Seminário Teológico Batista Nacional

Cacoal - RO
DIAMIS RAFAEL MONTEIRO FERREIRA
DIEGO CASTRO ALVES TOLEDO

TRABALHO DE CRISTOLOGIA
POLO VIRTUAL

Cacoal - RO
2023
 Diamis Rafael Monteiro Ferreira
Diego Castro Alves Toledo

RESENHA CRÍTICA -
Panorama das Epistolas

Trabalho apresentado ao curso Médio em Teologia, do

Seminário Batista Nacional/ Polo Virtual, como requisito para
obtenção de nota da disciplina de Panorama do Novo
Testamento, sob a orientação do(a) professor(a) Edson
Joaquim Vilaça.

Cacoal - RO
2023

TRABALHO DE CRISTOLOGIA - POLO VIRTUAL

 O Filme Ressurreição, dirigido por Kevin Reynolds e lançado em 2016, é um filme que tenta
abordar um ângulo único e intrigante da história de Jesus Cristo: a ressurreição, vista através dos
olhos de um tribuno romano. No entanto, apesar de suas boas intenções e elementos promissores, o
filme não consegue alcançar todo o seu potencial e, em última análise, deixa o espectador com uma
sensação de insatisfação.

O filme começa com o tribuno Clavius, interpretado por Joseph Fiennes, sendo encarregado de
supervisionar a crucificação de Jesus Cristo e garantir que Ele permaneça morto. A partir daí, a história
segue Clavius enquanto ele investiga o desaparecimento do corpo de Jesus e a subsequente
disseminação da notícia de Sua ressurreição. Esta perspectiva única e secular sobre o evento religioso
central do cristianismo é uma escolha intrigante, pois permite ao público ver os eventos sob uma luz
diferente.

A cinematografia e a direção artística do filme são decentes, com cenas que retratam vividamente a
Jerusalém da época e a vida dos romanos na Judeia. Joseph Fiennes entrega uma atuação sólida como
Clavius, e a interação entre seu personagem e Tom Felton, que interpreta Lucius, seu jovem oficial, é
um dos pontos fortes do filme. No entanto, outros membros do elenco não recebem o mesmo
desenvolvimento, e alguns personagens parecem rasos e unidimensionais.

O roteiro, escrito pelo próprio Kevin Reynolds, tem seus momentos inspirados, especialmente quando
Clavius se vê confrontado com as evidências da ressurreição e começa a questionar suas próprias
crenças e o sistema romano em que ele serviu. No entanto, o filme parece hesitar em explorar
plenamente essas questões, optando por manter uma narrativa mais centrada na investigação do
desaparecimento do corpo de Jesus, em detrimento da exploração mais profunda dos conflitos
religiosos e filosóficos.

O maior problema de "Ressurreição" é que ele parece não saber exatamente qual é o seu público-alvo.
Por um lado, tenta atrair espectadores religiosos ao abordar temas cristãos centrais, como a
ressurreição de Jesus. Por outro lado, tenta ser um filme de investigação e mistério, o que pode alienar
os espectadores religiosos que buscam uma narrativa mais centrada na fé. Essa ambiguidade
compromete a identidade do filme e resulta em uma experiência um tanto confusa.

Em resumo, "Ressurreição" é um filme que tinha o potencial de explorar de maneira única e

provocativa a história da ressurreição de Jesus Cristo através dos olhos de um tribuno romano. No
entanto, ele falha em aproveitar completamente essa oportunidade, deixando o espectador com a
sensação de que poderia ter ido mais fundo nas questões religiosas e filosóficas que levanta. Ainda
assim, é uma escolha interessante para quem procura uma perspectiva diferente sobre um evento
histórico e religioso fundamental.

 ANÁLISE DOS ASPECTOS CRISTOLÓGICOS

Com base nos aspectos cristológicos que o filme "Ressurreição" apresenta, vou destacar elementos
relacionados a Jesus Cristo e Sua obra, com base no que é ensinado nas escrituras e na disciplina de
Cristologia:

Jesus como o Messias: O filme retrata Jesus como o Messias esperado, cuja morte e ressurreição
são vistos como cumprimento das profecias do Antigo Testamento. Essa é uma visão cristológica
fundamental, baseada nas Escrituras, que destaca Jesus como o Salvador prometido.

