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Cirurgia da Cabeça e Pescoço

Anatomia Clínica e Cirúrgica do Pescoço


ABORDAGEM DAS ESTRUTURAS NÃO VISCERAIS ATENÇÃO! Pontos de Fusão (suturas)  pontos de
fragilidade
CRÂNIO
 Importantes para difusão de doenças
O crânio é formado por 23 ossos unidos por suturas
neoplásicas e inflamatórias
É dividido em:
INERVAÇÃO DA FACE
 Neurocrânio
Nervo Facial:
 Frontal
 Etmoide  Nervo misto
 Esfenoide  Inverva músculos da mímica facial e inervação
 Temporal sensitiva dos 2/3 anteriores da língua
 Parietal  Possui 5 ramos:
 Occipital  Temporal  divisão superior
 Viscerocrânio: todos os ossos que embarcam  Zigmático  divisão superior
região médio-facial  Bucal  divisão superior
 Maxila  Mandibular  divisão inferior
 Zigomático  Cervical  divisão superior
 Lacrimais  Em alguns casos, a divisão superior e inferior
 Nasal lançam ramos, que se anastomosam,
 Conchas nasais formando a alça do bucinador
 Palatino  Lesão no nervo facial cursa com paralisia facial
 Vômer periférica  lesão do tronco do nervo
 Mandíbula
o Osso único
o Possui pontos de fragilidade
o Normalmente, traumatismos
de grande volume na região
média do mento, produz
fraturas no ramo horizontal
ou supracondilianas

Nervo Tirgêmeo:

 Inervação sensitiva da face através dos ramos


terminais V1, V2 e V3
 V1:
o Encerra no forame
supraorbitário
o Nasce na borda superior da
órbita
o Dá ramo fronto-parietal e
ramo nasociliar
 V2 encerra no forame infraorbitário Trígonos do Pescoço: divisão pelo músculo
 V3 encerra no forame mentoniano esternocleidomastoideo

 Trígono Cervical Anterior


 Trígono Cervical Posterior

LEMBRAR: Existe esses trígonos do lado direito e


esquerdo

ATENÇÃO! Os trígonos são importantes para


descrever a localização e relacionar com a clínica

 Todo tipo de lesão está relacionado com a


localização
ATENÇÃO! Bloqueio Troncular  Quanto mais alta a lesão, menor o risco de
 Traçar uma linha imaginária passando pelo prejuízo
centro da pupila e indo em direção ao canino  Quanto mais baixa a lesão, maior o risco de
e fazer um botão anestésico com lidocaína  lesão vascular e neural
anestesia local, que dura em média 2-3h TRÍGONO ANTERIOR
 Bloqueio nos forames
 Anestesia de toda região fronto-parietal do O trígono anterior é delimitado pela:
paciente  Borda anterior do ECOM
 Borda inferior da mandíbula
 Linha média do pescoço
PESCOÇO
Subdivisão:
REGIÕES CERVICAIS
 Trígonos Carotídeo
Limites do Pescoço:  Trígono Submandibular
 Superior: Base do Crânio e borda inferior da  Trígono Submentoniano muscular
mandíbula
 Inferior: Borda superior da clavícula TRÍGONO POSTERIOR
 Posterior: Borda anterior do trapézio
 Anterior: Linha imaginária O trígono posterior é delimitado pela:

 Borda posterior do trapézio


 Borda posterior do ECOM
 Terço médio da clavícula
Subdivisão:

 Trígono Occipital REGIÃO SUPRACLAVICULAR


 Trígono Supraclavicular
Região rica em vasos e gânglios linfáticos

Nessa região tem-se:


ATENÇÃO! Ponto de ERB
 Lado DIREITO  Via Linfática Principal à
 No trígono posterior, tem-se a impressão Direita
jugular  Lado ESQUERDO  Ducto Torácico (via
 Nesse ponto, é possível observar o desenho linfática principal à esquerda)
vascular da jugular externa  Lesões, especialmente, à esquerda,
 No ponto em que a jugular externa cruza com podem estar relacionadas a via lifática
o esternocleidomastoide, o nervo auricular
ATENÇÃO!
magno cruza e sobe em direção ao pavilhão
auricular  PONTO DE ERB Nódulo na região supraclavicular precisa procurar
 Onde o nervo acessório se superficializa e causas da região infraclavicular  mama, trato
desce para inervar o músculo trapézio genitourinário, pulmão
 Lesões superficiais nesse ponto, como lesão
por biópsia de gânglio cervical, pode deixar o  Gânglios com aspecto neoplásico: duro, pouca
membro hipotente mobilidade, infiltrando a pele adjacente
 Considerado uma incapacidade de  Glânglios de aspecto benigno: macio, tendem
trabalho a ser mais longos que largos, móvel e tende a
ser bilateral

