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Resumo de Metodologia.
Resumo de Metodologia.
As ciências sociais e sociais aplicadas o observador interferem nos resultados. Hoje até
no estudo das partículas essa objetividade do observador é refratada em novos estudos dentro
da visão de Schorindger, por exemplo. Com o famoso experimento mental, em que o gato
pode estar vivo ou morto dentro de uma caixa em que o Césio pode ou não ter sido liberado.
Na ciência social podem surgir estudos teóricos podem tratar de temas como o
conceito de imperativo categórico ou de sociedade civil em Hegel, esses estudos usam
argumentos bibliográficos.
Existem temas que são impossíveis na área jurídica como sobre processos em
segredo de justiça ou sobre relações internacionais que envolvam negociações
transfronteiriças no século XIX que ainda são sigilosas (BARRAL, 2016).
Alguém que queira realizar um estudo sobre a tribo yanomami. Seria bom ter o
domínio da língua yanomami. Poder ficar na aldeia como observador participante. É
importante dominar o método antropológico. Sem esses requisitos fica difícil viabilizar essa
pesquisa (BARRAL, 2016)
Welber Barral em sua obra de metodologia cita um exemplo que queria realizar um
estudo no plano do direito comparativo entre o desenvolvimento do direito civil brasileiro e
húngaro apesar de não dominar o idioma húngaro um dos mais complexos do mundo. Sem o
conhecimento do idioma húngaro não tem acesso ao idioma húngaro um dos mais
impenetráveis do mundo. Assim não terá acesso as fontes primárias (BARRAL, 2016).
a) No Projeto deve saber o que se quer estudar; b) aonde se quer chegar; C) por que esse
estudo é relevante, d) o que se sabe e e) como pretende realizar a pesquisa.
O projeto serve de levantamento bibliográfico.
Estrutura Elemento
No problema (i), o trabalho focará as normas do direito comercial, e como esse pode
ser sobrepor as normas de direito administrativo do Bacen.
No problema (ii), a análise se centrará num questionamento da competência
administrativa do Bacen para editar regras sobre factoring;
(iii) O problema obriga o autor a ingressa na questão constitucional do ato jurídico perfeito e da
execução da norma no tempo. Muitos preferem formular o problema como uma
pergunta.
Exemplos:
Problema: ´Quais condições exercem mais influência na decisão das mães
em dar o filho recém-nascido para adoção´?
Hipótese: ´As condições que representam fatores formadores de atitudes
exercem maior influência na decisão das mães em dar o filho recém-nascido
para adoção do que as condições que representam fatores biológicos e
socioeconômicos´ (BARDAVID, 1980, p. 63, apud: LAKATOS, 2019, p.
135)
Problema: ´A constante migração de grupos familiares carentes influencia
em sua organização interna? ´
Hipótese: ´Se elevado índice de migração de grupos familiares carentes,
então elevado grau de desorganização familiar´ (LEHFELD, 1980, p. 130,
apud: LAKATOS, 2019, p. 136)
3.VARIÁVEIS
Exemplos:
[...]
Existem algumas variáveis que são muito utilizadas nas Ciências Biológicas e
Sociais, que são consideradas fixas ou não sujeitas à influência. Que incluem sexo, raça,
idade, ordem de nascimento e nacionalidade (LAKATOS, 2019, p. 154-155).
Objetivo geral: Demonstrar que a aplicação de salvaguardas transitórias para produtos têxteis
é incompatível com as normas do Mercosul.
Quando tiver uma citação literal com aspas dentro do texto citado. Nesse caso usa as
aspas simples. As partes suprimidas devem ser substituídas por reticências entre colchetes.
Acréscimos e comentários devem ser feitos entre colchetes. Quando se quiser destacar
algo deve se colocar negrito e colocar a expressão (grifou-se)
Utiliza-se apenas o itálico para expressões em outros idiomas. Não as comuns com
idem, ibidem.
Se modificar na citação por paráfrase a ideia do autor deve colocar isso em rodapé.
As palavras estrangeiras devem ser colocadas em itálico. Salvo idem e ibidem expressões
comuns. Se algo for descartado deve ser colocado em negrito e a expressão (grifo nosso) em
parênteses.
De acordo com a NBR 10520.
As citações curtas literais devem ser colocadas entre aspas. Se tiver aspas na citação
coloca citação simples. Se a citação for indireta não deve ter aspas.
Ou:
[...]
4. MÉTODO DEDUTIVO
Existem dois exemplos que podem diferenciar argumentos indutivos e dedutivos:
Dedutivo
Indutivo:
“Os dois tipos tem argumentos tem finalidades diversas: o dedutivo tem o
propósito de explicar o conteúdo de premissas; o indutivo tem o desígnio
de ampliar o alcance dos conhecimentos. Analisando isso sob outro
enfoque, diríamos que os argumentos dedutivos ou estão corretos ou
incorretos, ou as premissas sustentam de modo completo a conclusão ou,
quando a forma é logicamente incorreta, não a sustenta de foram alguma;
portanto, não há graduações intermediárias. Contrariamente, os argumentos
indutivos admitem diferentes graus de força, dependendo da capacidade
das premissas de sustentarem a conclusão. Resumindo, os argumentos
indutivos aumento o conteúdo das premissas, com sacrifício de precisão, ao
passo que os argumentos dedutivos sacrificam a ampliação do conteúdo
para atingir a certeza. (LAKATOS, 2019, p. 91)
4.1 MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO
4.2 Problema:
4.3 Conjecturas
O corvo 2 é negro.
O corvo 3 é negro.
O corvo n é negro.
O argumento do ponto de vista da lógica pode ser verdadeiro ou falso. A ciência busca
se fundamentar em dados mais sólidos. E exige que as evidências e as conclusões sejam
verdadeiras. A ciência se baseia em dados fiéis e confirmáveis.