Os Milagres de Jesus: O filme mostra vários milagres realizados por Jesus, como a cura de leprosos
e cegos. Esses milagres são consistentes com o retrato de Jesus nas Escrituras como aquele que
realizava atos sobrenaturais para demonstrar Seu poder divino e Sua compaixão pelos necessitados.

A Crucificação e a Ressurreição: A narrativa da crucificação e ressurreição de Jesus é central no

filme, refletindo a história registrada nos evangelhos. A crucificação é apresentada como um evento
traumático e doloroso, enquanto a ressurreição é retratada como um evento miraculoso que confirma a
divindade de Jesus e Sua vitória sobre a morte.

A Mensagem de Jesus: O filme transmite a mensagem central de Jesus, incluindo Seu ensinamento
sobre o amor ao próximo, o perdão dos pecados e a necessidade de arrependimento. Esses
ensinamentos refletem a doutrina cristológica das boas novas de salvação através de Jesus.
Impacto nas Vidas das Pessoas: O filme mostra como o encontro com Jesus transforma as vidas
das pessoas, incluindo Seus discípulos e seguidores. Isso está alinhado com a compreensão cristológica
de que Jesus é o caminho para a reconciliação com Deus e a transformação espiritual.

A Dúvida e a Fé: O personagem principal, Clavius, representa a dúvida inicial em relação à divindade
de Jesus. No entanto, à medida que ele investiga os eventos relacionados à crucificação e ressurreição,
ele passa por uma jornada de fé e transformação espiritual, o que reflete o tema da fé em Cristo
presente na Cristologia cristã.

Embora o filme "Ressurreição" não seja uma obra teológica detalhada, ele incorpora elementos
cristológicos importantes da história de Jesus Cristo e Sua obra, baseados nas Escrituras e na
compreensão tradicional da Cristologia cristã. Esses aspectos ajudam a dar vida à história de Jesus e à
relevância de Sua mensagem para as vidas das pessoas.

 COMENTARISTAS E HISTORIADORES

O tema da ressurreição de Jesus Cristo é central na fé cristã e foi discutido e analisado por diversos
estudiosos, comentaristas e historiadores ao longo dos séculos. Aqui estão alguns exemplos de fontes
relevantes que trataram desse tema:

As Escrituras Cristãs

Os evangelhos do Novo Testamento, especialmente os de Mateus, Marcos, Lucas e João, fornecem

relatos detalhados da crucificação e ressurreição de Jesus. Esses relatos são as principais fontes para a
compreensão da ressurreição na tradição cristã.

Pais da Igreja

Os primeiros pais da igreja, como Inácio de Antioquia, Policarpo e Justino Mártir, escreveram sobre a
ressurreição de Jesus e sua importância na fé cristã. Eles também responderam a desafios e heresias
relacionados a esse tema.

Comentários Bíblicos

Comentários bíblicos ao longo da história da cristandade, escritos por teólogos e estudiosos, abordam
os relatos da ressurreição nos evangelhos, oferecendo interpretações e insights teológicos.

Estudiosos Modernos

Historiadores e estudiosos modernos também analisaram a ressurreição de Jesus do ponto de vista

histórico e teológico. Alguns exemplos incluem N.T. Wright, Gary Habermas e William Lane Craig, que
argumentam a favor da historicidade da ressurreição com base em evidências históricas e teológicas.

Teologia Cristã

A teologia cristã, ao longo dos séculos, desenvolveu várias doutrinas relacionadas à ressurreição, como
a ressurreição corporal, a importância da ressurreição para a salvação e a relação entre a ressurreição
de Cristo e a ressurreição dos crentes.

Historiadores Seculares

Historiadores romanos e judeus da antiguidade, como Tácito e Flávio Josefo, fizeram referências a
Jesus e aos eventos relacionados à Sua crucificação, lançando luz sobre a historicidade desses eventos,
embora não tenham abordado diretamente a ressurreição.

Arqueologia e Estudos da Terra Santa

Descobertas arqueológicas na Terra Santa também podem lançar luz sobre o contexto histórico dos
eventos descritos nos evangelhos, incluindo a ressurreição.

É importante notar que as interpretações da ressurreição de Jesus variam amplamente, com alguns
adotando uma abordagem estritamente teológica e religiosa, enquanto outros procuram examinar o
evento sob uma lente histórica e crítica. A ressurreição de Jesus continua sendo um tema de debate e
pesquisa significativo na teologia cristã e na história religiosa.