You are on page 1of 52

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO SOCIOECONÔMICO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Karolina Boness de Vasconcellos

Otimização da contabilidade: uma análise da literatura sobre o uso de ferramentas


tecnológicas nos processos contábeis brasileiros

Florianópolis
2021
Karolina Boness de Vasconcellos

Otimização da contabilidade: uma análise da literatura sobre o uso de ferramentas


tecnológicas nos processos contábeis brasileiros

Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em


Ciências Contábeis do Centro Socioeconômico da
Universidade Federal de Santa Catarina como requisito
para a obtenção do título de Bacharel em Ciências
Contábeis.
Orientador: Prof. Dr. Fernando Richartz.

Florianópolis
2021
Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor, através do Programa de Geração
Automática da Biblioteca Universitária da UFSC.

Vasconcellos, Karolina Boness de


Otimização da contabilidade: : uma análise da
literatura sobre o uso de ferramentas tecnológicas nos
processos contábeis brasileiros / Karolina Boness de
Vasconcellos ; orientador, Prof. Dr. Fernando Richartz,
2021. 51 p.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) -


Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio
Econômico, Graduação em Ciências Contábeis, Florianópolis,
2021.

Inclui referências.

1. Ciências Contábeis. 2. Tecnologia na contabilidade.


3. Ferramentas tecnológicas. 4. Otimização de processos
contábeis. I. Richartz, Prof. Dr. Fernando. II.
Universidade Federal de Santa Catarina. Graduação em
Ciências Contábeis. III. Título.
Karolina Boness de Vasconcellos

Otimização da contabilidade: análise da literatura sobre o uso de ferramentas tecnológicas


nos processos contábeis brasileiros

Este Trabalho Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de
graduanda e aprovado em sua forma final pelo Curso de Ciências Contábeis

Florianópolis, 03 de maio de 2021.

________________________
Prof.ª Dr.a Viviane Theiss
Coordenadora de TCC
Instituição UFSC

Banca Examinadora:

________________________
Prof. Dr. Fernando Richartz
Presidente/Orientador
Instituição UFSC

________________________
Prof. Dr. Pedro José von Mecheln
Membro Avaliador
Instituição UFSC

________________________
Ms. Rodrigo Rengel
Membro Avaliador
Instituição UFSC
Aos meus Orixás e aos meus pais Roselei e Ismael, que sempre me incentivaram nos estudos
e por todo amor e carinho que me ofereceram no decorrer dessa caminhada.
Com todo afeto dedico-lhes esta conquista.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Olorum e meus Orixás, Oxum e Ogum, por me proporcionarem a vida que
tenho, me dando força e proteção em meus caminhos e por sempre estarem comigo.
À minha mãe Roselei, que me deu a vida, me ensinou sobre tudo e sempre foi meu porto seguro,
minha melhor amiga e meu maior exemplo.
Ao meu pai Ismael, que me escolheu e acolheu como filha, me proporcionou muitos
ensinamentos e estará sempre ao meu lado.
Ao meu namorado, Luciano, que me incentivou a continuar no curso, me dando todo o apoio e
compreensão necessária em todos os momentos difíceis.
Ao meu orientador, Fernando, por ter me auxiliado nesse processo e a todos os professores e
professoras de minha formação acadêmica, pelos valiosos ensinamentos.
Às minhas queridas amigas Nathália e Sofia, que tiveram grande participação nesse processo,
dando suas opiniões e considerações a respeito do trabalho.
Aos meus amigos queridos, Isabela, Julio, Kaio, Nathália, Paula e Pedro, que me
acompanharam durante minha jornada, me apoiando e incentivando em todas as situações.
Às minhas amigas que este curso me proporcionou, Cristiane, Josiane, Ludmyla e Sofia, que
levarei com carinho por minha vida.
E finalmente, mas não menos importante, a mim, por mais que tenha duvidado que fosse capaz
de chegar até aqui, conquistei inúmeras vitórias e sinto orgulho de meu caminho e todo
aprendizado que tive durante minha vida.
“É necessário que as coisas acabem, para que as coisas novas aconteçam. Um ciclo não pode
existir sem o outro”. (TOLLE, 1997)
RESUMO

