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CAPITULO IV 83 PROPRIEDADES DO AR E CARTA PSICROMETRICA A carta psicrométrica constitui uma das ferramentas mais Gtels que existem para auxiliar © engenheiro de ar Condicionado. As variagdes que ocorrem no ar amido {quando ele € sujeito a0s vérios processos de condiciona- Trento de ar podem ser tragadas numa carta com um tfnimo de tempo e de esforco. NZo existe outra forma pela qual um ciclo de condi F possa ser ilustrado tio viva e rapidamente. ‘Antes de se poder utilizar com eficiéncis a carta psicrométrica, deveros compreender algumas das. pro- Priededes fundamentals do ar. Tais propriedades, como se- jam as variagdes no volume do ar em fungSo das variagdes de temperatura e de pressfo, o resultado da mistura de ar com vapor de qua, @ 0 efeito do ar em contato com a qua, sero anclisados e discutidos. Neste capitulo serdo descritos os usos elementares da carta psicrométrica bem como as suas utilizages no sentido de simplificar a anélise dos vérios processos e ciclos em- ‘regads no condicionamento de ar. Variagdo do Volume com a Temperatura Torna-se por vezes dificil imaginar 0 ar como tendo eso ou ocupando espaco. Contudo, se tentar empurrar ‘um copo de vidro, com a abertura para baixo, para dentro ‘de uma tjela de égua, como na Figura 4-A, 0 ar no interior ‘So permite que a Sgua suba para dentro do copo. A égua ‘do pode entrar no espaco jd ocupado pelo ar. O ar tem um peso definido por metro ciibico do espaco ocupado, identi- ‘camente 20 que sucede com a égua, ferro, ou qualquer ‘outra substéncia.. Praticamente todas as substincias se expandem quando se aumenta sua temperatura. O ar no constitul excerdo a esta regra, ainda que a expanséo do ar ou de qualquer outro gés seja superior & expansio de liquidos e de sblidos. ‘A expansio do ar com a variacso de temperatura pode ser demonstrada por meio do copo de vidro e da équa da Figure 4-A. Se 0 copo for aquecido, escepario bolhas de ar do copo através da équa, O ar expande-se quando aquecido eo volume de ar em excesso escapa, Se, se deixar ‘© copo resfriar novamente, a égua subiré no copo devido co festante do ar se contrair quando do resfriamento e ocupar, FIGURA 4A RETIRANDO AR DE UM COPO USANDO CALOR or isso, menos espago. O volume do ar originslmente existente no copo expandiu-se quando aquecido é uma parte dele escapou. Apés resfriamento até & temperatura Se 2 presséo so mantiver constante, 0 ar expande-se contrai-se a ums taxa definida, com as variagbes em tere eratura, A variacZo de volume pode ser expressa como ‘uma frago do volume de um kg de ar a OC, Para cada subida de 1 grau de temperatura, o volume do ar aumenta sg art 60 stu volume 08. Aut, 0 w 8 100°C tem 3 ‘um volume 100, ou 36,6 por cento superior ao ar a 0°C. 273 Do mesmo modo 0 ar contraiuse quando resfriado. O a -100°C tem um volume 36,6 por cento menor do que o ar 20°C. Em outras palavras, 0 volume de um quilo de ar a 100°C 6 63,4 por canto (100-26,6 = 63,4) do seu volume 20°C, ou seja 273 K (Kelvin, escala absoluta de tempers ‘ura. Se a discussie do pardgrafo precedente se tivesse ex: tendido até uma conclusio légica, © volume de um dado peso de ar deveria contrair-se até zero a uma temperatura de -273°C; isto é, 0 ar desapareceria completamente. Certamente isto é um absurdo. O que sucede na verdade & ‘que 0 ar se liquefez antes de se atingir uma temperatura de -273°C. Apesar disso, enquanto 0 ar se encontra na forma gatos @ a sua pressio é mantida constante, a contragso durante o resfriamento processase 3 mesma taxa. Como (© volume do ar se reduziré a zero a -273°C (se 0 ar