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CENTRO ESPÍRITA

FRANCISCO DE ASSIS

A PAIXÃO
DE CRISTO
A Paixão de Cristo é a história mais contada
de todos os tempos.
Em todas as línguas e em todas as épocas
foi narrada e relida de diversas formas.
Encenada, pintada e cantada pelos maiores
e mais brilhantes artistas da história ocidental.
Por que essa história ainda
traz tanta comoção e interesse?
Talvez, por que nela estejam contidas todas as
inquietações que fundamentam e inspiram a vida
humana.
Vida e morte, dor e alegria, coragem e covardia,
fidelidade e traição.
Virtudes como amor ao próximo, perdão, fé, justiça,
solidariedade e tantas outras, também integram a
narrativa que mais inspirou
nossa arte e nossa cultura até nossos dias,
servindo como referenciais para nossas ações
cotidianas.
Nela, vemos refletida nossa vida,
nossas angustias , nossos sofrimentos e também
nossa capacidade de amar e de ter esperança.
A ideia de que o criador do mundo se
compadece de nós e vem viver a nossa vida,
eleva nossos sentidos e nos aparta da
solidão.
A compaixão de Deus por nós inspira nossa
compaixão para com o nosso próximo, e
através dela, coloca
Deus a nossa porta, sentado a nossa mesa,
chorando as nossas dores e partilhando
nossas alegrias, mesmo nas pequenas
coisas.
É isso que nossa história quer retratar.
As escolhas que decidiram a vida do
homem que se tornou o modelo,
daquele que viveu e morreu por amor.

A história mostra que pequenas escolhas


aparentemente inofensivas
e insignificantes podem colaborar para eventos que
mudam a nossa vida e contribuem
para escrever mais um capítulo na história da
humanidade.
Imagens retiradas do filme “ A
Paixão de Cristo” , de Mel
Gibson.
Fatos Baseados nos Evangelhos
e Estudos Realizados pelo Dr.
Barbet (médico francês)
Por volta do
ano 30 D.C.,
um carpinteiro
judeu
chamado
Jesus de
Nazaré
começou a
pregar
e a proclamar,
na província
romana
da Palestina, a
vinda do
“Reino de
Deus".
Nascido de Maria e José, na
pobreza e na obscuridade,
em Belém de Judá, no tempo do rei
Herodes (o grande),
assumiu a missão de resgatar
nossos pecados.
Durante séculos, o povo judeu esperava
um redentor conhecido como Messias –
alguém que libertaria a sua pátria
sagrada de todos os males. Naqueles
dias, veio João Batista preparar o povo
para a vinda de Jesus, batizando-os no
Jordão. Então veio Jesus da Galiléia ao
Jordão, ter com o Batista, para ser
batizado por ele. E eis que se ouve uma
voz dos céus, que dizia:
“Este é o meu filho amado,
no qual Tenho posto toda a
minha complacência.”
Jesus começou a atrair um grande
número de seguidores provenientes
das classes populares da Galiléia e
Judéia.
Sua compaixão não tinha
fronteiras. A todos amou e
acolheu. A todos estendeu sua mão
e o seu perdão.
Mostrou-se humilde
e amoroso.
Ele falou de um novo céu, de uma nova
terra. Pregou o amor e a verdade.
Ensinou.... operou milagres.
Assim, Jesus Cristo reuniu doze
homens, seus apóstolos, com os
quais conviveu mais
intimamente e, aos quais,
preparou para disseminar a sua
palavra .
Entretanto, Jesus tinha também inimigos
em Jerusalém. O Sinédrio(sumo
sacerdotes, anciãos e escribas), um órgão
executivo composto dos principais
sacerdotes judeus e de membros do
grupo dos fariseus, conspirava para
matá-lo.
Antes da Sua crucificação,
Ele celebou a Santa Ceia.
Sentado com Seus discípulos em
uma mesa, disse-lhes:
“Desejei muito comer convosco esta
Páscoa, antes que padeça;
porque, em verdade, vos digo que
não a comerei mais até que ela se
cumpra no Reino de Deus .“
Jesus Cristo
sem mácula
(ele não
pecou), foi
levado como
sacrifício
vivo, ao
madeiro para
nos deixar a
boa nova
E tendo saído, foi como de
costume, para o monte das
Oliveiras,
seguido por seus apóstolos.
Afastando-se deles e se pondo de
joelhos, Jesus orou ao pai.
E aceitou concluir sua missão , em
favor de todos nós, inclusive
dos homens que o condenavam.
“Pai, se é do teu agrado, afasta de
mim este cálice!
Não se faça contudo minha vontade,
mas sim a Tua”.
Estava ainda em oração quando chegou
Judas, um dos doze, e com ele uma forte
tropa armada .
Conforme anunciara, foi traído por um dos
seus.
Com um beijo, Judas entregou-o aos soldados
romanos.
Jesus, antes de ser levado pelos soldados ao
Governador Romano da Palestina (PILATOS),
entrou em agonia, alí mesmo no Getsemani,
o seu suor tornou-se como gotas de sangue a
escorrer pela terra.
O único evangelista que relata o fato é
um “médico”, Lucas.
E o faz com a precisão.
O suar sangue, ou “hematidrose”, é um
fenômeno raríssimo. É produzido em
condições excepcionais: para provocá-lo, é
necessário uma fraqueza física,
acompanhada por um abatimento moral
violento, causada por uma profunda emoção,
por um grande pânico ou estado de choque.
O terror, o susto, a angustia terrível
de sentir-se carregando todos os pecados
dos homens, devem ter esmagado JESUS.

