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iniciacdo 4 criatividade feminina Marion Rauscher Gallbach MARION RAUSCHER GALLBACH SONHOS E GRAVIDEZ iniciagéo a criatividade feminina INTRODUGAO A COLECAO AMOR E PSIQUE Na busca de sua alma e do sentido de sua vida, 0 homem descobriu novos caminhos que o levam para a sua interioridade: o seu préprio espaco interior torna-se um lugar novo de experiéncia. Os viajantes destes caminhos nos revelam que somente o amor é capaz de gerar a alma, mas também o amor precisa de alma. Assim, em lugar de buscar causas, explicagdes psicopatolégicas As nossas feridas e aos nossos sofrimentos, precisamos, em primeiro lugar, amar a nossa alma, assim como ela é. Deste modo & que poderemos reconhecer que estas feridas e estes sofrimentos nasceram de uma fala de amor. Por outro lado, revelam-nos que a alma se orienta para um centro pessoal e transpessoal, para a nossa unidade e a realiza- co de nossa totalidade. Assim a nossa propria vida carrega em si um sentido, o de restaurar a nossa unidade primeira. Finalmente, nao é o espiritual que aparece primeiro, mas 0 psiquico, e depois o espiritual. fa partir do olhar do imo espiritual interior que a alma toma seu sentido, o que significa que a psicologia pode de novo estender a mao para a teologia. Esta perspectiva psicolégica nova é fruto do esforgo para libertar a alma da dominacao da psicopatologia, do espirito analitico e do psicologismo, para que volte a si mesma, a sua propria originalidade. Ela nasceu de refle- xdes durante a pratica psicoterapica, e esta comecando a renovar 0 modelo ¢ a finalidade da psicoterapia. E uma 5 nova visao do homem na sua existéncia cotidiana tempo, e dentro de seu contexto cultural, abrin, do ai soes diferentes de nossa existéncia para podermy img! contrar a nossa alma. Ela poderé alimentar todos - Tee, que sdo sensiveis a necessidade de inserir maig ae, todas as atividades humanas. Ma ey A finalidade da presente colecao € preci: sa: restituir a alma a si mesma e “ver aparecer uma at de sacerdotes capazes de entender novamente a gem da alma”, como C. G. Jung o desejava. lingg Léon Bonaventy, A meus filhos, pela alegria de ser mae. Foram muitasas pessoas que contribuiram, direta ou indiretamente, para a realizacao deste trabalho. Gostaria de agradecer especialmente Dra. Therezinha Moreira Leite, a Dra. Vera Stella Telles e 4 Dra. Douzy Douek, pelo auxilio e sugestées valiosas. Aos clientes e participantes dos grupos de sonhos, pelas frutiferas discussoes. E, principalmente, as mulheres que forneceram o material indispensdvel para a realizacao deste trabalho, por se disporem a compartilhar comigo seus sonhos. PROLOGO Em sua forma original, este livro é fruto de um trabalho de pesquisa apresentado como dissertacao de mestrado no Instituto de Psicologia da Universidade de Sao Paulo. Ele conjuga dois interesses: fazer um trabalho que utilize sonhos e que, ao mesmo tempo, reflita sobre o desenvolvimento da mulher. A gravidez parece-me situa- co propicia para fazer um estudo comparativo de sonhos em varias mulheres, Em seus geralmente nove meses de duraco e por seguir um padrao semelhante, a gravidez se diferencia das diversas situacoes de vida, por ser uma situacdo especial e comum, apesar da multiplicidade de psiquismos individuais. Optei por focalizar o estudo de sonhos durante a primeira gravidez, por levantar, na mulher, a questao da transicao da identidade de filha para mae. Especialmente a primeira gravidez posiciona a mu- Ther diante de uma situacdo nova em sua vida, pois ela nunca teve um filho antes: é um contato com algo novo que lhe acontece, que demanda uma adaptagao e uma nova orientacdo