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AVL alas PSICANALISE aaa). ¥y Os pontos de vista sobre essa abordagem ie) Cae) VACINA aL ¢ eee _ SCOT NTT ea We CIC TL) re i mentiroso compulsivo? ENTRE VERDADES E MENTIRAS Em um mundo onde todos contamos mentiras ocasionalmente, surge a figura do mentiroso compulsivo. E importante lembrar que a ati- tude isolada de mentir nao é considerada uma doenca por si s6, porém, especialistas desta- cam sua associacao com transtornos mentais. 0 mentiroso compulsivo, muitas vezes, nao tem um motivo especifico para suas mentiras, nao apresenta falta de remorso e pode estar ligado a condices como Transtorno de Perso- nalidade Borderline e Sindrome de Miinchau- sen. Nas préximas paginas, vocé vai entender ‘0 que leva alguém a escolher mentir, compor- tamento que pode estar ligado a cultura, a fan- tasia e até alteracdes neuroldgicas. PRODUGAO GRAFICA DA CAPA Eugénio Tonon ILUSTRAGAO wan wei/Shutterstock Images Mas, e quando mentir é necessario para a sua sobrevivéncia? Nossa revista também te conta em quais casos omitir a verdade pode ser crucial para a sua seguranca, e pode muito! Ainda nesta edi¢do, falaremos sobre a tendéncia que temos de agir como se fasse- mos maquinas no trabalho, e como esse com- portamento pode impactar negativamente nossa vida pessoal e também a profissional. E, afinal, psicanalise é ciéncia? A Mente Afiada trouxe diferentes pontos de vista sobre esse debate para te fazer refletir. Entdo, depois de ler, queremos saber qual o seu posicionamen- to sobre a abordagem terapéutica criada por Freud la no século XIX. Bora la? Beijos e boa leitura, ‘Ana Kubata | MAPA DA MENTE MENTIR PODE SER VACINA CONTRA NAO SOMOS As dltimas e mais ‘CRACK E COCAINA MAQUINAS ‘curiosas descobertas Projeto da UFMG A busca pela perfeicao da ciéncia contra dependéncia _no trabalho pode te tem ganhado deixar doente destaque na ciéncia eS 7 ¥ DESVENDANDO MITOMANIA VOcE E UMA PESSOA P A ALEXITIMIA Mentirosos compulsivos QUIXOTESCA? E CIENCIA? A dificuldade existe e Caracteristicas estéo _Diferentes pontos em identificar e ser condicionados por diferentes aspectos sociais associadas a um perfil idealista e sonhador de vista fomentam expressar emocdes esse debate de maneira verbal Mapa da mente Texto: Ana Kubata Nos ultimos dias, recordes histdricos. de temperatura foram registrados em varios estados brasileiros devido a uma onda de calor. Meteorologistas e climatologistas atribuem esse calor intenso ao fendmeno conhecido como “domo de calor”, resultante do aprisionamento de uma grande massa de ar quente em uma regiao especifica. Esse bloqueio atmosférico impede a chegada de frentes frias ou chuvas, elevando drasticamente as temperaturas. O “domo de calor” funciona como uma tampa, retendo o ar quente e aumentando a pressao atmosférica, o que intensifica 0 calor 4 medida que a massa de ar quente se comprime em direcdo a superficie terrestre. Esse fendmeno pode durar varios dias, sendo mais comum no Sudeste e Centro-Oeste durante 0 inverno. Essas condig6es climaticas extremas tém impactos significativos para a satide mental da populacao, uma vez que contribuem para 0 agravamento do estresse, ansiedade e outros impactos emocionais decorrentes das condi¢des climaticas adversas, e das preocupagdes sobre o futuro ambiental. lustraglo: BlueRingMedia/Shutterstock Images PREOCUPACAO...SEM ACAO! Uma pesquisa conduzida pelo Infojobs, uma HR Tech focada em solugdes para RH, revelou que embora 99% dos profissionais de RH acreditem na importancia de estratégias de saude mental para colaboradores, apenas 34% das empresas implementam acdes efetivas. O estudo destaca que 61% dos trabalhadores se sentem insatisfeitos ou infelizes no trabalho, sendo que 86% considerariam mudar de emprego para melhorar sua satide mental. Os dados apontam ainda que 91% dos profissionais de RH reconhecem que beneficios para a satide mental impactam aatragao e retencao de talentos, mas 75% afirmam a falta de acdes e suporte nas empresas onde trabalham ou trabalharam. Entre as organizagdes que adotam medidas para promover a satide mental, destacam-se campanhas de bem-estar e saude mental (43%), suporte com psicdlogos (41%), canal de escuta ativa (37%) e treinamento para liderancas empaticas (35%). Além disso, 96% dos profissionais de RH acreditam que o recrutamento humanizado contribui para esse cuidado. A pesquisa também revela que mais da metade (55%) dos respondentes nao se sentem psicologicamente seguros em suas empresas, citando ambiente ou lideranga toxica e abusiva (64%), cobrangas excessivas de resultados (40%) e pressao