Identificou-se no estudo as principais ferramentas tecnológicas utilizadas pelos profissionais


contábeis no Brasil. Para a elaboração dessa pesquisa bibliográfica, de cunho exploratória, com
abordagem qualitativa, efetuou-se um levantamento de periódicos nacionais da área de Ciências
Contábeis e Tecnologias, utilizando-se o modelo de distribuição e frequência de palavras em
um texto, conforme Lei de Zipf da Bibliometria, aplicando o mesmo em repositórios públicos
nacionais digitais, dentre eles o Portal de Periódicos CAPES, Repositório UFSC e Google
Acadêmico. Com a pesquisa, pode-se observar que a contabilidade sofreu diversas mudanças
relacionadas a sua operacionalização oriundas das evoluções tecnológicas criadas com o passar
dos anos. A partir das análises das publicações anteriores, algumas das principais ferramentas
tecnológicas na contabilidade brasileira foram descritas, elucidando suas funções e importância
para a profissão contábil no Brasil. Diante dos resultados desta pesquisa, nota-se que a inserção
das tecnologias nos processos contábeis trouxe uma gama de riquezas de informações e essas
ferramentas tiveram influência na melhora da eficiência da profissão contábil no Brasil. Fica
evidente que a contabilidade está em constante atualização, sendo necessário ao profissional a
adaptabilidade e conhecimento para manter-se no mercado, cada vez mais exigente.

Palavras-chave: Tecnologia na contabilidade. Ferramentas tecnológicas. Otimização de


processos contábeis.
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Principais ferramentas tecnológicas abordadas em pesquisas anteriores ........................ 26


Quadro 2 - Setor de origem e principal foco das ferramentas tecnológicas ..................................... 41
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
§ – Parágrafo
Art. – Artigo
CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
CFC - Conselho Federal de Contabilidade
COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
CT-e - Conhecimento de Transporte Eletrônico
DCTF - Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais
DIME - Declaração do ICMS e do Movimento Econômico
DIPJ - Declaração de Informação Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica
DIRPF - Declaração de Imposto de Renda
Dr. – Doutor
Dr.ª – Doutora
ECD - Escrituração Contábil Digital
ECF - Escrituração Contábil Fiscal
EFD Contribuições - Escrituração Fiscal Digital Contribuições
EFD ICMS/IPI - Escrituração Fiscal Digital Contribuições
EFD-Reinf - Escrituração Fiscal Digital das Retenções e Informações da Contribuição
Previdenciária Substituída
ERP - Enterprise Resource Planning
eSocial - Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais Previdenciárias e
Trabalhistas
EUA - Estados Unidos da América
GIA - Guia de Informação e Apuração do ICMS
IBM - International Business Machines
ICMS - Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação
IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados
ITA - Instituto Tecnológico de Aeronáutica
IVA - Imposto sobre o Valor Agregado
LALUR - Livro de Apuração do Lucro Real
MDF-e - Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais
n.º – Número
NFC-e - Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica
NF-e - Nota Fiscal Eletrônica
NFS-e - Nota Fiscal de Serviços Eletrônica
p. – Página
PASEP - Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
PED - Pagamento Eletrônico de Dados
PF – Pessoa Física
PJ – Pessoa Jurídica
PIS - Programa de Integração Social
Prof. – Professor
Prof.ª – Professora
SINTEGRA - Sistema Integrado de Informações sobre Operações Interestaduais com
Mercadorias e Serviços
SRF - Secretaria da Receita Federal
SPED - Sistema Público de Escrituração Digital
EU - União Europeia
UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 13
1.1 OBJETIVOS .............................................................................................................. 14
1.1.1 Objetivo geral .................................................................................................... 14
1.1.2 Objetivos específicos ......................................................................................... 14
1.2 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ......................................................................... 15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................. 16
2.1 NARRATIVAS DA CONTABILIDADE ................................................................. 16
2.1.1 Contabilidade pelo mundo ............................................................................... 16
2.1.2 Contabilidade no Brasil.................................................................................... 17
2.2 ASCENSÃO CONTÁBIL ......................................................................................... 18
3 METODOLOGIA ........................................................................................................... 21
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ......................................................................... 21
3.1.1 Quanto aos objetivos ........................................................................................ 21
3.1.2 Quanto aos procedimentos ............................................................................... 21
3.1.3 Quanto à abordagem do problema ................................................................. 22
3.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE PESQUISA .................................................. 22
3.2.1 Etapa de coleta de dados .................................................................................. 23
3.2.2 Etapa de análise de dados ................................................................................ 23
3.3 PROCEDIMENTOS DA PESQUISA ....................................................................... 24
3.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ................................................................................ 25
4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................................................................... 26
4.1 FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS ...................................................................... 26
4.1.1 SPED .................................................................................................................. 28
4.1.2 Softwares Contábeis ......................................................................................... 30
4.1.3 Certificado digital ............................................................................................. 32
4.1.4 Sistemas ERP .................................................................................................... 33
4.1.5 Computação em nuvem .................................................................................... 34
4.1.6 DCTF ................................................................................................................. 34
4.1.7 SINTEGRA ....................................................................................................... 35
4.1.8 DIRP .................................................................................................................. 36
4.1.9 GIA ..................................................................................................................... 36
4.1.10 T-Rex e Harpia.................................................................................................. 37
4.1.11 Outras ferramentas mencionadas ................................................................... 37
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 43
REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 45
13