per- ‘manecer gés), 0 volume do ar a qualquer temperatura pode ‘ser expresso em termos da temperatura atual mais 273°C. Por exemplo, o ar 2 100°C tem um volume superior 20 seu volume @ 20°C em 100+273_ 373 SOT aTa” Beg 7 1273 0U 27.3% maior Teoricamente, @ temperatura de -273,169C & 2 tem peratura mais baixa possivel até & qual se pode resfriar ‘qualquer substincia, -273°C € bastante exato para esa discussio, Por esta razdo & chamada 0 zero absoluto da temperatura e 2s temperaturas medidas a partir desse ponto so chamadas temperaturas absolutas, Para achar a tempera- tura absoluta de uma substincia soma-se 273 graus & sua temperatura em graus Celsius. Assim, 0 ar & temperatura de 100°C tem uma temperatura absoluta de 373 graus; 0 ar 2 20°C tem uma temperatura absoluta de 293 graus; eo ‘ara temperatura de -100°C tem uma temperatura ebsoluta de 173 graus. O conceito de temperatura absoluta, além dde sua utilidade na determinagzo do volume do ar a qual- {quer temperatura, tem uma parcela grande e importante na teoria do calor. Toda a discussio precedente respeitante & expansio ¢ ccontracio do ar, pode ser resumida nas sequintes fSrmulas: =“ MANUAL DE AR CONDICIONADO TRANE a vaew 2 (ata Tr emque V4" = volume iniial do ar V2 = volume final doar Tr = temperatura absoluta inital Ta. = temperatura absoluta final Exemplo 4-1: Um dado peso de ar ocupa um esparo de 2100 m9 ‘quando a sua temperatura & 45°F. Calcule o volume ‘ocupado pelo ar apés ter sido aquecido até 125°C. Solugio: ‘Temperatura absoluta ini 273445 =318 ‘Temperatura absoluta final = 273 + 125 +308 a8 += 2628,3 m3, volume ‘do ar 2 125°C Exemplo 42: Calcule o volume de 1500 m3 de ar, & temperatura de 110°C apée.a sua temperatura sor reduzida até 70°C. Sotucio: Ty — Temperatura abyolutainicial= 273 + 110 383 T2— Temperatura absoluta final = 273 +70 343 vaevi 2 (4-12) nh = 1500 x 43 383 = 1343,3m3, volume doar a 70°C Apesar da Férmula 4-1 poder ser ussda para achar a variagz0 em volume de um peso dado de ar, nfo pode ser tusada para achar 0 volume real do ar a uma dada tempera- turae pressio. * Os rdimeros ou letras pequenes colocedas&citeite# sbaixo ‘40 simbolo principal, so chamadss Indices. Assim 1 no simbolo fscima € 0 indice de V. O sinbolo Intolro lkse "V Indice 1”. Ot Indless elo necesirlos quando a mesma letra principal representa ‘quantidodes terentes. <1kg dear é t ve a te Exemplo 43: votureocpad por un Kad 0 3 my uae 2086 Cue presto nmostres de 10h de 0,839 m3. O ar a esta temperatura e pressd0 & chamay’ 8 Op ans a oral de eek cern eens tan “Tora um te Poderd_indicar os seus ventiladores ou outros equipame sei arr etna orm 30°C enquento um outro poders incest 0 seu equipement pera 1500. Cada um dales publicard indicecdes dier a acpuertoy do memo tenho ae car est re eden na eater 9 et ae srr ican pr nana tne, hoe xt srtmer co condone, det ta ita arora aden vole Ber normais de 20°C e 101,3 KPa absoluto de prog, Seon ‘A Férmula 4-ta pode ser sada par acher0vlume um quilo ge a sx0'2 presfo de 101.3 KPa abl, suuiguer temperature, utllzandoo fto de que 0 volineg sess0PC de 0,859 mo. introdurindo estes alors wy Fommule tae retranda ot dices pois 20 0 me trios neste momento, aT 23+ ‘Assim, & pressfo de 101,3 kPa absoluto, o volume ge Calcule © volume de 120 kg de ar @ 30°C e 101,34 absoluto, Solugéo: v= 7 (ea) 3517 904273 SIT 303 3517 =0,8615 m3, volume de 1 kg de ar @ 30°C Volume de 120ks \ = 420% dear 30°C } Lai 1034 m3 ‘A Férmula 41 a pode ser usada para catcular a vari de volume de qualquer gés para uma dada variagSo em | perature. Por outro lado, a Férmula 4-2 pode eet usada para 0 ar, porque no seu desenvolvimento 5° | siderou 0 volume de um kg de ar nas condigBes norms volumes do mesmo peso de vérios gases nas mesmss Bes de pressdo e temperatura sio diferentes. Do ponto de vista de edleulos de condicionamen?