constante (37%) como fatores prejudiciais. g tock Images lustragBo: Rewpixel.comy ALERTA SEGUE LIGADO A Agéncia Nacional de Vigilancia Sanitaria (Anvisa) informou que mais de 65 milhdes de unidades de clonazepam (Rivotril) foram vendidas no Brasil em 2022, e especialistas seguem alertando sobre os perigos do uso prolongado de benzodiazepinicos, como clonazepam, destacando 0 risco de dependéncia e tolerancia. O uso continuo pode resultar na necessidade de doses crescentes para alcancar o mesmo efeito, criando um vinculo emocional perigoso entre a melhora dos sintomas e a necessidade frequente de medicacao. Arapidez dos efeitos sedativos dos benzodiazepinicos 6 0 que mais atrai quem os utiliza, j4 que proporciona alivio inicial em situagdes como crises de ansiedade ou epilepsia. No entanto, 0 uso continuo deve ser cuidadosamente monitorado devido aos riscos de tolerancia e dependéncia. Especialistas recomendam o uso pontual dessas drogas como recurso de emergéncia, alertando contra a prescrigao inadequada ou prolongada. 0 ideal é buscar orientagdo médica para um processo gradual de retirada, evitando sintomas abruptos de abstinéncia. llustragao: aroz_designO7 e Maxine Headroom Studios/Shutterstock Images QUANDO MENTIR E NECESSARIO? Texto: Gabrielle Aguiar mentira 6 algo comum do ser humano, desde as coisas basicas até as mais cabeludas, mas 0 fato 6 que cada pessoa tem seus motivos particulares para isso. Recentemente, o que mais vemos na internet sao pessoas compartilhando experiéncias de assaltos, golpes, e até mesmo trafico humano - que vem sendo muito comum na Europa e nos Estados Unidos. Muitas dessas situagées citadas acontecem com pessoas desprevenidas e que esto sozinhas, por isso a Mente Afiada separou algumas situacdes nas quais mentir pode se tornar necessdrio, além de dicas do que fazer ou falar em situagGes de risco. mes ff Caso vocé more sozinho(a) ou esteja sé em casa, nunca € interessante deixar pessoas desconhecidas saberem desse fator. = Quando for pegar alguma entrega no portao, sempre diga algo como “Pai, vocé pode estender a mesa?” ou “Mae, fecha a porta para 0 cachorro nao sair!”; = Se for ter alguma obra ou visita técnica na sua casa, pega para um amigo te fazer companhia, ou diga que nao pode fazer muito barulho porque seu parceiro trabalha home office; Se alguém tocar sua campainha e disser que deixaram uma encomenda para vocé na casa deles, peca para deixarem no portdo, que depois vocé pega; m= Pegou um uber ou um taxi? Caso eles perguntem se aquele endereco é a sua » casa, sempre diga que nao, e que esta F visitando um amigo/parceiro. tle fairy) © Ta Animator/Shutterstock Independentemente se vocé esta viajando sozinho(a) ou acompanhado(a), essas dicas vao te salvar: m Estd na frente do seu hotel e alguém te perguntou se esta hospedado ali? Sempre diga que nao, e que esta esperando um amigo; = Se um estranho pergunta onde vocé esta hospedado(a), nunca diga a verdade. Fale que esta em um /bis (hotéis mais comum no Brasil) ou no Marriott (mais comum internacionalmente); m= Caso alguma pessoa te pergunte na rodovidria, aeroporto ou na rua se vocé esta s6, diga que tem companhia e saia de perto; m “Aonde vocé esta indo?”, a resposta deve sempre ser bem diferente do seu destino final. Por exemplo, se esta indo para casa, diga que vai para um hospital; m Evite parecer perdido(a) enquanto estiver viajando, e se alguém perguntar se precisa de ajuda diga: “Nao, eu moro aqui”. AVANCO CIENTIFICO! Iniciativa brasileira contra dependéncia de cocaina e e oferece esperanca ao mundo e é premiada na Europa Texto: Gabrielle Aguiar vacina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) con- tra dependéncia da cocaina e do crack, que vem sendo de- senvolvida desde 2015, recentemente chamou muita atengdo devido aos seus avangos. Em 18 de outubro, a univer- sidade mineira venceu o Prémio Euro Inovagdo na Saude - organizado pela multinacional farmacéutica Eurofarma -, conquistando 500 mil euros (cerca de R$ 2,6 milhdes) pela iniciativa. Mas, 0 que isso significa para a popu- lagdo? De acordo com o Escrit6rio das Na- des Unidas (ONU) para Drogas e Crimes, mais de 18 milhdes de pessoas no mun- do consomem crack e cocaina. Desse to- tal, 25% podem se tornar dependentes. OBJETIVO DA VACINA A Calixcoca foi desenvolvida pelos pes- quisadores da universidade, que con- tou com o professor Frederico Garcia, do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina, como coorde- nador. “A ideia por tras dessa vacina 6 estimular 0 sistema imunolégico a produzir anticorpos que se ligam as substancias viciantes, impedindo-as