INTRODUÇÃO

Desde os primeiros registros da civilização até o contexto atual, amplas mudanças


sociais compeliram a humanidade para a necessidade de expandir suas competências. Dentre
essas mudanças, a atribuída pelas tecnologias têm sido uma das mais importantes no cotidiano
da população, governos e organizações, nas mais variadas conjunturas (SCHWAB, 2016).
A tecnologia vem progredindo cada vez mais, tendo como foco a otimização do tempo
de trabalho, minoração da utilização de recursos e a simplificação dos trâmites burocráticos dos
processos por meio de mecanismos automatizados da informática, havendo uma diminuição da
intervenção humana (TOLEDO et. al., 2013).
Bowles, Ghosh e Thomas (2020) consideram que os atuais desenvolvimentos
tecnológicos prenunciam grandes mudanças no mercado de trabalho, conjectura-se que muitas
profissões serão extintas ao longo do tempo. Já no tocante ao profissional contábil, podemos
esperar cada vez mais mudanças, mas a extinção global desta profissão, considerada uma das
mais antigas do mundo, parece ser uma ideia distante (MORETTI; SOUZA; GARCIA, 2020).
Há muito tempo a Contabilidade foi considerada um “mal necessário”, por conta da
imagem enfadonha atrelada à burocracia, sendo o profissional intitulado por muitos como
"mero coletor e processador de informações que enfatizam o passado” (AZEVEDO, 2010). Em
muitas das vezes, o correto papel do profissional não podia ser exercido por conta do dispêndio
de tempo com o trânsito de informações, onde na entrega de algum relatório os dados já
tornavam-se defasados (FERNANDES et al., 2012).
Com isso, a necessidade de serem prestadas informações cada vez mais aprimoradas e
instantâneas fez da criação de ferramentas tecnológicas no exercício da Contabilidade um aliado
na mudança da visão da profissão.
No entanto, para que a Contabilidade continue sendo uma das profissões mais
promissoras, é necessário que o trabalhador se adeque às mudanças, sempre se atualizando e
estando disposto a se adaptar às modernidades (CUNHA, 2011).
De acordo com estudos realizados por Frey e Osborne (2013), por conta da automação
de algumas tarefas rotineiras, as novas tecnologias têm potencial substituição e não somente
como complemento aos trabalhadores que realizam essas tarefas, indicando que 47% dos
empregos nos Estados Unidos da América (EUA) são altamente suscetíveis a serem
computadorizados nos próximos 10-20 anos. Evidenciando que alguns ramos da contabilidade
estão entre as profissões com o maior índice de automatização nos EUA, por isso é
imprescindível a aprimoração dos processos de trabalho na área.
14

Naturalmente a Contabilidade, como ciência, está em constante evolução e possui ampla


capacidade de adaptação aos avanços tecnológicos, consequentemente passa por processos de
aprimoramento, otimizando tarefas e abreviando imprecisões humanas. Em decorrência desses
fatos, diversas ferramentas foram criadas com funções facilitadoras à profissão.
Pertinente à teoria, a realização desta pesquisa se justifica pela pouca literatura nacional
disponível acerca do assunto. No que diz respeito à prática, há uma crescente oferta de serviços
digitais e criações de novos mecanismos tecnológicos que auxiliam a profissão. Logo, com
esses avanços tecnológicos e mudanças realizadas no modo de operação dos contadores, uma
análise de tais instrumentos e suas consequências na vida profissional torna-se necessária.
Diante do exposto acima, surge a seguinte questão: quais são as principais ferramentas
tecnológicas relacionadas à transformação digital nos negócios contábeis no Brasil?

1.1 OBJETIVOS

Nas subseções abaixo estão descritos o objetivo geral e os objetivos específicos desta
pesquisa.

1.1.1 Objetivo geral

O objetivo geral deste trabalho é identificar como a literatura trata sobre as ferramentas
tecnológicas relacionadas à transformação digital na contabilidade brasileira.