| at, ¢ interesante notar que » umidade no ar sto CAPITULO IV-PROPRIEDADES DO AR E CARTA PSICROMETRICA 55 FIGURA 45 [APRESSAO DO AR AUMENTA QUANDO O VOLUME DIMINUE peratura, exatamente como 0 ar ou qualquer outro gis. ‘A umidade misturada com 0 ar encontra-se na forma de vapor superaquecido a uma pressdo bastante baixa. \Veriagio de Volume com a Pressio (© volume de um dado peso de ar varia com as mudangas de prestio. Isto & verdadeiro no sO para 0 2 mas também para qualquer outro gf, incluindo 0 vapor superaquecido, Quando um gs 6 comprimido muito repidamente a sua temperatura aumenta, Para finsde discus so nesta segdo, suponh que as variages da pressio so to lentas que nio hé variagéo na temperatura do gés. A Figura 48 mostra um cilindco com um émbolo em varias posigées durante o seu curso ascendente, Quando o émbolo esté na parte inferior do cilindro este encontra-se cheio de ard presslo stmorférica. Suponha neste caso que © cilindro contém um kg de ar & presséo atmosférica. Se o émbolo Iniciar agore 0 seu curso ascendente, o volume inicial de tum kg de ar reduzir-sed metade quando o émbolo atingir 4 posigdo central do cilindto, O manémetro na parte de ‘ima do cilindro indicaré agora 101,3 kPa (202,6 kPa abso- luto) indicando que a pressS0 absolute duplicou. Supon- hamos que se empurra 0 embolo ainda mais para cima de modo a que 0 volume do ar se recuza @ um quarto do seu ‘volume original. Q manémetro indicard 303,9 kPa (4052 Ps absoluto) mostrando que a presséo absoluta aumentou quatro vezes 0 seu valor original. Como o ar fica atmazenado num espago menor, 2 sua pressio deveré au- ‘entar, Tudo quanto se disse pode ser resumido nas se ‘uintes formulas: A temperatura constant, vat as) Vinee vaevi et (430) Pe ov cp Mt pa=p1 ME a) emque Pr = peso ini, KPa absoluto P2 = presslo final, KPa absoluto: Exomplo 4-8: Um cilindro com um volume de 3 m3 é cheio com ar ' pressio de 101 3 kPa (absoluto). Calcule o volume de arse for comprimido até 3 pressio final de 90 kPa (manémetro). Solugéo: PressGo absoluta inicial = 101,3 kPa {absoluto) Pressdo absoluta final = 101,3 +90 = 191,3 kPa (absoluto) v2 =Vt (43a) SAS m3 ‘ 56 MANUAL DE AR CONDICIONADO TRANE | sre coxnira

CAPITULO IV-PROPRIEDADES DO AR E CARTA PSICROMETRICA 59 Jno para exe fnlidade 6 Wustado na Figura co Sms tem plot scot ner outro liquide voldtl, Séo introduridas bothas de sks do ter apertando-se 0 bulbo de borracha. A a suivque 1 bolhas de ar passam através do éter, parte ie reg € rato com 0 pa aout sie roe far ido un ermanece ta ico peau ames qu tenses cor io para vaporizar a porcdo de éterarrastada pelo mn a (udo stoma sufienterante fro, ume ne rgd ra super exterior amet pola fos aunts em ue apuoce suede, 9 empe- aca tie exer tra exh trperatra do sen em contato com ea. Quando apareet 2 Fe oy temperatura do te ude, Come & Si, ued Mor srt getamente inferior 3 temperatura a temp ce orvalto; se 1 0 Tose heveria xo Ge wl 8 Praperige enterior etapa pare 0 ter liquid, et Mm rtodo de corr eta pequona deren, A Esse tig icveta da temperatura do ponto de oreo se ge tebmtior de bulb seco t igo, que ark seta poserormente,& tanto mais convenieneepeca see repereho do ponto de onalho doo €rermente sade. fina Seré agora discutido um dos atributos importantes da ‘temperatura do ponto de orvalho. Observe 0 condensador da Figura 4.C. Suponha que 0 condensador tenha sido ‘helo com vapor