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Letras em dia, Português, 12.

° ano
Guia do Professor

Página 14

Letras prévias
1.1. a. Satisfação, saudades (das personagens), plenitude. b. Uma sensação de entusiasmo e de quase êxtase.
1.2. Exclamação interior de satisfação, fecho do livro, dúvida sobre o que fazer a seguir, vontade de partilhar a leitura.
1.3. (C)

Dossiê do professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo radiofónico

Página 15

Leitura • Gramática
1. O texto inicia-se com as metáforas do livro como «vela que ilumina por dentro» e «janela», sugestivas do seu potencial promotor de
conhecimento. Este tema, explorado nos parágrafos indicados, relaciona-se com a ideia de construção quotidiana do ser humano, ampliada
pela possibilidade que a leitura oferece de vivermos, pelos livros, experiências a que dificilmente acederíamos na realidade.
2. No penúltimo parágrafo, o autor critica a valorização, pelos leitores, de obras em que se reflitam e com que se identifiquem, prescindindo,
desse modo, da possibilidade de se confrontarem com situações em que não se reconhecem, mas cuja descoberta poderia enriquecê-los
enquanto pessoas.
3. O título remete para as possibilidades infinitas oferecidas pelos livros e pela leitura, que, dando-nos a conhecer realidades ilimitadas,
algumas das quais nunca poderíamos vivenciar doutro modo, nos tornam «próximos de não termos fim», ou seja, de podermos experimentar
tudo.
4. (C)
5. a. Modificador restritivo do nome. b. Sujeito. c. Predicativo do sujeito. d. Complemento do adjetivo.
6. a. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
b. Oração subordinada substantiva completiva.
7. Modalidade apreciativa.

Página 16

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. Powerpoint® com exemplo de texto.

Oralidade
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

PowerPoint®
Proposta de texto de opinião
Proposta de apreciação crítica

Página 17
Dossiê do professor
6. Projeto(s) de leitura
Sugestões de leitura

Avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Oralidade – Apresentação do Projeto de Leitura
Página 22

Contextualizar
Texto A
1. a. Nasceu em Lisboa a 13 de junho de 1888. Viveu a infância e juventude em Durban, na África do Sul, após a morte do pai e o segundo
casamento da mãe. Regressou a Lisboa no final da adolescência e aí se estabeleceu até ao final da sua vida, a 30 de novembro de 1835.
b. A morte do pai na infância, o apego à mãe, a relação próxima com a irmã.
c. Empregado de escritório e tradutor comercial.
d. Águia, Orpheu.
e. Mensagem.
f. Chevalier de Pas, Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Alberto Caeiro, Bernardo Soares.
g. poesia, ocultismo e astrologia.
h. Mário de Sá Carneiro, Almada Negreiros, Santa-Rita Pintor.
2. Resposta pessoal, salientando a sua multiplicidade criativa, materializada nos heterónimos.
3. Segundo Hugo van der Ding, os três artistas referidos ilustram a tendência portuguesa de não valorizar condignamente as suas figuras
artísticas de relevo, antes estimando publicamente sobretudo aqueles que se distinguem em áreas mais mediáticas, como o futebol.

Página 23
Sugestão: o site da Casa Fernando Pessoa, disponível em https://www.casafernandopessoa.pt/pt/cfp, constitui um excelente repositório da
bibliografia ativa e passiva significativa para o estudo da obra de Fernando Pessoa.

Texto B
4. (C)

Página 24

Texto C
5. A obra de Fernando Pessoa surge num contexto histórico e cultural marcado decisivamente pela instabilidade política, a nível nacional, e
por conflitos de diversa natureza, em termos internacionais (convulsões sociais, conflitos armados, regimes políticos autoritários).

Página 25

Textos D e E
6. – O Modernismo elege como temas o presente, associado à valorização, nas diferentes expressões artísticas, da técnica e da inovação, e,
ao mesmo tempo, o «eu» em crise de identidade.
– As revistas funcionaram como espaço de apresentação e experimentalismo do Modernismo português, divulgando os seus princípios
doutrinários e textos ilustrativos.
Sugestão: O Modern!smo – Arquivo virtual da Geração de Orpheu apresenta uma base de dados relevante e útil para a abordagem das revistas,
dos autores e das obras ligados ao Modernismo português. Está disponível em https://modernismo.pt/

Página 26

As Aprendizagens Essenciais indicam, no âmbito do estudo da poesia de Fernando Pessoa ortónimo, a leitura de seis poemas. Apresentam-se
nesta sequência textos em número superior ao indicado, integrados nas diferentes rubricas de interpretação e de apoio ao trabalho autónomo dos
alunos, possibilitando-se percursos diferenciados e escolhas adequadas às características das turmas e/ou a atividades de natureza
interdisciplinar.

Texto F
7. a. Temas: o tédio, a dor, a saudade, o ceticismo, a esperança, a identidade, a inconsciência, a felicidade, o amor, o coração, a angústia, a
sinceridade e o fingimento, a missão a cumprir, a evasão, o sonho, a razão e a loucura, o pensamento e a ilusão, a solidão da alma, a viagem, a
verdade, a indiferença, o cansaço, o tempo, o destino, a sorte, a morte, a nostalgia da infância e o fingimento literário.
b. Simplicidade formal, inspiração na poesia tradicional portuguesa, com predomínio da quadra e da quintilha, da redondilha maior e de rimas
externas e internas.
c. Musicalidade, linguagem sóbria, pontuação emotiva, riqueza estilística (comparações, metáforas, adjetivação).

Sugestão: No site do projeto Estranhar Pessoa (http://estranharpessoa.com/) é possível encontrar os diversos números da revista com o mesmo
nome, dedicada ao estudo da obra de Pessoa e dos heterónimos.
Página 27

Letras prévias
1. A palavra «autógrafo», de origem grega, é constituída pelos radicais «auto-», com o valor de «próprio», e «grafo-», com o valor de «escrita».
2.1. O título do poema acrescenta o radical «psico-», que exprime a ideia de espírito, alma. Assim, «autopsicografia» será um autorretrato espiritual
escrito, um registo escrito sobre a maneira de ser do sujeito poético.
2.2. Atendendo ao elemento «auto-», o título parece anunciar um texto redigido na primeira pessoa. Contudo, ao longo do poema, é usada
a terceira pessoa gramatical, já que o sujeito lírico se dedica a tecer considerações de carácter abrangente sobre a construção poética
que, conforme o título anuncia, se aplicam a si próprio também. O uso da terceira pessoa confere às suas afirmações uma universalidade e um
distanciamento que a primeira pessoa impossibilitaria.

Página 28

Educação Literária
1. (a) 1.; (b) 2.; (c) 1.; (d) 2.
2. (a) Dor sentida (real). (b) Dor fingida. (c) Dor lida.
2.1. 1 – Sentimento; 2 – Intelectualização; 3 – Interpretação.
3. A metáfora aproxima as duas entidades envolvidas no processo de criação poética, em que se concretiza o fingimento (a «razão» e o
«coração»). Tal como o comboio de corda é continuamente guiado pelas calhas, assim o coração (fonte dos sentimentos e das emoções)
deve ser, segundo a teoria enunciada nas estrofes anteriores, orientado pelo pensamento, que condiciona a sua expressão verbal. O
coração sente e o pensamento intelectualiza o que é sentido, racionalizando-o. O movimento circular dos carris, que obriga à contínua
rotação do comboio e à adoção de um rumo obrigatório, sugere a constante inter-relação e a íntima dependência entre ambos, tal como
acontece com a razão e a emoção humanas.

Página 29

Gramática
1. Modalidade epistémica com valor de certeza e modalidade deôntica com valor de obrigação.
2. a. Modificador (do grupo verbal). b. Complemento direto. c. Complemento agente da passiva. d. Complemento do nome.
3. Coesão interfrásica.

À letra
1. a. entretinham.
b. entretenham.
c. entretive.

Página 30

Educação Literária
1. a. Em «Isto», o sujeito lírico concretiza na sua própria pessoa e na sua prática poética as considerações que desenvolvera, de modo
geral, sobre a construção lírica em «Autopsicografia».
b. Serve-se agora da primeira pessoa («finjo», «minto», «escrevo», «Eu», «sinto», «uso», «sonho», «passo», «meu»), já que aplica à sua situação
individual as declarações genéricas que efetuara sobre a poesia e a figura do poeta.
2. a. Verdadeira.
b. Falsa. Através do advérbio («Não»), no verso 2...
c. Falsa. No verso 3, o advérbio reforça a ideia de naturalidade dos princípios poéticos de Pessoa...
d. Falsa. A presença da comparação, na segunda estrofe...
e. Verdadeira.
f. Falsa. A interrogação retórica do último verso conclui e reforça as explicações do sujeito poético, antecipando novas dúvidas dos outros
face à sua teoria do fingimento.
3. O poema constitui uma espécie de resposta poética aos que, provavelmente na sequência de «Autopsicografia» e falhando na
interpretação deste poema, acusavam o autor de mentir nos poemas que escrevia. A esses, o poeta parece querer responder que a sua
teoria criativa é simples e apenas «Isto».

Página 31

Em destaque
1. Exemplos de palavras: «inteligência» (l. 1), «imaginação» (l. 1), «fingir», (l. 3), «filtra» (l. 5), «sinceridade» (l. 8), «construção» (l. 14).

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.
Dossiê do professor
3. Fichas de Escrita
Apreciação crítica

PowerPoint®
Apreciação crítica
Proposta de apreciação crítica
Avaliação
Fichas de Escrita
Apreciação crítica
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita
Apreciação crítica
Grelha de autoavaliação da Escrita

Página 32

Letras prévias
1.1. O gato representa o consolo e o conforto do sujeito poético, quando «tudo corre mal».
1.2. O «orgulho felino» descrito na canção remete para a aparente indiferença do gato e para a sua capacidade de contenção das
emoções que o sujeito poético acredita existirem nele.

Educação Literária
1. Através da apóstrofe, o sujeito poético aproxima-se da entidade que admira – o gato – e caracteriza-a usando uma comparação. Destacando
o facto de se comportar «na rua», ou seja, no exterior e no contacto com os outros, com a mesma naturalidade com que estaria «na cama»,
o sujeito poético realça a ausência de convenções na atuação do gato, que vive apenas segundo a sua vontade e os instintos próprios de
animal irracional.
2. A inveja do sujeito poético prende-se com a irracionalidade do gato, que, agindo apenas por «instintos gerais» (v. 7), seguindo as «leis
fatais» (v. 5), nem reconhece a «sorte» que lhe coube (vv. 3-4). Desse modo, «Todo o nada» que o gato é, porque não pensa no que é, lhe
pertence, já que depende exclusivamente do que sente. O gato é motivo de inveja por, na tensão sentir/pensar, viver em ligação com o
primeiro polo, algo que o sujeito poético pessoano não consegue.
3. Os dois últimos versos do poema remetem, conforme a primeira pessoa gramatical evidencia, para a situação particular do sujeito poético,
que contrasta com o gato, por não se conhecer e dominar completamente, uma vez que transforma permanentemente as suas emoções
em pensamentos. Por isso, ao contrário do gato (v. 10), sente-se estranho face a si mesmo.
4. O poema é constituído por três quadras de versos heptassilábicos (redondilha maior) e com rima cruzada (a b a b).

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do tema musical

Áudio
Tema musical Orgulho felino

Página 33

Educação Literária
1. A ceifeira, vista como «pobre» (v. 1), canta, com uma «voz» «alegre», e, na perspetiva do sujeito poético, parece «feliz», «como se tivesse
/ Mais razões p’ra cantar que a vida» (vv. 11-12). É associada ao «campo» e à «lida» (v. 10) e a sua canção atrai e envolve o «eu» lírico (vv.
5-8).
2.1. (A)

Página 34

2.2. (D)
3. O sujeito poético expressa o desejo de receber na sua alma o canto da ceifeira (vv. 15-16), deixando-se inspirar pela sua simplicidade e
espontaneidade. Manifesta também a vontade (de impossível concretização) de conseguir, em simultâneo, a «alegre inconsciência» (v. 18)
da mulher, com «a consciência disso!» (v. 19), numa aspiração que denuncia a sua constante tensão entre o sentir e o pensar.
4. O poema explora a dicotomia sentimento/pensamento através da descrição e elogio da ceifeira, com a qual o sujeito poético se
confronta. Ao contrário da figura feminina, ele não consegue viver «sem razão» (v. 13) e «sente» constantemente «pensando» (v. 14). Por
isso, interpelando diretamente os elementos naturais («céu», «campo», «canção»), o «eu» confessa-lhes que a «ciência», o conhecimento,
«pesa tanto» numa «vida» «tão breve» e, face à dor que sente, expressa o seu desejo de se fundir com a Natureza.
Gramática
1. (C)
2. (D)
3. (C)
4. (B)

QuizEV
Dêixis

Página 35

Oralidade
1.1. No início do texto, confronta-se o «trabalho braçal» com o «esforço intelectual», em termos de nível de cansaço produzido por cada um
deles.
1.2. As referências ao estudo permitem confirmar, com recurso a dados científicos, a existência do cansaço cerebral, muitas vezes
questionado. Deste modo, contribui para a fundamentação do tema («pensar cansa»).
1.3. A «fadiga cerebral» consiste num mecanismo autorregulador do cérebro humano, que lhe permite preservar a integridade do seu
funcionamento. Através da sinalização do cansaço, é possível proteger o cérebro da fadiga extrema e do colapso.
2. Resposta pessoal.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo radiofónico

Página 36

Letras prévias
1.1. As andorinhas representam a liberdade, por contraste com as limitações impostas pelas «longas filas» vividas nos meios humanos e
associam-se ao desejo de evasão expresso pelo «eu» no refrão.
1.2. As falas em discurso direto reproduzem os conselhos transmitidos pela mãe da andorinha e do «eu» enunciador sobre a melhor forma
de aproveitar a vida.
1.3. Logo a partir do título, o poema de Pessoa anuncia a temática da liberdade. Esta concretiza-se na recusa de situações normativas e
intelectualmente exigentes e na apologia da simplicidade e da espontaneidade, também presentes no tema musical de Ana Moura e
associada às andorinhas.

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do tema musical
3. Fichas de Escrita
Exposição sobre um tema

Áudio
Tema musical Andorinhas
PowerPoint®
Exposição sobre um tema
Avaliação
Fichas de Escrita – Exposição sobre um tema
Rubrica e grelhas de avaliação da Escrita – Exposição sobre um tema

Página 37

Em destaque
1. A dor de pensar envolve:
– «um estado emotivo perturbado e insatisfeito»;
– a incapacidade de verdadeiramente sentir;
– a recusa da interrogação e da intelectualização dos sentimentos;
– uma autoconsciência extrema.
2. O «eu» enunciador da canção vive «sempre em supervisão de si e em contínuo processo de autoanálise. O excesso de
«autoconsciência» fá-lo estar sempre «à espreita», controlando todos os seus movimentos. A sua «luta» por deixar de estar sempre «alerta,
atento» aproxima-se do desejo manifestado na poesia de Fernando Pessoa ortónimo de se libertar da dor de pensar e de poder simplesmente
sentir, tal como no tema musical o «eu» revela a vontade de ser «leve», dançar e cantar, sem (auto)constrangimentos.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do tema musical

Áudio
Tema musical Talvez se eu dançasse

Página 38

Letras prévias
1.1. Trata-se de um lugar só existente no plano da imaginação, que subverte a realidade e que corresponde a uma fuga possível a essa
realidade.
1.2. Resposta pessoal.
1.3. Confronto das respostas dadas, eventualmente associando o sonho a realidades agradáveis, com o «sonho triste» (por ser
impossível) apresentado no primeiro verso do poema.

Página 39

Educação Literária
1. Ao longo do poema, descreve-se um «país» imaginado, que existe apenas «em sonho triste» (v. 1) e como resposta aos «desejos» (v. 2)
do sujeito poético. Trata-se de um espaço sem existência real, acessível apenas nos momentos de «longínquo divagar» (v. 15).
2. (A)
3. De acordo com a segunda estrofe, a experiência da passagem do tempo é marcada pela espontaneidade ou inconsciência – «Vive-se
como se nasce / Sem o querer nem saber» (vv. 6-7) – e pela renovação cíclica da vida – «O tempo morre e renasce / Sem que o sintamos
correr.» (vv. 9-10). Deste modo, tratando-se de um tempo circular, não-linear, não há consciência da sua passagem.
Nota: Questão 3. e respetivo cenário de resposta adaptados do Exame Final Nacional do Ensino Secundário, 2015, Época Especial, IAVE.
4. A metáfora, associando a existência no país onírico a uma «infância» ilimitada, resume o ambiente de felicidade e de ingenuidade que o
sujeito poético imagina, num espaço/tempo marcado pela ausência de pensamentos e pela inocência próprios da meninice.

Em destaque
1. (C)

Página 41

Em relação
1. O momento do sonho é apresentado, no Texto A, como a «hora calma» (v. 2) vivida durante o sono, quando o «pensamento esquece o
pensamento» (v. 3) e, por isso, o sujeito poético pode simplesmente sentir («Durmo sentindo-me», v. 2). Já no Texto B, o sonho corresponde
a um momento de agitação, provocada pelo «bando» (v. 3) turbulento de «visões» (v. 1) e «pensamentos» (v. 2) que fazem o sujeito poético
sentir-se, como sintetiza o título, «no turbilhão».
2. (a) 1.; (b) 2.; (c) 3.; (d) 1.
3. O poema de Fernando Pessoa termina com uma apóstrofe ao «Coração de ninguém» (v. 12). Depois de, nas duas primeiras quadras,
ter refletido sobre a sua existência e assumido o «erro» (v. 5) que a consciência dessa existência configura, no final do texto interpela
diretamente o seu coração, aconselhando-o a manter-se a dormir, por ser esse o único meio de fugir ao pensamento e à angústia
existencial. No soneto de Antero de Quental, o sujeito poético elege como interlocutores os «fantasmas» (v. 9) que ocupam a sua alma e que
reiteradamente interpela, nos versos 9 a 13, para expressar de forma atormentada a visão disfórica da sua pessoa. Assim, em ambos os
textos, a existência de interlocutores propicia o desabafo emotivo do sujeito poético sobre o desconhecimento do seu «eu».

Ponto de encontro
1. Antero de Quental e Fernando Pessoa partilham a temática da angústia existencial, decorrente de uma reflexão sobre a vida e os seus
anseios. Meditam sobre o que vivem e entristecem-se como consequência dessa análise.
2. A animação ilustra as duas grandes linhas temáticas da poesia de Antero de Quental. Por um lado, encena a existência de uma
lâmpada que, «apagada», sem brilho e triste, procura integrar-se no grupo – o ideal normalizado. Falhando nesse objetivo, entrega-se à
angústia, até se identificar com um novo modelo de existência.

Dossiê do professor
3. Fichas de Educação Literária
Antero de Quental, Sonetos Completos
Avaliação
Fichas de Educação Literária
Antero de Quental, Sonetos Completos

Página 42

Educação Literária
1. O poema configura uma breve narrativa, uma vez que explora o tema da nostalgia da infância através da recriação de um momento de
brincadeira entre avô e neto. As duas personagens, as suas ações e as suas falas permitem ao sujeito poético-narrador descrever uma breve
situação ilustrativa dos valores simbólicos associados à infância.
2. É possível delimitar dois momentos: as três primeiras estrofes centram-se na reação emotiva do avô, ao ver «o neto a brincar» (v. 1). As três
seguintes focam essencialmente o neto e a naturalidade da sua brincadeira e das suas palavras.
3. O avô, «ao ver o neto a brincar» (v. 1), sente uma tristeza motivada pelas saudades do seu tempo de criança, quando se encontrava na
mesma situação, e deseja poder voltar a esses momentos (vv. 3-6). Ao recordar essa época passada, relembra igualmente a tristeza mais
inocente que então vivia, causada pela desconstrução dos seus castelos de brincar. Associam-se, assim, uma tristeza presente relativa ao
passado e a recordação de uma tristeza vivida nesse passado.
4. A fala do neto revela a inocência típica das crianças, ao justificar o choro do avô com base no que vê: a queda da construção. Deste modo,
confirma a ligação simbólica da infância a um tempo de ingenuidade, ainda não dominado pela complexidade interior do ser humano.
5.
Ao/ver/o/ne/to a/brin/car
1 2 3 4 5 6 7
Diz/o a/vô/en/tris/te/ci
1 2 3 4 5 6 7
«Ah/quem/me/de/ra/vol/tar
1 2 3 4 5 6 7
A es/tar/a/ssim/en/tre/ti
1 2 3 4 5 6 7
Redondilha maior.

Página 43

Aprender e praticar Gramática


1. (A) «à inconsciência».
(B) «da realidade»; «do sonho do “eu”».
(C) «que o presente é doloroso».

Dossiê do Professor
2. Teste e Questões de aula
Funções sintáticas
3. Fichas de gramática
Funções sintáticas

PowerPoint®
Funções sintáticas
QuizEV
Complemento do advérbio
Avaliação
Questão de aula e Ficha de gramática
Funções sintáticas

Página 46

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.
Temas possíveis: trabalho infantil; dependência do digital; perigos da internet e das redes sociais; guerra; migrações; casamento infantil;
práticas culturais violentas (mutilação genital feminina); alimentação e obesidade; influência da publicidade e fast food; doenças mentais.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Escrita
Texto de opinião
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Texto de opinião
Grelha de autoavaliação da Escrita

PowerPoint®
Texto de opinião
Proposta de texto de opinião
Avaliação
Fichas de Escrita – Texto de opinião
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Texto de opinião
Grelha de autoavaliação da Escrita

Página 47

Em destaque
1. A infância, remetendo para um tempo em que se vive sobretudo pelas emoções, corresponde a um período pouco ligado às atividades
mentais. Assim, ligando-se à inconsciência, na poesia do ortónimo, equivale simbolicamente à época de que está ausente a dor de pensar e
ocorre como alternativa ao presente de sofrimento e de constante intelectualização.

Página 49
Leitura • Gramática
1. (D)
2. (B)
3. (C)
4. (B)
5. (A)
6. (B)

Dossiê do professor
2. Teste e Questões de aula
Questões de aula Leitura e Gramática
3. Fichas de Leitura
Apreciação crítica

PowerPoint®
Apreciação crítica
Avaliação
Questão de aula e Fichas de Leitura
Apreciação crítica

Página 50
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Fernando Pessoa ortónimo
3. Fichas de Educação Literária
Fernando Pessoa ortónimo

PowerPoint®
A poesia de Fernando Pessoa ortónimo
Kit Exame em dia

Página 51

Contextualizar
Textos A e B
1. A forma verbal «outrou-se» atualiza o sentido do elemento «hetero-», uma vez que remete para a forma como Pessoa disseminou a sua
produção literária por outras e diferentes figuras.
2. «os seus muitos “eus” alternativos»; «autores que Pessoa criou e biografou»; «autores fictícios»; «entes verdadeiros»; «entes fictícios».
3. A elevada exigência de Pessoa, que o impedia de atingir a perfeição e, por isso, o conduzia à dispersão, a novas experiências; a capacidade
de se colocar inteiramente no lugar do outro e, em simultâneo, a capacidade de se alhear das suas emoções; a tendência constante para o
jogo, mantida na idade adulta.
Sugestão: A propósito da heteronímia, sugere-se a audição do episódio 6 («Sou imenso, em mim habitam multidões») do documentário
radiofónico Não sei o que o amanhã trará – um passeio sonoro na Lisboa de Fernando Pessoa, de Sofia Saldanha, acessível em
https://fernandopessoatour.com/

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo vídeo

Página 54

Texto C
4. a. Linhas 7-26.
b. Linhas 26 a 76.
c. Linhas 77-90.
5. (a) 1889, em Lisboa.
(b) 1915.
(c) Sem profissão e apenas com a «instrução primária».
(d) Estatura média; frágil; sem barba; louro e de olhos azuis.
(e) Paganismo e bucolismo.
(f) 1887, no Porto.
(g) Não especificada.
(h) Educado num colégio de jesuítas, médico.
(i) Sem barba, «moreno mate» (l. 66), mais baixo e mais forte do que Caeiro, seco.
(j) Inspiração clássica, paganismo.
(k) 1890, em Tavira.
(l) Não especificada.
(m) Formação em engenharia mecânica e naval na Escócia, engenheiro naval.
(n) Sem barba, «entre branco e moreno, tipo vagamente de judeu português» (ll. 66-67), cabelo liso, com monóculo.
(o) Impulsividade.

Página 55

As Aprendizagens Essenciais indicam, relativamente à poesia de Alberto Caeiro, a leitura de dois poemas. Apresentam-se nesta sequência
textos em número superior ao indicado, integrados nas diferentes rubricas de interpretação e de apoio ao trabalho autónomo dos alunos,
possibilitando-se percursos diferenciados e escolhas adequadas às características das turmas e/ou a atividades de natureza interdisciplinar.

Contextualizar
Texto A
1. (B)
Texto B
2. A natureza, o ambiente rural; o ideal de vida pastoril, rústica. A simplicidade da vida em contacto com o espaço campestre.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo radiofónico

Página 56

Educação Literária
1. (B)
2. O verso sintetiza o processo de conhecimento defendido por Caeiro: o contacto direto com a realidade. Assim, comer um fruto equivale
a conhecer o seu sabor, o que, tratando-se de uma sensação imediata, corresponde também a apreender/saber o sentido da sua existência.
Perceber o mundo exterior é possível, de forma cabal, segundo o sujeito poético, através da sua experimentação empírica.
3. O sujeito poético assume-se «triste» (v. 10) por se surpreender a «gozar tanto» o «dia de calor» (v. 9), ou seja, a interpretar mentalmente os efeitos
da realidade sobre a sua pessoa. Esse estado de espírito altera-se no momento em que substitui a perceção intelectual do prazer pela ligação direta
com o mundo exterior (v. 13) e esse contacto lhe permite conhecer «a verdade» e sentir-se «feliz» (v. 14).
4. Os últimos dois versos constituem a declaração do sensacionismo como única forma de conhecimento autêntico, ligado à natureza e
fonte de felicidade. Esta é diretamente proporcional, segundo o «eu» lírico, ao contacto direto com a realidade, sendo o «corpo» o único
meio de acesso à «verdade». Trata-se de um exemplo da afirmação caeiriana da supremacia do sentir sobre o pensar.
5. A recusa de tudo o que ultrapasse a espontaneidade e a simplicidade da natureza encontra correspondência na irregularidade estrófica,
métrica e rimática do poema, que evidencia a recusa de quaisquer convenções.
Página 57

Em destaque
1. a. bucolismo: «tónica na vertente bucólica e instintiva» (ll. 1-2);0 «Caeiro pretende ser o “descobridor da Natureza”» (ll. 4-5); «O espaço de
existência de Caeiro é o campo» (l. 12)
b. sensacionismo: «O conhecimento chega apenas pelo olhar puro» (ll. 8-9); «Alberto Caeiro é o poeta que cultiva as sensações» (l. 10)
c. objetivismo: «universo poético [...] linear, sem profundidade, despojado de toda a subjetividade de sentido.» (ll. 3-4); «As coisas são o que
são, resumem-se à sua aparência» (l. 6); «Para Caeiro, o mundo é claro, evidente, simplesmente é» (ll. 7-8); «afirma um pensamento que nega
as ilusões e os excessos da modernidade» (ll. 13-14); «o estilo de Alberto Caeiro é feito de [...] espontaneidade» (ll. 14-15).
d. antimetafísica: «negando que a natureza tenha significados ocultos» (ll. 5-6); «ao poeta cabe aceitá-las como elas são, sem pensar» (ll. 6-7);
«filosofia de vida feita de simplicidade e de naturalidade» (ll. 11-12)

À letra
1.1. conceção; concessão.

