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Penal Resumo II
Penal Resumo II
§1º: trata das causas de aumento, que ocorrem quando há emprego de arma, de qualquer
tipo pois não há restrição, e/ou se for cometido por mais de 3 pessoas.
§2º: aplicar pena correspondente à violência, ou seja, soma a pena da lesão ocasionada
na vítima.
Art.147- Ameaça
Mesmo o STF falando que a ação é incondicionada quando houver lesão contra mulher
no âmbito doméstico, a ação em relação a ameaça, nesse caso, continua sendo
condicionada mediante representação.
Art.148- Sequestro e cárcere privado
É um crime permanente, ou seja, que o flagrante pode se dar a qualquer momento, e não
deve ser confundido com extorsão mediante sequestro, pois os bens tutelados são
diferentes.
O inciso V trata do fato de quanto se tem a finalidade de ato libidinoso- basta somente
sequestrar com o intuito, não precisa praticar; se acaba por praticar o ato, entra em
estupro.
Questão de prova: diferença entre este e extorsão, e o fato de não ser um crime de
menor potencial ofensivo.
§1°- Figura equiparada (quando vai ter a mesma pena para outras condutas) como se
dará a condição/redução à condição análoga de escravo.
Crime de menor potencial ofensivo com competência do juizado e que muitas vezes é
absorvido pois pode ser colocado como crime meio.
§2º- Causa de aumento de pena quando praticado por servidor público fora dos
casos legais com abuso de poder.
§3º: Quando não constitui esse crime, aqui se apresentam as excludentes ilicitude. “I -
durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra
diligência; II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali
praticado ou na iminência de o ser.”
Quais as hipóteses de violação de domicílio permitidas pela CF-88? Art.5º, XI. “Salvo
em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por
determinação judicial.”
Alguns bens para fins civis são considerados imóveis, porém não afeta o âmbito penal.
i) Reclusão Detenção ou
ii) Diminuir de 1/3 – 2/3 ou
iii) Aplicar somente a pena de multa
Equipara-se a coisa móvel energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico
- alteração de medidor – estelionato (Art.171).
Inciso II:
a) Destreza: habilidade especial que o sujeito possui, onde a vítima não percebe
que está tendo um bem subtraído; o “bate carteira”. A vítima não pode perceber.
b) Escalada: ingresso ANORMAL do sujeito naquele local. Quando o sujeito
transporta uma grande dificuldade para adentrar em um local.
c) Abuso de confiança: a vigilância é diminuída. Ex: diaristas e empregadas do lar.
Necessita da confiança depositada, que resulte em uma baixa da vigilância.
d) Fraude (!!!): meio de enganar a vítima, ludibriar para facilitar a subtração. Meio
enganoso para diminuir a vigilância, e o silêncio pode ser uma forma de cometer
fraude. O que diferencia do estelionato, é que neste último a coisa não é
subtraída, é dada (mas sob consentimento viciado pela fraude).
§5º: Apenas veículo automotor – tem que sair do estado federativo ou país. Ou seja, tem
que ter o interesse de mudar a localização/transportar de estado para outro, ou país para
outro. (figura qualificadora).
Conduta é a mesma do artigo anterior, mas quem realiza-a não é qualquer pessoa.
§2º: a conduta não é punida se o bem comum é fungível e o valor não exceda a cota
parte do agente.
Questão de prova:
Art.157- Roubo
Na situação do roubo próprio é a figura do caput, que prevê três figuras. É a modalidade
simples.
O que é meio que reduz capacidade de resistência da pessoa? Ex: pessoa está dopada.
Lembrar que o art.16 (arrependimento posterior) não se aplica aqui, porque foi
executado mediante violência ou grave ameaça.
§1º- Roubo impróprio: “logo depois de subtraída a coisa”- furto consumado e para que
garanta a impunidade ou posse da coisa, implica violência ou grave ameaça. Lembrar
que não fala de meio que reduza ou impossibilite a resistência.
A violência deve ocorrer no mesmo contexto fático do furto, para garantir a impunidade
ou a subtração do bem.
i) Emprego de arma. Não está restrito a arma de fogo, podendo ser qualquer
arma própria ou imprópria. Arma de brinquedo não entra porque não tem
potencialidade lesiva (Súmula do STJ sobre isso foi cancelada). Tem que
haver a perícia da arma para incidir nessa causa de aumento. Simulação de
arma entra na grave ameaça, e não aqui.
ii) Concurso (eventual) de 2 ou mais pessoas
iii) Não é qualquer vítima. Típica situação dos roubos a carro forte. Não basta a
vítima estar nessa condição de transporte, o sujeito TEM que estar ciente
disso.
iv) Mesma coisa do §5º do furto, mas no furto qualifica enquanto no roubo só
aumenta a pena.
v) Restringir é diferente de privar. Restringir se dá em um breve espaço de
tempo. Privação é algo mais duradouro, ai vai ser roubo em concurso com
sequestro.
De acordo com a lei 8072/90, latrocínio, mesmo sendo um crime complexo, consumado
ou tentado, é crime hediondo.
Há uma diferença entre roubo qualificado e roubo + concurso de crimes com homicídio.
No roubo qualificado com a morte, esta ocorre DURANTE e EM RAZÃO, o que são
qualidades cumulativas, e a violência integrada tem que ser intencional, e a morte pode
ser da pessoa que possui o bem ou terceiro e se houver uma pluralidades de mortes vai
pesar na pena.
Art.158- Extorsão
§1º: aumento de pena por concurso de 2 ou mais pessoas e uso de arma – pode ser
qualquer tipo.
§2º: quando gera lesão grave ou morte, aplica o §3º do art.157. Não tem latrocínio na
figura da extorsão, só no roubo. Quando resultar em morte, é crime hediondo. Tipo
penal remissivo, porque vai remeter a artigo anterior.
§3º: sequestro relâmpago. Restrição se trata de quando ocorre por breve momento e
meio sem o qual o agente não vai ter o proveito, diferente da causa de aumento no roubo
onde isso não ocorre de forma necessária. Privação possui um lapso temporal maior.
Figura qualificadora.
Tem que ser de pessoa, com o fim de obter proveito do que se paga pelo resgate, a
conduta é sequestrar (privar da liberdade), e, embora não traga a figura de violência ou
grave ameaça, está implícito.
§1º: figura qualificada: maior de 60, menor de 18, associação criminosa, e quando o
cárcere dura mais de 24 horas (diferente do art.148,§1º, III, que são + de 15 dias).
§4º: a delação precisa ser eficaz, ou seja, tem que gerar a libertação da vítima. Prevista
somente nesse artigo quando em relação aos crimes contra o patrimônio.
Figura do agiota, onde há duas condutas: exigir e receber. “Exigir ou receber documento
que pode dar causa a procedimento criminal vitima ou terceiro como garantia da
quitação da divida”.
Art.163- Dano
Não comporta a modalidade culposa, ou seja, não se pode falar em dano culposo.
Inciso III- não pode fazer analogia e colocar o DF nesse caso também, entendimento
dos tribunais superiores (STJ) porque seria uma analogia para prejudicar. Quando se
trata de patrimônio na União ou dos estados federativos.
Inciso IV- Motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima, ou seja, não
tem valor delimitado para o prejuízo.
Art.165 e 166
Foram revogados tacitamente pela lei 9605- onde há uma figura especificada do crime
contra patrimônio público.
É uma quebra de confiança entre as partes, o dolo é posterior a posse do bem. Diferente
de estelionato, onde a posse é viciada pela fraude.
Inciso II- figurar do tutor- não há mais a figura do síndico (agora é administrador
judicial).
§3º- Quando é facultado aplicar pena (privativa) ou apenas multa, se preenchidos alguns
requisitos.
Art.171- Estelionato
2 condutas (induzir e manter), lembrando que aqui o sujeito não furta nada, mas também
não se confunde com apropriação porque nesta a posse é lícita, já no estelionato o
consentimento é viciado porque empregou fraude (que é o engano).
§2º- Subtipos
§3º- Causas de aumento de pena: se recair sobre as pessoas ali especificadas (em
detrimento de entidade de direito público ou instituto de economia popular, assistência
social ou beneficência)
Equívoco colocar no rol dos crimes contra o patrimônio mas é crime de falso.
É uma situação relacionada a jogo/aposta, e aqui não tem como ter vencedor, sabendo
que a operação é ruinosa.
A regra é que caia no CDC e esse artigo sendo subsidiário. Quem comete é o
comerciante.
A ação penal é privada mediante queixa (§1º), é um crime de menor potencial ofensivo
e tem que ter em trâmite uma execução.
Art.180- Receptação
Imprópria (2º parte do caput)- “influir”. Sou porta-voz para que outrem adquira, se
consuma no momento que começa a conversa com 3º para que adquira.
§4º- Mesmo que não identifique a pessoa que furtou ou roubou o bem, quem comprou
ainda responde por receptação.
§6º- Dobra a pena se for contra patrimônio público. Não tem DF, ou seja, sem analogia.
Causa de aumento.
Art.181
Escusa absoluta, ou seja, fica isento de pena quem cometer qualquer dos crimes desse
título contra cônjuge, durante o casamento ainda, ou contra ascendente ou descendente,
civil ou natural.
Art182