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INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ – IFPI

DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO DE PRPFESSORES


CAMPUS: TERESINA CENTRAL
CURSO: LICENCIATURA EM QUÍMICA
DISCIPLIANA: QUÍMICA INORGÂNICA EXPERIMETAL
PROFESSOR: Dr. RAFAEL LISANDRO PEREIRA ROCHA

PREPARAÇÃO DO HIDROGÊNIO

Lailson Luiz silva dos santos


Teresina, 29 de fevereiro de 2024

SUMÁRIO

RESUMO..........................................................................................................................3
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................4
2. OJETIVO......................................................................................................................6
3. PARTE EXPERIMENTAL............................................................................................7
3.1 Materiais e reagentes....................................................................................7 .1
3.2 Procedimento experimental...........................................................................7 .2
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................................9
5. CONCLUSÃO.............................................................................................................10
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................11
RESUMO
Este relatório descreve experimentos realizados para preparar hidrogênio gasoso a
partir de reações entre zinco e alumínio com ácido clorídrico e hidróxido de sódio. O
zinco e alumínio reagiram com o ácido produzindo hidrogênio, sendo o alumínio mais
reativo. Apenas o alumínio reagiu com a base, formando hidrogênio e um sal duplo.
Os resultados demonstraram que a preparação de hidrogênio deste modo é prática e
eficiente.
Palavras-chave: Ácido sulfúrico; Cloreto de hidrogenio; Síntese.
1. INTRODUÇÃO
O hidrogênio é um elemento amplamente distribuído no universo e na crosta
terrestre, sendo o terceiro mais comum em termos de quantidade de átomos e o nono
em termos de massa, logo após o oxigênio e o silício. Na Terra, é encontrado
predominantemente combinado com o oxigênio na forma de água, mas também está
presente em minerais, oceanos e organismos vivos (RUSSEL, 1994; SHRIVER;
ATKINS, 2008).
A molécula de hidrogênio é leve e tem a tendência de se elevar rapidamente
para as camadas superiores da atmosfera, gradualmente escapando para o espaço.
Apesar de possuir apenas um elétron, apresenta uma variedade de propriedades
químicas, podendo, em certas circunstâncias, formar múltiplas ligações simultâneas.
Essas propriedades variam desde comportamento de base forte de Lewis (como o íon
hidreto, H-) até o de ácido forte de Lewis (como no cátion hidrogênio, H+, o próton)
(MONTOYA, 2011; RUSSEL, 1994).
O hidrogênio atômico consiste de apenas um próton em seu núcleo e um
elétron, mas o hidrogênio comum é formado por moléculas diatômicas não polares,
unidas por uma ligação covalente. O hidrogênio atômico não é encontrado livre na
natureza, mas sim em uma grande variedade de compostos. É altamente instável e,
portanto, altamente reativo, tendendo a ajustar seu estado eletrônico de várias
maneiras. Quando perde um elétron, forma o cátion H+, essencialmente um próton.
Em outras circunstâncias, pode ganhar um elétron para formar o ânion hidreto H-,
encontrado apenas em combinação com metais alcalinos e alcalino-terrosos
(MONTOYA, 2011; RUSSEL, 1994).

• Produção de Hidrogênio

A produção de hidrogênio frequentemente está integrada a processos químicos


que o utilizam como matéria-prima. Seu principal uso é na síntese de amônia (NH3) a
partir da combinação direta com N2, sendo a fonte primária de compostos
nitrogenados, plásticos e fertilizantes (MONTOYA, 2011; RUSSEL, 1994).
A obtenção do gás H2 geralmente envolve a redução do hidrogênio no estado
de oxidação +1, podendo ser realizada por métodos eletrolíticos ou químicos. O
hidrogênio eletrolítico, sendo a forma mais pura comercialmente disponível, é
produzido pela eletrólise da água. Contudo, esse processo é caro devido ao alto custo
da energia elétrica (RUSSEL, 1994).
De acordo com Russel (1994), a redução química da água pode ser realizada
por diversos agentes redutores. No caso da água pura, o potencial de redução é:

2e – + 2H2O (L) → H2(g) + 2OH– (aq)

O que é equivalente ao processo:

2e – + 2H+(aq), (1,0 x 10-7 mol/L) → H2(g)

Assim, qualquer agente redutor com um potencial de oxidação suficiente pode reduzir
a água.
Nos laboratórios, o hidrogênio é obtido pela ação de metais sobre a água,
soluções diluídas de ácidos e soluções alcalinas. Apenas metais que estejam acima
do hidrogênio na série eletroquímica são empregados. Essa série, também conhecida
como "escala de nobreza" ou "fila de reatividade química", dispõe os elementos em
ordem decrescente de reatividade, onde os mais nobres são menos reativos
(MONTOYA, 2011).
2. OBJETIVO
• Preparar hidrogênio gasoso a partir de reações entre zinco e alumínio metálicos
e soluções de ácido clorídrico e hidróxido de sódio.
3. MATERIAIS E MÉTODOS

Os materiais e reagentes utilizados e procedimentos seguidos são descritos abaixo.

3.1 Materiais utilizados:

• Balão volumétrico;
• balança semi-analítica;
• Béquer;
• Espátula;
• Fósforo;
• Pipeta graduada;
• Tubos de ensaio.

3.2 Reagentes utilizados:

• Alumínio sólido;
• Ácido clorídrico;
• Hidróxido de sódio;
• Zinco sólido.

3.3 Procedimento Experimental

Adicionou-se 1,0 g de Zn metálico em pó em dois tubos de ensaio e 1,0 g de Al


metálico em pó em outros dois tubos de ensaio. Em um dos tubos de ensaio contendo
zinco, adicionou-se 5,0 mL da solução de HCl e no outro, 5,0 mL da solução de NaOH.
O mesmo foi feito para os outros tubos de ensaio contendo alumínio. Observou-se
atentamente cada tubo e anotou-se o que ocorreu.
Coletou-se o gás proveniente da reação entre o metal e o/a ácido/base em outro tubo
de ensaio e, este com a boca virada para baixo, aproximou-se um fósforo aceso à
boca do tubo e observou-se.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao introduzir 1 grama de zinco e 5 mililitros da solução de ácido clorídrico em um


tubo de ensaio, foi observada a liberação de gás hidrogênio conforme a seguinte
reação:

Zinco sólido + Ácido clorídrico aquoso → Cloreto de zinco aquoso + Hidrogênio


gasoso (reação de deslocamento simples).

Reação: Zn (s) + HCl (aq) → ZnCl (aq) + H2(g)

Figura 1: Reações de ácido clorídrico com o zinco


A detecção do gás hidrogênio ocorreu devido a uma leve explosão que se deu
quando uma pequena chama proveniente de um fósforo foi aproximada da abertura
do tubo de ensaio, sendo a explosão justificada pela inflamabilidade do gás.

O mesmo procedimento foi realizado com o alumínio, resultando na produção de


gás hidrogênio através da seguinte reação:

Alumínio sólido + Ácido clorídrico aquoso → Cloreto de alumínio aquoso +


Hidrogênio gasoso

Reação: Al (s) + HCl (aq) → AlCl (aq) + H2(g)


Figura 1: Reações de ácido clorídrico com Alumínio

Os metais mais propensos a doar elétrons são os mais reativos e estão no início da
série de reatividade, enquanto os menos reativos, com menor tendência a doar
elétrons, estão no final. Dessa forma, a reatividade de cada metal é inversamente
proporcional à sua nobreza. Observou-se que o alumínio é mais reativo que o zinco,
devido à sua maior facilidade em doar elétrons e à sua reação mais exotérmica com
o ácido clorídrico.

