Professional Documents
Culture Documents
Portugues para Crianas Surdasprofessorpdf PDF Free
Portugues para Crianas Surdasprofessorpdf PDF Free
livro do professor
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
FACULDADE DE LETRAS
ESCOLA DE BELAS ARTES
Apoio:
Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI-UFMG)
Pró-Reitoria de Extensão (PROEX-UFMG)
Centro de Extensão da Faculdade de Letras (CENEX-FALE)
Centro de Apoio à Educação a Distância (CAED-UFMG)
FALE / UFMG
Belo Horizonte
2018
Ficha catalográfica elaborada pelos Bibliotecários da Biblioteca FALE/UFMG
Inclui referências.
ISBN: 978-85-7758-344-7
CDD : 419
português para crianças surdas:
Leitura e escrita no cotidiano
equipe Técnica
Unidade 1 11
Conhecendo nomes e sinais-nome 14
Lendo a carteira de identidade 23
Criando uma conta de email 29
Unidade 2 35
Conhecendo os membros da família 38
Aprendendo sobre convites e numerais 58
Unidade 3 73
Rotina 76
Horários 86
Rotina escolar 96
Rotina de alimentação 100
Nome:
Escola:
Professor(a):
Série: Ano:
E eu sou o Guto!
Professor(a), os personagens do livro - Lili e Guto - foram criados com o objetivo de criar empatia e interesse pelo material.
Esses personagens estarão presentes ao longo de todo o material didático.
Lili é surda, e é amiga do Guto, que é ouvinte. Ao longo do material, os dois personagens vão interagir com as crianças,
comentando sobre os temas estudados e chamando os alunos para assistirem aos vídeos em Libras. Esses personagens vão
aparecer também compondo as unidades em diferentes elementos, tais como, a carteira de identidade da Lili e sua rotina
diária, a família do Guto e seu convite de aniversário, entre outros.
QUEM SOU EU?
UNIDADE 1
Nesta unidade, você vai aprender a:
- Identificar-se;
- Cadastrar-se em jogos.
Sílvio
Ronaldo
Dilma
14 UNIDADE 1
2 Ligue corretamente os nomes e os sinais-nome às imagens abaixo:
Professor(a), procure levar revistinhas em quadrinhos da Turma da Mônica para a sala de aula ou, se possível,
leve os alunos até a biblioteca da escola, para que eles tenham contato com o suporte no qual os personagens
da atividade aparecem e para conhecerem as características próprias desses personagens.
Objetivo: sistematizar a diferenciação entre nome e sinal-nome.
Cascão
Magali
Mônica
SINAL-NOME DO TALES
a) Você conhece a história do seu nome? Como sua família escolheu seu nome?
Pergunte a seus pais ou parentes e depois conte a seus colegas em Libras.
16 UNIDADE 1
b) Conte a seus colegas a história do seu sinal-nome em Libras.
c) Agora, desenhe o seu sinal-nome ou cole uma foto dele no espaço abaixo.
Professor(a), para esta atividade, você pode usar um celular ou uma câmera para tirar fotos dos alunos fazendo
seus sinais-nome. Posteriormente, você pode fazer as impressões das fotos dos sinais para colagem.
meu sinal-nome
Sua mãe
Vizinho
ou vizinha
Amigo ou amiga
do bairro ou da rua
18 UNIDADE 1
Como é o português?
Você sabia que existem nomes diferentes para homens e para mulheres ?
Abaixo, colocamos alguns exemplos.
Professor(a), por meio destes e de outros exemplos apresentados por você, procure observar com os alunos a diferença na
letra final dos nomes, mostrando a eles essas marcas de gênero do português, sem utilizar metalinguagem (nomenclatura
gramatical, como “feminino”, “masculino”, “gênero”). Objetivo: identificar os diferentes nomes de homens e de mulheres;
identificar marcas de gênero (masculino e feminino) em substantivos próprios.
Você percebeu as mudanças nos nomes? Veja que, se trocarmos o final dos nomes, podemos
usá-lo para homens e também para mulheres.
1 Agora escreva mais 3 nomes de homens e 3 nomes de mulheres que você conhece.
a) d)
b) e)
c) f)
Há nomes que não mudam. São usados somente para homens ou somente
ATENÇÃO
Nomes para homens: Rainer, João, Pedro, Rômulo. CONHECENDO NOMES E SINAIS-NOME 19
19
Conhecendo surdos e ouvintes
Ronaldo Luís
Fenômeno
Nazário de Lima
20 UNIDADE 1
Professor(a), procure separar, com antecedência, algumas imagens dessas pessoas para trabalhar com os alunos. Faça o
sinal delas e pergunte se eles as conhecem. Depois de identificarem as pessoas, procure explorar os nomes e apelidos. Se
possível, recorte com os alunos fotos para colar nos livros.
a) Você tem apelido? Conte a seus colegas por que você tem esse apelido.
b) Discuta com seus colegas e descubra quais sobrenomes eles têm.
c) Volte ao quadro anterior e marque os sobrenomes dos famosos. Você ou seus colegas
têm algum sobrenome igual aos sobrenomes dos famosos?
3 Recorte e cole fotos dos famosos abaixo. Depois, ligue corretamente os apelidos e
os nomes completos às imagens.
22 UNIDADE 1
LENDO A CARTEIRA DE IDENTIDADE
lendo a carteira de identidade
O que você sabe sobre este assunto?
2 Agora, compare com o seu colega. Quais palavras vocês dois conhecem?
Você pode explicar a seu colega palavras que você sabe e ele não sabe.
24 UNIDADE 1
Conhecendo textos variados
3 Você tem algum desses documentos abaixo? Converse com seus colegas sobre
por que estes documentos são importantes na nossa vida em sociedade.
26 UNIDADE 1
LENDO A CARTEIRA DE IDENTIDADE 27
Fonte: Arquivo Pessoal
CARTEIRA DE VACINAÇÃO
28 UNIDADE 1
criando uma conta de e-mail
O que você sabe sobre este assunto?