por parte da personalidade. E um processo que acarreta mudangas na mulher e em sua vida: num nivel mais visivel, seu corpo passa por uma transformacao e nunca mais seré o mesmo e, desde j, uma nova vida, que sempre estaré ligada a sua, se insere. Nos relatos de muitas gravidas, no consultério e no circulo de conhecidos, pude observar uma preocupagao grande em relacao ao parto. E conhecido quea maioria dos 9 repararem para aprendizado da respi tendo o nené por ces mbém me parece impor Atéo século rtante, Passado, necia no F >, via de tempo de cous ma Seta deen Shing opel, permanc at Se Mee aoa ee, Psiquica cor Sua identi ma mie. Ne atuahaese esto Hele, ualidade, nos pa, le Participagay woe8 ere ara o dese Cilturg) te nheira, ae sie renin as cone Ge nnd 2 Manin See como a pilula anticoncey crescente desvinculacio er : eae tro, trouse dace, posstbiltando 8 mulher se pereiat®@amaten’ ac sem necessari: Sera I No atten wee riamente ser mae, ra seul, sentam para a. ee = sentam para a mulher maderna conacienta eats oP como uma oped, com todas as complica coitverma, Soe eens Sn ogc desapaecmento do sgifeado de Cestine bgt -oloca-a diante da questo. nteen tag maton ere om Nauta pela emancipagao femi cocire on de peas e mulheres, a po in ede vuitas mulheres modern: rej tt deda maternidade, em favor de mai orindape sie rr aed al ocorre 0 direito de participactona esfer® publica na como Rich (196 Rabuezi (1988), apontam paras Co om mnaternidade o para 8 Ne is sentido eons tuieO e ina ainico papel na vida, oda mulher em ‘las naturais ol Plaskow (1981) ‘aoexistente quan wcossidade ami ‘ecomo experiencia, adotadas. E diferente re Ore ao 0 Sieh ‘mistério profundo, a.com amaternida- -Seamuhere, enquanto destino estritament® de, como o papel de a anor recurso, uma fonte, © bjoégico, et Provo senso de limites e possbilidadse do abr ge 8 clonar-se com aexperiéncia usufrulr do sete idades de erescimento © autoconhecimento que festa oferece. srerees desejada, a maternidade pode ser opressiva Mas potencialmente, gravidez, parto e a experiencia Mas, pi providenciam uma oportunidade de medir, °*- eorrar e expandir nosso senso e conhecimento de quem plore ‘agravider é um processo que afeta a identidade da somos tera seu senso fisico e convida-a a reconsiderar muljes napecios dessa identidade: sua relagdo com set. Torpo,com pai da erianga, com seus préprios familiares, Gom os outros planos e esperancas para sua vida e com & vmager social da mulher gravida. A gravidez estimula 0 didlogo da mulher com a natureza e a cultura. ‘Ointuito deste trabalho érefletir sobre o desenvolvi- ‘mento feminino, sob um referencial teérieo junguiano, tentando pereeber quais as questies de adaptacio ¢ famadureeimento que se apresentam a personalid: mulher durante a fase de gestacio e quais as poss des que a gravidez pode trazer para o seu desem to palquico, Entenda-se gravidez sempre como 0 inicio de jum processo que continua e se realiza na maternidade. uw ‘Apoiando-me prineipalmente e ems descrigdo dos estgios psicoloyy © eMhato ferninino, objeto do capitulo 22°08 do, de Bsther Harding (1970) em seu Women, tentarei refletir teoricamente deze a maternidade poderiam se ing inavidagio da muhermoderna periéncias em relacdo ao desenvolvi Dentro da abordagem junguiane woe balhos especificos que falassem da psion|s Nessa fase de procura tive a oportunic. ¥ Instituto C. G. Jung em Zurique, ocasign’®,¢° extge® levantar, na biblioteca do Instituto, bit ogre 2 desse me ajudar nesta pesquisa, Apé: afta carta da Fundagdo Marie-Louise ey nea relomg, . que mandassemos sonhos arquetfpicos, 1 ridos durante a gravidez — de clientes, préprios —, pois essa fundagao