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Sociologia

Psicossociologia do contrato de trabalho:


disciplina e saber operário, motivação,

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1 Apresentação
Sejam bem-vindos a mais uma aula de Sociologia!

É com prazer que iniciamos mais um capítulo do material PDF FOCADO do Focus
Concursos. Apresentaremos conteúdos com normativas atuais, com abordagem bem
didática e assertiva para a sua compreensão.

Ressaltamos que o PDF FOCADO conta com a produção intelectual das aulas do
professor, além das complementações, atualizações e revisões elaboradas pela nossa
equipe Pedagógica do Focus Concursos.

A respeito das complementações, frisamos que, este material pode conter


informações além das trabalhadas em videoaulas. Mas, claro, com tudo que é
necessário para a sua aprovação, com a profundidade necessária – nem mais, nem
menos.

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2 Roteiro do PDF FOCADO

Bom, feita esta análise geral, você já deve ter percebido que estamos no caminho certo.
Preciso que você, futuro aprovado(a), juntamente com este professor que passa a ser o seu
maior torcedor, organize seus estudos da seguinte forma:

Estrutura do PDF FOCADO:

• Material Teórico Escrito (conteúdo para o aluno complementar além das videoaulas.
Este material pode conter informações além das trabalhadas em videoaulas. Mas,
claro, com tudo que é necessário para a sua aprovação, com a profundidade
necessária – nem mais, nem menos.);

Você pode usar as videoaulas para entender a matéria como um todo e usar os PDFs para
complementar e aprofundar ainda mais sobre os temas!

E como eu disse, sem enrolação, vamos direto ao conteúdo para o seu concurso. VAMOS
NESSA!

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3 Sumário
1 Apresentação.......................................................................................................................2
2 Roteiro do PDF FOCADO .......................................................................................................3
4 Psicossociologia do contrato de trabalho: disciplina e saber operário, motivação, satisfação
e alienação. .................................................................................................................................5
4.1 a) Disciplina e saber operário ...................................................................................................... 6
5 Questões de Sala..................................................................................................................9
5.1 b) Trabalho, motivação, satisfação e alienação. ......................................................................... 10
6 Questões de Sala................................................................................................................ 15

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4 Psicossociologia do contrato de trabalho: disciplina e saber


operário, motivação, satisfação e alienação.

A psicossociologia é uma disciplina que combina elementos da psicologia social


e da sociologia, buscando compreender as interações entre o indivíduo e a sociedade.
Ela explora como fatores sociais influenciam o pensamento, o comportamento e o
desenvolvimento psicológico dos indivíduos. Ao examinar temas como normas
sociais, papéis sociais, identidade, poder, comunicação e dinâmicas de grupo, a
psicossociologia busca integrar os princípios da psicologia e da sociologia para uma
compreensão mais abrangente do comportamento humano no contexto social. Essa
abordagem interdisciplinar permite analisar como as variáveis sociais impactam a
cognição, as emoções e as relações interpessoais, contribuindo para uma visão mais
completa das complexidades da experiência humana dentro de contextos sociais
diversos.

A psicossociologia do contrato de trabalho refere-se a uma abordagem que


combina elementos da psicologia social e da sociologia para analisar as dimensões
psicológicas e sociais envolvidas nas relações laborais, especialmente no contexto dos
contratos de trabalho. Essa perspectiva considera não apenas os aspectos formais e
legais do contrato de trabalho, mas também os fatores psicossociais que influenciam
a experiência e as percepções dos indivíduos no ambiente de trabalho.

Na psicossociologia do contrato de trabalho, os pesquisadores exploram as


expectativas, motivações, atitudes e satisfação dos trabalhadores em relação aos
termos contratuais. Isso inclui a análise das dinâmicas sociais dentro das organizações,
as relações interpessoais no ambiente de trabalho e o impacto psicossocial das
condições de trabalho.

Aspectos como confiança, justiça organizacional, comprometimento, e a


percepção de equidade nas relações de trabalho são áreas de interesse na
psicossociologia do contrato de trabalho. Essa abordagem visa compreender como
fatores psicossociais afetam a eficácia organizacional, a produtividade e o bem-estar
dos trabalhadores. A partir de uma perspectiva compreensiva das inter-relações entre
determinismos psíquicos e sociais, as intervenções em psicossociologia representam
alternativas profícuas no trabalho de exploração das relações entre os conflitos vividos
no espaço laboral e as contradições das organizações.