1.1.2 Objetivos específicos

Desse modo, para alcançar o objetivo geral, tem-se os seguintes objetivos específicos:
● Identificar as ferramentas tecnológicas aplicadas à contabilidade brasileira;
● Informar as principais características das ferramentas encontradas na literatura;
● Informar as mudanças que ocorreram ao longo do tempo com estas ferramentas;
● Informar a origem, por setor (público ou privado), de cada ferramenta;
● Informar a principal função das ferramentas encontradas, de acordo com cada
setor.
15

1.2 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Esse trabalho é dividido em cinco capítulos: Introdução, Fundamentação Teórica,


Metodologia, Discussão dos Resultados e Considerações Finais.
O primeiro capítulo, Introdução, aborda os seguintes tópicos: contextualização do tema
da pesquisa, justificativa, problema, objetivos e organização do trabalho.
O segundo capítulo, Fundamentação Teórica, aborda o referencial teórico, sobre as
narrativas da contabilidade e a ascensão contábil.
O terceiro capítulo, Metodologia, demonstra os procedimentos aplicados à pesquisa,
como tipo de pesquisa, características, procedimentos de coleta de dados e análise dos mesmos.
O quarto capítulo, Discussão dos Resultados, consiste na apresentação, análise e
discussão dos dados coletados na pesquisa.
E, por último, o quinto capítulo, Considerações Finais, consiste na conclusão, onde
evidencia-se o desfecho do estudo de acordo com o objetivo proposto, além de identificar
limitações e oportunidades de pesquisas futuras.
16

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A fundamentação teórica procura dar embasamento à pesquisa, tendo como apoio


autores da área e artigos publicados sobre o assunto. Neste capítulo, aborda-se a história da
contabilidade, destacando os principais pontos ao longo do processo de evolução da profissão
contábil no mundo e no Brasil. E em seguida, é apresentado o referencial sobre a ascensão
contábil em relação à tecnologia aplicada à contabilidade no Brasil.

1.3 NARRATIVAS DA CONTABILIDADE

A Contabilidade possui, por definição, caráter de ciência social, não sendo apresentado
como um fenômeno estático, por tanto, sua atual condição deve-se à sua evolução ao longo da
história (Burchell, Clubb & Hopwood, 1985; Hopwood, 1987; Lee, 2013; Mejia-Soto, Mora-
Roa & Montes-Salazar, 2013). Para Sá (1999, p. 42) “Contabilidade é a ciência que estuda os
fenômenos patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidências e comportamentos dos
mesmos, em relação à eficácia funcional das células sociais”.

1.3.1 Contabilidade pelo mundo

De escritas bíblicas a respeito de controles contábeis, ao método das Partidas Dobradas,


de origem italiana, existem registros contábeis por toda a história. Segundo Coelho (2007, p.
2), “em todos os países do mundo e em todas as épocas, o surgimento e o desenvolvimento da
profissão contábil sempre estiveram associados à expansão comercial da região”.
Os primeiros indícios de registros contábeis primitivos são datados por volta de 6.000
anos a.C.. Segundo Iudícibus (2005, p. 31), “a Contabilidade é tão antiga quanto o próprio
homem que pensa”.
Para alguns historiadores, os desenhos em grutas e rochas dos objetos e animais da época
foram atribuídos a expressões artísticas, mas para muitos arqueólogos, essas artes são, na
verdade, registros de avaliação patrimonial e, segundo Sá (1997, p. 20):

Antes, pois, que o homem soubesse escrever e calcular, já estas manifestações


ocorriam. Algumas têm sido confundidas com manifestações artísticas, embora
historiadores famosos, como Melis, e arqueólogos consagrados, como Figuier, não
tenham deixado dúvidas quanto à sua natureza contábil.
17

Para Iudícibus e Marion (2000, p. 32): “[...] assim, conclui-se que desde os povos mais
primitivos, a Contabilidade já existia em função da necessidade de controlar, medir e preservar
o patrimônio familiar e, até mesmo, em função de trocar bens para maior satisfação das
pessoas”.
De acordo com Pinto (2002) a contabilidade possui quatro fases históricas, passando
pela contabilidade antiga, a contabilidade medieval, a contabilidade moderna e, a mais recente,
contabilidade científica, sendo que cada período fora marcado por algum feito, obra ou
mudança econômica, e a partir de cada fase foram surgindo pensadores doutrinários.
No século XIII surgiu o método das partidas dobradas, mas foi em 1494, com a edição
do livro “La Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalitá” feita pelo frei
Luca Pacioli, que Veneza foi imortalizada como a cidade histórica da contabilidade e Pacioli
como criador da contabilidade, consequentemente, a partir desse momento a contabilidade
deixou de ser considerada como a arte de ter e contar e passou a ser considerada uma ciência
(SCHMIDT, 2002).
A partir do século XIX começaram a surgir as escolas doutrinárias de contabilidade,
que, segundo Jesus (2018), ajudaram a contabilidade a chegar em um patamar mais elevado,
passando de guarda-livros para pessoas que transformam informações em ferramentas de
tomada de decisão.

