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Barbarian Mine - Ruby Dixon
Barbarian Mine - Ruby Dixon
Só Aliens Oficial
1 Os Tubos de Estase são dispositivos usados para conter criaturas vivas, seja para
aprisionamento ou para fins de exibição.
Só Aliens Oficial
Capítulo Um
HARLOW
4 O parasita que faz a simbiose e permite todos viverem no planeta (também chamado de
verme).
Só Aliens Oficial
RUKH
***
Só Aliens Oficial
HARLOW
Capítulo Dois
RUKH
— Não.
Aceno devagar, porque me lembro disso também.
Memórias nebulosas de meu pai escorregam pelo meu cérebro,
e eu aponto de volta para minha caverna.
— Não quero voltar — ela diz, segurando suas peles bem
no peito. — Deixe-me ir.
Ela está balbuciando de novo. Estou decepcionado, porque
não conheço essas palavras.
— Não — eu digo a ela. Eu quero me comunicar. Que ela
saiba que é minha, e que não a descobri, mas cuidarei dela.
— Não!
As sobrancelhas dela caem, e ela bate no meu peito.
— Não me diga não!
Mostro os dentes, frustrado. Não tenho como me
comunicar com ela e dizer-lhe que é minha, e que ficará
comigo. Meu pai tinha muitas palavras, mas ele está morto há
muito tempo, e eu esqueci a maioria delas. Eu uso a única que
tenho.
— Não.
Enquanto eu assisto, suas narinas brilham, e ela parece
estar pronta para cuspir outra rodada de sons em mim. Mas
então seus olhos se abrem, e ela olha para algo sobre minha
cabeça. Eu viro para olhar.
Só Aliens Oficial
HARLOW
Mas não há como negar que meu piolho e meu cérebro não
estão na mesma página. Só espero que ele não pegue o cheiro
da umidade que penetra entre minhas coxas. Porque então
pode não estar disposto a jogar o jogo do nome e em vez disso
me atacar no chão da caverna.
E odeio que meu corpo realmente goste do pensamento
disso.
— Harlow — repito. Sorrio, e então gesticulo para ele
novamente. Certamente ele tem um nome?
— Ar-loh. — Ele põe a mão no próprio peito.
— Rukh.
A palavra é gutural, quase engolido na garganta. Eu tento
repeti-lo. — Roookh.
Ele cheira e bate no peito de novo. — Rukh.
— Oh, você me corrigirá, então? — Minha boca se enrola
em um meio sorriso. — Então começaremos com meu nome.
É Harlow. Não Ar-loh. Ha-r-baixo. Na frente. Como ha ha ha
ha — repito o som.
— Ha ha ha — ele ecoa. — Ha ha ha-ar-loh.
Eu rio. — Você é terrível nisso.
A mão dele vai para o meu rosto, sentindo minha boca.
Seus olhos são largos. Eu congelo, mas ele só bate meus lábios
com os dedos e depois tenta fazer um som. Oh. Ele gosta do
Só Aliens Oficial
***
— Arco fogo.
Sua mão quente toca a minha. Oh Deus, ele é muito, muito
quente. Eu me afasto, embora a única coisa que eu quero fazer
é continuar tocando nele.
Meu piolho traidor? Ele ronrona alto.
RUKH
Isso me frustra.
Har-loh me dá um sorriso sonolento.
— Desejo ter uma almofada de novo.
Embora seu rosto seja plano e sua sobrancelha não esteja
nem um pouco enrugada, ela é totalmente bonita naquele
momento. Sinto vontade de tocá-la, e estendo a mão dela na
minha. Ela tem mais um dedo do que eu, e estão frios contra
o meu. Posso sentir seu susto, mas um momento depois ela
relaxa e agarra minha mão de volta.
— Har-loh — eu digo em voz baixa. Sua pele é tão macia.
Eu quero explorar tudo isso, para ver o que está embaixo das
peles pesadas que ela insiste em usar. Seu cheiro emana na
caverna e faz meu pau mexer.
Um arrepio se move através dela e ela morde o lábio. Por
um momento eu acho que ela está com frio, mas então seu
peito vibra forte, cantando como o meu está, e eu percebo que
ela está sentindo as mesmas coisas que eu estou.
Encorajado, minha mão vai para o meu pau.
— Não! — ela diz rápido. Ela parece envergonhada e dá um
pequeno tremor de cabeça. — Não faça isso.