Página 60

Educação Literária
1. As interrogações retóricas traduzem a sua estranheza ou indiferença face a uma interpretação metafísica da realidade, da qual se distancia
e que resulta da sua identificação com a natureza: se o «rio» e a «árvore» (v. 4) existem sem conhecer uma sua hipotética dimensão oculta,
assim o «eu», que é parte integrante da mesma realidade natural (v. 5), também nega o conhecimento de qualquer «mistério» e existe sem o
conhecer.
2. O sujeito poético ri-se dos «homens» que «pensam» nas coisas, desvalorizando e rejeitando um conhecimento da realidade assente em
processos intelectuais. Contudo, para chegar a essa reação, recorre ao mesmo vício que censura, pois assume que se entrega ao pensamento
(«penso», v. 6).
3. (A)
4. O sujeito poético sintetiza o motivo da sua recusa em interpretar de modo metafísico a realidade e a sua defesa do sensacionismo como
forma privilegiada de conhecer o mundo. Uma vez que as coisas não têm qualquer «significação» para além da sua dimensão física, elas devem
ser apreendidas simplesmente por meio dos «sentidos» (v. 15). Assim, na última estrofe, o «eu» enunciador reafirma o primado das sensações (v.
15) e reforça a apologia do objetivismo.
5. O poema apresenta irregularidade estrófica: é constituído por quatro estrofes com um número variável de versos. Apresenta também
irregularidade métrica, pois os versos têm um número variável de sílabas métricas. Constata-se ainda a ausência de rima, já que todos os
versos, à exceção dos versos 13-14, são brancos.

Página 61

Oralidade
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Ponto de encontro
1. Tal como na poesia de Alberto Caeiro, em que o sujeito poético se assume como parte do mundo natural, nas cantigas de amigo a natureza
assume um papel relevante, como cenário e confidente.
2. A natureza é representada enquanto espaço tranquilo e harmonioso, propício à reflexão da donzela e à expressão do seu estado emocional.
Inspirada pelos ritmos e ambientes naturais, a amiga vê a natureza como espaço «seguro» para «novas aventuras».
3. Nas cantigas de amigo, predomina um ambiente natural, no qual se movem protagonistas ligados ao espaço rural e ao ambiente doméstico
e familiar (amiga, amigo, mãe e amigas) e de algum modo ligados ao sentimento amoroso manifestado pela donzela. Já nas cantigas de amor,
o ambiente privilegiado é o que se associa ao espaço aristocrático da corte. Aí o trovador expressa, de forma convencionada, o seu amor pela
senhor. As cantigas de escárnio e maldizer, pela sua dimensão satírica, fazem incidir as suas críticas sobre diferentes figuras ou situações,
frequentemente apresentadas de modo caricatural.

PowerPoint®
Apreciação crítica
Proposta de apreciação crítica

Página 62

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Escrita
Exposição sobre um tema
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita
Exposição sobre um tema
Grelha de autoavaliação da Escrita

PowerPoint®
Exposição sobre um tema
Proposta de exposição
Avaliação
Fichas de Escrita
Exposição sobre um tema
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita
Exposição sobre um tema
Grelha de autoavaliação da Escrita

Página 63

Em relação
1. No poema de Alberto Caeiro, a palavra «terra» remete tanto para o planeta em que vivemos (v. 1) como para uma localidade específica,
associada à «aldeia» do sujeito poético. Em ambos os casos, o termo permite a valorização do espaço natural, em que é possível «olhar
para longe de todo o céu» (v. 8), ao contrário do que acontece nas «cidades» (v. 5), que «fecham a vista à chave» (v. 7) e, por isso, limitam
o conhecimento humano. No poema de Jorge de Sena, a palavra «terra» designa o local descrito ao longo do texto, que coincide com uma
cidade, onde efetivamente «não há terra» (v. 1), enquanto parte do solo cultivável e predominante em espaços rurais. Esse local é
gradualmente apresentado por contraste com um ambiente natural.
2. No Texto A, a «cidade» (v. 7), caracterizada por confronto com a «aldeia» (v. 1) em termos de amplitude de visão que permite, é vista como
limitadora. Ao impedir o contacto visual com a natureza (vv. 7-8), leva à pequenez e à pobreza (vv. 9-10) dos homens, que, por essa razão,
conhecem pouco. No Texto B, a perspetiva disfórica da cidade é desde logo anunciada pelo título, que remete para a artificialidade
predominante no espaço em que não se destacam elementos naturais. A «terra» urbana distingue-se também pela impessoalidade.
3. (a) 1.; (b) 2.; (c) 3.
Sugestão: Para abordar os significados de «Inefável», pode ouvir-se a emissão do programa Palavra do dia (Antena 1) dedicada ao
vocábulo, disponível em https://www.rtp.pt/play/p1756/e545944/palavra-do-dia

Página 64

Gramática temática
1.1. Em momentos-chave da nossa existência, se não forem as rosas a sustentá-los, nem o pão lhes servirá.
1.2. Complemento direto e complemento indireto, respetivamente.
2. (B)
3. Complemento direto.

Dossiê do professor
3. Fichas de gramática
Distinguir Funções sintáticas dos pronomes pessoais
Avaliação
Fichas de gramática
Distinguir Funções sintáticas dos pronomes pessoais

Página 65

Leitura
1. A metáfora destaca, por um lado, a importância da «viagem mensal a Coimbra» para o narrador então criança, que a antecipava e vivia com
«entusiasmo (l. 10). Realça também, por outro lado, as exigências envolvidas no percurso, relacionadas com a distância e a duração,
condicionada pelas circunstâncias atmosféricas. Assim, na perspetiva da criança, a viagem envolvia desafios que, a uma escala pessoal, se
assemelhariam às aventuras coletivas dos navegadores de Vasco da Gama.
2. O título apresenta a perspetiva do autor sobre o «rio», que situa no «centro do mundo» por motivos afetivos, ligando-o à sua cidade-natal, e
por se associar a um dos momentos mais significativos da vida familiar na infância – «a viagem mensal a Coimbra», que seguia o seu curso.
Ao relatar essa viagem, conjugando uma dimensão narrativa e uma dimensão descritiva, o narrador serve-se de um discurso pessoal,
marcado pelo uso da primeira pessoa, e recorre ao rio como metáfora da sua própria existência na infância, quando, no passeio mensal de
«sábado à tarde» (l. 11), acompanhando o curso do rio, se sentia também ele o centro do mundo familiar.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Leitura
Relato de viagem
PowerPoint®
Relato de viagem
Avaliação
Fichas de Leitura
Relato de viagem

Página 66
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Alberto Caeiro
3. Fichas de Educação Literária
Alberto Caeiro

PowerPoint®
A poesia de Alberto Caeiro
Kit Exame em dia

Página 67

As Aprendizagens Essenciais indicam, no âmbito do estudo da poesia de Ricardo Reis, a leitura de três poemas. Apresentam-se nesta
sequência textos em número superior ao indicado, possibilitando-se percursos diferenciados e escolhas adequadas às características das
turmas e/ou a atividades de natureza interdisciplinar.
Outros poemas de Ricardo Reis:
«Não tenhas nada nas mãos» – p. 187
«Saudoso já deste verão que vejo» – p. 293

Contextualizar
Texto A
1. (a) Inspiração na natureza. (b) Horácio; Epicurismo; Estoicismo. (c) Ode.
(d) Inspiração na natureza; recusa do «pensamento cristão» (l. 7); existência calma e «sem sofrimento» (l. 8); conceção determinista da vida –
aceitação do destino; recusa do mundo moderno; rejeição da religião cristã – defesa de um novo paganismo.

Página 68

Letras prévias
1.1. a. O sujeito enunciador, apaixonado, dirige-se à pessoa amada, convidando-a a partilhar com ele momentos de ócio e de paixão.
b. A relação entre o «eu» e o «tu» é concebida de forma íntima, assente na perspetiva de um intenso envolvimento amoroso, inclusivamente
de natureza física.
1.2. Embora tenha em comum com a canção de Nuno Lanhoso o facto de apresentar um sujeito poético que dirige um convite a uma figura
feminina pela qual aparenta nutrir algum sentimento, o poema de Ricardo Reis distingue-se do tema musical no modo como se desenvolve
esse convite, pois o mesmo é desfeito e o «eu» rejeita qualquer ligação (física ou emotiva) com a interlocutora.

Áudio
Tema musical Nem desgosto do amor

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do tema musical

Página 69

Educação Literária
1. (a) Sentar-se junto ao rio e observar o seu curso (vv.1-2).
(b) Enlaçar as mãos (v. 4).
(c) Desenlaçar as mãos (v. 9).
(d) O esforço é inútil e não impede a passagem da vida (vv. 9-10).
(e) Vivência tranquila e sossegada (vv. 17 e 21-24).
(f) Abdicação do envolvimento (vv. 17-20).
(g) Antecipação e aceitação.
1.1. 1.ª parte – B
2.ª parte – D
3.ª parte – A
4.ª parte – C

Página 70

2. A repetição da preposição «sem» (vv. 12 e 13), da conjunção «nem» (vv. 13-15) e do advérbio «não» (vv. 9 e 10) concorre para intensificar
a ideia de recusa, introduzindo a enumeração dos sentimentos e das ações que se rejeitam, em prol da tranquilidade desejada.
3. Os eufemismos usados para referir a morte («se for sombra antes», v. 25, e «se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio», v.
29), contribuem para a sua apresentação como algo leve e natural, que corresponde ao curso inexorável da natureza e da vida. O sujeito poético
perspetiva a morte segundo uma conceção clássica. Aceita-a e defende que se deve chegar a ela sem apego a nada (vv. 27-28), para que o
sofrimento não seja tão penoso (vv. 26 e 30). De acordo com os preceitos estoicos e epicuristas, a morte não trará sofrimento se a vivência não
fizer «sofrer» (v. 30).
4.1. (B)
4.2. (C)

Gramática
1. O pronome ocorre em mesóclise, no interior da forma verbal, por esta se encontrar no futuro simples do indicativo.
1.1. a. Ainda te lembrarás de mim depois.
b. Lembraste-te de mim depois.
2. «do que eu» (v. 29).
3. a. Sujeito.
b. Complemento direto.
c. Complemento oblíquo.
d. Complemento direto.
4. a. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva – Modificador restritivo do nome.
b. Oração subordinada adverbial condicional – Modificador.

Página 71

Oralidade
1.1. e 2. Resposta pessoal.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Oralidade
Debate
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Oralidade
Debate
Grelha de autoavaliação da Expressão oral formal

PowerPoint®
Debate
Avaliação
Fichas de Oralidade
Debate
Rubrica e grelhas de avaliação da Oralidade

Página 72

Educação Literária
1. Os dois pontos assinalam uma intenção explicativa. Depois da descrição, nessa estrofe, do «quadro» em que o sujeito poético encena o
momento da morte, ele dedica-se, nas restantes, à elucidação da importância de adotar uma filosofia que permita decorrer a vida e chegar ao
seu fim da forma livre e plácida apresentada na primeira quadra.
2. (C)
3. Entre o «nós» (sujeito poético e Lídia) e os «homens», existe uma relação de oposição. O «nós» é representado numa atitude de inércia, de
ausência de movimento e sugestiva de ataraxia, de quietude tranquila e até de abandono (vv. 3-6) e de mera contemplação do mundo,
enquanto exemplo dos que «nada mais pretendem / Que ir no rio das coisas» (vv. 15-16), aceitando o fluir inevitável do tempo. Essa
perspetiva face à existência contrasta com a ideia de «vida / Como os homens a vivem» (vv. 9-10), marcada pelo movimento e pela agitação,
pela perturbação insinuada pela metáfora da «negra poeira» que se desprende das suas vivências, como «das estradas» (v. 12), sugestiva do
carácter negativo de uma vida preenchida por atos e desassossegos perturbadores, que nada acrescentam de positivo.
Página 73

4. Na última quadra evidencia-se a consciência da irreversível passagem do tempo, representada na metáfora do rio, sugestiva da vida como
curso inexorável. Assim, do reconhecimento da fugacidade da existência e da impotência face à morte decorre a aceitação pacífica da finitude
da condição humana e a atitude de renúncia e abdicação voluntárias (v. 15), com a preferência pelo momento presente.
5. (a) 2.; (b) 3.; (c) 1.

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Escrita
Apreciação crítica
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita
Apreciação crítica
Grelha de autoavaliação da Escrita

PowerPoint®
Apreciação crítica
Proposta de apreciação crítica
Avaliação
Fichas de Escrita
Apreciação crítica
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita

Página 76

Em destaque
1. (B)

Página 77

Letras prévias
1.1. A ação da curta-metragem centra-se nas rotinas matinais de um protagonista extremamente rigoroso nos seus hábitos. Esse homem, depois
de ter sido morto num atropelamento, revive sucessivamente a mesma manhã, quer enquanto ator da sua vida quer como observador externo,
que procura evitar a repetição dos acontecimentos que conduziram à sua morte. Nessa tentativa, abandona a exigência que o caracterizava
e torna-se menos meticuloso.
1.2. Resposta pessoal, salientando a ideia popular associada à «força do destino» e/ou a presença do destino em obras já conhecidas (Frei
Luís de Sousa, Os Maias).
1.3. O modo como o protagonista reage à possibilidade de inverter o seu destino, procurando esforçadamente impedir um desenlace fatal,
contrasta com a atitude de aceitação expressa no poema de Ricardo Reis.

Educação Literária
1. Segundo o sujeito poético, cada ser humano vive, concretiza um destino («cumpre o destino») que lhe cabe e que lhe está de antemão
reservado («que lhe cumpre»). Assim sendo, o destino que «cumpre» nem sempre é o que ambiciona, pois pode cobiçar outra vida.
2. A comparação dos homens com «as pedras nas orlas dos canteiros» acentua a imobilidade e a impossibilidade de resistência relativamente a
forças superiores. A oração subordinada adverbial causal que se lhe segue explica-a, pois «a Sorte» coloca onde quer ou onde deve cada um de
nós, sem que haja (como acontece com as pedras) a hipótese de mudança de posição, de destino.
3. De uma reflexão de carácter geral, nos primeiros quatro versos, o sujeito poético passa para a sua exemplificação nos seres humanos (nos
versos 5 a 8), nos quais se inclui, passando a utilizar a primeira pessoa do plural. Nos últimos quatro versos, essa pessoa gramatical, associada
às formas verbais no conjuntivo («tenhamos, v. 9, e «Cumpramos», v. 11), confere ao texto um tom exortativo, usado para transmitir algumas
normas de vida que devem ser seguidas para viver tranquilamente e aceitar a supremacia do destino e a efemeridade da existência.
4. Nos últimos quatro versos defende-se uma filosofia de vida assente na resignação e na aceitação do poder do destino. Segundo o «eu» lírico,
cada um deve desistir de ter «melhor conhecimento» do que lhe calhou em sorte na vida, limitando-se a consentir no que lhe coube. Os dois
últimos versos, duas breves frases declarativas, resumem os ideais de abdicação e de anuência face ao destino, pois ele nada mais permite.

Página 78

Educação Literária
1. (A), (E), (F).
2. Assim como a totalidade da lua só pode ser vista no seu reflexo num lago quando ela se encontra alta, a alguma distância, também os
seres humanos, para atingirem a grandeza, devem procurar investir o máximo de si e empenharem-se de forma completa. Desse modo,
como a lua, darão de si mesmos um reflexo de inteireza e de superioridade moral.

Página 79

Leitura • Gramática
1. (C)
2. (B)
3. (C)
4. (A)
5. a. Modalidade apreciativa.
b. Modalidade deôntica com valor de obrigação.

Dossiê do professor
2. Teste e Questões de aula
Questões de aula Leitura e Gramática
3. Fichas de Leitura
Artigo de opinião

PowerPoint®
Artigo de opinião
Avaliação
Questão de aula e Fichas de Leitura
Artigo de opinião

Página 81

Aprender e praticar Gramática


1. (D)
2. (C)
3. a. Costumo ler poemas de Ricardo Reis antes de adormecer.
b. Estava a ler poemas de Ricardo Reis quando adormeci.
c. Li poemas de Ricardo Reis antes de adormecer.

Dossiê do professor
2. Teste e Questões de aula
Questões de aula
Valor aspetual
3. Fichas de Gramática
Valor aspetual
Ficha de gramática por sequência

PowerPoint®
Valor aspetual
QuizEV
Valor aspetual
Avaliação
Questão de aula e Fichas de gramática
Valor aspetual
Ficha de gramática por sequência

Página 82

Ponto de encontro
1. Linhas 9 a 11. A «teoria da vida» expressa por Carlos e Ega coincide com a de Ricardo Reis na ideia de abdicação («Nada desejar e nada
recear», l. 17) e de aceitação tranquila («Tudo aceitar», l. 18), marcada pela recusa de quaisquer «apetites» e «contrariedades», da inexorabilidade
da vida («inutilidade de todo o esforço», l. 24).
2. Foi uma experiência de vida que conduziu Carlos à teoria do «fatalismo muçulmano»: o incesto com a irmã.
3.1. O programa centra-se na análise dos tipos de pessoas que frequentam os transportes públicos, funcionando como a descrição de
episódios da vida quotidiana, com uma vertente crítica. O mesmo acontece em alguns momentos de Os Maias, para os quais remete o subtítulo
da obra: «Episódios da vida romântica».
3.2. Susana Romana elenca um conjunto de personagens-tipo representativas das categorias humanas que frequentam os transportes
públicos, num texto que funciona como crónica de costumes contemporânea. Em Os Maias, essa mesma dimensão concretiza-se na
inclusão na obra de personagens destinadas a ilustrar os diferentes espaços e grupos sociais e profissionais que, marcados pelo
Romantismo, contribuíam, na perspetiva de Eça de Queirós, para a decadência do país.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Educação Literária
Os Maias
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo radiofónico

Página 83

Avaliação
Fichas de Educação Literária
Os Maias

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Ricardo Reis
3. Fichas de Educação Literária
Ricardo Reis

PowerPoint®
A poesia de Ricardo Reis
Kit Exame em dia

Página 84

As Aprendizagens Essenciais indicam, relativamente à poesia de Álvaro de Campos, a leitura de três poemas. Apresentam-se nesta
sequência textos em número superior ao indicado, ilustrativos das diferentes fases do heterónimo, integrados nas diversas rubricas de
interpretação e de apoio ao trabalho autónomo dos alunos.

Contextualizar
Texto A
1. (A). 2. (B). 3. (D). 4. (C)
5. (a) Fase sensacionista; (b) Sensibilidade sobre-excitada, revolta interior, choque e histeria, atenção à vida em renovação constante,
interesse pelo mundo exterior, linguagem metafórica, discurso nem sempre lógico. (c) Fase metafísica, depressiva; (d) Nostalgia, melancolia
profunda, intimismo, luta contra o excesso de pensamento.
Sugestão: Sobre a ligação de Fernando Pessoa com Álvaro de Campos, e com a possibilidade de abordar o contexto histórico da obra de
Pessoa, pode visualizar-se a curta-metragem de Eugène Green Como Fernando Pessoa salvou Portugal, de que se encontra um excerto em
https://www.youtube.com/ -watch?v=UqLvt3MS-NX0&t=62s

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo áudio

Página 85

Letras prévias
1. a. Itália, 1909, com a publicação do Manifesto Futurista (no jornal francês Le Figaro).
b. Filippo Tommaso Marinetti.
c. Apologia do moderno, da velocidade, da tecnologia, da cidade industrial, o triunfo tecnológico do homem sobre a natureza, nacionalismo.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo vídeo

Página 88

Educação Literária
1. O título anuncia um poema elogioso – ode – do triunfo. Da leitura do texto, verifica-se que esse triunfo remete para a afirmação do
moderno, pleno da força e da turbulência das máquinas descritas e exaltadas e de todas as realidades ligadas à agressividade dinâmica e
vital dos tempos contemporâneos.
2. O sujeito poético encontra-se numa «fábrica» (v. 1), moderna, iluminada (v. 1), ruidosa (vv. 5-6, 10 e 24) e exuberante em elementos
mecânicos e industriais (vv. 6, 15, 23, 31...). O ambiente frenético conduz o «eu» a um estado arrebatado de «fúria» (vv. 2 e 7). Escreve numa
exaltação física (vv. 3, 10, 12), uma vez que corresponde à sua agitação interior (vv. 3, 7 e 12-13).

3. (B)

4. O sujeito poético refere todas as sensações que o espaço e os seus elementos lhe provocam, de acordo com a sua perceção sensorial:
sensações visuais (vv. 1, 15, 19, 23...), auditivas (vv. 5, 6, 10, 24...), tácteis (vv. 25, 29, 31...) e olfativas (v. 31). Em determinados momentos (vv.
29-32), para exacerbar uma sensação, o sujeito poético chega a desejar fundir-se fisicamente com a realidade que a provoca, obtendo,
assim, mais prazer desse contacto.
5. O «eu» lírico afirma «cantar», celebrar, o passado e o futuro (vv. 17-18). Deste modo, ao contrário de outros futuristas, que rejeitavam todo o
tempo que não o futuro, defende a fusão das três épocas num só momento, o atual, que, contudo, só poderá fazer sentido se apoiado no passado
e entrevisto em função do futuro. A menção aos vultos clássicos concorre, assim, para explicitar a relação entre as diversas eras, valorizando em
cada momento os grandes feitos.
6. a. A comparação apresenta um novo conceito de arte, assente na supremacia do moderno sobre o natural.
b. A gradação contribui para o elogio do progresso na sua vertente trágica e por meio de elementos cada vez mais mais negativos.
c. A anáfora intensifica o valor do tempo presente.
7. As aliterações (vv. 5, 16 e 24) reproduzem o ambiente barulhento da fábrica e o ruído produzido pelas máquinas. As onomatopeias (vv.
5 e 107-109) introduzem no discurso uma nota de realidade, com a reprodução dos sons que envolvem o sujeito poético. As interjeições
(vv. 5, 26, 33--34, 44-46, 88...) expressam de forma emotiva os sentimentos do sujeito poético.

Página 89

8. A estrofe quebra o ritmo frenético do texto e distingue-se das restantes quanto ao seu assunto. O sujeito poético recorda o espaço e algumas
figuras da sua «infância», um tempo em que «era outra coisa» (v. 65). Revela a sua saudade e nostalgia face ao tempo da infância,
denunciando a sua incapacidade de se integrar plenamente no tempo que exalta e antecipando a tonalidade pessimista da sua fase poética
intimista.
9. O verso sintetiza o deslumbramento em relação às realidades cantadas e com as quais o sujeito poético se deseja fundir, mas o
reconhecimento dessa impossibilidade leva-o também à frustração, concluindo o texto como iniciou: apenas observador e cantor épico de uma
realidade que lhe é exterior.

Oralidade
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Dossiê do professor
3. Fichas de Oralidade
Texto de opinião
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Oralidade
Texto de opinião
Grelhas de autoavaliação da Oralidade

À letra
1. (a) a fim; (b) afim; (c) afim; (d) a fim.

PowerPoint®
Texto de opinião
Proposta de texto de opinião

Página 90

Em relação
1. As estâncias pertencem ao final da Proposição e ao início da Invocação de Os Lusíadas, no momento em que o poeta termina a
apresentação do assunto da sua obra e pede inspiração às Tágides para alcançar um estilo adequado à grandeza desse assunto.
2.1. a. Est. 3, vv, 5-6.
b. Est. 4, vv. 5-6.
2.2. c. «a beleza disto» (v. 3), «a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos» (v. 4).
d. «um excesso / De expressão de todas as minhas sensações» (vv. 12-13).
3. A epopeia de Camões elege como matéria épica os feitos históricos dos portugueses e a viagem de Vasco da Gama à Índia. Álvaro de
Campos seleciona como matéria o mundo moderno, a «flora estupenda, negra, artificial e insaciável» (v. 32) marcada pela técnica, pelo
progresso e pelo cosmopolitismo. O estilo de Os Lusíadas revela uma sublimidade que se prende com a elevação, a procura da
grandiloquência, em linguagem culta. Na «Ode triunfal», o arrebatamento do canto concretiza-se por meio de um estilo grandioso e excessivo,
adequado à euforia do conteúdo e à enumeração e ao elogio de todas as novidades da civilização moderna.
Dossiê do professor
3. Fichas de Educação Literária
Luís de Camões, Os Lusíadas

Avaliação
Fichas de Educação Literária
Luís de Camões, Os Lusíadas

Página 92

Gramática temática
1. (B), (D), (E), (F).
2. (a) Complemento do nome.
(b) Modificador apositivo do nome.
(c) Complemento do nome.
(d) Complemento do nome.
(e) Modificador apositivo do nome.
(f) Complemento do nome.
(g) Complemento do nome.
(h) Modificador restritivo do nome.
(i) Complemento do nome.
(j) Complemento do nome.
(k) Modificador apositivo do nome.
(l) Complemento do nome.
(m) Modificador restritivo do nome.
(n) Modificador restritivo do nome.
(o) Modificador apositivo do nome.
(p) Modificador apositivo do nome.
(q) Modificador apositivo do nome.
(r) Complemento do nome.
(s) Modificador restritivo do nome.
(t) Modificador apositivo do nome.
(u) Complemento do nome.

