social fimw-se sobre 1m aoa do racionalmente motivade Ele contraston res “grupo associative” com © "grupo cormunal furdado: ‘tobre afetos pessoais, xelaclonamentos eréticos etc. como a familia. (Ver Max Webe, pp. 136-139, ¢ Grace Coyle, Serial Proves i Organized Groups, Naw York, Rishard Smith, Ines, 1950, pp. 7-9). A Iogien da tsoria aqui decenvalvida pode ser extendida a oryanizaBes comuna's,religiosas 6 fila trépi~ “ (uta TEOMA DOS GRtIFO8 SATUS E DAS ORGANZA CEES por saldrios mais altos ¢-melhores condigées de trabalho para seus afiliados: das orginizages ruitis eepera-se que Iutem por uma levislagao favorivel a seus membros; dos cartéis capera-sc que Jutem por pregos mais altos para xs-¢mpre- sas integrantes: das companhins esperi-se que defendam os injeresses de seus avionistas’; e do Estado espera-se que promova os interesses comuns de seus cidad2os (embors nesta nossd era nacionalista o Estado freqitentemente tenha ‘interesses ¢ ambighes distanciadas das de.seus cidadioa). E importante notar que os inveresses que todas esses tipos de organizagbes SUpestamente devem promover é50 em sun maldria intéresses epmuuns: o thtereske comunt dos membros do-um sindicato: por saliirios mats altos, o interesse comum dos produtares rerais por legislapSey mais favordveis. o interesse comum dos membros desum cartel por pregos mais altos. or interesse-comum ders acionistas por dividendos riiy allo atOes valorizailas, o intereste comum dos eidadtios: por um bom governo. Nao € uma casualidade que de todos es tipos de erganiz)- s0es Instadas acima espere-se que trabalhern pelo irteresse comtns de seus mem- bros. [nteresses nuramente pessoais ou individuais podent ser defendidos. © em eral com muita eficigneia, por agdes Individumis independlentes. Nao ha obvia~ ‘mente nenhurm séntido em formar uma prganizng#o quando uma ago individual independeme-pode servir cox interesses do individuo Yo bem-ou methor do que: oma orgenizag’c. Nao teria nentum cabimenio, por cxempl, constituir uma, organizagée simplesmente para jogar paciBnoiv, Mus quando um cert ndmero de individuos.tem urn interesse comum ou coletivo — quando les compurtilhiam: um simples prpasite on ebjetive —4 agéo individual mdependente (como Ingo Yeremios) Ou nila teri condigtes de pramover este Interesse Comum de forme alguma, ou no sera capes de promové-lo accgusdamente. As organizazGcs po- dem portante desempenhar ura fungiin importante quunda hil interesses comuns ‘OU grupais a serem defendidos e. embora elas frequentemente também sirvam.a interesses purarnente pessoais ¢ individuars, sua furgao © caracterisuca baste € sn fiiouldade de penmover ineeresses communis de grupds de indiv(chins, A premussa de que as organizagées exisiem tipicamente para promover os interesses Comins de urupes de individuey get implicita:ma maior parte da Tite= cas. my ata oe paricularmints ul no enti do erepon detmane. NerpL Tacks We gp 1176 be prexente liven 7 ines dyes manos, re eerie han esque use temsinaingios ens tasktnce gus tcesavom carpe. ding tema “meathtes” As coamuuhis B8r8 A Ghad tralham, Aqul € pM criveniems sect, ere Ose agua, a Tingrigem cotdians e distingus os membros de vem iteiato. per ceemnpla. des eepsego sae desce cincieuis. Simuilmmente, Sp membeas de usm indices cerso cemeteries ermneagarios dy -emeronbia pars 9 qual frabolhane to passe qut = membros desis Earrpanihin so seus acionisink @ A LOGICA DA ACAG COLETIVA ratura sobre organizag6es, ¢ dois dos autores 4 citados fazer essa pressuposi- ¢80 explicitamente: Harold Laski enfatizou que as organizagdes existem para atingir propésitos ou interesses que “um grupo de homens tem em comum”. e a0 que tudo indica Aristételes tinha uma idéia similar em mente quando afirmoa duc as associagées politicas sie criadas ¢ mantidas por causa das “vantagens ge- rais” que trazem. R. M. Maclver também asseverou essa idéia explicitamente ao dizer que “toda organizagio pressupée um interesse que todos os seus membros partilham™®, Mesmo quando grupos niio constitufdos em organizagilo stio discutides, ao menos em tratades sobre “grupos de pressiia™ e “teoria dos grupos ‘sociais”. a palavra “grupo” € usada de uma maneira que denota “um numero de individuos ¢om um interesse comum”. Obviamente seria razoavel rotular como “grupo” até mesmo um grupe de pessoas sclccionadas aleatoriamente (e, portanto, sem ne- nhum interesse comum nem nenhuma caracterfstica unificadora), mas a maio- ria das. discusses a respeito de comportamento grupal parece lidar principaimen- te com grupos que tém interesses comuns. Come diz Arthur Bentley, o fundador da “teoria dos grupos sociais” da ciéncia polftica moderna, “nao existe grupo sem seu interesse”*. O psicélogo social Raymond Cattell foi igualmente explicito e proclamou que “todo grupo tem seu interesse”'”. E também nessa acepgao que a palavra grupo ser usada aqui Assim como se pode supor que os individuos que pemencem a uma orga- nizagdo ou grupo tém um interesse comum!', eles também tem interesses pure mente individuais, diferentes dos interesses dos outros membros do mesmo grupo ou orga agdo, Todos os membros de um sindicato, por exemplo, t@m um inte= merecte’. Eneyelopandia nf the Sartal Seienres, WII, New York, Masmillen, 1992, 147. Bentley, The Provexs of Government, Evanston, Ul, Principia Press, 1949, p, 241, David B. nan adota uma abordagem semeinunte: ver seu The Govermmnentat Process, New York, Alfred A. Knopf. 