de atravessar a barreira do cérebro e, assim, reduzindo os efeitos psicoati- vos. Essa abordagem tem como objeti- vo diminuir os efeitos reforgadores das drogas, tornando-as menos atraentes e reduzindo a motivagao para o uso”, explica Luan Sales, psiquiatra clinico. E A PREDISPOSICAO O objetivo da Calixcoca é ser eficaz para quem tem vicio na droga, mas Reet ee tt ate En Tin ics venir pessoas que tém predisposicao PIER aac Cuut Cm Ces do em medicina pela UFCG, com re- sidéncia médica em psiquiatria pela SU nL be Umea mild pesquisador auxiliar, explica que essa é, sim, uma das possiveis finalida- des da nova vacina. “Nos testes em animais, por exemplo, foi comprova- CR oe Rut OR aC Yd a. Além disso, é importante reforcar que a Calixcoca esta em ensaios clinicos com roedores e primatas nao humanos e, atualmente, nao existe uma vacina aprovada para 0 tratamento da dependéncia de cocaina ou crack. adquiriram anticorpos anticocaina eeu eR CaCI) Pectin Certs Ome isso ainda é uma hipotese que deve Fee MEER uC CER) CC NU CR CCL Be OCT Cora Le DR Ua Or eke DRC oa) Cee A nce eeccenc er are CACC eC Coren mais Pee eae Cn Cee eit aie CCRC Cm oad PSOE Rete Scen cre ia CORR MTC em bee Coca COMO A DEPENDENCIA AGE NO CORPO cet PRL CCM corpo quanto a mente de uma pes- MOC uate NE Tae Miele Meio) do sistema nervoso central, resultan- do em sintomas de abstinéncia quan- PRS cet Mel eC ed Peon et esi cy pode causar danos aos érgaos e sis- temas do corpo”, explica Sales. Be OM Ue EB elu Ter mere Mom R ee eco Re a et OR A Son ier cme ers) Late ee Le CCTM Cela ec cea Rem eR ace Coa Ly Pe Te oe eee it accu h acum. CCl am Cee Renan CR Cann etic) Me aE uae ease CT ee Rs eu ac OSE TS CCE icc “E importante ressaltar que a depen- déncia é uma condi¢ao complexa e multifacetada, e seus efeitos podem variar de pessoa para pessoa. O tra- tamento adequado, incluindo inter- vengées médicas, terapéuticas e de suporte, é essencial para ajudar as pessoas a superarem a dependéncia e alcangarem a recuperacao”, destaca. NAO E UMA CURA DEFINITIVA Flavio Henrique explica que, na verdade, 0 principal efeito da vacina seria reduzir a capacidade da droga de chegar ao Sis- tema Nervoso Central, “reduzindo efei- tos e dependéncia, dessa forma, seria possivel interromper a compulsao pelo uso da substancia, 0 que pode ser par- ticularmente util para dependentes que estao em processo de abstinéncia”. tustragao: mnbx, balkon, KittyVector e Alphavector/Shutterstock Images: Os préximos passos incluem a realiza- cao dos estudos clinicos, com volunta- rios humanos, e, para isso, um pedido deve ser encaminhado a Agéncia Nacio- nal de Vigilancia Sanitaria (Anvisa). O psiquiatra explica que durante os tes- tes clinicos, “as vacinas sao adminis- tradas em um grupo de individuos para avaliar sua capacidade de gerar uma resposta imunoldgica adequada e re- duzir o uso de drogas. Esses estudos também ajudam a determinar a dosa- gem ideal, a frequéncia de administra- cao e possiveis efeitos colaterais”. Apés a conclusao dos testes clini- Cos, as vacinas precisam ser submetidas a revisdes regulatérias e obter aprova- cao das agéncias de sade competen- tes antes de serem disponibilizadas para uso generalizado. “Esse proces- so pode levar algum tempo, pois € ne- cessdrio garantir a seguranca e eficacia das vacinas antes de serem amplamen- te distribuidas”, aponta Sales. Flavio Henrique diz que ha uma gran- de expectativa na classe médica para a Calixcoca. “Ha muitos anos algo do tipo era esperado pela medicina, tanto que a vacina brasileira, em desenvol- vimento pela UFMG, venceu o Prémio Euro de Inovagao em Satide - Améri- ca Latina, da farmacéutica Eurofarma. Ela pode ser um grande aliado no tra- tamento da dependéncia, em caso de dependentes gravidas e até mesmo prevencao”, finaliza o psiquiatra. ‘Texto: Ana Kubata mum mundo onde produzir cada vez mais € a meta, muitas vezes Nos esquecemos de que somos seres humanos, e nao maquinas. Estamos sempre querendo fazer mais, en- tregar mais, dar conta de tudo ao mesmo tempo e o tempo todo. Mas essa busca incessante de per feicao tem implicagées significativas para a satide mental, tanto da propria pessoa, quanto de quem convive com ela, como descreve a psicdloga Larissa Fonseca. “Ao tentar atingir padrdes perfeitos, os indivi- duos vivenciam altos niveis de estresse, ansiedade e até mesmo depressao. O per- feccionismo no trabalho muitas vezes leva uma autocritica intensa, no qual qualquer desvio dos objetivos estabelecidos é per- cebido como um fracasso pessoal. Esse comportamento pode resultar em um ciclo negativo, contribuindo