Dossiê do professor
3. Fichas de gramática
Distinguir complemento do nome e modificadores do nome

PowerPoint®
Funções sintáticas
Avaliação
Fichas de gramática
Distinguir complemento do nome e modificadores do nome

Página 93

Letras prévias
1.1. O «eu» enunciador reconhece-se «sozinho» por, ao longo do tempo, ter afastado os outros e ter vivido «focado» em si mesmo.
1.2. No poema de Álvaro de Campos, o sujeito poético assume a sua vontade de «ser sozinho» (v. 25) e de se afastar voluntariamente
dos outros, dos seus ideais (vv. 5-6 e 8-10) e das suas convenções (v. 17).

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do tema musical

Áudio
Tema musical Olá, solidão

Página 94

Educação Literária
1. Nas estrofes dos versos 1 a 27 e no dístico final, o sujeito poético reflete sobre o seu presente, marcado pela angústia, pela «mágoa» (v. 32) e
pela irritação e saturação face às inovações científicas e tecnológicas. Na penúltima estrofe, o «eu» reflete com saudade sobre a infância.
2. As interrogações reforçam a recusa do «eu» lírico em acompanhar o percurso existencial socialmente imposto e marcado pelo conservadorismo
das convenções e pelo comodismo individual. Sugerem também os sentimentos de indignação e de revolta do sujeito poético face à hipocrisia
dos outros.
3. As apóstrofes (vv. 28, 30 e 32) dirigidas a elementos naturais da cidade e ao sentimento de «mágoa» introduzem as memórias da infância
e realçam o contraste doloroso entre um passado feliz e um presente infeliz, opaco e triste, tornando mais impressiva a diferença na relação
com a cidade no passado e no presente.
4. O título, em inglês, remete para um eventual regresso a Lisboa e uma apresentação da cidade revisitada. Contudo, não se desenvolve em
torno de um retorno empírico, antes constitui um percurso interior que o sujeito poético concretiza, em processo de autoanálise e confronto com
os outros.
5. O tom coloquial do poema é conseguido através da presença subentendida de um interlocutor, a quem o sujeito lírico se dirige, através das
formas verbais no conjuntivo com valor imperativo e das frases interrogativas.

Em destaque
1. Na poesia de Álvaro de Campos, o «eu» reflete sobre a sua existência e manifesta consciência da sua personalidade e das suas diferenças
face aos outros, que o levam a optar pelo distanciamento que conduz, progressivamente, à solidão e ao tédio. Perante a passagem do
tempo e a perda irrecuperável da felicidade da infância, o sujeito poético recorda com nostalgia essa época da vida, contrastando-a com o
presente angustiado.

Página 96

Educação Literária
1. O sujeito poético introduz o tema do texto, já anunciado no título: a existência «reta» dos outros, que vivem como «campeões em tudo» (v. 2).
Os versos instauram também a dicotomia eu/outros que vai ser explorada numa perspetiva crítica e irónica.
2. (A)
3. A interrogação retórica expressa a indignação e a revolta do sujeito poético face à hipocrisia dos outros, que, ao contrário do que deseja (vv.
22-24), nunca reconhecem a sua dimensão humana e os aspetos menos dignos da sua existência, apresentando-se como «o Ideal» (v. 25),
«príncipes» (v. 27) e «semideuses» (v. 28), fazendo-o sentir-se o único exemplo de «gente no mundo» (v. 29) e o único ser «vil e erróneo nesta
terra» (v. 30).
4. vv. 1, 2, 20, 21, 25, 27, 31-32. A ironia é utilizada na caracterização dos «conhecidos» (v. 2) do sujeito poético, que, embora partilhem
consigo uma natureza humana, nunca assumem qualquer «ato ridículo» (v. 20) e apresentam-se socialmente como «campeões em tudo» (v.
2). A ironia desconstrói, através da «voz humana» (v. 22) do «eu», o retrato idealizado que os «príncipes» (v. 27) querem transmitir, expondo,
de modo crítico, as suas imperfeições.
5. A partir do desejo manifestado nos versos 22-24, verifica-se uma alteração do seu estado emocional. A agitação e a indignação tornam-
se mais evidentes, com o recurso às exclamações (vv. 24, 28 e 32) e às interrogações retóricas (vv. 26, 29, 30 e 34), que contrastam com a
(aparente) seriedade das primeiras estrofes, marcadas pela assertividade das frases declarativas.

Gramática
1. (B). 2. (C). 3. Coesão referencial (retoma anafórica).

Página 97

Ponto de encontro
1.1. No Sermão de Santo António, o polvo representa o tipo humano caracterizado pela dissimulação e pela hipocrisia, evidenciando uma
«aparência tão modesta» (l. 4) que esconde, afinal, uma «hipocrisia tão santa» (v. 5), já que procura apenas iludir aqueles de quem pretende
aproveitar-se. Assim, os homens que apenas assumem uma existência «em linha reta», apresentando-se como «semideuses» perfeitos
quando, na verdade, ocultam defeitos comuns, partilham da hipocrisia representada no polvo.
2. Hipócrita: fingido, falso, dissimulado.
2.1. No Sermão de Santo António, são censurados, no capítulo IV, dedicado às repreensões aos peixes em geral, todos os que são falsos e
se aproveitam dos outros, como os peixes grandes que comem os pequenos. É dado como exemplo, entre outros, o caso de quem aproveita
a morte de alguém em benefício próprio. Fingidos e dissimulados são também os homens que são alegoricamente representados por alguns
dos peixes visados no capítulo V do sermão, em que se censuram os vícios particulares de certas espécies. Assim acontece com os
roncadores, expondo uma arrogância falsa que não corresponde à sua verdadeira natureza, e com os pegadores, que, sob a aparência da
utilidade, escondem o seu oportunismo.

PowerPoint®
Apreciação crítica
Proposta de apreciação crítica

Página 99

Leitura • Gramática
1. (A)
2. (C)
3. (C)
4. (D)
5. (B)
6. Complemento direto, em ambos os casos.
7. a. Oração subordinada adverbial causal.
b. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.

Dossiê do professor
2. Teste e Questões de aula
Questões de aula Leitura e Gramática
3. Fichas de Leitura
Artigo de opinião

Avaliação
Questões de aula
Leitura e Gramática
Fichas de Leitura
Artigo de opinião

Página 102

Letras prévias
1.1. Nuno Markl antecipa a referência ao facto de fazer anos corresponder a ficar mais velho. Avaliação pessoal do contra-argumento,
devidamente sustentada.
1.2. Fazer anos «fora das férias de verão» permite partilhar esse dia e a festa comemorativa com as pessoas mais significativas,
nomeadamente, com os amigos e os familiares. A importância da presença destas pessoas e do carinho que personificam está presente no
poema de Álvaro de Campos, em que são recordados os aniversários da infância.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo radiofónico

Página 103

Educação Literária
1. O passado é apresentado como um tempo feliz, harmonioso e completo (vv. 2, 3, 4, 6-7, 8, 12-14, 32-34), por esse motivo justificando a
saudade e a nostalgia do sujeito poético, que chega a manifestar o desejo de poder regressar ao passado não apenas numa recordação
mental, mas num retorno «físico» (vv. 27-28). Esse tempo pretérito contrasta com o presente infeliz, nostálgico e angustiante (vv. 19-20, 22-
24, 39-41).
2. As anáforas de «O que fui» (vv. 12-15) e de «O que eu sou hoje» (vv. 19, 21-22) reforçam a oposição entre o passado (de felicidade) e o
presente (de angústia). As comparações dos versos 19-20 e 24 sugerem a degradação (física e psicológica) que a passagem do tempo
provocou no sujeito poético, salientando igualmente, no caso da última, a frieza emocional do «eu». As metáforas dos versos 22 e 23, que
associam a existência do sujeito lírico à anulação do espaço e das figuras da sua infância, contribuem para intensificar a sua solidão,
reforçando a nostalgia.
3. O sujeito poético manifesta o desejo de regressar ao passado, pelo qual nutre sentimentos próximos do «amor» (v. 26) votado a uma pessoa,
não apenas numa recordação mental («viagem metafísica», v. 28), mas também «carnal» (v. 28), ou seja, expressa a vontade (impossível) de
retornar fisicamente aos tempos de criança. O seu desejo é tão intenso que o associa ao «pão de fome» (v. 30), aquele que se consome por
necessidade extrema de sobrevivência e saciante em si mesmo, dispensando qualquer acompanhamento (v. 30).
4. Nos versos 5 a 7, referindo-se à sua infância, o sujeito poético considera que a sua felicidade consistia em não racionalizar em demasia,
vivendo a inocência de deixar os outros pensarem por ele, como é próprio nessa fase da vida. Contudo, o crescimento e a idade adulta
acarretaram o aumento das capacidades intelectuais, que o «eu» lírico vê como excessivas, sobrepondo-se aos simples sentimentos. Por essa
razão, a dor de pensar leva-o a dirigir-se ao seu coração, na penúltima estrofe, pedindo-lhe uma pausa na atividade mental, que tanto o magoa.
5. O ritmo é marcado pela utilização de repetições (vv. 1, 5 e 25), anáforas (vv. 9-10, 12-15, 21-22), irregularidade métrica e a alternância entre frases
longas e frases curtas.

Página 104

Em relação
1. «Aniversário», v. 3. A utilização da hipérbole «há séculos» sugere uma perceção do tempo marcada pela importância da comemoração do
aniversário, convertida em «tradição» e simbólica do valor emotivo da infância para o sujeito poético.
«Álbum», vv. 1-3. Face à aproximação, sentida como rápida, do momento do «fim do dia» em que o sujeito poético sente eventualmente a sua
solidão, ele tenta retardar essa chegada com a recordação da infância.
2. A «mesa» é, em ambos os textos, o elemento propiciador da união familiar. É à mesa que o sujeito poético de «Álbum» recorda os membros
da família, na sua infância, reunidos num convívio cuja lembrança o conforta, por permitir, na impossibilidade de uma reunião física, um
reencontro mental com um tempo contrastante com o presente de solidão (vv. 11--12). Em «Aniversário», a «mesa posta com mais lugares» e
centro de uma festa marcada pela diversidade de alimentos e pessoas (vv. 32--34) simboliza a importância e o carinho que eram votados ao
sujeito poético na infância, quando «todos» celebravam com «alegria» (v. 4) o dia dos seus anos.
3. No poema de Nuno Júdice, a «humidade» (vv. 12--13), duradoura e incomodativa, é aproximada dos «minutos que descem pelo vidro / da
memória» (vv. 16--17), contribuindo para salientar o carácter persistente e perturbador das lembranças do sujeito poético. No poema de Álvaro
de Campos, a «humidade» funciona como termo de comparação para o «eu», que se sente, como o espaço em que ela surge, abandonado,
ocupado apenas pelo vapor de uma existência que se desvaneceu com o tempo e que, no presente, é marcada pela solidão.

Página 105

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Álvaro de Campos
3. Fichas de Educação Literária
Álvaro de Campos

PowerPoint®
A poesia de Álvaro de Campos
Kit Exame em dia

Página 107

Teste rápido de revisão


1. (B)
2. (C)
3. (D)
4. (A)
5. (C)
6. (A)
7. (B)

Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática por sequência

Avaliação
Fichas de Gramática por sequência
PowerPoint®
A poesia de Fernando Pessoa ortónimo
A poesia de Alberto Caeiro
A poesia de Ricardo Reis
A poesia de Álvaro de Campos
Kit Exame em dia

Página 108

As Aprendizagens Essenciais preconizam, para o estudo de Mensagem, a leitura de seis poemas. Apresentam-se textos em número superior
de modo a favorecer percursos diferenciados e escolhas adequadas às características das turmas e/ou a atividades de natureza interdisciplinar.

Contextualizar
Texto A
1. a. 1934, PVDE (Polícia de Vigilância e Defesa do Estado), fascismo em Portugal, governo de Salazar. b. Obra (conjunto de poemas) de exaltação
patriótica, constituída por três partes e ligada à ideologia do Quinto Império.
1.1. O interesse de Luís de Camões por Fernando Pessoa e por Mensagem decorre do facto de se tratar de uma obra que, como Os Lusíadas,
integra uma linha temática de exaltação patriótica.
Texto B
2. O título de Mensagem remete para o entendimento de que a obra seria um sinal divino transmitido por intermédio do poeta.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo vídeo
Página 111

Textos C, D e E
3. a. Texto C: linhas 3-5, 13-17
Texto D: linhas 22-24
Texto E: linhas 38, 44-47, 48-50
b. Texto C: linhas 7-8
Texto D: linhas 22, 24-26, 29-30, 30-32
4. (D)

Página 112

Textos F e G
5. (a) Marcas épicas:
– representação de heróis;
– exaltação do coletivo nacional;
– movimento narrativo (dimensão narrativa);
– estilo de «tuba canora»: tom adequado à matéria épica.
(b) Marcas líricas:
– entoação emotiva /subjetividade lírica;
– forma fragmentária;
– atitude introspetiva (abordagem da matéria épica a partir da interpretação do sujeito poético);
– tom menor: emotividade.

Página 113

Educação Literária
1. (a) 2.; (b) 3.; (c) 1.
2. De acordo com a última estrofe, o mito desempenha um papel fecundador da realidade, permitindo a sua interpretação a partir de
elementos por vezes não visíveis, mas que ajudam a compreendê-la.
3. Ulisses criou-nos, pois, segundo a lenda, fundou a cidade de Lisboa. Por outro lado, a gesta de Ulisses ajuda a explicar a vocação
marítima dos portugueses, ou seja, o herói, com o seu exemplo, terá inspirado o povo português a explorar o mar.
4. A partir da afirmação axiomática (verdadeira e universal) com que se inicia o poema, sugere-se que o mito, embora possa remeter para
realidades inexistentes no plano físico, contribui para explicar e dar um sentido à realidade, constituindo a força que, numa dimensão
espiritual, promove a ação. Assim, «Ulisses» funciona como texto introdutório de Mensagem e serve de chave de leitura para os restantes
poemas: tal como a figura a que é dedicado o poema, os heróis da obra serão selecionados e focados sobretudo pelo seu elevado valor
mítico/inspirador e carácter predestinado.

Página 114

Gramática temática
1. (C)
2. (A)
3. a. Oração subordinada substantiva completiva – Sujeito.
b. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva – Modificador restritivo do nome.
c. Oração subordinada adjetiva relativa apositiva – Modificador apositivo do nome.
d. Oração subordinada adjetiva relativa explicativa – Modificador restritivo do nome.

Dossiê do professor
3. Fichas de gramática
Distinguir orações relativas (substantivas e adjetivas)

Página 115

Letras prévias
1. D. Dinis ficou conhecido como «O Lavrador», por ter promovido o desenvolvimento do pinhal de Leiria, e «Rei-Poeta», pela sua atividade
como trovador.
1.1. O poema de Mensagem destaca a produção literária de D. Dinis e também o facto de ter sido «o plantador de naus a haver» (v. 2), ou
seja, o impulsionador dos Descobrimentos através da plantação do pinhal de Leiria.

Educação Literária
1. A metáfora do verso 2 salienta o carácter previdente, precursor e visionário de D. Dinis, ao ter antecipado e preparado a expansão portuguesa
com o desenvolvimento do pinhal de Leiria.
2. As sensações contribuem para a construção de um retrato mítico de D. Dinis, em particular as auditivas, pois o rei é descrito como um ser de
excelência, capaz de ouvir «um silêncio múrmuro consigo» (v. 3). Como figura de contornos prodigiosos, D. Dinis acede ao chamamento para
cumprir uma missão superior, respondendo, enquanto interlocutor privilegiado, à «fala» (v. 8) dos pinhais, também designada por «rumor» (v.
4), «som» (v. 9) e «voz» (v. 10). D. Dinis sente interiormente o apelo de uma atuação preparatória do futuro grandioso, ganhando o estatuto de
herói mítico em Mensagem.
3. a. Os pinhais são comparados com um alimento essencial (o trigo, ingrediente-base do pão). Assim, destaca-se o facto de a madeira que
fornecem constitui a matéria-prima que permitiu saciar a «fome» / o desejo de Império que norteou a expansão portuguesa. b. O som dos
pinhais é referido como «marulho obscuro» (v. 8), intensificando a relação das árvores com o elemento em que cumprirão a sua função especial:
o mar. c. As antíteses ligadas ao som dos pinhais presentes nos versos 9 e 10 contribuem para intensificar a diferença entre o «presente», ligado
à «terra», e a possibilidade de um «futuro» vivido no «mar», graças à ação profética de D. Dinis.
4. (B)

Página 116

Letras prévias
1.1. João Fernando Ramos destaca a chegada inesperada do Mestre de Avis ao trono de Portugal e o seu carácter precursor da expansão
portuguesa, como dinamizador, juntamente com os filhos, da conquista de Ceuta, em 1415. É a dimensão de herói imprevisto e inspirado(r) que se
evidencia na Mensagem.

Educação Literária
1. D. João I e D. Filipa de Lencastre exemplificam que «a história é feita», «quando Deus faz» por intermédio de um ser escolhido. D. João, «o
homem», afirmou-se na «hora» certa, por vontade divina; a esposa foi inspirada, em «sonhos», por um «arcanjo», para desvendar o «enigma»
da vontade celeste de conceber os «génios» que concretizariam a expansão marítima. O herói é um predestinado que, por intervenção divina,
garante a imortalidade (mitificando-se).
2. D. Filipa surge incumbida de uma missão divina (v. 6), que se concretiza no facto de ser o «Humano ventre do Império» (v. 7), a mãe dos heróis
futuros da expansão. É «Madrinha de Portugal» (v. 8), por, segundo a lenda, continuar a proteger Portugal mesmo depois de morta.
3. (C)
4. Com a segunda pessoa, o sujeito poético torna as figuras históricas suas interlocutoras e estabelece com elas uma relação de proximidade e
de cumplicidade que reforça a sua dimensão mítica e inspiradora.

Página 117

Gramática
1. a. Síncope e palatalização.
b. Síncope.
c. Metátese.
d. Palatalização.
2. Determinante relativo.
2.1. Oração subordinada adjetiva relativa explicativa – Modificador apositivo do nome.

Ponto de encontro
1. O Mestre de Avis, «sem o saber» (v. 5) inicialmente, acabou por ser apoiado pelo povo como pretendente ao trono após a morte de D.
Fernando e, pelo seu «exemplo» (v. 7), foi aclamado regedor e defensor do reino. Assim, o contexto histórico promoveu a sua mitificação,
fazendo dele a «eterna chama» (v. 11) que repeliu a «sombra eterna» (v. 12) e garantiu a independência nacional: «Portugal feito ser» (v. 6).
2. O cartoon, com o título expressivo Revolutionary people. A little color separa as peças mais poderosas e os «peões» do xadrez, tal
como Fernão Lopes relata em relação à revolução da «arraia-miúda», do povo, insurgindo-se contra os nobres que defendiam a união
com Espanha. Além disso, os peões aclamam uma figura que, de entre eles, se destaca e que pode ser simbolicamente associada ao
Mestre de Avis, representante e defensor do povo na Crónica de D. João I.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Educação Literária
Fernão Lopes, Crónica de D. João I

Avaliação
Fichas de Educação Literária
Fernão Lopes, Crónica de D. João I

Página 118

Em destaque
1. Excecional, significativo, inspirado, inspirador, escolhido, transcendente...

À letra
1. (a) cujo. (b) cujas.

Página 119

Letras prévias
1.1. D. Sebastião personifica a segurança e a liberdade nacional (est. 6, vv. 1-2) e a esperança no desenvolvimento da guerra santa e na
afirmação do seu império (est. 6, vv. 3-4).
1.2. Na epopeia camoniana é feito um retrato histórico, partindo de elementos relativos à situação do país. Em Mensagem, o retrato do rei é
de natureza mítica, sendo a tónica colocada na loucura inspiradora, determinada pelo sonho de grandeza.

Página 120

Educação Literária
1. O sujeito poético assume e reforça a sua autocaracterização.
2. O herói histórico está presente na referência ao «areal» da batalha de Alcácer Quibir, e na menção à morte física de D. Sebastião: «meu ser
que houve». O herói mítico evidencia-se na referência ao carácter transcendente de D. Sebastião, pois o seu «ser» «que há» remete para a sua
dimensão inspiradora e para o carácter mítico do Sebastianismo.
3. A interrogação encerra o poema com a exaltação da loucura, enquanto traço distintivo dos seres humanos.
4. A utilização da primeira pessoa associa o sujeito poético à personagem histórica a quem o poema é dedicado. Assim, o discurso adquire
maior credibilidade e valoriza-se o exemplo e o testemunho do herói.
5. Marcas do discurso épico: matéria histórica protagonizada por um herói nobre (social e moralmente). Marcas do discurso lírico: a utilização
da primeira pessoa gramatical, a subjetividade na apresentação da realidade e a forma fragmentária.
6. O poema é constituído por duas quintilhas, conjugando decassílabos, hexassílabos e octossílabos. A rima é cruzada e emparelhada (a b a b
b).

Em relação
1. Cf. proposta de resposta no Dossiê do Professor.
Dossiê do Professor
3. Fichas de Educação Literária
Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa
5. Materiais de apoio
Soluções de atividades do manual

Avaliação
Fichas de Educação Literária
Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa

Página 121

Ponto de encontro
1. A primeira afirmação da canção – «Hoje começo a vida outra vez» – permite, desde logo, a associação das circunstâncias e dos sentimentos
descritos a D. João de Portugal, que, no momento em que retorna a casa, na expetativa de reencontrar a esposa e de recuperar a sua vida, se
confronta com a sua anulação. Assim ele poderia igualmente perguntar «ao velho destino: Quem eu sou?», sendo que tal pergunta lhe é, pelo
contrário, dirigida por Frei Jorge, quando não o reconhece como Romeiro. Depois da constatação de que o seu regresso não tem para os outros
o mesmo valor que ele lhe atribui, sente «que o tempo rasgou» o passado como «um sonho que outrora» viveu e procura um «novo caminho»
para a sua «alma vazia», fugindo da «nuvem sombria» e avançando, «sem olhar p’ra trás».
2. Cf. proposta de resposta no Dossiê do Professor.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do tema musical
Soluções de atividades do manual

Áudio
Tema musical Recomeço

Página 122

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Escrita
Texto de opinião

PowerPoint®
Texto de opinião
Proposta de texto de opinião
Avaliação
Fichas de Escrita
Texto de opinião
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita
Texto de opinião
Grelha de autoavaliação da Escrita

Página 123

Oralidade
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Oralidade
Síntese

PowerPoint®
Síntese
Proposta de síntese
Avaliação
Fichas de Oralidade
Síntese
Rubrica e grelha de avaliação da Oralidade
Síntese
Grelhas de autoavaliação da Oralidade

Página 124

Letras prévias
1.1. O Infante D. Henrique promoveu a expansão portuguesa e, por essa via, abriu os caminhos do Atlântico a todo o mundo. Cabe-lhe, pois, o
lugar de abertura na parte de Mensagem em que se evoca o império material da nação.

Educação Literária
1. O primeiro verso de natureza axiomática, apresenta a «obra» como consequência das ações de Deus e do Homem. Os grandes feitos são
revelações de Deus – teofanias – através do homem. Os restantes versos da primeira quadra exemplificam na figura do Infante essa teoria. Assim,
o desejo de Deus foi o de que «a terra fosse toda uma» e «Que o mar unisse, já não separasse» (vv. 2-3), pelo que inspirou o Infante, escolhendo-
o para essa missão («Sagrou-te», v. 4). Ele correspondeu (v. 4) e a obra nasceu.
2. (A)

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo vídeo

Página 125

3. O Infante, percecionado como figura sagrada e divinamente eleita, foi-o enquanto «português», assim personificando simbolicamente a
predestinação e a proteção superiores da nação, escolhida para, futuramente edificar um novo império universal (e espiritual). Desse modo,
como sugere a ilustração, o seu valor transcende o plano terreno em que se movem outros heróis.
4. No verso 11, o «Império» é apresentado como uma consequência da conquista do «Mar», sendo associado a uma concretização material
do poderio português. No último verso, contudo, é interrompida a possível correspondência entre o desígnio supremo nacional e esse império
marítimo dos séculos XV e XVI, pois o sujeito poético confessa ao «Senhor» que a verdadeira missão da nação ainda está por alcançar.
Assim, intui-se que ela supera o império já alcançado, projetando-se no futuro.
Gramática
1. (C)
1.1. (A) A frase integra uma oração subordinada substantiva relativa. (B) O verbo «sagrar» é transitivo direto; o verbo «criar» ocorre como
transitivo-predicativo. (D) O adjetivo corresponde ao predicativo do complemento direto; (E) Valor perfetivo.
2. Oração subordinada substantiva completiva – Complemento direto.

Oralidade
2. Resposta pessoal.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Oralidade
Debate

PowerPoint®
Debate

Página 126

Aprender e praticar Gramática


1. Amálgama: telemóvel.
Empréstimo: tablet, apps, router, wi-fi.
Sigla: iOS (iPhone Operating System ou Sistema Operativo do iPhone).
Acrónimo: wi-fi (Wireless Fidelity).
2. Resposta pessoal.

Dossiê do professor
3. Fichas de gramática
Processos irregulares de formação de palavras

PowerPoint® e QuizEV
Processos irregulares de formação de palavras
Avaliação
Fichas de gramática
Processos irregulares de formação de palavras

Página 127

Educação Literária
1. A apóstrofe ao «mar» (com que, circularmente, se abre e se encerra a estrofe) introduz a entidade a quem o sujeito poético recorda, de forma
emotiva, todas as dificuldades e todos os sacrifícios que os portugueses fizeram na sua conquista.
2. A repetição (em anáfora nos versos 4 e 5 e paralelística, nos versos 3-5) reforça a quantidade e a diversidade (em termos de género e
parentesco) daqueles que sofreram na conquista do mar.
3. A interrogação retórica introduz a reflexão do sujeito poético sobre o valor dos sacrifícios anteriormente referidos e sobre a importância
e a capacidade de superação na concretização dos sonhos.
4. A primeira afirmação destaca o valor da determinação em todas as conquistas; com empenho, tudo «vale a pena», ou seja, vale o sofrimento
que implicou. A segunda afirmação alude ao cabo Bojador como metáfora dos objetivos a alcançar, que exigem, frequentemente, «dor»; por
isso, quem deseja conquistar algo tem de superar os obstáculos que se lhe deparem. A última afirmação salienta a conjugação, no «mar», do
«perigo» e do «abismo» com o «céu», salientando a ideia de que tudo o que é verdadeiramente custoso tem uma vertente compensatória.
5. O adjetivo «Português» remete para a conquista e domínio dos mares pelos portugueses, que, com o seu sofrimento e a sua coragem,
fizeram com que existisse apenas o «mar» conhecido por seu intermédio.