1858, pp. 33-35. Ver também Sidney Verba, Small Groupe andl Falitival Behavior, Princeton, NJ, Princeton University Press, 1961, pp. 12-13 10. Raymond Cattell, “Concepts and Methods in the Measurement of Group Syntality”,-cm.A. Paul Edyard F. Borgatia € Robert F. Bales, Smald Groups, Mew York, Alfred A. Knopf, 1955, p. 115. 11. Belaro que qualquer grupo ou organi zagce estaré ususimente dividide em subgrupos ou facgtes on- tagonicas. Fisse Tato nto debilita a pressuposigho feita aqui de que as organinagtes extetem para tervir 0s imteresses comuns Ge seus membros, porque ess pressupacigge nao implica que OF COMfIItOS I~ ternos do grupo estejam sendo decprezados. Os Subgrupos antagoateos dentro de uma arganizagio usualmente pariilham ilgam interesse coraum (zene, por que manteriam a orgamizagao%, a0 mesmo tempo que cada subgrupo ou faccao também tem um hloresse comum independante © £6 seu. Alias, esses suligrupos cam frequgncia terdo 0 imteresse comum de derrotar aigum outro subgrupa, Portan to, » abordagem uiifizada aqui lo despreza o conflito dentro de grupos © organi zages porque const- devs cada organizactio como uma unidade coments até 6 ponto em que ela de fato tenta servir a um interesse comum. e considera as varias facgOes oponentes para analisar o-vigaroRo antagoaismo entre “come unicdackes 20 Blames paBisas y Lot grandes grupos a +30 producto, Para obtener esa.ayuda del gobierno, los productores tendrin. ‘que formar una organizacion de cabildeo; convertirse en grupo de presiGn. activo." Esa organizacién tendrd tal vex. que llevar cabo una gran cam alla. Si encuentra und resistencia significailva requeriré uau cuntidad imponame de dinero." Necesitarén experios en relaviones pulicas para influir en tos periddicos y quizds requieta algo de publicidad. Muy pro- bablemente se necesitarda organizagores profesionales para que arregien Teuniones “populares espontdneas” entre los afligidos productores de ta indusirta y para inducir a os que pertenecen a ella a escribir cartas a sus diputades.” La campatia por la ayuda del goblema demandard cieno ‘iempo de algunos de tos productores, asf como sv dinero, , Hay una sensejanya notable entre el problesna que cevardla thaustria perfectimente competitva snientras trata de obtcier la ayuda del gobiemo ¥ el que encara en el mercado cuando las empresas aumentan la produc. ‘cin y provecan un disminucidn del precio. As! eomo no-es racional que wn roductor én particular restrinjasu produecténcon élfinde subirelprecio del producto de su industria, campoco serta racional que sactificara su tiempo y su dinero para sostener a wna organizacton cabildera con ¢l jin deubtenerlaayude del gobierno parala tadustria. En ningung delos casos fe convendeta al productor individual asumir cualquiera de tos castos. Una organizacién de presién, un sindicato-o cualguter otra organizacign que teabajara por los intereses de un grupo grande de empresas o de tra. bajadores de alguna industria, no obiendrla ayacta alguna de los personas rationales y egolsias que pertenezcan a esi industria. Ast serta aunque todos los dela industria estuvieran absolutamente convencidos de-que el Programa propuesto favorecerla sus intereses (si bien. algunos podifan Pensar de otro modo-y hacer latarea de la organizucin mds diffei ain). 15. Robert Michele sin organization” y que er Feblications, 1989), pp.21:22. Wes teaibltn Robert A. Brady, Business asa Syatemef Power Nueva York: Columbia University Presa, 943) ply. 195, 16. Alenander Heard, The Costs of Demcracy {Chapel Hil University of North Garolion Press, 1960), especialmente le nots I, pigs. 83:96. Por ejemplo, en 194? ln ‘Nasional Aasociation of Manufacturers gasiS robs Ge $4.6 sallgats de Waren y. cn ol ‘saracucta de yo periods algomds argo, ls American Medical Atasclalion pastOove tan ton una carpata conisa el seguro de salud obligato, Py 17, “Si. a8 liegera a conocer tada fa verdad. reavitifa due ol eubildeo, con todas vas ‘amificaciones, enuna industrindomilarillones da dslares”- U.S, Congrect, House, Select Committes an Uabbying Acciviies, Report, 8st Cong. 2nd Seas. (2950), cua en al Congressional Quarterly Atmanoc, B14 Conga 2nd Ses, VI 766-163, 16, Para uns excepcién logieameane posible, pero prictcacicnie sin sentido de la.cog: slusin ancada en este plstalo, ver Ie nota de pla de pgina 6H do tie eupluto ALAGIEA DA ACKO COLETIVA ‘a maximizago dos Incros das empresaé ém urh setor Industrial perfeitamente ‘competitive pode agir contrariamente aus interesses delas como grupo € hoje perfeitamente compreendida ¢ aceite”. Um grupo de empresas ansiosas por uma manimtizagiio dé seus Iueros pode acabar agindo para reduzir seus lucros globais porque em um quadro de