Tal tensão extrema produz o rompimento


das finíssimas veias capilares que estão sob
as glândulas sudoríparas, o sangue se
mistura ao suor e se concentra sobre a pele,
e então escorre por todo o corpo até a terra.
Conhecemos a farsa do processo
preparado pelo Sinédrio
hebraico, o envio de JESUS a Pilatos e o
desentendimento entre o
GOVERNADOR romano e Herodes.

Pilatos cede, e então ordena a


flagelação de JESUS. Os soldados
despojam JESUS, e o prendem pelo
pulso a uma coluna no pátio.
A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas
sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de
pequenos ossos (Flagum - Lategos). Os carrascos
devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente
estatura.
Golpeiam com chibatadas a pele,
já alterada por milhões de microscópicas
hemorragias do suor de sangue.
A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra.
A cada golpe JESUS reage com um sobressalto de
dor. As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna
a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea,
calafrios lhe correm ao longo das costas.
Se não tivesse preso no alto, pêlos pulsos, cairia em
uma poça de sangue.
Dirigindo-se novamente à multidão, exclamou
Pilatos:

“Pois que hei de fazer de Jesus, que se


chama o Cristo?

“ Seja crucificado”, responderam todos.

O governador replicou: “ Mas que mal tem ele


feito?”

E eles levantaram mais o grito dizendo:

“ Seja crucificado.”
Jesus foi humilhado, recebendo uma
coroa de espinhos por ser
conhecido como o Rei dos Judeus.
Com longos espinhos, os algozes
entrelaçam uma espécie de
capacete e o aplicam sobre a
cabeça.

Os espinhos penetram no couro


cabeludo fazendo-o sangrar
abundantemente.
Pilatos, por sua vez, indaga ao
povo:

“ Não é isso suficiente?”


E lava as mãos, ordenando que se
atenda ao desejo
da multidão, dizendo:

“Eu sou inocente do sangue deste


justo”.

E entregou-o para ser crucificado.


Pilatos depois de ter mostrado aquele
homem dilacerado a
multidão feroz, o entrega para ser
crucificado.
Colocam sobre os ombros de JESUS,
o grande braço horizontal da
Cruz(patibulo); pesa uns cinqüenta
quilos.
A estaca vertical(stipes) já está
plantada sobre o Calvário.
JESUS caminha com os pés descalços
pelas ruas de terreno
irregular, cheias de pedregulhos.
Submetendo-se aos desígnios do Pai
e à decisão dos homens, carregou
sua própria cruz até o alto do Golgota.
Os soldados puxam com a corda.
O percurso de cerca de 600 metros,
JESUS fatigado, arrasta um pé após outro, freqüentemente
cai sobre os joelhos.
Os ombros de JESUS estão
cobertos de chagas.
Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega e lhe
esfola o dorso.
Maria esteve ao seu lado testemunhando o seu
sofrimento...

compartilhando da sua dor.


Sobre o Calvário tem início a crucificação.

Os carrascos despojam JESUS, mas a sua túnica


está colada nas chagas, tirá-la produz uma dor
atroz.

Quem já tirou uma atadura de gaze de uma grande


ferida, sabe do que se trata.

Cada fio de tecido, adere à carne viva; ao levarem a


túnica, se laceram as terminações nervosas postas
em descoberto pelas chagas.

Os carrascos dão um puxão violento.