para o esgotamento emocional e fisico.” E QUAIS SAO OS RISCOS DISSO A LONGO PRAZO? “Desenvolvimento do burnout, um estado de exaustao prolongada que pode ter sé- rias repercuss6es na sade mental e no desempenho profissional”, alerta. Dito isso, podemos afirmar que estabelecer “limites saudaveis” no con- texto do trabalho é essencial para pre- servar a satide mental. De acordo com a profissional, isso implica reconhecer a importancia de equilibrar as demandas profissionais com 0 tempo dedicado ao descanso e lazer. “Definir limites claros para as horas de trabalho, aprender a dizer nao a ta- refas excessivas e garantir periodos regulares de pausa com prazer, 40 passos cruciais. Identificar e respel- tar esses limites, nao apenas promove o bem-estar emocional, mas também contribui para uma produtividade. tentavel e eficaz a long EXAUSTAO POR SOBRECARGA? Pe ee el ly PRR CE Cee Ly Beet UT oe one rT eR ce LCE aud Ce Te PEE tre eure Re ee Dee RU ceo) Pe Mee Re em cl ga e choro constantes, irritabilida- CSC ee Lac PT CuMe AMC et a icles Pore Ru uc Mile lee moog CCR Tei “A incapacidade de se desconec- tar do trabalho, mesmo durante o tempo livre, também pode ser indi- cativa de sobrecarga. Reconhecer esses indicadores é crucial para in- terromper o ciclo de exaustao an- tes que ela se torne prejudicial a satide mental.” PARE, RESPIRE...ANALISE Mas calma, nada esta perdido. Em mo- mentos de ansiedade, a sensacao pode ser de desespero, mas existem estraté- gias de autorregulacao emocional que sao essenciais para lidar com o estresse no trabalho. “A terapia € a principal delas, saber entrar em contato e sair de problemas rapida- mente ajuda a nao perdu- rar uma situagao além do necessério, diminuindo o sofrimento e ajuste de posturas em todas as telacdes. A identificacdo de padrdes de pensamen- to disfuncionais sao ferra- mentas valiosas”, orienta a psicdloga. Além disso, a profissional indica que de- senvolver habilidades de comunicacao eficazes e estabelecer expectativas realistas também sao muito impor- tantes na hora de ajudar a gerenciar as emocées associadas a busca in- cessante pela perfeic¢do no ambiente profissional. “Além da terapia, a pratica de mindfulness, técnicas de respiracdo, relaxamento e 0 desenvolvimento da autoconsciéncia.” Estabelecer prioridades e delegar tarefas, quando possivel, também sao praticas valiosas para manter 0 equil/brio entre trabalho e bem-estar apontadas por Larissa, que ainda da uma ultima dica comportamental para os momentos de crise: “quando se sentir vulneravel, qui- ser chorar ou gritar, deixe cair algo, va ao banheiro coloque o rosto dentro da pia para provocar o reflexo de mergulho por alguns minutos; ou beba uma agua com bastante gelo. Isso auxilia no processo de prontidao e resfriamento do organismo”. NAO SOMOS MAQUINAS, SOMOS HUMANOS Os resultados nado podem ser uma prio- tidade maior do que a humanizacao dos » trabalhadores de uma empresa. Nimeros ? tém sua importancia, sem dtivida, mas as pessoas superam os ntimeros em importancia. Sao elas que dao vida e im- pulso aos nuimeros, sendo os verdadeiros agentes de inovacdo, nao as empresas. “E lamentdvel quantas pessoas talentosas, especialmente aquelas que assumiram novos cargos em menos de um ano, sao simplesmente desperdi- cadas ou subtilizadas pelas empresas. Isso acontece porque muitas organiza- des nado compreendem que mudancas e adaptacdes demandam tempo para gerar resultados tangiveis. O ser huma- no nao € uma maquina; ele necessita de tempo e recursos para implementar estratégias ou ideias que possam agre- gar valor, seja através de melhorias em llustragao: VectorMine, jenny on the moon, eamesBot, Storyet/Shutterstock Imag processos, criac&o de novos produtos, aprimoramento da comunicagao empre- sarial ou aumento nas vendas.” BOX E OUTRA. PU cm em tante, o de termos uma Unica vida, semanas que passam e tempo que eee nt CM ace etd felicidade e paz no ambito profissio- nal esta além do reconhecimento fi- Dae DER Cum Cee og PM COME Ue Mm} CU ure ke elites Ree co RCC RR Coe CRE) Reo ee cere eres Cem Cee Crm ETC) DSS UE Rc PES Ree ta ee) com a propria vida”, finaliza. Desvendando a ALEXITIMIA A complexidade da incapacidade de expressar emocoes Texto: Renan Pereira océ ja sentiu dificuldade em falar sobre certos sentimen- tos, emogées ou desejos que sente? Por mais que seja co- mum, em determinadas pessoas, pode ser um sintoma mais agudo e 0 sinal de uma condigdo que limita, e muito, a comunicagao humana: a alexitimia. Aline Seemund dos Reis, Psicdloga Clinica e pds-graduada em Neuropsicologia pela UNIVALI-SC, explica que a alexitimia € um termo que descreve a dificuldade em iden- tificar e expressar emogdes de maneira verbal. “Individuos com essa caracteristica podem ter dificuldade em reconhecer sen- timentos préprios e dos outros.” No artigo Dificuldade de expressar emogées esta ligada a contexto competi- tivo e de empobrecimento da linguagem, publicado no jornal da USP pelos psic6- logos Avelino Luiz Rodrigues e Allan Feli- ppe Rodrigues Caetano, a alexitimia esta associada a contextos competitivos, nos quais ha empobrecimento da linguagem verbal e escrita. “E notorio que existe, na contemporaneidade, um empobrecimento da linguagem, tanto oral quanto escrita. A redugdo do vocabulario, assim como a estereotipacdo de frases, atesta o empo- brecimento da linguagem. Menos palavras @ menos verbos conjugados significam menor capacidade de expressar emocdes e@ menor capacidade de elaboracado do pensamento”, afirmam. Segundo Aline, “a auséncia da capacidade de expressar emogées pode resultar em dificuldades nos relacionamentos interpes- soais, aumentar 0 estresse emocional e contribuir para problemas de satide mental, como ansiedade e depressao”. Embora nao seja classificada como uma doenca mental por si s6, a alexitimia € frequentemente associada a transtornos, como a sindrome do panico, disturbios alimentares e autismo, sugerindo uma ligacao com condigées psicolégicas. Apesar de a condicao em si ser um obsta- culo para uma conversa psicoterdpica, ja que faltam palavras para quem tem essa condicao, a psicdloga afirma que o trata- mento geralmente envolve psicoterapia, especialmente abordagens que se concen- tram no desenvolvimento da inteligéncia emocional. “Terapias cognitivo-compor- tamentais e psicodinamicas podem ser eficazes. abordagem terapéutica visa me- Ihorar a consciéncia emocional, promover a comunicagao emocional e desenvolver estratégias para lidar com sentimentos.” A leitura pode ser uma ferramenta util no tratamento da alexitimia. “Ela permite a exploracao de diferentes emogdes e experiéncias por meio de personagens e narrativas. No entanto, é crucial combinar a leitura com intervencdes terapéuticas direcionadas para abordar a alexitimia de maneira mais especifica. Em conclusao, a alexitimia 6 um aspecto complexo da satide mental, mas a compreensao e 0 tratamen- to adequado podem oferecer perspectivas positivas. A busca por ajuda profissional ea combinacao de diferentes abordagens terapéuticas podem ser fundamentais no caminho para uma expressdo emocional mais saudavel”, finaliza Aline. 1ock Images Nustragbes: GoodStudio e Undrey/Shi MENTIROSOS COMPULSIVOS EXISTEM! Atitude nao é considerada uma doenga psicoldgica, porém, pode estar associada a algum transtorno mental ‘Texto: Renan Pereira odo mundo ja contou uma mentira. Seja uma desculpa para nao sair com os amigos em um momento no qual nao estd disposto, ou até mesmo para con- seguir um prazo maior para entregar um trabalho ou uma prova final, que ainda nao havia terminado. Esse ato é tao comum que faz parte de nosso re- pertorio, como uma espécie de ferra- menta para sobrevivéncia social. No entanto, o que fazer quan- do uma pessoa mente compulsiva- mente? Como classificar alguém que tem esse comportamento? Seria uma doenga mental? DIFICULDADE EM CONTROLAR IMPULSOS A luz da ciéncia, a psicéloga Amanda Bastos afirma que todo ato compulsivo esta ligado a dificuldade de controlar im- pulsos. “Por isso, podemos entender um mentiroso compulsivo como alguém que tem um impulso persistente e incontro- ldvel, e que muitas vezes nao consegue inibir a resposta impulsiva e de imedia- to acaba, apresentando respostas fal- sas e mentirosas.” Aline Seemund dos Reis, psicéloga clinica, p6s-graduada em Neuropsicologia pela UNIVALI-SC, descreve 0 mentiroso compulsivo como “alguém que apresen- ta um padrao persistente e descontrola- do de contar mentiras, muitas vezes sem uma razao aparente. Diferentemente das mentiras ocasionais, a compulsao para mentir torna-se uma caracteristica mar- cante do comportamento.” MENTIRA E CULTURA) Amanda Bastos explica que o mentiro- so compulsivo nao precisa de um motivo para fazer isso. “A mentira normalmente € contada ou para um ganho secunda- rio, ou para a isengao de algum tipo de desconforto, para evitar, se esquivar, ou para uma acomodacao social. No entan- to, no quadro de mentira compulsiva, ela € feita mesmo que nao haja nenhum des- ses aspectos secundédrios associados.” Além disso, 0 mentiroso compulsi- vo geralmente nao apresenta remorso ou arrependimento, de acordo com Ali- ne Seemund. “As pessoas que mentem compulsivamente frequentemente de- monstram