competigo perfeita cada empresa é, por definigto, t40 pequena que pode ignorar o efeite dé stia produgao sobre o prego. Cada empresa considerard vantajoso para si aumentar sua produstio até 0 ponto em que os cus- {9s minimos de producio igualem 0 prego, ignarando os efeitos de sua produgio excedente sobre a posigde-de seu setor industrial eomo um todo. E verdade que 0 resultado final é que todas as empresas ficam em piorsituagaa, mas iss0- nda sig- nifica que: elas no tenham maximizado seus Iueros. Se uma empresa, antevendo a queda de pregos resultante do aumento da produgto de seu setor industrial, res= tringisse sua prépria produgio, ela perderia mais do que nunca, porque seu prego cairia de qualquer maneira e ainda por cima ela teria uma produgia menor para vender, Em um mercado perfeitamente competitiva essa empresa ficaria apenas com uma pequena parte dos heneficios (ou da reccita extra) obtidos pelo setor industrial gragas & sua stitude individual de conter a produgaa. Por essas razies & hoje de compreensio geral que, se as empresas de um determinado setor industrial estio maximizando Iucros, os lucros desse setor como um tado serio menores do que seriam sem essa maximizagio", E quase todo mundo concordard em que essa conclugie te6rica bate com os fatos em mer- cades caructerizados por eompeticaa pura. © ponto importante aqui & que: isso € verdade porque, embora todas as empresas tenham um interesse comum em pregos mais altos para 0 prodto-do seu setor industrial, € da interesse indivi- dual de cada uma delas que as outras paguem o custo (a indispensivel reduce a produgiio) necessfrio para obter pregos mais altos. Praticamente a tinica coisa que pode impedir os pregos de cafrem de acor do com o processo scima deserito-em mereados perieitamente competitivos se- rill & intervengio externa. Pregos subsidisdos pelo governo. tarifas, acordos de. cartel € coisas semelhantes podem proteger as empresas. em um mercado come petitive de agirem contra seus préprios interesses. Tal ajuda ou intervengho € ‘bastante comum. E, portanto, importante perguntar como ela se dé. Como um 13, sword H. Chamber, stomps Compertion, 6 ed, Combridge Harr Unsvesty Press, 1950 pa 14. Para uma dicuesdo sis compiets sabre eve quritio, ver Manour Ol Je & David MeFarlnd, "Tee ‘Restoration of Pure Mongpoly and the Concept of the inary”, Quarterly Juraat of Eromowies, DOKL, paw 1962, pp. 61631 2 (OMA TFORIA DOS GRUAOS SOCIAISE DAS ORGANTeACOES ‘sttor industrial competitive obtém axsisiéncia do poverno porn manter o prego de seu produco? Considere-se um setor industial hipotético, competitivo, ¢ suponiha-se que 8 maioria dos peadutores desse actor industrial deseje ume tarifa especial, win Programa de protege de pregos ou algu ma outraintervengaio gavernamental para ‘aumentar o prego de seu produto. Para obler essa assisténcia do governo, 08 pro- dutores desse seior industrial presumivelmente tevfo de constituir um. lobby: te- Mo de sc tomar um grupo de pressd ativa's, Esse fobby poderd ter da levar a cabo uma considerével campants, Sé for encontrada uma resisiéncia significa tiva, grandes quantidades de dinheiro serio nece3sGrias'*. Os especialistas em re- lagées pablicas terio de influeneiar os jomnais, ¢ pode ser preciso fazer alguma Propaganda, Provavelmente serd necessirio conteatar orgenizadores profissionais Para arma “manifestagdes populares espontineas” envolveride os angustiades Produtores do sctor industrial cm questin-e fazer esses produtores escreverem ‘cartas a seus congressistas'”. Essa campanha pela assisténcis gavemamental to- Mara tempo de alguns prodatores da setor industrial —e dinheira, 'Hé um notével paraleto entre o problema que o setnr industrial perfeitamen- fe competitive enfrenta quando lita para obier assisténeia de governe ¢ 0 pro- blema que ele enfrenta no mercado quando as empresas jnerementami sua pro dugdo ¢ acasionam quedas de prejos. Assim come ndo pareceria ractonal para sum determinado produtor resirinpér sua pradugdo a fim de ralvez obter um pre- $0 mais alto para o produro de sew setar iudustrial. ndo the pareceria ractonal snerificar seu tempo e dinheiro para: dar suporte a um lobby que tea pela: as- Sistincia do governo a esse mesieo setor industrial. Em nenhum dos dols casos seria de tnteresse do produror assumir individualmente nenfuen dos custos. im Tobby, ou mesmo wma organizagito sindtcal ox qualquer otra que éabathe pax Tos inueresses de wm grande grupo de empresas au trabathadares de um deter: 15, Robert htc hes sussenea em su cisice esd que "a denceracin €iaccocebel sem organiagSes", 6 aie “a principio deorpasinagio € wma condgao abzalutamemteesseacal pata ula poles fay Imassis. Net osu Pra Forse, trad, ng Ee & Ce Pl, New Yrk, Dover Publics ons, 199, Dp. 21-22 Verte Rober A, Brady. Besinesy ara Sysrem uf rc, New York, Columbia Une iy Prec, 1943, 193, "4s Alexander Heard, ke Cif Demoeray, Cape il, Uses of Non Cron Pres, 196 cig ialment » nota 1. pp. 95-96. Px exemple, em L247 Nation sora af Mmafaraers Eton mais de 054.6 milhocs, © por um perio alga malar