Todos os leões são bípedes. (F)
Ou
No segundo caso apesar das evidências e conclusões serem verdadeiras não há relação
lógica entre elas. Método específicos de ciências sociais:
b) Método dedutivo: partindo das teorias e leis, na maioria das vezes prediz
a ocorrência dos fenômenos particulares (conexão descendente)
5. MÉTODOS DE PROCEDIMENTO
O método de procedimento se refere as etapas mais concretas de investigação:
A pesquisa social pode ser pura ou aplicada. A pura é desinteressada com suas
aplicações e consequências práticas. É usada para a construção de teorias e leis. A pesquisa
aplicada apresenta muitos pontos de contato com a pesquisa pura, pois depende de suas
descobertas e se enriquece. O interesse na aplicação, utilização e consequências práticas dos
conhecimentos (GIL, 2009, p. 26-27)
Esse é o tipo de pesquisa que mais se aprofunda na realidade, porque explica a razão, o
porquê das coisas, é a mais complexa e o risco de cometer erros é ampliado (GIL, 2019, p 27):
Quanto a questão da observação, a mesma pode ser usual, uma das atividades mais
comuns de cada dia. Essa forma de observação não deve confundida com a observação
utilizada como método. No caso de o contexto cotidiano observar na sua acepção radical
significa ver. O objetivo pode ser visto e não notado. Sendo apenas um produto da mente do
observador. A simples observação não seria capaz de reformular, testar ou encontrar
explicação para falsas concepções (FACHIN, 2017, p. 35).
A observação deve ser capaz de produzir um aprendizado ativo como postura dirigida
para um fato (FACHIN, 2017, p. 35).
A observação torna-se uma técnica científica quando voltada para um objetivo
científico. Pode se valer desde amostragens científicas até questionários (FACHIN, 2017, p.
36)
a) Formulação do problema;
b) Construção de hipóteses ou determinação dos objetivos;
c) Delineamento da pesquisa;
d) Operacionalização dos conceitos e variáveis;
e) Seleção da amostra;
f) Elaboração dos instrumentos de coleta de dados;
g) Coleta de dados;
h) Análise da interpretação dos resultados;
i) Redação do relatório (GIL, 2009, p. 31-32)
A questão da coleta dados na pesquisa social caracteriza-se por vezes uma intrusão da
vida das pessoas. Algumas dessas pessoas sejam de caráter bastante pessoal e quem nem
mesmo tenham sido compartilhadas com pessoas de seu círculo familiar (GIL, 2019, P. 34)
...Isso significa que nenhuma pesquisa em que dados são obtidos em que os
dados são obtidos mediante entrevista pessoal pode ser considerada
anônima. Já as pesquisas em que os dados foram obtidos mediante entrevista
pessoal pode ser considerada anônima. Já as pesquisas em que os dados
foram obtidos mediante questionários enviados pelo correio, por e-mail, ou
depositados em urnas podem ser consideradas anônimas. (GIL, 2019, p. 35)
7.3 ENGANO
O engano se empregado pode ser justificado se visa ampliar a qualidade dos resultados
da pesquisa. Porém mesmo essa justificativa também pode ser discutível:
As obrigações éticas dos pesquisadores não se referem apenas aos sujeitos da pesquisa
e também se referem a comunidade científica. Assim isto abrange a forma como foi
conduzida a pesquisa. Se foi conduzida deliberadamente com falhas metodológicas graves
não pode ser considerada ética. Se ocorrem falhas ao longo dos processos de pesquisa ou os
resultados tenham se mostrado deficientes. Isso deverá ser indicado no relatório. Os
pesquisadores tem o dever de indicar os leitores acerca das limitações da sua pesquisa. É
necessário indicar falhas que por ventura que tenham ocorrido na elaboração dos instrumentos
de pesquisa e na coleta de dados:
De fato, pesquisa no campo das ciências humanas são muito diferentes das
que são conduzidas no campo da saúde, principalmente no que se refere à
possibilidade de danos aos participantes. O que tem gerado inconformidade
das entidades que promovem pesquisas sociais com as exigências do
Conselho Nacional de Saúde, consolidadas no Sistema dos Comitês de Ética
em Pesquisa e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CEP/CONEP).
Assim, com vista a minimizar essas divergências o Conselho Nacional de
Saúde editou a Resolução nº 510, de 7 de abril de 2016 que estabelece em
seu artigo 1º:
a) Escolha de tema.
b) Elaboração do plano de trabalho (leva em consideração a introdução,
desenvolvimento e conclusão do trabalho).
c) Identificação (É a fase de reconhecimento do assunto. Onde se buscam os
catálogos com as relações das obras publicados por editoras, bibliotecas públicas,
catálogos específicos de periódicos, com o rol de artigos publicados. Hoje com a
internet se pode realizar a catalogação de dados de agências de pesquisa (FAPESP,
CAPES, CNPq) tomando por base um tema, uma palavra-chave, o nome de autor
etc. As fontes também podem ser buscadas nas referências dos próprios livros e
artigos científicos.
d) Localização. Depois do levantamento bibliográfico fazer a consulta nos acervos
bibliográficos
e) Compilação. É a reunião sistemática de material contido em livros, revistas,
publicações avulsas.
f) Fichamento. A anotação pode ser feita eletronicamente ou em fichas de papel.
g) Análise e interpretação. A crítica externa sobre o significado e valor histórico do
documento, a crítica de autenticidade determina o autor, o tempo, o lugar e as
circunstâncias de composição e a crítica de proveniência do texto particularmente
importante no campo da história.
h) Redação. Aqui é a redação propriamente dita do trabalho científico.
(LAKATOS, 2019, p. 33-37) (FACHIN, 2017, p. 34).