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O diferencial dessa abordagem se traduz em seu esforço em colocar em


articulação dinâmica processos organizacionais (procedimentos, regras, normas,
instrumentos e práticas de gestão), mentais (discursos, representações e percepções)
e psíquicos (projeções, identificações e idealizações).

A relação entre psicossociologia, o processo de escuta e construção coletiva


reside na compreensão das dinâmicas sociais, emocionais e interativas que ocorrem
nos grupos. A psicossociologia, uma disciplina que combina elementos da psicologia
social e sociologia, busca entender como os indivíduos se relacionam em contextos
sociais específicos. O processo de escuta é uma ferramenta essencial nesse contexto,
permitindo a coleta de informações, compreensão das necessidades individuais e
grupais, e a promoção de um ambiente participativo.

Na construção coletiva, a psicossociologia e o processo de escuta


desempenham papéis cruciais. A escuta ativa e empática é fundamental para
identificar as emoções, preocupações e expectativas dos membros do grupo. A
psicossociologia, ao analisar as interações sociais, contribui para a compreensão mais
profunda das dinâmicas que moldam a construção coletiva.

A escuta eficaz na psicossociologia não se limita apenas à transmissão de


informações, mas também envolve a compreensão das nuances emocionais e das
relações interpessoais. A construção coletiva, por sua vez, refere-se à colaboração
ativa dos membros do grupo na definição de metas, tomada de decisões e resolução
de problemas.

4.1 a) Disciplina e saber operário

A disciplina e saber operário refere-se à valorização do conhecimento e da


habilidade prática que os trabalhadores, especialmente aqueles em ambientes
industriais e de produção, adquirem ao longo de suas experiências profissionais. Essa
perspectiva reconhece que os trabalhadores acumulam um conhecimento prático
valioso sobre suas tarefas e processos de trabalho, muitas vezes adquirindo
habilidades específicas que não são formalmente reconhecidas como "saberes
acadêmicos".

A disciplina neste contexto refere-se à capacidade dos trabalhadores de seguir


procedimentos, normas e regras específicas em suas atividades laborais. Ela destaca a

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importância da ordem e organização na execução das tarefas, contribuindo para a


eficiência e produtividade no ambiente de trabalho.

O saber operário refere-se ao conhecimento prático e experiencial que os


trabalhadores desenvolvem ao desempenhar suas funções. Isso inclui a compreensão
intuitiva de processos, a solução de problemas cotidianos no trabalho e a aplicação
eficiente de habilidades específicas relacionadas à sua função.

A valorização da disciplina e saber operário reconhece que os trabalhadores não


apenas seguem instruções, mas também contribuem ativamente para a eficácia e
sucesso das operações. Essa perspectiva ressalta a importância de respeitar e
incorporar o conhecimento prático dos trabalhadores na gestão e tomada de decisões
organizacionais, reconhecendo a riqueza dos saberes desenvolvidos no contexto
laboral.

A interação entre disciplina e o saber operário no contexto da psicossociologia


revela nuances cruciais nas dinâmicas laborais. A disciplina, entendida como a
capacidade de seguir normas, regras e procedimentos, está intrinsecamente ligada às
relações sociais no ambiente de trabalho. A psicossociologia, amalgamando
elementos da psicologia social e sociologia, busca desvendar as complexidades dessas
interações. Ao considerar a disciplina, a análise se estende para além da simples
conformidade às normas, abordando a qualidade das relações interpessoais, a
influência da hierarquia organizacional e as implicações psicológicas desses processos.

O saber operário, por sua vez, representa o conhecimento prático adquirido


pelos trabalhadores ao longo de suas experiências laborais. Essa expertise muitas
vezes não é formalmente reconhecida, mas desempenha um papel crucial na eficiência
operacional. A psicossociologia destaca a importância de valorizar e incorporar esses
saberes na gestão organizacional, reconhecendo a riqueza do conhecimento prático
dos trabalhadores.