Professor(a), peça aos alunos para observarem a imagem e dizerem o que representa para eles. Procure incentivar
os alunos a relatarem suas vivências com a internet e faça perguntas para sondar os conhecimentos sobre o tema.
Objetivo: sondar conhecimentos prévios dos alunos, especialmente no que tange ao uso das tecnologias para a
leitura e a escrita.
30 UNIDADE 1
Conhecendo textos variados
Professor(a), se possível, leve os alunos ao Laboratório de Informática da escola para que realizem esta atividade no próprio
site de criação de uma conta de e-mail. Outra alternativa seria explorar o cadastro no material impresso e, posteriormente,
realizar o cadastro on-line em alguma plataforma. Objetivos: familiarizar os alunos com esse gênero textual, além de retomar
o conteúdo apresentado nas seções anteriores.
Fonte: Yahoo
32 UNIDADE 1
Lendo e escrevendo!
Professor(a), se possível, leve os alunos ao Laboratório de Informática da escola para que realizem esta atividade no próprio
site do jogo. Auxiliar os alunos no momento de preenchimento do cadastro. Objetivos: apresentar aos alunos outros tipos de
cadastros, além de promover uma aula mais lúdica.
Você já criou seu e-mail? Se sim, agora você pode criar um cadastro em um site de jogos
como, por exemplo, o “Click Jogos”. Preencha com seus dados e, se tiver interesse, acesse o
site através do link: http://www.clickjogos.com.br .
b) e)
c) f)
b) b)
c) c)
d) d)
e) e)
f) f)
g) g)
h) h)
34 UNIDADE 1
MINHA FAMÍLIA
UNIDADE 2
Nesta unidade, você vai aprender a:
- Identificar os numerais;
Professor(a), antes desta aula, você pode pedir aos alunos para levar fotos de suas famílias ou você mesmo(a) pode levar fotos
de sua família. Explore em Libras essas fotos. Levante hipóteses com eles sobre quem são os membros da família (pai, mãe,
filhos, etc.). Converse com eles como são as famílias das fotos, se são grandes ou pequenas, e também sobre as diferentes
configurações familiares existentes ( famílias de avós e netos, famílias homoafetivas, entre outras).
Objetivos: explorar o conhecimento e as vivências prévias dos alunos em relação ao tema “família”; propiciar a interação entre
os alunos e o compartilhamento de experiências e informações sobre o tema.
E a sua, como é?
Quantas pessoas tem?
Quem são as pessoas?
38 UNIDADE 2
1 Desenhe ou cole a foto da sua família e identifique quem são as pessoas.
40 UNIDADE 2
Vamos aprender palavras novas?
Veja os membros da família da Michelle.
Professor(a), procure explorar a primeira foto apresentada (Família da Michelle) e, caso queira, você pode levar fotos de outras
famílias e estimular os alunos a inferirem quem são as pessoas. Auxilie o aluno a relembrar o vocabulário que ele já aprendeu
sobre família. Objetivo: fixar e expandir o vocabulário referente a membros da família
Filha Filha
Filho
Filho
Filho
Mãe Pai
1 Agora observe a foto de outra família e escreva os membros da família.
Objetivos: fixar o vocabulário referente a membros da família; inferir os membros da família pela idade e por meio
de outros aspectos, associando com as discussões anteriores sobre tipos de família.
É importante destacar que, apesar de haver respostas plausíveis, não há uma única resposta correta, já que a
leitura das imagens pelos alunos vai depender de suas próprias vivências.
Avô/Avó Tio/Tia
42 UNIDADE 2
Você conhece as palavras “grande” e “pequeno”? Sabe o que elas significam?
Veja as imagens abaixo.
Professor(a), explore com os alunos as imagens e estimule-os a falar em Libras sobre as características dos elementos
apresentados. Isso vai propiciar a posterior comparação entre os diferentes itens lexicais em Libras para indicar tamanho
e os itens “grande” e “pequeno” em português. Objetivos: expandir o vocabulário e observar as diferenças na descrição em
Libras e em português.
Avô Avó
44 UNIDADE 2
Você aprendeu na Unidade 1 do nosso livro o que são sobrenomes. Você lembra?
O sobrenome da família na foto a seguir é Diogo Righetto. O sobrenome Diogo veio da família
da mãe e o sobrenome Righetto veio da família do pai.
Professor(a), chame a atenção dos alunos para o sobrenome da família e para o sobrenome deles ou de outras pessoas.
Procure retomar os conceitos de nome e sobrenome trabalhados na unidade 1. Objetivo: conhecer a origem dos
sobrenomes das pessoas.
Pai
Mãe Sérgio
Adriana
Filho
Ricardo
Filha
Elisa
Filho
Fábio
46 UNIDADE 2
Árvore Genealógica da Família DUARTE FERRAZ
Mãe Pai
Helenir Celi
Filha
Filho Michelle
Eder
Filha
Camila
Filho
Pedro
Filho
Gabriel
48 UNIDADE 2
MINHA Árvore Genealógica
Mãe Pai
_____________ _____________
Eu
_____________
Além dos nomes, outras palavras do português também mudam para o masculino e para o
feminino. Observe abaixo as mudanças nas palavras.
Professor(a), os itens apresentados objetivam expandir a noção de masculino e feminino, trabalhada anteriormente com os
alunos no tocante a nomes próprios. Procure agora estimular os alunos a observarem as “partes” (os morfemas) que compõem
as palavras. Vamos começar pelos “o” e “a”. Depois, procure mostrar outros exemplos de masculino e feminino, em que há
outros morfemas de masculino e feminino (irmão, irmã) ou mesmo itens lexicais diferentes (boi, vaca).
Objetivo: desenvolver a noção de gênero do substantivo em português.
GRUPO 1
Masculino Feminino
Filho Filha
Tio Tia
Cunhado Cunhada
GRUPO 2
Masculino Feminino
Avô Avó
Irmão Irmã
GRUPO 3
Masculino Feminino
Pai Mãe
Genro Nora
Marido Esposa
50 UNIDADE 2
Observe mais palavras, dessa vez, referentes a animais.