ligeiramente super-aquecido a pressio de 417 kPa (sboluto), e que se feche na altura a valvula do vapor. Faz-se agora circular Sgua fria através do tubo da serpentina eo vapor é resfriado até ao ponto de orvalho que 4 155°C. Quando vapor atinge esta temperatura, umi- dade comega a condensar-se na superficie do tubo frio. A mnedide que 0 resfriamento do vapor continua abaixo deste onto, mais umidade se condensa na superficie fria do tubo, e a presséo no condensador diminue porque ngo é ad- nitido mais vapor para tomar o lugar do vapor que se con ese, Apbs 0 vapor ter resfriado até 15,5°C, ele torna-se saturado, (Ver vapor super-aquecido, Capitulo 1). Daf em diante @ pressio em qualquer altura corresponde & tempera- ture do vapor saturado. A medida que continua o restria- mento, mais e mais vapor se condensa na superficie relativa- mente fria do tubo, ¢ 0 peso do vapor que fica no espago do ‘condensador diminue. PressSo e Massa do Vapor Enquanto que @ pressio diminue & medida que o vapor se condensa deverd existir qualquer relacdo entre a presso do vapor e 2 massa do vapor que fica no condensador. Esta Telagio & simples: A pressio exercida pelo vapor varia. dietaments com a massa do vapor deixado no espago do vapor do condensedor. Se, se reduzir a massa do vapor no condensador condensando a metade dele, @pressio reduair- se4 A motade, Isto pode-se verificar através da Tabela 1-3. A pressio do vapor saturado & 16,5°C 6 de 1,77 kPa (ebsoluto). A esta temperatura e pressfo a sua mass expect- fica & de 0,0128 kg por m3. Se apenas se condensar 0 vapor hecessdrio para reduzir a pressdo 4 metade de 1,77, ou seja 088 kPa (absoluto), a sua temperatura seré de cerca de 481°C. Aesta ditima temperatura e pressio, a massa espect- fia do vapor dentro do condensador & de 0.0066 ko por m3 » qual é vizinha da metade da massa espectfica inital do 0,0128 kg por m3, Existe assim uma relagdo ent ressio exercida pelo vapor a baixa pressio @ a sua massa fem qualquer metro cibico de espaco. Contudo, exist também uma relagio entre @ temperatura de condensa¢io 2 pressio do vapor saturado. Assim, a massa do vapor saturado num metro cibico de espaco depende da temper tura de condensa¢io ou saturago correspondente & pressio do vapor. Interpretado praticamente, isto significa que se @ mistura do ar e do vapor super-aquecido for resfriado abaixo do ponto de orvalho, a massa da umidade na mistura apenas depende da temperatura do ponto de orvalho. Qual- ‘quer slterag3o na quantidade de umidade de ar é sempre acompanhada por uma alteragio na temperatura do ponto de orvalho do ar. Uma mistura de are vapor de gua que tenha sido res- iada abaixo da temperatura de ponto de orvalho diz-se ‘estar saturada porque 0 ar 6 misturado com o peso maximo possivel de umidade. |Até aqui, a discussdo apenas tem tratado da quantidade cde umidade do ar saturado. Resfriando-se a mistura do ar e vepor de égua mas sem atingir 0 ponto de orvalho, nfo haveré condensagdo, Contudo, 3 medida que o ar @ 0 vapor dde égua sio resfriados, o volume de ambos contrair-se's’ na mesma proporeio porque ambos sio, como & dbvio, restriados através da mesma gama de temperaturas. Em ‘utras palavras, se uma mistura consistindo em um kg de ar 0,045 kg de vapor de dgua for resfriada, o volume menor dde ar continusré 2 ter umn kg de ar @ 0,045 kg de vapor de ‘qua pois ambos os gases so contrafdos na mesma propro- fo, As variagSes na temperatura de uma mistura de ar & ‘vapor de gua no afetam 2 quantidade de vapor de équa irda com cada kg de ar, enquanto o resfriamento da ‘mistura no atingir a temperatura do ponto de