Em conjunto, a disciplina e o saber operário na perspectiva da psicossociologia


destacam a necessidade de abordagens que considerem não apenas os aspectos
formais do trabalho, mas também as dinâmicas sociais e psicológicas que moldam a
experiência laboral. Isso contribui para um entendimento mais abrangente das
relações no ambiente de trabalho, promovendo práticas organizacionais mais eficazes
e colaborativas.

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A associação entre o tema disciplina e saber operário com o ideal do eu,


proposto por Sigmund Freud na psicanálise, revela-se interessante ao explorar as
dimensões psicológicas da experiência no trabalho. O ideal do eu, na teoria freudiana,
refere-se a um componente mental que busca atender às expectativas e padrões
socialmente aceitos, muitas vezes internalizados durante o processo de socialização.
Ao relacionar isso com a disciplina no ambiente de trabalho, percebemos uma
conexão com a busca por conformidade às normas e regras organizacionais como
parte da busca por esse ideal.

O saber operário, por sua vez, pode ser interpretado à luz do conceito freudiano
de conhecimento prático internalizado, acumulado ao longo das experiências e que
molda a identidade do indivíduo. Nesse contexto, o saber operário pode representar
uma manifestação concreta das habilidades e conhecimentos que o eu ideal aspira
alcançar, sendo uma expressão tangível das demandas sociais e profissionais.

A disciplina no trabalho, quando vista sob a lente do ideal do eu, pode refletir
a internalização de normas e expectativas sociais no esforço de alcançar um padrão
idealizado de desempenho. As interações laborais, as hierarquias organizacionais e as
dinâmicas sociais contribuem para a formação desse ideal do eu no contexto
profissional.

O saber operário desempenha um papel fundamental no contexto das


organizações, sendo uma fonte valiosa de conhecimento prático e experiência
acumulada pelos trabalhadores ao longo de suas atividades laborais. Essa forma de
saber, muitas vezes informal e contextual, é crucial para o funcionamento eficiente e
a inovação dentro das organizações.

Em primeiro lugar, o saber operário representa uma fonte de conhecimento que


muitas vezes não é formalmente documentada. Trata-se de habilidades específicas,
soluções práticas para desafios cotidianos, e compreensões profundas dos processos
operacionais. Esse conhecimento prático, quando reconhecido e aproveitado, pode
melhorar significativamente a eficiência operacional e contribuir para a resolução ágil
de problemas.

Além disso, o saber operário está intrinsecamente ligado à motivação e ao


engajamento dos trabalhadores. Quando as organizações reconhecem e valorizam o
conhecimento prático dos colaboradores, isso cria um ambiente que promove a
participação ativa e o comprometimento. Os trabalhadores se sentem mais

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valorizados e percebem a relevância de suas contribuições para o sucesso da empresa.

A promoção do saber operário também está associada à inovação.


Trabalhadores que possuem um entendimento profundo dos processos e desafios
diários são frequentemente fontes de ideias inovadoras para a melhoria contínua. Ao
integrar o saber operário nos processos de tomada de decisão e no desenvolvimento
de novas práticas, as organizações podem se tornar mais adaptáveis e competitivas.

A importância do saber operário para as organizações reside na riqueza de


conhecimento prático que os trabalhadores trazem para o ambiente de trabalho. Ao
reconhecer e incorporar esse saber, as organizações não apenas promovem um
ambiente mais motivador e engajador, mas também aproveitam uma fonte valiosa de
inovação e eficiência operacional.

5 Questões de Sala

Questão 1. Nascida na década de 1930, a psicossociologia do trabalho constitui um


campo de conhecimento cujos recursos contribuem para a investigação e a ação, por
meio da articulação entre campo social, condutas humanas e vida psíquica. Tem como
objetos privilegiados o grupo, a organização e a instituição, tendo sido elaborada a
partir da influência de vários autores. Em relação à psicossociologia do trabalho,
assinale a alternativa correta.

A) A psicossociologia atribuiu um lugar central ao trabalho, às atividades do sujeito


sobre e no mundo e às práticas concretas.

B) O ideal do eu, como lembra Freud, tem um caráter social: da mesma forma, reúne
uma família, uma classe, uma nação, mas também uma profissão, um coletivo de
trabalho. São ideais sociais do eu que se originam em valores sociais elaborados na
ação.