1.3.2 Contabilidade no Brasil

A existência da contabilidade no Brasil se dá, primeiramente, pelos povos indígenas,


quanto ao controle do seu patrimônio de recursos naturais, seguida pela colonização europeia
no país, com seu gerenciamento da economia a partir do século XVI. No ano de 1679, através
da Carta Régia criou-se a Casa dos Contos, este órgão seria encarregado de gerir e fiscalizar
receitas e despesas do Estado (FONSECA, 2006).
A vinda da família real portuguesa para o Brasil no ano de 1808 foi o elemento decisório
para o advento da narrativa da contabilidade no país, com a criação de portos, crescimento do
comércio, formação de indústrias e criação do Banco do Brasil e da Junta de Comércio, sendo,
então, instaurado pela Lei nº 556 de 25 de junho de 1850 o primeiro Código Comercial
Brasileiro, que, segundo D’Áuria (1948), qualificou o guarda-livros como preposto do
comerciante.
Conforme CFC (2016) “Na segunda metade do século XIX, surge a profissão de
‘guarda-livros’. A expressão, que se referia ao atual profissional da contabilidade, era
18

proveniente da sua principal função na época: escriturar e manter em boa ordem os livros
mercantis das empresas comerciais”.
No ano de 1869, após criação da Associação dos Guarda-Livros da Corte, o Decreto
Imperial nº 4.475 reconheceu oficialmente a profissão de guarda-livros como a primeira
profissão liberal do Brasil.
O desenvolvimento da profissão iniciou-se de fato a partir de 1946, com a criação do
Conselho Federal de Contabilidade, por meio do Decreto-Lei nº 9.295, que definiu, dentre
outras coisas, o perfil do contabilista dividido em três partes: os contadores, formados em
Ciência Contábil; os técnicos em contabilidade, provenientes das primeiras escolas técnicas
comerciais; e os guarda-livros, que eram pessoas que não possuíam escolaridade formal em
contabilidade, mas exerciam atividades de escrituração contábil (BRASIL, 1946).
Pode-se considerar, em relação ao desenvolvimento e estrutura de legislação
profissional, que a Ciência Contábil é recente, sendo grande parte constituída a partir de práticas
externas. No entanto, há de se reconhecer que o contador atual não pode ser comparado ao
guarda-livros de antigamente, dado que diversas mudanças no cenário contábil ocorreram e
novas demandas atribuídas à profissão foram criadas, sendo exigido à classe profissional
constante atualização.

1.4 ASCENSÃO CONTÁBIL

De registros pré-históricos utilizando peças de argila, até a criação da “Contabilidade


4.0” muito se transformou dentro da ciência contábil. Atividades manuais foram substituídas
por processos mecânicos e posteriormente tornando-se eletrônicos, trazendo mais agilidade aos
processos internos das empresas.
A aplicação da informática na contabilidade possibilitou aos profissionais da área
diversas vantagens e progressos no processamento das informações contábeis. No início, o
processo era manual; posteriormente, foi substituído pelo maquinizado, por seguinte, o
mecânico e depois pelo eletrônico (OLIVEIRA, 2000).
Iniciando pelo sistema manual que, conforme Marion (2009), utilizavam objetos de
pouco valor, simples e abundantes no mercado, os quais poderiam ser comprados em diversos
lugares, como fichas, livros, canetas e livros diário e razão, sendo utilizado como principal
método contábil por muitos anos.
Passando pelo sistema maquinizado, mais moderno à época, com máquinas de
datilografar, calculadoras de quatro operações, fichas tríplices, cópias com carbono e gelatina
19

e livros fiscais. Para Sá (2008), a necessidade de praticidade em seus trabalhos contábeis fez
com que os contadores introduzissem a máquina de escrever ao seu ofício.
Como afirma Marion (1998) “o processo de usar a máquina de datilografia comum e
não uma máquina de contabilizar específica, deve ser denominado de maquinizado e não
mecanizado”.
Por seguinte, veio o sistema mecanizado, caracterizado pelos equipamentos contábeis,
uma máquina específica para registros, que possibilitava a soma de débitos, créditos e saldos
acumulados.

