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Transmissão Linguística Irregular (Anotações)
Transmissão Linguística Irregular (Anotações)
Saussure se baseava no “fato social” de Durkheim. A língua, para ele, era um sistema
abstrato social, comum a todos. Questões fundamentais para a formação socio-histórica do
PB: demografia histórica, contato linguístico, transmissão linguística irregular.
Em Portugal o fator escolaridade não é tão marcado quanto no Brasil. Temos a
polarização sociolinguística no Brasil.
Contato de populações na formação do Brasil: língua brasílica (usada para
comunicação entre portugueses, brasileiros mestiços, indígenas e africanos), jargões instáveis
de línguas africanas, africanos ladinos (aqueles que aprendiam português como L2 por meio
de interações de suas línguas e a segunda língua em aquisição, diferentemente dos boçais, que
não sabiam português inicialmente).
Os centros urbanos eram onde aconteciam os falares mais próximos aos europeus.
Minhas de pedras e metais preciosos aumentou a vinda dos africanos, o que
popularizou ainda mais o português popular, vieram mais português europeus também, em
busca de enriquecer.
Cada situação de contato é única, explicada por fatores sócio-históricos. Alguns
viram pidgins...
Mufeni fala que o que leva à mudança linguística são os movimentos, os deslocamentos, populacionais.
Formação de línguas nacionais sob a perspectiva do contato: considerar aspectos demográficos,
variação de ideoletos, situações comunicativas e atividades socioeconômicas.
Os aspectos vão determinar qual é a língua que vai nascer da situação de contato.
Mudanças intersistêmicas e inovações oriundas do contato: Reestruturação parcial
(John Holm, crioulista): o PB não tinha características de língua crioula, mas de uma língua
parcialmente reestruturada (ou transmissão linguística irregular, conforme cunhado por
Dante). O Brasil passou por situações crioulizantes.
A nativização transforma em L1 o que foi adquirido em L2. Em seguida, há uma
estabilização de interlíngua.
A não-escolarização no PB não suprimiu a força dos traços de L2. Os portugueses que
vieram de Portugal para o Brasil eram advindos de diferentes regiões de Portugal.
O input europeu foi diverso ao longo da colonização do Brasil. A próclise era padrão
no português antes de sofrer mudança, quando a ênclise passou a ser padrão.
Emílio Pagotto – Norma e condescendência (como a norma culta do PB tornou-se
diferente do PE).
A sociolinguística remete a questões sociais no estudo da linguagem. A
sociolinguística comporta os fatores externos à língua.
A norma culta é próxima ao PE, mas não é a mesma coisa. A norma popular é muito
marcada pela aquisição do português como L2.
História da Língua Portuguesa – Serafim da Silva Neto (já falava sobre o contato
linguístico) (nega o contato, ao mesmo tempo em que fala que o contato fez acelerar as
mudanças, pois no âmbito do estruturalismo as mudanças sociais não afetavam o sistema).