Masculino Feminino
Cachorro Cachorra
Gato Gata
Galo Galinha
Boi Vaca
Masculino Feminino
Pai Mãe
Irmã
Sogro
Égua
Coelho
52 UNIDADE 2
1 Leia o texto sobre a família do Marcelo e responda as perguntas abaixo.
Objetivo: Desenvolver habilidades de leitura de apresentações de família.
( ) Sim ( ) Não
54 UNIDADE 2
Como é o português?
Professor(a), chame a atenção do aluno para os morfemas que compõem a palavra. Objetivo: introduzir a noção de
singular e plural de substantivos em português.
Vamos aprender agora sobre mais algumas mudanças que acontecem nas palavras do português.
Observe os desenhos:
Singular Plural
Filho Filhos
Cachorro Cachorros
Menina Meninas
Tia Tias
56 UNIDADE 2
1 Veja as figuras e complete as frases com as palavras a seguir:
58 UNIDADE 2
CONVITE DE CHÁ DE BEBÊ
Professor(a),
procure explorar os
elementos-chave
que aparecem
nos convites,
introduzindo
ou revendo o
vocabulário. Por
exemplo: dia-data/
hora–horário/Local
–endereço.
Fonte: facebook.com/franciscosales.surdos
60 UNIDADE 2
1 Agora converse com seu professor e seus colegas.
Professor(a), procure direcionar a discussão inicialmente para a função social do gênero convite. Ao final, sistematize
com os alunos a importância de o convite conter algumas informações básicas para cumprir seu objetivo.
Como é o português?
Professor(a), explique aos alunos que em português temos a escrita dos numerais em algarismos e por extenso. Procure
explorar situações cotidianas onde se usam os numerais por extenso. Objetivo: desenvolver habilidades de leitura e
escrita de numerais; reconhecer os algarismos bem como os numerais escritos por extenso.
Os Numerais
Observe a seguinte imagem:
1 um 11 onze
2 dois 12 doze
3 três 13 treze
4 quatro 14 quatorze
5 cinco 15 quinze
6 seis 16 dezesseis
7 sete 17 dezessete
8 oito 18 dezoito
9 nove 19 dezenove
10 dez 20 vinte
2 Mostre aos seus colegas e veja se encontraram os mesmos numerais que você.
Conversem sobre o que significam esses numerais (É a data? É o horário? etc.)
Objetivos: reconhecer os algarismos bem como os numerais escritos por extenso em textos; - identificar a que se referem
os numerais em convites.
62 UNIDADE 2
Você sabe para que servem
os numerais? Assista ao vídeo
e você descobrirá mais sobre
as funções dos numerais.
Professor(a), procure utilizar o vídeo para
sistematizar o conteúdo trabalhado.
1
3
5
6
Quantos clipes?
Quantas canetas?
Quantos lápis?
64 UNIDADE 2
Vamos ler?
Festa de Aniversário
Chá de Bebê
Festa de Casamento
Festa Junina
3 Volte nos exemplos de convites que você viu antes e complete o quadro abaixo.
Professor(a), agora os alunos têm mais recursos para ler e identificar informações nos convites. Retome com eles os convites,
explorando a leitura dos textos. Em seguida, peça que realizem a atividade. Objetivo: localizar informações objetivas em textos
do gênero textual convite.
66 UNIDADE 2
4 Observe o convite do quadrinho e depois responda as questões.
d) De quem é a festa?
Abril Maio
Junho Julho
Novembro Dezembro
68 UNIDADE 2
1 Agora que você conhece os meses, responda:
Agosto
Maio
Natal
Outubro
Dia dos Pais
Dezembro
1 5 9
2 6 10
3 7 11
4 8 12
70 UNIDADE 2
Como é o português?
Professor(a), procure ler com os alunos as datas, fazendo o reconhecimento dos itens e sinalizando em Libras. Caso seja
necessário, explore com os alunos inicialmente as datas de aniversário de alguns deles. Objetivo: desenvolver habilidades de
leitura e escrita de datas em português; reconhecer diferentes formas de registro de datas.
11/06/2016
23/12/13
27 de Fevereiro de 2016
Colega 1
Colega 2
Colega 3
72 UNIDADE 2
MINHA ROTINA
UNIDADE 3
Nesta unidade, você vai aprender a:
O que você faz diariamente? Todos os dias você faz as mesmas coisas: acorda, toma banho, vai
para a escola, estuda em casa, etc.?
Observe as imagens abaixo que mostram a rotina da Lili:
76 UNIDADE 3
Professor (a), inicialmente, pergunte aos alunos como são em Libras as expressões referentes às atividades realizadas pela
Lili. Depois, deixe que os alunos tentem realizar a atividade ligando as imagens às expressões em português.
Objetivo: desenvolver e fixar o vocabulário relativo às expressões em português correspondentes às atividades de rotina.
Tomar banho
Escovar os dentes
Tomar café
Brincar
Estudar português
ROTINA 77
Professor(a), peça aos alunos que leiam o título do texto e pergunte a eles sobre o tema do texto. Em seguida, deixe que os
alunos leiam o texto uma vez, sem sua intervenção. Num segundo momento, peça a algum (alguns) aluno(s) que fale(m) sobre
o que entenderam do texto. Estimule os alunos a falar mais livremente sobre o conteúdo do texto sem olhar para o papel,
evitando que foquem mais na estrutura em português, usando português sinalizado. Assim, você dá oportunidade ao aluno de
falar em Libras sobre o conteúdo, sem ficar preso a detalhes ou à estrutura gramatical do português.
Objetivo: desenvolver habilidades de leitura de textos narrativos.
Vamos ler?
a rotina da lili
De manhã, Lili acorda, troca de roupa, toma café e vai para a escola.
Às 11h, a aula acaba, e ela volta para casa.
b) De tarde, Lili .
78 UNIDADE 3
c) Lili e assiste à televisão à tarde.
Tomar café
Pentear cabelo
Trocar de roupa
Fazer o dever de casa
Você entendeu o que
Passear é rotina? Assista
Trabalhar ao vídeo!