falta de remorso, habilidade notdvel para manipulacao e dificuldade em manter relacionamentos estaveis de- vido 4 quebra constante da confianga.” Ambas as especialistas afirmam que a mentira compulsiva é frequentemente as- sociada a transtornos mentais, mas nao 6, em si, um transtorno. “E associado ao Transtorno de Personalidade Borderline e a Sindrome de Minchausen. Essa li- acdo sugere que pode haver uma base psicolégica subjacente para esse com- portamento”, esclarece Aline. “Mas a mentira compulsiva nao tem uma condicao clinica diagnéstica, por exemplo, validada pelo Manual Es- tatistico de Diagndsticos Psiquiatricos de Transtornos Psiquiatricos, envolven- do exclusivamente a mentira compulsi- va. Ela esta associada a alguns quadros, e pode estar relacionada a um outro transtorno de base. Também tem pes- soas que apresentam e desenvolvem um quadro de mentira compulsiva apés a vivéncia de um evento muito trauma- tico. Por isso, pode também estar as- sociado a um Transtorno do Estresse P6s-Traumatico”, completa Amanda. Amanda também afirma que a fantasia é muito comum em quem apresenta este comportamento. “Algumas delas acabam apresentando a mentira compulsiva por- que nao conseguem distinguir a realida- de tangivel e observavel por outros e a realidade interna cognitiva que ela apre- senta. Entao, por um comportamento fan- tasioso, elas acabam nao percebendo e criam e elaboram historias fantasiosas.” Perea ne centile ace SOC Oe Reema eee TCR COREL Ee mia eT Oi eo od De Cee eae Eee ie Cee cr} DES eee ae Ee OMe CM ea EER CR ee Rr CMe ea ar RE Enea Coie ee meee Ce OR RCE RCA (oe CeO Cn Ronee Tue Crea Scr UCI Ce De acordo com a psicéloga, “o cértex pré-frontal - que esta associado a drea do lobo frontal, principalmente na drea ventromedial - acaba também nos aju- dando na questo da regulacao emocio- nal e na tomada de decisao moral, além da nossa habilidade de distinguir 0 que € certo e o que € errado. E uma falha nesse processamento ou nesse funcio- namento da regiao do cortex pré-frontal ventromedial, pode vir a levar a mentiras compulsivas”. Essa regido do cérebro, também est voltada para a deteccdo de erros. e de conflitos cognitivos. Entao, disfun- des nessa drea também podem gerar dificuldade de avaliar se, de fato, essa mentira seria Util ou nao, ou qual seria o impacto de se dizer a verdade naque- la situagdo. “E, por fim, a gente também pode pensar na amigdala cerebral, que 6 responsével pela regulagao emocional, e também pelas nossas emocées, prin- cipalmente do medo e da ansiedade, e a ativacdo excessiva ou inadequada da amigdala pode disparar uma resposta de luta e fuga inapropriada e pode levar essa pessoa a apresentar uma mentira, por ela se sentir numa situacao de risco de vida, mesmo que ela nao esteja.” Segundo Amanda “as principais formas de tratamento tém como base a tera- pia cognitivo-comportamental, que é uma ciéncia voltada para o estudo da mudanga dos padres cognitivos, ou seja, dos padrées de pensamento e da regulacao socioemocional, e com isso a gente consegue ter como ganho se- cundario: a mudan¢ca comportamental. Muitas vezes, a gente precisa que te- nha inser¢ao da familia ou a insercao de pessoas queridas para essa pessoa para que possam servir como co-tera- peutas e ajudd-la.” Isso dependera do vinculo que temos com stragao: Topiskaya, Pretty Vectors, Net Vector, Andrew Rybalko e Nicoletalonescu/ Shutterstock Images. a pessoa. “Mas isso precisa ser feito de uma maneira muito cautelosa e muito cui- dadosa, porque ou essa pessoa pode nao ter consciéncia de que esta se compor- tando de modo incoerente, incongruen- te com a realidade, e apresentando o que a gente denomina socialmente como mentira, ou ela até pode estar conscien- te disso, mas ainda nao esté disposta a debater e a falar sobre esse assunto”, alerta Amanda. Aline sugere empatia para ajudar al- guém com este comportamento. “Muitos especialistas recomendam uma comu- nicagao aberta e nao de confronto. A empatia pode desempenhar um papel fundamental ao abordar a situagao e ajudar a pessoa a compreender as con- sequéncias de suas ac6es.” VOCE E U A PESSOA O termo vem de origem do nome do personagem Dom Quixote, que foi criado pelo escritor espanhol Miguel de Cervantes no século XVII Texto: Gabrielle Aguiar ode parecer um conceito estra- nho, e até pouco falado, mas hoje vamos falar sobre pesso- as quixotescas. A expressao foi criada pelo escritor espanhol Miguel de Cervantes no século XVII, e deriva do nome do personagem Dom Quixote, um cavaleiro idealista e sonhador que, influenciado pela leitura excessiva de romances de