estava rere pesquisa sobre sonhos durante a gravider 22™ hada publicado sobre tal pesquisa. As pul psicologia da gravider existentes inserem. dagem psicanalitica: Soifer (1980), Las. Maldonado (1985), por exemplo, nas quais nie" (1978, rei neste trabalh Omebasee, Encontrei em Zurique somente al i - de Baumann (1957): sobre vivdnclee nl le relacionadas com 0 parto; sb gieas ~ de Ulanov (1979): a respeito das reagées clientes do sexo femit naen clientes do sexo feminine diante da grave ~ de Schroer (1984): sobre sonhos arqui rante a primeira gravidez. retin dy Schroer comparou os sonhos de $2 gravidas durante um periodo de quatro semanas com sonhos de 16 mulhens no grévidas ocorridos num periodo idéntico. Segundo ee “rs oma elects 3 grids emeriram da ue dan identidade feminina® (p. 72). epee iy cong at consider Broce erie n nd 0, acanatae encom Bia da grays te nz, ming Pd dog ido ut da nant ce ht ma ab, tintivas que ele encontrou fdas, commparadas a0 grupo Outras caracteristicas 1s sonhos das mulheres gr: 0 tos somhos das mavor grau de ansiedade, mais figuras de animus, mais referéncias a morte e destruicio, MAS imagens de agua e mais referéncias a figuras materndt ‘Na abordagem junguiana fui levada a ampliar otema especifce da gravidez para buscar suasratzes arquetipicas, figando-o a0 arquétipo da Grande-Mae, e a observar esse tana em fungio do desenvolvimento feminino, tal como cle aparece na cultura e nos mitos. ea rarrcs autoras junguianas, como Spretnak (1978), Perera (1981), Downing (1987) ¢ Harding (1985), tém se baseadonasrepresentagées do feminino contidas em ritos @ mitos em sua versio pré-helénica, precedente ao siste- ma olimpico e & versao cldssica da mit sta eserita a partir do século VII a.C. e a mais conheci para apresentar certos fundamentos arquetipicos da psi- ologia feminina. No capitulo 3 investigo os padroes femininos arquetipicos e os mitos da Antiguidade refleti- dos em nossa cultura. ‘Parao presente estudo foi realizado um levantamen- to de sonhos durante a primeira gravider, desejada, em mulheres de classe média, casadas, profissionais atuan- tes de nivel universitério. Conto com sonhos anotados de 18. Destas, cinco forneceram sonhos que ocorre- igo de quatro ou mais meses, durante a sua gestacio. ‘Os sonhos foram utilizados para observar quais te- mas e simbolos aparecem neles; se hi sobre questies de adaptacio requeridas e 0 que os sonhos poderiam estar fornecendo para ajudar a mulher gravida nessa transigdo em sua vida. O resultado do estudo é exposto no capitulo 4, primeira infancia, na puberdade,na épocadametandia (36 até 40 anos) e perto da morte” (p. 821), podendo aparecer em sonhos como uma compensagao do incons- = ciente coletivo a uma adaptacdo precaria da cone. Gomo outras fases criticas de transicao, a primartiéng, dez também tem componentes bioldgicos e peice’ Bray mulher gravida experimenta grandes my Sis, hormonais e metabélicas em seu corpo e esta olathe sua identidade como mae pela primeira vex, (eng, arquetipicos ocorrem “em momentos em que ye °°hoy orientagio ¢ uma nova adaptacio s30 nevesss* Noy, arquétipo constelado é sempre “a imagem rimor es lit necessidadedo momenta” (Jung, 1952, citadoem get dy ey O significado ea maneira de vivenciar a grayig, ‘ formes. Cada mulher a experiments y¢2Nay individual, relacionada com a estrutura de sua‘, "ma de vida particulares. Meu ine neste trabalho, € levantar e estudar tanto alguns ¢*°"°*, comuns aos sonhos de varias gestantes quant: {°™s inicos, tentando refletir a respeito dessas semelha 2s diferencas. Abordo os temas de maneira qualitat; =e quantitativa. Vaenkg Durante a gravidez, nao s6 a consciéncia se volta para as “questées maternas” e os propane paraa vinda da crianca, mas, como pude observares > sonhos, essas questies também se constelam not inconsciente. Por entender que na gravidez se consta,®” arquétipo materno, inicio o trabalho explicitando 040° ceitos de Jung de arquétipo, complexo e complexo mat no, no capitulo 1, ™ ‘A importancia do presente estudo, em nivel c parece-me residir na percepedo de algumas questies ay adaptacdo que se apresentam para a personalidade dg mulher durante essa fase de sua vida, levantando indfcig que poderiam ajudé-la na compreensio da transformagae requerida e na compreensio do processo do parto, que considero ser de ajuda no trabalho com grévidas no consultério, “4 1 FUNDAMENTOS DA ABORDAGEM. JUNGUIANA Arquétipo e complexo Oarquétipo da Grande-Maeéabasedo assim chama- do eomplexo materno, Enquanto possibilidade dada “a priori” de forma de representagao, 0 arquétipo faz parte das predisposigées psiquicas inconscientes, & mereé das, quais o homem esta em condigdes de reagir de forma humana. A psique do homem recém-nascido nao é um vazio que adquirira tudo através da aprendizagem e experiéncia, mas é uma psique pré-formada propria de sua espécie, na qual existem idéias, formas e predisposi- gbes que, apesar de inconscientes, nao so menos ativas e vivas, e pré-formam 0 pensamento, o sentimento e a atuacdo de cada psique e neles influem. Da mesma forma {que os instintos compelem o homem a um modo especifi- ‘camente humano de existéncia, os arquetipos foram sua percepeio e apreensio dentrode padrées especificamente humanos. “Arquétipos sto, por detiniglo, fatorese motivsquearranjamos elements plains em certs imagens, caractrzadas come . + sopodemserromhecios Fea cme as mane a ge mn tanera como a8 anf asic pode muder durante 9 cates dt” hy, fesim também 0 podem as do arqyc dene Mery a as at Bant omega el pe tum fenomeno da vida orginiea, may qet@¥eigg . e om oe ‘Patter a8 qu propria vida” lung, 1958, p. 223)" troy Apsique como esfera intermedi, umlado, com aphysis que, através dog inet? Neo, § esfera psiquica, e, por outro lado, stittog, atua sobre a esfera psiquica através ary? expatte ttahelgo entre ess eaforas € heigees amass gt {nstintoe temosa introducdo da esfont Nos eggs ‘Assim como nao podemos perceber o 7? oFal nay a 86 através de seus efeitos, como impulant ° em eit Sea podemos pereeber 0 arquetine Saas ting sentacdo ordenada pelo arque sis mas og ~e ordenador em si. Arquétipo e scala, ora cob a influéncia dos processere®, 0 na proximidade do outro extremo, onde o ling mina e até pode assimilar processos im top ry __ Navisdo de Jung (1952), a psique eeulsivos en digriaentreos pares de opostos,esuafungacser’ tems perl intey i terra-certie a8. Onivel psicolégicoincluioego, ima ts polaridades para se centrar e (alegre ts aes, Tung reconhece o esplrito como prine dade de condigées ao lado da matéria e fale 9° to-e arquétipo seriam estruturas idénticay ¢e2 mo mundo, que pode nos surgir como mater” espirito. E possivel que se trate de um s6 futon matéria e psique sejam aspectos diferentes devia 2. Os fendmenos de sincronicidade indica sentido, d medida que, sem conexao causal, ni pee To Pog, 16 ¢ vice-versa. Jung de! fdade de dois ac ‘ado, mas sem conexao ico co se comporta como psi ‘Sina sineronicidade @ tecimentos ligados pelo causal. ‘O termo que Jung primeiro foi o de imagem primordial — ‘sando a forma da atividade que se exerce, SGituagdo tipica na qual a atividade im ral tem grande 92 A imager pga 6 imagem primordial aue ating vitalidade. “Bla ¢umorganismo proprioev tado de poténeia geradora- snergin psiquien, que nio 86 ¢ inde da ocorréneia do process “um lado, 0 modo pelo