O sistema mecanizado é caracterizado por um equipamento contábil, ou seja, por uma


máquina específica para se fazer contabilidade.
Nesse sistema faz-se a inserção frontal que possibilita a elaboração simultânea do
Diário com Ficha Razão. O equipamento pode ser dotado também de somadores e
saldadores que forneçam as somas das colunas do Diário, tanto de débito como de
crédito, e também o saldo da Ficha Razão. Dependendo da necessidade de serviço,
existem equipamentos com três, cinco, oito ou mais somadores que podem fornecer
acúmulos e saldos para fichas sintéticas e analíticas, saldo do ano, movimento do mês
etc. (MARION, 1998 p. 161, 162).

Posteriormente, chega-se ao ápice da revolução na Contabilidade, que iniciou-se de fato


com os sistemas eletrônicos, o qual, segundo Manes (2018), vem para contribuir com o
profissional contábil, visto que traz diversas vantagens por meio de sistemas integrados, como:
produtividade, eficiência, valor agregado e, diferenciais competitivos. Iniciado com o advento
dos computadores, essa inovação serviu de estímulo para criação de mecanismos que tornassem
tarefas rotineiras em procedimentos rápidos e muito mais eficientes
Mediante a essas mudanças, Origuela (2017) relata que a contabilidade padronizou suas
informações contábeis, por conta da globalização, o que antes era manual, agora torna-se
digital, fazendo com que as empresas tomem decisões baseadas em informações eficazes e
claras, entregues de imediato. Logo, passou-se a observar a contabilidade com outra visão, além
das já conhecidas atividades rotineiras de registros de dados, passando a atuar de maneira mais
estratégica.
Alcançando, então, a recente e ainda pouco mencionada “Contabilidade 4.0”, termo esse
que remete à quarta Revolução Industrial, no qual Schwab (2016) afirma que transforma os
meios de produção que vem ganhando espaço no cenário empresarial atual. Essa inovação
introduz ao contador a era da Inteligência Artificial, uma disrupção para a área contábil, que
vem trazendo mudanças graduais e significativas.
Em estudos recentes, Oliveira e Malinowski (2016) constataram efeitos da Tecnologia
da Informação na área contábil e verificaram diversas ferramentas que auxiliam os
20

procedimentos contábeis. Como resultado, o estudo compreendeu que a Tecnologia da


Informação motivou diversas áreas da contabilidade a se modificarem na forma de desempenho
da função.
21

METODOLOGIA

Para que sejam atingidos os objetivos da pesquisa em questão e responder a pergunta


estipulada, o trabalho segue uma abordagem metodológica. Silva e Menezes (2005), discorrem
que a metodologia é composta por uma sequência de etapas, seguidas a fim de alcançar os
resultados da investigação de um fenômeno.
Para tanto, neste capítulo é apresentada a metodologia e as etapas para o alcance dos
objetivos propostos. Primeiro é apontada a classificação da pesquisa, seguido pelas técnicas e
instrumentos utilizados na coleta e na análise de dados, o procedimento detalhado da pesquisa
e, por fim, as limitações da pesquisa.

1.5 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

De acordo com Gil (2010), torna-se importante a classificação de uma pesquisa para que
os fatos sejam devidamente organizados e, assim, obter uma melhor compreensão. Raupp e
Beuren (2010) acreditam que a tipologia ideal para pesquisas na área contábil são delimitadas
quanto aos objetivos, procedimentos e abordagem do problema, sendo essa a tipologia utilizada
neste trabalho.

1.5.1 Quanto aos objetivos

Conforme explica Gil (2010, p. 27), “em relação aos objetivos mais gerais, ou
propósitos, as pesquisas podem ser classificadas em exploratórias, descritivas e explicativas”.
Para Selltiz et al. (1965), as pesquisas exploratórias buscam descobrir ideias e intuições,
para adquirir maior familiaridade com o fenômeno pesquisado, nem sempre havendo a
formulação de hipóteses. Essa pesquisa é classificada como exploratória, pois visa proporcionar
maiores detalhes a respeito do assunto indagado.

1.5.2 Quanto aos procedimentos

A respeito dos procedimentos, Raupp e Beuren (2010, p. 83) explicam que “referem-se
à maneira pela qual se conduz o estudo e, portanto, se obtêm os dados”, sendo dividida pelos
mesmos entre pesquisa bibliográfica, levantamento, documental, participante, experimental e
estudo de caso.
22

Segundo Gil (2019), existe uma linha tênue entre o tipo de pesquisa bibliográfica e
documental, uma vez que ambas possuem características similares, onde a pesquisa
bibliográfica é desenvolvida com base em material já analisado, formada principalmente de
livros e artigos científicos, enquanto a pesquisa documental baseia-se em materiais ainda não
tratados, como arquivos públicos, regulamentos e afins. No geral, considera-se como pesquisa
bibliográfica todo material impresso, localizados nas bibliotecas, enquanto a pesquisa
documental utiliza de fontes diversas.
Para este trabalho, apresentou-se um estudo bibliográfico e documental, baseado em
livros, legislação pertinente ao tema e artigos publicados em congressos e revistas
especializadas em contabilidade, destacando suas características, seus benefícios e avanços
alcançados com a utilização dessas ferramentas tecnológicas na área contábil brasileira.