Avteriron Medic! Asoviatins sata eran impothicé em ue camparta coer 0 seguro de ile rompuled "7. “Seda a veiade viesse um din ona 10 obama, ser tee 3s as anfiogées, mostra set lima tocitiaOilondna U8. Congress, Hause, Select Commitee on LoBbylng Aciitis, Report Sis Congress 2ad Session, 1950, canfarme singin uo Congrensiual Quarierty Afar, Fs Congress, 2nd Session, VI pp. 760205 23 Aub0ICA 2A Agio CoverWA mingde setor industrial, néio receberd nenhum anparo dos tndividuos cenurados nos proptios interesses ¢ racionais desse setor, Isso scria verdadciro mesma que esse setor industrial todo mundo estivesse absolutamente convencido de que o Projeto propasto pela organizagio & de seu interesse (embora na rcalidade sem. Pre haverd quem pense de outra forma, tornanda a tarefa da organizacao ninda mais dificil). Embora a organizagia lobistica seja apenas um exemplo da analogia léyi- Gi enire orgenizaeto © mercada, € um excmplo de considerével importéncia pr ‘Hea, H6 atualmente em atividade muitos lobbies pederosas, bem financiados ¢ Com vasto apoio, mas esses Jebbies nie conseguem seu apoio por'sausa dos scus ligros legislativos. Os mais podernsos labbtes da atualidade consepuem seus fun. dos e seus seguidores por outras razdes, come cstc estudo mostraré no final. Alzuns critcos poderdo argumentar que, na verdade, urna pessoa racional apolard, sim, uma grande organizago — come um lobby — que trabathe pelos seus interesses, POTGUe sube que se mig o fizer os outros tampouco o farlio, © entio a ‘orgunizaglo Fracassard e ela ficard sem o beneficio que a organizagko poderin terlhe proporeionado. Essa argumentaeto evidencia a nccessidade da analogia com © mercado perfeitamente competitivo: seria igualmente razodvel sigumen- {ar que-os pregos nunca eairiam absixo dos miveis que um monopélio colraria mur mercado perfeitamente. competitiv, j4 que cada empresa podria antever ave se incrementasse sua produglo outras também o fariam e 0 preso eairia e, Dortanto, nenhumma empresa inicaria uma cadeia de destrulglo de pregos aumein. fando sua produgio. Mas, na verdade, as coisas nfo funcionam dessa mancira em um miercado competitive, Nem em uma grande organizagie. Quando o nii- mero de empresas envolvidas & grande, ninguém notaré o efeito sobre 0 prego 36 uma empresa suentar sua produgio ¢, portanto, ainguém alterara ces pla ‘nos por causa disso. Similarmente, em uma grande ofganizagSo a perda de um sfliado contribuinte no incrementaré de maneira perceptive! a carga para qual quer outro contribuinte e, portante, uma pessoa racional no acreditaria que a0 Be retirar da organizacia estaria levando outros membros & fazerem 0 mesmo. Esse racioeinio deve ter a0 menos algume pertinncia no caso de organi- 2agdes econémicas que so acima de todo meios através dos quais os. indivduos {entam obter as mesmas coisas que obtém através de sua atividades no merca. Go. Os sindicatos, por exemplo, sd0 organizactes. através das quais ox traba- nadores lutam para obter as mesmas co'sas que procuram obler com seus csfor- 15 Pars ana crore lopcameme porte a sonelusi desi pardgrafo, mas msigaifisnis mx plc, ver ota deste apa, Py UMA TEGRUA DOS GRUPOS SOCIANS EAs ORAM IES 1903 individuais na mercado: salérios mais altos, melhores condigties de trabalho ste, Seria de fata estranha que o¢ trabalhadores nose confrontassem no sindi- ‘eato com alguns dos mesmas prablemas que encontram no mercado, ja que seus esforgos em ambas as esferas tm alguns propésitas énb comut Por mais. semelhantes que sejara esses objctivos, os criticos poderio obje- tar que as atitudes © disposigées des membros: nas arganizagies nBo so em sb- soluto iguais as suas attudes ¢ disposigdes no mercado. Nas organizagies, fre- ‘qlentemente, hé também um elemento emocional ou idealxieo em jogo. Ma send que isso tora 1 argumentagao acima inadequada do ponto de vista prético? ‘Um tipo de organizsgao mais importante — o Estado — servitd para vestar -essn abjego. Nas tempos modemas, 0 patriouismo ¢ provavelinente a mais fore te motivagio nlo-econémica para a lealdade organizacional. Esta nossa época jgumas vezes, chamada de era do nacionalismo. Muitas nagdes obiém sua unidade ¢ Forgas extras gragas a alguma podernsa ideologia, camo a democra~ cia ou 6 comunismo, bem como através de uma religido, linguagem ox heranga cultural comuns a seus ¢idadios. Mas o Estado ndo dispbe somente dessas po- derosas armas para angariar apoio. Ele também € muito importante: economica- mente, Quase todo govemo é economicamente benéfica pata seus cidadaos, no sentido de que a lei e 4 ordem que ele proparcions sia um pré-requisite essen- ‘ial para toda e qualquer atividade econOmica civilizada, Mas apesar da forga 4o. patriotismo, do apelo da ideologia nacional, dos fogos de uma cultura comum, e da indispensabilidade da lei e da ordem, nenhur Estado importante na hists- ria moderna foi capar de se sustentar através de cotas ou contribuigles voluité= rias. Contribuigées filantrdpicas nfo sto nem mesmo uma fonte de receita sig~ nificativa para a maioria dos paises. Fazem-se necessiirios 