qual 0 motos, eT # uma organizacio herdad também po ‘apreensto etal forma que possa dar ‘acontrapartida aoinstinto, doe que também pressupde ia ¢ com sentido correspon 0 ssa apreensao da situagio pela imagem existente ‘a prior’. Oferece & Foren im a qual seria impossivel a apreensio de novos fatos" ung, 1921, p. 457) (0 arquétipo possui um nticleo significative invarié- ‘vel, ao qual se pode dar um nome, que, em principio, nd0 concretamente determina seu modo de manifestaga determina a estrutura, nao a forma concreta, Uma ima- igem primordial s6 é determinada em termos de contetido se ela for conseiente e por isso preenchida com material da consciéncia, (0 arquétipo é um dos componentes do elemento nuclear de um complexo — um fator inato no carater do individuo e determinado por sua disposicao. O outro ‘componente do elemento nuclear é um fator determinado pela experiéneia ecausalmente relacionado como meio. 0 7 a ie areatians Semen Gomo Jung explica enrgestPladge st raigue” (1848) oclements? antiga ect e tonalidade #3) oelementonidans br - © automation em mgmuenienonsac seamen soul valorenergtico. Ele afetiye ia tats fica de contetidos psi con eet um, a a uma constelaciio de cae sim fom ‘condicionados pelo yon 295 psi resultante, entretanto, na aaa Ro eas estimulados, que ¢ condicgn 9° conga pelo significado do el mada Jung (1934) descobrin rule Quake me doassinflocke pero Pe LN de assimilagao por eles motivadog meo8 oy, tidas nas reagies em seu exper as pert tts designa a situacdo experimental gen ann alact expressando nesse wu etermin; IN quea situagdo exterior desencenea? & Gras Omg ue consi nade : tice’ & express pronti Bm proces conteids. A expresato “estar conical Gaerte presidiré todas as resese atria lade dna tutomético, involuntavio ey ont expecta determination enintsr0, © 08 conteido ea A pisapecticalesaniaias osctem stale Propet ~ Oarquétipo materno e 0 complexo ‘materng 18 ‘ en ling Fee uma disposi fe, de urn Bt bt Esse ard ori” para ‘com @ ba m de escolas, igoes maternas — josas © famjas ~~ quando vivenciadas come cuidads alimentadoras. : entad 2 mo o arquétipo materno se manifests Oe cada ease nao dopende s6 dele, mas tambent de outros imagem da mae, que jase universal, 5° ia da mae pessoal. iuétipo materno tem uma setos, que podem ter sen- ‘cita em seu artigo ; qualquer mulher com a qui t spassado feminino Somotor em sentido figurado, mais elevado, a deusa, 19 te a mae de Deus, a Vin, por exemplo: Deméter ¢ de salvacdo como parajge, CoE "% . ‘ado mais ampl0, & ea, 8 univers eit gett’ no enter, 0 bose, © MAE © 0 bre , a formjua; no sentido mais estr mundfp ou de origem: 0 campo, jars Bem , ta a dinamica do arquéti ‘coisas — forma e energia (iden ». 115). : ae 1 6 de unidade psfquica, asl 'A situagio psiquica inie de me ops me ccd bation Bragl isto €, de waco Devgan de consient e ineonscieni@. ® sais 0 ico; ne riéncia Sa situagao primordial, toa gin galas perience art enc do. ogo om Teaco 20 game animal vaca odo animal til em total contencio «na projegao sobre a mae que, inde Saractertstiasessenciais So: 0 “materngy Sag pendentomente cua iM de, impressions 0 raat ea sabedoria dofeminino, sua bong.4 Monge bebé como Gran sate oe te manifesta-se pessoalmel a fora, doadora de fertili le EE obscuridade inframundana, 0 secreto, o som Ns, soal é a primeira portadora do arqustipo, & que, no in af Sosmortas, oquedevora,seduzeenvenena pM ORS SI Gam 9 de ‘ive em, particpaste Taconecont som 4 2 Paras manifestagies na mi "eng pe t participacao, resultando na diferencia- inoonsciente, oS dai Sgo entre o ego ea mae, as caracteristicas pessoais des aA aivtak , go entre 0 e802 Ta elaras. Assim, todo o misterio- da