orvalho. "Nestas condieBes 0 peto da umidade por kg de ar seco per- ‘manecerd o mesmo, indepentemente das variages de tem- pperatura, Uma mistura de ar e vapor a uma temperatura de bbulbo seco superior & sua temperatura do ponto de orvalho do ar, dizse ndo-saturada, Ao resfriar uma mistura de are de vapor de égua, éevidente que se a temperatura do ponto de orvalho do at no for atingida, nonhuma umidade se ‘condensard. Sendo isto verdade, 0 er quando resfriado ‘atingird a temperatura do ponto de orvalho com 2 mesma {quantidade de umidade que tinhe no inicio do proceszo de resfriamento. Contudo, se ndo tivesse havido alteragio ne {quantidade de umidade no ar através do processo de resfria- mento, evidentemente a quantidade de umidade no ar @ qualquer temperatura superior 20 ponto de orvalho deveré fer a correspondente & temperatura do ponto de orvalho. Em outras pelavras: (0 pero de umidade por kg de ar seco numa mistura de ar e de vapor de gua depende apenas da tempere- tura do pont de orvalho, Enquanto no houver ‘condensagio da umidade, a temperatura do ponto cde orvalho permanece constante. Existem Tabelas que do 0 peso da umidade misturada ‘com um kg de ar @ qualquer temperatura do ponto de orvatho. Estas Tabelas serdo discutidas na préxima seco. @ MANUAL DE AR CONDICIONADO TRANE ‘Taxa de Umidade on ig iy ow no Rees Aaa a oP aces commen wo il cance woe eens [A colune 2 da Tebela 4-1 indica @ taxa de_umidade {em ka) 8 temperatura do ponto de orvatho do or de colune z Exemplo 4-12: CCalcule @ temperature do ponto de orvalho do ar com tuma quantidede de umidade de 0,00712 kg por kg ear s000. Solucdo: Procure a quantidade de 0,00712 kg na coluna 2 da ‘Tebela 4-1. Ler na mesma linha ¢ na coluna 1, a tem peratura do ponto de orvalho do ar de 9°C. Exemplo 4-13: Caloule © peto de umidade & ser condensado para re- duzir 8 temperatura do ponto de orvalho do ar de 125 Taxa de umidade do ara 13°C DP { +0000 1g por kad sco 7. doar 38°C DP . Umidade a ser removide por kg dear seco Peso total de umidade ‘ser condensado 3, 00665 keg por kg de ar seco }-oszs a peria ae 00268 x 125 335 kg Exemplo 4-14: Caleule 0 peso da umidade a ser evaporade de modo a levar 9 temperature do ponto de otvalho do ar de 75 kg dear seco 11°C para 14°C, Solucdo: Vendo a Tabela 41, Taxa de umidade do ara 14°C DP ,00996 kg por kg de ar seco cade uni Fe eee. {#900186 ke por kg de ar seco Umidade ser evaporada por = 0,00180 kg por kg de ar seco kgde ar Peso total de Fetal tw eam eis evaporade = 0.138 kg Grou de Saturacso ou Porcentagem de Saturepio (© grav de saturagio ¢ outro taxa dtl para trabalho, g, ‘condiclonamento deat. Determine primeiro 9 taxa g timidade para 0 ar a ser estuded, Determine em sepujy* taxa de Umidede que 0 or deveria ter #0 ostivese stuage 3 mesma temperature. O grau de seturag50 6 enconraee dividindo a taxa de umidade real pela taxa de umidey ‘quando da saturagio, Isto 6 ilustrado pelo Exemplo 4.15, (© grau de saturago 6 por vezes designado por py, ccentagem de . umidade, ou porcentagem de saturacio, Exomplo 4-18: CCaleule 0 grau de saturacSo para 0 ar 2 24°C a 13% Solugé ‘Se o ar estivesse saturado, 2 sua temperstura do pont, ‘do orvalho bem como a sua temperatura de bulbo sr, serlam 24°C, Vendo a Tabela 4-1 Taxa de umidade do ar a 24°C DP Taxa de umidade do ar a 13°C DP Grau de saturacio = 001888 ka por kg dear sey = 0,00833 kg por kg de arse 9,00933, 100« 0.01888 49,4 (© grau de saturagdo 6 citi! porque dé uma viséo ries ‘da umidade relativa do ar. Se 0 grau de saturacao for eleads torna-se aparente que oar esté muito Gmido. Pouca umidas, te pode adicionar a ele antes