Em outros tubos de ensaio, aproximadamente 5 mililitros da solução de NaOH foram


adicionados utilizando os mesmos metais (zinco e alumínio). Após a adição de 1
grama de zinco e 5 mililitros da solução de hidróxido de sódio em um tubo de
ensaio, foi observada a formação de um sal duplo e a produção de gás hidrogênio
de acordo com a seguinte reação:

2 Zinco sólido + 2 Hidróxido de sódio aquoso + 6 Água → 2 Na[ Zn(OH)4 ] aquoso +


3 Hidrogênio gasoso

2Zn (s) + 2NaOH (aq) + 6H2O -> 2Na[ Zn(OH)4] (aq) + 3H2 (g)

Figura 2: Reações de ácido clorídrico com Zinco


O zinco, em contato com a solução de HCl 2,0 mol/L, reagiu de forma menos
vigorosa que o alumínio, devido à sua menor capacidade de oxidação em relação
ao alumínio. Na presença da solução de hidróxido de sódio 2,0 mol/L, não foram
observadas bolhas durante o experimento com zinco metálico. O zinco é menos
reativo que o sódio e, portanto, não consegue deslocá-lo para formar Zn(OH)2, não
reagindo na presença desta base.

O mesmo procedimento foi realizado para o alumínio, resultando na formação de


gás hidrogênio e do sal duplo através da seguinte reação:

3 Hidróxido de sódio + Alumínio → Hidróxido de alumínio + Sódio

3Na(OH) + Al → Al(OH)3 + 3Na

Quando em contato com a solução de NaOH 2,0 mols/L, a reação ocorreu mais
rapidamente em comparação com o ácido, devido à formação de óxido de alumínio.
Quando em contato com a solução de HCl 2,0 mols/L, a reação ocorreu mais
lentamente, mas ainda foi possível observar a formação de gases no tubo de
ensaio. A demora na reação entre o alumínio metálico e o ácido clorídrico deve-se à
formação de óxido de alumínio, pois quando em contato com o ar, o alumínio se
oxida e forma tal óxido.

Não todos os metais da Tabela Periódica podem ser empregados na preparação de


hidrogênio utilizando-se o método proposto. Ouro, prata e platina, por exemplo, não
sofrem ataque ácido ou básico devido à sua natureza nobre, ou seja, raramente
reagem quimicamente com outras substâncias.

Figura 3: HCl + metais

5. CONCLUSÃO
A O processo de produção de hidrogênio através da interação entre os
elementos zinco e alumínio com soluções ácidas e básicas é uma abordagem eficaz
e prática (embora a coleta de hidrogênio seja problemática), pois as reações ocorrem
de forma relativamente rápida.
Para sintetizar hidrogênio utilizando ácidos em um ambiente de laboratório, é
necessário primeiramente selecionar os ácidos apropriados, sendo preferíveis os
ácidos não-oxidantes como o ácido clorídrico diluído ou concentrado, os quais
reagem de maneira rápida e controlada com diversos metais sem oxidar o hidrogênio
gerado. A escolha do metal é crucial, levando-se em conta a relação de
eletropositividade dos metais que deve ser inversamente proporcional à
concentração do ácido.
Para a obtenção de hidrogênio a partir de bases, ou seja, soluções aquosas
de bases fortes (como as bases de metais alcalinos), apenas alguns metais, como
zinco, alumínio e estanho, reagem para produzir hidrogênio gasoso (H 2) e complexos
hidroxídicos do metal.

REFERÊNCIAS
LEE, J. D. Química Inorgânica não Tão Concisa, 5. ed, Trad. Toma et al., São
Paulo: Edgard Blucher Editora Ltda, 1996, p. 131-134.
MONTOYA, Diana Marcela Cadena. Estudo do hidrogênio. Disponível em:
<http://pt.scribd.com/doc/51796171/relatorio-Estudo-do-hidrogenio>. Acesso em: 31
de maio de 2014.

RUSSEL, John Blair. Química Geral, 2. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil,
1994. 621p.

SHRIVER, Duward. F.; ATKINS, Peter. W. Química Inorgânica, 4 ed., Bookman,


PortoAlegre, 2008. 848p.

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