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Título: Produção de tinta (Azul) através do repolho roxo.

Introdução: A história das tintas é uma jornada que remonta aos tempos pré-históricos,
quando nossos ancestrais usavam pigmentos naturais para decorar paredes de cavernas e
criar arte rupestre. Com o passar dos séculos, as tintas evoluíram significativamente,
passando por várias fases de desenvolvimento.
Na antiguidade, civilizações como os egípcios e os romanos desenvolveram técnicas de
fabricação de tintas à base de minerais e materiais orgânicos, como a cochonilha e a
púrpura de Tiro. A Idade Média viu a produção de tintas à base de óleos vegetais, como o
óleo de linhaça, que se tornaram fundamentais para a pintura a óleo.
A Revolução Industrial do século XIX trouxe avanços significativos na produção de tintas,
com a criação de pigmentos sintéticos e tintas à base de petróleo. Isso impulsionou a
indústria de tintas e permitiu a produção em massa de cores vibrantes.
O século XX testemunhou o desenvolvimento de tintas especializadas para aplicações
como automóveis, impressão, eletrônicos e arte contemporânea. Além disso, a era digital
trouxe a criação de tintas eletrônicas e tintas de impressão digital, revolucionando a maneira
como as cores são reproduzidas e utilizadas.
Tinta ecológica, também conhecida como tinta sustentável ou tinta eco-friendly, é um tipo de
tinta formulada com ingredientes e processos que minimizem impactos ambientais
negativos em comparação com tintas convencionais. Essas tintas são projetadas para
serem menos prejudiciais ao meio ambiente e à saúde humana, utilizando componentes
que reduzem a emissão de compostos orgânicos voláteis (COVs) e o consumo de recursos
naturais. O objetivo das tintas ecológicas é promover a sustentabilidade e reduzir a pegada
ambiental da indústria de tintas.
Vantagens das Tintas Ecológicas:
Menos Emissão de COVs: As tintas ecológicas geralmente contêm níveis mais baixos
de compostos orgânicos voláteis, o que reduz a poluição do ar interior e minimiza os
riscos à saúde humana, como alergias e problemas respiratórios.
Ingredientes Sustentáveis: Elas costumam ser feitas com ingredientes renováveis e
biodegradáveis, contribuindo para a conservação de recursos naturais.
Menor Impacto Ambiental: A produção de tintas ecológicas tende a gerar menos
resíduos tóxicos e a consumir menos energia, água e matérias-primas, ajudando a
proteger ecossistemas.
Qualidade e Desempenho: Muitas tintas ecológicas oferecem qualidade e desempenho
comparáveis às tintas convencionais, o que significa que não é necessário
comprometer a qualidade ao escolher uma opção mais sustentável.
Desvantagens das Tintas Ecológicas:
Custo: Tintas ecológicas podem ser mais caras do que tintas convencionais devido à
escolha de ingredientes e processos de fabricação mais sustentáveis.
Disponibilidade Limitada: Dependendo da região, as opções de tintas ecológicas podem
ser menos abundantes em comparação com as tintas tradicionais.
Variedade de Cores Limitada: A gama de cores disponíveis em tintas ecológicas pode
ser mais limitada, o que pode ser um problema para projetos que exigem cores
específicas.
Menor Durabilidade: Em alguns casos, as tintas ecológicas podem ter uma durabilidade
ligeiramente inferior em comparação com tintas convencionais, especialmente em
condições adversas.
O repolho roxo (Brassica oleracea var. capitata f. rubra) é uma hortaliça que contém
pigmentos naturais conhecidos como antocianinas, que são responsáveis pela sua
coloração roxa. Esses pigmentos podem ser extraídos do repolho roxo e utilizados
para uma variedade de aplicações, incluindo em ciência, arte e culinária.
A extração de pigmentos do repolho roxo envolve a maceração das folhas em água ou
solventes orgânicos, como álcool. Durante esse processo, as antocianinas são
liberadas das células vegetais e dissolvidas no líquido, resultando em uma solução
colorida que pode variar de tons de roxo a azul, dependendo do pH do meio.
Na arte, os pigmentos extraídos do repolho roxo podem ser usados como corantes
naturais em pinturas e trabalhos de tingimento de tecidos, proporcionando uma
paleta de cores única e vibrante.
Além disso, na culinária, esses pigmentos podem ser empregados como corantes
naturais em alimentos, como massas, doces e bebidas, conferindo-lhes tons
atraentes e, muitas vezes, adicionando um toque de diversão e surpresa aos pratos.

Objetivo: Desenvolver uma possibilidade de tinta ecológica utilizando pigmentos naturais.

Materiais: Três béqueres, três espátulas, um béquer grande, pistilo de porcelana, álcool e
tinta guache branca.

Procedimento: Iniciamos o procedimento cortando as folhas do repolho roxo em pedaços


menores, em seguida adicionamos um pouco de álcool no pistilo e algumas folhas e
começamos a macerar esse material, fizemos esse processo mais de 6 vezes para
obtermos bastante pigmento. Após adquirirmos o pigmento em grande quantidade
separamos em três béqueres, neles colocamos uma certa quantidade de bicarbonato de
sódio, em seguida foi adicionado uma quantidade diferente em cada béquer de uma mistura
feita com água e polvilho, esquentados em uma chapa aquecedora, para criarmos uma
consistência de tinta.

Resultado e discussão: após o cozimento das folhas de repolho roxo, obteve-se um


líquido roxo escuro, após o acionamento de bicarbonato de sódio, o PH do líquido mudou,
obtendo uma coloração azul escuro, com o adicionamento da mistura de polvilho e água na
tintura obtida, houve a formação da consistência de tinta, o que facilitou a aplicação da tinta
no papel para a pintura do desenho.

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