Toda dor vivida até então, provoca uma sincope, mas ainda não é o
fim.
O sangue começa a escorrer, JESUS é deitado de costas e as suas
chagas se incrustam de pedregulho.
Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz.
Os algozes tomam as medidas.
Com uma broca rústica, é feito um furo na madeira para facilitar a
penetração dos pregos.
Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e
quadrado), apoiam-no sobre o pulso de JESUS, e num golpe certeiro
de marreta o plantam e o rebatem sobre a madeira.
JESUS deve ter contraído o rosto assustadoramente.
O nervo mediano foi lesado.
Pode-se imaginar aquilo que JESUS deve ter provado, uma dor
lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se
pêlos ombros, atingindo o cérebro
A dor mais insuportável que um homem pode provar,
ou seja, aquela produzida pela lesão dos
grandes troncos nervosos; provoca uma síncope
e faz perder a consciência.

Em JESUS não.

O nervo é destruído só em parte; a lesão do tronco


nervoso permanece em contato com o prego;
quando o corpo foi suspenso na cruz, o nervo se
estica fortemente como uma corda de violino.

A cada solavanco, a cada movimento, vibrava


despertando dores dilacerantes.

Um suplício que durara três horas.


O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da
trava; elevam JESUS, colocando primeiro sentado e
depois em pé, conseqüentemente, fazendo-o tombar
para trás, o encostam na estaca vertical

Depois rapidamente, encaixam o braço horizontal da


cruz sobre a estaca vertical.

Os ombros de JESUS esfregam dolorosamente sobre


a madeira áspera.
As pontas cortantes da grande coroa
de espinhos,
penetram o crânio.

A cabeça de JESUS inclina-se para a


frente, uma vez que o diâmetro da
coroa o impede de apoiar-se na
madeira.
Cada vez que JESUS levanta a
cabeça, recomeçam
pontadas agudas de dor.
Pregam-lhe os pés. Ao meio dia JESUS tem sede.
Não bebeu desde a tarde anterior.

Seu corpo é uma máscara de sangue.

A boca está semi-aberta; o lábio inferior começa a


pender.
A garganta seca, lhe queima, mas ele não pode
engolir. Tem sede.

Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma


vara, uma esponja embebida em bebida ácida,
em uso entre os militares.
Tudo aquilo é uma tortura atroz.

Um estranho fenômeno se produz no


corpo de JESUS.

Os músculos se enrijecem em uma


contração que vai se acentuando: os
deltóides, os bíceps esticados
e levantados, os dedos se curvam.
É como alguém ferido de tétano.

Quando os sintomas se generalizam os


músculos do Abdome se enrijecem em
ondas imóveis.
A respiração se faz, pouco a pouco mais curta.
O ar entra com uma dificuldade terrível,
mas não consegue mais sair.
JESUS respira com o ápice dos pulmões.
Tem sede de ar; como um asmático em plena
crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna
vermelho, depois se transforma num violeta
purpúreo e enfim em cinético.
JESUS é envolvido pela asfixia.
Os pulmões cheios de ar não podem mais
esvaziar-se.
A fronte está impregnada de suor, os olhos
saem fora de órbita.
Mas o que acontece?

Lentamente com o esforço


humano,
JESUS toma um ponto de apoio
sobre o prego dos pés.
Esforça-se a pequenos golpes,
se eleva aliviando a tração dos
braços.
Os músculos do tórax se distendem. A respiração torna-
se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam, o
rosto recupera a palidez inicial.
Porque este esforço?
Porque JESUS que falar:-
“PAI, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”.
Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo,
e a asfixia recomeça.
Sete frases foram transmitidas por JESUS na cruz: cada
vez que ELE a pronunciava, elevava-se tendo como
apoio o prego dos pés.
Inimaginável.
Atraídas pelo sangue que ainda escorre e pelo coagulado,
enxames de moscas zunem ao redor do seu corpo, mas ELE
não pode enxotá-las.
Pouco depois o céu escurece, o sol se
esconde: de repente a temperatura diminui.
Logo serão três da tarde, depois de uma tortura
que dura três horas.
Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar
dos nervos medianos, lhe arrancam um lamento:
-Meu Deus, meu Deus.... Porque me abandonastes?”

JESUS grita:- “Está tudo consumado”


Em seguida num grande brado diz:
- “PAI, nas tuas mãos entrego o meu espírito”
E MORRE Em Meu lugar e no Seu

E Nos estamos fazendo por merecer, por todo esse sofrimento,


que Ele acarretou para nos Salvar!!!...
Preso à cruz, Jesus enfrentou sua última tentação:

o medo de ter sido abandonado pelo Pai.


Uma escuridão incomensurável foi o
desfecho das atrocidades cometidas
contra Ele.
Por três dias consecutivos a natureza
demonstrou sua indignação e revolta.
Assistiu-se a um espetáculo jamais
imaginado:
o sol recusou-se a brilhar, a lua negou-se
a iluminar a Terra, até que, ao terceiro
dia, a vida ressurgiu e Jesus ressuscitou,
elevando-se, finalmente, ao Pai.

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