Eu franzo a testa. Estar ao seu redor – sentindo seu cheiro
incrível, tocando sua pele, ouvindo sua voz – tudo isso me faz
querer tocar meu pau. Mas ela usou a palavra não e quero
Só Aliens Oficial
***
7 Criaturas parecidas com Yeti com pelo branco que geralmente é amarelo e marrom sujo.
Só Aliens Oficial
Capítulo Três
HARLOW
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Só Aliens Oficial
fazer. Ele quer me agradar, mas também não quer que eu seja
devorada.
Não me admira que o homem esteja tão sujo. Sinto pena
do meu pobre bárbaro.
— Cuidado — peço-lhe. Pego um punhado de neve e
esmago várias bagas na bola de neve, em seguida, atiro rio
acima. Leva alguns minutos, mas então, um por um, se
movem mais e mais a distante, até que estejam fora de vista.
Os comedores de rosto não gostam da fruta, e toda vez este
pequeno truque funciona como um charme.
Rukh dá grunhidos, impressionado.
— Venha ― chamo. — Vamos nos limpar.
Ele insiste em checar a água antes que eu entre, e espero
pacientemente na margem, tirando minhas peles. Estou
ansiosa para me limpar. Eu gostaria de poder limpar minha
roupa de pele também, mas não tenho certeza de como alguém
lava a pele, e não tenho nada para mudar. Elas terão que ficar
sujas por enquanto.
Quando ele dá o sinal verde, eu coloco o pé na água. É
como o céu. Eu afundo todo o caminho e dou um gemido de
puro prazer.
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— Har-loh lavar?
— Oh, eu estou definitivamente lavada agora — eu digo em
uma voz assustada. Eu esfrego os olhos.
Rukh franze e toca meu braço, e então tenta esfregar uma
das minhas sardas. — Lavar?
— Isso é parte da minha pele, grandão. — Eu coço em uma
e então sacudo minha cabeça. — Elas não saem. Viu? E estão
em cima de mim. São ‘sardas’ na minha língua.
— Saar-da? — Ele toca uma.
— Perto o suficiente. — Eu sorrio para ele e aponto para
várias no meu braço.
Ele toca um dedo em cima de uma pinta no meu braço, e
então uma no meu ombro. Então, ele bate uma na minha
clavícula e eu perco o fôlego. Eu quero que ele continue?
Eu... meio que quero.
Então continuo completamente imóvel enquanto seus
dedos rastreiam sobre minha pele, explorando minhas sardas.
Eu não sou uma daquelas meninas sortudas que só tem
algumas sardas bonitas aqui e ali. Se há um pouco de sol para
tocar minha pele, eu tremo loucamente. Minhas bochechas
estão cobertas delas, assim como a ponte do meu nariz e
minha testa. Meus braços e parte superior do peito também
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RUKH
Eu aponto adiante.
Ela aponta atrás de mim e se repete. — Não voltaremos?
— Não. — Eu aponto adiante.
— Mas minhas coisas! — Ela tenta tirar a mão da minha.
— Minhas peles. Não posso deixar.
— Não — declaro de forma clara. Eu não voltarei, não
importa quão chateada ela fique. Não posso arriscar que os
maus a tirem de mim. O medo me corrói a mente, e vagos
flashes de memória vêm à tona: o rosto cansado do meu pai.
De outro homem – não, um menino – em casa conosco. Então,
some e fica a sensação de enorme perda.
Eu aperto a mão de Har-loh e a puxo junto. Ela verá que
estou certo nisso, com o tempo.
***
***
Capítulo Quatro
HARLOW
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outro osso cruzado para fazer uma alça para o meu pente
antiquado. Ele cabe na minha mão perfeitamente, e uso para
pentear através do meu próprio cabelo emaranhado e fico
satisfeita com os resultados.
Uma vez que comemos, eu sorrio doce para Rukh e aponto
o chão ao meu lado. — Venha cá, Babe.
Eu me vejo chamando-o de Babe cada vez mais. Embora
não estejamos oficialmente acasalados, parece que estamos
no estágio indo firme. Estou quase pronta para levá-lo ao
próximo nível. Quase.
Meu corpo inteiro se contorce ao pensamento, lembrando-
me que está mais pronto do que minha mente.
Rukh cai no chão ao meu lado, curioso. Olho entre as
pernas (quero dizer, o homem está sempre nu. É claro que o
olho é atraído para lá) que dá até vergonha. Isso, é claro,
desliga meu piolho, o que desliga seu piolho, o que significa
que será uma noite cheia de conversa fiada. Estou cansada
demais para pensar em sexo, então meu corpo terá que
esperar.