Sinal de Virchow (ou sinal de Troisier): achado clínico


de linfonodo sentinela supraclavicular esquerdo 
aumentado, palpável, endurecido e, muitas vezes,
aderido à planos profundos

 Relacionado com cânceres abdominais e suas


metástases
 Geralmente, quando o sinal de Virchow se faz
presente, já indica estágio 4 da doença
 Exemplos: ca gástrico, linfoma, câncer de
mama, câncer esofágico, câncer pélvico,
câncer testicular

REGIÃO SUBMANDIBULAR

Logo abaixo da borda inferior da mandíbula

Glândulas salivares maiores, tanto a sublingual quanto


submandibular, são sede de:

 Sialolitíase
 Acometimento mais comum das
glândulas, visto que a glângula
sublingual está em uma posição
inferior em relação a via de
drenagem, a via de drenagem possuir
1/5 da espessura do ducto e o
contúdo salivar ser mais espesso
 Cálculo flutuando na via salivar 
paciente relata que ao comer incha e
depois desincha
 A sialolitíase favorece a sialodenite   Músculo delgado que forra toda a região
inflamação lateral do pescoço
 Tumores benignos e malignos  Ponto de reparo anatômico para
avaliar se a lesão é profunda ou não
ZONAS DO PESCOÇO
 Retifica a pele do pescoço
No trauma cervical penetrante, o pescoço é dividido  A violação do platisma demarca um ferimento
em zonas cervical penetrante
 É referência para achados de cisto
Essas zonas são dividas de acordo com a importância, epidérmicos e lipomas, onde a maioria vai
por isso, o zoneamento é feito de cima para baixo estar acima do platisma  superficiais
 Fornece um retalho miocutâneo importante
para o assoalho da boca, que recobre mais em
extensão do que profundidade  retalho
mais delgado

ATENÇÃO! Lesão no Trígono Posterior é lesão de Zona FÁSCIAS CERVICAIS


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ESTRUTURAS MUSCULARES

MÚSCULO PLATISMA

Origem:

 Clavícula e porção mais superior do peitoral


maior

Inserção:

 Borda superior da mandíbula

Inervação:

 Ramo cervical do NC VII (facial)

Implicação clínica:
Existe as fáscias:

 Superficial:
 Desde a base do crânio até a região  Por isso, sempre em IVAS deve-se dar
cervico-torácica preferência a antibióticos bactericidas e não
 Permite que a pele deslize bacteriostáticos, dando preferência às
 Profunda: penicilinas
 Dividida em 3 lâminas