0s impostos = por definigéo, pagamentos compulsdrios. De fato, com diz: 0 velha provérbid, & me- cessidade de impostos & to certa quanto a marte. Se 0 Estado, com todos esses recursos emocionais ao seu dispor, nic é ca- Az de finaiicjar suas atividades mais bésicus c vitals sem recorrer i contribuicao sompulssria, € natural que as grandes organizagGes privadus também tenham di- ficuldades para conseguir que os individuos dos grupos cufos interesses elas ten- tam defender e promover fagam voluntariamente as contribuigbes necessérias™, 19. Tama en sxitlogrs quanto eonsomists te obsermde que apenas motives ideelzioas sto Saficcales para propubar © esforyo coninve de rides ass de pee, Max Weber frnsce ua ‘tive exemple; "Teds alividadeevvedria em uma seomeria ere € tea ‘uividaon ecm em us rope inzresats moter ou fais: 10, cler, € QU deo quapde-aatvidace econica viene peks paoes Je ordem Ue grupus corporat 1 Alesom que umsinemn econdmice et rae orgnizad sabre ses scion, wo veal as Aitie4 on acto cover ual o Estado nao pode sobreviver de cotas oa Pagamentos Beant! 408 impastos € que us servigos mas Fundamcmraig sob um importants aspeto™equtialentes.ao pega mais ako Emm ont mercado competitivo: esses servigns tém de estar disponiveis para todos ‘« estiverem dispontveis para alguém. Os boneffcios oy ‘Servigos mais elemen- © sistema de Ici € ordem em geral, slo beneffcios ou Servigos que alcangam a indog ou praticamente 8 todas na nagte, Seria chviamente invidvel, casa Fosse Possfvelnegar & protecSo das forgas sumadas, da policis« dos tribunais aque 2e# que nfo pagassém voluntariamente sua parte dos eusice Bovernimentais-com CSse® Servigos, € 0s impostor sia, portanto, necessérias, O beneficios comuns Fu coletvos proporciotiados polo: governo £30 wsualmente chamaddos de “bene- {cies pablicos" pelos economisas,e-0 conceite de boneficio poblies é uma das ‘déias mais anigas e mais-importates no estoco aay finangas pablicas. Um be- UMD THOR DOS GRUFOS SOCIAIS E DAS ORGANIZACOET agucles que aio pagam por nenhum das beneffetos publicos au caletivos de que desfrutam ndio podem ser exclufdes ou impedides de participar do consume des- ses beneficios, cema podem quando se trata de benetfei0s ndo-coletivos, Os estudiosos das finangas publicas tém, eontuda, megligenciado o fato de que a conseeugdo de qualquer objetivo comin on a ratisfagdo de qualquer in- feresse comum signifiea que um beneficio pibtico ou coletivo foi proparciona- do ao grupo". O simples fato de uma meta ou propésito ser comun a um grupo significa que ninguém no grupo ficark excluida do praveito ou satisfagio pro- povcionada por sua consecugio, Como os parigrafos iniciais deste capitulo ex- plicaram, quase todos os grupos e organizagdes tém o propésito de Servir aos in teresses comuns de seus membros. Como dix R. MI. Maclver: “AS pessoas [..] {8m interesses comuns no mesmo grau em que participant de uma causa [..] que abraga a todos de maneira una ¢ indivisivel™®. & da propria esséncia da organi- zagSo que els forneca um beneficio indivisivel ¢ generalizado, Segue-se que © provimento de beneficios piblicas ou coletives ¢ a funglo fundamental das ar. imepoesioel: mais que sje invidve ov ameoondice, Head tram moet muito caramemte que & immpossitiiade de eaclssbo-€ senic em dos das elesenics bcos na nogio wadicional de bene- Fclopwblice, © ost, asinala ce, €0“panthailidade dos zanhos peoperciunodos pela beni" Uni bene te “partethiiiche" eo onde spoatvel pars um ind significa que le pode St itu seen Spd para OU amd. O cara exten de pamiltbildade sera © bene- ‘ole pabicn pana de Samuelson, ann bonefcia det matures que o consumo dicional por um idle ‘sd ns deni a qeancidsde sponse! para as auras Pela Gefnigo wsadaaqaiapanithailds- {slo wm stibuinocessini dv beneflca pic. Coma esl mimo capitulo mostrrS mats a6 ate, pela menos um lp de beseficio cole considerate aqui nao exibe parilabiigade aig, ‘pousos vla, se hows gu tag pau de paihablicade neceesrio para quslfearem com lseefiia pation pare. Nao chstate, x anicra dr besficoecoetvos 3 serum estos neste tre ‘oatho exter urns grande dose ce yrtitabiidade. Para wna discesbo sobre a efnigso © a impor ‘dia os beaficiospblices, ver_John 6, Head, “Publis Gioodsand Publis Palsy", Pablic Frans “sh VIL 23, 1962, yp, 197-219: Richied Mesgiave, The Theory af Public Fina, New York, ‘MeGee Hk, 1999; Paul A. Samuelson, “The Pe Theory of Public Expenditre”, "Disgrammaric Sof = Theory of Public Expencitute”e “Aspecis of Pali Expensiture Thecvies", Review nd Steer, EX na. 1954, pp. 347-3 ATVI, wa 1933 9. 