— Pentearei o seu cabelo — informo a Rukh. Eu arrasto o
pente através do meu próprio cabelo sem emaranhados e
mostro o que quero dizer, e então eu gesticulo no cabelo dele.
Ele me dá uma olhada cauteloso, então procura o pente.
Só Aliens Oficial
***
Exceto que eu não. Adormeci em algum lugar na metade
da minha longa e envolvida tarefa, e só tenho vagas memórias
de Rukh puxando o pente da minha mão e enrolando peles ao
meu redor.
Quando acordo de manhã, porém, sou recebida com uma
surpresa. Há carne fresca colocada sobre um novo fogo, e o
homem que cuida de ambos é absolutamente deslumbrante.
Eu encaro em choque Rukh, que parece um homem
mudado. Enquanto eu dormia, ele terminou seu próprio
cabelo com o pente. Não mais selvagem em torno de sua
cabeça, cai em uma cascata suave em suas costas, fazendo as
cristas gêmeas de seus chifres muito mais exuberantes
quando arqueia de sua testa. Ele se parece muito com a tribo
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RUKH
quanto eu. Meu peito pulsa e canta alto que parece que está
balançando meu interior como um terremoto.
Algo está errado. Mas o quê?
Estou deitado, observando o fogo, quando Har-loh grita. É
um som de dor e perda, e imediatamente fico alerta,
aterrorizado por ela.
Eu não estava vendo? Alguma coisa a mordeu? Ela está
ferida?
Mas quando eu a puxo contra mim, seus olhos vibram
como se estivesse perdida em um sonho, e seu peito bate
descontroladamente, na mesma batida frenética do meu
próprio.
— Não — ela chora com uma voz fraca. Ela não está
olhando para mim. Em vez disso, ela balança a cabeça, como
se discutisse com uma pessoa invisível.
— Har-loh. — Eu bato na bochecha dela, então escovo
meus dedos sobre ela. O que está acontecendo?
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HARLOW
Está de volta.
Eu sei que o tumor está de volta, porque todos os sintomas
estão lá. Eu me sento e olho ao redor do acampamento, mas
tudo está borrado e duplo. Duas fogueiras, dois Rukhs, duas
árvores quando deveria haver apenas uma. Não há cor; o
mundo é preto e branco. Esse é outro sintoma. Minha cabeça
bate e meu corpo pulsa.
É como antes.
Não se foi. O computador da nave mentiu para mim. O
tumor cerebral não está erradicado pelo meu khui. Estava
dormente, esperando minha guarda baixar. Levanto uma das
minhas mãos na frente do meu rosto. Está tremendo. Estou
tendo – outro sintoma do tumor empurrando meu cérebro.
— Não — eu grito, apertando minha mão em um punho
em um esforço para fazê-la parar de tremer. — Você disse que
tinha desaparecido! Você disse que o tumor foi destruído! Que
não estava lá!
— Harlow — o computador me repreende. — Há regras e
você não as está seguindo. Você pede muito do seu khui e não
dá nada em troca. O que você esperava?
— O que ele quer?
Só Aliens Oficial
— Harlow.
— O quê?
— Harlow. — A voz do computador está ao meu redor. Está
na minha cabeça, apoiada no tumor que está determinado a
me matar.
— Harlow. Harlow.
Eu solto um suspiro, como se água tivesse sido jogada no
meu rosto. Meus olhos se concentram no rosto – um rosto
único e nítido – a centímetros do meu. Não há borrão.
Nenhuma visão duplicada. Eu bato no céu da minha boca com
a língua. Sem derrame. O tremor que sinto? É meu piolho,
lembrando-me que estou unida a Rukh. Está vibrando tão
forte que meu peito parece que há um barco a motor preso
dentro dele.
Meu estômago está embrulhado, e eu saio dos braços de
Rukh um momento antes de vomitar.
Foi só um pesadelo, digo a mim mesma enquanto vomito
o jantar na neve próxima. Meu cérebro está apenas sendo
hiperativo. A vibração intensa do meu piolho assustou meu
cérebro adormecido, pensando que era uma convulsão.
Só estou me assustando.
Retorno e limpo a minha testa suada. Vomitar não me fez
sentir muito melhor. Só me sinto pior. Não sinto que foi só um
Só Aliens Oficial
RUKH
Chegamos.
Eu pego a mão da minha mulher cansada e a levo para
frente, animado. Quero que ela ame o novo lugar que a levei
Só Aliens Oficial
HARLOW
Capítulo Cinco
RUKH
— Parece nojento.