mi angao psiquica. Adivisdo do cosmos; *"me” go fabulos se desprende de sua imagem, deslocando-se bom o dia e a noite, em um mundo claro ¢ jyrg” Maloy! ease ee eaibilidade mais préxima, por exemplo, a coundo das trevas, ocorre pelo fato de o homem "ex Sr a a cae femsi mesmo paradigma para tal divisao.em gor Masculino ¢ feminino, a diferenciagdo homem- % sputher, consti um protsipo de oposicio, Assim, ea: ‘posta toma facilmente em termos arque- cling e feminino. O princi cia e inconscigncia é experi- fe inconsciente. A apreensoprimitiva do objeto s6em parte pr tamentockj ag canna eta, een Heror parte, procede de eircunstancias intraparer seg, Jovtdoa projefin tam algo aver com ascoisayy "fe: fey smo, no qual 0 masculino é thst interior, podersea dizer como Gecing tei, identifiendo com a conseiéncia eo feminine com o incons- ir oraconalime moderne gotta de derivate ‘lentes ¢ que se origina da situago primordial, do nasci- tor tem sua estrutura propria, que precede come var? mento da consciéneia masculina a partir do inconsciente Tai experiencia conseiente” (Jung, 1898, p11," "maternal. 0 ap, ‘Aestrutura ps{quica nao pode ter-se origi sivamante do exterior. Como todo orgeniamevic nt strutura e forma peculiares, assim também apn tem. Aestrutura 60 que jé estava, 6a pré-condnacn éa mie: a forma na qual toda vivéncia é apreendit " to nconsente que Ihe ‘are necosdrio go sesenwalvimente normal da crianga(p. 2) 20 ripos de complexo matern0 Na mulher .xo materno na filha pode ia oe dos instintos femnininos agate, _ adesutro lado, uma debiltacio e aie! int dng by por oUt No primelroens0 surge wing iP ty tnaeenalidade propria devido 20 predomi, pntivoe,no outTo caso, desenvolvenseyyn® do gia, inetinto sobre a mae. A diferenciagao dos ya PPen% instplexo materno pode ajudar a enton "st ividuais de atitude em relacio gravidgr, i me att dade, ng (1998) descreveu quatro tipos ve materno: “Hipertrofia do materno: Bsse tipo é cara, um fortalecimento de todos os in: Gialmente do instinto materno. Posi incon, cmp, ing oe amente 8 se naquela imagem de amor materno incon, "eee no, quedé a vida ecuida dela, que pertence ag, 1%, mais inesqueciveis do adulto, dada a forga dagen, primérias, e que significa a origem secreta de gga %ay {doe transformagdo, da volta a0 lar e asi meeat*emh, € portadora dessa vivéncia de vida, cujos fille’ AR qual estamos confiados eentregues feito cians 8a cida intimamente, ao mesmo tempo profunda ede cida como anatureza, nhs, (O aspecto negativo desse tipo materno do por uma mulher cujo tinico objetivo é rocrian att senta uma reeaida no matriarcado, onde o homem, insipida, um mais a ser cuidado, entre criangas, cas: eros, ness tipo materno, 66 6 desenvolvido como nig maternal, permanecendo i in o que leva a mulher a viver a prépria personaliag através dos outros, dos filhos, Inicialmente ela care filhos e posteriormente pendura-se neles, instinto materno impor-se com tal vontade de poder qe 22 leva & aniquilagao da vida e personalidade préprias das criangas. A “7 Exaltagéo do eros: Esse tipo constitui uma reagao perante o materno meramente natural e puramente ins- tintivo, inconsciente, que abarca e absorve tudo. Hé uma inibigao dos instintos maternos e, em compensacao, ocor- re um aumento dos impulsos eréticos, que conduzem a uma acentuagao exagerada, nao natural, da personalida~ de do outro, A mulher desse tipo pode ser atraida por relagées sensacionais e exaltadas, em si mesmas, geral- mente com homens casados, nao para manté-las, paraiso Ihe falta o instintomaterno, mas para perturbar ‘uma relagio estabelecida e depois substi Sua motivacao pode constituir-se de ci superar a mae, o que gera uma