que ele se torne saturado. Por outro lado, se 0 grau de saturacdo for baixo, o ar pode absorver consideravelmente mais umidade antes de x tomar sturado. Umidade Relative Constitui ainda outra taxa de importéncia em cond cionamento de ar. Determine primeiro 2 pressio do vy nna amostra de ar em estudo. Determine em segue # pressio de saturagdo da équa pura & mesma temperature. Uumidade relative acha-se dividindo a pressio de vapor ra pela presso de saturagio, Todo 0 calor contido no vapor de uma mistur & vapor € conhecido como calor latente da mistura ara Para condensar umidade de uma misture ari: | ddevese remover 0 calor contid no vapor. A quantidade calor a ser removido pode ser caleulada multiplicand? 440 vapor 2 ser removido pelo calor médio de vpoti® fo @ presses baixas. O valor médio de calor de vaporize ‘que 6 usa normalmente 6 2450 kl/kg dear sco (do Te Exemplo 4-16: Tome as condigées de Exemplo 4-13. Calcule 0 latente a ser removido para condensar vapor sufi CAPITULO IV-PROPRIEDADES DO AR E CARTA PSICROMETRICA = para reduzir a temperatura do ponto de orvalho do ar id 20 ponto desejado. Solueéo: Na solugdo do Exemplo 4-13 veri veriam condensar 0,335 kg de umidade por kg de ar seco. Umidede a condensat = 0,335 kg Galorlawntea remover} = 0.295 x 2450 = 8208ks ms verticagio da Tabela 1-3 mostra que o calor de eporiagio do vapor vara com a temperatura de condenss- YBa. 0 valor do calor de vaporizacdo do vapor depende, ortanto, da temperatura do ponto de orvatho do ar. Aten- Fondo # que of valores de calor de vaporizagSo por kg de tapor e o peso do vapor misturado com ar seco dependem Tibor de sua temperatura do ponto de orvalho do a, © falorlatente do vapor de dgua misturado com o ar seco fanbém 38 depende da temperatura do ponto de con- ensagio. Nenhum ealor latente 6 Uiberado de uma mistura de ar seco ¢ vapor de 4gua a ndo ser que a umidade se con- dense. Como no hé condensacéo de_umidade se a tem- feraura do ponto de orvalho do ar permanecer constante, @. valor latente da mistura orvapor deverd também permanecer constante enguanto a temperatura do ponto Ge condensaglo no variar. ‘A emtalpia (calor latente) correspondente 2 cada tem- pertura de ponto de condensacio esté relacionada na toluna 4 da Tabela 4-1. O calor latente & computado a parti do peso de umidade relacionado na coluna 2 da ‘mesma tela, Exemplo 4-17; Tome as condigdes do Exemplo 4-13. Caleule o calor latente a remover para reduzir 2 temperatura do ponto de orvalho do ar até o ponto necessério. Solugdo: Vendo a Tabela 4-1 Entalpia do vapor no at a 13° DP Entalpia do vapor no ar a 8°C DP Calor latente a remover por kg de ar seco Calor latente total a remover As poquenas diferencas do 3,7% entre as respostas dos Exemplos 4-16 ¢ 4-17 devese 20 fato de que 0 calor de \aporizagdo do vapor no € constante como se tomou no Exemplo 4-16, mas varia com a temperatura do ponto de rvalho do ar. Como os valores da Tabela 4-1 tomam em ‘conta esta variacio, aresposta do Exemplo 4-17 € a correta. femassta fet67010 t-ee0 = 852,5ks Exemplo 4-18: Umidade € evaporada numa corrente de ar que tem uma temperatura do. ponto de orvalho do ar incial de 13°C, Calcule 0 calor latente a se fornacido por ks de 4r seco de modo a elevar.a sua temperatura do ponto 42 orvatho doar final para 16°C. Solucio: Vendo a Tabela 4-1 Entalpia dg vapor no ar a 18” DP Entalpia do vapor no ar a 19°C OP Calor latente a ser adicionado por kg de ar seco fes2700 feza6%0 frou Calor Sensivel © calor senstvel de uma mistura ar-vapor 6 0 calor que ‘afeta apenas a temperatura de bulbo seco da mistura. ‘A quantidade de calor necessério