Arranco uma das pernas e a suculenta carne pálida de
dentro da casca dura surge. Nunca comi um desses cozidos,
mas parece e cheira muito melhor do que cru. Mas porque
Har-loh é a coisa mais importante para mim, eu não comerei
até que ela esteja cheia.
Ela faz uma careta enquanto toma a mordida de mim e
gentilmente coloca-o em sua boca. A língua dela tremula para
provar, e meu pau mexe em resposta à vista. Um momento
depois, seus olhos se acendem e ela me olha de surpresa. —
Que gostoso!
Ela gosta? Arranco outra perna e ofereço a ela.
— Coma.
Har-loh faz gestos para mim e escolhe sua perna,
removendo a carapaça dura antes de bisbilhotar a carne. Eu
faço o mesmo, e a comida é realmente saborosa assim.
Minha Har-loh sabe tantas coisas. Ela é incrível. Meu peito
e o dela pegam a música. Ela olha para mim e sorri, depois dá
outra mordida.
Então relaxo e como também.
Quando pegamos toda a carne dos ossos, Har-loh está
cheia e lava as mãos e a boca com um pouco da água da pele.
Eu faço o mesmo, já que a limpeza parece importante para ela.
Só Aliens Oficial
Capítulo Seis
HARLOW
Um Ano Depois
RUKH
10 Criança
Só Aliens Oficial
***
Capítulo Sete
HARLOW
razão. — O que quer que faça, fique calmo, ok? Ouça o que
eles dizem e não ataque primeiro. Prometa-me.
Ele acena e me dá um beijo rápido e feroz.
— Eu serei como as sombras. Eles não me verão.
— Mmm. — Não tenho certeza se acredito nisso, mas
confio nele, e me sinto melhor quando ele se muda para uma
das cestas de armazenamento que eu tenho alinhado em
nossa caverna e puxa seu manto de pele branca. Vai escondê-
lo entre a neve como camuflagem.
Então ele se foi, saindo da entrada da caverna, e luto
contra o desejo de pânico. Em vez disso, eu fico ocupada.
Apago o fogo (para que as gavinhas da fumaça não tragam
andarilhos curiosos), endireito a caverna, afio minha pequena
faca, como um pouco de carne, esfrego minha barriga e
espero.
A espera parece interminável.
Depois do que parece para sempre, vou para a frente da
caverna, espiar lá fora. Eu procuro nas colinas, cobertas de
neve ao longe, um flash de pele azul ou cabelo escuro, mas
não o vejo. Isso é bom e ruim. Eu passo para a boca da
caverna, preocupada.
E se o encontrarem e ele os atacar? E se algo ruim
acontecer?
Só Aliens Oficial
Hesito novamente.
— Oh, vamos lá — diz Liz com um gemido. — Eu sei que
você não engravidou você mesma. Um cara está aqui com
você. E a julgar pela falta de uma TV de plasma e sofá, imagino
que ele seja um alienígena, certo? Quem é?
Ela se inclina para a frente.
— Um dos caçadores, certo? Não posso acreditar que
algum bastardo te esgueirou e não disse nada a ninguém. Isso
não está certo, manter você aqui.
Eu recuo, um pouco alarmada pelo veneno na voz dela. —
Não é um da tribo.
Ela senta-se e franze a testa. — Não é? Ele não é sa-khui?
Nossa, agora estou realmente me pintando em um canto.
— Eu não disse isso.
Ela avança de novo. — Harlow, não sou a inimiga aqui. O
que está acontecendo? Por que você está sendo tão estranha?
Molho meus lábios secos, preocupada. Meu lado escolhe
aquele momento para enviar uma dor aguda através da
barriga e eu mordo de volta uma farsa.
— Faz um ano, Liz. Eu só preciso de um tempo para me
ajustar às coisas.
Os olhos dela se arregalam.
Só Aliens Oficial
RUKH
— Não, estou bem — diz ela, mas sua voz parece trêmula.
Ela empurra contra meus braços, mas eu me recuso a soltá-
la. — Fiquei tonta por um momento.
— A outra mulher diz que o kit está deixando você doente.
Suas sobrancelhas avermelhadas juntas. — Liz?
Eu aceno. — Você está com dor agora?
As mãos dela estão sobre a barriga, e ela lambe os lábios
secos, hesitando. Isso me preocupa. Liz não está errada.
— Minhas costas doem, é claro, e meu lado dói o tempo
todo. Mas essas são coisas normais, não são?
— Não sei. Ela pegará o companheiro. Quer falar comigo.