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Escrita
Apreciação crítica

PowerPoint®
Apreciação crítica
Proposta de apreciação crítica
Avaliação
Fichas de Escrita
Apreciação crítica
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita
Apreciação crítica
Grelha de autoavaliação da Escrita

Página 128

Educação Literária
1. O vocativo (em «Prece») e o imperativo, na segunda pessoa do singular, em «Prece», e do plural, em «D. Sebastião» («Dá», v. 9 de «Prece», e
«’Sperai», v. 1 de «D. Sebastião»).
2. O título anuncia um pedido, que o «eu» dirige a uma entidade identificada através do vocativo «Senhor». Suplica-lhe, na terceira estrofe (vv. 9-
10), que resgate a nação da «noite» (v. 1) e do «silêncio hostil» (v. 3) em que se encontra e que contrasta com o passado. Neste, apesar das
dificuldades, havia «vontade» (v. 2) e «vida» (v. 5). Perdido o império material (v. 4), o «eu» apela à ingerência do «Senhor» para se atingir uma
nova «Distância» (v. 11), diferente do «mar» (v. 12), mas intimamente ligada ao destino nacional.
3. Em «D. Sebastião» o monarca já não é perspetivado como «Rei de Portugal», como no poema da primeira parte de Mensagem (p. 119).
Apesar da referência ao «areal» e à «hora adversa» (v. 1), o que se afirma no poema é a sua dimensão mítica, enquanto figura eleita e
guardada por Deus (v. 2), e o seu exemplo que «eterno dura» (v. 7) e pode regressar. Assim, até pela forma verbal com que se inicia o Texto B,
ele permite uma interpretação como possível resposta à prece do Texto A, associando-se D. Sebastião ao «Senhor» que poderá insuflar uma
nova vida ao país.

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Escrita
Exposição sobre um tema

PowerPoint®
Exposição sobre um tema
Proposta de exposição sobre um tema

Página 129

Letras prévias
1. O novo império destinado à «Raça» dos portugueses, metaforicamente apresentado como «uma Índia nova», ultrapassa a dimensão física e
terrena da «obra dos navegadores», pois esta foi apenas um «obscuro e carnal antearremedo» da verdadeira afirmação do país. Depois do
“ensaio” encetado pelas descobertas marítimas, o «supremo destino» de Portugal concretizar-se-á num império «que não existe no espaço»,
feito da matéria «de que os sonhos são feitos», correspondendo, pois, à soberania espiritual da nação, assente no poder da alma humana e na
inspiração divina.

Educação Literária
1. O verso remete para a infelicidade de quem, segundo o sujeito poético, vive acomodado, sem qualquer sonho (v. 3), satisfeito com o mero
«durar» (v. 7) da sua existência e sem inspiração.
2. Os vv. 11-12 introduzem a referência à passagem do tempo e as três últimas quintilhas anunciam o advento de uma nova época, de um novo
império – o Quinto Império (vv. 21-23) ligado à «verdade» da morte de D. Sebastião (vv. 24-25).
3. Nas duas últimas estrofes, confrontam-se os tempos passado/presente e futuro. A antítese dos versos 19-20 insinua o surgimento do «dia
claro» – o tempo futuro –, que se anuncia sob a égide espiritual dos portugueses, a partir da «noite», metáfora do passado. Sucedendo aos
quatro anteriores, o Quinto Império deles diferirá pela sua natureza; será o império da «verdade», nascida com a morte de D. Sebastião,
enquanto herói histórico, e associada à sua dimensão mítica.

Página 132

Letras prévias • Oralidade


1. (B)
2. (D)
3. (A), (B), (E), (F).
4. A forma como Portugal é descrito em «Nevoeiro», país envolto em indeterminações de natureza política e moral, associa-se à
instabilidade social e política descrita no documentário e correspondente aos anos agitados das décadas de 20 e 30 do século XX.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo áudio
3. Fichas de Oralidade
Documentário

PowerPoint®
Documentário
Avaliação
Fichas de Oralidade
Documentário
Rubrica e grelhas de avaliação da Oralidade

Página 133

Educação Literária
1. Na primeira estrofe, Portugal é caracterizado através de vocabulário que reenvia para a opacidade e a turvação sugeridas pelo título. O
«nevoeiro» corresponde a um país marcado pelo «fulgor baço» (v. 3), pelo «Brilho sem luz» (v. 5) e pelo «fogo-fátuo» (v. 6), que insinuam
a falta de clareza e a indefinição nacionais.
2. Portugal entristece porque não há estabilidade política (v. 1) e existe uma grande crise de valores sociais e morais (vv. 7-9 e 11-12).
3. (C)
4. O verso colocado entre parênteses constitui uma nota dissonante no tom pessimista do poema, traduzindo a esperança («ânsia») de quem
deseja («chora» [por]) o fim do «nevoeiro».
5. Nos últimos dois versos, o sujeito poético interpela Portugal, associando-o ao nevoeiro e anunciando uma nova «Hora». Nesse sentido,
embora o nevoeiro pudesse entender-se, pela forma como o país é descrito, como símbolo de indeterminação, ele é também a marca de uma
evolução. O poeta apela à concretização de uma mudança e à criação de um novo tempo/império e, neste sentido, o nevoeiro com que
encerra a obra é, anuncia e antecipa o Quinto Império, para o qual os portugueses devem estar preparados – tal é a intenção da saudação
latina que incita à mudança e à renovação.

Gramática
1.1. «Ó Portugal» − vocativo; «hoje és nevoeiro» − predicado; «hoje» − modificador; «nevoeiro» − predicativo do sujeito.
1.2. Sujeito subentendido.
1.3. Verbo copulativo.

Página 134

Em relação
1. Nas estâncias de Os Lusíadas, o poeta, tal como o sujeito poético de «Nevoeiro», expressa a sua desilusão pela situação de Portugal e dos
portugueses (est. 145, v. 4 e 5-6 e est. 146, vv. 1-4).
2. Na epopeia camoniana, o poeta refere-se à «cobiça» e à «tristeza» da «pátria» (est. 145, vv.6-8), em que as pessoas não revelam «um
ledo orgulho e geral gosto» (est. 146, v. 2). A sua perspetiva do país coincide com a de «Nevoeiro», em que o sujeito poético lamenta ver
«Portugal a entristecer» (v. 4) e entregue à incerteza (vv. 11 e 12) e à ambiguidade moral (vv. 7-9).
3. Nas oitavas de Os Lusíadas, depois da denúncia entristecida da situação em que se encontra o país, o poeta interpela o «Rei» (D. Sebastião)
e lembra-lhe, que é, contudo, «Senhor só de vassalos excelentes» (est. 146) e determinados, capazes de regenerar a nação. Do mesmo
modo, em «Nevoeiro», o «eu» encerra a sua reflexão com a constatação de que se vive um momento que impõe uma transformação nacional e
um apelo a que tal se concretize.

Sugestão: para uma abordagem da relação existente entre Mensagem e Os Lusíadas, pode ouvir-se o episódio do Programa Serviço
Público – Bloco de Notas (Antena 1) dedicado a essa temática, disponível através do link https://www.rtp.pt/play/p7328/e603627/bloco-de-
notas
Ponto de encontro
1. e 2. Cf. proposta de respostas no Dossiê do Professor.
3. Cf. Guia visual das pp. 390--391.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do tema musical
Soluções de atividades do manual
3. Fichas de Educação Literária
Luís de Camões, Os Lusíadas

Áudio
Tema musical Os Lusíadas
Avaliação
Fichas de Educação Literária
Luís de Camões, Os Lusíadas

Página 135
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Mensagem
3. Fichas de Educação Literária
Mensagem

PowerPoint®
Mensagem
Kit Exame em dia

Página 137

Teste rápido de revisão


1. (A)
2. (B)
3. (A)
4. (C)
5. (C)
6. (B)
7. (D)

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Mensagem
3. Fichas de Educação Literária
Mensagem
3. Fichas de Gramática por sequência

Avaliação
Fichas de Gramática por sequência
PowerPoint®
Mensagem
Kit Exame em dia

Página 138

Ficha formativa
Grupo I
Parte A
1. A «última nau» partiu, sozinha («Erma», v. 5) e envolta num ambiente «aziago», como se refere a propósito do sol (v. 4), marcado pelos
«choros de ânsia e de pressago/Mistério» (vv. 5-6), que sugeriam e anunciavam, desde logo, o futuro trágico que veio a confirmar-se: «Não
voltou mais.» (v. 7).
2. O sujeito poético entende que o desaparecimento da nau não é definitivo. Reconhecendo a «sorte incerta» (v. 8) que lhe coube, sugere,
através das interrogações retóricas, que terá atracado numa ilha de localização desconhecida («ilha indescoberta», v. 7), aguardando, assim,
«a hora» do regresso do seu tripulante desejado: D. Sebastião (última estrofe).
3. A colocação do nome «Império» no final do poema associa-o ao regresso de D. Sebastião, anunciado nessa estrofe, que concretizará o
Quinto Império, de cuja ideia o poeta se ocupará na terceira parte da obra. Como penúltimo poema da segunda parte de Mensagem, o poema
estabelece a ligação entre o império material e o império espiritual reservado aos portugueses.
4. O poema apresenta como características do discurso épico o uso narrativo da 3.ª pessoa (vv. 4 e 7) e a importância concedida a uma figura
histórica, D. Sebastião, que assume o papel de herói mítico (vv. 10 a 12). Como marcas do discurso lírico, apresenta o recurso à primeira pessoa
(vv. 14 a 22), que assinala o pendor subjectivo da reflexão e aproxima o sujeito poético do destino nacional, através da sua crença na
concretização do mito (vv. 16 a 18; vv. 22 a 24).
Página 139

Parte B
5. As rosas, enquanto elemento natural, representam a efemeridade da vida. São «volucres» (v. 2), pois, «em o dia em que nascem» (v. 3),
nesse mesmo dia morrem, pelo que ilustram o carácter transitório da existência. Por outro lado, uma vez que «nascem nascido já o Sol» (v. 6)
e perecem antes que ele se ponha, «a luz para elas é eterna» (v. 5), o que deve inspirar os humanos a aproveitarem moderadamente a sua
passagem pela vida, aceitando a sua escassa duração (v. 12) e conscientes da sua finitude, semelhante à de «um dia» (v. 9) das rosas.
6. No verso 9, o sujeito poético introduz a primeira pessoa do plural, conferindo um tom moralista aos últimos quatro versos do poema,
através do qual procura sensibilizar e exortar Lídia a adotar uma atitude contemplativa perante a vida, inspirada nas rosas, cuja existência
descreveu nos versos 1 a 8.

Página 141

Grupo II
1. (B)
2. (A)
3. (C)
4. (B)
5. (D)
6. (C)
7. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva – Modificador restritivo do nome.

Grupo III
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Testes 1, 2 e 3, matriz e sugestões de resolução
Questões de aula
Fernando Pessoa (ortónimo, heterónimos e Mensagem)
Gramática por sequência
3. Fichas de Educação Literária
Fernando Pessoa (ortónimo, heterónimos e Mensagem)

PowerPoint®
Proposta de texto de opinião
Avaliação
Testes 1, 2 e 3, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Questões de aula e Fichas de Educação Literária
Fernando Pessoa (ortónimo, heterónimos e Mensagem)
Gramática por sequência
Testes interativos
Sequência 1

Página 142

Perfil dos Alunos


As páginas «Letras em Dia» apresentam propostas de atividades sobre temas disciplinares e interdisciplinares, como preconizam as
Aprendizagens Essenciais, e promotoras das competências-chave identificadas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.
Incidem sobretudo em domínios e áreas constantes das Aprendizagens Essenciais de Cidadania e Desenvolvimento.
Sobre estas páginas, leia-se a informação apresentada na parte 7. do Dossiê do Professor.

Dossiê do Professor
7. Autonomia e Flexibilidade Curricular

Competências-chave do PASEO promovidas:


A. Linguagens e textos
B. Informação e comunicação
C. Raciocínio e resolução de problemas
D. Pensamento crítico e pensamento criativo
E. Relacionamento interpessoal
F. Desenvolvimento pessoal e autonomia
G. Bem-estar, saúde e ambiente
H. Sensibilidade estética e artística
I. Saber científico, técnico e tecnológico

Página 143
Dossiê do Professor
4. Rubricas de avaliação
Rubrica de avaliação da secção «Letras em dia» – Projetos interdisciplinares

Avaliação
Rubrica de avaliação da secção «Letras em dia» – Projetos interdisciplinares

Página 146

As Aprendizagens Essenciais preveem a leitura integral de apenas um conto. Apresentam-se os três contos sugeridos pelas AE, na íntegra,
com diferentes propostas de trabalho, de modo a possibilitar escolhas diferenciadas, apoiar o trabalho autónomo dos alunos e favorecer
atividades de natureza interdisciplinar adequadas às características e aos interesses das turmas.

Contextualizar
Texto A
1. (a) narrativo;
(b) larga;
(c) cultural;
(d) breve;
(e) concentrada;
(f) pequena;
(g) grande;
(h) pequeno;
(i) alargado;
(j) condicionadas;
(k) impossível;
(l) problemáticas;
(m) secundárias;
(n) rápida.

Página 147

Textos B e C
2. (a) breve; (b) pequena, simples, linear, com um único eixo temático, sem intrigas secundárias; (c) número reduzido; (d) pouco
problemáticas/desenvolvidas; (e) curta duração dos eventos; (f) um só espaço.
3. (C).

Página 148

Letras prévias
1.1. O tema musical constitui uma carta.
1.2. O enunciador visa transmitir conselhos a si próprio, imaginando-se no futuro, razão pela qual recorre a atos de fala com esse objetivo
(diretivos).
1.3. O «eu» exorta a sua pessoa futura a procurar uma vida satisfatória, vivendo de acordo com a sua vontade e adotando uma conduta
moralmente correta e atenta aos outros.
2. Tal como na canção de David Fonseca, em «George» a figura central relaciona-se com o seu «eu» de outros tempos. Recorda o passado
e, imaginando o seu futuro, antecipa possíveis recomendações.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do tema musical

Áudio
Tema musical Futuro Eu
Página 154

Educação Literária
1. (a) Passado; (b) Futuro; (c) 18 anos; (d) «dois olhos largos, semicerrados, uma boca fina, cabelos escuros, lisos, sobre um pescoço alto
de Modigliani», (ll. 20--21), «cabelos pretos» (l. 38); (e) Idade adulta; (f) 45 anos; (g) «Fez loiros os cabelos, de todos os loiros, um dia ruivos
por cansaço de si, mais tarde castanhos, loiros de novo, esverdeados, nunca escuros, quase pretos, como dantes eram.» (ll. 35-38), «olhos de
pupilas escuras, semicirculares» (l. 126); (h) Velhice; (i) 70 anos; (j) «mãos enrugadas» (l. 130), «Uma velha de cabelos pintados de acaju,
de rosto pintado de vários tons de rosa, é certo que discretamente, mas sem grande perfeição. A boca, por exemplo, está um pouco
esborratada.» (ll. 135-137).
2. A utilização do plural indicia a existência de duas personagens.
3.1. (B)
3.2. (B)

Página 155

4. Condicionados pela sua maneira de ser, «gente de trabalho» (l. 24) pouco culta (ll. 23-24) e, por isso, desvalorizando, «Com
superioridade» (l. 28) e «com uma certa indignação» (l. 29) a arte, os pais de George eram incapazes de perceber os seus anseios
profissionais, esperando apenas que cumprisse as habituais convenções sociais. Perante a incompatibilidade de expetativas, a
protagonista abandona a casa dos pais e, ao longo da vida, muda fisicamente, procurando afastar-se do que fora para marcar a rutura
com a jovem Gi e afirmar-se pela diferença, nomeadamente através da sua opção por um estilo de vida completamente diferente do dos
pais.
5. As referências às malas mostram a evolução da personagem no que respeita ao seu desejo de emancipação e ao estatuto social. De
origens humildes, alcançou um bem-estar económico que lhe permite adquirir artigos sofisticados.
6. O pronome permite a alusão aos pais da protagonista e, por extensão, a todos os representantes das convenções sociais que condicionam a
vontade e a vocação de Gi, levando-a a considerar uma vida de acordo com essas expetativas. Na fala, o pronome acentua a diferença entre o
que é socialmente esperado e o seu desejo.
7. Linhas 9-11, 66-67, 68--70, 73-76, 90-93; 100.
8. A referência ao retrato (ll. 152-153), que correspon-de à fotografia mencionada no início do conto (ll. 13-15), e a indicação de que «está a ver
pior» (l. 162), anteriormente referida (ll. 65-67).
9. O diálogo com Georgina perturba George. A senhora de idade simboliza a voz da experiência, o saber empírico que a alerta para os problemas
com que se deparará no futuro e, desencadeando o seu medo inconsciente, leva-a a reagir com aborrecimento (l. 147) e alguma indiferença, chegando
a manifestar incómodo físico (l. 168). Procura «pensamentos mais agradáveis» (ll. 170-171) e tranquiliza-se por poder voltar a casa e por se convencer
de que, graças ao seu dinheiro, na velhice, não será uma pessoa só, contrariamente ao prognóstico de Georgina.
10. (a) narrativa; (b) complexidade; (c) passado; (d) infância; (e) juventude; (f) memória; (g) sujeição; (h) convenções; (i) presente; (j)
emancipação; (k) concretização; (l) rutura; (m) cosmopolitismo; (n) ambiguidade; (o) género; (p) nome; (q) imaginação; (r) velhice; (s)
identidade; (t) dinâmica.

Página 156

Gramática temática
1. (C)
2. (B)
3. (A) 5.; (B) 3.; (C) 4.; (D) 3.; (E) 2.; (F) 4.; (G) 1.; (H) 3.; (I) 3.; (J) 4.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática
Distinguir Classes e subclasses de «que»

Avaliação
Fichas de Gramática
Distinguir Classes e subclasses de «que»

Página 157

Escrita
1. Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Ponto de encontro
1. Quer em «George» quer em Amor de Perdição, os protagonistas, em particular a figura feminina, assumem a sua diferença face às
convenções e expetativas sociais da época em que vivem, optando por seguir um destino que se afasta daquele que as famílias idealizaram
para si.
2. A oposição familiar e as convenções sociais.
2.1. Cf. reLER pp. 402-405.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Educação Literária
Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelhas de avaliação da Escrita – Exposição sobre um tema
Grelha de autoavaliação da escrita

PowerPoint®
Proposta de exposição
Avaliação
Fichas de Escrita
Rubrica e grelhas de avaliação da Escrita – Exposição sobre um tema
Fichas de Educação Literária
Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição

Página 159

Em relação
1. No início do conto «George», a protagonista caminha numa «longa rua» (l. 3), regressando, «depois de mais de vinte anos» (ll. 3-4) à vila
onde crescera para, como se percebe posteriormente, vender a casa dos pais (l. 78). A esse retorno físico corresponde uma viagem
psicológica da protagonista, através da memória, aos seus tempos de juventude. Em «Realidade», o sujeito poético assume igualmente o
regresso a um espaço que frequentara «há vinte anos» (v. 1) e a partir do qual tenta «reconstruir» por meio da «imaginação» (v. 10) quem «era
e como era» (v. 11) nesse tempo. Assim, em ambos os textos se configura um diálogo entre realidade e memória que permite ao sujeito poético
e a George a análise da sua personalidade presente em confronto com o passado.
2. O sujeito poético de «Realidade» afirma a sua diferença e mesmo desconhecimento face ao «outro» (vv. 5 e 14) que se sentia no passado,
aspeto em que se aproxima de George, que vislumbra «a outra» que foi (l. 8) ou imagina vir a ser como alguém distante e diferente, «cujo
nome quase quis esquecer» (l. 8) e face à qual não reconhece semelhanças («são como o dia e a noite», ll. 134-135). Por outro lado, o
«eu» lírico do poema manifesta, relativamente ao decurso da sua vida, um sentimento de frustração. Considera «perdidos» os «vinte anos»
(v. 9) passados desde a última presença naquele espaço. Distingue-se, pois, de George, que assume ter alcançado, nesse mesmo período de
tempo, reconhecimento profissional (ll. 74-75) e desafogo financeiro (ll. 171-173).
3. (a) 2.; (b) 3; (c) 1.

Página 160

Oralidade
1. Tal como George, as protagonistas dos filmes optam por percursos profissionais inesperados no tempo e/ou local em que vivem, afirmando
a sua qualidade e quebrando estereótipos.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Oralidade
Debate
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelhas de avaliação da Oralidade – Debate
Rubrica e grelhas de avaliação da Oralidade – Argumentação em situações de debate e de confronto de perspetivas
– Oralidade Informal

Avaliação
Fichas de Oralidade
Debate
Rubrica e grelhas de avaliação da Oralidade – Debate
Rubrica e grelhas de avaliação da Oralidade – Argumentação em situações de debate e de confronto de perspetivas
– Oralidade Informal
PowerPoint®
Debate

Página 161

PowerPoint®
«George»
Kit Exame em dia
Página 162

Letras prévias • Oralidade


1. (B)
2. (C)
3. (D)
4. (B)

Dossiê do Professor
3. Fichas de Oralidade
Reportagem
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelhas de avaliação da Oralidade – Reportagem
5. Materiais de apoio
Transcrição da reportagem

PowerPoint®
Reportagem
Avaliação
Fichas de Oralidade
Reportagem
Rubrica e grelhas de avaliação da Oralidade – Reportagem

Página 166

Educação Literária
1. (C), (F), (E), (D), (B), (H), (A), (G).
2. A introdução corresponde às sequências (C) e (F), ocupando os três primeiros parágrafos do texto, dedicado à apresentação do «insólito
dispositivo» (l. 4) que desencadeará a ação. As sequências (E) a (A) correspondem ao desenvolvimento, com a narração das peripécias
associadas à relação conturbada entre as famílias de semaforeiros e médicos. A conclusão coincide com a peripécia final, nos quatro últimos
parágrafos – sequência (G) (ll. 68-81) –, com o desfecho inusitado da história: reconciliação das famílias após o acidente de Paco.
3.1. (B). 3.2. (A)
4. A ironia usada no processo permite a crítica à atuação corrupta dos governantes, sugerindo que as suas decisões foram condicionadas por
ofertas e fatores irrelevantes para a decisão.
5.1. (1) «Dobrar do século XIX»; (2) «Primeira Guerra»; (3) «Segunda Grande Guerra»; (4) «revolução de Abril»; (a) Ramon; (b) Ximenez;
(c) Asdrúbal; (d) Paco; (e) Dr. João Pedro Bekett; (f) João; (g) Paulo.

Página 167

5.2. Os marcos históricos assinalam a passagem do tempo e legitimam a verosimilhança da narrativa. Tratando-se de referências a conflitos, podem
também remeter simbolicamente para a evolução da relação entre as duas famílias.
6. Apesar de se conhecerem os seus nomes, os semaforeiros podem ser entendidos como uma personagem coletiva, pois o seu traço de
carácter comum e distintivo é o «amor à profissão» (l. 32), que os faz atuar, ao longo das gerações, do mesmo modo.
7. No Dr. Bekett é ironicamente destacado o seu excessivo «espírito de missão» (l. 43) que determina o seu hábito de procurar pacientes na
rua, numa «ânsia de convencer» (l. 45) que não se compatibiliza com o obstáculo que o semáforo constitui. Por causa dessa persistência,
associada à sua natureza impetuosa e ao seu carácter «severo» (l. 46), entra em conflito com Ramon e inicia a longa «inimizade» (l. 49) entre as
famílias.
8. Os acontecimentos com que o conto encerra correspondem à peripécia final, com uma mudança inesperada no curso da ação. Esta
desenrola-se a partir das desavenças entre médicos e semaforeiros, que são interrompidas quando após um acidente com Paco, o Dr.
Paulo, contrito, decide terminar com a quezília e ser solidário, socorrendo o semaforeiro e ocupando inclusivamente o seu lugar. Dá-se a
reconciliação entre as famílias.

Escrita
1. A bicicleta simboliza a possibilidade de concretização dos sonhos do protagonista.
2. Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Escrita
Texto de opinião
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelhas de avaliação da Escrita – Texto de opinião

PowerPoint®
Proposta de texto de opinião
Avaliação
Fichas de Escrita
Texto de opinião

Página 171

Leitura • Gramática
1. (C)
2. (B)
3. (D)
4. (D)
5. (D)
6. (A)
7. a. Complemento direto. b. Complemento do nome. c. Complemento do adjetivo.
8. Oração subordinada adjetiva relativa explicativa.

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula
Leitura e Gramática

Avaliação
Questões de aula
Leitura e Gramática

Página 172

PowerPoint®
«Famílias desavindas»
Kit Exame em dia

Página 173

Letras prévias
1. A rádio contribui para a evolução, regista e acompanha a inovação e liga as pessoas, entre si e aos acontecimentos. Por isso, e considerando
a sua capacidade de adaptação, continua a ser um meio de informação privilegiado.
2. O conto de Manuel da Fonseca destaca a proximidade e a capacidade da rádio de acompanhar as pessoas, mesmo em meios remotos,
onde outras fontes de informação têm maiores dificuldades de afirmação.

Sugestão:
A introdução ao conto «Sempre é uma companhia», num registo musical e humorístico, pode ser feita a partir da audição do tema musical
Ray-dee-oh, de Os Azeitonas, em que se aborda a relevância e a continuidade da rádio, num mundo de constantes mudanças tecnológicas.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo vídeo

Página 179

Educação Literária
1. Sugestões de resolução no Dossiê do Professor.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Soluções de atividades do manual
Página 181

Gramática
1. «que enche a venda» – oração subordinada adjetiva relativa restritiva; «que ela fará o que acaba de dizer» – oração subordinada
substantiva completiva; «o que acaba de dizer» – oração subordinada substantiva relativa.
2. Valor habitual.
3. a. Ato de fala diretivo.
b. Ato de fala compromissivo.
4. O vendedor referiu que era o último modelo chegado ao país e que, quando se queria, era música toda a noite e todo o dia, ou então
canções, fados e guitarradas. Tinha notícias de todo o mundo, desde manhã até à noite, e notícias da guerra. Apontou para o retângulo azul e
explicou que naquele ponto, era Londres, noutro, a Alemanha e noutro ainda, a América, concluindo que era simples, ia-se rodando aquele
botãozinho. Poisou a mão sobre o ombro do Batola e, exclamando, deu-lhe a sua palavra de honra em como não encontraria nenhum
aparelho pelo preço daquele. Sem dar tempo a qualquer resposta, ordenou a Calcinhas que trouxesse a pasta.