38U8SG © XL, SSS. pp 382-558. Pa opines diferentes sabe 2 wtladedo-cenceit de enefiio bic, Margolis, A Cocamese cn the Pare Thece) af Pablic Espenitee", Review af Eoasoules XXXVI, aos. 1955, pp. 547-50, « Gear Colm, “Theory of Puite Expendieres" “Amerika Asafeat of Polleal an Seal Seiewre, CLXXIU, jan. 1946. pp. LLL ecesiliade de que um benetciapubtico para ureters grupo sha necesst= Setcresie aa sociedad coms um indo, Assy camo uma tails podria serum bencicio Sadr oe tow por el. remoydodatrifa podria sr um beneficio peo [Sasamnem 0 peodutn dagele sete lo iguaimenteverdaeiro quando c29ee0 aplieea goveros, J que um gate musa, om uma tf, C/V, Porque se A> omy, WN, > CN, entio Wee Fortanto, se, > C/V, 0 gunho pare o individuo que s¢ empenhar para que seja provido o beneficio coletive excederd o custo. Isso significa que-hé urna presun- co de que o heneficio coletive serd provide se seu custo for, no ponto étimo de obiengio da beneffcio para qualquer individuo do grupo, tin pequena ent rela~ 0 ao ganho do-grupo como um todo com esse mesmo beneficio coletiva que o ganho total exceds 0 custo total por tanto ov mais do que a ganho grupal exce- de 0 ganho individual Em aintese, portanto, a regra é que hi uma presungia de que o beneficio Coletivo ser provid se, quando os ganhos do grupo com esse beneffeio eoleti- vo estiverem cretcends a I/F, vezss ataxa de crescimento da custo total do peo= vimento desse beneficio (isto ¢, quando d¥,/dT = I/F{dCMdP)), 0 beneficio to- tal para grupo for um miitiplo maior do custo desse beneficio do que os ganhos do grupo s40 dos ganhos do individun em questa (isto 6, ¥,AC > V,/¥,) O grau de generalidade da iia bisica do medielo acima pode ser slustra- 4 splicando-a a um grupo de empresas de um determinade mercado. Tome-se tum setor industrial com um produto homogéneo e suponha-se que as empresas esse setor almejem independenremenre aumentst seus lueros. Para maior sint- Dlicidate, suponha-sc também que o custo marginal de produsde seja 2670. A Tim 4c evitar a introdugdio de novos simbolos grificos e de evidenciar a aplicabilidade a anilise acima, estebelegamos que T agora se refere a prego, S, a0 volume. sioo das vendas do grupo ou s#tor industrial ¢ 5, 20 tamanho ou volume fisieo ‘das vencas de uma determinada empresa i. F; ainda indica a “frugio” do total ‘comespondente a determinada empresa ou membio do grupo (indica agora a fra- ‘sodas vendas totais do setor ou grupo que cabem 2. empresa j em um determi ‘sado momento: F; = 5,/5,). O prego, T, afetard a quantidade vendida pelo setor ‘Scdustrial em uma extensio dada pels elasticidade-da demands, E, A elesticid E = -TS/d3,/€T), © disso se segue urna itil equagio para a inclinagio da 2 A.tdctca otagio cones curva de demanda (aS /dT).: d5,/4T = -ES,/F. Sem custos de produgio, 6 ponto 6timo de producio para uma empresa s¢ dari quando A/a = AS TVET = 0 ‘5.4 MdSaT) = 0 FS, + Tas fat) = 0. Aqui, presumindo-se que a empresa age independentemente, ou seja, nao espe ra nenhuma reagSo da parte das outras empresas, dS, = dS,, portant FS, + Tas aT) = 0 desde que dS,/aT = -BS,/T, FS,— TEST) = 0 SFE) = 0. Isso 86 pode aconiccer quande F, = E. Somente quando 2 clasticidade da -demanda para o setor industrial for menor ou igual & fragiio da produgdo total do sélor correspondents a uma empresi em particular, essa méstia empresa teri algum incentiva para restringir sua produgdo. Uma empresa que estiver tentan- do devidir se restringiré ou nig sua produgiio a fim de obter um prego mais alto Hi comparar © custo, ou petda da produgio, previsto ante og ganhos que poderd obter com 0 “beneficto caletivo": o prego mais alte. A elasticidade da demands seri a medida. Se F,for igual a F, isso significa que a elasticidade da demands da sector industrial ¢ igual & parcel da produc do setar correspondente & em- presa em questio. Se a elasticidide da demanda for, digamos. 1/4, i886 significa que uina redugaa de 1% na produgao ward 49% de aumente de prego, o-qué torn evidente qué, 56 deterinada empresa tem um quart da produgé total de setor industrial, ela deveria parar de aumentar sua produpdo ou restringi-la. Se hou: vvesse, digamos, mi] empresas do mesmo tamanho eperando em um deterrninade setor industrial, a elasticidade da demanda para o produto desse setor teria de ser 1/1000, ou menos, pars que se tomasse necesséria qualquer contencla de produgln. Portanto, nfo hi equilfbrio de lucros em qualquer setor industrial que Conte Cort Um niiierd Muito grande dé empresis, Quando, & medida que mais T (0 prego mais alto) € provid, a taxa de crescimento dos ganhos do grupo forem HF, veRes tio grande quanto & taxa a que 08 custos Lotais.de restrigao de produ- lo aumentam, uma empresa que almeje um aumento de Tucros comegars por ‘UMA TEORYA DOSERLIPOS SOCIAtS Eas anaanZacehes Fostringir sua produgio, isto é comeguré agindo de muneira ecerente com O8 Interesses do-sctor industrial como um todo. Eo mesmo critérig de eomporta- mento grupal usado na. caso mais genético explicado anteriormente Essa anilise de uit detcrminaclo mercado ¢ idéntica & de Cournot", © que iio & surpreendente, visto que a teoria de Cournot é em esséneia um caso espe. cial de uma teoria mais geral sobre a relag’ entre 0 interesses de um membro de determinado grupo © as iteresses do grupo como um toda. .A teoria de Cournot pode ser encarada coma um casa especial da anélise aqui desenvolvie da. A solugga de Court leva portante & concluste de senso somum de que urna empresa agird para manter alia o prego do produto que Seu setor industrial ver de somente quanda o