— Raahosh?
Mais uma vez, a sobrancelha de Har-loh se juntam.
— Sobre mim? Prometo que estou bem.
— Você não está. — Eu a ajudo a sentar e dou-lhe uma
pele de água para beber. Noto sua mão tremer, e é como uma
lança através de minhas entranhas. As palavras acusadoras
de Liz passam pela minha mente, muitas e muitas vezes. Você
acha que é seguro estar aqui?
Eu movi Har-loh para cá porque eu sabia que ninguém
viria aqui. Eu sabia, e a tirei do curandeiro que poderia fazê-
la ficar bem. A culpa ameaça me engolir.
As mãos dela caem sobre meu braço.
Só Aliens Oficial
HARLOW
— Você também.
As narinas de Raahosh inflamam e seu corpo tensa.
— Meu irmão mais novo era Maarukh. Esse é o seu nome?
Você é filho de Vaashan?
Eu ofego. Marukh? Rukh?
Liz engasga também.
— Oh merda — ela respira e seu olhar encontra o meu.
— Bem que eu achei que vocês eram parecidos.
Mas nenhum dos dois se mexe.
Ambos parecem duros e desconfortáveis.
Depois de um momento, Raahosh fala.
— Meu pai me deixou com a tribo depois que você nasceu.
Sua mão vai para o rosto e toca suas cicatrizes na
memória.
— Voltei a procurá-lo depois de muitas temporadas,
quando eu tinha idade suficiente para me juntar às fileiras de
caçadores, e sua caverna foi destruída. Não havia sinal de
vida. Presumi que você e ele estivessem mortos. Esta é uma
terra difícil para um pequeno kit e um homem sozinho.
Rukh está silencioso. Toco a perna dele em uma carícia,
preocupada sobre como ele está lidando com isso. De repente,
nosso mundo está virado de cabeça para baixo, e agora
descobre que ele tem um irmão? Isso tem que ser difícil.
Só Aliens Oficial
RUKH
então para baixo para um seio. Eles estão maiores agora que
o kit está inchando dentro dela, e eu amo quão cheio seu corpo
está ficando. Eu cuidadosamente lambo uma ponta, e então
acaricio. O som que ela emite em reação faz meu pau se
balançar, e eu os chupo várias vezes, minhas mãos vagando
pela pele macia.
— Eu te amo, Rukh — ela respira. — Tanto.
— Minha companheira — falo suavemente. — Minha
mulher. — Eu beijo o monte arredondado de sua barriga, e o
pequeno galo de seu umbigo que agora sobressai para fora.
Então eu me movo mais para baixo, para suas coxas e sua
boceta. Suas pernas se abrem ansiosamente, e eu posso ver
que ela está molhada com expectativa para a minha boca. Ela
geme quando eu lambo suas dobras, seu corpo se movendo
nos cobertores. Ela é minha. O pensamento é feroz em minha
cabeça enquanto eu lambo seu clítoris da maneira que ela
gosta, e suas mãos vão para meus chifres, me segurando lá.
Eu a ataco com a boca, usando tudo o que tenho para lhe
trazer prazer. Minha língua dá um giro no clítoris dela, meus
dedos se aprofundam em sua boceta, e eu a acaricio enquanto
a trabalho com minha boca. Ela geme e mexe nas peles, mas
eu não pararei até ela gozar.
Só Aliens Oficial
RUKH
Não sei por que isso me irrita, mas isso é verdade. Você
não é culpado.
Também estou zangado e intrigado com o porquê. Eu
amava meu pai. Sentia muita falta dele, mas depois de ouvir
isso, estou cheio de confusão e ressentimento por ele. Ele
nunca me contou sobre Raahosh. Nem que teve que forçar
minha mãe a ficar com ele. Não sei mais o que pensar.
— Quando ele morreu?
Capítulo Oito
HARLOW
***
— Eu te amo.
— Você é meu coração — ele diz grosseiramente.
Eu sei que sou. Sorrio para ele de novo, mas então a suave
música de Maylak começa e eu sinto uma estranha...
excitação no meu peito. Não como ressonância. É outra coisa.
Meu corpo transborda com o que parece endorfinas e eu me
sinto... bem. Muito bem. Relaxada. Feliz.
— Descanse — diz Maylak em sua voz gentil. As pontas
dos dedos suavizam-se sobre as pálpebras, garantindo que eu
as feche e obedeça a ela. — Falarei com seu khui e te curarei.
Mas por enquanto? Você precisa descansar.