Estudar
Jogar bola
Professor(a), procure utilizar o vídeo para
sistematizar o conteúdo trabalhado.
ROTINA 79
Vamos aprender palavras novas?
80 UNIDADE 3
c) Qual o dia da semana de que você mais gosta? Por quê?
ROTINA 81
2 Observe a rotina abaixo:
82 UNIDADE 3
Converse com seus colegas e seu professor:
a) Você percebeu que alguns dias da semana têm uma programação parecida? Quais são eles?
b) Quais são os dias mais diferentes? Por quê?
3 Observe abaixo os sinais da Libras. Você sabe o que significam esses sinais?
Professor(a), a partir da participação dos alunos na atividade anterior, observe se eles conhecem o significado
desses sinais. Caso seja necessário, explique às crianças e, para sistematizar, utilize o vídeo em Libras.
Objetivos: introduzir a temática referente a partes do dia e desenvolver o vocabulário.
Converse com seus colegas sobre o significado desses sinais.
ROTINA 83
4 Circule as quatro palavras que estão relacionadas a esses sinais.
Professor (a), descreva cada imagem em Libras, juntamente com os alunos, antes de pedir que eles as liguem às frases. Em
seguida, deixe que os alunos realizem a atividade. Ao corrigir esta atividade, procure mostrar aos alunos que as frases têm
trechos que indicam quem fez a atividade, qual atividade foi realizada, com que frequência ou quando.Você pode escrever
no quadro algumas expressões usadas para indicar frequência e tempo, além das expressões usadas nas frases. Objetivos:
desenvolver habilidades de leitura de frases, especialmente das expressões referentes às atividades rotineiras e aos dias;
introduzir vocabulário referente a expressões de tempo e de frequência (“todos os dias”, “no final de semana”, etc.).
84 UNIDADE 3
6 Agora, monte o seu quadro de rotina, escrevendo o que você faz em cada dia.
Professor (a), certifique-se de que os alunos entenderam bem os conceitos trabalhados, interpretando com eles o quadro em
branco e dando exemplos em Libras. Aproveite para rever a escrita de algumas expressões referentes às atividades que fazem
parte do cotidiano deles, e também introduzir outras que não foram citadas nas atividades e explicações anteriores.
Objetivos: desenvolver habilidades de escrita de quadros de rotina; fixar e expandir o vocabulário.
ROTINA 85
HORÁRIOS
O que você sabe sobre este assunto?
Professor(a), estimule os alunos a falarem o que eles já sabem sobre as horas, antes de mostrar o vídeo introdutório. Procure
perguntar sobre o uso de relógios, as horas de atividades que eles costumam realizar, etc. Objetivos: sondar conhecimentos
prévios sobre o conceito de horas e introduzir esse conceito.
86 UNIDADE 3
1 Converse com seus colegas em Libras:
11 horas
11h
11:00
HORÁRIOS 87
Agora escreva quantas horas cada relógio está marcando.
Professor(a), aqui os alunos deverão identificar a representação escrita das horas e depois indicar como essa hora é marcada no
relógio. Antes desta atividade, você pode usar um relógio grande e fazer uma brincadeira com os alunos, em que eles precisam
indicar no relógio horários de atividades deles. Objetivos: ler expressões referentes às horas; representar as horas no relógio.
88 UNIDADE 3
Professor(a), sinalize juntamente com os alunos as atividades representadas nas imagens e depois peça aos alunos que
liguem as imagens e as expressões, observando o horário correspondente. Objetivos: associar as atividades às expressões,
bem como aos horários típicos de sua realização.
Professor(a), nesta atividade, o aluno deve se basear em sua própria rotina para preencher o exercício. Primeiramente, leia
com ele as palavras e expressões e, em seguida, ajude-o lembrando como se marcam as horas no relógio.
Objetivo: indicar em relógios analógicos os horários das atividades.
Começa a estudar
na escola Janta
HORÁRIOS 89
Lendo e escrevendo!
Professor(a), observe com os alunos as imagens e deixe que eles sinalizem sobre as atividades. Depois, destaque os verbos
apresentados nas frases relacionando com as atividades diárias e, em seguida, leia as frases com os alunos observando os
horários indicados. Objetivos: desenvolver habilidades de leitura de frases com atividades do cotidiano e horários.
Eu almoço 1:00 da
tarde.
90 UNIDADE 3
Professor(a), esta atividade volta-se para a produção de frases em português. É importante destacar que, nesta fase de
aquisição do português, as crianças surdas ainda não usam corretamente elementos gramaticais (artigos, preposições,
flexão verbal, etc.). Assim, nessa etapa, é importante deixar que o aluno se expresse livremente, sem corrigir questões
gramaticais para não inibir ou confundir a criança. Objetivo: desenvolver habilidades de escrita de frases com atividades
do cotidiano e horários.
1 Agora responda:
HORÁRIOS 91
1 Converse com seus colegas em Libras:
92 UNIDADE 3
Como é o português?
Professor(a), em relação aos pronomes pessoais, explique aos alunos que a primeira e a segunda pessoa não possuem gênero,
mas a terceira pessoa sim (ele/ela). Objetivos: conhecer os pronomes pessoais em português, especialmente os pronomes no
singular; identificar as diferenças e semelhanças com a Libras.
Eu Você Ele/Ela
Observe como as palavras aparecem nas frases.
Professor(a), primeiramente, leia as frases com os alunos focando na compreensão do conteúdo. Em seguida, peça que eles
observem as diferenças existentes entre as frases e inicie a explicação concernente à existência de concordância de pessoa
em português. Nesta etapa de ensino, não use metalinguagem com a criança. Num primeiro momento, é comum a criança fazer
supergeneralizações e aplicar concordância de número, de gênero ou de pessoa em várias palavras. Isso é natural e faz parte
do processo de aprendizagem da criança. Objetivo: refletir sobre a flexão de pessoa nos verbos em português.