C) Erving Goffman, considerado um dos fundadores da sociologia do trabalho,


elaborou esquema de análise sobre os danos que a especialização e o parcelamento
de tarefas impõem ao homem, o que o acabou tornando um estranho ao seu trabalho
e a si mesmo.

D) Para Gérard Mendel, a experiência subjetiva do trabalho não está vinculada ao grau
de poder que o sujeito detém.

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E) As regras (Molinier), o tipo do ofício (Clot) e os valores do coletivo de trabalho


podem limitar o sentido do trabalho e seu reconhecimento.

Gabarito: B

5.1 b) Trabalho, motivação, satisfação e alienação.

O trabalho e a motivação estão entrelaçados, formando uma relação que


influencia diretamente o desempenho individual e organizacional. A motivação no
ambiente de trabalho é um impulsionador essencial para o engajamento, a
produtividade e a satisfação dos colaboradores.

A motivação no trabalho surge da interação de vários fatores, incluindo o


alinhamento dos objetivos pessoais e profissionais, o reconhecimento, a autonomia,
a oportunidade de crescimento e um ambiente de trabalho positivo. Quando os
colaboradores percebem que seu trabalho contribui para metas significativas e são
reconhecidos por seus esforços, isso cria um senso de propósito que impulsiona a
motivação.

Além disso, a autonomia no desempenho das tarefas e a oportunidade de


desenvolvimento profissional são fatores motivacionais-chave. Os trabalhadores
motivados muitas vezes buscam desafios, aprendizado contínuo e oportunidades de
avanço na carreira. As organizações que promovem um ambiente que incentiva a
inovação, oferece treinamento e facilita o crescimento profissional têm maior
probabilidade de manter uma força de trabalho motivada.

A motivação também está ligada ao ambiente de trabalho e à cultura


organizacional. Um ambiente que promove a colaboração, o respeito e o apoio mútuo
contribui para uma atmosfera positiva que inspira a motivação. A comunicação eficaz,
a transparência nas decisões e o reconhecimento regular são práticas que fortalecem
a motivação dos colaboradores.

A motivação no trabalho é um catalisador essencial para o desempenho e o


bem-estar dos colaboradores. Ao criar condições que nutrem a motivação, as
organizações não apenas colhem os benefícios de uma força de trabalho mais
engajada, mas também estabelecem as bases para um ambiente laboral produtivo e

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satisfatório.

Um autor relevante na psicologia que aborda o trabalho e a motivação é


Frederick Herzberg. Herzberg é conhecido pela sua Teoria dos Dois Fatores, também
chamada de Teoria da Motivação e Higiene. Ele propôs que existem dois conjuntos
distintos de fatores que influenciam a motivação no trabalho.

Os fatores de higiene referem-se às condições de trabalho que, quando


ausentes ou inadequadas, podem levar à insatisfação, mas quando presentes, não
necessariamente aumentam a motivação. Exemplos desses fatores incluem salário,
condições de trabalho, relações com supervisores e políticas da empresa.

Fonte: CEGESP

Por outro lado, os fatores motivacionais são aqueles que realmente


impulsionam a satisfação e o desempenho no trabalho. Esses fatores estão
relacionados ao conteúdo do trabalho e ao seu significado intrínseco. Exemplos
incluem reconhecimento, responsabilidade, realização pessoal e oportunidades de
crescimento.

A Teoria dos Dois Fatores de Herzberg destaca a importância de criar um


ambiente de trabalho que não apenas evite fontes de insatisfação, mas também
forneça elementos que verdadeiramente motivem os funcionários. Essa abordagem
influenciou significativamente a compreensão contemporânea da motivação no
contexto profissional.

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Fonte: Startup Creator.

Outro autor relevante na psicologia que contribuiu significativamente para a


compreensão da motivação no trabalho é Abraham H. Maslow. Maslow é conhecido
por sua Hierarquia das Necessidades, uma teoria que explora as diferentes camadas
de necessidades humanas e como elas influenciam o comportamento, incluindo o
comportamento no ambiente de trabalho.

Maslow propôs uma hierarquia de cinco necessidades básicas, organizadas em


uma pirâmide. Essas necessidades, na ordem de base para o topo, são: necessidades
fisiológicas, necessidades de segurança, necessidades sociais, necessidades de estima
e necessidades de autorrealização. A teoria sugere que as necessidades mais básicas
devem ser satisfeitas antes que as necessidades mais elevadas possam motivar o
comportamento.