ATENÇÃO! As fáscias permitem que o pescoço forme


compartimentos fechados
MÚSCULOS FUNCIONAIS DO PESCOÇO
 Isso faz com que o paciente com algum
acometimento passe a ter sintomas  ECOM:
compressivos, por não ter lugar para sair  Elevação e inclinação do pescoço e
 Exemplo: nódulos tireoideanos de 2-3cm rotação para o lado oposto
 Quando contrai, auxilia a abrir o
FÁSCIA CERVICAL PROFUNDA
estreito torácico superior
É formada por 3 lâminas (bainhas) fasciais:  Protege o feixe julgocarotídeo
 Escalenos anterior, médio e posterior:
1. Superficial
 Entre esses músculos emerge o PLEXO
2. Pré-traqueal
BRAQUIAL: raízes de C5 a T1
3. Pré-vertebral
 Traumatismos nessa região pode lesar
Essas lâminas sustentam as vísceras cervicais, o plexo
músculos, vasos e linfonodos profundos  Levantador da escápula
 Estreito da cabeça
A fáscia cervical também se condensa ao redor das:  Trapézio
 Artérias carótidas comuns ATENÇÃO! A importância desses músculos é que, além
 Veias jugulares internas (VJI) da sustentação cervical, também participam da
 Nervos vagos mecânica respiratória
Sendo assim, formam a Bainha Carotídea Em casos de insuficiência respiratória, esses músculos
ATENÇÃO! vão contrair e abrir o estreito torácico superior, para
melhorar a ventilação
 A disseminação de doenças infecciosas e
neoplásicas respeita essa divisão Por isso, em casos de insuficiência respiratória, um
 No entanto, possuem pontos de intersseção dos sinais é uma depressão supraesternal e
que são pontos de fraqueza  pontos de supraclavicular
comunicação ATENÇÃO! Síndrome do Desfiladeiro Torácico
 Isso pode favorecer a disseminação infecciosa
e neoplásica  Situação rara
 Quando há uma hipertonia do músculo
ATENÇÃO! escaleno, ele puxa a primeira costela cervical
 A bainha carotídea se comunica com o e a costela pinça a artéria
mediastino do tórax inferiormente e se  Nesses casos, movimento corta a circulação
estende para a base do crânio superiormente  Para resolver o problema: corte do músculo
 Essas comunicações representam possíveis PONTOS DE REFERÊNCIA ANATÔMICA
vias para a disseminação de infecção e do
sangue extravasado Pontos de reparo anatômico:
 Isso é importante, pois um processo
 Osso hioide
infeccioso do espaço submandibular pode
 Cartilagem cricoide
adentrar na cervical por esse ponto e chegar
até o tórax No ponto entre essas duas referências, tem-se a
 Infecção cervical profunda com complicação membrana cricotireoide
(mediastinite) chega a 60% de mortalidade
Nesse ponto, tem o acesso a via aérea inferior
 Em situações de urgência e emergência, é o Ponto de reparo importante:
nesse ponto que ocorre a punção nervo marginal da mandíbula
 CRICOTIREOIDEOSTOMIA  superficial cruza a artéria
superficialmente
o Importante tomar cuidado
para não lesar esse nervo
o Permite irrigação vigorosa no
músculo orbicular da boca 
por isso, podem ser feitos
reparos entre o lábio superior
e inferior
 A. Auricular posterior
 A. Maxilar interna
 A. Temporal superficial
o Dá ramo frontal e parietal
o Quando lesionada, gera
sangramento em abundância

ATENÇÃO!
ARTÉRIAS DA REGIÃO CERVICAL Artéria Carótida Interna NÃO emite ramos para o
pescoço

ATENÇÃO!

Em casos de traumatismos graves ou tumor cervical


sangrante a carótida externa pode ser ligada 
interrompe a circulação nessa região para corrigir o
sangramento

ATENÇÃO!

Anastomose entre a artérica carótica externa e


interna ocorre pela artéria nasociliar, que é ramo da
artéria facial, com ramo nasociliar da artéria oftálmica

 Canto interno da órbita

VEIAS DA REGIÃO CERVICAL


Artéria Carótida Externa

 Principal
 Origem da artéria Carótida Comum Direita e
Esquerda, ao nível de, aproximadamente, C2-
C3
 Ramos:
 A. Tireoideana Superior
o Dá ramo para tireoide e
larígeo superior
o Ligaduras em bloco da artéria
tireoideana pode lesar o
nervo laríngeo
 A. Faríngea Ascendente A drenagem venosa, basicamente, se dá pela Veia
 A. Lingual Jugular Interna
 A. Occipital
 A. Facial  Recebe toda drenagem do sistema nervoso
central e sistema superficial
 Sistema superficial:
o Jugulares Anteriores 
desemboca na jugular externa
ou subclávia
o Jugular Externa  desemboca
na subclávia

Normalmente, as veias acompanham as artérias, mas


não são homônimas

INERVAÇÃO DA REGIÃO CERVICAL

Nervos Cranianos de trajeto Cervical:

 N. IX: nervo glossofarígeo


 N. X: nervo vago ATENÇÃO! Cada doença tem um padrão de drenagem
 N. XI: nervo acessório específica
 N. XII: nervo hipoglosso
 Exemplo: infecções de andar inferior da boca
DRENAGEM LINFÁTICA DA REGIÃO CERVICAL drenam para o nível 1, 2 e 3
A drenagem linfática do pescoço possui um padrão  Exemplo 2: tumores de faringe e laringe
bem estabelecido, principalmente quando se fala em drenam para níveis 2, 3 e 4
mucosas  Exemplo 3: Neoplasias da tireoide drenam
para 3, 4 e compartimento central

Sabendo do padrão de drenagem linfática, os


linfonodos foram divididos em grupos:

 Nível 1: Submentoniano (1A) e Submandibular


(1B)
 Nível 2 a 4: Feixe julgocarotídeo
 Nível 5: Cervical Posterior
 Nível 6: Linfonodos pré-traqueais, para
traqueais e periesofágico
 Nível 7: Mediastino superior

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