Eu Lancho
Você Lancha
Ela/Ele Lancha
HORÁRIOS 93
Professor(a), após a explicação sobre as palavras eu, você e ele/ela e a formação dos verbos, trabalhe com os alunos a
atividade 1 enfatizando a mudança da desinência número/pessoal - a e o, presente em am-a e am-o e outros. Caso a turma
de alunos não tenha tido dificuldade na conjugação, aproveite a oportunidade e comece a ensinar a conjugação dos verbos no
plural. Objetivos: reconhecer e usar desinências verbais para as pessoas do discurso no singular.
1 Leia as frases abaixo junto com seus colegas e descubra quem são as pessoas de
que estamos falando.
Professor(a), através da interação com os colegas, os alunos vão discutir e apontar quem são os referentes nas frases. Você
pode sinalizar com eles as frases em Libras e mostrar como podemos também usar pronomes em língua de sinais (veja
também o vídeo em Libras sobre o tema). Objetivo: identificar os referentes dos pronomes pessoas nas frases.
a) Lili acorda cedo todos os dias. Depois ela vai para a escola.
b) Guto foi passear com a mãe. Ele encontrou vários amigos.
c) Minha tia mora em outra cidade. Nas férias, ela vem me visitar.
94 UNIDADE 3
Palavras femininas Palavras masculinas
Ela Ele
a) Cláudia quer comer chocolate. pede chocolate sempre para sua mãe.
HORÁRIOS 95
rotina escolar
Lendo e escrevendo!
Professor(a), comece perguntando aos alunos sobre as atividades que realizam na escola. Procure explorar palavras-chave
desse contexto (nomes das disciplinas, recreio, etc.). Objetivos: desenvolver vocabulário relativo às disciplinas escolares.
96 UNIDADE 3
Professor(a), inicialmente, você pode trabalhar com os alunos um cartaz ou um quadro ilustrativo da rotina escolar dos alunos.
Destaque as atividades do dia e os horários. Durante as atividades propostas, incentive os alunos a comparar e diferenciar a
rotina da turma do Guto eda Lili com a deles. Objetivo: desenvolver habilidades de leitura de quadro de horários.
a) Você tem as mesmas matérias que o Guto e a Lili? Se não, quais são diferentes?
ROTINA ESCOLAR 97
3 Agora responda:
98 UNIDADE 3
5 Como é sua rotina escolar? Cole ou desenhe o seu quadro de horários.
ROTINA ESCOLAR 99
Rotina de Alimentação
Vamos aprender palavras novas?
Professor(a), mostre o quadro com os alimentos e explore com os alunos os sinais e as palavras, além de aproveitar para falar
sobre os alimentos dos quais gostam ou não. Objetivo: desenvolver vocabulário relativo a alimentos.
biscoito isca de
doce carne
abobrinha cenoura
100 UNIDADE 3
macarrão
banana com
carne moída
ovo
1 Converse com seus colegas e professor. Você conhece todos os alimentos que
estão no quadro?
d) Se pudesse escolher um desses alimentos para comer hoje, qual alimento você escolheria?
102 UNIDADE 3
4 Ao longo do dia fazemos várias refeições. Cada uma delas tem o seu horário.
Veja as imagens abaixo.
Professor(a), explore as imagens das refeições e deixe os alunos opinarem, buscando avaliar os conhecimentos prévios
dos alunos e introduzindo informações novas sobre o tema. Objetivos: diferenciar as refeições realizadas ao longo do dia;
desenvolver vocabulário relativo a refeições.
Objetivo: relacionar as refeições e os horários nos quais comumente estas são realizadas.
café
da tarde
jantar
café
da manhã
almoço
104 UNIDADE 3
6 Complete as frases com os seus horários de refeições.
Objetivo: indicar o horário das refeições.
b) Eu almoço às horas.
d) Eu janto às horas.
7 Veja as imagens dos alimentos e escreva em qual(is) refeição(ões) eles estão presentes.
Objetivos: fixar o vocabulário referente a diferentes alimentos que estão presentes nas refeições.
Fonte: http://emjtc.blogspot.com.br/2012_10_01_archive.html
arroz branco
banana
feijão
macarrão
farofa
maçã
108 UNIDADE 3
2 Você costuma comer o lanche da sua escola? Ou você leva seu próprio lanche?
Se você leva seu lanche de casa, o que você gosta de levar?
Este material didático tem o objetivo de apoiar seu trabalho como professor
de português para surdos das séries iniciais do Ensino Fundamental,
especialmente no ensino a crianças surdas a partir de 9 anos de idade.
Sabemos que o trabalho nessa etapa do ensino é duplo, pois é preciso ensinar
o surdo o sistema de escrita do português e os usos da leitura e da escrita
sem que a criança conheça essa língua. Então, o trabalho do professor é de
alfabetizar, letrar e ensinar outra língua.
Nessa perspectiva, o objetivo deste material não é ser o único livro a ser
adotado. Ao contrário, este material deve servir como apoio para você,
especialmente no que tange ao ensino de língua. Esperamos também que seja
uma inspiração na criação de seus próprios materiais.
Bom trabalho!
Inicialmente, o surdo irá aprender uma língua de modalidade diferente, ou seja, não se trata
simplesmente de aprender uma L2, mas também de aprender uma segunda modalidade de
língua, uma língua oral-auditiva diferente da língua espaço-visual que é sua L1. Um aspecto que
precisa ser considerado a esse respeito, por exemplo, é a distância entre as estruturas sintáticas de
ambas as línguas. Enquanto a Libras tem uma sintaxe visual, organizada no espaço (QUADROS;
KARNOPP, 2004), o português apresenta uma organização linear, cuja aprendizagem é bastante
difícil para as pessoas surdas (BERNARDINO, 1999; COSTA, 2001).
Além do uso da língua de sinais, outra especificidade dos aprendizes surdos é que eles fazem
parte de uma minoria linguística e cultural, a comunidade surda. Essa comunidade, ao longo
dos anos e na interação entre seus membros, vem construindo culturas surdas. Considerando
tal questão, buscamos no material oportunizar a interação entre elementos culturais
presentes nas comunidades surdas e aqueles geralmente associados a pessoas ouvintes.