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Fonte: Significados

No contexto do trabalho, a Hierarquia das Necessidades de Maslow sugere que,


para motivar efetivamente os funcionários, as organizações precisam abordar
diferentes níveis de necessidades. Isso inclui fornecer condições de trabalho seguras,
promover relações sociais positivas, reconhecer conquistas e oferecer oportunidades
de crescimento e desenvolvimento profissional.

A contribuição de Maslow destaca a importância de entender as motivações


intrínsecas dos indivíduos e como as organizações podem criar ambientes que
suportem o crescimento pessoal e profissional, indo além das recompensas
extrínsecas.

A insatisfação no mercado de trabalho é um fenômeno que pode ter


implicações significativas para os indivíduos e as organizações. Quando os
trabalhadores enfrentam condições laborais desfavoráveis, falta de reconhecimento,
oportunidades limitadas de crescimento ou conflitos interpessoais, a insatisfação
pode se instalar. Essa insatisfação não apenas afeta o bem-estar psicológico dos
trabalhadores, mas também pode resultar em queda de produtividade, aumento do
absenteísmo e rotatividade de funcionários. Além disso, em um contexto mais amplo,
a insatisfação no mercado de trabalho pode contribuir para uma dinâmica econômica
desafiadora, com uma força de trabalho desmotivada impactando negativamente o
desenvolvimento profissional e econômico. Portanto, a compreensão e abordagem
eficaz da insatisfação no mercado de trabalho são cruciais para promover ambientes
laborais saudáveis e sustentáveis.

A insatisfação no mercado de trabalho muitas vezes está interligada ao conceito


de trabalho alienado, uma ideia associada ao filósofo Karl Marx. O trabalho alienado
refere-se à separação entre o trabalhador e os produtos do seu trabalho, bem como
à alienação dos próprios trabalhadores do processo de produção. Essa alienação pode
se manifestar de diversas formas, incluindo a perda de controle sobre o próprio
trabalho, a falta de significado no que é produzido e a desconexão emocional com as
tarefas laborais.

No contexto do mercado de trabalho contemporâneo, a alienação muitas vezes


contribui para a insatisfação. Quando os trabalhadores se sentem desconectados do
propósito de seu trabalho, sem a oportunidade de influenciar ou compreender
totalmente o processo produtivo, isso pode gerar uma sensação de

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descontentamento. A falta de autonomia, significado e identificação com as tarefas


diárias pode levar à insatisfação no trabalho, afetando negativamente o bem-estar e
a motivação dos trabalhadores.

A relação entre insatisfação no mercado de trabalho e trabalho alienado destaca


a importância de abordagens que busquem promover a participação ativa dos
trabalhadores no processo de produção, proporcionar condições que deem
significado ao trabalho e reconhecer a importância do envolvimento emocional no
ambiente laboral. Essas abordagens têm o potencial não apenas de reduzir a
insatisfação, mas também de mitigar os efeitos do trabalho alienado, promovendo um
ambiente de trabalho mais saudável e envolvente.

A teoria de Alderfer, conhecida como a Teoria ERG (Existência, Relacionamento


e Crescimento), apresenta um contraponto interessante à Hierarquia das
Necessidades de Maslow. Enquanto a teoria de Maslow propõe uma hierarquia rígida
de cinco necessidades, organizadas de forma linear, Alderfer argumenta que as
necessidades humanas podem ser categorizadas em três grupos principais (Existência,
Relacionamento e Crescimento), mas essas categorias não seguem uma ordem estrita
e podem coexistir simultaneamente.

O contraponto principal reside na flexibilidade da Teoria ERG em relação à


interação entre as necessidades. Enquanto Maslow sugere que as necessidades mais
básicas devem ser satisfeitas antes que as necessidades superiores possam motivar,
Alderfer reconhece que as pessoas podem buscar a satisfação de várias necessidades
ao mesmo tempo. Isso significa que, na Teoria ERG, um indivíduo pode se voltar para
diferentes categorias de necessidades, dependendo da situação e das circunstâncias.

Outra diferença importante é que a Teoria ERG permite a frustração-reativa, que


ocorre quando a busca por uma necessidade mais alta é impedida, levando o
indivíduo a intensificar o foco em uma necessidade mais básica para compensar.

