Estrutura e fun¢ao da membrana citoplasmatica A célula € um sistema bioldgico altamente Hidratos decarbono Face externa da célula complexo e organizado, delimitado no meio extemo pela membrana citoplasmatica (designada também por plasmalemma). Esta constitui uma barreira protectora que, ao controlar de modo efi- , Camada caz todas as trocas com o meio externo, mant ne a constante a composicao do meio intracelular. E de ‘ Hes sublinhar que as outras membranas vivas da célula —} Proteinas assemelham-se 4 membrana plasmética quanto a composi¢ao quimica ¢ a estrutura, A membrana plasmatica tem entre 7 ¢ 9 nm de espessura, sendo to fina que s6 pode ser vista 20 microsc6pio electronico. A sua constituicao é lipoprotéica, ou seja, as proteinas estao associa- das a fosfolipidos. Singer e Nicolson propuseram, em 1972, um modelo para a estrutura da membrana plasmatica que ainda hoje € aceite, por ser aquele que melhor tradur ¢ comporta- jrento da membrana, Segundo este modelo, que designaram modelo de mosaico fluid, a rene brana possui uma camada dupla de moléculas de fosfolipidos, entre as quais ha moléculas de proteinas encaixadas ou embutidas. As duas camadas de lipidos sao fluidas e tem consistencis semelhante a do leo. Assim, as moléculas nao ficam num lugar fixo, podendo mudar de posi- Face interna da célula Fig. 14 Esquema de membrana plasmatica segundo © modelo de mosatco fluido Estrutura e fun¢ao da parede celular Além da membrana plasmatica, as células vegetais excepto as células em divisao e as células Sexuals, Possuem uma parede celular, constituida preponderadamente por um hidrato de carbono, que €a celulose. A parede celular envolve, reveste e protege 0 protoplasmma e da a célula vegetal asua forma. A sua origem é, também como no caso da membrana celular, citoplasmatica. Para a Tigagio de uma célula com as células vizinhas a parede celular conten Poros. Isso garante a troca de substancia entre elas. Estrutura e fungdo dos cloroplastos Os cloroplastos existem em todas as plantas ver- es, ¢ sao particularmente abundantes nas célulAs, onde ocorre a fotossintese, Este organelo apresenta uma forma eliptica. Com apoio do microscopio elec- wonico, os cientistas conseguiram investigar melhor a estrutura de um cloroplasto. O cloroplasto tem um diametro de 4 até 6 um e € delimitado por uma mem- brana dupla, No interior do cloroplasto existem numerosas membranas duplas e paralelas, que esto mergulhadas numa matriz denominada estroma. Em determinadas Fig. 15 Cloroplastos ao microscopio electronico 32es formam-se estruturas complexas, sendo constituidas por varias laminas ou discos (tilacot- ) sobrepostos como se fossem pilhas de moedas. Estas estruturas formam os grana (singular: 0 granum). Eles contém um pigmento chamado grofila, que ¢ uma substancia organica complicada na sua estrutura quimica que aparece s0 em Jantas ¢ nalgumas bactérias. Membranas Tilacdide Be Granum Intergrana Fig. 16 Esquema dum cloroplasto. Fig. 17 Stmbolo dum cloroplasto. Estrutura e fungao das mitocéndrias As mitocéndrias encontram-se tanto nas células vegetais como nas células animais. A mito- @Ondria € um organelo celular que tem uma forma esférica, até cilindrica, cujo comprimento ~ Varia entre 1 até 8 um. Ela € delimitada por duas membranas: a membrana interna e a membrana externa A membrana interna dobra-se, formando no interior da mitocondria compartimentos, deno- minados «cristas». Aqui decorrem os processos metabolicos durante a respiracao celular que ainda vamos estu- dar mais adiante.* = Fig. 18 Mitocondria ao microscdpio electronico. membranas cristas mitocondriais DNA imatriz mitocondrial Fig, 19 Esquema duma mitocondria Fig, 20 Simbolo duma mitocondria, 33Estrutura e fun¢gdo do nticleo Dos varios organelos celulares, 0 micleo € a estrutura interna mais evidente da célula, tendo sido descoberto em 1838 por Robert Brown. Este tem normalmente uma forma esférica, com um didmetro de aproximadamente 10 um © nucleo tem uma importancia vital para a célula, pois controla toda a actividade celular e con tem a informacao genética da célula. A utilizacao do microscopio electronico tornou possivel o conhecimento pormenorizado da sua ultra-estrutura, tendo entao revelado que este organelo esta separado do citoplasma por uma membrana dupla porosa, também designada por involucro nuclear (ou carioteca). Os poros nucleares permitem a troca de substancias entre 0 micleo e o citoplasma. Mergulhados num fluido viscoso, que é 0 nucleoplasma, encontra-se um ou mais corpos esféricos, os nucléolos. O nucléolo € uma estrutura esférica, nao tendo qualquer membrana a separa-lo do nucleo- plasma Involucro nuclear Nucleoplasma Poros do involu- cro nuclear Fig. 21 Estrutura do nucleo. Estrutura e fungdo dos vactiolos Em todas as células, particularmente nas células vegetais velhas, encontram-se vactolos. Os vactiolos sao cavidades repletas de um liquido de composicao quimica complexa, 0 suco vacuolar. Por vezes, os vacuolos armazenam substancias nutritivas ou minerais. Também estao rela- cionados com a expulsio de substancias toxicas prejudiciais a célula. Os vactiolos condicionam ainda a absorcio e expulsio de agua. 34Omposicao quimica da célula As células vegetais ¢ animais tém 2 mesma composi¢ao quimica. "las sao constituidas por substancias organicas e inorganicas. ‘As substancias organicas formam, alem da agua, a maior parte da massa celular. As quanti- acles dos varios constituintes variam entre a celula animal e vegetal. —— Substancias inorganicas CELULA VEGETAL ‘i CELULA ANIMAL eee ‘Outras substancias — inorganicas Substancias organicas: ~Hidratos de carbono’ —Lipidos —Protemnas quer dizer, sem ela a célula nao podia funcionar ou mesmo existiz, A percentagem de agua na célula vegetal € maior do que na célula animal, Mesmo assim a per- centagem de Agua, por exemplo entre varias células vegetais, nao é constante, pode variar entre as plantas e as partes da planta, Sob condigdes normais, em cada célula existe uma determinada Pressao, a pressdo celular. Esta sarante a forma e a rigidez de muitas partes da planta, como por exemplo frutos e folhas. As substancias organicas podem ser divididas em trés grupos principais: os hidratos de car- bono, os lipidos e as protetnas. A percentagem destas substancias também varia, Existem, por exemplo, plantas que tem em determinados rgios uma alta percentagem destas substancias. Assim, 0 Homem utiliza-as para a sua alimentacao, como JA vimos no primeiro capitulo deste livro. Fig. 23 Plantas que fornecem alguns dos sleos alimentares.