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Capituloquatro 5
Capituloquatro 5
Capítulo 4
CAPÍTULO 4 – Determinamos as forças internas (esforços) de uma estrutura.
Uma estrutura de engenharia é qualquer sistema de elementos conectados, construído para
suportar ou transferir forças e resistir de forma segura às cargas a ele aplicadas.
Para determinar as forças internas a uma estrutura de engenharia, devemos desmembrá-la e
analisar os diagramas de corpo livre separados dos elementos individuais ou de combinações de
elementos.
Esta análise requer a aplicação cuidadosa da terceira lei de Newton.
O elemento básico de uma treliça plana é o triângulo. Três barras unidas por
pinos em suas extremidades, Fig. 4/3a, constituem uma estrutura rígida. O
termo rígido é usado para significar que a deformação dos elementos
devida às deformações internas induzidas é desprezível.
Por outro lado, quatro ou mais barras unidas por pinos para formar um
polígono com o mesmo número de lados constituem uma estrutura não
rígida.
Esta equação é uma condição necessária para estabilidade, mas não é uma
condição suficiente, já que um ou mais dos m elementos pode ser organizado de
forma a não contribuir para uma configuração estável da treliça como um todo. Se
m + 3 > 2j, existem mais elementos do que equações independentes e a treliça é
estaticamente indeterminada internamente com elementos redundantes
presentes. Se m + 3 < 2j, existe carência de elementos internos.
Condições Especiais
É comum encontrarmos diversas condições especiais na análise de
treliças. Quando dois elementos colineares estão sob compressão, como
indicado na Fig. 4/9a, é necessário adicionar um terceiro elemento para
manter o alinhamento dos dois elementos e prevenir flambagem. A
partir de um somatório de forças na direção y vê-se que a força F3 no
terceiro elemento deve ser zero, e que na direção x, F1 = F2.
Esta conclusão não
depende de θ e se os
elementos colineares
também estão sob tração.
Se uma força externa com
uma componente na
direção y fosse aplicada ao
nó, então F3 deixaria de ser
zero.
Quando dois elementos não colineares são unidos como mostrado na Fig. 4/9b, então, na
ausência de uma carga externa aplicada a este nó, as forças em ambos os elementos devem ser
zero, como podemos ver através dos dois somatórios de força.
Quando dois pares de elementos colineares estão unidos como mostrado na Fig. 4/9c, as forças
em cada par devem ser iguais e opostas. Esta conclusão deriva dos somatórios de força indicados
na figura.
É comum usar tirantes cruzados em painéis de treliças, como mostrado na Fig. 4/10a . Quando os
tirantes são elementos flexíveis incapazes de suportar compressão, tal como são os cabos, então
apenas o elemento em tração atua e podemos ignorar o outro elemento.
• Condições especiais.
Exemplo 4/1 - Calcule, pelo método dos nós, a força em cada
elemento da treliça em balanço carregada.
Para o nó B vem:
[σ Fy=0] -34641N Cos[Pi/6]+BC Cos[Pi/6]=0 -> BC=34641N C
[σ Fx=0] -34641N Cos[Pi/3]+BC Cos[Pi/6]+BD=0 -> BD=34641N T
Exemplo 4/1 – continuação
Nó C:
[σ Fy=0] CD Cos[Pi/6]-20000N-34641Cos[Pi/6]=0 ->
CD=54735N T
[σ Fx=0] –CE+17321N+34600N Cos[Pi/3]+CD Cos[Pi/3]=0 ->
CE=63509N C
Nó E:
[σ Fy=0] -DE Cos[Pi/6 ]+10000N=0 -> DE=11547N C
[σ Fx=0] DE Cos[Pi/3]-69282N+63509N=0 -> DE=11547N C
4/4 Método das Secções - Ao se analisar treliças planas
pelo método dos nós, consideramos as forças
concorrentes em cada nó.
No Método das Seções consideramos uma seção inteira
da treliça sob a ação de um sistema de forças não
concorrentes.
devem ser satisfeitas para qualquer secção da treliça. Como as duas equações vetoriais são
equivalentes a seis equações escalares, concluímos que uma seção não deve, em geral, passar
através de mais do que seis elementos cujas forças sejam desconhecidas. No entanto, o método
das seções para treliças espaciais não é muito usado porque raramente se encontra um eixo de
momento que elimine todas, exceto uma, das incógnitas, como no caso de treliças planas.
EXEMPLO 4/5 - A treliça espacial consiste num tetraedro rígido
ABCD ancorado por uma junta articulada em A e impedido de girar
em torno dos eixos x, y e z, pelas conexões 1, 2 e 3,
respectivamente. A carga L é aplicada ao nó E, que é preso
rigidamente ao tetraedro pelas três conexões adicionais. Calcule
as forças nos elementos do nó E e indique o procedimento para
determinação das forças nos elementos restantes da treliça.
R: A treliça está apoiada com seis restrições apropriadamente
colocadas, que são as três em A e as conexões 1, 2 e 3. Sendo m =
9 elementos e j = 5 nós, a condição m + 6 = 3j de suficiência de
elementos para formar uma estrutura não desmontável é
satisfeita. Começamos com um nó no qual atuem ao menos uma
força conhecida e não mais do que três forças incógnitas que,
neste caso, é o nó E. O diagrama de corpo livre do nó E está
mostrado com todos os vetores de força arbitrariamente
colocados em seus sentidos positivos de tração (saindo da junta).
Solve[{-L,0,0}+d{0,-3,-4}/5+c{-3,0,-4}/5+b{-1,-1,0}/Sqrt[2]==0,{b,c,d}]
Solve[{-L,0,0}+d{0,-3,-4}/5+c{-3,0,-4}/5+b{-1,-1,0}/Sqrt[2]==0,{b,c,d}]
4/6 Pórticos e Máquinas - Uma estrutura é denominada pórtico ou
máquina se ao menos um de seus elementos individuais é um elemento
multiforça. Um elemento multiforça é definido como aquele com três ou
mais forças atuando nele, ou aquele com duas ou mais forças e um ou
mais momentos atuando nele. Pórticos são estruturas projetadas para
sustentar cargas aplicadas e são normalmente fixos numa posição.
Máquinas são estruturas que contêm partes móveis e são projetadas
para transmitir forças ou torques de entrada para forças ou torques de
saída.
Como pórticos e máquinas contêm elementos multiforça, as forças nestes elementos não
estarão, em geral, nas direções dos elementos. Pelo contrário, nos métodos que se aplicam a
treliças simples compostas de elementos de barra consideram-se forças nas direções dos
elementos.