para elevar a tempera- tura de qualquer substincia é dada pela Férmula 1-2 do Capitulo 1. Como o calor especifico do ar & 1,006, 0 calor necessério para mudar a temperatura de um kg de ar seco 6: = 1,006 x mx OT a7 Exemplo 4-1 Caleule 0 calor sensivel necessério para elevar a tem- pperatura de um kg de ar de 6°C até 24°C, Solucio: Veriagso de temperatura = 24-6 = 18°C 0, =024xmxDT (47) 1,006 x 1x 18 18,11 kd Os valores da entalpia do ar seco as vérias tempera ‘turas estdo relacionados na coluna 3 da Tabela 4-1. Os valores desta coluna sSo as quantidades de calor necessérios para elevar a temperatura de um kg de ar seco desde °C até ' temperatura de bulbo seco da coluna 1. Como € 6bvio da Férmula 4-7, concluise que 2 quantidade do calor sen ‘vel do ar seco depende apenas da temperatura de bulbo s2¢0. Poderé parecer Inconsistente chamar temperatura de pulbo seco 20s valores da colune 1 da Tabela 4-1 dado que nna discussd0 anterior sobre calor latente, os valores desta foluna eram chamados temperaturas do ponto de orvalho Go ar, A designagdo dos valores da colune 1 depende de ‘quel das colunas de calor sensivel ou latente esté a ser Gritizada, Ao usar a coluna 3 para o calor sensivel do ar, 08 Valores da coluna 1 devem-se tomar como temperatura de ulbo s20o, Se, 3 usar a coluna 4 para o calor latente do er. fe valores da coluna 1 devem ser tomadas como ponto de corvalho do ar. Exemplo 4:20: Resolva 0 Exemplo 4-19 por meio da Tabela 4-1. Solugio: ‘20 bulbo, Ums mancica de fazer iss0 & oirar repidame © termametro. Um instrumento conweniente para isto Psierémetro de arromesso, Hustrado na Figu 62 MANUAL DE AR CONDICIONADO TRANE Emlpia dot kg dear f. seco 8 28°C BU acd) Entalpis do 1 kg de ar seco 26°C BU Calor steiner |= 100% 0 calor especitico do ar nfo € constante e a0 preparar 4 Tabela 4-1 levou-se isso em consideracdo, Por esta razio, ‘ts respostas dat Exemplos 419 e 4-20 diferem ligeiramente ‘entre si A Formula 47, dada a sua simplicidade, & useda fem praticamente todos os trabalhos de engenheri ‘Temperature de Bulbo Umido ‘Se dois termimetros precisos forem colocedos numa corrente de ar em movimento répido, ambos registreré0 fexatamente a mesma temperatura. Se 0 bulbo de um dos ‘ermémetros for eoberto com uma mecha mothada, 2 sua ‘temperature desceré, primeiro rapidamente e depois lenta- mente até stingir um ponto estaciondrio. A leiture neste onto é chamada a temperatura de bulbo mido do ar. Porque razio © termBmetro com a mecha molhada indica uma temperatura inferior & do termBmetro seco? ar que passa pelos dois termémetros esté exatamente & mesma temperatura. A primeira vist pareceria que a gua na mecha deveria assumir a temperatura de bulbo seco do ar & volta, Isto seria verdadeiro se 2, qua ndo eva pporasse ds mocha para o ate esta evaporacio necesita calor leteme. A porgéo do ar que entra em conteto com a mecha rmothade resfia ligeramente e fornece calor sensivel sufi ‘lente para evaporar a umidade. A quantidade de dgua que pode evaporar ds mecha ‘mothads para o ar depende completamente da quantidade de vapor de égua que existe inicialmente no at que passa ppelo bulbo amido. Se o ar que passa pelo bulbo imido jf estivestesaturado com umidade, no evaporaria nenhuma ‘que do bulbo para o ar e ndo haveria resfriamento no ‘ermémetro de bulbo Umido, Quanto mais seco for 0 ar ‘que passa pela mecha do termémetro de bulbo dmido, ‘maior seré quantidade de umidade que se evaporaré para & corrente de ar. Quanto maior for 2 quantidade de umidade levaporads para a corrente de r, mals baixa sera leitura no termametro de bulbo Gmido. A diferenca entre