1.5.3 Quanto à abordagem do problema

Quanto à abordagem do problema, “destacam-se as pesquisas qualitativas e


quantitativas” (RAUPP E BEUREN, 2010, p. 91). Existindo também a abordagem mista, onde
a pesquisa utiliza de ambas as abordagens para caracterizar seus dados.
Como afirma Triviños (1987), a abordagem de cunho qualitativo preocupa-se em
trabalhar seus dados em relação aos significados, percebendo como ocorrem os fenômenos
dentro de seu contexto, procurando explicar suas origens, relações e mudanças, tentando, por
fim, compreender suas consequências.
Esse trabalho caracteriza-se de natureza qualitativa, pois trata-se de uma pesquisa com
base em fatos já existentes, bem como análises previamente feitas por outros autores, para
descrever as ferramentas tecnológicas contábeis existentes no Brasil, as quais foram criadas
para facilitar o serviço do contador brasileiro, indicando o antes e depois da existências das
mesmas em relação aos procedimentos contábeis, bem como analisar o reflexo dessas
ferramentas no dia a dia do profissional contábil no Brasil.

1.6 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE PESQUISA

A definição das técnicas e instrumentos metodológicos de uma pesquisa, para Gerhardt


e Silveira (2009), descreve o método utilizado para a coleta de dados e o modo como serão
feitas as análises. Nesse contexto, são descritas as técnicas e instrumentos utilizados nesta
pesquisa.
23

1.6.1 Etapa de coleta de dados

De acordo com Raupp e Beuren (2010, p. 128), “entende-se que os instrumentos de


dados mais abordados pelas ciências sociais no campo da Contabilidade sejam a observação,
os questionários, as entrevistas, os checklists e a pesquisa documental”.
A pesquisa documental é separada em duas partes, a pesquisa de fonte primária
(documental) ou de fonte secundária (bibliográfica), onde a documental trabalha com
informações como arquivos públicos, publicações parlamentares, jurídicas e administrativas,
censos estatísticos, documentos de arquivos privados, cartas e outros, enquanto que na pesquisa
bibliográfica, utiliza contribuições já publicadas, como teses, dissertações, monografias, artigos
em anais e eletrônicos, livros, revistas e afins (RAUPP; BEUREN, 2010).
A coleta de dados deste estudo foi feita por meio de uma pesquisa documental e
bibliográfica, sendo utilizados materiais como consultas normativas emitidas pelo setor
público, sites públicos e privados, artigos científicos e livros, todos aplicáveis ao tema. Os dados
coletados foram analisados no capítulo de discussão dos resultados.

1.6.2 Etapa de análise de dados

Após serem coletados os dados da pesquisa, a próxima etapa é a de análise dos dados,
que “significa trabalhar com todo material obtido durante o processo de investigação [...]”
(RAUPP; BEUREN, 2010, p. 136).
Em meio a diversas técnicas de análise de dados na pesquisa qualitativa, Merriam (1998)
destaca: análise etnográfica, análise narrativa, análise fenomenológica, método comparativo
constante, análise de conteúdo e indução analítica. Já para Raupp e Beuren (2010, p. 137), “o
processo de análise de dados varia em função do plano estabelecido para a pesquisa, o qual é
dividido nas categorias: análise de conteúdo, análise descritiva e análise documental”.
Para analisar os dados dessa pesquisa utilizou-se a análise documental para desenvolver
a análise, que, para Zanella (2013, p. 118) “envolve a investigação em documentos internos (da
organização) ou externos (governamentais, de organizações não governamentais, instituições
de pesquisa, entre outras). É uma técnica utilizada tanto em pesquisa quantitativa como
qualitativa (ZANELLA, 2013).
24

