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Quarta-feira, 22 de Setembro de 2021 I Série – N.

º 179

DIÁRIO DA REPÚBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
Preço deste número - Kz: 2.040,00
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SUMÁRIO PRESIDENTE DA REPÚBLICA


Presidente da República
Decreto Presidencial n.º 232/21: Decreto Presidencial n.º 232/21
Aprova o Estatuto Orgânico do Instituto Nacional de Segurança Social. de 22 de Setembro
— Revoga toda a legislação que contrarie o disposto no presente Considerando a necessidade de adequação do Estatuto
Diploma, nomeadamente o Decreto Presidencial n.º 66/14, de 17 de
Orgânico do Instituto Nacional de Segurança Social à luz do
Março.
paradigma dos institutos públicos no geral e em particular
Decreto Presidencial n.º 233/21:
ao previsto na Lei n.º 7/04, de 15 de Outubro, de Bases da
Aprova o Estatuto Orgânico do Instituto Nacional de Emprego e Formação
Profissional. — Revoga toda a legislação que contrarie o disposto no Protecção Social, sobre a Organização e Funcionamento das
presente Diploma, nomeadamente, o Decreto Presidencial n.º 128/15, Entidades Gestoras de Protecção Social Obrigatória;
de 2 de Junho. Considerando que a realização dos objectivos e a
Decreto Presidencial n.º 234/21: observância das exigências actuais da Protecção Social
Aprova o Estatuto Orgânico do Serviço Integrado de Atendimento ao Obrigatória determinam a elevação da qualidade e da eficá-
Cidadão. — Revoga toda a legislação que contrarie o disposto no cia das suas estruturas de gestão e administração;
presente Diploma, nomeadamente o Decreto Presidencial n.º 134/17,
O Presidente da República decreta, nos termos da alí-
de 19 de Junho.
nea d) do artigo 120.º e do n.º 3 do artigo 125.º, ambos da
Decreto Presidencial n.º 235/21:
Constituição da República de Angola, o seguinte:
Aprova o Regime Jurídico para o Reconhecimento e Tratamento
da Dívida Interna Atrasada, bem como o Regulamento sobre os ARTIGO 1.º
Procedimentos e Critérios para a Regularização de Atrasados. (Aprovação)
— Revoga toda a legislação que contrarie o disposto no presente É aprovado o Estatuto Orgânico do Instituto Nacional de
Diploma.
Segurança Social, anexo ao presente Decreto Presidencial,
Decreto Presidencial n.º 236/21: de que é parte integrante.
Aprova o Acordo de Revisão do Acordo sobre Promoção e Protecção
Recíproca de Investimentos entre o Governo da República de ARTIGO 2.º
(Revogação)
Angola e o Governo da República Portuguesa.

Ministério da Educação Sem prejuízo do disposto no Decreto Presidencial


n.º 219/20, de 26 de Agosto, é revogada toda a legislação
Decreto Executivo n.º 453/21:
Cria as Escolas do Ensino Primário denominadas Escola Primária
que contrarie o disposto no presente Diploma, nomeada-
n.º 7 CCC4 — 4 de Abril, Escola Primária n.º 8 CCC4 do mente o Decreto Presidencial n.º 66/14, de 17 de Março.
Mulundumuna, Escola Primária n.º 9 CCC4 do Samiquiti, Escola ARTIGO 3.º
Primária n.º 15 CCC4 — Comandante Muaco, Escola Primária (Dúvidas e omissões)
n.º 32 CCC4 — 1.º de Maio e Escola Primária n.º 41 CCC4 —
10 de Dezembro, sitas no Município do Cuito Cuanavale, Província
As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
do Cuando Cubango, com 8 salas de aulas, 16 turmas, 2 turnos, e aplicação do presente Decreto Presidencial são resolvidas
aprova o quadro de pessoal das Escolas criadas. pelo Presidente da República.
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ARTIGO 4.º 2. Sem prejuízo do estabelecido em legislação especí-


(Entrada em vigor) fica, a superintendência sobre o INSS integra entre outros os
O presente Decreto Presidencial entra em vigor na data seguintes poderes:
da sua publicação. a) Definição das grandes linhas e dos objectivos da
Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, acção do INSS;
b) Indicação dos objectivos, das metas, das estratégias
aos 11 de Agosto de 2021.
e dos critérios de oportunidade político-adminis-
Publique-se. trativa, com enquadramento sectorial e global na
administração pública e no conjunto das activi-
Luanda, aos 6 de Setembro de 2021.
dades económicas, sociais e culturais do País;
O Presidente da República, João Manuel Gonçalves c) Aprovar os planos estratégicos e anuais;
Lourenço. d) Acompanhar e avaliar os resultados da actividade;
e) Acompanhar e avaliar a actividade financeira do
INSS;
ESTATUTO ORGÂNICO
f) Nomear e exonerar os membros do Conselho de
DO INSTITUTO NACIONAL DE SEGURANÇA Administração e o órgão de Direcção do INSS;
SOCIAL g) Aprovar o orçamento e os relatórios de actividades
anuais;
CAPÍTULO I h) Aprovar os instrumentos de gestão dos recursos
Disposições Gerais humanos em articulação com as entidades com-
petentes;
ARTIGO 1.º
(Natureza jurídica) i) Aprovar os relatórios de balanço e demonstração da
origem e aplicação de fundos;
O Instituto Nacional de Segurança Social, adiante desig- j) Assinar em representação da administração directa
nado por «INSS», é uma pessoa colectiva do direito público do Estado o contrato programa ou de gestão a
de substrato institucional, com a forma de Estabelecimento celebrar com o instituto público;
Público, dotada de personalidade jurídica, autonomia admi- k) Autorizar a aquisição ou alienação de bens imóveis
nistrativa, financeira e patrimonial e de gestão, com a que transcendem a competência legal do INSS e
finalidade de gerir a Protecção Social Obrigatória. a realização de operações de crédito nos termos
da lei;
ARTIGO 2.º
l) Decidir os recursos administrativos, com efeito
(Legislação aplicável)
meramente facultativo e devolutivos;
O INSS rege-se pelo presente Estatuto Orgânico, pelos m) Suspender e revogar os actos dos órgãos de gestão
seus regulamentos, e demais legislação aplicável, com as devi- que violem a lei ou sejam considerados inoportu-
das adaptações, em função da sua natureza e especificidade. nos ou inconvenientes para o interesse público;
n) Exercer o poder disciplinar sobre os órgãos de
ARTIGO 3.º
(Missão) Direcção do INSS;
o) Ordenar inquéritos ou sindicâncias aos serviços do
O INSS tem por missão inscrever segurados e contri- INSS.
buintes, receber e garantir o pagamento das contribuições
ARTIGO 6.º
de Segurança Social, gerir os recursos, activos, conceder e (Atribuições)
pagar as prestações sociais da Protecção Social Obrigatória, O INSS tem as seguintes atribuições:
nos termos da lei. a) Assegurar os direitos dos trabalhadores e emprega-
ARTIGO 4.º dores vinculados a Protecção Social Obrigatória
(Sede e âmbito) nos termos da legislação vigente;
b) Promover o cumprimento das obrigações dos con-
1. O INSS tem a sua sede em Luanda e Serviços Locais
tribuintes e dos segurados da Protecção Social
a nível do território nacional.
Obrigatória, nos termos da lei;
2. A criação de Serviços Locais é determinada por c) Arrecadar contribuições e as demais receitas, nos
Decreto Executivo do Titular do Departamento Ministerial termos da lei;
responsável pela Protecção Social Obrigatória, tendo como d) Garantir a gestão dos recursos financeiros e fundos
base critérios de natureza geográfica, demográfica e de de reservas constituídos nos termos da lei;
desenvolvimento económico e social. e) Assegurar a concessão de prestações da Protecção
Social Obrigatória;
ARTIGO 5.º
(Superintendência)
f) Elaborar o orçamento da Protecção Social Obriga-
tória e submetê-lo aos órgãos competentes para
1. O INSS está sujeito à superintendência do Titular do aprovação;
Departamento Ministerial responsável pela Protecção Social g) Garantir a atribuição de prestações da Protecção
Obrigatória, nos termos da lei. Social Obrigatória nos termos da lei;
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h) Assegurar, no seu âmbito de actuação, o cum- 4. Os membros do Conselho de Administração do INSS