De qualquer forma qualquer pergunta jurídica como problema de pesquisa suscita uma
dúvida. A hipótese enseja algumas questões que podem ou não ser confirmadas ao final da
pesquisa. Uma pergunta controversa pode ser dirigida a responsabilidade civil por difamação
nas escolhas de cobertura da imprensa em determinada jurisdição.
Uma pesquisa sobre o direito de pensão contribuiria para o direito de família. Porém
uma que se observa os casos em que ocorre dúvida sobre a configuração da filiação. Se nesse
caso deveria se dar uma dilação probatória para os testes de DNA, por exemplo. (GROSSI,
2019, p. 74)
Um caso difícil pode decorrer de lacuna jurídica. Por exemplo, o caso em que o ex-
cônjuge pede o direito de visitação de animais domésticos que pertenciam ao casal em
conjunto antes da separação. Então pela lacuna do direito positivo esse seria um caso difícil,
esse é um caso difícil a ser solucionado por meio da interpretação de princípios gerais de
direito, usos e costumes, analogia ou outras formas de integração do direito. (GROSS, 2019,
p. 75).
Outra hipótese seria aquela que não recai diretamente em uma lacuna do direito
positivo. Porém em uma zona de penumbra. Em que a linguagem como na situação em sua
obra o conceito de Direito não consegue convencionar o uso do termo veículo. Que é clara
para caminhões, automóveis, ônibus, caminhões e tratores. Porém podem ocorrer dificuldades
como é o caso de definir como veículo um carro elétrico de brinquedo (GROSS, 2019, p. 76)
O julgado é sempre direito aplicado. É sempre feito a partir de um caso concreto e visando à
solução do problema que ele apresenta. Essa etapa é boa para apresentar o distinguishing, ou seja, o
afastamento do precedente que não avaliou elementos relevantes do caso presente. (DE PALMA;
FEFERBAUM; PINHEIRO, 2019, p. 102)
Além disto a esfera de abrangência desse campo de pesquisa é muito mais ampla e não
se limita apenas, apenas aos arrestos judiciais:
Esse tópico abrange a boa delimitação das pesquisas de julgados que não pode ser
generalista dependendo de uma boa delimitação da pesquisa:
Existem também abordagens que trazem a escolha de um agente mais preparado para
arcar com riscos contratuais:
Uma quarta forma citada por Bertrain se refere a análise de escala envolvendo os contratos de
mútuo no Brasil:
Porém é importante não dogmatizar a economia nos estudos jurídicos. Por exemplo a
ideia de que o crédito é muito bom para a economia:
O argumento é dos economistas americanos Atif Mian e Amir Sufi. Eles são
autores de um livro famoso, chamado House of Debt (em português, Casa
da Divida, um trocadilho com a expressão household debt, que significa
´endividamento doméstico´).. Nesse livro, eles trazem dados para comprovar
a ideia de que a crise econômica dos Estados Unidos em 2008, que gerou a
quebra do banco Lehman Brothers, foi causada pelo grande grau de
endividamento das famílias americanas nos anos anteriores de 2008. A ideia
é de que o processo de endividamento faz com as famílias gastem menos,
pois precisam pagar suas dívidas. Quando esse comportamento se alastra, a
recessão começa. Esses mesmos autores explicam que a crise do Brasil de
2014 pode ter sido ocasionada pela ampla oferta de crédito para consumo
nos anos anteriores. (BERTRAIN, 2019, p. 340)
Essa escola de baseia em axiomas como o teorema de Coase que acredita que os
particulares encontraram os resultados eficientes eles mesmos e na crença no poder
autorregulatório dos mercados, os mecanismos de oferta e procura podem ocorrer como
critérios ótimos de otimização. Assim até sanções poderiam ser moduladas por essa lógica.
Assim autores como Gary Becker são acusados de incorrerem em reducionismos como o
“imperialismo econômico”. (BERTRAIN, 2019, p. 342)
Assim máximas como a maximização racional da satisfação em que o indivíduo mede
o custo/benefício das suas condutas, assim implica na chance de pagar suas dívidas ou deixar
de pagar e ser inscrito em uma lista de maus pagadores. Assim o objetivo das pessoas seria
sempre maximizar sua satisfação e as normas jurídicas como preços aparecem como
argumentos dos teóricos de Chicago. Pois as normas implicam em preços que estão
relacionados a quantificação das sanções como multas, cláusulas penais nos contratos,
tamanho de indenização na responsabilidade civil ou a quantidade de anos de encarceramento
(BERTRAIN, 2019, p. 346-347)
A Escola de Chicago aborda a suas premissas dentro do conceito de eficiência de
Kaldor-Hicks em que se considera que o indivíduo ganhou mais do que a perda dos outros.
Ou seja, a eficiência se a sociedade como um todo ganhou, ainda que alguns indivíduos
tenham perdido (BERTRAIN, 2019, p. 348) como exemplo deste tipo de conceito de
eficiência temos o exemplo trazido por Bertrain em que tudo pode ser transacionado
juridicamente de acordo com essa lógica econômica:
Imagine-se agora que os fazendeiros possam limpar a água eles mesmos, por
estações de tratamento que custem R$ 300 mil. Nesse caso, a demanda
contra a empresa deveria ser julgada improcedente aos vizinhos. Os vizinhos
deveriam eles próprios despoluir o rio. A empresa não deveria ser condenada
a pagar nada, nem a fazer nada. O ganho social seria a diferença entre a
desvalorização dos terrenos (R$ 1 milhão) e o custo de instalar as estações
de tratamento (R$ 300 mil) (BERTRAIN, 2019, p. 348)
Porém surge a crítica que essa solução foge dos padrões de justiça consolidados no direito:
Muitos autores dizem que esse tipo de solução não corresponde aos padrões
de justiça normalmente esperados. Afinal, os vizinhos não fizeram nada para
poluir a água, mas teriam, pela lógica de eficiência, que arcar com a despesa
de despoluí-la. Escola de Chicago e o que a maior parte das pessoas entende
como sendo justo é uma das mais fundamentais críticas à Escola de
Chicago,” (BERTRAIN, 2019, p. 348)
A Escolha de Chicago pode ser vista como lógica de que a estrutura jurídico-
normativa molda o comportamento econômico, e isso é determinante do
desempenho econômico. Já a lógica da Economia Institucional e Direito
entende que a estrutura jurídico-normativa, o comportamento econômico e o
desempenho da economia influenciam uns aos outros, todo o tempo?