Oralidade
1. A rádio tem maior alcance do que qualquer outro meio de comunicação; divulga informação relevante e alerta para assuntos importantes;
constitui uma plataforma interativa, em que as pessoas podem participar e formar comunidades; em cenários de guerra, informa, reúne e
capacita as pessoas afetadas pelo conflito.
2. O discurso assume um carácter persuasivo no final, quando António Guterres exorta os ouvintes a reconhecerem o «poder da rádio
para promover o diálogo, a tolerância e a paz».

3. O texto apresenta uma dimensão ética e social, abordando o contributo da rádio para o bem comum. Recorre a informação relevante
sobre o tema e desenvolve o ponto de vista do orador de forma consistente, com recurso a argumentos e exemplos.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Oralidade
Discurso político
5. Materiais de apoio
Transcrição do vídeo

Avaliação
Fichas de Oralidade
Discurso político
PowerPoint®
Discurso político

Página 182

Ponto de encontro
1. Em «Sempre é uma companhia» e na Farsa de Inês Pereira, a ação permite a representação do quotidiano da época retratada. Assim, no conto,
os acontecimentos colocam em evidência o espaço sociopolítico de meados do século XX no Alentejo, destacando o isolamento dos habitantes de
Alcaria. Na farsa vicentina, são destacados aspetos como o ambiente familiar do século XVI, marcado pela ausência masculina, o universo dos
casamentos intermediados, a condição feminina, o contraste entre a vida urbana e a vida rural, as práticas de alguns religiosos e a corrupção moral.
2. Gisela e Inês Pereira são figuras femininas idealistas, que anseiam por um marido perfeito. Ambas desejam alguém que supere os padrões
habituais e que as trate bem. Este desejo permite uma abordagem satírica da sua figura e da sociedade em que se integram.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Escrita e de Educação Literária
Texto de opinião
Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelhas de avaliação da Escrita – Texto de opinião
Grelha de autoavaliação da escrita
5. Materiais de apoio
Transcrição do tema musical

Áudio
Tema musical Gisela
PowerPoint®
Texto de opinião
Proposta de texto de opinião
Avaliação
Fichas de Escrita
Texto de opinião
Fichas de Educação Literária
Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira
Rubrica e grelhas de avaliação da Escrita – Texto de opinião
Grelha de autoavaliação da escrita

Página 183

PowerPoint®
«Sempre é uma companhia»
Kit Exame em dia

Página 185
Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática por sequência
Sequência 2 – Contos

Teste rápido de revisão


1. (C)
2. (D)
3. (D)
4. (B)
5. (D)
6. (B)
7. (A)

PowerPoint®
«George»
«Famílias desavindas»
«Sempre é uma companhia»
Avaliação
Fichas de Gramática por sequência
Sequência 2 – Contos

Página 186

Ficha formativa
Grupo I
Parte A
1. A alusão à mãe e o possível comentário que faria, caso conhecesse a opção de George pelas casas alugadas e mobiladas, recordam à
protagonista os preconceitos familiares que a levaram a decidir deixar a vila onde passou a infância e a juventude. O facto de os pais não
compreenderem o seu «desejo de liberdade» (l. 20) motivou George a optar por afastar-se e adotar um estilo de vida contrastante com o dos
progenitores e em que procurou afirmar-se precisamente pela metamorfose, pelas mudanças (de casas, de objetos e mesmo de pessoas). Assim,
aos padrões e convenções familiares e sociais, contrapôs a sua volubilidade e a sua disponibilidade para conhecer e experimentar.
2. A antítese reforça a personalidade livre e o desejo de «desertificação» (l. 14) de George. Rejeitando deixar-se sentir presa por uma casa ou
«objetos que a envolvessem, a segurassem, a obrigassem a demorar-se» (ll. 17-18) onde e quando não queria, opta pelo desprendimento e por
fazer do espaço em que vive um deserto, livre de pessoas e coisas que limitem a sua liberdade. Desse modo, mantém-se sempre «disponível» (l.
18), vivendo de «porta aberta de par em par» (l. 7) e «senhora de si» (l. 19) e dona do seu destino, decidindo quando «partir» e quando
«chegar».
3. O excerto apresenta George na idade adulta, recuperando, através da memória, figuras e momentos do seu passado, em particular os pais.
Recorda a vida familiar, simbolizada na «velha mala de cabedal riscado» (l. 21) e, por meio da imaginação, inventa possíveis comentários
depreciativos da mãe, reprovadores da sua forma de vida.

Página 187

Parte B
4. A segunda pessoa (um «tu» subentendido), a quem o sujeito poético se dirige através de formas verbais no imperativo («Colhe», «larga-as»,
v. 15, «Senta-te», «Abdica», v. 17, «sê», v. 18) ou no conjuntivo exortativo, com valor imperativo («Não tenhas», v. 1), confere ao poema um tom
moralista habitual na poesia de Ricardo Reis. Juntamente com as frases imperativas da primeira e das duas últimas estrofes, a segunda pessoa
remete para o carácter didático do poema, assente na transmissão de uma filosofia de vida.
5. Através das interrogações retóricas, o sujeito poético destaca o facto de não existirem quaisquer «trono» (v. 7) ou «louros» (v. 9) que
impeçam, no final, a ação de «Átropos» (v. 8) ou de «Minos» (v. 10), ou seja, nenhum poder ou triunfo em vida impedirá a morte. Assim, salienta
a inutilidade de qualquer conquista ou de qualquer apego, dada a inexorabilidade da passagem do tempo e a chegada da «noite» e do «fim da
estrada» (v. 14), metáforas da morte, momento da transformação do ser humano em «sombra» (v. 12) que, irremediavelmente, será.
6. De acordo com a filosofia exposta no poema de Ricardo Reis, que os últimos dois versos sintetizam, face à efemeridade da vida e à
inelutabilidade da morte, o ideal, conforme o sujeito poético aconselha, será adotar uma atitude de abdicação, que evitará o sofrimento. Não se
apegando às «flores», a sua perda não será dolorosa, restando-lhe aproveitar o dia serena e moderadamente, «ao sol», enquanto «rei» que alcança
o seu poder e a sua felicidade nesse estado de ataraxia. Do mesmo modo que o «eu» recomenda ao seu interlocutor que não tenha «nada nas mãos»,
George opta por viver «de mãos livres» (l. 8), não se apegando a objetos ou pessoas (ll. 8-10) e, assim, sentindo-se «leve» (l. 13). À abdicação de
Ricardo Reis corresponde à «desertificação» (l. 14) de George, que permite, em ambos os textos, uma existência em liberdade e vivida com um
domínio do estado emocional que permite que o primeiro se sinta «rei» de si próprio (v. 18) e à segunda que seja «senhora de si» (l. 19).

Página 189

Grupo II
1. (A)
2. (D)
3. (B)
4. (A)
5. (B)
6. (C)
7. a. Complemento do advérbio.
b. Complemento do nome.
c. Modificador restritivo do nome.

Grupo III
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Teste 2, matriz e sugestões de resolução
Questões de aula
Contos
Gramática por sequência
3. Fichas de Educação Literária
Contos

PowerPoint®
Proposta de texto de opinião
Avaliação
Teste 2, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Ficha de Educação Literária: Contos
Questões de aula
Contos
Gramática por sequência
Testes interativos
Sequência 2

Página 190

Perfil dos Alunos


As páginas «Letras em Dia» apresentam propostas de atividades sobre temas disciplinares e interdisciplinares, como preconizam as
Aprendizagens Essenciais, e promotoras das competências-chave identificadas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.
Incidem sobretudo em domínios e áreas constantes das Aprendizagens Essenciais de Cidadania e Desenvolvimento. Sobre estas páginas,
leia-se a informação apresentada na parte 7. do Dossiê do Professor.

Dossiê do Professor
7. Autonomia e Flexibilidade Curricular

Competências-chave do PASEO promovidas:


A. Linguagens e textos
B. Informação e comunicação
C. Raciocínio e resolução de problemas
D. Pensamento crítico e pensamento criativo
E. Relacionamento interpessoal
F. Desenvolvimento pessoal e autonomia
G. Bem-estar, saúde e ambiente
H. Sensibilidade estética e artística
I. Saber científico, técnico e tecnológico

Temas sugeridos pelos cartazes:


– segurança rodoviária;
– mudanças alimentares;
–sustentabilidade e escassez de recursos naturais;
– inteligência artificial;
– violência doméstica;
–novas doenças e pandemias;
– desigualdades sociais.
Outros temas:
– cibersegurança;
– experiências médicas e genéticas.

Página 191
Dossiê do Professor
4. Rubricas de avaliação
Rubrica de avaliação da secção «Letras em dia» – Projetos interdisciplinares

Avaliação
Rubrica de avaliação da secção «Letras em dia» – Projetos interdisciplinares

Página 194

As Aprendizagens Essenciais preconizam, para a abordagem dos poetas contemporâneos, a seleção de três autores e a leitura de dois
poemas de cada um desses autores.
Apresentam-se nesta sequência breves antologias de quatro poetas – Miguel Torga, Alexandre O’Neill, Nuno Júdice e Ana Luísa
Amaral – que permitem escolhas e trabalhos diferenciados em função das turmas e/ou de projetos interdisciplinares.
Encontram-se ainda no manual outros poemas de autores contemporâneos:
– Jorge de Sena, «Os paraísos artificiais» – p. 63
– Nuno Júdice, «Álbum» – p. 104
– Eugénio de Andrade, «Ver claro» – p. 196
O trabalho com esta sequência pode ser complementado com o recurso ao caderno Outras letras – Poetas contemporâneos, no qual
se encontra uma pequena antologia de cada um dos autores elencados na lista de obras e textos para a Educação Literária das
Aprendizagens Essenciais e não trabalhados no manual.

Contextualizar
Texto A
1. (B)
1.1. A poesia portuguesa contemporânea caracteriza-se pela diversidade de autores e «vozes poéticas», os quais procuram, nesse grupo
múltiplo que partilha a subjetividade como traço comum, a sua singularidade poética em termos de universos temáticos e de estilo.
2. O amor, o contexto histórico, a sociedade, o quotidiano, as questões meta-físicas, a arte poética.
Sugestão: o vídeo TEDEd «What makes a poem... a poem?» constitui um recurso interessante para a abordagem introdutória à poesia. Está
acessível a partir do link https://ed.ted.com/lessons/what-makes-a-poem-a-poem-melissa-kovacs

Página 195

Textos B e C
3. A arte poética conjuga, segundo Vasco Graça Moura, «apetrechamento cultural» (ll. 2-3) / «boa informação cultural» (l. 9), «adestramento
técnico» (l. 3), «”transpiração” motivada e orientada» (l. 5), «bom domínio da língua» (l. 9), efeitos da «passagem do tempo» (l. 14), a «experiência
vivida» (l. 14), «simulações controladas» (l. 15), «ironias» (l. 15), «sentimentos» (l. 16), «ficções» (l. 16) / «mentiras» (l. 16), «realidades factuais»
(l. 16) / «exatidões testemunhais» (l. 17).
4. A tradição literária consiste na recuperação de temas e formas já explorados em textos do passado e na abordagem pessoal e original que
cada autor faz dessa «herança» (Texto C, l. 5).

Página 196

Letras prévias
1.1. (C)
1.2. A Farmácia da Poesia pretende «incutir nos pacientes, através de poemas, o interesse pela vida e pelas pequenas coisas que tornam
mais luminosos os nossos dias». O seu objetivo coincide com as perspetivas expressas nos poemas, pois a poesia surge como potencial
meio para alcançar a «paz» e o bem-estar.
Educação Literária
1. No Texto A, a leitura é associada à descodificação das «sílabas acesas» (v. 9) do poema, cuja decifração pelo «leitor» (v. 3), superando as
suas limitações interiores (o seu «nevoeiro», (v. 4), lhe permitirá atingir a «claridade» (v. 10) e «ver claro», ou seja, interpretar de forma pessoal
a poesia. No Texto B, a leitura poética é apresentada como uma escuta com potencialidades terapêuticas, capaz de, como uma «oração» ou
um «feitiço» (v. 3), apaziguar a «tristeza» (v. 11) e promover a «paz» (v. 14)
2. Em «Ver claro», o leitor é perspetivado como entidade fundamental no processo poético, com a sua persistência (vv. 6-9) na procura da
«claridade» (v. 10) da mensagem «luminosa» (v. 1) da poesia. Em «Um Poema», a figura do «tu» leitor é focada em particular enquanto
beneficiário da poesia: dela receberá paz de espírito se mostrar dedicação ao texto lírico.

Página 197

Letras prévias
1. Orfeu é o Cantor por excelência, o músico e o poeta. Toca lira e cítara, instrumento cuja invenção lhe é atribuída. [...] Orfeu sabia cantar
melodias tão suaves que até as feras o seguiam, as árvores e as plantas se inclinavam na sua direção e os homens mais rudes se acalmavam.
[...] O mais célebre mito protagonizado por esta personagem é o da descida aos Infernos por amor da esposa, Eurídice. [...] Hades e Perséfone
consentem em devolver Eurídice a um esposo que dá uma tal prova de amor. Mas impõem uma condição: Orfeu atingirá de novo a luz do dia,
seguido da mulher, sem se voltar para trás para a ver, antes de ter deixado o reino das trevas. Orfeu aceita e põe-se a caminho. Estava quase
a ver a luz do dia, quando […] se volta para trás, vendo Eurídice desaparecer e morrer pela segunda vez.
GRIMAL, Pierre, 1992. «Orfeu». Dicionário da Mitologia Grega e Romana. Lisboa: Difel (pp. 340-341)

1.1. O canto de Orfeu, de acordo com o mito, era suave e encantatório, enquanto o canto do sujeito poético é caracterizado pela intensidade e
pela revolta que o levam a assumir-se como um «Orfeu rebelde» e desafiador.

Página 198

Educação Literária
1. A ideia de rebeldia concretiza-se no uso de palavras conotadas com ações intensas e fortes, que contribuem para a (auto)caracterização
do «eu» como alguém insubmisso e revoltado: «possesso» (v. 2); «fúria» (v. 4); «desafio» (v. 8); «gritos» (v. 11); «violências» (v. 12).
2. O sujeito poético diferencia-se dos outros poetas por não se reconhecer nesses «rouxinóis» «felizes» (v. 7). O seu canto não se distingue
pela mera beleza ou pela suavidade indiferente ao mundo. É, antes, um canto exaltado, marcado pela força (v. 4), desafiante (vv. 8 e 15-
16) e comprometido com a realidade (vv. 5-6), seja ela «de terror ou de beleza» (v. 18).
3. (B)
4. O poema preconiza a poesia como uma forma de intervenção sobre o mundo: o sujeito poético canta em reação ao (seu) tempo,
testemunhando a complexidade e a diversidade da realidade, procurando, de igual modo, com as suas palavras, agir sobre o mundo.
Em relação: Pode relacionar-se «Orfeu Rebelde» com «D. Sebastião, Rei de Portugal» (p. 119) considerando:
– a autocaracterização do sujeito poético e a aproximação entre a «loucura» e a rebeldia;
– a dicotomia do ser humano: dimensão física vs dimensão psicológica (vv. 8--10 do poema de Mensagem; vv. 13-14 do poema de Torga).

Gramática
1. (B)
2. a. Predicativo do sujeito. b. Complemento do adjetivo. c. Modificador restritivo do nome.
3. a. Oração subordinada substantiva relativa. b. Oração subordinada substantiva completiva.

Página 199

Letras prévias
1. Resposta pessoal.
Sugestão: vídeo TEDEd «The myth of sisyphus» disponível em
https://www.ted.com/talks/alex_gendler_the_myth_of_sisyphus/transcript?language=pt

Educação Literária
1. O imperativo anuncia uma intencionalidade didática/moralista. Ao longo do texto, o sujeito poético procura transmitir ao seu interlocutor («tu»)
conselhos ou ensinamentos de vida.
2. As reticências marcam uma pausa inicial do sujeito poético, que antecipa a condição necessária para que o seu conselho se possa efetivar.
Por outro lado, considerando a figura mitológica que inspira o poema, identificada no título, as reticências sugerem o carácter repetitivo e cíclico
da ação humana.
3. O sujeito poético apresenta o futuro como um tempo exigente (v. 5). Por isso, recomenda que se chegue a ele «sem angústia e sem pressa» (v.
3) e com «liberdade» (v. 7), para suportar o rigor do percurso.
4. O «fruto» (v. 10) e o «pomar» (v. 13) representam metaforicamente os objetivos pessoais/os sonhos e a vida humana, respetivamente. O
sujeito poético aconselha o cumprimento incansável (vv. 8-9) e integral das «ilusões» (v. 13), rejeitando a satisfação de vitórias parciais (v. 10).
Essas «ilusões» devem ser, porém, colhidas num «pomar» fértil, mantendo o ser humano «sempre a sonhar» (v. 14), ainda que consciente
da dimensão infindável da «loucura» (v. 19) lúcida que o caracteriza como «homem» (vv. 16-18).
Em relação: «Sísifo» permite uma relação temática com «O Quinto Império» (p. 129), de Mensagem, a partir dos tópicos:
– apologia do inconformismo;
– valor do sonho e da «loucura».
Página 200

Oralidade
1.1. Sísifo é entendido como o primeiro GIF animado por representar a primeira figura conhecida a estar eternamente presa na mesma
situação (empurrar a pedra até ao cimo do monte).
2./2.1. Resposta pessoal.

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Oralidade
Texto de opinião
3. Fichas de Escrita
Apreciação crítica
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita
Apreciação crítica
Rubrica e grelha de avaliação da Oralidade
Texto de opinião

PowerPoint®
Apreciação crítica
Proposta de apreciação crítica
Texto de opinião
Avaliação
Fichas de Oralidade
Texto de opinião
Fichas de Escrita
Apreciação crítica
Rubricas e grelhas de avaliação da Oralidade e da Escrita

Página 201

Sugestão: a introdução à poesia de Alexandre O’Neill pode ser feita a partir do visionamento do trailer de Um Filme em Forma de Assim, disponível
em https://medeiafilmes.com/filmes/um-filme-em-forma-de-assim-2022
O filme está integralmente disponível na RTP Play, através do link https://www.rtp.pt/play/p11334/e669942/um-filme-em-forma-de-assim

Página 202

Educação Literária
1. No início do poema, o poeta é apresentado, de modo humorístico, na situação de espera solitária por «um minuto que seja de beleza» (v.
7), ou seja, aguardando a inspiração. Em «abstração» (v. 3), com os cotovelos «sob o tampo da mesa» (v. 5), a metáfora que o descreve
como «todo cotovelos» (v. 6) intensifica a expectativa que vive e a demora em encontrar um motivo poético. Além disso, conforme insinua
a metáfora do verso 8, está dominado pela insegurança e pela indefinição, e sente-se incapaz de dominar, agora, «a musa» (v. 10) que
tantas vezes o inspirou.
2. A «mosca Albertina» é caracterizada como «inseto-insulto» (v. 13), uma vez que compromete a (já ténue) inspiração do poeta. Apesar do
apelo deste para que ela lhe permita dar largas à sua criação, preenchendo (mesmo que em versão imperfeita) o «papel tão branco e
insolente» (v. 20), o inseto continua a afrontá-lo e seduzi-lo, como «mosca-mulher» (v. 18), abstraindo-o ainda mais da criação do poema (v.
25) e levando-o a sair «de chofre» e a sentir-se «desalmado», desinspirado, «por uns tempos» (v. 27).
3. O poema constitui uma arte poética invulgar, pois, ao contrário do que é comum em textos dedicados à reflexão sobre a criação do texto
lírico, recorre a um tom humorístico e aborda a escrita da poesia a partir da situação de um poeta «desalmado» (v. 27). Este desconstrói a
imagem do escritor inspirado, privado das suas faculdades criadoras, e subverte a perspetiva habitual do poeta como ser eleito e produtor
incansável.
Em relação: A arte poética enquanto tópico temático permite uma aproximação do poema com «Autopsicografia» (p. 27), «O luar através
dos altos ramos» (p. 62) e «Orfeu Rebelde» (p. 197), identificando diferenças no que diz respeito a:
– motivos poéticos;
– processo de criação lírica.

Gramática
1. Ato diretivo.
2. Coesão interfrásica e coesão referencial.
3. a. Complemento direto.
b. Sujeito.
Página 203

Letras prévias
1.1. O título da rubrica prende-se com o apreço que o convidado Diogo Gomes revela pelos processos burocráticos. Assume-se «radiante» com
as burocracias, que perspetiva de uma forma sensual e que, por esse motivo, sugere que se apliquem em maior número.
1.2. Ambos os textos, abordando, em parte, um tema comum – a burocracia –, recorrem ao humor e à ironia para denunciar e censurar
práticas sociais, exemplificando, pois, a sátira e os seus propósitos críticos.

Educação Literária
1. A comparação realça a necessidade de suporte de quem enceta iniciativas aparentemente exigentes, como a que é concretizada pela figura
feminina cuja intenção de ultrapassar outras pessoas na fila de uma repartição vem a concretizar-se com a conivência e com o auxílio dos
presentes, incluindo alguns dos lesados.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo radiofónico

Página 204

2. (C)
3. Nos versos 11 a 19, a crítica é dirigida aos «burocratas» (v. 11), ou seja, os funcionários da repartição, que interrompem o momento em
que «destrabalhavam» (v. 11) apenas para auxiliar subservientemente a mulher «que se insinuou a meia-bicha» (v. 3). A sátira concretiza-
se na representação cómica dos trabalhadores ociosos e ineficazes.
4. A interrogação do verso 20 introduz a conclusão das pessoas ultrapassadas na fila pela «espertalheta» (v. 6), depois da reação do
sujeito poético-narrador, que lhe empresta a sua caneta, e dos «burocratas» (v. 11) que a ajudam no preenchimento e na entrega do
«requerimento» (v 19): conforme o conector «Assim» (v. 21) assinala, os lesados entendem que, provavelmente, o «atropelo» (v. 5)
decorreria de uma situação de «urgência» (v. 20), pelo que seria justificado.

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

À letra
1. infinitivo; segunda; indicativo.

PowerPoint®
Exposição sobre um tema
Proposta de exposição
Avaliação
Fichas de Escrita
Exposição sobre um tema
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita
Exposição sobre um tema

Página 205

Em relação
1. Tópicos de resposta:
– No poema de Alexandre O’Neill, em tom intimista, marcado pelo uso da segunda pessoa gramatical, é focada a vertente lírica da produção
de Camões, com referências a figuras femininas representadas em composições de métrica tradicional («Lianor», v. 15, e «Bárbara», v. 17). O
poema de Torga evidencia um tom elogioso e reverente, adequado à evocação da obra épica do autor renascentista (v. 7).
– Em ambos os poemas a figura de Camões assume um valor exemplar face ao tempo da escrita (década de 80 do século XX) e permite, por
confronto, criticar esse mesmo tempo e destacar os seus aspetos negativos. No Texto B, o sujeito poético alude ao presente como «segunda
hora / De vil tristeza (vv. 11-12), após um primeiro momento assim descrito por Camões em Os Lusíadas e que o épico procurou ajudar a
superar. Para tal, tentou «ressuscitar» (v. 3) a pátria, procurando interromper o seu percurso «a caminho da negra sepultura» (v. 6) com a
exaltação heroica, mas também com as suas críticas e os seus conselhos aos portugueses. É, pois, paradigmática a sua tentativa de insuflar
nova «vida» (v. 8) ao país, através tanto da vertente épica como da dimensão antiépica da sua epopeia. No Texto A, Luís (de Camões)
representa os «esquivos» (v. 7), os «loucos» (v. 19) que não se resignam acriticamente às «normas» (v. 8) e ao «cerimonial / dos graúdos» (vv.
1-2), ou seja, à «moral» e aos «usos» (vv. 3-4) impostos. Por isso, cantou «Bárbara» (v. 17), desviando-se dos cânones poéticos da época, e é
ironicamente aconselhado a pôr «Lianor», representante desses cânones, «na fonte / a render, a render» (vv. 15-16) e a resignar-se à «gramática /
videirinha dos dias» (vv. 23-24).
Página 207

Leitura • Gramática
1. (C)
2. (B)
3. (D)
4. (B)
5. (C)
6. (D)
7. a. Modalidade epistémica com valor de probabilidade.
b. Modalidade epistémica com valor de certeza.

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Página 208

Letras prévias
1. O cartoon representa o símbolo da justiça, uma balança, sem os respetivos pratos, que estão em processo de carregamento. A imagem
sugere as dificuldades de efetivação da justiça, eventualmente como consequência da demora associada aos seus processos.
2. Resposta pessoal. Tópicos possíveis, ligados à justiça humana: demora, corrupção, carência de recursos (materiais e/ou humanos)...

Página 209

Educação Literária
1. (D)
2. As nuvens surgem associadas à tentativa de dissimulação de São Pedro, como consequência do excesso de candidatos à entrada no céu.
A possibilidade de «recurso» por parte dos «condenados» (v. 8) gerou grande afluência «para entrar no paraíso» (v. 11), o que tornou
insuportável a tarefa do santo, que se oculta nas nuvens. Estas simbolizam, assim, a disfuncionalidade do sistema de distribuição das almas
entre o inferno e o céu.
3. No final do poema, o anjo que explica «o problema da justiça» afasta-se «arrastando as asas, com a pasta a abarrotar de papéis» (vv. 19--
20). A sua descrição confirma esse problema e ilustra a sua contribuição para ele, pois, assumindo-se como agente dos recursos que permitem
«a presunção de inocência» (v. 12) dos arguidos e apresentando-se sobrecarregado por essa tarefa, compromete decisivamente a justiça
divina, que, assim, replicando a justiça dos homens, se encontra envolvida num grande problema.

Gramática
1. Modalidade epistémica com valor de certeza.
2. Oração subordinada adverbial causal.