primento das obrigações decorrentes dos devem possuir reconhecida competência técnica nas maté-
instrumentos internacionais de segurança social; rias constantes das atribuições do INSS e comprovada
i) Assegurar, nos termos da lei, as acções necessárias idoneidade e independência.
à aplicação de regimes sancionatórios referentes
5. Nas suas ausências e impedimentos, o Presidente
às infracções contravencionais pelos sujeitos da
do Conselho de Administração é substituído por um dos
relação jurídica contributiva;
j) Exercer as demais atribuições estabelecidas por lei Administradores, designado pelo Presidente para o efeito.
ou determinadas superiormente. ARTIGO 10.º
(Mandato)
ARTIGO 7.º
(Colaboração de Autoridades e Entidades) 1. O mandato do Conselho de Administração tem a
O INSS pode solicitar de todas as entidades sujeitas à sua duração de 3 (três) anos, podendo ser renovado por iguais
acção as informações e as diligências necessárias ao exercí- períodos.
cio das suas atribuições. 2. No caso de cessação de mandato do Conselho de
Administração, os membros do Conselho de Administração
CAPÍTULO II mantêm o exercício das suas funções até à nomeação de um
Organização em Geral
novo Conselho de Administração.
ARTIGO 8.º ARTIGO 11.º
(Órgãos e serviços) (Remuneração do Conselho de Administração)
O INSS compreende os seguintes órgãos e serviços: A tabela salarial e as regalias dos membros do Conselho
a) Órgãos: de Administração são aprovadas por Decreto Executivo
i) Conselho de Administração; Conjunto do Órgão de Superintendência e do Titular do
ii) Presidente do Conselho de Administração; Departamento Ministerial responsável pelas Finanças
iii) Conselho Fiscal; Públicas.
iv) Conselho Nacional de Segurança Social;
ARTIGO 12.º
v) Conselho Consultivo. (Competências do Conselho de Administração)
b) Serviços de Apoio Agrupados:
O Conselho de Administração, no âmbito da orientação e
i) Gabinete de Apoio ao Conselho de Adminis-
gestão do INSS, tem as seguintes competências:
tração;
a) Definir as linhas de actuação do INSS e praticar
ii) Gabinete Jurídico e Contencioso;
iii) Gabinete de Análise Prospectiva e Estatística; todos os actos adequados ao cumprimento das
iv) Gabinete de Qualidade e Auditoria; suas atribuições, nos termos do presente Esta-
v) Gabinete de Tecnologias de Informação; tuto Orgânico;
vi) Direcção de Capital Humano. b) Promover a definição e a execução sistemática de
c) Serviços Executivos: medidas tendentes a modernizar os serviços e a
i) Direcção de Segurança Social; melhorar a sua produtividade;
ii) Direcção de Administração e Finanças; c) Aprovar os regulamentos do INSS incluindo o do
iii) Direcção de Inspecção da Segurança Social. fundo social;
d) Serviços Locais. d) Propor, emitir parecer ou aprovar, nos termos do
presente Estatuto Orgânico, sobre as medidas e
CAPÍTULO III
Organização em Especial os actos legislativos ou regulamentares relativos
ao Sector;
SECÇÃO I
Órgãos
e) Assegurar a gestão do pessoal que lhe esteja afecto;
f) Aprovar o projecto de plano anual de formação
ARTIGO 9.º
(Conselho de Administração)
inicial e contínua;
g) Aprovar a proposta de plano de carreiras, da remu-
1. O Conselho de Administração é o órgão colegial que
neração e das regalias dos funcionários, agentes
delibera sobre os aspectos da gestão permanente responsá-
vel pela actuação do INSS, em conformidade com a lei e as administrativos e trabalhadores do INSS;
orientações determinadas superiormente. h) Admitir o pessoal necessário ao funcionamento
2. O Conselho de Administração é composto por até dos órgãos e serviços, nos termos do presente
5 (cinco) Administradores Executivos, sendo um deles o Estatuto Orgânico e legislação aplicável;
Presidente. i) Assegurar a execução do orçamento anual apro-
3. O Conselho de Administração do INSS é nomeado vado;
pelo Órgão de Superintendência. j) Acompanhar e avaliar a execução orçamental;
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k) Elaborar a conta anual da Protecção Social Obri- 2. O Conselho de Administração delibera através do voto
gatória; favorável da maioria simples dos seus membros, tendo o
l) Aprovar o relatório e contas anuais, os balancetes Presidente voto de qualidade em caso de empate.
anuais, trimestrais e mensais; 3. Deve estar presente nas reuniões um Secretário, esco-
m) Controlar a arrecadação de receitas, provenientes lhido pelos membros do Conselho de Administração, que
de fundos próprios, e autorizar a realização de elabora, no momento, as actas das reuniões.
despesas do INSS; 4. As actas das reuniões são aprovadas e assinadas por
n) Administrar e gerir o património sob sua respon- todos os membros presentes na reunião.
sabilidade, podendo adquirir imóveis como 5. O Presidente do Conselho de Administração pode
activos e para instalação de serviços, mediante convidar para participar na reunião do Conselho de
autorização do órgão de superintendência. Administração qualquer director ou técnico do INSS,
ou qualquer personalidade cujo parecer, o Conselho de
ARTIGO 13.º
(Divisão de pelouros) Administração considere relevante.
1. Por proposta do Presidente do Conselho de ARTIGO 17.º
(Delegação de poderes)
Administração, o Conselho de Administração pode distri-
buir, pelos seus membros, a gestão de um ou mais pelouros 1. O Conselho de Administração pode deliberar, em sede
do INSS, devendo, nesse caso, fixar expressamente os limi- de reunião ordinária ou extraordinária, delegar as suas com-
tes da delegação dos poderes de gestão da área em questão, petências a qualquer um dos seus membros, nos termos da
que devem constar da acta da reunião em que tal deliberação legislação aplicável.
seja tomada. 2. O Conselho de Administração do INSS pode delegar
2. O disposto no número anterior não prejudica o dever poderes aos responsáveis integrantes dos órgãos e serviços
de todos os membros do Conselho de Administração acom- do INSS, nos termos dos Regulamentos Internos do INSS.
panharem a generalidade dos assuntos relativos à actividade 3. A delegação de poderes deve especificar os poderes
do INSS, nem o poder do Conselho de Administração de, que são delegados, ou quais os actos que o delegado pode
sob proposta do seu Presidente, avocar os poderes ou revo- praticar, bem como a duração da mesma.
gar os actos praticados no âmbito da delegação de poderes. 4. A delegação de poderes integra os poderes para a prá-
3. O INSS é representado na prática de actos jurídicos, tica dos actos de gestão corrente.
pelo Presidente do Conselho de Administração, ou por man- 5. A delegação de poderes deve constar da acta de reu-
datário especialmente designado, nos termos do presente nião em que seja deliberada e assinada por todos os membros
Estatuto Orgânico. do Conselho de Administração.
ARTIGO 14.º ARTIGO 18.º
(Quórum de deliberações) (Cessação de funções dos membros dos órgãos do INSS)

Os órgãos do INSS só podem deliberar validamente com 1. Os membros dos órgãos do INSS cessam as suas fun-
a presença da maioria dos seus membros. ções nas seguintes situações:
a) Por morte ou incapacidade permanente;
ARTIGO 15.º
(Responsabilidade dos membros do Conselho de Administração) b) Por demissão;
1. Os membros do Conselho de Administração são soli- c) Por exoneração.
dariamente responsáveis pelos actos praticados no exercício 2. O termo do mandato de cada um dos membros do
das suas funções quando estes sejam lesivos dos interesses Conselho de Administração e do Conselho Fiscal é indepen-
da instituição e do interesse público. dente do termo do mandato dos restantes membros.
2. Estão isentos de responsabilidade os membros que ARTIGO 19.º
votaram contra a deliberação em causa, com o voto de ven- (Presidente do Conselho de Administração)
cido exarado em acta e assinada pelo próprio.
O Presidente do Conselho de Administração é o órgão
3. Os membros que, estando ausentes da reunião, expri-
singular de gestão do INSS, nomeado pelo Órgão de
mirem o seu desacordo através de aditamento escrito à
acta da reunião, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, após a Superintendência.
recepção da acta da reunião, também estão excluídos de ARTIGO 20.º
responsabilidade. (Competências)

ARTIGO 16.º 1. Compete ao Presidente do Conselho de Administração:


(Funcionamento) a) Assegurar as relações com o Órgão de Superinten-
1. O Conselho de Administração reúne-se, ordinaria- dência;
mente, uma vez por mês e, extraordinariamente, sempre que b) Representar o INSS, em juízo e fora dele;
o seu Presidente o convoque, por sua iniciativa ou por soli- c) Representar o INSS nos fóruns nacionais ou inter-
citação de 2 (dois) dos seus membros. nacionais;
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d) Convocar reuniões ordinárias e extraordinárias do ARTIGO 23.º


(Conselho Fiscal)
Conselho de Administração;
e) Presidir as reuniões do Conselho de Administra- 1. O Conselho Fiscal é o órgão de fiscalização res-
ção, orientar os seus trabalhos e assegurar o ponsável pelo controlo da legalidade, da correcta gestão
cumprimento das respectivas deliberações; económica, financeira e patrimonial do INSS.
f) Nomear e exonerar os titulares de cargos de chefia, 2. O Conselho Fiscal é composto por um Presidente, que
sob proposta do Conselho de Administração; deve ser um contabilista ou perito contabilista registado na
g) Propor e executar os instrumentos de gestão Ordem dos Contabilistas e Peritos Contabilistas de Angola,
provisional e os regulamentos internos, que se indicado pelo Titular do Departamento Ministerial respon-
sável pelas Finanças Públicas e por dois vogais indicados
mostrem necessários ao bom funcionamento do
pelo Titular do Departamento Ministerial que superintende
INSS;
o INSS, devendo um deles ser especialista em contabilidade
h) Assinar todos os Contratos, depois de aprovados
pública.
pelo Conselho de Administração;
3. O Presidente do Conselho Fiscal pode convidar quais-
i) Exarar despachos internos, circulares, instrutivos e
quer entidades, cujo parecer entenda necessário para a
ordens de serviço necessários ao bom funciona-
tomada de decisões relativas às matérias a serem tratadas
mento dos serviços do INSS;
pelo Conselho Fiscal.
j) Exercer os poderes gerais de gestão dos recursos
4. O mandato do Conselho Fiscal é de 3 (três) anos, reno-
humanos, administrativos, financeiros e patri-
váveis por igual período.
moniais;
5. É aplicável ao Conselho Fiscal, com as devidas adap-
k) Submeter, na data estabelecida por lei, o relatório
tações, o disposto sobre a responsabilidade dos membros do
de actividades, as contas anuais e os demais Conselho de Administração, constante do artigo 15.º
documentos de prestação de contas, previstos na
ARTIGO 24.º
lei, à aprovação do Conselho de Administração; (Competências)
l) Submeter à apreciação do Órgão de Superintendên-
1. O Conselho Fiscal tem as seguintes competências:
cia, e do Tribunal de Contas, o relatório referido
a) Acompanhar e controlar a gestão financeira do
na alínea anterior, acompanhado do parecer
INSS;
prévio do Conselho Fiscal;
b) Examinar a contabilidade do INSS e o cumpri-
m) Assegurar o rigor e a transparência para recruta-
mento das disposições legais e dos regulamentos
mento do quadro de pessoal do INSS;
internos aplicáveis nos domínios orçamental,
n) Autorizar as deslocações em serviço e a frequência
contabilístico e de tesouraria;
de estágios, seminários e conferências, no inte-
c) Pronunciar-se sobre assuntos que lhe sejam subme-
rior ou no exterior do País, dos trabalhadores do
tidos pelo Conselho de Administração;
INSS;
d) Emitir parecer sobre o orçamento, bem como as
o) Exercer as demais funções que resultem da lei, do
eventuais alterações ou revisões;
presente Estatuto Orgânico ou dos seus regula-
e) Emitir parecer sobre as contas anuais, certificando
mentos internos, ou que sejam determinadas no
a conformidade técnica das mesmas;
âmbito da superintendência.
f) Aprovar o relatório de actividades desenvolvidas
2. O Presidente, por despacho, pode delegar as suas
em cada exercício financeiro;
competências.
g) Controlar a existência de dotação orçamental para
ARTIGO 21.º
(Vinculação) as rubricas inscritas no plano anual e plurianual
O INSS vincula-se pela assinatura do seu Presidente, sem de actividades aprovadas pelo Conselho de
prejuízo da delegação de competências ou da constituição de Administração;
mandatário a quem sejam conferidos poderes especiais. h) Emitir parecer sobre a aquisição, arrendamento,
alienação ou oneração de bens imóveis que per-
ARTIGO 22.º
(Forma dos actos) tençam ao património do INSS;
1. No âmbito das suas competências, o Presidente do i) Emitir parecer sobre a aceitação, pelo INSS, de
Conselho de Administração do INSS emite despachos inter- quaisquer heranças, legados testamentários ou
nos, circulares, instrutivos e ordens de serviço. doações;
2. O disposto no número anterior não prejudica que j) Informar o Conselho de Administração sobre as
sejam adoptadas outras formas de actos, quer em regulamen- acções de verificação, fiscalização e diligências
tos internos, quer no âmbito da relação de hierarquia. que tenha efectuado.
7510 DIÁRIO DA REPÚBLICA

2. O Conselho Fiscal pode: 5. O Conselho Consultivo funciona de acordo com o regu-


a) Solicitar ao Conselho de Administração e aos lamento interno aprovado pelo Conselho de Administração.
serviços do INSS todas as informações, escla- SECÇÃO II
recimentos, ou elementos necessários ao bom Serviços de Apoio Agrupados
desempenho das suas funções; ARTIGO 28.º
b) Solicitar ao Conselho de Administração reuniões (Gabinete de Apoio ao Conselho de Administração)
conjuntas dos dois órgãos para análise de pro- 1. O Gabinete de Apoio ao Conselho de Administração,
blemas compreendidos no âmbito das suas abreviadamente GCA, é o serviço encarregue de auxiliar
competências, cuja natureza e importância o administrativamente e prestar assessoria ao Conselho de
justifique. Administração no exercício das suas actividades.
3. O prazo para a emissão de pareceres previsto no n.º 1 é 2. O Gabinete de Apoio ao Conselho de Administração
de 90 dias a contar da recepção dos documentos. tem, designadamente, as seguintes competências:
ARTIGO 25.º a) Prestar apoio administrativo e assessoria ao Con-
(Reuniões e deliberações)
selho de Administração no âmbito do exercício
1. O Conselho Fiscal do INSS reúne-se uma vez por das suas funções;
mês e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo b) Exercer as funções de secretaria dos órgãos do
seu Presidente, por iniciativa própria, a pedido de qualquer INSS;
um dos seus membros ou do Presidente do Conselho de c) Preparar o expediente relativo aos assuntos a
Administração do INSS. submeter ao Conselho de Administração, ao
2. As decisões do Conselho Fiscal são tomadas por maio- Conselho Consultivo e ao Conselho de Segu-
ria simples dos seus membros, tendo o Presidente voto de rança Social, bem como às demais reuniões em
qualidade. que o Presidente do Conselho de Administração
3. Em cada reunião deve ser elaborada uma acta apro- e os Administradores participem, e elaborar as
vada e assinada por todos os membros do Conselho Fiscal. respectivas actas;
ARTIGO 26.º d) Organizar e classificar o expediente do Presidente
(Conselho Nacional de Segurança Social) do Conselho de Administração e dos demais
1. O Conselho Nacional de Segurança Social é o órgão membros do Conselho de Administração;
consultivo e de constituição tripartida da Segurança Social. e) Organizar a agenda do Conselho de Administração;
2. A composição e funcionamento do Conselho é regu- f) Monitorizar o cumprimento das deliberações do
lado por Decreto Executivo do órgão que superintende a Conselho de Administração, solicitando todas
Protecção Social Obrigatória. as informações relevantes aos vários serviços do
ARTIGO 27.º INSS, e reportando o seu grau de implementação
(Conselho Consultivo) ao Presidente do Conselho de Administração;
1. O Conselho Consultivo é o órgão de assistência e con- g) Tratar de aspectos logísticos e organizar toda
sulta encarregue de apreciar as matérias fundamentais nos a documentação referente a fóruns e outros
domínios da organização e funcionamento dos serviços eventos, nacionais ou internacionais, relativos
do INSS, nomeadamente as grandes linhas de actuação, o às matérias da competência do INSS, nos quais
balanço das actividades desenvolvidas, bem como de propor participe o Presidente ou demais membros do
acções tendentes a melhoria do funcionamento dos serviços Conselho de Administração;
do INSS. h) Participar na negociação e elaboração de tratados,
2. O Conselho Consultivo é presidido pelo Presidente do convenções e acordos bilaterais ou multilaterais
Conselho de Administração e integra os seguintes membros: e garantir a sua implementação;
a) Administradores; i) Exercer as demais competências estabelecidas por
b) Directores; lei ou determinadas superiormente.
c) Chefes de Departamento; 3. O GCA é dirigido por um responsável equiparado a
d) Chefes dos Serviços Provinciais. Director.
3. O Conselho de Administração pode convidar outras 4. Integra a estrutura do GCA o Departamento de
entidades para participarem no Conselho Consultivo, desde Comunicação Institucional, que é dirigido por um Chefe de
que a sua presença seja necessária para a discussão dos Departamento.
assuntos determinados na agenda do Conselho. ARTIGO 29.º
4. O Conselho Consultivo reúne-se, ordinariamente, uma (Gabinete Jurídico e Contencioso)