(BERTRAIN, 2019, p. 349)
9.6 Números e Direito: Análise Econômica dos dados jurídicos, pesquisa empírica e
“jurimetria”.
Um dos limites dos pesquisadores em Direito em suas análises é sua limitação em lidar
com esse tipo de análise, já que presos ao conceito de direito subjetivo. E com isso pode não
entender os limites de escala e organização necessárias para atender determinadas demandas
(BUCCI, 2019, p. 362):
Em geral a pesquisa demanda pela questão da escala do problema ter que utilizar a
pesquisa encima de banco de dados de órgãos e agências governamentais como na base de
dados do Instituto Nacional de Pesquisa Educacionais (INEP). No caso da saúde, o DataSus
do Ministério da Saúde. No caso da Seguridade Social os dados da Receita Federal do Brasil.
OS estudos do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), órgão público do
governo federal que discute grandes tendências em Políticas Públicas e mesmo em sites ou
documentos de Organismo Internacionais tais como a Organização das Nações Unidas (ONU)
e as Metas do Desenvolvimento Sustentável (Agenda 2030). Mesmo Jornais ou Revistas
podem ser utilizados em último caso, como fontes subsidiárias sobre o contexto de alguma
questão (BUCCI, 2019, p. 363)
“Um teste que costumo utilizar é verificar se o problema examinado pode ser
resolvido com os instrumentos do direito tradicional. Em caso positivo, não é
necessário nem recomendável recorrer às noções próprias do universo das
políticas públicas, que aumentariam o grau de dificuldade de pesquisa. Um
problema verdadeiro de política pública, caracterizado pela complexidade,
pela escala ampla e pela demanda de um programa de ação governamental
coordenada, geralmente não pode ser adequadamente apreendido ou
compreendido pelos instrumentos do direito tradicional. Assim, quando o
pesquisador se deparar com uma questão jurídica cuja plena compreensão
não possa ser separada dos elementos políticos, político-partidários,
eleitorais, orçamentários, e assim por diante, provavelmente está indicada a
abordagem de políticas públicas e seu método próprio se fará necessário.
(BUCCI, 2019, p. 365)
9.7.3 As políticas públicas não se reduzem às normas jurídica que tratam dela
9.7.4 Quando a Pesquisa Jurídica em Política Pública pode ser considerada útil.
Fase Conteúdo
1. Estabelecimento da agenda Percepção e definição do problema e
mobilização do suporte para sua inclusão na
pauta de ação de governo
2. Formulação de alternativas Desenho de programas para a realização de
objetivos, frequentemente em forma de lei.
Legitimação de objetivos. Informação.
3. Decisão Aprovação e formalização do problema.
4. Implementação Execução do programa.
5. Monitoramento e avaliação. Acompanhamento: ajustes e avaliação do
programa.
Fonte: RIPLEY, 1995, p. 158, apud: BUCCI, 2019, p. 367.
9.7.6 Quais linhas podem ser exploradas na Pesquisa jurídica sobre Políticas Públicas
Outra possibilidade é selecionar um tema que carece de uma política pública para
atende-lo (BUCCI, 2019, p. 374):
O feminismo não pode ser definido de forma estanque. O feminismo possui tanto um
compromisso epistemológico com determinada forma de produção do conhecimento quanto
um movimento político com múltiplas implicações (BARBIERI; RAMOS, 2019, p. 396)
É necessário ver que o mesmo possui um âmbito histórico de formulação nas ondas do
movimento feminista. Na primeira onda como luta pelo reconhecimento de mulheres casada.
7Isto no século XIX e XX. Na segunda onda dos anos 60 e 70 na luta pelos direitos da mulher
trabalhadora e pela luta da igualdade nos mais variados setores. Assim como pela liberdade
sexual e pelo planejamento familiar com o uso de métodos anticoncepcionais, assim como
pelo aborto seguro e legal. (BARBIERI; RAMOS, 2019, p. 397)
E assim caminhamos para o feminismo no plural. O termo gênero foi cunhado por
Joan W. Scott que compreende o gênero como um elemento constitutivo de relações sociais
baseadas nas diferenças percebidas entre os sexos, bem como nas relações de poder (SCOTT,
1989; 1990, apud: BARBIERI; RAMOS, 2019, p. 400)
Por exemplo seria uma característica feminina de engravidar, dar à luz e ter filhos.
Porém a imposição sociocultural de cuidar de crianças e idosos e sua restrição ao espaço do
lar não são naturais (BARBIERI; RAMOS, 2019, p. 400)
11 Direito e discriminação
Por isso é importante não perder de vista a existência de sistemas de dominação social,
que influenciam diferentes aspectos da vida dos indivíduos. Silvio de Almeida (2018), apud:
(RADOMYSLER; MENDES, 2019, p. 422), por exemplo, define o racismo justamente pelo
seu caráter sistêmico: não se trata de ato discriminatório ou conjunto de atos, mais de um
processo em condições de subalternidade e de privilégio entre grupos raciais se reproduzem
no âmbito da política, da economia e das relações cotidianas.