Descansar parece bom, apesar do fato de que estou
dormindo muito ultimamente. — É o bebê? — pergunto.
Preciso saber antes de relaxar.
— Seu khui me dirá.
— Enquanto você está lá verificando tudo — eu digo com
sono — você pode ter certeza de que tudo está bem... aqui em
cima? — Toco a testa. — Só por precaução? Nada estranho
acontecendo?
O riso dela é como uma chuva suave, que soa como um
clichê. Mas... cabe. Apenas ouvir isso me faz sentir relaxada e
tranquila.
— Verificarei tudo, prometo.
Só Aliens Oficial
RUKH
Liz vem e fica entre nós, radiante como se ela não tivesse
pisado entre dois machos furiosos.
— Agora não é o momento, Liz. — A voz de Vektal é um
grunhido raivoso.
— Na verdade, é o momento — diz ela, totalmente
destemida. Ela liga o braço no meu e sorri para o chefe. —
Acabei de fazer guisado e o pobre Rukh aqui não comeu o dia
todo, porque está muito preocupado com sua companheira.
Ela bate no meu braço.
— E Raahosh está querendo passar um tempo de
qualidade com seu irmão.
— Liz — avisa Vektal.
— Ah, vamos. Vocês não estavam conversando, certo? Ele
não vai a lugar nenhum, não com sua companheira na sala ao
lado. Pelo menos deixe-me alimentar o homem!
As narinas de Vektal brilham.
Liz não é cega para a tensão latente na sala. Por que ela
está fingindo o contrário? Vektal parece furioso e sei que estou
tremendo de raiva com a ideia dele tirar minha companheira
de mim.
Ela é minha. Eu roubarei a curandeira e a levarei para a
nossa caverna do mar, se eu precisar, mas Har-loh é minha.
Só Aliens Oficial
Capítulo Nove
RUKH
HARLOW
***
ele só quer que ela fique nas cavernas porque se preocupa que
ela acabará como eu.
Eu quero destacar que é improvável já que nunca teve um
tumor cerebral, mas então meu segredo estaria fora, e eu não
quero ser tratada estranhamente pelos outros.
Aehako e Haeden passaram pelas cavernas um dia, e estou
feliz em ver ambos parecendo tão saudáveis. Alivia minha
culpa persistente, especialmente quando Aehako me envolve
em um abraço de urso e me conta tudo sobre a gravidez de
Kira e como estão felizes.
Os dias passam, e ainda assim o bebê não veio.
Eu começo a relaxar, porque estou me sentindo muito
melhor. A dor incômoda sem fim no meu lado se foi e eu não
me sinto mais esticada até meus limites físicos. Eu suspeito
que talvez meu bebê não venha cedo. Georgie está com mais
tempo do que eu e não mostra sinais de ir para o trabalho de
parto tão cedo.
Como somos muitas mulheres grávidas, temos a tendência
de nos reunir na piscina. A água é aquecida a partir de uma
das muitas fontes termais do Planeta de gelo, e é maravilhoso
para os meus pés inchados. Fico feliz em ver que Marlene
também sofre de pés inchados, e isso me faz sentir menos
como se eu fosse a ponta curta da gravidez.
Só Aliens Oficial
Capítulo Dez
RUKH
Engulo duro e aceno. Nem pensei tão longe, mas ele está
certo. O bebê precisará de um khui ou enfraquecerá e morrerá
dentro de dias. O terror me agarra. Minha mãe morreu numa
caçada ao khui logo depois que nasci. E se eu não conseguir
derrubar um sa-kohtsk sozinho?
Preciso que a tribo me ajude. Não posso fazer isso sozinho.
Har-loh está incrivelmente fraca e eu não posso pedir-lhe para
me ajudar a caçar um. Ela precisa de descanso, não de uma
caçada.
Pela primeira vez, estou cheio de raiva indefesa contra meu
pai morto. Como ele poderia pedir tal coisa à minha mãe, que
tinha acabado de dar à luz? Seu orgulho era tão grande que
ele não queria nada a ver com a tribo e então ele arriscou a
vida dela? São tão horríveis assim? Ainda estou sendo
enganado pela ajuda deles?
Vektal bate palmas nas minhas costas novamente.
— Enviarei os caçadores mais rápidos para rastrear um
dos sa-kohtsk.
Os gigantes sa-kohtsk poderiam estar em qualquer lugar.
Eu pauso e olho para o chefe.
— E minha companheira e kit? Como eles chegarão lá?
Har-loh está muito fraca para andar.
Ele acena como se estivesse esperando isso.