Página 210

Educação Literária
1. O poema resulta de um processo que se inicia com uma página em branco (v. 2) e que se desencadeará a partir «de uma imagem» (v. 3)
mental, uma ideia motivada por «um sentimento» (v. 4). Depois da inspiração, o tema pode adequar-se, opcionalmente, a determinados critérios
formais, como a «rima» e o «ritmo» (v. 5).
2. A conjunção adversativa marca o início de um novo momento do texto. Depois de, nas quadras, se ter dedicado a uma breve reflexão
sobre a arte poética, o sujeito lírico introduz agora o tema do amor, cuja importância se opõe à leveza do «ar» (v. 8) que poderia ser a inspiração
do texto. O amor torna-se presente através da interpelação direta à pessoa amada, que marca «sempre» (v. 11) a poesia do «eu», com o seu
«doce lamento» (v. 12) e com o «prazer e pranto» (v. 13) que paradoxalmente nele produz.
3. O poema constitui, de facto, um soneto que se conta, isto é, que narra o seu processo de elaboração. Com a estrutura estrófica própria de
um soneto (catorze versos, distribuídos por duas quadras e dois tercetos) e um esquema rimático habitual nessa «forma acabada» (v. 14) (a b
a b / c d c d / e f g / e f g), embora se afaste do género na métrica (pois os versos ultrapassam as dez sílabas métricas), o poema desenvolve-
se em torno da sua própria construção, desde o sentimento motivador até à conclusão, em chave de ouro, da importância do amor para a sua
génese.

Gramática
1. «a poesia» (v. 7).
2. «ausente e viva» – Modificador apositivo do nome.
«minha amada» – Vocativo
«quem sopra entre as estrofes um doce lamento» – Sujeito.
Página 211

Em relação
1. Em ambos os poemas o amor surge representado como sentimento intenso, ligado à presença (física ou mental) da mulher amada de
forma incondicional e perene, como a anáfora e a metáfora salientam no soneto de Camões (vv. 7-8 e 11).
2. As apóstrofes «minha amada» (v. 11), no poema de Nuno Júdice, e «Senhora» (v. 12), no soneto de Camões, concretizam a interpelação
direta à mulher que desencadeia o amor no sujeito poético e permitem a confissão genuína deste sentimento e dos efeitos que provoca: associa
«prazer» e «pranto», como refere o enunciador do «Soneto contando-se» (v. 13), e envolve a tristeza e o «desmaio» amoroso motivados pela
«ingratidão» da amada, de acordo com o «eu» lírico do soneto de Camões (vv. 13-14).
3. O poema de Nuno Júdice recupera temas e formas típicas da poesia portuguesa. Explora o tema do amor, visado desde a origem da
literatura nacional, com as cantigas trovadorescas de inspiração amorosa, e motivo poético destacado na obra de Camões. Adapta também o
género privilegiado por este autor na sua produção lírica de inspiração renascentista: o soneto.

Ponto de encontro
1. Na canção de Luísa Sobral, o «eu» enunciador manifesta reiteradamente a sua afeição por um objeto que descreve pormenorizadamente
(destacando inclusivamente aspetos menos atrativos) e refere os efeitos do seu «amor a transbordar». O tema musical lembra, pois, a lírica
camoniana, na sua dupla vertente (tradicional e renascentista), em que o amor configura um tema nuclear e é explorado, com frequência, a partir
da representação da mulher amada.

Dossiê do professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do tema musical

Áudio
Tema musical Gosto de ti

Página 212

Letras prévias
1.1. Resposta pessoal, antecipando a exploração de uma doença ou de um fenómeno negativo que atinge a população.
1.2. Ao contrário do que o título parece anunciar, o poema aborda um contágio «doce»: o amor.

Educação Literária
1. O título do poema assume como epidemia o amor, que, na qualidade do «mais doce dos contágios» (v. 17), constitui o tema do texto.
2. A epidemia começa por ser apresentada no que a aproxima de outras doenças (a transmissibilidade) (vv. 1-3), mas é depois destacado
o facto de, ao contrário daquelas, não carecer de «cura» ou «tratamento» (v. 4) e de não provocar «dor» ou «cansaço» (v. 5), tratando-se apenas
com a presença da pessoa amada.
3. No verso 12, a referência aos «especialistas» introduz a conclusão do poema e suporta as recomendações que o «eu» lírico dirige aos seus
interlocutores para que aceitem e se entreguem aos gestos de amor e se deixem contagiar pela epidemia deste sentimento.

Dossiê do professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo radiofónico

Página 213

Gramática temática
1. a. (f); b. (a); c. (b), (d) e (h); d. (c), (e) e (g).
2. (a) Complemento do adjetivo.
(b) Complemento do advérbio.
(c) Complemento oblíquo.
(d) Complemento do advérbio.
(e) Complemento oblíquo.
(f) Complemento do nome.
(g) Complemento oblíquo.
(h) Complemento do advérbio.

Dossiê do professor
3. Fichas de Gramática
Funções sintáticas

PowerPoint® e QuizEV
Complemento do nome
Complemento do adjetivo
Complemento do advérbio
Avaliação
Fichas de Gramática
Funções sintáticas

Página 215

Letras prévias
1.1. (A) e (D).
1.2. Segundo Ana Luísa Amaral, «tudo é poetável», pelo que qualquer situação da realidade pode servir de inspiração, mesmo que não
intencionalmente, para a elaboração de um poema. Essa atenção ao mundo evidencia-se na forma como representa o contemporâneo no
poema «O sopro», em que encontra num pormenor da realidade o ponto de partida para uma reflexão sobre a felicidade.

Dossiê do professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo radiofónico

Página 216

Educação Literária
1. A conjunção introduz o momento em que o sujeito poético contrasta o «ar feliz» (v. 18) e despreocupado da mulher que observa à sua frente,
e que brinca distraidamente com a asa da carteira, com a sua velhice e com o aspeto desgastado da sua indumentária.
2. A mulher age de forma natural e espontânea, brincando com a asa da sua carteira, alheada da gravidade das «pessoas sérias» (v. 19).
Estas pousam as mãos «sobre o colo» (v. 21) e mantêm-se quietas, numa atitude de sisudez que os advérbios dos versos 20 a 21 destacam
e que contrasta com a brincadeira da mulher.
3. Atendendo aos significados de «sopro», o título do poema pode remeter, por um lado, para o influxo de vida que a mulher dá à carteira,
ao brincar com ela, conforme é sugerido no verso 33. Por outro lado, pode sugerir a força e a inspiração que a mulher representa, apesar
da sua idade e da sua simplicidade e do contraste que a sua alegria estabelece com a seriedade das restantes pessoas no mesmo espaço.
4. (D).

Dossiê do professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do tema musical

Áudio
Tema musical As pessoas

Página 217

Letras prévias
1. A eficácia do anúncio decorre da conjugação dos elementos verbais, em particular o slogan, com as fotografias de sorrisos.
1.1. Sugestão de resposta: «Pense no que acontece / a quem se esquece (às vezes) de lavar / toda a placa como deve» (vv. 10-12).

Educação Literária
1. Os dois pontos introduzem explicações: no verso 1, da natureza de um dos rituais referidos, a lavagem dos dentes; no verso 6, do modo
como deve ocorrer uma boa limpeza dentária; no verso 12, dos efeitos de esquecer a higiene oral.
2. O poema apresenta dois momentos distintos. Nos versos 1 a 10, a atenção do sujeito poético centra-se no ritual da lavagem dos dentes,
influenciado pela publicidade. A partir do verso 10, com a forma verbal no conjuntivo com valor imperativo, interpela o interlocutor a refletir
sobre as consequências sofridas por quem, como o próprio (vv. 13-14), se esquece de cumprir a higiene oral e acaba a fazê-lo de madrugada.

Página 218

Em relação
1. O verso de «Autopsicografia» introduz a noção de fingimento, de acordo com a poética pessoana. É em confronto com essa noção que
se desenvolve o poema de Ana Luísa Amaral, no qual o sujeito poético assume e reitera por diversas vezes a necessidade de um sentimento
real, a tristeza (vv. 1, 5, 8 e 9), para produzir a poesia (vv. 1-2).
2. A partir dos «fingimentos poéticos» teorizados por Fernando Pessoa, Ana Luísa Amaral cria um poema que expõe a sua arte poética e
em que figura o poeta como entidade só capaz de dizer «o que deveras sente»
(vv. 19-20). Assume a imprescindibilidade de partir de uma emoção «genuína, original» (v. 5) para a elaboração da poesia, que não pode
surgir de inspirações forçadas (vv. 11-18) nem quando, de acordo com a teoria de Pessoa, a «corda» (v. 23) que liga o coração à razão
«se partiu» (v. 24).
Dossiê do professor
3. Fichas de Educação Literária
Poetas contemporâneos

PowerPoint®
Poetas contemporâneos
Avaliação
Fichas de Educação Literária
Poetas contemporâneos
Kit Exame em dia

Página 221

Teste rápido de revisão


1. (D)
2. (B)
3. (A)
4. (C)
5. (A)
6. (B)
7. (D)

Dossiê do professor
3. Fichas de Gramática por sequência

PowerPoint®
Poetas contemporâneos
Avaliação
Fichas de Gramática por sequência
Sequência 3 – Poetas contemporâneos

Página 222

Ficha formativa
Grupo I
Parte A
1. Os poemas são apresentados através da personificação, assumindo-se como dotados de movimento num universo que remete para a
ideia de viagem («chegam de longe», v. 1, «partir», v. 17, «até onde / os esperam», vv. 18-19), acompanhada de bagagem («sacos»,
«malas»). Nesse percurso, «procuram / imagens onde elas estiverem» (vv. 8-9) e criam, a partir delas, a mensagem que nos transmitem.
2. Os poemas são intemporais e inesgotáveis («não têm tempo para / descansar», vv. 6-7), continuamente (re)criados («não fecham o
caderno que / ainda tem folhas em branco», vv. 7-8) e criativos, inspirando-se no quotidiano (vv. 8-11).
3. (a) 3; (b) 2; (c) 1.

Página 223

Parte B
4. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

PowerPoint®
Proposta de exposição.

Página 225

Grupo II
1. (C)
2. (A)
3. (B)
4. (D)
5. (B)
6. Coesão frásica.
7. Oração subordinada substantiva relativa incluída no complemento indireto.

Grupo III
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Teste 5, matriz e sugestões de resolução.
Questões de aula
Poetas contemporâneos
Gramática por sequência
3. Fichas de Educação Literária
Poetas contemporâneos

PowerPoint®
Proposta de apreciação crítica.
Avaliação
Teste 5, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Ficha de Educação Literária: Poetas contemporâneos
Questões de aula
Poetas contemporâneos
Gramática por sequência
Testes interativos
Sequência 3

Página 226

Perfil dos Alunos


As páginas «Letras em Dia» apresentam propostas de atividades sobre temas disciplinares e interdisciplinares, como preconizam as
Aprendizagens Essenciais, e promotoras das competências-chave identificadas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.
Incidem sobretudo em domínios e áreas constantes das Aprendizagens Essenciais de Cidadania e Desenvolvimento.
Sobre estas páginas, leia-se a informação apresentada na parte 7. do Dossiê do Professor.

Dossiê do professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do poema «O dos Castelos»
7. Autonomia e Flexibilidade Curricular

Competências-chave do PASEO promovidas:


A. Linguagens e textos
B. Informação e comunicação
C. Pensamento crítico e pensamento criativo
D. Relacionamento interpessoal
E. Desenvolvimento pessoal e autonomia
F. Bem-estar, saúde e ambiente
H. Sensibilidade estética e artística

Ler • Analisar
1.1. A Europa surge deitada («jaz»), apoiando-se nos países de antigas civilizações poderosas. Portugal é apresentado como «rosto» do
continente, lançando um olhar enigmático que antecipa a sua capacidade de, tal como no passado, liderar um império (desta vez, de natureza
espiritual).
2. O poema de Ana Luísa Amaral desconstrói a imagem da Europa como local de civilizações grandiosas, elencando problemas que a
caracterizam na atualidade.

Página 227

Dossiê do Professor
4. Rubricas de avaliação
Rubrica de avaliação da secção «Letras em dia» – Projetos interdisciplinares
5. Materiais de apoio
Transcrição do tema musical

Avaliação
Rubrica de avaliação da secção «Letras em dia» – Projetos interdisciplinares
Áudio
Tema musical Guerra nuclear

Página 230

Na lista de obras e textos para a Educação Literária, as Aprendizagens Essenciais preveem a leitura integral de um dos romances de
José Saramago: Memorial do Convento ou O Ano da Morte de Ricardo Reis. Apresentam-se propostas de exploração para as duas obras, de
forma a possibilitar escolhas e trabalhos diferenciados.
Abordam-se, nesta sequência, os romances a partir de excertos selecionados, que permitem a articulação dos tópicos a considerar no estudo
da obra. Na secção «Entre textos», propõem-se atividades que possibilitam a exploração das linhas temáticas de todos os capítulos e que
contextualizam os excertos transcritos.
A verificação da leitura das obras pode desenvolver-se a partir dos QuizEV dedicados aos romances ou através da Ficha de verificação
de leitura (global) de cada uma, disponibilizada na parte 6 do Dossiê do Professor – Projeto(s) de leitura.
Ainda que os romances de José Saramago não apresentem essa designação ou mesmo uma numeração das grandes sequências textuais
que os constituem (e que se demarcam por espaços em branco e início a meio de página), optou-se, por uma questão didática, por adotar o
termo «capítulo» na referência a cada uma delas.

Contextualizar
Texto A
1. Cf. Transcrição do registo no Dossiê do Professor.
1.1. (C)

Dossiê do professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo vídeo

Página 231

Texto B
2. a. A obra de Saramago reflete sobre problemáticas humanas, individuais e sociais, e sobre a literatura do seu tempo (ll. 16-19).
b. A ficção saramaguiana recria «cenários históricos» (l. 25) e interpreta-os de acordo com a visão do presente (ll. 30-31).

Página 232

Texto C
3.1. (C)
3.2. (D)
3.3. (B)

Dossiê do professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo áudio

Página 233

Contextualizar
Textos D, E e F
4. (a) não utilização convencional com recurso apenas a pontos finais e vírgulas; (b) marcação do início de fala no discurso direto com
recurso apenas à letra maiúscula; (c) exploração de sons e pausas e da entoação; introdução de expressões da linguagem informal;
recurso ao tom coloquial; escassa utilização de verbos introdutores do discurso direto; (d) utilização de repetições, de comentários irónicos
e de provérbios populares, por vezes adaptados.

Página 234

Contextualizar
Textos A e B
1.1. (a) Lisboa, Loures e Mafra. (b) A realeza, a Igreja, o amor, as artes, a ciência.
1.2. O amor de Baltasar e Blimunda e a construção do convento de Mafra.
2.1. O sonho de voar (construção da Passarola) do Padre Bartolomeu de Gusmão.
2.2. A expressão reenvia para o universo das narrativas populares, como populares serão os verdadeiros heróis do romance. Por outro
lado, confere à obra uma dimensão intemporal e didática, também típica dos contos populares. A repetição intensifica a sugestão de
universo imaginário, que parece contradizer a ideia veiculada pelo título de que se contará a história (verídica) do convento.

Dossiê do professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo vídeo

PowerPoint®
Memorial do Convento

Página 235

Texto C
3. Resposta pessoal, eventualmente focada no registo da história do convento mencionado.
Textos D, E e F
4. No título, «memorial» é utilizado enquanto nome, pelo que é possível interpretar aquele elemento paratextual de modos distintos. De acordo
com a aceção 2 do verbete, a obra seria o conjunto de recordações acerca da construção do convento de Mafra; contudo, entendido como
«relato de factos ou pessoas memoráveis» (aceção 1), o título passa a abarcar as diferentes linhas narrativas: a construção do convento,
por desejo de D. João V, e a ação dos populares anónimos, mas também a façanha extraordinária de Bartolomeu de Gusmão, com a
ajuda de Baltasar e Blimunda.

Dossiê do professor
6. Projetos de leitura
Ficha de verificação de leitura de Memorial do Convento

Página 237

Texto G
5.1. (B)
5.2. (C)
5.3. (D)
5.4. (A)
5.5. (C)

Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática por sequência

Avaliação
Fichas de Gramática por sequência
Sequência 4 – Memorial do Convento

Página 240

Letras prévias
1.1. D. João V é apresentado como esbanjador (numa visão popular), luxuoso, culto e cosmopolita.
1.2. O facto de se tratar de um rei atento às artes levou a que investisse nesta área e ficasse associado ao Barroco português, através de um
legado de valor inquestionável.
1.3. A magnificência de D. João V é sugerida no texto numa perspetiva irónica, pois é associada à sua vaidade e à ostentação, num
momento que deveria ser de intimidade.

Dossiê do professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo vídeo

Página 241

Educação Literária
1. A repetição confere às palavras do narrador uma autoridade popular, uma vez que elas verbalizam a mentalidade da época. Os problemas de
fertilidade eram vistos como exclusivamente femininos. A mulher era apenas um «vaso de receber» (l. 12), um ser passivo e submisso numa relação
em que o elemento determinante e atuante era o homem, conforme sintetiza a metáfora «O cântaro está à espera da fonte» (l. 48).
2. D. Maria Ana corresponde ao protótipo da mulher da época, obediente e subjugada aos desejos do esposo (ll. 14-15). Mostra-se «suplicante»
(ll. 12-13) a Deus, pedindo-lhe os herdeiros que ainda não conseguira dar ao rei, paciente e humilde (ll. 15-16), como o comprova a «imobilidade
total» (l. 16) a que se sujeita para favorecer a fecundação.
3. A comparação, de valor hiperbólico, destaca, de modo irónico, a grandiosidade, aos olhos do rei, da reprodução da Basílica de S. Pedro de
Roma e a importância de que se reveste para ele essa ocupação. Pode ainda remeter para o carácter divino do poder real, conforme preconizado
pelo absolutismo representado por D. João V.
4. D. João V é um rei pouco modesto, que se compraz na sua pessoa e nas suas capacidades. É vaidoso e agrada-lhe a aproximação a outras
figuras reconhecidas, como o papa Paulo V, em cujo «número ordinal» (l. 36) se revê. Revela-se um rei caprichoso e egocêntrico, servido em
todas as tarefas por inúmeros camaristas que o tratam, e aos seus pertences, «reverentemente» (l. 41).

Página 242

5. (a) e (b) cómico; caricatural; (c) discrepância; (d) servidores; (e) insignificantes; (f) ostentação; (g) ironia; (h) crítica.
6. O rei e a rainha desenvolvem uma relação pouco afetuosa e baseada no cumprimento do «dever real e conjugal» (l. 15). Os seus encontros
sexuais revestem a forma de um ritual. Cumprem meramente as funções que lhes estão destinadas pela mentalidade e pelos costumes da
época.
7. O último parágrafo abre com um conector de valor adversativo, pois a situação relatada em seguida impede que, conforme fora anunciado
anteriormente, o rei «[...] se encaminhe ao quarto da rainha» (ll. 47-48). A visita dos religiosos atrasa (ainda mais) o encontro conjugal entre D.
João V e D. Maria Ana.

Gramática
1. Valor imperfetivo.
2. Oração subordinada substantiva completiva.

Entre textos
Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Soluções de atividades do manual

Página 243

Em destaque
1. A metáfora salienta o facto de os membros da corte, dadas as convenções por que se regem, exibirem poucos traços individuais, agindo
condicionados pelos deveres e pelas normas, sem vida própria, como as marionetas.
À letra
(a) haja; (b) aja.

Página 246

Entre textos
Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Soluções de atividades do manual

Letras prévias
1. Na canção de Os Quatro e Meia, o enunciador destaca o forte envolvimento amoroso com a pessoa a quem se dirige, antecipando as
dificuldades de uma despedida e a vontade de que possam permanecer juntos. O texto narra os primeiros momentos de Baltasar e Blimunda
e o início da sua relação, marcada pelo pedido desta para que ele ficasse em sua casa.

Dossiê do professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do tema musical

Áudio
Tema musical Amanhã, Os Quatro e Meia

Página 247

Educação Literária
1. Ao regressar a casa com o Padre Bartolomeu Lourenço, Blimunda deixou a porta aberta para receber Baltasar, que os seguia. Mais tarde,
durante a refeição, serviu-se da colher de Baltasar depois de este ter comido.
2. O Padre Bartolomeu abençoa Blimunda e os seus bens e, ao incluir também «o punho cortado de Baltasar» (l. 16), sugere que este passa
a pertencer-lhe, indiciando a ligação afetiva entre os dois.
3. As falas de Baltasar e Blimunda evidenciam o carácter transcendente da sua união. Blimunda antevê a necessidade de permanência daquele
que escolheu para que ambos se completem e se concretizem humana e espiritualmente, e anuncia-o, embora de forma enigmática, a Baltasar.
4. No diálogo com Baltasar, podem destacar-se as seguintes características psicológicas de Blimunda: a simplicidade e a naturalidade,
mesmo em relação às suas características extraordinárias («minha mãe o quis saber e queria que eu o soubesse», ll. 25-26, «Sei que sei, não
sei como sei», ll. 26-27), a clarividência («faze como fizeste, vieste e não perguntaste porquê», ll. 27-28) e a objetividade e natureza prática
(«enquanto não fores, será sempre tempo de partires», ll. 29-30, «Se eu ficar, onde durmo, Comigo.», ll. 30-31).

Página 248

Gramática
1.1. Saramago recorre apenas ao ponto final, para assinalar pausas longas (ll. 3 e 16), e à vírgula, que sinaliza as restantes pausas e
marcações da linguagem oral (ll. 1-3, 22-30).
2. Então, sendo tanta a claridade, pôde Sete-Sóis dizer:
– Por que foi que perguntaste o meu nome?
Blimunda respondeu:
– Porque minha mãe o quis saber e queria que eu o soubesse.
– Como sabes, se com ela não pudeste falar?
– Sei que sei, não sei como sei, não faças perguntas a que não posso responder. Faze como fizeste, vieste e não perguntaste porquê.
– E agora?
– Se não tens onde viver melhor, fica aqui.
– Hei de ir para Mafra, tenho lá família.
– Mulher?
– Pais e uma irmã.
– Fica, enquanto não fores, será sempre tempo de partires.
– Por que queres tu que eu fique?
– Porque é preciso.
– Se eu ficar, onde durmo?
– Comigo.

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

PowerPoint®
Apreciação crítica
Proposta de apreciação crítica

Página 249

Educação Literária • Oralidade


Sugestão: Sobre as personagens em Memorial do Convento e respetiva caracterização, pode consultar- se o site Dicionário de Personagens
da Ficção

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Soluções de atividades do manual

Em destaque
1. a. Baltasar: «soldado» (l. 7), «maneta» (l. 8), representante da «mentalidade, anseios e valores das classes populares da sua época»
(ll. 15-16).
Blimunda: «dotada de poderes paranormais, como a capacidade de ver por dentro» (ll. 17-18), com «ar de mistério» (l. 19), «encontra-se na
fronteira entre o mundo real e o mundo mágico, a ciência e o ocultismo» (l. 21).
b. «A história do casal […] constitui […] o nó principal e o mais simpático que une os fios da intriga.» (ll. 1-2); «estabelecem as pontes para
a comunicação entre todos os níveis narrativos» (ll.

Página 252

Entre textos
Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Soluções de atividades do manual
Página 253

Letras prévias
1.1. a. Padre jesuíta do século XVIII, estudioso da matemática e da física.
b. Pediu ajuda financeira a D. João V para criar uma máquina voadora, que construiu na quinta do Duque de Aveiro.
c. As suas experiências levaram a que, de facto, os seus engenhos tivessem voado, primeiro numa sala da Casa da Índia e, posteriormente,
entre o Castelo de S. Jorge e o Terreiro do Paço.
1.2. O romance de Saramago conjuga a figura histórica de Bartolomeu de Gusmão e as suas experiências com acontecimentos e personagens
ficcionais, como Baltasar e Blimunda.

Dossiê do professor
5. Materiais de apoio
Transcrição da rubrica radiofónica

Página 254

Educação Literária
1. Domenico Scarlatti começa por mostrar-se curioso e duvidoso, face à possibilidade de Bartolomeu de Gusmão ter conseguido voar (l. 11).
Confrontado com a máquina voadora, que tratou como um instrumento musical, revela-se racional sobre as hipóteses de tal aparelho poder
voar e um pouco cético, descrendo das potencialidades da sua arquitetura.
2. Baltasar e Bartolomeu ficaram «perplexos» (l. 23) com a pergunta do italiano, atitude demonstrativa da sua ingenuidade. Blimunda,
entretanto chegada, responde a Scarlatti de modo muito lúcido, anunciando em linguagem quase poética a destruição do telhado da abegoaria
para permitir a saída do engenho voador.
3. Com a metáfora, Scarlatti equipara o trio Bartolomeu, Baltasar e Blimunda à Santíssima Trindade celeste, sendo o padre o pai, pela sua
capacidade criadora, Baltasar o filho, aquele que continua as obras paternas, e Blimunda o espírito santo, intervindo na obra com matéria
«não terrenal» (l. 35).
4. A construção da passarola resulta da conjugação das capacidades das quatro personagens: o padre Bartolomeu de Gusmão contribui
com o saber científico e a inteligência (ll. 3-6 e 29), Baltasar, com a sua força e o seu trabalho manual (ll. 29--30), Blimunda com os seus
poderes sobrenaturais (ll. 1-
-3 e 34-35), e Scarlatti, com a sua música, forma simbólica de contribuir para o seu voo (ll. 45-49).

Página 255

Gramática temática
1. a. Complemento direto.
b. Sujeito.
c. Sujeito.
2. e 2.1. (A) Complemento oblíquo. (D) Predicativo do sujeito. (F) Complemento do nome. (G) Complemento direto.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática
Distinguir funções sintáticas dos pronomes pessoais e dos pronomes relativos

Página 256

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Entre textos
1. a. Cf. referência a Domenico Scarlatti no quadro da página 257. b. A música de Scarlatti salvou Blimunda, permitiu-lhe a recuperação após o
abatimento (revelando, pois, a sua potencialidade mediúnica entre o humano e o transcendente).

PowerPoint®
Exposição sobre um tema
Proposta de exposição

Página 258

Entre textos
1. Após a queda da máquina voadora, que leva ao desaparecimento do Padre Bartolomeu, a linha narrativa do romance desloca-se, de
modo mais evidente, para a construção do convento, com ela articulando as sequências em que Baltasar e Blimunda regressam a Monte
Junto para tentar reparar a passarola.
2.1. O início do capítulo cita integralmente o poema «O Infante D. Henrique» (Mensagem, de Fernando Pessoa), para salientar, ironicamente, o
poder de D. João V.
2.2. «como um terramoto profundo que lhe tivesse rachado os alicerces, deixando embora, à superfície, as paredes aprumadas»
(p. 255 da obra). A comparação sugere a importância formativa determinante do Padre Bartolomeu sobre Baltasar. Após a sua morte, também
Sete-Sóis sentiu um grande «abalo», psicológico, tendo perdido a figura que sustentava o sonho da «trindade terrestre».