Na legislação brasileira já no art. 3º, IV, 5º, caput, XLI, e 227, parágrafo 1º, I,
estabelecendo a eliminação da marginalização, No art. 3°, IV, o tema é abordado e
preconceito e discriminação são usados como sinônimos. No art. 7º, XX, garante-se a
proteção do mercado de trabalho da mulher mediante incentivos específicos. A proteção das
culturas populares, indígenas e afro-brasileiras também merece destaque (art. 215, parágrafo
1º) (RADOMYSLER; MENDES, 2019, p. 417)
Os surveys tem se tornado cada vez mais populares na era da internet em razão da
facilidade do envio de questionários a públicos que, de outra maneira, não seria acessível.
Com a disseminação de plataformas como googleforms e surveymonkey, a facilidade de
construção e aplicação de questionários estruturados terminou por popularizar essa técnica de
pesquisa. Um exemplo é a pesquisa ´Ministério Público: Guardião da Democracia Brasileira?,
que entrevistou promotores e procuradores, espalhados por todo o país, por meio de um
survey on-line armazenado em uma plataforma na qual o respondente marcava as questões
que melhor expressavam a sua opinião e comportamento (RIBEIRO; AROUCA, 2019, p.
259)
O survey pode ser o presencial que consiste na entrevista feita face a face, no qual o
apresentador faz as perguntas e apresenta as opções de resposta. Cabendo-lhe a escolha da
alternativa que mais se adeque a sua situação ou opinião. Tem a vantagem de garantir uma
maior participação, pois o pesquisador pode insistir na importância da participação do
entrevistado. Essa técnica tem a vantagem de permitir o registro de emoções, reações ou
silêncios que na plataforma on-line são suprimidos. Porém, as características dos
entrevistadores (como gênero, raça e aparência socioeconômica) podem interferir no resultado
final. Dado a necessidade de o entrevistado dar uma resposta socialmente desejável
(BABBIE, 2015, apud: (RIBEIRO; AROUCA, 2019, p. 259).
Na maioria das escalas de Survey o mais indicado é usar a escala likert, que permite a
captura de opiniões mais diversificadas:
...´É o que ocorre, por exemplo, quando está no roteiro somente a pergunta.
´Para você o que é cidadania? ´ e, diante da resposta ´não previsível´ de
que o termo está relacionado apenas à provisão de serviços públicos, o
entrevistador indaga sobre a existência de uma dimensão ativa da
cidadania, relacionada à participação política. Há, portanto, nesse caso, a
possibilidade de ajustes- tanto de perguntas como de sua ordem- durante o
processo de entrevista (RIBEIRO; AROUCA, 2019, p. 261)
As entrevistas não estruturadas podem ser três tipos. No primeiro tipo, o
entrevistador tem um roteiro de perguntas que deve ser aplicado a todos os
participantes do estudo, ainda que tais questões não precisem ser indagadas
sempre na mesma ordem e com a mesmas palavras... A esse tipo damos o
nome de entrevista semiestruturada. (RIBEIRO; AROUCA, 2019, p. 262)
13 REDAÇÃO CIENTÍFICA
Usar o direito de forma polissêmica que pode ser compreendido como norma, como
justiça, ciência, fato social e direito subjetivo. Confundindo pela falácia de analogia o direito
como norma e justiça.
A estilística do trabalho científico deve ser dirigida para qual público. Os juristas tem
alto grau de formalismo.
Um trabalho que versa sobre os impactos do novo Código Florestal e seus impactos
sobre a floresta tropical. Se precisar escrever um texto para o jornal de 40 linhas destinado ao
público geral.
O texto científico deve ser claro, objetivo e didatismo. Assim se devem evitar palavras
desnecessárias.
É necessário usar conectivos interfásicos que dão maior fluidez a leitura. Adição (ao
lado disso, além disso, em adição, assim que); comparação (em contraste, no mesmo sentido,
similarmente, de forma oposta, ao mesmo tempo, subsequentemente, então); contradição
(mas, ao invés de, contudo, apesar disto, e mesmo se, diferentemente, em contraste); exemplo
(por exemplo, nomeadamente, especificamente, para ilustrar); ênfase (de fato, claro, até, aliás,
especialmente importante, frequentemente, mesmo que, obviamente, neste contexto);
explicação (em outras palavras, exposto em outra forma, ou seja, essencialmente); exceção
(mas, contudo, entretanto, apesar de, de outro lado; generalização (em regra, usualmente, em
grande parte, geralmente, ordinariamente, usualmente, adicionalmente, novamente, também,
tanto quanto, ao lado, ainda mais); condensação (brevemente, em balanço, assim, destarte, por
essa razão, como se observou anteriormente); consequência (portanto, em razão disso, assim,
como resultado, por essa razão, desta forma); conclusão (como resultado, portanto, então,
consequentemente, em conclusão, no final, numa análise final, em conjunto, em suma)
(Barral, 2016, pp. 137-138)
A questão de usar categorias que não atentem para grupos étnicos e religiosos. Negro
x afrodescendente. Ou para o sexismo ao invés de falar direitos humanos falar em direitos dos
homens.
A hipótese de ler grandes escritores da literatura para enriquecer o uso exato e elegante
das palavras. Especialmente de grades escritos nacionais como Machado de Assis quem
melhor se utilizou do português falado no Brasil.