Além disso, como explicam Salles et al. (2004), os aprendizes surdos não irão aprender o
português por meio de interações espontâneas, mas sim por meio do ensino formal na escola.
Tendo um impedimento auditivo, a maioria dos surdos utiliza geralmente a Libras nas
interações face a face e o português na interação escrita. Nesse contexto, os textos adquirem
um papel importantíssimo de dar insumo da língua ao aprendiz que, apesar de ter contato
cotidiano com falantes do português, não tem acesso ao input oral dessa língua. Nesse caso,
no material didático desenvolvido, buscamos possibilitar o desenvolvimento do letramento
do aprendiz surdo, dando representatividade no material a diferentes textos escritos de
diferentes esferas sociais, além de cuidar para que a apresentação visual do material pudesse
potencializar a aprendizagem visual da escrita pelo aprendiz.
Buscamos compreender também de que forma o aprendiz surdo precisa usar o português no
cotidiano. Apesar de não ter sido possível fazer uma análise das necessidades desse aprendiz
de forma detalhada, buscamos listar alguns gêneros textuais que os aprendizes têm contato
cotidiano e que precisam ler e escrever.
Finalmente, indicamos uma das questões mais importantes a ser considerada no material para
crianças surdas, a questão da aprendizagem da língua escrita. No caso dos surdos brasileiros,
aprender a ler e a escrever coincide com aprender uma nova língua, já que a escrita da Libras
ainda não é suficientemente difundida e faltam trabalhos sobre o ensino da escrita de sinais
para crianças surdas no Brasil.
Recomendações de leitura
Para saber mais sobre os surdos e a Libras, leia:
(1) GESSER, A. Libras? Que língua é essa?: crenças e preconceitos em torno da língua de sinais
e da realidade surda. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
(1) SALLES, H. M. M. L. et al. Ensino de Língua Portuguesa para Surdos: caminhos para a prática
pedagógica. 1. ed. Brasília: MEC, SEESP, 2004. Vol.1. (Programa Nacional de Apoio à Educação
dos Surdos). Disponível em: https://bit.ly/2s80cBB
Este material disponibilizado pelo MEC tem dois volumes desenvolvidos visando à
formação de professores de português para surdos. Podem ser lidos diferentes capítulos e
textos do livro de forma isolada ou pode-se ler a obra toda. Há um texto específico sobre
a situação de aprendizagem dos alunos surdos, intitulado “A situação de aprendizagem
dos surdos” (p.114).
apresentação livro do professor 115
(2) SILVA, G. M. O Português Como Segunda Língua Dos Surdos Brasileiros: uma apresentação
panorâmica. Revista X, Curitiba, volume 12, n.2, p. 130-1 5 0, 2017.
Este artigo traz informações básicas sobre a situação dos surdos brasileiros como
aprendizes de português como segunda língua. É uma apresentação panorâmica,
feita por uma das autoras do presente material didático, que aborda vários aspectos
relevantes para compreendermos as necessidades e as especificidades dos surdos
na aprendizagem de português, tal como a relação visual com a língua escrita, a
importância da Libras como mediadora na aprendizagem, etc.
Este livro é a síntese da dissertação de mestrado da autora, relatando sua pesquisa sobre
os surdos e sua linguagem. O capítulo 2 é especialmente indicado por tratar dos surdos
e da linguagem que os cercam, introduzindo a temática de uma maneira compreensível
e abrangente.
Alertamos também que, para utilizar este material didático de forma adequada, é importante
que as crianças já se comuniquem satisfatoriamente em Libras, já que todo o processo de
ensino-aprendizagem do português é mediado pela Libras e, consequentemente, todo o material
didático considerou a Libras como a L1 da criança surda e como principal língua de instrução.
A proposta deste material está em consonância com a perspectiva Educação Bilíngue para
Surdos, considerando que essa é a melhor proposta educacional para essa minoria linguística.
Nessa perspectiva, a Libras é considerada como a primeira língua (L1) dos surdos e o
português, a L2, a ser ensinada por meio de metodologias específicas. No entanto, a proposta
de educação bilíngue tem enfrentado inúmeros desafios. No tocante ao acesso dos surdos a
um ensino efetivo do português, destacamos aqui a formação de professores especializados no
ensino de PL2 para surdos e fluentes em Libras, além da necessidade de materiais didáticos
específicos para esse grupo, em consonância com suas especificidades e necessidades.
Nos últimos anos, assim como ocorreu no ensino de línguas de maneira geral, as propostas de
ensino de línguas para surdos têm sido reformuladas, visando a um ensino que foque no uso da
língua em diferentes contextos sociais, considerando uma abordagem interacionista de língua,
além de uma nova visão sobre os aprendizes surdos (PEREIRA, 2014; LODI, 2006).
Tal perspectiva está presente, por exemplo, na publicação do MEC voltada ao ensino de
português para surdos, de autoria de Salles e colaboradores (SALLES et al., 2004).
Para saber mais sobre a abordagem interacionista e sua aplicação no ensino de portu-
guês como L2, leia:
(1) SALLES, H. M. M. L. et al. Ensino de Língua Portuguesa para Surdos: caminhos para
a prática pedagógica. 1. ed. Brasília: MEC, SEESP, 2004. Vol. 1 (Programa Nacional de
Apoio à Educação dos Surdos). Disponível em: Disponível em: https://bit.ly/2s80cBB
Este material disponibilizado pelo MEC tem dois volumes desenvolvidos visando à
formação de professores de português para surdos. Podem ser lidos diferentes capítulos e
textos do livro de forma isolada ou pode-se ler a obra toda. Há uma unidade específica
sobre abordagens no ensino de línguas e suas aplicações, intitulado “Aplicações da
Teoria Lingüística ao Ensino de Línguas - Da abordagem audiolingual à interacionista:
em direção à comunicação” (p.93-117).
Para saber mais sobre a abordagem interacionista no ensino de português como L2, leia:
(1) PEREIRA, M. C. C. O ensino de português como segunda língua para surdos: princípios
teóricos e metodológicos. Educar em Revista, Curitiba, Brasil, Edição Especial n. 2, p.