Página 259

Letras prévias
1.1. Uma visita de Saramago ao Convento de Mafra inspirou-o a deixar registo da história do monumento.
1.2. Carlos Reis destaca o episódio em que se nomeiam os trabalhadores do Convento como evidência da intenção de Saramago de «reverter,
reescrever, reclamar» a História através da ficção, valorizando os construtores anónimos da obra.
2. «já que não podemos falar-lhes das vidas, por tantas serem, ao menos deixemos os nomes escritos, é essa a nossa obrigação, só para
isso escrevemos, torná-los imortais» (ll. 15-17).

Dossiê do professor
5. Materiais de apoio
Transcrição da rubrica radiofónica

Página 260

Educação Literária
1. Após a queda da Passarola e a morte do Padre Bartolomeu, Baltasar começou uma «nova vida» enquanto trabalhador nas obras do
convento de Mafra.
2. (B).
3. Com a enumeração alfabeticamente ordenada dos nomes dos operários, o narrador procura tornar o mais abrangente possível a referência
aos trabalhadores que construíram o convento de Mafra ao serviço de D. João V e às custas da sua coragem e do seu esforço.
4. Segundo o narrador, os heróis da sua história, com diversas deficiências físicas («defeituosos, um marreco, um maneta, um zarolho»,
l. 29), são diferentes dos que habitualmente protagonizam histórica e literariamente grandes feitos – «os belos e formosos, os esbeltos e
escorreitos, os inteiros e completos» (ll. 30-31). Contudo, a sua sujeição à verdade obriga-o a dar conta dos verdadeiros heróis da
construção do convento (ll. 31-32).

Oralidade
1. Cf. transcrição do texto no Manual Interativo.
1.1. (B)

Página 261

Gramática
1. (a) Complemento do nome. (b) Complemento do adjetivo. (c) Complemento do nome. (d) Complemento do adjetivo. (e) Complemento
oblíquo.
2. a. Oração subordinada substantiva relativa.
b. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.

Entre textos
1. A decisão de Blimunda de acompanhar Baltasar a Monte Junto, nesse dia, parece premonitória da necessidade de voltar a esse lugar,
tempos mais tarde, sozinha, em busca de Baltasar, conforme narrado no capítulo 24.
2. A resposta pode contemplar, entre outros considerados relevantes, os tópicos seguintes: os trabalhadores que participaram na construção do
convento de Mafra, mantidos no anonimato pela História, conquistam, em Memorial do Convento, o estatuto de heróis, graças ao sacrifício e ao
sofrimento que lhes foram impostos:
– o abandono, muitas vezes forçado, das suas terras, famílias e amigos;
– as precárias condições de alojamento e de alimentação;
– a dureza das condições de trabalho, que chega a provocar a morte;
– o esforço extremo exigido pelas tarefas de uma obra gigantesca, destacando-se, por exemplo, o transporte da pedra (o carro que a
transporta é comparado pelo narrador a uma «nau da Índia», assim reforçando o carácter épico deste empreendimento).
(In «Critérios Específicos de Classificação» da Prova Escrita de Português, 12.º ano, 2012, 1.ª fase, IAVE)

3. A advertência de Blimunda a Baltasar para que tenha cuidado com a máquina voadora e o seu desassossego com a viagem de Sete-
Sóis (p. 367 da obra), a «ânsia que [...] aperta a garganta» e a «sofreguidão» dos beijos de Blimunda na noite anterior à partida de Baltasar
e os comentários do narrador aquando da despedida do casal (p. 372 da obra).
4. No capítulo 25, em aproximadamente cinco páginas, concretiza-se um avanço de «nove anos». Esta estratégia sugere o carácter ininterrupto
da viagem e da procura de Blimunda e confere um ritmo rápido ao discurso, de modo a conduzir, sem rodeios, ao relato do momento do
reencontro.
Sugestão de atividade:
Segure-se, no final do estudo de Memorial do Convento, a visualização do vídeo de apresentação da peça adaptada do romance de
Saramago pela Éter – Produções Culturais, acessível a partir do link https://vimeo.com/27256893
Após o visionamento, pode solicitar-se aos alunos a análise da recriação da obra literária ou a produção de uma apreciação crítica.

Página 262

Em relação
1. O Texto A relata o momento em que, já iniciadas as obras de construção do convento de Mafra, D. João V decide alargar o projeto da
obra e marcar a data da sua sagração, independentemente das condições que para tal se verifiquem. O Texto B corresponde ao início do
Capítulo IV do Sermão de Santo António, em que o orador se dedica às repreensões gerais aos peixes.
2. O Texto A inicia-se com a reflexão do narrador sobre o vergonhoso «medo de morrer» de D. João V, enquanto manifestação da sua
extrema vaidade. No Texto B, Vieira repreende o vício dos peixes de se comerem uns aos outros, que considera um «grande escândalo»
(l. 4).
3. A anáfora de «é o [medo de morrer] de», no Texto A, apesar de sugerir a fragilidade de D. João V, intensifica o seu lado vaidoso e
egocêntrico, pois o seu receio prende-se com o temor de não poder presenciar o resultado da sua promessa, de não estar presente e de
não ser associado à magnificência da obra. No Texto B, a anáfora, associada à interrogação retórica, promove a visualização e suscita a
reflexão sobre as diversas e constantes iniciativas dos homens para se explorarem uns aos outros.
4. A intertextualidade acentua a ironia com que é descrita a atuação dos camaristas. Ao contrário do contexto em que as frases são usadas
na obra de Camões, remetendo para a coragem e o espírito de sacrifício dos portugueses, no excerto elas marcam, sarcasticamente, a
atuação prepotente do monarca e o servilismo comodista dos criados.
5. A arrogância de D. João V e a sua intransigência levam a que, como o próprio ordena, seja necessário recrutar, «ainda que por violência»
(l. 24), mais trabalhadores para cumprir o seu capricho. Assim, ilustra o modo como «os grandes comem os pequenos» (Texto B, l. 5) de
forma insensível e altiva.

Página 264

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.
Dossiê do professor
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Texto de opinião

PowerPoint®
Texto de opinião
Proposta de texto de opinião
Avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Texto de opinião

Página 265

Em destaque
1. (D)

Página 266

Letras prévias
1.1. Trata-se de um amor natural, espontâneo, marginal.
1.2. O episódio final articula a linha de ação centrada na história de amor de Baltasar e Blimunda com a visão crítica do romance, colocando
os protagonistas como vítimas da sociedade preconceituosa e ritualizada.

Página 267

Educação Literária
1. A frase sugere a profunda tristeza de Blimunda e a intensidade do seu amor, que a leva a superar qualquer medo.
2. As vozes presentes no excerto pertencem a Blimunda, ao narrador e a um interlocutor. Essas vozes permitem imprimir vivacidade através do
discurso direto e do tom coloquial e criar um efeito de veracidade, dando a conhecer um dos encontros de Blimunda durante a sua demanda.
Além disso, as falas dão conta da impressão que Blimunda deixa naquele scom quem se cruza e dos seus sentimentos e reforçam o carácter
incansável da sua busca, que a leva a repetir encontros.
3. Blimunda sente uma força maior agindo sobre si, sempre que tenta alimentar-se. O pressentimento de que deverá ficar em jejum acaba por
confirmar-se quando depara com o auto de fé em que Baltasar é supliciado, pois necessitaria, finalmente, de olhá-lo por dentro e de recolher a
sua vontade.
4. A procura de Blimunda dura nove anos e termina como uma busca proveitosa, pois encontra Baltasar. Embora corresponda à morte de
Baltasar, anuncia também uma nova vida, num plano espiritual, pelo que se associa à simbologia do número 9 (fechamento de um ciclo).
Remetendo simbolicamente para a perfeição e também para a conclusão de um ciclo, o sete aparece como término do percurso de Blimunda,
final da sua demanda e início de um novo caminho espiritual.
5. A última frase encerra o romance com a libertação da «vontade» de Baltasar, mas para se manter com Blimunda, sugerindo a força da
sua união e a transcendência do seu amor.

Oralidade
1.1. e 2. Resposta pessoal.

Dossiê do professor
5. Materiais de apoio
Transcrição dos vídeos
3. Fichas de Oralidade
Debate

PowerPoint®
Debate

Página 268
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Memorial do Convento
3. Fichas de Educação Literária
Memorial do Convento

PowerPoint®
Memorial do Convento
Avaliação
Fichas de Educação Literária
Memorial do Convento
Kit Exame em dia

Página 271

Teste rápido de revisão


1. (D)
2. (C)
3. (A)
4. (D)
5. (B)
6. (C)
7. (C)

Dossiê do professor
3. Fichas de Gramática por sequência

PowerPoint®
Memorial do Convento
Avaliação
Fichas de Gramática por sequência
Sequência 4 – Memorial do Convento

Página 272

Contextualizar
Texto A
1.1. Resposta pessoal. Hipótese de referência ao facto de, como sugerem as palavras de Saramago na contracapa do romance, o autor
imaginar uma nova vida para Ricardo Reis, regressado a Portugal após a morte de Pessoa.
Texto B
2. A epígrafe é o verso de um poema de Ricardo Reis que sintetiza a filosofia de vida do heterónimo, que José Saramago pretende, com o
romance, condenar, mostrando, com o contexto de 1936, que a sabedoria não passa pela atitude contemplativa e pela abdicação.

Dossiê do professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo vídeo

Página 273

Texto C
3. O texto explica as circunstâncias que determinaram a escrita de O Ano da Morte de Ricardo Reis.
4. «impressionava-me» (l. 5), «atraía» (l. 7), «indignava-me» (l. 7), «admiração» (l. 9), «rancor surdo» (ll. 9-10), «antigo rancor» (l. 20),
«permanente admiração» (ll. 20--21), «fascinação» (l. 28) e «calafrio» (l. 28).
4.1. Segundo o autor, a admiração pela «obra magnífica de Ricardo Reis» (l. 5) não impedia que nela visse uma dimensão excessivamente
compassiva, que o intrigava e que a escrita do romance pretendeu desafiar.
5. Resposta pessoal.

Página 274

PowerPoint®
O Ano da Morte de Ricardo Reis

Página 276

Letras prévias
1.1. Segundo o poeta, o «Reino Lusitano» (v. 2) merece a exaltação que lhe dedica na sua epopeia por ter lutado contra os mouros, levando-
os a abandonarem o seu território («Deitando-o de si fora», v. 7), e por continuar a revelar o seu carácter bélico e vitorioso nas guerras que
trava com eles em África («e lá na ardente / África estar quieto o não consente.», vv. 7-8).
1.2. O verso 3 anuncia a vocação marítima dos portugueses, determinada em larga medida pela sua posição geográfica no continente. Da
terra, que «se acaba», os portugueses viraram-se para onde «o mar começa» e iniciaram, eles também, uma nova época na sua História.
1.3. O texto inverte os nomes «terra» e «mar» na relação acabar/começar para sugerir que o tempo de procurar glória no mar terminara.
Fica a ideia de que, no presente da ação – 1935 –, deveriam procurar-se as grandezas e a excelência nacional em terra, no país que
Pessoa, em Mensagem, via envolto em nevoeiro.

Página 278

Educação Literária
1. Ricardo Reis é destacado, inicialmente, em função da situação que o levou a Lisboa: viajante vindo do Brasil, e caracterizado nessa
circunstância, no diálogo com o taxista, passa a hóspede do hotel quando se revela a intenção de permanecer na capital. Assim, são
primeiramente apresentadas as características psicológicas da personagem (que determinam o curso da narrativa) e só depois ela é identificada
pelo nome e pelos seus traços biográficos (elementos menos relevantes, considerando a intenção de Saramago com o romance).
2. No diálogo com o taxista, as «duas perguntas fatais» (l. 17) sugeridas remetem para a perturbação dos princípios existenciais expressos na
poesia de Reis: ataraxia, indiferença, tranquilidade, calma aceitação do destino. No fundo, as perguntas colidem com a ideia de desassossego
preconizada pelo poeta, ao exigirem reflexões e obrigarem o «eu» a intervir sobre o seu destino.
3. Reis vê no rio um símbolo da existência, procurando inspirar-se nele para seguir o seu destino de forma irreversível e inexorável.
4. A interrupção abrupta do motorista sugere que as «grandes mudanças» (l. 26) ocorridas nos últimos «dezasseis anos» (l. 26) podem não ser
positivas, ou, provavelmente, apressar-se-ia a enumerá-las. Ao perceber que o seu interlocutor não conhece o contexto político e social do país
e receando, eventualmente, nesse mesmo contexto, exceder-se nos comentários, opta por encerrar o assunto, cabendo a Reis descobrir
por si mesmo as mudanças anunciadas.
5. A expressão integra uma metáfora e uma hipérbole, que remetem para a perceção psicológica do tamanho das escadas por Ricardo Reis.
5.1. A propósito da referência à «ascensão do Everest», o narrador intervém, de forma omnisciente, para dar conta de que a mesma, no
tempo histórico da ação, ainda não havia ocorrido (a primeira subida ao topo do monte só aconteceu em 1953), por isso constituindo ainda
um «sonho», uma «utopia» de quem se dedicava à escalada.

Gramática
1. Saramago recorre apenas ao ponto final, para assinalar pausas longas (ll. 1-2), e à vírgula, que sinaliza as restantes pausas e marcações
da linguagem oral (ll. 12-18).
2. O gerente, com voz e autoridade de quem o era, mas blandicioso como competia ao negócio de alugador, perguntou se gostava do quarto,
ao que Ricardo Reis respondeu que gostava e que ficava com ele. O gerente questionou por quantos dias seria e o hóspede referiu que ainda
não sabia, que dependia de alguns assuntos que tinha de resolver e do tempo que demorassem.

PowerPoint®
Reprodução do discurso
no discurso
Fichas de trabalho por domínio – Gramática
Reprodução do discurso
no discurso

Página 279

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Dossiê do professor
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Exposição sobre um tema

PowerPoint®
Exposição sobre um tema
Proposta de exposição
Avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Exposição sobre um tema

Página 281

Educação Literária
1. A metáfora «a grande babilónia de ferro e vidro» salienta a grandeza, a confusão e a desordem do espaço.
2. Sensações auditivas – ex.: «ouve-os ranger nas curvas, o tilintar das campainhas» (ll. 2-3). Sensações olfativas – ex.: «Respira-se uma
atmosfera composta de mil cheiros intensos» (ll. 14-15). Sensações visuais – ex.: «olhar para cima, e ver as altas frontarias de cinza-parda» (ll.
24--25). Sensações táteis – ex.: «todos porejando sombra e humidade» (l. 30).
3. Os «caixeiros» refletem as consequências do ambiente, nas suas «faces pálidas» (l. 32) e no seu «ar enfadado» (ll. 33-34).
4. A cidade apresentada no excerto é sombria, monótona e desagradável, sugerindo, metaforicamente, o ambiente do país no período histórico
representado, com as consequências personificadas nos «caixeiros».

Gramática
1. Valor imperfetivo.

Entre textos
1. a. F. Traz folhas com poemas seus (p. 22). b. V. («treze de novembro de mil novecentos e trinta e cinco, passou mês e meio sobre tê-la
escrito», p. 22). c. V. (The god of the labyrinth, de Herbert Quain, apelido que sugere a leitura como «Quem», p. 21). d. F. Vê pela primeira
vez Marcenda.
2.1. «esta manhã de mil novecentos e trinta e cinco, mês de dezembro, dia trinta» (p. 38); «Fernando António Nogueira Pessoa, falecido no dia
trinta do mês passado, enterrado no dia dois do que corre» (p. 40).
2.2. Ida aos jornais e reflexão sobre a divulgação da morte de Fernando Pessoa na imprensa; visita ao cemitério e ao jazigo de Fernando
Pessoa; deambulação por Lisboa (no regresso ao hotel); primeiro encontro com Lídia e diálogo com Salvador sobre Marcenda.
2.3. Exemplos: «Assim se alheia do mundo um homem» (p. 34). «esperava sentir, quando aqui chegasse, quando tocasse estes ferros, um
abalo na alma profunda, uma dilaceração, um terramoto interior, [...] e afinal, só, e de leve, um ardor nos olhos que vindo já passou, nem
tempo deu de pensar nisso e comover-se de o pensar.» (p. 42). «contente de não sentir sequer contentamento, menos ser o que é do que
estar onde está, assim faz quem mais não deseja ou sabe que mais não pode ter, por isso só quer o que já era seu, enfim, tudo.» (p. 52).
«não é seu hábito condescender com tais negligências, sempre seguiu as suas regras de comportamento, a sua disciplina» (p. 54).
2.4. Ricardo Reis conhece Lídia depois de chegar ao hotel e ter necessitado de um empregado para limpar a água da chuva que entrara
pela janela aberta do seu quarto. Confrontado com o nome da empregada, sorri «ironicamente» (p. 51) face à homonímia com uma das
interlocutoras das suas odes, figura bastante diferente da criada «sem poesia» (p. 50).
Página 282

Ponto de encontro
1. e 2. Tópicos de resposta:
– o carácter deambulatório e o observador acidental;
– a poetização do quotidiano;
– a representação da cidade e dos tipos sociais;
– a descrição da cidade como espaço conotado com o aprisionamento e a tristeza;
– a perceção sensorial da realidade;
– a solidariedade social.

Página 285

Educação Literária
1. A afirmação remete para o facto de, no excerto indicado, se articularem deambulação geográfica (passeio pelas ruas de Lisboa) e viagem
literária (evocações de Eça de Queirós e de Camões a partir da observação das suas estátuas).
2. A transformação da frase de Eça coloca em primeiro plano narrativo a «fantasia», envolvida pela «verdade». Tal acontece em O Ano da
Morte de Ricardo Reis, em que o protagonista, criação literária de Pessoa, surge integrado na realidade histórica.
3. O narrador ironiza com a possível construção dos «bairros exclusivos» (l. 46) que vieram a dominar a paisagem da zona urbana de Lisboa
algumas décadas mais tarde. Assim, os comentários do narrador antecipam acontecimentos futuros, que são integrados na narrativa sob
uma perspetiva crítica.
4. O episódio narrado no terceiro parágrafo – o bodo do jornal O Século – contribui para a recriação do tempo histórico visado pelo
romance. Permite também caracterizar o espaço social da cidade, marcado pela existência de muitos pobres – situação comum a que o
polícia já estava «habituado».
5. O labirinto, sobretudo conotado com o espaço que conduz sempre à figura de Camões, remete para a procura da identidade, em primeiro
lugar, a um nível nacional e, em segundo, ao nível individual de Ricardo Reis.
6. A enumeração destaca a falta de ocupação de Ricardo Reis e o carácter rotineiro da sua existência, nos primeiros tempos em Lisboa.

Em destaque
1. O romance conjuga a deambulação geográfica, pois Ricardo Reis «passeia» e dedica-se a «mapear a cidade» (l. 1), percorrendo os espaços
da capital, e a viagem literária, «um processo de divagação» (l. 3), «um percurso interno» (l. 5), desencadeado pela deambulação e, em particular,
pelas estátuas (de Eça, de Camões e do Adamastor), que levam o protagonista a revisitar a literatura do passado e a refletir sobre a produção
diversificada de Fernando Pessoa.

Dossiê do professor
5. Materiais de apoio
Transcrição da reportagem

Página 286

Educação Literária • Oralidade


1.1. Resposta pessoal.

Página 288

Educação Literária • Escrita


Tópicos a integrar no texto:
– o excerto como primeiro momento da obra em que Ricardo Reis contacta com Fernando Pessoa «regressado»; início da série de
encontros que os poetas terão ao longo da obra;
– o «regresso» de Fernando Pessoa por um período de nove meses, associado ao tempo da gestação, até ser remetido ao esquecimento;
– as alusões à «família pessoana» e o diálogo literário com os heterónimos, nas
linhas 35 a 42;
– o carácter monárquico e a filosofia da abdicação de Ricardo Reis (expressa nos versos «Abdica/E sê rei de ti próprio», a que se alude
no diálogo).

Gramática
1. «fala» (l. 20), «respondeu» (l. 21), «explicou» (l. 22), «perguntou» (l. 23) e «esclareceu» (l. 23).
2. (A)
3. «aí» – dêixis temporal; «lá» – dêixis espacial.

Dossiê do professor
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Exposição sobre um tema
Avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Exposição sobre um tema

Página 289

Oralidade • Educação Literária


1. / 1.1. Correção do trabalho de grupo no Manual Interativo.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Soluções de atividades do manual

Página 290

Em destaque
1. a. A intertextualidade concretiza-se a partir da «alusão direta» (ll. 2-3) a versos do ortónimo ou dos heterónimos, por meio da «simbiose»
(l. 4) entre excertos dos seus poemas e o discurso narrativo, sem marcações gráficas que os distingam, e através da alusão difusa a um
poema, que é «lembrado como um todo e não através de um único verso» (ll. 17-18).
b. Os versos de Ricardo Reis surgem «referidos e lembrados» (l. 21), por alusões explícitas ou implícitas, e sustentam «o próprio tecido
narrativo» (l. 21), determinando o momento da ação ou contribuindo para a caracterização de Ricardo Reis enquanto personagem.

Página 292

Entre textos
1.1. A fala de Ricardo Reis destaca o facto de Pessoa, tendo morrido, continuar, de certo modo e ainda que temporariamente, vivo. Já ele,
não sendo uma pessoa real, nunca esteve «verdadeiramente vivo», mas, porque existiu literariamente, também não é «morto».
2.1. (D).
2.2. Após o elogio de Ricardo Reis, é Lídia quem toma a iniciativa de sugerir o contacto íntimo entre os dois, colocando duas almofadas na
sua cama.
Nota:
Poema «Poema em linha reta», de Álvaro de Campos, aludido no capítulo 4 (p. 108), e no capítulo 16 (p. 428), transcrito na página 95 deste
manual.
3.1. (B).
3.2. (C).
3.3. (B).
Nota:
Poema «Sofro, Lídia, do medo do destino», de Ricardo Reis, aludido no capítulo 5 (p. 120), apresentado nas fichas de trabalho de
Educação Literária (Dossiê do Professor).

Página 293

Em relação
1. O sujeito poético sente a passagem do tempo e antecipa a morte (vv. 6-7), adiantando as saudades que terá do presente. A efemeridade
é simbolizada na rosa, que colhe e guarda e cuja perda de vivacidade, ao murchar, acompanha, lembrando o seu próprio destino.
2. «Marcenda» é uma forma verbal no gerúndio latino, equivalente a «a que murcha» e o nome remete para as limitações físicas e para a
fragilidade da personagem do romance.

Página 294

Educação Literária
1. A comparação salienta a imobilidade e a fragilidade da mão de Marcenda, sugerindo, igualmente, pela alusão ao «chumbo cravado no
peito», o motivo que as determinou: o desgosto provocado pela morte da mãe.
2. As intervenções do narrador, no segundo parágrafo, levantando hipóteses sobre a formação académica de Marcenda e comparando-a
com as restantes jovens da época, destacam as qualidades que fazem da personagem uma idealização da figura feminina.

Página 295

3. No final do segundo parágrafo, no momento em que Marcenda requer a presença de Lídia no seu quarto,
Ricardo Reis considera a solicitação «insólita», por promover a «promiscuidade de classes», que o incomoda sempre na sua relação com
Lídia. A criada é, ao longo do romance, como o narrador por diversas vezes refere, lembrada pela sua posição social inferior.
4. Considerando a agitação política e militar que caracterizou o tempo histórico representado no romance, o adjetivo sugere que os temas
a ela ligados dominavam as atenções públicas.
5. Durante o diálogo, Ricardo Reis revela o seu pouco envolvimento e até desinteresse relativamente às questões abordadas, deixando-se,
simplesmente, como um rio, «ir na corrente» (l. 36).
6. A metáfora remete para a hipocrisia subjacente ao regime político português. Sob a aparência de «veludo», veiculando, por meio da
censura e de ações propagandísticas, uma imagem de paz e prosperidade, existia uma «mão de ferro» que garantia, através de
estratégias de repressão, a manutenção da ordem conforme à ditadura.

Gramática
1. Valor de possibilidade ou probabilidade (modalidade epistémica).
2. Discurso indireto livre.
3. Sujeito.

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

PowerPoint®
Texto de opinião
Proposta de texto de opinião
Avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Texto de opinião

Página 296

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Entre textos
1. A. – 5. – b.; B. – 4. – e.; C. – 1. – d.; D. – 2. – a.; E. – 3. – c.
Notas:
Poema «Liberdade», de Fernando Pessoa ortónimo, aludido no capítulo 7 (pp. 184-185), transcrito na página 36 deste manual.
Poema «Cada um cumpre o destino que lhe cumpre», de Ricardo Reis, citado no capítulo 8 (p. 206), transcrito na página 77 deste manual.

Dossiê do professor
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Apreciação crítica

PowerPoint®
Apreciação crítica
Proposta de apreciação crítica
Avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Apreciação crítica

Página 298

Letras prévias
1. A personagem de Lídia, apesar do nome, conforme Ricardo Reis sugere, não se parece com a musa da sua poesia com o mesmo nome.
Ao contrário desta, que partilha com o poeta uma filosofia de vida baseada na indiferença e na ataraxia, a criada do Hotel Bragança é uma
mulher enérgica e integrada no seu tempo, sobre o qual revela curiosidade e manifesta opiniões.

Página 299

Educação Literária
1. Face à objetividade e ao pragmatismo de Lídia, Ricardo Reis surpreende-se e sugere as diferenças existentes entre a criada e a musa
da sua poesia.
2. Daniel, o irmão de Lídia, funciona como personagem que norteia a perceção da criada relativamente ao mundo e ao país. É através do
marinheiro que ela, sem «instrução» (l. 18), ganha consciência da situação política nacional e confronta, muitas vezes, Ricardo Reis.
3. Lídia e Ricardo Reis, psicológica, cultural e socialmente diferentes, desenvolvem diálogos que dão a conhecer a maneira de ser da criada. O
seu sentido prático (ll. 4, 7-8, 9-10) e a sua objetividade (ll. 8-9, 30-32) sobressaem, por contraste, no contacto com a personalidade de Ricardo
Reis e ambos reconhecem que, nesses momentos, Lídia adquire uma dimensão que ultrapassa a do «nada» (l. 18) que ela diz ser (ll. 11-14 e
31-32).