Só Aliens Oficial
HARLOW
mas é muito pálido para ver a cor que será. Espero que ele
tenha o cabelo preto espesso e lindo de Rukh, em vez do meu
cabelo vermelho. Na verdade, se ele se parecesse cem por
cento com seu pai, eu estaria no céu.
— Você está chorando — Rukh afirma após um momento.
— Você está sofrendo?
Dói por toda parte e certas partes de mim não se sentem
muito bem depois do nascimento, mas eu não dei um segundo
pensamento. Há um bebê doce tomando cada pedaço da
minha atenção.
— Estou? — Eu escovo a parte de trás da minha mão sobre
minhas bochechas e com certeza, estou chorando. — É só
emoção, eu acho. Eu... nunca pensei que eu teria tudo isso.
— Eu olho para ele e percebo que é verdade. Nunca pensei que
teria um lindo companheiro que me amasse e um bebê. Uma
família. Qualquer coisa. Antes que os alienígenas me
pegassem para a nave espacial? Meus dias estavam contados.
— Por causa do problema com sua cabeça?
Eu ainda estou usando as palavras dele. — Minha cabeça?
Ele acena devagar, seu olhar fixo em mim. — A curandeira
disse que seu khui trabalha duro por causa de um problema
passado em sua cabeça. Que é uma razão pela qual você lutou
para carregar o kit. Seu khui estava cansado.
Só Aliens Oficial
Capítulo Onze
HARLOW
***
RUKH
Todos arriscam suas vidas para meu filho ter uma chance.
Essa percepção passa pela minha mente muitas e muitas
vezes. Meu próprio irmão lidera o grupo, sua lança a mão, um
arco como o que Liz carrega preso sobre um ombro.
O rebanho sa-kohtsk é temível de perto. As criaturas têm
bocas enormes que se abrem enquanto suas cabeças
balançam para frente e para trás, peneirando o ar. Há vários
adultos, cada um tão grande que um de seus pés pode
esmagar um homem adulto. No centro do rebanho, o kit fica
perto da mãe. É apenas metade do tamanho dos outros, e é o
nosso alvo.
Raahosh para, e como os caçadores se reúnem, ele
gesticula no kit. — Tenho uma imagem clara daqui. Podemos
feri-lo, e então debandamos o rebanho. Será deixado para trás.
— Ele pede que os homens se unam. — Persiga os adultos.
Façam barulho, mas tenham cuidado para não arriscarem
suas vidas.
Os homens acenam.
— Certifiquem-se de que eles não se virem. As mulheres
estão atrás de nós, e não queremos que os sa-kohtsk corram
em sua direção.
Um ardil de medo traça minha espinha no pensamento.
Har-loh está fraca, e Rukhar pequeno e impotente... e ambos
Só Aliens Oficial
estão muito perto, perto demais para o meu gosto. Mas eles
devem permanecer perto para que Rukhar possa receber seu
khui. Meu instinto não bate bem no pensamento. Os perigos
são muitos.
Os caçadores prepararam suas armas. Há lanças e vários
homens carregam facas de ossos afiadas como a minha. Um
dos sa-kohtsk passou, nos ignorando como pequenos e
insignificantes, e eu penso em meu pai e na caça para
conseguir meu khui. Ele sentiu o mesmo terror que eu? O
sentido dele se fechou quando percebeu que estava colocando
seu filho mais velho e sua companheira em perigo? Ou ele era
imprudente demais para se importar?
Não consigo imaginar por que ele não voltou para a tribo
para conseguir a ajuda deles. Ele tinha que saber o perigo. Ou
ele simplesmente não se importava?
Raahosh puxa seu arco livre e cuidadosamente coloca uma
flecha. Ele mira, e eu observo enquanto ele lança uma flecha.
Um momento depois, o kit sa-kohtsk fica com dor e um dos
adultos fica em alerta. Pés se movem e o chão treme. A caça
começou.
Os homens se separaram, gritando e sacudindo suas
lanças enquanto elas surgem para a frente, perseguindo os
animais confusos. Um sa-kohtsk trota, e o chão se sente como
Só Aliens Oficial
Nunca.
Eu nunca o deixaria ou Har-loh para trás. Nunca. Meu pai
estava errado. Ele fez o que achava que tinha que fazer para
sobreviver, mas agora percebo que não era sobrevivência. Era
um instinto irracional. O homem que eu imaginei como meu
pai por tanto tempo em minhas memórias? O homem que eu
reverenciei? Não é o homem que eu deveria procurar por
respostas. Esse deve ser o homem ao meu lado, meu irmão.