cavalaria, embarca em aven- turas herdicas, muitas vezes enfrentando moinhos de vento que ele confunde com monstros, conforme explica a psicdloga clinica Larissa Fonseca. ENTAO VAMOS A EXPLICACAO! “Uma pessoa quixotesca pode ser descrita como alguém que manifesta um idealismo extremo, frequentemen- te perseguindo objetivos grandiosos e nobres, porém de maneira impraticavel ou utépica”, descreve a profissional. Essa pessoa pode estar tao imer- sa em suas fantasias ou ideais que perde a nocao da realidade, agindo persistentemente e com determinacao, mesmo diante de obstaculos aparen- temente insuperdveis. “Essa caracte- ristica quixotesca pode resultar em um forte senso de propésito, mas também em desafios na adaptacdo a realidade concreta. Além de ter um perfil impulsi- vo e pode ter dificuldade nas relagdes em decorréncia dessa impulsividade.” eee eer etc eee ie i a Pe cme Cee ati ace Cem SC Rae coragem e desconexao da realidade pratica. Veja outros tracos da personalidade dessa Poe ee me Decne Mee esc Mon) ren Cen Cun ist rr ed Baten es oem Ree Peer ne ee eee eed arteed Dien en ccd Bee cuca ee a eee oes crue oT Ree co atid Dee ne On re DIVERSOS FATORES O comportamento de uma pessoa quixo- tesca pode refletir uma combinacao de fatores psicolégicos, sociais e culturais. “Estamos falando de um idealismo ina- g to, 0 que significa? A pessoa tem uma E tendéncia natural para idealizar e buscar = objetivos nobres, independentemente £ das circunstancias. Outra forca seria 2 cultural, na qual a pessoa é influencia- ida por mitos heroicos ou histérias de 2 grandes feitos, podendo influenciar a ® formacao de personalidade. Além da § fuga da realidade, na qual 0 comporta- ®S mento quixotesco pode ser uma forma 3 de ‘escapismo’.” 2 O comportamento quixotesco, por si ‘SO, geralmente nao é considerado uma & doenga. No entanto, em casos extremos, § caracteristicas quixotescas podem estar associadas a condigdes psicolégicas mais complexas, como transtornos deli- rantes ou transtornos de personalidade. lustra OFERECE PERIGOS? Larissa explica que 0 comportamento quixotesco pode ser potencialmente ar- riscado no sentido de levar 4 pessoa a experiéncias frequentes de desaponta- mento. O devaneio de ideias torna-se impraticdvel e 6 um individuo que passa muito tempo para perceber que nao sera possivel realizar a devida meta.” Para os outros, a psicdloga aponta que em situagdes em que o idealismo € levado ao extremo, pode haver uma tendéncia a nao considerar as perspec- tivas dos outros ou a ignorar aspectos prdticos das interacées sociais. “Isso poderia, em alguns casos, resultar em comportamentos que podem ser perce- bidos como rudes. Além disso, por ser uma pessoa bastante impulsiva, algumas vezes sinaliza um limite de forma enfatica ou mais grosseira’”, finaliza. BOONES = X CIENCIA. ES PSICANALISE E CIENCIA? Uma polémica recente trouxe a tona essa discussao. No livro intitulado Que bobagem! Pseudociéncias e outros ab- surdos que nao merecem ser levados a sério, os autores Natalia Pasternak, divulgadora cientifica, e Carlos Orsi, jornalista, compilam os estudos mais recentes sobre astrologia, homeopatia, acupuntura, discos voadores e diversos outros temas, incluindo a psicandlise. Publicada pela editora Contexto no final de julho deste ano, a obra tem como objetivo argumentar que nenhum desses conhecimentos pode ser con- siderado cientifico. Essa abordagem provocou uma reagao negativa. No caso da psicanalise, nao foi diferente, mesmo considerando que questionamentos a respeito dela nao sao novidade. OQUEDIZEMOS _ PROFISSIONAIS DA AREA? Fabiano de Abreu Agrela, PhD em Neu- rociéncias, Mestre em Psicologia e Psicanalista, afirma que existe uma abordagem diferente na psicandlise, quando comparada 4a psicolo- gia, para a compreensao e intervengao no comportamento humano e no sofri- mento psiquico. Para ele, a psicandlise funciona como uma continuagao para o psicdlogo, a fim de ter mais parametros a serem uti- lizados na abordagem e no tratamento. “A psicologia requer mais estudo, logo, torna-se mais assertiva, preventiva e confidvel, sendo a psicandlise conside- rada um aporte para o tratamento. Ela foi formulada por Sigmund Freud e seus sucessores que empregam métodos me- nos empiricos e mais introspectivos. Focam nos processos inconscientes e na maneira em que eles podem fornecer pistas sobre o problema psicoldgico.” Agrela acredita que ha um motivo valido para a psicandlise nao ser utiliza- da cientificamente, apesar de nao negar seus resultados positivos para os trata- mentos e evolugdes psicoemocionais. “A psicandlise é funcional como terapia, Por ser mais pratica, mas a psicologia traz, na teoria, respostas necessarias para a ciéncia. Quando estou construindo um estudo cientifico, por exemplo, eu me baseio na genética, neurocién- cia e psicologia.” 