vez por ano e extraordinariamente sempre que convocado 1. O Gabinete Jurídico e Contencioso, abreviadamente
pelo Presidente do Conselho de Administração, devendo no GJC, é o serviço de apoio técnico-jurídico, de assessoria e
final da reunião ser lavrada acta. estudos jurídicos, nos domínios das atribuições do INSS.
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2. O Gabinete Jurídico e Contencioso tem as seguintes b) Realizar trabalhos de investigação nos domínios
competências: da Segurança Social, bem como emitir pareceres
a) Preparar e participar na elaboração de projectos técnicos, elaborar estudos prospectivos e instru-
de diplomas legais respeitantes a matérias das mentos de planeamento;
atribuições do INSS e tornar a iniciativa de c) Colaborar nas acções de reforma e aperfeiçoamento
formulação de propostas de revisão ou aperfei- do sistema da Protecção Social Obrigatória,
çoamento da legislação; designadamente através da elaboração dos estu-
b) Elaborar os Contratos a serem negociados ou dos de base adequados;
celebrados pelo INSS, bem como participar nos d) Elaborar ou acompanhar a elaboração dos estudos
estatísticos da Protecção Social Obrigatória;
processos de contratação de bens e serviços;
e) Colaborar na definição e implementação de indica-
c) Realizar estudos e emitir pareceres e informações
dores de gestão e performance;
de natureza técnico-jurídica, nomeadamente
f) Participar na elaboração de estudos atuariais;
sobre projectos de contratos, protocolos, acor-
g) Apoiar o Conselho de Administração na elabora-
dos, convenções e outros documentos de âmbito ção dos planos de curto, médio e longo prazos
nacional e internacional; relativos às actividades do INSS, bem como
d) Representar o INSS em juízo e fora dele, sempre acompanhar a respectiva execução;
que mandatado pelo Presidente do Conselho de h) Colaborar em coordenação com os demais órgãos
Administração; e serviços do INSS, em especial com o Gabinete
e) Promover a divulgação e a aplicação da legislação, de Qualidade e Auditoria, a Direcção de Admi-
jurisprudência e a doutrina de modo a contribuir nistração e Finanças e a Direcção de Capital
para a melhoria da actuação dos serviços do Humano na definição e padronização dos com-
INSS; ponentes e elementos fundamentais a constar
f) Acompanhar, junto dos tribunais, os processos judi- nos relatórios de prestação de contas;
ciais e de contencioso em que o INSS seja parte i) Garantir a concepção e elaboração de relatórios em
interessada; colaboração com as demais áreas do INSS;
g) Acompanhar as execuções resultantes do incumpri- j) Exercer as demais competências estabelecidas por
mento contributivo na sua fase judicial, sempre lei ou determinadas superiormente.
que para tal seja solicitado; 3. O GAPE é dirigido por um responsável equiparado a
h) Emitir parecer, elaborar informações de natureza Director.
jurídico-laboral sobre matérias relacionadas ARTIGO 31.º
(Gabinete de Qualidade e Auditoria)
com a actividade do INSS;
i) Promover a resolução amigável de conflitos de 1. O Gabinete de Qualidade e Auditoria, abreviadamente
acordo com instruções emanadas pelo Conselho designado por GQA, é o serviço de apoio encarregue de ava-
de Administração; liar o cumprimento das políticas e procedimentos definidos
j) Exercer as demais competências estabelecidas por para as distintas áreas do INSS e a observância das normas
lei ou determinadas superiormente. relativas à ética e deontologia profissional por parte dos fun-
3. O GJC é dirigido por um responsável equiparado a cionários da instituição.
Director. 2. O Gabinete de Qualidade e Auditoria tem as seguintes
4. O GJC compreende a seguinte estrutura: competências:
a) Departamento Técnico Jurídico; a) Avaliar o cumprimento das políticas e procedi-
b) Departamento de Contencioso e Execução. mentos de controlo interno do INSS e propor
5. Os Departamentos do GJC são dirigidos por Chefes medidas correctivas;
de Departamento. b) Definir os parâmetros de qualidade dos diferentes
ARTIGO 30.º processos de suporte as actividades do INSS
(Gabinete de Análise Prospectiva e Estatística) com base nas melhores práticas;
1. O Gabinete de Análise Prospectiva e Estatística, abre- c) Realizar acções no âmbito da auditoria de gestão,
viadamente designado por GAPE, é o serviço de apoio à nomeadamente auditorias à execução orçamen-
investigação no domínio científico e técnico ligados à ciên- tal de todos os órgãos e serviços do INSS, bem
cia da Segurança Social, bem como de elaboração de estudos como dos sistemas em desenvolvimento e de
e pareceres superiormente solicitados. transacções;
2. O Gabinete de Análise Prospectiva e Estatística tem, d) Colaborar nas acções de controlo externas efectua-
designadamente, as seguintes competências: das aos serviços e monitorizar a implementação
a) Elaborar e disponibilizar estatísticas relativas à das recomendações formuladas pelas entidades
toda actividade do INSS; públicas que promovam tais acções;
7512 DIÁRIO DA REPÚBLICA

e) Colaborar com a Inspecção Geral da Adminis- g) Assegurar a modernização e a qualidade das bases
tração do Estado e demais entidades afectas à de dados;
administração do Estado no âmbito das audi- h) Assegurar a definição da orientação tecnológica,
torias, inquéritos, averiguações, sindicâncias, estudando e propondo a evolução das infra-
inspecções gerais e especiais, exames fiscais e -estruturas físicas e lógicas e de modelos
demais exames cuja realização seja superior-
tecnológicos;
mente ordenada;
i) Assegurar a coordenação técnica da gestão dos sis-
f) Unificar o cumprimento dos procedimentos pres-
temas de segurança de informação e de gestão
critos;
g) Propor aos órgãos de gestão do INSS a participação de riscos;
dos crimes ou da suspeita da prática de crimes j) Planear, coordenar, supervisionar, orientar e ava-
aos órgãos competentes da Polícia Nacional para liar a elaboração e execução de programas e
investigação; projectos realizados pelo INSS, no domínio das
h) Avaliar a adequação, eficiência e eficácia dos siste- Tecnologias de Informação;
mas de controlo interno existentes no INSS; k) Verificar e monitorizar a segurança e o desempenho
i) Contribuir para o aperfeiçoamento dos sistemas de da infra-estrutura tecnológica e os respectivos
gestão de risco; sistemas;
j) Elaborar relatórios sobre as irregularidades mais l) Assegurar a exploração dos sistemas aplicacionais
comuns detectadas pelo Gabinete; em produção, gerindo o centro de processamento
k) Acompanhar a concretização das medidas decor-
de dados, a operação de sistemas, as bases de
rentes das recomendações formuladas por sua
dados e os sistemas centrais, garantindo a sua
iniciativa ou por entidades de controlo externo;
l) Exercer as demais competências estabelecidas por adequação permanente as necessidades e requi-
lei ou determinadas superiormente. sitos dos utilizadores;
3. O GQA é dirigido por um responsável equiparado a m) Propor e implementar políticas de segurança
Director. relativas ao acesso aos serviços disponíveis, no
ARTIGO 32.º âmbito das Tecnologias de Informação, quer no
(Gabinete de Tecnologias de Informação) interior dos órgãos e serviços do INSS, quer no
1. O Gabinete de Tecnologias de Informação, abreviada- seu relacionamento com terceiros;
mente GTI, é o serviço de apoio, no domínio das tecnologias n) Assegurar a coordenação das equipas de apoio des-
de informação, que assegura a arquitectura de sistemas, concentradas territorialmente, nas áreas de apoio
elabora a estratégia tecnológica do INSS, e gere a infra- aplicacional e de infra-estruturas, monitorizando
-estrutura necessária ao funcionamento do mesmo. a sua gestão;
2. O Gabinete de Tecnologias de Informação tem as o) Gerir o Data Center e o Back-up;
seguintes competências: p) Exercer as demais competências estabelecidas por
a) Identificar e propor melhorias nos serviços de tec- lei ou determinadas superiormente.
nologias de informação; 3. O GTI é dirigido por um responsável equiparado a
b) Acompanhar o desenvolvimento e manutenção das Director e o respectivo Departamento é dirigido por Chefe
soluções de tecnologias de informação; de Departamento.
c) Apoiar a implementação da política de segurança 4. Integra a estrutura do GTI o Departamento de Infra-
da informação; -Estruturas Tecnológicas e Análise de Sistemas, que é
d) Proceder à acreditação de soluções aplicacionais e
dirigido por um Chefe de Departamento.
à visão tecnológica do planeamento estratégico
ARTIGO 33.º
de sistemas de informação, da gestão da quali- (Direcção de Capital Humano)
dade, da segurança de informação e da gestão
1. A Direcção de Capital Humano, abreviadamente DCH,
de riscos;
é o serviço de apoio encarregue de coordenar e executar a
e) Assegurar a definição, revisão e implementação
do plano estratégico de sistemas de informação política de gestão do capital humano do INSS.
na sua vertente tecnológica, garantindo o seu 2. A Direcção de Capital Humano tem, designadamente,
alinhamento com a missão, objectivos e arqui- as seguintes competências:
tectura de sistemas do INSS; a) Proceder ao levantamento permanente das neces-
f) Propor e implementar estratégias que visam garan- sidades do INSS em termos de recrutamento de
tir a integridade, disponibilidade, qualidade e pessoal;
confiabilidade da informação e dos serviços b) Gerir o processo de avaliação de desempenho,
relativos às actividades desenvolvidas pelo formação, promoção, transferência e deslocação
INSS; do pessoal;
I SÉRIE –– N.º 179 –– DE 22 DE SETEMBRO DE 2021 7513