custo total de manter esse prego alto nao for maior do que sua parte do ganko que o selor obterd com esse prego alto. A teoria de Cournot 6 assim como a anélise da aco grupal forn de um contexto de mercado, uri teoria que questiona quando seria do interesse de uma unidade individual de um grupo agie pelo interesse do grupo come um todo. Ha um ponte ém que o caso de Cournot é mais simples do que a situagdo do grupo fora do cantexto de: mercado, principal objeto deste estado, Quando am ‘rrupo visa a um beneficio coletivo corriqueiro, zo invés de um prego mais alto através de uma contenga de produgao, ele logo descobre, como se mostrou no pariarato inicisl desta parte, que 4 primeira unidade do beneffcio coletivo obti- a sera mais cara em si do que algumas unidlades subseqentes do mesmo bene~ ficio, Isso se deve 8 morocidade e ou tras caracterfsticas t&enicas dos bencficios coletives c também a0 fata de que algumas vezes pode 6? nécésSdrio montar uma drgenizagio pera obter a beneficio coletivo. Isso chama a atengao para a fato de que hé duas quesibes distintas que um individuo em um grupo fora da ‘sontexta de mereado deve considerar. Uma € se o ganho total que ele obtera com © provimento de determinada quantidade do- beneficio coletiva excederi 0 cus- to total desta quantidade de beneficio coletivo, A outra questio € a de saber que ‘quantidade do benaficio coletivo cle devers prover, se alguma quamtidade for pre- ‘Vide, € a resposta depende, claro, da relagio entre custos © ganhos mat ‘mais do que totais. Similarmente, hi também duas questies distintas sobre @ grupo come um que precisam ser respondides. Néo-€ suficiente saber se um grupe pequeno- uiri proverse de um beneficio coletive ou nic. E também necessério de- mar $© a quantidade do beneffcio coletiva que o grupo ird obter, se obtiver AAszustin Conmot, Researcher sen te Meunematrat Peeples of te Ticary af Wealth tad am ‘Natuaie!T Bacon. New Yara, Maclin, 1987, especialmene-2 Cap. vi, pp. 7290, s LOGICA DA.AGAO CoLETTin slum, tenderd a ser um “Gtimo de Pareto” para 0 grupo camo urn todo. Ou seja: end Gtimo o nivel de ganho total com relagio is necessidades de grupo como um todo? «A quantidade étima de um beneficio coletivo para um grupo como um torlo, Se ele obtiver alguma quantidade, seria dada quando o ganho do grupo es- tiveise erescendo na mesma taxa que 9 custo do beneficio coletivo, isto 6, quan- do aV, M47 = dCH4T. Dado que, como foi demonstrado acima, cada individu do sree teria Um incentive para se prover mais do beneficio eoleliva até F/aV,/dP = dCHT, © dado que EF, = 1, poderia parecer primeica vista que a eoma do que Os individues, agindo indcpendentemente, proveriam iria beter com ponte oti. ro part o grupo, Pareceria também que, assim, cada individuo do grupo estaria arvando com uma fragdo, F. do Onus total, de mancira que o custo do provimen- to do beneficio coletivo estaria sendo compartilhade de manei Sentido de que seria compartida iii mesma proporgdo que os beneficios. Mas no € 0 que acontece. Geralmente, a quantidade de beneticio coletive Provide séré surprecndentemente subdtima, c a partitha do Onus seta surpreen- ‘dentemente arbitriria. Isto ocorre porque & quantidade x de beneffeio coletive ‘que cada Individuo obtém para si ind também automnaticamente para os outtos, Far parte da mesma definigio de beneficio eoletiva que um membre nao pode excluir os outros membros de grupo das vantagens trazidas pela quantidade x de Béneficio pablico de que ele 58 prove. Isso significa que ninguém no grupo teri um incentivo independente para prover qualquer quantidade do beneffcio ea- Jetive uma véz que a quantidade que seria adquirida pela individua com 0 maic or F, do grupo 6 estivesse dispanivel. Isso sugerc que, assim ¢omo hd uma ten. Gencia a que 08 prupos grandes no consigam prover-se de quantidade alguma de beneficio coletivo, i.nor gripes peauenos uma tendéncia a um provimento do benejicio colettve abaixo do nivel érimo para o grupo como um toda, Essa Subotimidade serd tanto mais grave quanto menar for 0 F, do “maiot” indivfduo do Brupo. 4d gue quanto maior o mimero de membros de grupo, no mais nilo he. vendo diferencas, menores serio as Fy, segue-se que quanto mais individuas Rowver-no grupo, mais grave serd a subotimidade, Fica clara, portanto, que os “No reid Gis rare seri comeniene¢ iil aupor que todos os membros ds gropo recebern a mesma ‘umsede do benéfcio ptbfica. Na werdsde,¢ isso que occ sempre que obesefici coletive é on ‘Renefilo pabliso puro, es vendo ¢adefinito de Sarmction. sm supesighe & comteda, role Forms © due ususirenie neeeadso, Usa Dencficio UDC pide Ser consumo om qerotaes ‘tiguais por individu cistinos ean assim, sce ineimente wm beoifire pdbite, ne seston {PHU costun por ur indifoue de forma alguna dimlout a quantangecepone, matin Quando 0 coasurad exra por wm indiv‘wo acarearedugces mtrginals a Geetidhee te, Pont fart & otros ax conclesbes qualavas e gus haseeaabotlmidade e porate deaprngen (ou TEORIA DOS GRUPOS SOCIAAS & DLS ORGANTENEOES grupos com mais membros geralmente