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

PowerPoint®
Exposição sobre um tema
Proposta de exposição
Avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Exposição sobre um tema

Página 300

Em destaque
1. Lídia, mulher «fresca», atraente, sem cultura ou convenções, representa o amor sem qualquer artifício, enquanto Marcenda, mulher ideal,
culta e distante, educada e de sentimentos delicados, representa o amor integrado em normas convencionadas.
Possíveis tópicos de resposta:
– a diferença cultural e social existente entre Ricardo Reis e Lídia;
– a criada enquanto elemento do «mundo real»;
– a influência de Daniel sobre as perspetivas de Lídia;
– Lídia como detonadora da confrontação do poeta com a realidade histórica e política.

Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática por sequência

Avaliação
Fichas de Gramática por sequência
Sequência 4 – O Ano da Morte de Ricardo Reis

Página 301

Entre textos
Notas:
Poema «Cada um cumpre o destino que lhe cumpre», de Ricardo Reis, aludido no capítulo 12 (p. 300), transcrito na página 77 deste manual.
Poema «Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio», de Ricardo Reis, citado no capítulo 14 (p. 356), transcrito na página 68 deste manual.
Poema «Não tenhas nada nas mãos», de Ricardo Reis, citado no capítulo 14 (p. 356), transcrito na página 187 deste manual.
Poema «Para ser grande, sê inteiro», de Ricardo Reis, citado no capítulo 17 (p. 445), transcrito na página 78 deste manual.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Soluções de atividades do manual
Transcrição do poema «Os Jogadores de Xadrez»

Página 302

Letras prévias
1. O protagonista do vídeo, tal como Ricardo Reis, caracteriza-se pela atitude de alheamento e de desprendimento face ao mundo. Contudo,
ambos evoluem no sentido de um maior envolvimento com a realidade, passando de uma atitude meramente indiferente e contemplativa,
para o incómodo e alguma reação aos estímulos exteriores.

Página 303

Educação Literária
1. No início do texto, Ricardo Reis mostra-se «nervoso, inquieto» (l. 6) com as notícias de Lídia dando conta da preparação de uma insurreição
entre os marinheiros. Esse estado de espírito revela-se na sua ida ao Terreiro do Paço para observar os barcos, depois do almoço
(ll. 1-2), e na deslocação ao jardim de Santa Catarina, depois do jantar, «para olhar os barcos uma vez mais» (l. 7).
2. Citado após os acontecimentos envolvendo o barco com o irmão de Lídia, o verso de Reis funciona como uma quase repreensão a si próprio
por se ter envolvido com a realidade, por ter deixado de ser «sábio» e de se «contentar» com «o espetáculo do mundo», sem nele interferir.
Quando tal aconteceu, foi impossível manter a ataraxia.
3. A personificação da cidade sugere e sintetiza o ambiente da capital e do país: face à dura realidade, apenas o silêncio e o leve
envolvimento podem permitir uma existência cómoda.
4. a. Confrontado com a impossibilidade de viver de acordo com a filosofia que fora a sua, até então, desacreditada a possibilidade de indiferença,
como as relações com Marcenda e com Lídia mostraram, Ricardo Reis opta por, ainda assim, seguir uma das linhas dessa mesma filosofia:
«Abdica/E sê rei de ti próprio». Opta, pois, por deixar o mundo em que não consegue manter a passividade do sábio espectador e decide
acompanhar Fernando Pessoa, quando este vem despedir-se, na sua última visita.
b. Com a decisão de Reis, o poeta termina a sua viagem na «terra», que principiara no início do romance (e a transformação do verso de Camões
sugerira), que deixa de ser o espaço simbólico de realização para passar a ser apenas o local de uma espera.

Página 304

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
O Ano da Morte de Ricardo Reis
3. Fichas de Educação Literária
O Ano da Morte de Ricardo Reis

PowerPoint®
O Ano da Morte de Ricardo Reis
Kit Exame em dia

Página 307

Teste rápido de revisão


1. (D)
2. (B)
3. (C)
4. (A)
5. (C)
6. (B)
7. (A)

Dossiê do professor
3. Fichas de Gramática por sequência

PowerPoint®
O Ano da Morte de Ricardo Reis
Avaliação
Fichas de Gramática por sequência
Sequência 4 – O Ano da Morte de Ricardo Reis

Página 308

Ficha formativa
Grupo I
Parte A – Memorial do Convento
1. O uso do conector com valor conclusivo sugere o final de um tempo de espera. De facto, sucessivos adiamentos fizeram com que a data
da sagração das primeiras pedras do convento de Mafra fosse aguardada com expectativa e o início do excerto anuncia a chegada desse
dia particular, há muito desejado.
2. A repetição da expressão intensifica a admiração do narrador face à força da natureza e às condições atmosféricas que envolveram (e
colocaram em risco) a cerimónia de sagração e também face à grandiosidade, magnificência e ostentação das «pompas e cerimónias» (l.
15).
3. A referência ao Adamastor (l. 4) salienta a dimensão da cruz e sugere os perigos envolvidos na concretização do projeto megalómano de D.
João V.
4. O estilo de José Saramago evidencia-se no uso peculiar dos sinais de pontuação, servindo-se apenas do ponto final e da vírgula, mesmo em
exclamações (ll. 13-14), na intertextualidade (com Os Lusíadas, na linha 4, e bíblica, com a menção aos «trinta dinheiros» (l. 25)) e na presença
de um narrador interventivo, como ilustram os comentários das linhas 9-11 e 22.

Página 309

Parte A – O Ano da Morte de Ricardo Reis


1. O excerto corresponde a um dos encontros iniciais de Ricardo Reis com Pessoa, aproximadamente «três semanas» (l. 4) após o regresso
do heterónimo a Lisboa e no final da noite em que o poeta fora ao teatro, procurando forçar um encontro com Marcenda.
2. Ricardo Reis distingue o nome da criada e o perfil de Lídia da imagem da mulher/ musa associada à sua poesia, marcada pela «passividade,
silêncio sábio e puro espírito» (ll. 12-13). Fernando Pessoa desvaloriza essa discrepância, questionando a possibilidade de existência de um
«fenómeno» (l. 12) feminino marcado por esses atributos.
3. Ao longo do diálogo, Pessoa destaca a diferença entre os ideais da poesia de Reis e o seu estilo de vida desde que chegou à capital.
Essa diferença evidencia-se sobretudo no envolvimento com uma «criada de hotel» (l. 6), que se afasta da figura idealizada com o mesmo
nome aludida, «com admirável constância» (ll. 6-7), nas «odes» (l. 11) do heterónimo (e que se aproximará, de facto, de Marcenda), e no
envolvimento com a realidade, que o levou a deixar de ver a vida «à distância» (l. 17). Por esses motivos, mais do que «fingir», no sentido
poético que Pessoa definiu, Reis, confrontado com o mundo, «finge-se», recria e transforma a sua personalidade e a sua filosofia de vida.
4. (B)

Página 310

Parte B
5. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

PowerPoint®
Proposta de exposição.

Página 310

Grupo II
1. (C)
2. (D)
3. (A)
4. (D)
5. (B)
6. Modalidade deôntica com valor de permissão.
7. a. Complemento agente da passiva.
b. Predicativo do sujeito.

Página 311

Grupo II
1. (C)
2. (D)
3. (A)
4. (D)
5. (B)
6. Modalidade deôntica com valor de permissão.
7. a. Complemento agente da passiva.
b. Predicativo do sujeito.

Grupo III
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Teste 6, matriz e sugestões de resolução.
Questões de aula
Memorial do Convento
O Ano da Morte de Ricardo Reis
Gramática por sequência
3. Fichas de Educação Literária
Memorial do Convento
O Ano da Morte de Ricardo Reis
PowerPoint®
Proposta de exposição.
Avaliação
Teste 6, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Fichas de Educação Literária:
Memorial do Convento
O Ano da Morte de Ricardo Reis
Questões de aula
Memorial do Convento
O Ano da Morte de Ricardo Reis
Gramática por sequência
Testes interativos
Sequência 4

Página 312

Perfil dos Alunos


As páginas «Letras em Dia» apresentam propostas de atividades sobre temas disciplinares e interdisciplinares, como preconizam as
Aprendizagens Essenciais, e promotoras das competências-chave identificadas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.
Incidem sobretudo em domínios e áreas constantes das Aprendizagens Essenciais de Cidadania e Desenvolvimento. Sobre estas páginas,
leia-se a informação apresentada na parte 7. do Dossiê do Professor.

Dossiê do Professor
7. Autonomia e Flexibilidade Curricular

Competências-chave do PASEO promovidas:


A. Linguagens e textos
B. Informação e comunicação
C. Pensamento crítico e pensamento criativo
D. Relacionamento interpessoal
E. Desenvolvimento pessoal e autonomia
F. Bem-estar, saúde e ambiente
G. Sensibilidade estética e artística

Página 313
Dossiê do Professor
4. Rubricas de avaliação
Rubrica de avaliação da secção «Letras em dia» – Projetos interdisciplinares

Avaliação
Rubrica de avaliação da secção «Letras em dia» – Projetos interdisciplinares

Página 316

Principais referências bibliográficas consultadas:


• AMORIM, Clara, e SOUSA, Catarina, 2016. Gramática do Português – Ensino Secundário. Porto: Areal
• CARDEIRA, Esperança, 2006. O essencial sobre a História do Português. Lisboa: Caminho
• COSTA, João, e SILVA, Vítor Aguiar (Orgs.), 2011. Dicionário Terminológico. http://dt.dge. mec.pt/ (último acesso em 2021-08-12)
• CUNHA, Celso, e CINTRA, Lindley, 2010. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 19.ª ed. Lisboa: Sá da Costa
• JORGE, Noémia, 2014. Gramática – Português – 3.º Ciclo. Porto: Porto Editora
• MATEUS, Maria Helena Mira et al., 2003. Gramática da Língua Portuguesa. 6.ª ed. Lisboa: Caminho
• RAPOSO, Eduardo Buzaglo Paiva et al. (Orgs.), 2013. Gramática do Português. Volumes I, II e III. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian
• ROCHA, Maria Regina, 2016. Gramática – Português – Ensino Secundário. Porto: Porto Editora

PowerPoint®
Formação e evolução do português
QuizEV
Origem, evolução e distribuição geográfica do Português no mundo

Página 317
PowerPoint® e QuizEV
Processos fonológicos

Página 318

PowerPoint® e QuizEV
Étimos e valores semânticos

Página 319

Praticar
1. (C)
2. (B)
3. (D)
4. (A)
5.1. As palavras remetem para pequenas marcas/nódoas, físicas ou psicológicas, causadas por situações ou acontecimentos dolorosos.
5.2. Imaculado, maculoso.

PowerPoint®
Geografia do português no mundo
QuizEV
Origem, evolução e distribuição geográfica do Português no mundo

Página 320

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula
Classes de palavras
3. Fichas de Gramática
Classes de palavras
Distinguir classes e subclasses de palavras
Distinguir funções sintáticas dos pronomes pessoais e dos pronomes relativos

Avaliação
Questão de aula
Classes de palavras
Fichas de Gramática
Classes de palavras
Distinguir classes e subclasses de palavras
Distinguir funções sintáticas dos pronomes pessoais e dos pronomes relativos

Página 324

Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática
Distinguir classes e subclasses de «que»

Avaliação
Fichas de Gramática Distinguir classes e subclasses de «que»

Página 327

Praticar
1. (A) 6.; (B) 1.; (C) 7.; (D) 8.; (E) 5.; (F) 2.
2. (B)
3. (C)
4. (D)
5. (D)

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula
Classes de palavras
3. Fichas de Gramática
Classes de palavras
Distinguir classes e subclasses de palavras
Distinguir funções sintáticas dos pronomes pessoais e dos pronomes relativos

Avaliação
Questão de aula
Classes de palavras
Fichas de Gramática
Classes de palavras
Distinguir classes e subclasses de palavras
Distinguir funções sintáticas dos pronomes pessoais e dos pronomes relativos

Página 328
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula
Valor modal
3. Fichas de Gramática
Valor modal

PowerPoint® e QuizEV
Valor modal
Valor aspetual
Avaliação
Questão de aula
e fichas de Gramática
Valor modal
Valor aspetual

Página 329

Praticar
1. (A)
2. (A) 4.; (B) 3.; (C) 5.; (D) 1.; (E) 2.

Página 330

PowerPoint®
Constituintes da frase

Página 331
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula Funções sintáticas
3. Fichas de Gramática
Funções sintáticas

PowerPoint®
Funções sintáticas
Avaliação
Questão de aula e fichas de Gramática
Funções sintáticas

Página 333

PowerPoint®
Complemento do nome
QuizEV
Complemento do nome

Página 334
Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática
Distinguir complemento do nome e modificadores do nome

Avaliação
Fichas de Gramática
Distinguir complemento do nome e modificadores do nome

Página 335
Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática
Distinguir complemento do nome, complemento do adjetivo, complemento do advérbio e complemento oblíquo

PowerPoint® e QuizEV
Complemento do adjetivo
Complemento do advérbio
Avaliação
Fichas de Gramática
Distinguir complemento do nome, complemento do adjetivo, complemento do advérbio e complemento oblíquo

Página 336

Praticar
1. (B), (C), (G).
1.1. (A) Predicativo do complemento direto.
(D) Complemento indireto.
(E) Sujeito.
(F) Predicativo do sujeito.
(H) Complemento agente da passiva.
2. (A) 5.; (B) 4.; (C) 3.; (D) 6.; (E) 1.; (F) 4.; (G) 2.; (H) 5.; (I) 1.; (J) 2.; (K) 6.
3. (B)

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula
Funções sintáticas
3. Fichas de Gramática
Funções sintáticas

PowerPoint® e QuizEV
Funções sintáticas
Avaliação
Questões de aula e fichas de Gramática
Funções sintáticas

Página 337

PowerPoint®
Frase complexa

Página 339

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula
Frase complexa
3. Fichas de Gramática
Frase complexa
Distinguir orações substantivas (completivas e relativas)

PowerPoint®
Orações subordinadas substantivas relativas
QuizEV
Frase complexa
Avaliação
Questão de aula e fichas de Gramática
Frase complexa
Distinguir orações substantivas (completivas e relativas)

Página 340
Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática
Distinguir orações relativas (substantivas e adjetivas)
Distinguir orações introduzidas por «que»
Distinguir funções sintáticas de orações subordinadas

Avaliação
Fichas de Gramática
Distinguir orações relativas (substantivas e adjetivas)
Distinguir orações introduzidas por «que»
Distinguir funções sintáticas de orações subordinadas

Página 341

Praticar
1. a. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
b. Oração subordinada adverbial concessiva.
c. Oração subordinada adverbial condicional.
d. Oração subordinada substantiva completiva.
e. Oração subordinada adverbial consecutiva.
f. Oração subordinada adjetiva relativa explicativa.
g. Oração coordenada explicativa.
h. Oração subordinada substantiva completiva.
i. Oração coordenada conclusiva.
j. Oração subordinada adverbial causal.
2. «que a avó fique comovida».
3. e 3.1.
(A) – R – Complemento agente da passiva.
(B) – C – Sujeito.
(C) – C – Complemento direto.
(D) – C – Complemento do nome.
4. (A) 4.; (B) 7.; (C) 5.; (D) 1.; (E) 3.; (F) 2.; (G) 5.; (H) 6.;
(I) 7.

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula
Frase complexa
3. Fichas de Gramática
Frase complexa

PowerPoint® e QuizEV
Frase complexa
Avaliação
Questão de aula
e fichas de Gramática
Frase complexa
Página 342

QuizEV
Processos de formação

Página 343

Praticar
1. (C)
2. a. truta, salmão, carapau, sardinha...
b. guelras, escamas, olhos, cauda, barbatanas...
c. animal, (animal) vertebrado.
3. (1) célula, rede, rato.
(2) laser, podcast, trailer, playlist, Insta, collants.
(3) telemóvel, portunhol.
(4) OCDE, ONG.
(5) laser, PIB, PALOP.
(6) foto, pneu, otorrino, Insta.
(7) miau, cof-cof.

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Processos irregulares de formação de palavras
3. Fichas de Gramática
Processos irregulares de formação de palavras

PowerPoint® e QuizEV
Processos irregulares de formação de palavras
Avaliação
Questão de aula e fichas de Gramática
Processos irregulares de formação de palavras

Página 344
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula
Atos de fala
3. Fichas de Gramática
Atos de fala

PowerPoint® e QuizEV
Atos de fala
Avaliação
Questão de aula e fichas de Gramática
Atos de fala

Página 345

Praticar
1. Primeira tira:
«Desculpa o atraso» – Ato expressivo.
«Fiquei preso num jogo de basquete que durou mais tempo do que devia...», «...a seguir tive de parar na biblioteca para apanhar um livro.»,
«Não tive escolha, o relatório é para amanhã.» – Atos assertivos.
«Não volta a acontecer. Prometo.» – Ato compromissivo.
«Por acaso, estive tão ocupada que nem reparei que estavas atrasado.» – Ato assertivo.
«Queres dizer que gastei uma desculpa porreira para nada?» – Ato expressivo.
Segunda tira:
«Mãe, posso comer uma fatia daquele bolo que tu fizeste?» – Ato diretivo.
«Claro.» – Ato assertivo.
«Não estás à espera que eu o vá buscar, ou estás?» – Ato diretivo.
1.1. O tom cómico da tira surge do facto de as perguntas funcionarem como atos diretivos indiretos. Mais do que a resposta da mãe, com
as questões que lhe coloca, o rapaz espera a sua ação, insinuando a vontade de comer bolo.
2. (A) 4.; (B) 2.; (C) 1.; (D) 5.; (E) 3.

Página 346
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula
Dêixis
3. Fichas de Gramática
Dêixis

PowerPoint® e QuizEV
Dêixis
Avaliação
Questão de aula
e fichas de Gramática
Dêixis

Página 347

Praticar
1. (C)
2. (B)
3. (A) Verdadeira.
(B) Falsa. A dêixis pessoal é assegurada pelo determinante possessivo e pela forma verbal «estamos».
(C) Verdadeira.
(D) Verdadeira.
(E) Falsa. Os deíticos temporais «Reconheço» e «agora» assinalam o momento da enunciação; os deíticos «já» e «fui» remetem para um tempo
anterior ao da enunciação.

Página 348
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula
Modalidades de reprodução do discurso
3. Fichas de Gramática
Modalidades de reprodução do discurso

PowerPoint® e QuizEV
Modalidades de reprodução do discurso
Avaliação
Questão de aula e fichas de Gramática Modalidades de reprodução do discurso

Página 349

Praticar
1. Discurso direto: «O senhor doutor não gostou» (l. 1); «Quer que mande fazer outras torradas, aquecer outra vez o café» (ll. 2-3); «Não é
preciso, fico bem assim» (l. 3).
Discurso indireto: «ele disse que tinha gostado, pusera-se a ler o jornal, distraíra-se» (l. 2).
Discurso indireto livre: «o apetite também não era grande» (ll. 3-4).

Página 351

PowerPoint®
Coesão textual
Anáfora

Página 352
Praticar
1. (a) 2.; (b) 1.; (c) 3.; (d) 2.

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula
Coesão textual
3. Fichas de Gramática
Coesão textual

QuizEV
Coesão textual
Anáfora como mecanismo de coesão e progressão do texto
Avaliação
Questão de aula e fichas de Gramática
Coesão textual

Página 354

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Quadro-síntese – Etapas de produção escrita de apreciação crítica
Quadro-síntese – Etapas de produção oral de apreciação crítica

Página 355
Dossiê do Professor
3. Fichas de Leitura, Escrita e Oralidade
Apreciação crítica

PowerPoint®
Apreciação crítica
Avaliação
Fichas de Leitura, Escrita e Oralidade
Apreciação crítica

Página 356
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula de Leitura e Gramática
3. Fichas de Escrita e Oralidade
Exposição sobre um tema
5. Materiais de apoio
Quadro-síntese – Etapas de produção escrita de exposição sobre um tema
Quadro-síntese – Etapas de produção oral de exposição sobre um tema

PowerPoint®
Exposição sobre um tema
Avaliação
Questões de aula de Leitura e Gramática
Fichas de Escrita e Oralidade
Exposição sobre um tema

Página 357

Praticar
1. O texto constitui uma exposição, pois visa divulgar informação sobre um tema – as fake news –, de forma concisa através de um registo
linguístico marcado pela objetividade, pelo recurso a vocabulário da área explorada e combinando elementos verbais e não verbais
relevantes para a eficácia da explicação.

Página 358
Dossiê do Professor
3. Fichas de Leitura, Escrita e Oralidade
Artigo/Texto de opinião
5. Materiais de apoio
Quadro-síntese – Etapas de produção escrita de texto de opinião
Quadro-síntese – Etapas de produção oral de texto de opinião

PowerPoint®
Texto de opinião
Avaliação
Fichas de Leitura, Escrita e Oralidade
Artigo/Texto de opinião

Página 359

Praticar
1. As interrogações retóricas usadas no final do segundo parágrafo sugerem a perplexidade do autor face às conclusões dos «estudos»
consultados sobre o valor do ponto final em mensagens escritas.
2. (B)
3. O título explora, metaforicamente, a expressão «pontos negros», habitualmente utilizada para referir uma pequena saliência na pele
associada a impurezas, mas que, no caso do texto, remete para a situação perspetivada como estranha e negativa de eliminar o ponto final
em mensagens escritas.

Página 361

Praticar
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.
2. Resposta pessoal, salientando a capacidade crítica e a ligação entre o cartoon e os temas do quotidiano.

PowerPoint®
Cartoon
Apreciação crítica
Proposta de apreciação crítica

Página 362
Dossiê do Professor
3. Fichas de Leitura e Oralidade
Discurso político

PowerPoint®
Discurso político
Avaliação
Fichas de Leitura e Oralidade
Discurso político

Página 363

Praticar
1. O discurso de David Beasley evidencia uma dimensão ética e social na abordagem da desigualdade e da injustiça associadas à fome.
Manifesta um carácter persuasivo ao apelar à intervenção de todos para minimizar os efeitos da carência de alimentos.

Página 365

Praticar
1. O texto de José Luís Peixoto configura um relato de viagem, uma vez que narra uma viagem a Los Angeles, relatando um percurso
efetuado pelo autor e descrevendo os diversos espaços percorridos, também avaliados numa perspetiva pessoal, que salienta o encanto da
cidade, vista como um «caleidoscópio».
Dossiê do Professor
3. Fichas de Leitura
Relato de viagem

PowerPoint®
Relato de viagem
Avaliação
Ficha de Leitura
Relato de viagem

Página 366

Dossiê do Professor
3. Fichas de Leitura, Escrita e Oralidade
Síntese

PowerPoint®
Síntese
Avaliação
Fichas de Leitura, Escrita e Oralidade
Síntese

Praticar
1. Pessoa considera Caeiro o núcleo do seu «drama em gente», dada a sua primazia na origem e a sua ascendência sobre o ortónimo e
restantes heterónimos. Assume o papel de mestre pela sua singularidade em contactar com a realidade exterior e recusar o pensamento
(mesmo que recorrendo a ele), o que contrasta com a angústia existencial e o excesso de consciência de Pessoa, Reis e Campos. Valoriza
a natureza e aprende com ela a simplicidade, a diferença e a irrepetibilidade do mundo, aceitando-as pacificamente. (84 palavras)

Página 367

Dossiê do Professor
3. Fichas de Oralidade
Debate

PowerPoint®
Debate
Avaliação
Ficha de Oralidade
Debate

Página 368
Dossiê do Professor
3. Fichas de Oralidade
Reportagem
Documentário

PowerPoint®
Reportagem
Documentário
Avaliação
Fichas de Oralidade
Reportagem
Documentário

Página 371

Praticar
1. (a) 2.; (b) 1.; (c) 2.; (d) 1.; (e) 3.

Página 374

Dossiê do professor
3. Fichas de Educação Literária
Poesia trovadoresca

PowerPoint®
Poesia trovadoresca
Avaliação
Fichas de Educação Literária
Poesia trovadoresca
Kit Exame em dia

Página 378

Dossiê do professor
3. Fichas de Educação Literária
Fernão Lopes, Crónica de D. João I

PowerPoint®
Crónica de D. João I
Avaliação
Fichas de Educação Literária
Fernão Lopes, Crónica de D. João I
Kit Exame em dia

Página 382

Dossiê do professor
3. Fichas de Educação Literária
Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira

PowerPoint®
Farsa de Inês Pereira
Avaliação
Fichas de Educação Literária
Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira
Kit Exame em dia

Página 386

Dossiê do professor
3. Fichas de Educação Literária
Luís de Camões, Rimas

PowerPoint®
Rimas
Avaliação
Fichas de Educação Literária
Luís de Camões, Rimas
Kit Exame em dia

Página 389
Questões 1 a 4 e respetivas respostas adaptadas do Exame Nacional de Literatura Portuguesa, 2012, 1.ª fase, IAVE.

Página 390

Dossiê do professor
3. Fichas de Educação Literária
Luís de Camões, Os Lusíadas

PowerPoint®
Os Lusíadas
Avaliação
Fichas de Educação Literária
Luís de Camões,
Os Lusíadas
Kit Exame em dia
Página 394

Dossiê do professor
3. Fichas de Educação Literária
Sermão de Santo António, de Padre António Vieira

PowerPoint®
Sermão de Santo António
Avaliação
Fichas de Educação Literária
Sermão de Santo António de Padre António Vieira
Kit Exame em dia

Página 398

Dossiê do professor
3. Fichas de Educação Literária
Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett

PowerPoint®
Frei Luís de Sousa
Avaliação
Fichas de Educação Literária
Frei Luís de Sousa
de Almeida Garrett
Kit Exame em dia

Página 402

Dossiê do professor
3. Fichas de Educação Literária
Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição

PowerPoint®
Amor de Perdição
Avaliação
Fichas de Educação Literária
Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição
Kit Exame em dia

Página 406

Dossiê do professor
3. Fichas de Educação Literária
Os Maias de Eça de Queirós

PowerPoint®
Os Maias
Avaliação
Fichas de Educação Literária
Os Maias de Eça de Queirós
Kit Exame em dia

Página 410

Dossiê do professor
3. Fichas de Educação Literária
Sonetos Completos de Antero de Quental

PowerPoint®
Sonetos Completos
Avaliação
Fichas de Educação Literária
Sonetos Completos de Antero de Quental
Kit Exame em dia

Página 412

Dossiê do professor
3. Fichas de Educação Literária
Cânticos do Realismo de Cesário Verde

PowerPoint®
Cânticos do Realismo
Avaliação
Fichas de Educação Literária
Cânticos do Realismo de Cesário Verde
Kit Exame em dia

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