143-157, 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/er/nspe-2/11.pdf
No caso do ensino de português para surdos, a Libras é a língua utilizada para ensinar o
português, diferentemente, por exemplo, de estrangeiros que aprendem português com
professores que falam português em sala de aula. Os aprendizes surdos têm direito de aprender
a língua escrita usando sua língua natural – a língua de sinais, língua acessível a esses alunos, que
aprendem usando a visão. Sendo assim, os professores precisam se conscientizar das implicações
desse uso da Libras no ensino da leitura, da escrita, do léxico e da gramática do português.
Transitar da Libras para o português e do português para a Libras faz parte do processo
de ensino-aprendizagem de português. No caso do ensino da leitura, por exemplo, alunos e
professores precisam constantemente “traduzir” o que estão lendo em português, para que
possam falar sobre os conteúdos dos textos lidos usando a Libras. Já no ensino da escrita, o
professor vai observar, de variadas formas, a influência da Libras na escrita do aluno surdo.
Porém, essa influência da L1 do aprendiz na sua L2 faz parte do processo de aprender uma
nova língua e, principalmente no início da escolarização, deve-se evitar a correção direta,
constante e excessiva dos textos.
Durante o uso do livro didático, é muito importante que o professor explique em Libras os
enunciados das questões, oferecendo ao aluno a possibilidade de compreender as atividades por
meio da língua de sinais. O professor deve sempre avaliar o que deve explicar em Libras e o que
deve deixar que o aluno tente ler conforme os conhecimentos já desenvolvidos pelo aluno.
Recomendações de leitura
Para saber mais sobre a importância da Libras para o ensino de português para surdos, leia:
O artigo traz uma discussão, a partir de dados de uma turma de alunos surdos, a
respeito do uso consciente da Libras em sala de aula no ensino de português para surdos,
especificamente no ensino de leitura.
Para saber mais sobre as características do português escrito por surdos e a questão da aval-
iação dos textos de surdos, leia:
O texto apresenta de forma didática a questão das especificidades da escrita dos aprendizes
surdos, bem como aponta a importância de critérios diferenciados de avaliação.
Este material didático é composto por um livro didático em português e vídeos em Libras.
Apesar de o livro ser o recurso norteador, apresentando a sequência das atividades, este, por sua
vez, depende do material em Libras, que traz vídeos indispensáveis para o desenvolvimento das
atividades e sistematização dos conteúdos.
O material foi organizado em unidades, as quais, por sua vez, foram divididas em lições. As
unidades têm um tema norteador, que busca atrair o interesse dos aprendizes. Neste material,
decidimos abordar a questão da identidade, da família e da rotina que foram abordadas
sucessivamente em três unidades – Unidade 1 – “Quem sou eu?”, Unidade 2 – “Minha família”
e Unidade 3 – “Minha rotina”. As unidades, por sua vez, são divididas em lições, que tratam de
subtemas dentro dessas 3 grandes temáticas.
3.1.1 Seções
“O que você sabe sobre este assunto?”: Esta é uma seção voltada à contextualização das
temáticas a serem estudadas e à sondagem dos conhecimentos prévios dos alunos.
“Conhecendo textos variados”: Esta seção foca os diferentes gêneros textuais que circulam em
nossa sociedade, com vistas ao desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita.
Quanto aos aspectos objetivos, foi definido o formato da publicação, o uso de letras,
espaçamentos e a inserção de espaços para a resolução de exercícios pelos alunos.
O tamanho definido para a publicação é 21,5 x 22,5 cm.
2 Agora, compare com o seu colega. Quais palavras vocês dois conhecem?
Você pode explicar a seu colega palavras que você sabe e ele não sabe.
Pictogramas para atividades que demandam escrita em português (1) e atividades com
interação em Libras (2).
A parte mais subjetiva diz respeito ao uso das ilustrações e de personagens exclusivos, e também
ao aspecto visual agradável e unificado que se apresenta ao longo dos capítulos. Os personagens,
criados especialmente para essa publicação, são os principais meios de estabelecimento de
empatia junto ao público. Foram elaborados três personagens principais: uma menina e um
menino da mesma faixa etária pretendida para o público, e um personagem que mostra alguns
sinais da Libras conforme a necessidade em algumas atividades. As crianças receberam os nomes
Lili e Guto. Sua finalidade é mostrar situações comuns de leitura e escrita e também se dirigirem
aos alunos, instigando-os sobre algum assunto ou orientando sobre o uso do material (por
exemplo, pedindo que assistam a algum vídeo). Eles têm cabeça grande, rosto expressivo, corpos
pequenos e mãos grandes, o que facilita o desenho desses personagens por vezes fazendo algum
sinal em Libras, na qual ambos são fluentes. Os personagens Lili e Guto aparecem em todas as
unidades com seu estilo específico de ilustração. O personagem elaborado para demonstrar o
vocabulário em Libras foi desenvolvido com uma linguagem visual semelhante à dos personagens
Lili e Guto, porém mais simplificado e com proporções mais realistas para favorecer a
legibilidade do sinal em Libras demonstrado.
BOTELHO, P. Leitura e Surdez. In: CEALE/ Anais do I Seminário sobre linguagem, leitura e escrita de
surdos. Belo Horizonte: FaE/UFMG, 1998b. p.136-145.
BRASIL. Decreto 5626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002,
que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro
de 2000. Diário Oficial da União, Brasília, 23 dez. 2005.
FARIA, S. P. de. Ao Pé da Letra, Não! Mitos que permeiam o ensino da leitura para surdos. In: QUADROS, R.
M. de (org.). Estudos Surdos I. Petrópolis, RJ: Arara Azul, 2006. Cap.8, p. 252-283.
FERNANDES, S. É possível ser surdo em português? Língua de sinais e escrita: em busca de uma
aproximação. In: SKLIAR, C. (org.). Atualidade da Educação Bilíngüe para Surdos. 2ª ed. Porto Alegre:
Mediação, 1999. 2 v.