c) Conceber, desenvolver e implementar políticas e f) Garantir a nível das prestações, a correcta e uni-
métodos de gestão racional do capital humano, forme aplicação da legislação internacional,
bem como técnicas e processos tendentes ao bem como o fornecimento de informações aos
aumento da eficiência dos serviços e ao aperfei- organismos internacionais;
çoamento das carreiras profissionais; g) Promover a normalização de conceitos e procedi-
d) Elaborar os procedimentos administrativos rela- mentos de modo a garantir a uniformidade do
tivos à constituição, modificação e extinção da atendimento ao público;
relação jurídica de emprego público no seio do h) Colaborar na definição e implementação de indi-
INSS; cadores de gestão e performance na sua área de
e) Elaborar estudos e emitir pareceres sobre a distri- intervenção;
buição, instalação e implantação de postos de i) Elaborar e propor medidas que viabilizem uma
trabalho, atendendo a critérios de racionalidade
actuação eficaz e eficiente dos serviços de aten-
e funcionalidade;
dimento;
f) Desenvolver metodologias de diagnóstico de
j) Definir e implementar critérios de tratamento de
necessidades de formação e de competências do
reclamações, avaliar a actuação dos Serviços
capital humano e assegurar a sua implemen-
Locais relativamente às matérias de sua compe-
tação;
tência e propor eventuais medidas correctivas;
g) Assegurar os processos de recrutamento e selec-
k) Definir, organizar e avaliar o processo de controlo
ção, bem como os concursos para evolução na
do registo das declarações de remunerações
carreira;
h) Exercer as demais competências estabelecidas por efectuadas pelo contribuinte ou oficiosamente;
lei ou determinadas superiormente. l) Emitir guias de pagamento de contribuições, juros,
3. A DCH é dirigida por um Director e os respectivos multas ou outras receitas;
Departamentos são dirigidos por Chefes de Departamento. m) Acompanhar, controlar e fazer o registo de con-
4. A DCH compreende a seguinte estrutura: tribuições para o Sistema de Protecção Social
a) Departamento de Gestão de Pessoal, Avaliação e Obrigatória;
Formação; n) Definir, organizar e avaliar os processos de con-
b) Departamento de Processamento, Arquivo e trolo de contribuições;
Cadastro. o) Acompanhar, controlar e manter actualizada a
SECÇÃO III conta-corrente por contribuinte e por segurado;
Serviços Executivos p) Emitir certidões aos contribuintes atestando a
ARTIGO 34.º regularidade da sua situação contributiva ou de
(Direcção de Segurança Social) existência de dívida à segurança social;
1. A Direcção de Segurança Social, abreviadamente DSS, q) Emitir certidões em que conste o valor da dívida,
é o serviço executivo encarregue de assegurar a realização juros e multas para prossecução de regularização
de todos os actos e procedimentos relativos à inscrição, con- voluntária e cobrança coerciva de dívidas;
trolo de contribuições, concessão de prestações e gestão do r) Notificar os contribuintes da emissão de certidões
atendimento ao público, nos termos previstos na legislação
em que conste o valor da sua dívida, juros
em vigor.
e multas para prossecução de regularização
2. A Direcção de Segurança Social tem, designadamente,
voluntária, celebração de acordos de pagamento,
as seguintes competências:
ou a cobrança coerciva de dívidas à Segurança
a) Definir, organizar e avaliar os processos de inscri-
ção de Contribuintes e Segurados; Social;
b) Desenvolver e definir políticas e procedimentos s) Instruir os processos relativos a pedidos de regula-
com vista à arrecadação das receitas devidas; rização da dívida e acordos de pagamento, nos
c) Definir, organizar e avaliar os processos de conces- termos da lei, e apresentá-los à decisão superior;
são de prestações; t) Instaurar, tramitar e realizar todos os actos e proce-
d) Promover a correcta aplicação da legislação dimentos dos processos executivos de cobrança
relativa as prestações imediatas e diferidas da coerciva de dívidas à Segurança Social, nos
Protecção Social Obrigatória; termos e procedimentos da legislação aplicável;
e) Proceder a identificação e respectiva actualização u) Proceder a avaliação médica sobre as incapaci-
dos dados dos contribuintes e beneficiários do dades laborais a fim de atribuir-se prestações
Sistema de Protecção Social Obrigatória; sociais;
7514 DIÁRIO DA REPÚBLICA