Essas diferenças apontam para a complexidade da motivação humana e


sugerem que as necessidades não são estritamente sequenciais, mas sim dinâmicas e
interativas. Enquanto Maslow oferece uma estrutura hierárquica clara, a Teoria ERG de
Alderfer destaca a fluidez e a sobreposição das necessidades humanas. Ambas as
teorias contribuem para a compreensão da motivação, oferecendo perspectivas
distintas sobre a complexidade desses processos psicológicos.

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Fonte: Luiz Roberto.

6 Questões de Sala

Questão 2. Com base em Zarelli, Borges-Andrade e Bastos (2004), qual foi o autor de
uma das teorias da motivação que, ao final da década de 60, afirmou, ao contrário de
Maslow, que a motivação da conduta humana não obedeceria a um sentido apenas
progressivo, mas também regressivo, ou seja, descendente?

A) Alderfer.

B) Herzberg

C) McClelland.

D) Mausner

E) Snyderman.

Gabarito: A

Questão 3. Assinale a alternativa correta.

A) A motivação é um conjunto de ações que proporciona um clima organizacional


positivo e faz com que os colaboradores se envolvam com a empresa e desenvolvam
uma cultura organizacional funcional.

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B) A motivação é um conceito que é definido como um conjunto de processos internos


e externos de um indivíduo que o capacitam e, assim, estimulam a realizar
determinadas tarefas ou alcançar as metas que a organização almeja.

C) A motivação é um energizador do comportamento cuja intencionalidade é de


origem extrínseca.

D) A motivação é um conjunto de ações em que as empresas garantem, por meio de


um programa motivacional que inclui: conhecimentos, gamificações e alcances de
metas.

E) A motivação é como uma espécie de força interna que emerge, regula e sustenta
todas as ações humanas mais importantes. É uma experiência intrínseca e pessoal.

Gabarito: E

Questão 4. Em contextos organizacionais, motivação e capacidade são influências


importantes sobre o comportamento e o desempenho do indivíduo, mas os
funcionários também necessitam de:

A) Referenciais personológicos de sucesso para estarem empregando condutas mais


qualitativas no trabalho.

B) Boas percepções da função para desempenhar bem seu trabalho.

C) Protocolos que sejam assertivos no tocante aos padrões de decoro no ambiente


organizacional.

D) Espaços de formação permanente sobre os valores da organização, a fim de


alinharem sua conduta ideológica aos padrões comportamentais presentes na missão
da empresa.

Gabarito: D

Questão 5. A teoria motivacional de Maslow está baseada na hierarquia de


necessidades. Dentre essas necessidades, aquela que está relacionada com a
sobrevivência do indivíduo é a de:

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A) estima

B) segurança

C) autorrealização

D) relacionamento social

Gabarito: B

Questão 6. No início da década de 1940, Abraham Maslow desenvolveu sua teoria


sobre a hierarquia das necessidades, a partir da qual é possível inferir o que motiva
cada pessoa. Segundo Maslow, o princípio básico da motivação consiste no fato de
que o ser humano é

A) motivado por necessidades não satisfeitas, e que certas necessidades básicas,


precisam ser satisfeitas antes que outras: as de segurança, de associação, de status e
de autorrealização.

B) dotado de diversas expectativas e necessidades, não sendo plausível propor uma


hierarquia entre elas, mas apenas constatar que não existe motivação quando o
indivíduo possui necessidades básicas não satisfeitas.

C) avesso ao trabalho e ao esforço físico e intelectual, naturalmente, necessitando ser


induzido a realizar essas atividades a partir de um sistema consistente de recompensas
e de punições.

D) orientado apenas para busca de recompensas materiais, de forma que o grau de


motivação obtido constitui resultado diretamente proporcional ao salário e benefícios
que lhe são oferecidos.

E) orientado, intrinsecamente, para busca de reconhecimento, pertencimento e


afiliação ao grupo, possuindo esses fatores um peso relativo maior na motivação do
que as recompensas financeiras.

Gabarito: A

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Bons estudos!

Lembre-se de que o futuro pertence aqueles que acreditam


na beleza de seus sonhos. (Eleanor Roosevelt).

Nós acreditamos e apostamos na realização dos seus objetivos.

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