Meu irmão que tem caçado incansavelmente ao meu lado e me
deu companhia mesmo quando eu não queria. Que traz sua
esposa grávida e está no lugar com a minha para que ela não
esteja sozinha. Que arrisca sua própria família para me ajudar
a proteger a minha. Que abriu sua casa para mim sem
dúvidas, e nunca esperou agradecimentos.
Estes não são os maus.
— Mexa, Rukh — diz Raahosh, e me dá um empurrão.
Eu cambaleio para o lado, assim como outra das sa-
kohtsk, passando, com raiva. Estive em pé como um tolo
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Ele está bravo comigo. Ele está louco como eu estaria com
Har-loh se ela fizesse algo tão tolo... e é porque ele é minha
família e ele quer que eu esteja seguro. Estou estranhamente
satisfeito com isso, e eu alcanço e o envolvo em um abraço.
Raahosh está duro, e eventualmente retorna o abraço
desajeitado.
— Obrigado — agradeço.
— Você é meu irmão — diz Raahosh em voz baixa. — Eu
sempre te ajudarei.
— Oh meu Deus — Liz grita. — Vocês dois se entenderam?
Para mim? Isso é tão quente.
Har-loh dá uma risada. Raahosh me empurra, e então eu
me movo para o lado da minha companheira, sorrindo. Har-
loh fica de pé e então ela me entrega o bebê.
— Está na hora? — Ela parece nervosa, alisando as mãos
pela roupa solta.
Eu mantenho meu filho perto. Apesar de estar frio e de seu
rosto minúsculo estar riscado de raiva, ele não está chorando.
Isso me preocupa. Eu olho para Raahosh, porque eu não
tenho ideia de como eu colocar o khui nele.
— Faça um corte na garganta — diz Raahosh. — Devo
segurá-lo?
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Epílogo
HARLOW
***
— Rukhar?
— Com Georgie por algumas horas. — Olho para ele e
mordo meu lábio. — Temos algum tempo a sós.
Ao nosso redor, as pessoas riem e passam peles da bebida
fermentada, e celebram alto. Podemos muito bem estar
sozinhos aqui ninguém sentiria nossa falta.
Ele faz uma pausa, e meus dedos rastreiam pequenos
padrões em sua pele. Ele olha para minhas mãos, depois para
mim, e então reconhece tremulações em seu olhar.
— Sem fome? — ele pergunta, e sua voz é baixa e rouca
quando ele se aproxima de mim.
— Não para comida — eu sussurro.
Rukh coloca sua mão sobre a minha, pressionando-a para
seu coração. — Podemos...
Eu aceno.
Ele agarra minha mão e me arrasta atrás dele, indo para
nossa caverna. Eu reprimo minha risada, muito feliz que
estamos conseguindo roubar esse tempo juntos. A vida é tão
maravilhosa, e tenho meu lindo companheiro, um bebê
precioso e uma tribo cheia de amigos. Tenho minha saúde. Eu
não poderia estar mais satisfeita.
Corremos dentro de nossa caverna e Rukh solta minha
mão para soltar a cortina com segurança sobre a boca da
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Ele nos rola até que minhas costas estão nas peles e ele
pega uma de minhas pernas para cima, e então me fode forte
até que ele goze, e a força de seu orgasmo envia pequenos
tremores felizes de excitação através do meu corpo.
Ele desmorona nas peles, ofegante e sentado, ao meu lado.
Eu imediatamente rolo contra ele e aconchego contra seu
peito. Meu nariz enterra contra seu pescoço e eu inalo seu
cheiro, selvagem, suado e maravilhoso. — Eu te amo.
— Você é meu coração — ele me diz, escovando meu cabelo
emaranhado do meu rosto.
Ele dá de ombros.
— Eu escolheria ficar aqui. Eles não são pessoas más. São
apenas pessoas. E estão dispostos a ir a qualquer lugar para
ajudar uns aos outros, porque eles são uma família. Mesmo
que não compartilhem sangue, são família. Eu gosto disso.
Ele faz uma pausa e então olha para mim.
— Ficaremos. Nosso filho precisará de amigos. Você da
curandeira. E eu — ele diz, colocando seu polegar sobre minha
boca. — Sempre precisarei de você. Um macho não pode
existir sem seu coração.
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Nem uma mulher pode, e está claro que Rukh tem o meu.
Eu me inclino e beijo meu companheiro de novo, determinada
a aproveitar cada momento deste tempo sozinhos.