v) Emitir relatórios médicos sobre incapacidades k) Elaborar a conta da Protecção Social Obrigatória
laborais; sob a responsabilidade do INSS;
w) Fazer a aplicação da tabela nacional das incapa- l) Assegurar a existência de sistemas de controlo
cidades; interno na área financeira;
x) Exercer as demais competências estabelecidas por m) Gerir e controlar a execução do orçamento;
lei ou determinadas superiormente. n) Emitir os meios de recebimento e pagamento;
3. A Direcção de Segurança Social é dirigida por um o) Definir os princípios de aplicação geral a que
Director. devem obedecer os registos contabilísticos
4. A Direcção de Segurança Social compreende a aplicá-los e assegurar a sua análise e controlo;
seguinte estrutura: p) Registar, controlar e proceder ao pagamento das
a) Departamento de Identificação, Concessão e Aten- prestações do Sistema da Protecção Social Obri-
dimento; gatória;
b) Departamento de Gestão de Contribuições, Regu- q) Coordenar e controlar o funcionamento da tesou-
larização e Cobrança de Dívida; raria;
c) Centro de Verificação de Incapacidades. r) Optimizar a gestão dos recursos financeiros do
sistema de Segurança Social;
5. Os Departamentos da DSS são dirigidos por Chefes
s) Gerir fundos criados no âmbito do Sistema de
de Departamento.
Segurança Social designadamente o Fundo de
ARTIGO 35.º
Reserva e Estabilização da Protecção Social
(Direcção de Administração e Finanças)
Obrigatória, nos termos da legislação aplicável;
1. A Direcção de Administração e Finanças, abreviada- t) Propor o agenciamento de financiamentos neces-
mente DAF, é o serviço executivo encarregue de conceber, sários ao equilíbrio financeiro do sistema, nos
propor e implementar o sistema integrado de gestão admi-
termos da legislação aplicável;
nistrativa do património móvel, imóvel e documental, com
u) Assegurar a gestão e a rendibilização das reservas
recurso a indicadores adequados aos diversos níveis de
técnicas mediante o recurso a produtos financei-
responsabilidade, bem como fazer a gestão financeira opti-
ros disponíveis no mercado;
mizada dos recursos do INSS.
v) Exercer as demais competências estabelecidas por
2. A Direcção de Administração e Finanças tem, designa-
lei ou determinadas superiormente.
damente, as seguintes competências:
3. A Direcção de Administração e Finanças é dirigida por
a) Definir os parâmetros globais de gestão do patri-
um Director e os respectivos Departamentos são dirigidos
mónio mobiliário e imobiliário do INSS;
por Chefes de Departamento.
b) Desenvolver os procedimentos de aquisição de
4. A Direcção de Administração e Finanças compreende
bens e serviços;
a seguinte estrutura:
c) Desenvolver os procedimentos relativos à adju-
a) Departamento de Administração e Serviços Gerais;
dicação de empreitadas de obras públicas e
b) Departamento de Contabilidade e Finanças;
acompanhar a respectiva execução;
c) Centro de Investimento — CINVE.
d) Gerir os Contratos de prestação de serviços;
5. Os Departamentos e o CINVE da DAF são dirigidos
e) Definir as normas e desenvolver os procedi-
por Chefes de Departamento.
mentos necessários para a organização e gestão
documental, incluindo o arquivo corrente, inter- ARTIGO 36.º
(Direcção de Inspecção da Segurança Social)
médio e histórico;
f) Realizar todas as tarefas relacionadas com o proto- 1. A Direcção de Inspecção da Segurança Social, abre-
colo e relações públicas; viadamente DISS, é o serviço executivo responsável pela
g) Elaborar a proposta de orçamento do INSS, apre- acção fiscalizadora do cumprimento dos direitos e obriga-
ciar, integrar e compatibilizar os orçamentos ções dos contribuintes, segurados e beneficiários do Sistema
parcelares e assegurar a coordenação e controlo de Protecção Social Obrigatória.
da respectiva execução; 2. A Direcção de Inspecção da Segurança Social tem,
h) Definir os objectivos e os métodos de gestão previ- designadamente, as seguintes competências:
sional dos recursos financeiros; a) Fiscalizar o cumprimento das obrigações dos con-
i) Estabelecer os critérios e normas a que deve obe- tribuintes, segurados e beneficiários, em especial
decer a elaboração e a organização do momento, as relacionadas à inscrição e ao pagamento das
bem como as regras da sua execução e alteração; contribuições;
j) Definir os princípios, conceitos e procedimentos b) Desenvolver acções de esclarecimento e orienta-
contabilísticos a adoptar no sistema de Protec- ção aos contribuintes, segurados e beneficiários
ção Social Obrigatória, através da elaboração sobre os seus direitos e obrigações para com a
do plano de contas do sector e assegurar o seu Protecção Social Obrigatória, tendo em vista
cumprimento; prevenir ou corrigir a prática de infracções;
I SÉRIE –– N.º 179 –– DE 22 DE SETEMBRO DE 2021 7515

c) Elaborar e registar oficiosamente as declarações de h) Administrar o património e o pessoal que lhe esteja
folha de remunerações na sequência do resul- afecto;
tado apurado na acção inspectiva; i) Exercer as demais competências estabelecidas por
d) Verificar se os beneficiários reúnem os requisitos lei ou determinadas superiormente.
necessários a atribuição e manutenção do direito 3. Os Serviços Provinciais compreendem a Secção de
as prestações; Segurança Social e Inspecção e a Secção de Administração
e) Elaborar autos de notícia e participações respei- e Serviços Gerais.
tantes as actuações ilegais de beneficiários e 4. O organigrama dos Serviços Provinciais consta da alí-
contribuintes, detectadas no exercício das suas nea f) do artigo 56.º anexo ao presente Diploma, de que é
funções; parte integrante.
f) Desenvolver as acções necessárias a instrução dos 5. O Chefe dos Serviços Provinciais é equiparado
processos de investigação no âmbito de condu- a Chefe de Departamento Provincial e é nomeado pelo
tas ilícitas dos beneficiários e contribuintes em Órgão de Superintendência sob proposta do Conselho de
Administração.
relação a Protecção Social Obrigatória, legal-
6. O Chefe dos Serviços Provinciais é substituído, nas
mente definidas;
suas ausências e impedimentos, por um dos Chefes de
g) Elaborar o plano anual ou plurianual de combate a
Secção que designar.
fraude e evasão contributiva e prestacional;
ARTIGO 38.º
h) Aplicar multas resultantes das contravenções (Serviços Municipais)
previstas na legislação da Protecção Social
1. Os Serviços Municipais do INSS são unidades admi-
Obrigatória;
nistrativas desconcentradas dos Serviços Provinciais,
i) Coordenar a actividade fiscalizadora dos Serviços
dotadas de autonomia administrativa.
Locais de Segurança Social;
2. Aos Serviços Municipais compete o seguinte:
j) Exercer as demais competências estabelecidas por a) Inscrever os contribuintes e os segurados e arreca-
lei ou determinadas superiormente. dar as contribuições devidas a segurança social;
3. A DISS é dirigida por um Director e os respectivos b) Prestar informações sobre os procedimentos e
Departamentos são dirigidos por Chefes de Departamento. regras para o acesso às prestações da Protecção
4. A DISS compreende a seguinte estrutura: Social Obrigatória;
a) Departamento de Inspecção e Fiscalização; c) Proceder ao controlo dos contribuintes, segurados
b) Departamento de Contravenção e Aplicação de e beneficiários da respectiva área de jurisdição,
Multas. bem como desenvolver a actividade inspectiva,
SECÇÃO IV nos termos da lei;
Serviços Locais d) Administrar o património e o pessoal que lhe seja
ARTIGO 37.º
afecto;
(Serviços Provinciais) e) Supervisionar a actividade das agências de presta-
ção de serviços, sob sua jurisdição.
1. Os Serviços Provinciais do INSS são unidades admi-
3. Os Serviços Municipais são geridos por um Chefe
nistrativas desconcentradas do INSS e dotadas de autonomia
de Secção, nomeados pelo Presidente do Conselho de
administrativa.
Administração ouvido o Conselho de Administração.
2. Aos Serviços Provinciais compete o seguinte:
4. Os Serviços Municipais compreendem as Áreas da
a) Inscrever os contribuintes e os segurados;
Segurança Social e Inspecção e da Administração e Serviços
b) Arrecadar as contribuições, bem como as restantes Gerais.
receitas previstas na lei; 5. Os responsáveis das áreas são designados pelo
c) Propor o orçamento dos Serviços Provinciais; Presidente do Conselho de Administração sob proposta do
d) Receber e dar tratamento, nos termos da lei, aos Chefe dos Serviços Provinciais.
processos relacionados com as prestações; 6. O organigrama dos Serviços Municipais consta da alí-
e) Velar pelo cumprimento e aplicação das normas nea g) do artigo 56.º anexo ao presente Diploma, de que é
da Protecção Social Obrigatória a nível da parte integrante.
província; 7. Nas suas ausências e impedimentos, o Chefe dos
f) Acompanhar e orientar as actividades dos Serviços Serviços Municipais é substituído por um dos coordena-
Municipais e das Agências de Prestação de Ser- dores de área.
viços, sob sua dependência; ARTIGO 39.º
g) Proceder ao controlo dos contribuintes, segurados (Agências de Prestação de Serviços)
e beneficiários da respectiva área de jurisdição, 1. As Agências de Prestação de Serviços são unidades
bem como desenvolver a actividade inspectiva, administrativas do INSS encarregues de prestar serviços
nos termos da lei; essenciais junto das comunidades locais.
7516 DIÁRIO DA REPÚBLICA