Leia textos científicos e procure nos mesmos chamando a atenção para o que causa
repulsa e o que chama a atenção quando Le um texto científico. Evitar reticências e ponto de
exclamação que são usados em textos literários e não são adequados para o texto literário,
porém fogem da inteligibilidade do texto científico (BARRAL, 2016, pp. 139-141)
Deve-se evitar a ironia pois pode ocasionar ambiguidade no texto. Evite neologismos e
vanguardismos. Não invente palavras novas, não invente modas. “quod non est in aurelius,
non est in mundus”. Fuja do anglicismo. Não use performance no lugar de desempenho. As
exceções são as palavras estrangeira incorporada ao vocabulário jurídico como habeas corpus,
habeas data. Ou palavras para qual não haja tradução como shopping Center, dumping,
cláusula de hardship. Nesse último caso as palavras não foram escritas em itálico pois já
foram incorporadas ao vernáculo. É necessário também evitar obscuridades acadêmicas típica
de autores que querem escrever o mais complicado possível. Essa conduta afronta o principal
objetivo científico que é a transmissão objetiva do conhecimento. Isso pode também mostrar
que não sabe o que está falando ou está escondendo erros no texto hermético. Fugir do jargão
acadêmico e do jargão jurídico. (BARRAL, 2016, pp. 139-141)
Se recomenda que se suspendam também alcunhas não técnicas. Como carta magna
assinada por João sem Terra para designar a constituição de 1988. Não chamar o Supremo
Tribunal Federal de Suprema Corte ou o código de processo civil, de pergaminho adjetivo. Se
o seu objetivo é evitar a repetição do termo use a sigla correspondente STF; CF/88; CPC
(BARRAL, 2016, pp. 139-141)
As ideias são claras e acessíveis sento o texto inteligível para alguém não iniciado na
matéria?
Os termos centrais são definidos? Qual é exatamente o tema da sua pesquisa? Como
esta monografia entende esse instituto? Qual a diferença de institutos jurídicos similares?
Quais são as variáveis dependentes deste instituto e como se relacionam?
13.2 Plágio
“Plágio é a cópia de ideias ou textos como se fosse próprio. O plágio é uma infração
gravíssima à ética e às normas acadêmicas e deve ser punido com a anulação da nota ou título
obtido com a apresentação do trabalho em análise” (BARRAL, 2016, pp. 149)
Existe um uso exagerado do itálico que só pode ser usado em palavras estrangeiras e
negrito e sublinhado com grifou-se no final (grifou-se);
Evitar o uso exagerado de aspas, as aspas servem para delimitar citação no corpo do
parágrafo (i); (ii) destacar neologismo ou uso metafórico; (iii) não servem para “abraçar”
nomes próprios;
Descuidar no uso de id. e op.cit.: essas expressões facilitam a indicação das fontes, mas são
pouco confiáveis. Muitas vezes, você pode incluir periodicamente uma citação antes do id. (e
assim indicar incorretamente a fonte), ou o autor pesquisado teve mais de uma obra citada em
seu trabalho (e, portanto, não pode utilizar o op. cit.). Além disso a ABNT recomenda o uso
do “id.”, “ibid.”, e “op. cit., na mesma página em que se refere. O que nem sempre é
previsível, ou é sempre imprevisível nos atuais editores de texto (BARRAL, 2016, pp. 150)
- Evitar o uso do jargão jurídico (“isto posto”, “diante do exposto”); -Uso de palavras antigas
e desnecessárias (hodierno, pátrio, doutra banca) ; uso de terminologia técnica o em sentido
figurado (o relacionamento entre os cônjuges faliu, na medida em que falência diz respeito
apenas a sociedades comerciais); frases muito longas (evitar; frases com mais de 3 linhas é
suspeita); uso de expressões retóricas (ex: “direito pátrio”): use sinônimos com pertinência
(brasileiro, nacional, doméstico); variação dos tempos verbais: atente para o tempo verbal
correto na frase, cuidado com a variação indiscriminada entre pretérito e presente. (BARRAl,
2016, p. 150)
Pontuação e gramática:
- Não saber usar crase e vírgula: estudar gramática; não utilizar hífen entre palavras que
compõe substantivo: em português, as palavras que compõe substantivo são ligadas por hífen(
ex: “não-discriminação”); iniciar frase com pronome reflexivo: estudar próclise e mesóclise;
escrever leis 8884, o correto é “lei 8.884”; “Decreto lei n. 1.626; ficar repetindo íntegra de
sigla: depois que colocar por extenso, com sigla entre parênteses, pode-se utilizar apenas a
sigla; não use ponto em ano nem número entre parênteses: quem usa “1.875” e “(5) cinco” é
seu avô; e mesmo assim, em cheques; não use “Dou...”em títulos: só livros oitocentistas e
advogados com mentalidade oitocentista é que usam títulos assim; não use “através” com
sentido de “por meio de” , “por”: atravesse a sala e compre uma gramática. (BARRAL, 2016,
p. 152)
13.3 Terminologia:
13.4 Fundamentação:
- Não deixar claro quando as ideias são suas ou de outros autores: mesmo que por negligência
isso irá ser considerado plágio; fazer afirmação sem identificar qual o fundamento legal:
identificar norma pertinente, preferencialmente em rodapé, ou entre parênteses no corpo do
texto. (BARRAL, 2016, p. 152)