as leituras nos termémetros de bulbos mido @ seco & chamada depressfo de bulbo timido. Como 2 depressio de bulbo Umido aumenta quando diminui a quantidade de umidede do ar, a depresséo de bbulbo (imido fornece um método conveniente para achar 8 quantidade de umidade no ar. A cxrta psicrométrica, ue 4 dliscutida posteriormente neste capitulo, é utilizada para achar a temperatura do ponto de orvalho apbs se ‘orem determinado as temperaturas de bulbos Umido ¢ séco, A Tabela 4-1 pode assim ser usada para achar a _quantidede de umidade do ar. Pera obter leituras precises com um termémetro com bulbo Gmido, 0 ar deve passar pelo bulbo Gmido a uma volocidade rapids. Se as leturas bulbo imide forem obtidas ‘em ar calmo, 0 termémetro deve ser movide através do or de modo @ obter © movimento necessirio do ar em relagdo 4g a ee nae fo ean see rem oo em um eabor Apér malharameseet Gitonetro de bulbe Unido, fazer gia © inn True epidemonte no a durante cares de so my rave ¢ vous» eure dos dls termémeton. Den apolar pads novarente durante elo mint Sutra ver, Dovese continuat a grar até que dois conr® Gh Tetwes coinldam Se 8 mecha so toner paca Seca, posed sor necesro megular de novo em ie tecomar outa ver astra : FIGURA 45. ‘TERMOMETRO DE BULEOS UMIDO E SECO Para obter leituras precises, a mecha deverd estar lio | sem sabio nem gomas. Apés uma mecha ter sido utiliza durante slgum tempo, poderé tornar-se endureci er" ‘tude dos minerais que ficam apés a evaporagéo de v8.0 ‘termémetros com mechas sujas indica sempre um v=" superior @ temperatura de bulbo Gmido real do at. echas devem ser mudadas frequentemente @ 36 # 6% User gua limps. Para trabalhos de preciséo devest ‘gua destilada, | ‘A gua na qual se mergulha o termémetro de bul ‘imido deve estar de preterncia @ uma temperata 2 a temperatura de bulbo Gmido 0 at. Isto &, ‘aramente possivel. Como segunda escolha, a temper io qua deve ser ligeiramente superior a ‘termpeatue butbo Gmido do ar A temperatura da qua nunes CAPITULO IV-PROPRIEDADES DO AR E CARTA PSICROMETRICA pois se 0 for seré dificil saber quando 6 que 0 fetes Fin» temperatura de bulb timid rel so rmperatura de qua for superior.o termémetro de 3 imi restriard quando grado, Apés uma ou duas brfurs, 2 ealuna de merckrio comecar& a subir novemente lerida que a mecha secer. A leita mais baixa a 4 MPeratura de bulbo dmido do ar. Por outro lado, so 3 temperatura da gua for inicialmente inferior & tempera: fe bulbo Gmido do ar a coluna de mercirio do term’ 7a ode bulbo Omido comecard a subir logo que o termd- eco 2 sar grado € continuardé a subir a medida ar Se 2 te me retro come i mecha secat, Seré diffcil saber © ponto no qual @ cere tS ed eo oo = ait Calor Total ‘Quando te resfria 0 ar no hi variagio na sua quanti- dade de calor latente enquanto a sua temperatura do ponto Ge orvalho do ar permanecer constante. Neste caso 36 hé tecessidede de considerar 0 calor sens{vel, Por outro lado, Bee or tiver de ser resfriado até um ponto abaixo de sua temperatura do ponto de orvalho inicial, devemvse re mover os calores sensivel e latente, A soma dos calores seasivel ¢ latente a remover 6 conhecida como calor total. (0 calor total removido é a quantidade investigads nos cileulos de condicionamento de ar porque 0 aparelho de refrigeracdo deve ter capacidade suficiente para remover 0 calor sensivel do ar e 0 calor latente para condensar 0 vapor se igus. Nas seogBet precedentes viu-se que a quantidade de ‘lor sensfvel do ar depende somente de sua temperatura de bulbo seco e que a quantidade de calor latente do ar

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