2. As Agências de Prestação de Serviços são criadas na 3. O INSS dispõe de contabilidade organizada, nos ter-
base de critérios de índole geográfico, demográfico e de mos do Plano Geral de Contabilidade Pública.
desenvolvimento económico e social como extensão dos ARTIGO 44.º
Serviços Provinciais ou Municipais a que geograficamente (Património)
estiverem adstritas. 1. O património do INSS é constituído pela universali-
dade dos bens, direitos e obrigações de que é titular.
CAPÍTULO IV
2. O património do INSS que deve ser afecto aos fundos
Gestão Orçamental, Financeira e Patrimonial
de reserva e estabilização da Protecção Social Obrigatória
ARTIGO 40.º constitui um património autónomo afecto a essa finalidade,
(Instrumentos de gestão)
nos termos de legislação aplicável.
1. A gestão do INSS é orientada pelos seguintes ARTIGO 45.º
instrumentos: (Gestão patrimonial)
a) Planos de actividade anual e plurianual; 1. O INSS administra e dispõe livremente dos bens e
b) Orçamento próprio anual; direitos que constituem o seu património próprio, nos ter-
c) Contrato-programa; mos definidos por lei.
d) Relatório semestral anual de actividades; 2. O INSS deve promover, junto das conservatórias com-
e) Balanço e demonstração da origem e aplicação de petentes, o registo dos bens e direitos que lhe pertençam e a
fundos. ele estejam sujeitos.
2. Os instrumentos referidos nas alíneas a) e b) do 3. O INSS deve organizar e manter permanentemente
número anterior devem, após apreciação e discussão pelo actualizado o inventário de todos os seus bens e direitos de
Conselho de Administração, ser submetidos ao Órgão de natureza patrimonial.
Superintendência para aprovação.
CAPÍTULO V
ARTIGO 41.º
Gestão de Pessoal
(Receitas)

Constituem receitas da Protecção Social Obrigatória as ARTIGO 46.º


(Quadro de pessoal)
seguintes:
a) Contribuições das entidades empregadoras e dos 1. O quadro de pessoal do INSS integra funcionários
públicos e agentes administrativos e contratados, nos termos
trabalhadores;
da lei.
b) Transferências do Orçamento Geral do Estado;
2. Os quadros de pessoal dos Serviços Centrais,
c) Juros de mora devidos pelo atraso no pagamento
Provinciais e Municipais do INSS constam dos Anexos V, VI
das contribuições;
e VII do presente Diploma e do qual fazem parte integrante.
d) Valores resultantes da aplicação de sanções;
3. Nos quadros de pessoal dos Serviços Centrais,
e) Rendimento do património; Provinciais, Municipais e das Agências de Prestação de
f) Subsídios, donativos, heranças e legados; Serviços o número de lugares é disponibilizado por carreiras.
g) Comparticipações previstas por lei;
ARTIGO 47.º
h) Valores resultantes da venda de bens e serviços; (Ingresso e acesso)
i) Outras fontes de receitas previstas na lei. 1. O ingresso e o acesso nos quadros de pessoal do INSS
ARTIGO 42.º está sujeito a aprovação em Concurso Público e demais
(Despesas)
legislação em vigor nesta matéria.
1. Constituem despesas do INSS as que resultem de 2. O orçamento anual do INSS deve prever os recursos
encargos da prossecução das atribuições decorrentes da necessários para o ingresso e promoção dos funcionários
Protecção Social Obrigatória. necessários, de acordo com o planeamento anual de efectivos.
2. As despesas referidas no número anterior devem res- ARTIGO 48.º
peitar os limites estabelecidos na lei. (Suplemento remuneratório)
ARTIGO 43.º 1. O suplemento remuneratório do pessoal do INSS
(Orçamento) é aprovado por Decreto Executivo Conjunto do Órgão de
1. O orçamento da Protecção Social Obrigatória é parte Superintendência e do Titular do Departamento Ministerial
integrante do Orçamento Geral do Estado, englobando as responsável pelas Finanças Públicas.
receitas e despesas previstas no presente Diploma e demais 2. O suplemento remuneratório referido no número
legislação aplicável. anterior obedece a um regime próprio devido à natureza
2. O orçamento da Protecção Social Obrigatória suporta da actividade do INSS e ao princípio da proibição do retro-
os custos de gestão e de administração do INSS, inclusive as cesso social, no que respeita aos salários e regalias sociais
relativas ao pessoal. que beneficia o pessoal a transitar para o INSS.
I SÉRIE –– N.º 179 –– DE 22 DE SETEMBRO DE 2021 7517

ARTIGO 49.º CAPÍTULO VI


(Remuneração suplementar)
Disposições Finais e Transitórias
1. É permitido ao INSS estabelecer remuneração
ARTIGO 53.º
suplementar para o seu pessoal, em função de critérios de
(Extinção de serviços)
qualidade e de produtividade comprovada mediante aplica-
ção de um sistema interno de avaliação de desempenho. 1. Os órgãos e os serviços extintos que não se adaptem
2. Os termos e as condições de atribuição de remunera- ao previsto no presente Estatuto, continuam a assegurar a
ção suplementar são aprovados por Decreto Executivo do actividade do Instituto até à entrada em funções dos órgãos
Órgão de Superintendência. e serviços criados neste Diploma.
ARTIGO 50.º 2. Os titulares dos órgãos e serviços referidos no número
(Funções de inspecção) anterior cessam as respectivas funções, a contar da data da
1. Os trabalhadores do INSS desempenham funções de entrada em vigor do presente Diploma.
inspecção, quando no exercício das suas funções, gozam das ARTIGO 54.º
seguintes prerrogativas: (Enquadramento do pessoal e requalificação profissional)
a) Requisição das autoridades administrativas e 1. Para efeitos de conformação do pessoal do INSS
policiais, quando necessário ao desempenho das ao presente Estatuto, deve ser desenvolvido um pro-
suas funções; grama de requalificação e de reconversão profissional dos
b) Acesso às instalações das pessoas colectivas sujei- trabalhadores.
tas a acção inspectiva do INSS.
2. O pessoal em contrato de provimento administrativo
2. O pessoal de inspecção é identificado mediante cartão
com mais de 5 (cinco) anos transita para o quadro de pessoal
de identificação aprovado pelo Órgão de Superintendência.
do Instituto Nacional de Segurança Social.
3. O estatuto do pessoal ligado a actividade de ins-
pecção é aprovado por Decreto Executivo do órgão de ARTIGO 55.º
(Regulamentação)
superintendência.
4. O pessoal que exerce a função inspectiva é vinculado 1. Os regulamentos internos dos órgãos e serviços do
ao INSS mediante regime e carreira especial regulada por INSS são aprovados no prazo de 120 dias, contados da data
Decreto Executivo do Departamento Ministerial responsá- da entrada em vigor do presente Diploma.
vel pelo INSS. 2. As competências das áreas de apoio dos diferentes
ARTIGO 51.º Departamentos e equiparados, constam do regulamento
(Pauta Deontológica) interno.
Os funcionários públicos e agentes administrativos 3. Com as devidas adaptações mantém-se vigente a legis-
vinculados ao INSS estão sujeitos ao cumprimento dos lação e a regulamentação dos serviços até à entrada em vigor
princípios estabelecidos na Pauta Deontológica do INSS, de nova regulamentação.
aprovada pelo Órgão de Superintendência e demais legisla-
ARTIGO 56.º
ção aplicável ao funcionalismo público. (Anexos)
ARTIGO 52.º
(Sigilo profissional)
Fazem parte integrante do presente Diploma os seguin-
tes anexos:
1. Os trabalhadores do INSS e as entidades que lhe pres-
tem serviços por qualquer tipo de Contrato devem guardar a) Anexo I — Quadro de Pessoal dos Serviços Cen-
sigilo profissional dos factos ligados ao exercício das suas trais do INSS;
funções ou que por causa delas tenham conhecimento. b) Anexo II — Quadro de Pessoal dos Serviços Pro-
2. O dever de sigilo profissional mantém-se ainda que às vinciais do INSS;
pessoas ou entidades a ele sujeitas, nos termos do número c) Anexo III — Quadro de Pessoal dos Serviços
anterior, deixem de estar ao serviço do INSS. Municipais do INSS;
3. Sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal d) Anexo IV — Quadro de Pessoal das Agências de
que dela resulte, a violação do dever de sigilo estabelecida Prestação de Serviço do INSS;
no presente artigo, quando cometida por um membro dos
e) Anexo V — Organigrama da Estrutura Central do
órgãos do INSS ou pelo seu pessoal, implica para o infractor
INSS;
as sanções disciplinares correspondentes à sua gravidade,
que podem ir até à demissão e quando praticada por pes- f) Anexo VI — Organigrama dos Serviços Provinciais
soa ou entidade vinculada ao INSS por um Contrato de do INSS;
Prestação de Serviços ou de outra natureza ao INSS o direito g) Anexo VII — Organigrama dos Serviços Munici-
de resolução imediata do Contrato. pais do INSS.
7518 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ANEXO I
A que se refere a alínea a) do artigo 56.º
Quadro de Pessoal dos Serviços Centrais do INSS

N de
Grupo Categoria/Cargo Formação Indicativa
Lugares

Administrador 5
Administração,
Direcção e
Chefia

Director 9

Chefe de Departamento 14

Assessor Principal

1.º Assessor
Técnico Superior

Assessor Economia, Direito, Administração Pública, Matemática, Atuariado,


Recursos Humanos, Contabilidade, Estatística, Auditoria, Psicologia, 98
Técnico Superior Principal Segurança Social, Informática.