relacdo incestuosa com 0 i iéncia sobre 1a atuagdo, pois ela ocorre reativamente & indncia do sé-materno natural. O eros se dirige instintivamente em direcdo a um homem que tem de ser arrancado do predominio do materno-feminino, suscitan- conflito produz o fogo dos afetos e emogies, que sio a fonte de toda transformacio e conscientizagaoda personalidade. Aemocaoéoque trans- forma escuro em luz e a inércia em movimento. Tornan- do-se consciente, a atuagaodesse tipo podese transformar em libertagao. Identificagdo com a mae: Esse tipo de complexo é i aralisagdo de todos os into materno como do la projecdo da prépria personalidade sobre a 1a desse tipo leva uma existéncia de sombra de sua mae, esta tltima vivendo plenamente tudo 0 que na filha provoca sentimentos de inferioridade: maternidade, responsabilidade, relacdes pessoais e ersticas. Permane- cendo identificado com a mae, a filha corre o riseo de nao realizar seu préprio destino. Por tras da dependéncia e ibmissdo total & mae, essa filha que se nega pode, ineonscientemente, tornar-se uma tirana em relacdo & 23 indeterminagao go, Dada 22s 0 © va sua 6 jee tpt “emente ha” podg Rg, muller Goria masculinas e até nog, “*Plae 1 Te i is precisa Sita gt vabe : prodgr a si mesma, Pois precisa ser roubaq.' delay Esse tipode complexo materno negativo pode acarre- cheer “aepois nd la ee vina deacheie da ee 7 ivimento espontaneo do re ek era enki fa i eres om dzecesien nine do guaune una esposs abNegada, encananyl Pry eats reser, oof ninamagate ae go papel de acompanhante secundn”* pert. juntamente com esse desenvolvimen peraonalidae éinconsciente, pode Projetar a2 cont, fo, prem evidenciar se também caracteristicas mascul ‘sobre un ae que nao 08 possua, elevan: a tajgtts nas em geral. A mulher desse tipo combate tudo o que é asculinidade. 0 ety escuro, ambiguo, confuso, cultivando tudoo que é seguro, Inasipefesa contra a mae: Nesse tipo de com, eet claro ¢ racional. Dado seu discernimento e objetividade, no, intermedisrio entre 05 trés descritog gio, pode tornar-se uma amiga e conselheira criteriosa pare Pelta de um aumento ou paralisaciodos inggi'®% ng Um companheiro, Combatendo a mae, pode Chega @ Nit to, mes de uma resistencia contra a preg tfg® Cnacenis slevads, porém corendo 0 sc de ine, Por um lado existe umn Tastinagao pela witty, impusiiiade, obscure, ambigidadee iconsién- nunca se torna identidade ¢ Por outro, existe yM¥® gga de seu proprio ser. Superando, no entanto,o complexo sificagao do eros, que se os80t numa resisting, negative, sua combinagao de feminidade maternal, tar- tacontra amie. O lema ¢; tudo, 86 no como mij, diamente deseaberta,conduzida por sua intligénciaar- Como seus instintos esto todos concentragu tang ticulada, pode levar a uma eficdcia saudavel na vida mae, em forma de defesa, eles no sio aptog ». bre, externa e no reino da intimidade animica. truir uma vida prépria; assim, uma mulher Be? a. tende a saber 0 que nao quer, mas tem difieyt( ta, saber 0 que quer. Todos 08 processos ¢ neste jnstintivas, como sexualidade, casamento fife ty suldades inesperadas, pois o essencial¢ stente contra a mae em todas as sua, mae =a resisténcia contra a mae como familia se taem desinteresse por tudo que lembre familia, dade, sociedade ou convencao; om “a resisténeia contra a mae como matéri festaem impacigncia efaltadejeito no manejo desir problemas na aceitagao do préprio corpo e dificuldad, ie se vestir; ea ~aresisténcia contra a mae como titero se mani em problemas na menstrua¢do, dificuldade deconceps, horror & gravidez, enj6os ou hemorragias durante am. vider ou parto prematuro. persi 4 25

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