0 especialista, que é autor, inclusive, de um estudo de neuropsicandlise, no qual comprova os conceitos da psicandlise com base no sistema nervoso, justifica a dificuldade em aplicar isso a ciéncia devido a subjetividade que embasa a abordagem, apesar de confirmar o vin- culo. “Quando trazemos o inconsciente, mecanismo de defesa, desenvolvimento psicossexual, complexo de Edipo, transfe- réncia, conseguimos comprovar a relacao. Mas ha outros nomes para tudo isso. Entdo, para um cientista, fica forcado usar esses termos, jd que sao termos que jd existem as suas razGes com base neurol6gica. Tudo isso jé 6 explicado na psicologia e neurociéncias cognitivas. E uma questao apenas de comprovar que a psicandlise funciona sim, mas ha 0 seu limite”, pondera. Para Agrela, a psicandlise funciona, sim, como um suplemento para 0 psic6- logo, mas ele faz um alerta preocupante sobre um problema que vem assombran- do a 4rea: a banalizacgdo da formacao como psicanalistas. “Me preocupo com os profissionais de psicandlise que cui- dam de vidas e néo sabemos 0 quao qualificados estao ja que ha muitos cur- sos rapidos e faceis para ter a formacao em psicanalista. Penso que deve-se ter uma preocupacao maior em fiscalizar os cursos de psicandlise e impor limites no tratamento”, alerta o profissional. HA CONTROVERSIAG... Se para Agrela, ha um impasse para afirmar a psicandlise como ciéncia, ha quem diga que isso nao deveria nem ser uma discussao. Um artigo de opinido publicado na Fo- Jha de S. Paulo, escrito por Sidarta Ribei- ro, neurocientista, fundador e professor titular do Instituto do Cérebro da UFRN e pesquisador do Centro de Estudos Es- tratégicos da Fiocruz, e Mario Eduardo Costa Pereira, Professor titular do De- partamento de Psiquiatria da Unicamp, bate de frente com esses argumentos. Os autores do artigo apontam que falta embasamento factual para afirmar que a psicandlise nao passa por tes- tes cientificos, especialmente quando uma consulta a Cochrane Library revela 670 pesquisas, incluindo 188 dedica- das a eficacia das psicoterapias psi- codinamicas, entre os anos 2000-23. Eles citam também que, recente- mente, a revista World Psychiatry apresentou uma metanalise que res- palda as psicoterapias psicodinamicas como um tratamento empiricamen- te efetivo para transtornos mentais comuns. Artigos em periddicos re- nomados, como Lancet Psychiatry e American Journal of Psychiatry, tam- bém comprovam essa eficacia. Segundo os cientistas, os autores < do livro também parecem ignorar estu- dos neurobiolégicos de 2004 e 2007, publicados na revista Science, que ex- ploram alguns mecanismos neurais im- portantes do conceito psicanalitico. Além disso, o artigo destaca que os autores foram omissos em relagao a outros estudo, como os presentes em revistas conceituadas (Science, Na- ture e Nature Communications), que mostra que as representacées linguis- ticas no cérebro estao alinhadas com as hipdéteses psicanaliticas de Freud. Os escritores do artigo concluem di- zendo que, embora o livro seja eficaz na venda, nao contribui para enriquecer o debate, destacando a importancia de respeitar a diversidade e relevancia de saberes como a psicanilise. fest ai REI ct a ttn pate ral roca stress os tee ok gt ADEE is se, «44 8 e176 201M aednotom Ttustragdes: Siberian Art, mentalmind e GoodStudio /Shutterstock images. Tudo sobre esporte e satide vocé encontra aqui! Saiba como o EU Ce Ente ei ganho de peso CRUZADO Hee STE ul ey wT) EY Saiba como o (SET (ue ganho de peso écomum, mas Spode ser evitada! a iad partamento de Psiquiatria da Unicamp, bate de frente com esses argumentos. Os autores do artigo apontam que falta embasamento factual para afirmar que a psicandlise nao passa por tes- tes cientificos, especialmente quando uma consulta a Cochrane Library revela 670 pesquisas, incluindo 188 dedica- das a eficacia das psicoterapias psi- codinamicas, entre os anos 2000-23. Eles citam também que, recente- mente, a revista World Psychiatry apresentou uma metandlise que res- palda as nsicoterapias nsicodinamicas as hip6teses psicanaliticas de Freud. Os escritores do artigo concluem di- zendo que, embora 0 livro seja eficaz na venda, nao contribui para enriquecer o debate, destacando a importancia de respeitar a diversidade e relevancia de ‘saberes como a psicandlise. Thustracoes: Siberiansart, Mente

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