Preparação da Pesquisa
1. Decisão.
2. Especificação dos objetivos.
3. Elaboração de um plano de trabalho.
4. Constituição da equipe de trabalho.
5. Levantamento de recursos e cronograma.
Fases da Pesquisa
1. Escolha do tema.
2. Levantamento de dados.
3. Formulação do problema.
4. Definição dos termos.
5. Construção de hipóteses.
6. Indicação de variáveis.
7. Delimitação da pesquisa.
8. Amostragem.
9. Seleção de métodos e técnicas.
10. Organização do Instrumental de Pesquisa.
11. Teste de Instrumentos e procedimentos.
Execução da Pesquisa
1. Coleta de dados.
2. Elaboração dos dados.
3. Análise e interpretação dos dados.
4. Conclusões (LAKATOS, 2019, p. 170)
- Tratar de vários temas em um único parágrafo: cada parágrafo deve conter, e esgotar, uma
ideia (BARRAL, 2016, p. 152)
A parte interna é composta de três partes (i) pré-textual; (ii) textual; (iii) pós-textual. Os
itens designados com F são facultativos. (BARRAL, 2016, p. 153)
Estrutura Elementos
Folha de rosto
Errata [F]
Dedicatória [F]
Agradecimentos [F]
Epigrafe [F]
Sumário
Textual Introdução
Desenvolvimento
Pós-textual Referências
Glossário [F]
Apêndic [F]
Anexo [F]
1.1 Capa- Nela devem constar: (a) nome da instituição (opcional); (b) nome do autor; (c)
título; (d) subtítulo; se houver nesse caso deve ser precedido de dois pontos,
evidenciando a subordinação ao título; (e) número de volumes; (f) cidade da
instituição onde deve ser apresentado; ano do depósito ou da entrega. A maioria das
instituições exige que o aluno entregue dois exemplares encadernados com uma capa
negra do trabalho defendido. (BARRAL, 2016, p. 155)
14.4 Lombada- Nela devem constar o nome do autor ou autores; (b) título; (c)
elementos alfanuméricos de identificação de volume, fascículo e data, se houver. Sua
elaboração deve seguir a NBR 12.225, de julho de 2004. (BARRAL, 2016, p. 155)
14.5Folha de rosto
Nome do autor; (b) título; (c) subtítulo, se houver; (d) número de volumes; (e) natureza do
trabalho (monografia, tese, dissertação, entre outros), objetivo (aprovação em disciplina, grau
pretendido, entre outros), instituição a que é submetido e área de concentração; (f) nome do
orientador e, se houver, do coorientador; (g) cidade da instituição onde deve ser apresentado;
(h) ano do depósito ou da entrega. (BARRAL, 2016, p. 155)
14.6. Errata
14.7FOLHA DE APROVAÇÃO
14.8 DEDICATÓRIA
Homenagem prestada pelo autor do trabalho. É um item facultativo, mas se
utilizada, deve ser limitada e sóbria. Se você começar a dedicá-la da
professora de primário até a atual namorada, a dedicatória perde o sentido.
Ou você perde a namorada deve ser incluída abaixo no canto direito da
página.” (BARRAL, 2016, p. 156)
14.9 AGRADECIMENTOS
15 EPÍGRAFE
16.– RESUMO
Deve ser elaborada de acordo com a ordem apresentada das ilustrações. Com seu nome
específico, travessão, título e respectivo número de folha. Exemplo: Figura 1- Crescimento de
demanda judicial na Comarca de Montes Claros (MG) (BARRAL, 2016, pp. 155-156)
16.4 SUMÁRIO
16.6 REFERÊNCIAS
16.7 GLOSSÁRIO
1.1 Consiste em uma lista em ordem alfabética de palavras ou expressões técnicas de uso
restrito ou de sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições.
(BARRAL, 2016, p. 158)
16.8 APÊNDICE
Deve ser necessariamente precedido pela palavra APÊNDICE, gravada em letras maiúsculas.
(BARRAL, 2016, p. 159)
17 ANEXOS
Muitas vezes os anexos são compostos de mapas e cópias de documento por isso não é
preciso manejá-los (BARRAL, 2016, p. 159)
1.18 ÍNDICE
18 INTRODUÇÃO
A função da introdução é apresentar o trabalho ao leitor. Explique a delimitação do tema,
indique os objetivos que serão buscados. Exponha a divisão de capítulos e o que será tratado
em cada capítulo. A elaboração do trabalho deve ser feita depois de concluída o trabalho
(BARRAL, 2016, p. 160)
18.1 DESENVOLVIMENTO
Os capítulos tem que ser criados com uma divisão equilibrada. Por exemplo, um capítulo
ficando com o dobro do tamanho do outro não seria proporcional. Se for o caso divida-o em
partes menores. É também importante não incorrer na multiplicidade de pequenos capítulos.
(BARRAL, 2016, p. 160)
Dificilmente um trabalho com menos de 100 páginas ter mais que quatro ou cinco
capítulos. (BARRAL, 2016, p. 160)
Na conclusão condense as principais ideias abordadas ao longo do seu trabalho. Não deve
acrescentar dados novos nessa parte. Alguns autores distinguem entre “conclusão” e
“considerações finais”. Na última parte se apresentam os resultados de um trabalho
panorâmico, apresentando a organização do trabalho, mas sem chegar a um posicionamento
definitivo. Na “conclusão “há um posicionamento de afirmação ou negativa da hipótese
inicialmente apresentada no trabalho. (Barral, 2016, p. 160)
18.2NUMERAÇÃO DE TÍTULOS
1
Desenvolvimento 2
2.1
2.2
2.2.1
2.2.2
3.Elementos Gráficos
Papel A4
Fonte Times New Roman 12 e para citação de
mais de 3 linhas fonte 11 com espaço
simples.
Margem (i) Superior e Esquerda: 3 cm
(ii) Inferior e Direita: 2 cm
Espaçamento (i) Entre linhas espaçamento 1,5
(ii) Entre parágrafos não deixar
espaço.
(iii) Título de seção deve ser
iniciado em nova página, seis
espaços após a margem
superior. O título deve ser em
negrito em maiúsculas
(iv) Título de subseção: deve ser
separado do texto por um
espaço anterior e um espaço
posterior. O título deve ser em
negrito
(v) Título de item: deve ser
separado do texto anterior por
um espaço, e sem separação do
texto posterior.
(vi) Primeira linha (margem do
parágrafo): 1,5 cm
(vii) Notas de rodapé o:
espaçamento simples, separada
do corpo do texto por um filete
a partir da margem esquerda.
No texto da nota de rodapé, o
espaço entre linhas é simples,
não há espaço entre parágrafos,
nem espaçamento na primeira
linha.
(viii) Citações de mais de três linhas,
referências, legendas das
ilustrações e das tabelas:
espaçamento simples.
Indicativos de seção Devem ser precedidos de um indicativo
(capítulo) numérico (algarismo arábico), alinhado à
esquerda e separado por um espaço de
caractere sem ponto. No caso de seções
primárias o título deve ser separado por
um espaço de linha de 1,5, e os títulos das
subseções devem ser separados do texto
que o precede e o sucede por um espaço
entre linhas de 1.5. Títulos sem indicação
numérica (sumário, resumo, tabelas)
devem ser centralizados, em maiúsculas e
em negrito.