FERREIRA-BRITO, L. F. Integração social & educação de surdos. Rio de Janeiro: Babel, 1993.
FIGUEIREDO, F. J. Q. de. Erros e correção em textos escritos em língua estrangeira. In: PAIVA,V. L. M. de
O. (org.). Práticas de ensino e aprendizagem de inglês com foco na autonomia. Belo Horizonte, Faculdade de
Letras da UFMG, 2005. p. 189-209.
GARRETT, J. J. The Elements of User Experience: User-Centered Design for the Web andBeyond. 2 ed.
Berkeley: New Riders, 2011.
GESUELI, Z. M. Língua(gem) e identidade: a surdez em questão. Educação & Sociedade, Campinas, SP,
v. 27, nº 94, p. 277-292, 2006.
GESUELI,Z. M.;MOURA, L. de. Letramento e Surdez: a visualização das palavras. Educação Temática
Digital, Campinas, SP, v.7, n.2, p.110-122, jun. 2006.
HOFFMEISTER, R. J. Famílias, crianças surdas, o mundo dos surdos e os profissionais da audiologia. In:
SKLIAR, C. (org.). Atualidade da Educação Bilíngüe para Surdos. 2ª ed. Porto Alegre: Mediação, 1999. 2 v.
LACERDA,C. B. F. de. A Inclusão Escolar de Alunos Surdos: o que dizem alunos, professores e intérpretes
sobre esta experiência. Cad. Cedes, Campinas, vol. 26, n. 69, p. 163-184, maio/ago. 2006.
LEFFA, V. J. (2008). Como produzir materiais para o ensino de línguas. In: LEFFA, V. J. (Org.). Produção de
materiais de ensino: prática e teoria. 2 ed. Pelotas: Educat, 2008, v.1. p. 15-41.
NORMAN, D. Design Emocional: por que adoramos (ou detestamos) os objetos do dia-a-dia. 1 ed. Rio de
Janeiro: Rocco, 2008.
PAIVA, V. L. M. de. Desenvolvendo a habilidade de leitura. In: PAIVA, V. L. M. de O. (org.). Práticas de ensino
e aprendizagem de inglês com foco na autonomia. Belo Horizonte, Faculdade de Letras da UFMG, 2005.
p.129-147.
PEIXOTO,R. C. Algumas considerações sobre a interface entre a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e a
Língua Portuguesa na construção inicial da escrita pela criança surda. Cad. Cedes, Campinas, vol. 26,
n. 69, p. 205-229, maio/ago. 2006.
PEREIRA, M. C. C. O ensino de português como segunda língua para surdos: princípios teóricos e
metodológicos. Educar em Revista, Curitiba, Brasil, Edição Especial n. 2, p. 143-157, 2014.
PERLIN, G.; STROBEL, K. Fundamentos da Educação de Surdos. Universidade Federal de Santa Catarina,
Licenciatura e Bacharelado em Letras/ Língua Brasileira de Sinais. Florianópolis, 2008. p.5-48.
QUADROS, R. M. de. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre: ArtesMédicas, 1997.
QUADROS, R.M. de; SCHMIEDT, M. L. P. Idéias para ensinar português para alunos surdos. 1. ed. Brasília:
MEC, SEESP, 2006.
ROGERS, Y.; SHARP, H.; PREECE, J. Design de interação: além da interação humano-computador. 3. ed.
Porto Alegre: Bookman, 2013.
SALLES, H. M. M. L. et al. Ensino de Língua Portuguesa para Surdos: caminhos para a prática pedagógica. 1.
ed. Brasília: MEC, SEESP, 2004. 2 v. (Programa Nacional de Apoio à Educação dos Surdos).
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais; Universidade Federal de Juiz de Fora,
Faculdade de Educação, CAEd. Revista Pedagógica do Programa de Avaliação da Alfabetização - Proalfa
(Língua Portuguesa). Juiz de Fora, Brasil, v. 1, jan./dez. 2013.
SILVA, G. M. A Apropriação da Escrita do Português como Segunda Língua por Pessoas Surdas: uma revisão
bibliográfica das pesquisas em Educação e Lingüística na área da surdez. 2008. 89f. Monografia
(Especialização em Educação Especial na Escola Inclusiva). Fundação Helena Antipoff, Ibirité, 2008.
SILVA, G. M. Lendo e Sinalizando Textos: uma análise etnográfica das práticas de leitura em português de
uma turma de alunos surdos. 2010. 222f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Faculdade de Educação,
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2010.
SILVA, G. M. O Português Como Segunda Língua Dos Surdos Brasileiros: uma apresentação panorâmica.
Revista X, Curitiba, volume 12, n. 2, p. 130 - 150, 2017
SILVA, G. M. da; COSTA, J. M. da, LOPES, L. P. S. Formação de Professores de Português para Surdos: entre
o ideal, o real e o possível. Caminhos em Linguística Aplicada, Taubaté, Brasil, v.11, n. 2, p.01- 23, 2014.
SKLIAR, C. Uma perspectiva sócio-histórica sobre a psicologia e a educação dos surdos. In: SKLIAR,C.
(org.). Educação e Exclusão: abordagens sócio-antropológicas em educação especial. Porto Alegre:
Mediação, 1997.
SOARES,M. Letramento e Surdez. In: CEALE/ Anais do I Seminário sobre linguagem, leitura e escrita de
surdos. Belo Horizonte: FaE/UFMG, 1998.
SVARTHOLM, K. Bilingüismo dos Surdos. In: SKLIAR, C. (org.). Atualidade da Educação Bilíngüe para Surdos.
2ª ed. Porto Alegre: Mediação, 1999. 2 v. p.15-23.
Referência de livro
ROCHA, Ruth. A família do Marcelo. São Paulo: Salamandra. 2001. 24p.
Páginas da internet
- Imagem do cadastro no Yahoo – Disponível em: https://login.yahoo.com/
- Imagem de cadastro no Click Jogos - Disponível em: http://www.clickjogos.com.br
Apoio: