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Transtorno de Ansiedade

Generalizada
Descrever transtorno de ansiedade generalizada segundo os critérios
diagnósticos do DSM-5.

O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) caracteriza-se pela presença da expectativa


apreensiva ou preocupação. Na realidade, a preocupação excessiva e suas consequências
neurobiológicas são comuns a todos os transtornos de ansiedade. O TAG ocorre quando a
preocupação excessiva com questões cotidianas é a característica central.
Deve-se diferenciar da preocupação restrita a temas específicos, como obsessão no transtorno
obsessivo-compulsivo, à possiblidade de ocorrência de ataques de pânico no transtorno de pânico,
ao medo de ter uma doença grave na hipocondria, a um possível defeito na aparência na anorexia,
na bulimia nervosa ou no transtorno dismórfico corporal. Ou seja, no TAG a preocupação toma vários
aspectos da vida da pessoa como saúde, filhos, futuro, questões financeiras, trabalho, entre outras
(ALVARENGA e ANDRADE, 2008).
A prevalência de 12 meses do TAG é de 0,9% entre adolescentes e de 2,9% entre adultos na
comunidade geral nos Estados Unidos. A prevalência de 12 meses para o transtorno em outros
países varia de 0,4 a 3,6%. O risco de morbidade durante toda vida é de 9%. Indivíduos do sexo
feminino tem duas vezes mais probabilidade do que os do sexo masculino de desenvolver TAG
(NASCIMENTO, 2014).

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos
dias por pelo menos seis meses, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar
ou profissional).
B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.
C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis
sintomas (com pelo menos alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos seis meses).
NOTA: apenas um item é exigido para crianças.
1. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele.
2. Fatigabilidade.
3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente.
4. Irritabilidade.
5. Tensão muscular.
6. Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto).

D. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente


significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da
vida do indivíduo.
E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substancia (p. ex., droga de
abuso, medicamento) ou a outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo).
F. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental (p. ex., ansiedade ou
preocupação quanto a ter ataques de pânico no transtorno de pânico, avaliação negativa no
transtorno de ansiedade social [fobia social], contaminação ou outras obsessões no transtorno
obsessivo-compulsivo, separação das figuras de apego no transtorno de ansiedade de separação,
lembranças de eventos traumáticos no transtorno de estresse pós-traumático, ganho de peso na
anorexia nervosa, queixas físicas no transtorno de sintomas somáticos, percepção de problemas na
aparência no transtorno dismórfico corporal, ter uma doença séria no transtorno de ansiedade de
doença ou o conteúdo de crenças delirantes na esquizofrenia ou outro transtorno delirante).

Quiz

1 Uma mulher de 28 anos chega ao seu médico clinico com a queixa principal
de tensão muscular. Afirma que, durante toda a sua vida, sempre sentiu uma
considerável tensão muscular, mas que isso piorou nos últimos sete meses.
Ela se descreve como alguém que se preocupa muito e, desde que teve seu
primeiro filho, no ano passado, sua preocupação aumentou. Não consegue
parar de se preocupar mesmo quando se esforça ativamente para isso.
Preocupa-se com uma série de coisas – as relações do Brasil com outros
países, se ela e o marido conseguirão pagar a faculdade do filho, a saúde do
marido e o mercado de capitais. Também relata sintomas de inquietude e
insônia. Adormece sem dificuldade, mas acorda no meio da noite e não
consegue dormir novamente. Descreve seu humor como "OK" e nega
qualquer uso de substancia, fora um ocasional copo de vinho no fim de
semana. Ela e o marido são advogados. A paciente relata ter dificuldade para
se concentrar no trabalho desde o nascimento do filho. Qual o diagnóstico
mais provável?

Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)

Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)

Transtorno de ansiedade social

Depressão maior

Referências
ALVARENGA, Pedro Gomes; ANDRADE, Arthur Guerra. Fundamentos em Psiquiatria. São Paulo:
Manole, 2008.
NASCIMENTO, Maria Inês Correia et al. Manual Diagnóstico e Estatístico de transtornos
Mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014.

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