desémmpenharie com menos eficigncia da que os grupos com menos membros, Niio é suficiente, porém, considerar apenas o ndmere de individuos ou uni- dades deum grupo, pois a F,de qualquer membre dependent atio- apenas de quanta membros hé no grupe como também do “amanho" (S,) de exda membro tom: do individualmente, ou seja, a medida em que-ele sera beneficiado por um de- terminodo nivel de provimento do beneficio coletivo. Um proprietiiio de vastas farendes poupard mais com uma determinada redugo de impostos sobre pro- priedades rurais da que © proprietirio de apenas uma modesta casa de campo, ¢, no mais na havendo diferengas, ters um F, maior’. Um grupo composto por memibros de 5, desigusl e, portanto, F, desigual exibiri uma tendéncia menor subotimidade (e teri mais probabilidsde de prover-se de alguma quantidade. de Acterminado beneficia coletiva) do que um grupo, & parte essa caracteristica, idéntico porém composto por membros de: taranho: igual Considerando-se que ninguém tem incentivo para prover mais nenhurna ‘quantidade do beneficio coletiva uma vez que o memibro com a maior F; tenha obtido a quantidade que desejava, ¢ também exato que em um grupo pequeno a partilha da énus envolvido no provimentdo beneticio caletivo no sera proporcio- nal aos ganhos individuais trazidos pelo beneficio coletive para cada membro do g7up0. O membro com o maior F, arcard com uma parte desproporcional da énus", 45. dc diferengas de famanhe tardbtn pcr ter alpuma inportacia ex soaiestos de meses, Mana onde emyesa seen deers deena ober Ko cio Gaba tl pa ose a quuquee prepa micas da qu om empresa poqusaa tr, priata, malar laceav pare rest gra pred, Leo zupere que 2 compen de algumac poscic grandes empress namic de mai {ts peqoeaas.conniamentea alpumes opaides pose camdusir aura mi alocsie de recursos Pura Jun visia difereae devia questo, ver Willrd D, dant, “Tae Competition af the Few amoag the Many", Quartery Journal of Erunanalrz, LXX, 260, 1986, pp. TAS. $6.4 diseusets ns tate € demmiids beer © simples fazer tal justga abé mess 3 algumas das smagoes reais mais conn: Naguele que dialer acaso mais comm, ane a eseficicaltiw nts uma gruicagao em dinhelr a cada membre de deerme grupa e no € ago que cada inst. ‘duoda grape pass vender po dlr os individans do grupo devern compare & exsin adcional de mais uma widade do Beseficio coetivo com a “vantigsei” sdiconal qu Ines proporesonsa 4 ‘auicgan dessa unde. les wo podeiam, cers x ongumevapa ds texto pressype, meramente “comparor um custo dink zor rtorne em dither, ¢ paramo as curvas de icferenga tr Dé svar de er asodas mais. Ga marginale substiuigo seria afetada no somente pelo ft de wc 0 desejo por unidadksadiciomas do beset cobcivo iminusia quanto ris se cans ise do beeIcio mas também pels “efeitos read: Os.efetos da rend Ievarara um rernbro ‘ge tvesesacrificado um qaamidade despropereonal du. su renda pura otter obenetci publica a 2 aie valor 0 sua tend do que dava setivese btiGo@ Deseftlo cole gratwtmerte de Ost Seembros 60 graga. Em sentido inven, aqules wie No Bawvessea areado Corn sear pare das ‘honest colva de que estivesem desvtedasckarim seas reals ef en qu aoa io cate ote us benefice infer, ese ganho er snd ALBGICA DA agho- cone, Fortanto, no que conceme 2 pequenos grupas com interesses.comuns, hd uta tene incia stitemdtiea ¢ “explorngiio™ do grande pelo pequeno! O comporamsnto dos pexquenos grupos interessidos em beneficios coleti- ‘os pode algumas vazes ser bastante complexo — muito mais complexo-do gue as parlgrafos precedentes poderiam sugerie. H4 alguns acertos institucionais e hi. Déteses comportamentais qué nem sempre conduzem 2 subotimidade © despre porcionalidade que os parigrifos acima descreveram. Qualquer onSlise adequa. a da tondéncis a um provimenta substimo de beneffcios coletivos © a uma Bartlha desproporcional dos Gnus para consegui-lot seria muita longa para caber confortayelriente neste escudo, que esti preocupado acima de tudo:com os gran ses grupas ¢ trax 8 bails os pequcnas principalmenta para fins de comparagio c conlaste. A questiio dos grupos pequenos que almejam beneficios coletivos é de onsiderdvel impartincia tanto tedries quanto pritica", e no foi adequadamente SSS icin aun crane pe bene coi ise ccna rend ender ine yue ‘@ mul Mernbro i grupo arctica ied 9 8aut da ubtnglo da bencfcio coleete fees ae ne case cxcesiamete imple onsderndo no tse) Sou gt v Richard Peeanaes po ter a ‘ack a rinka steno ors itpprtlacis on tice da em nes conten, ow de dferemes pessoa, grin ecame wat cutrapaloweaaqul “5 Pam cern: @racioelle do et pidspte am omporomerosnependei porn, espeen cor emura slat lr eo Go gucci quent gees. Mag anda membre gran esos Be Aree cals do brneico pia, ese mis do que omen mena tnplermeas yor See Fr6 fiir A ameaga do meenbro pande nfo tem poranto, muias condigees Se er ennai er ter charm amt atnso para of de que eas de Line uaberiager nals ea, ‘reno poco enaritimament elacionas, No estan, Musgrave vd esa reaped ame roan ‘Stennis, Fra esis owen de nds, Richal Musgrave. “The Wlonsry Beene a

You might also like