Numeração Deve-se adotar numeração progressiva das
seções. Os títulos de capítulos devem
iniciar em folhas distintas. Recomenda-se
por isso, que seja desativado no editor de
texto o mecanismo de “controle de linhas
órfãs ou viúvas (No Word: Formatar-
Parágrafo-Quebras de linha). Ver abaixo
tabela para recomendação de numeração
dos títulos.
Paginação Deve ser feita em algarismo arábicos, no
canto superior direito da folha, a 2cm da
borda superior direita e a 2cm da borda
direita.
Todas as folhas devem ser contadas e
numeradas a partir da Introdução. Antes
da parte textual as folhas devem ser
contadas, mas não numeradas. Não é
necessário paginar anexos. A numeração
mantém-se na forma sequencial,
independentemente do número de
volumes, apêndices e anexos.
Abreviaturas e siglas Quando aparecerem pela primeira vez no
texto deve se usar o nome por extenso,
seguido da abreviatura ou da sigla, entre
parênteses. Após este procedimento deve-
se usar diretamente a abreviatura ou a
sigla.
Ilustrações (i) Figuras, esquemas,
fluxogramas, gráficos, mapas,
organogramas: qualquer que
seja seu tipo, sua identificação
aparece na parte inferior
precedida da palavra
designativa (ex.: Figura,
Gráfico, Mapa, etc.), seguida
de seu número de ordem de
ocorrência no texto em
algarismo arábico, do
respectivo título e/ou legenda
explicativa e da fonte, se
necessária. Legendas devem
ser breves e claras de forma a
dispensar a consulta ao texto.
(ii) Tabelas: a indicação do título
aparece na parte superior, à
esquerda, precedido da palavra
Tabela e de seu número de
ordem em algarismo arábico.
A fonte das informações
contidas em uma tabela deve
aparecer em nota de rodapé,
com chamada de rodapé no
título da tabela. Quando o texto
reproduz tabela de outro
documento, deve-se obter
prévia autorização do autor.
Quando uma tabela não couber
em uma folha, deve continuar
na folha seguinte, repetindo-se
o título e o cabeçalho.
(BARRAL, 2016, pp. 162-163)
18.3. REFERÊNCIAS
As referências são indicações completas das fontes utilizadas. Essas referências são
obrigatórias no fim do texto, em monografias, dissertações e teses. A referência deve anteceder
o texto em fichas, resumos ou resenhas. As recomendações da obra de Barral são elaboradas
com base no NBR 6023, de agosto de 2001, revista em agosto de 2002 (Barral, 2016, p. 165)
Os títulos de obras citadas são digitados em letras minúsculas, salvo no caso de nomes
próprios, ou disciplina. Ex.: O direito e a vida do direito (regra geral); Direito Administrativo II
(nome da disciplina) (BARRAL, 2016, p. 165)
Observações:
- Em sobrenomes castelhanos, o nome paterno aparece antes. Ex: RUIZ DIAS, Roberto.
18.5 PERIÓDICOS
Documento Modelo de apresentação
Artigo de Revista Institucional SOBRENOME DO AUTOR,
18.6 EVENTOS
-Utilização de muitas subdivisões no texto- use no máximo a terceira casa (ex.: 2.2.1); a
partir daí, use alfabeto, se necessário (BARRAL, 2016, p. 170)
18.9 LOMBADA
A questão do orientador e sua escolha também impõe uma série de questões. Barral
ironiza que ele não é um pater famílias, ou mãe, não é necessariamente amigo e nem
sempre é especialista na matéria escolhida pelo orientando para pesquisa. O orientador
deve ajudar a revisar o projeto e tentar delimitar o tema. Tratar o orientando com
urbanidade e respeito. Evitar o preconceito com o orientando. Incentivar a socialização
acadêmica do orientando. Obedecer ao cronograma proposto. (BARRAL, 2016, p. 180)
Eventual troca de membro de banca em caso de possível indisposição deste com o
orientando.
O ideal é que ocorram reuniões com os orientandos e com a equipe de orientando
acerca do desenvolvimento do trabalho. O orientador deve ser imparcial na banca e não
tomar as dores do orientando.
Entrega de relatórios trimestrais na coordenação do curso. E a entrega de capítulos
deve ser feita de acordo com que sejam concluídos. Para que toda sua correção não fique
para o final. Até devido a sobrecarga de trabalho do orientador.
A questão da banca nem uma banca de compadres e nem uma banca destruidora do
trabalho. Uma dica é de ler o que o orientador ou os membros da banca produziram
eventualmente sobre o seu trabalho de dissertação.
- Perder tempo demais com detalhes, com recursos visuais excessivos. Levar as críticas
para o lado pessoal. Interromper um membro da banca. Alegação de problemas pessoais.
Justificar o trabalho por casuísmos. (BARRAL, 2016, pp. 187-188)
Uma banca composta por acadêmicos severos pode resultar em uma nota menor mesmo
para um trabalho qualitativamente melhor.
Como consequência da aplicação desses parâmetros, a nota será resultado da média de notas
individuais atribuídas por cada membro de banca;
8,0-8,9: trabalho muito bom, que poderá ser publicado após modificações.
9,0-9,5: trabalho excelente, com características inovadoras e contribuição efetiva para a área
de conhecimento; aprovado com distinção;
9,5-10: trabalho excepcional, sem necessidade de muitas modificações, e que recebe o aval
integral dos membros da banca para que seja publicado; aprovado com distinção e louvor.
(BARRAL, 2016, p. 187-188)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BARRAL, Welber. Metodologia de Pesquisa Jurídica. 5ªed. Belo Horizonte: Del Rey,
2016.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2019.