Técnico Superior de 1.ª Classe

Técnico Superior de 2.ª Classe

Técnico Especialista Principal

Técnico Especialista de 1.ª Classe

Técnico Especialista de 2.ª Classe


Técnico

Segurança Social, Informática, Psicologia, Estatística, Auditoria,


20
Técnico de 1.ª Classe Contabilidade, Atuariado, Matemática.

Técnico de 2.ª Classe

Técnico de 3.ª Classe

Técnico Médio Principal de 1.ª Classe

Técnico Médio Principal de 2.ª Classe


Técnico Médio

Técnico Médio Principal de 3.ª Classe


65
Técnico Médio de 1.ª Classe

Técnico Médio de 2.ª Classe

Técnico Médio de 3.ª Classe

Motorista Principal

Motorista de 1.ª Classe 12

Motorista de 2.ª Classe


Auxiliar

Auxiliar de Limpeza Principal

Auxiliar de Limpeza de 1.ª Classe 10

Auxiliar de Limpeza de 2.ª Classe

Total 233

ANEXO II
A que se refere a alínea b) do artigo 56.º
Quadro de Pessoal dos Serviços Provinciais do INSS
N.º de
Grupo Categoria/cargo Formação Indicativa
Lugares

Chefe de Departamento Economia, Direito, Administração e Finanças, Estatística, Contabilidade, 1


Direcção
e Chefia

Recursos Humanos, Relações Internacionais, Engenharia, Informática,


Chefe de Secção Transportes e Logística. 2

Assessor principal
Técnico Superior

1.º Assessor
Economia, Direito, Administração Pública, Matemática, Atuariado,
Assessor
Recursos Humanos, Contabilidade, Estatística, Auditoria, Psicologia 18
Técnico Superior Principal
Segurança Social, Informática.
Técnico Superior de 1.ª Classe
Técnico Superior de 2.ª Classe
I SÉRIE –– N.º 179 –– DE 22 DE SETEMBRO DE 2021 7519

N.º de
Grupo Categoria/cargo Formação Indicativa
Lugares
Técnico Especialista Principal
Técnico Especialista de 1.ª Classe
Técnico

Técnico Especialista de 2.ª Classe Segurança Social, Informática, Psicologia, Estatística, Auditoria,
4
Técnico de 1.ª Classe Contabilidade, Actuariado, Matemática.

Técnico de 2.ª Classe


Técnico de 3.ª Classe
Técnico Médio Principal de 1.ª Classe
Técnico Médio Principal de 2.ª Classe
Técnico Médio

Técnico Médio Principal de 3.ª Classe


45
Técnico Médio de 1.ª Classe
Técnico Médio de 2.ª Classe
Técnico Médio de 3.ª Classe
Motorista Principal
Motorista de 1.ª Classe 5
Auxiliar

Motorista de 2.ª Classe


Auxiliar de Limpeza Principal
Auxiliar de Limpeza de 1.ª Classe 6
Auxiliar de Limpeza de 2.ª Classe
Total 81

ANEXO III
A que se refere a alínea c) do artigo 56.º
Quadro de Pessoal dos Serviços Municipais do INSS
N.º de
Categoria/Cargo Especialidade
Grupo Lugares
Chefe de Secção 1

Assessor Principal

1.º Assessor
Técnico Superior

Assessor Economia, Direito, Administração e Finanças, Estatística, Contabilidade,


Recursos Humanos, Relações Internacionais, Engenharia, Informática e 5
Técnico Superior Principal Logística.
Técnico Superior de 1.ª Classe

Técnico Superior de 2.ª Classe

Técnico Especialista Principal

Técnico Especialista de 1.ª Classe

Técnico Especialista de 2.ª Classe


Técnico

Segurança Social, Psicologia, Estatística e Contabilidade. 2


Técnico de 1.ª Classe

Técnico de 2.ª Classe

Técnico de 3.ª Classe

Técnico Médio Principal de 1.ª Classe

Técnico Médio Principal de 2.ª Classe


Técnico Médio

Técnico Médio Principal de 3.ª Classe Economia, Direito, Administração e Finanças, Estatística, Recursos
Humanos, Contabilidade, Engenharia, Informática e Logística, 10
Técnico Médio de 1.ª Classe Transportes, Secretariado, Relações Públicas e Arquivo
Técnico Médio de 2.ª Classe

Técnico Médio de 3.ª Classe

Motorista Principal

Motorista de 1.ª Classe 3

Motorista de 2.ª Classe


Auxiliar
Auxiliar de Limpeza Principal

Auxiliar de Limpeza de 1.ª Classe 3

Auxiliar de Limpeza de 2.ª Classe

Total 24
7520 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ANEXO IV
A que se refere a alínea d) do artigo 56.º
Quadro de Pessoal das Agências de Prestação de Serviço do INSS
N.º de
Categoria/cargo Especialidade
lugares
Grupo
Coordenador 1

Assessor principal

1.º Assessor
Técnico Superior

Assessor
Economia, Direito, Administração e Finanças, Estatística, Contabilidade,
Recursos Humanos, Relações Internacionais, Engenharia, Informática e 3
Logística.
Técnico Superior Principal

Técnico Superior de 1.ª Classe

Técnico Superior de 2.ª Classe

Técnico Especialista Principal

Técnico Especialista de 1.ª Classe

Técnico Especialista de 2.ª Classe


Técnico

Segurança Social, Psicologia, Estatística e Contabilidade. 2

Técnico de 1.ª Classe

Técnico de 2.ª Classe

Técnico de 3.ª Classe

Técnico Médio Principal de 1.ª Classe

Técnico Médio Principal de 2.ª Classe


Técnico Médio

Técnico Médio Principal de 3.ª Classe


Economia, Direito, Administração e Finanças, Estatística, Recursos
Humanos, Contabilidade, Engenharia, Informática e Logística, Transportes, 6
Secretariado, Relações Públicas e Arquivos
Técnico Médio de 1.ª Classe

Técnico Médio de 2.ª Classe

Técnico Médio de 3.ª Classe

Auxiliar de Limpeza Principal


Auxiliar

Auxiliar de Limpeza de 1.ª Classe 3

Auxiliar de Limpeza de 2.ª Classe

Total 15
ANEXO V
A que se refere a alínea e) do artigo 56.º
Organigrama da Estrutura Central do INSS
I SÉRIE –– N.º 179 –– DE 22 DE SETEMBRO DE 2021
7521
7522 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ANEXO VI
A que se refere a alínea f) do artigo 56.º
Organigrama dos Serviços Provinciais do INSS

ANEXO VII
A que se refere a alínea g) do artigo 56.º
Organigrama dos Serviços Municipais do INSS

O Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço. (21-7527-A-PR)

Decreto Presidencial n.º 233/21 ARTIGO 3.º


de 22 de Setembro (Dúvidas e omissões)
Havendo a necessidade de se adequar a estrutura orgânica
e funcional do Instituto Nacional de Emprego e Formação As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
Profissional às novas regras de criação, organização, fun- aplicação do presente Decreto Presidencial são resolvidas
cionamento, avaliação e extinção dos Institutos Públicos,
pelo Presidente da República.
em conformidade com o disposto no Decreto Legislativo
Presidencial n.º 2/20, de 19 de Fevereiro; ARTIGO 4.º
O Presidente da República decreta, nos termos da alí- (Entrada em vigor)
nea d) do artigo 120.º e do n.º 1 do artigo 125.º, ambos da
Constituição da República de Angola, o seguinte: O presente Decreto Presidencial entra em vigor na data
ARTIGO 1.º da sua publicação.
(Aprovação)
Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda,
É aprovado o Estatuto Orgânico do Instituto Nacional
de Emprego e Formação Profissional, anexo ao presente aos 11 de Agosto de 2021.
Decreto Presidencial, de que é parte integrante. Publique-se.
ARTIGO 2.º
(Revogação) Luanda, aos 6 de Setembro de 2021.
É revogada toda a legislação que contrarie o disposto no
presente Diploma, nomeadamente, o Decreto Presidencial O Presidente da República, João Manuel Gonçalves
n.º 128/15, de 2 de Junho. Lourenço.

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