1.7 PROCEDIMENTOS DA PESQUISA

Para a elaboração dessa pesquisa bibliográfica, de cunho exploratória, com abordagem


qualitativa, efetuou-se um levantamento de periódicos nacionais da área de Ciências Contábeis
e Tecnologias, sendo utilizando o modelo de distribuição e frequência de palavras em um texto,
conforme Lei de Zipf da Bibliometria, aplicando o mesmo em repositórios públicos digitais,
dentre eles o Portal de Periódicos CAPES, Repositório UFSC e Google Acadêmico.
O método de levantamento do material constituiu na:
(1) Busca pelas palavras-chave:
a. “Contabilidade”;
b. “Contábil”;
c. “Tecnologia”;
d. “Ferramentas tecnológicas”;
e. “Instrumentos tecnológicos” e;
f. “Otimização de processos”
Foram considerados os artigos que constassem os termos no título, resumo ou palavras-
chave, sempre cruzando-se pelo menos duas das palavras-chave.
(2) Leitura do material coletado.
(3) Download de todos os artigos apurados para a pesquisa, os quais foram organizados
em pastas com seus respectivos nomes de periódicos.
(4) Seleção e marcação das partes mais significativas para o presente trabalho.
Ao final listou-se um total de 30 (trinta) publicações, diretamente ligadas ao tema
proposto nesta pesquisa.
Após a primeira parte de busca de periódicos:
(5) Busca por algumas das ferramentas tecnológicas da contabilidade, idealizadas e
estruturadas pelo governo brasileiro em seus respectivos sites governamentais e/ou
legislação pertinente à ferramenta contábil em questão.
(6) Anotação, a partir dos textos encontrados, sobre informações a respeito de cada
ferramenta tecnológica contábil no Brasil.
(7) Identificação da origem das ferramentas tecnológicas na contabilidade brasileira,
identificando as melhorias na profissão contábil em relação aos procedimentos
contábeis.
25

1.8 DELIMITAÇÕES DA PESQUISA

A pesquisa está limitada à quantidade de artigos nacionais analisados e catalogados nos


repositórios públicos digitais, dentre eles o Portal de Periódicos CAPES, Repositório UFSC e
Google Acadêmico, sendo que a pesquisa limitou-se à procura nos endereços citados por meio
da busca pelos termos citados no item 3.3 deste capítulo em título, resumo ou palavras-chave,
sempre cruzando-se pelo menos duas das palavras-chave
26

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Neste capítulo apresenta-se os resultados de uma pesquisa bibliográfica a serem


analisados e discutidos a partir do referencial teórico relativo ao tema do estudo, o qual tem
como objetivo elencar e descrever as principais ferramentas tecnológicas que modificaram a
operacionalização do serviço do contador brasileiro, trazendo um comparativo após o
surgimento dessas ferramentas.
Com o advento dos computadores pessoais, o desenvolvimento tecnológico contábil foi
alavancado e a busca pelo desenvolvimento de sistemas de informação, bem como a
substituição da escrituração manual mecanizada pelo processo eletrônico, fizeram desse
período um divisor de águas em questões de processos de trabalho na contabilidade (PAIVA,
2002).
Os resultados da pesquisa bibliográfica são apresentados abaixo, destacando as
mudanças que ocorreram ao longo do tempo da história da contabilidade em relação às
tecnologias.

1.9 FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS

No Quadro 1 elencam-se as ferramentas tecnológicas, a frequência com que elas são


mencionadas nas pesquisas anteriores e quais atores as mencionaram.

Quadro 1 - Principais ferramentas tecnológicas abordadas em pesquisas anteriores


Frequência
Ferramentas tecnológicas [1] Autores
de Citação

Andrade (2019); Barros et al (2019); Carvalho


(2018); CFC (2016); Chela (2014); Cunha (2020);
Dutra (2014); Franco et al (2020); GCONT (2011);
SPED (Sistema Público de Gera et al (2013); Junior e Kuhl (2019); Lizote e
21
Escrituração Digital) Menin (2012); Martins et al (2012); Moraes (2009);
Pioner (2011); Santos (2014); Santos et al (2019);
Scherer (2017); Silva et al (2015); Silva et al (2017);
Souza (2012).

Andrade (2019); Barros et al (2019); Carvalho


(2018); Consyste (2020); Dantas (2018); Dutra
(2014); Franco et al (2020); Gera et al (2013); Junior
e Kuhl (2019); Martins et al (2012); Oliveira et al
Softwares Contábeis 20
(2006); Oliveira e Malinowski (2017); Pereira
(2013); Pinto et al (2019); Pioner (2011); Rede
Jornal Contábil (2018); Santos (2014); Santos et al
(2019); Scherer (2017); Silva et al (2017)
Continua
27

Continuação
Frequência
Ferramentas tecnológicas [1] Autores
de Citação

Carvalho (2018); CFC (2016); Dantas (2018);


GCONT (2011); Gera et al (2013); Junior e
Kuhl (2019); Lizote e Menin (2012); Martins et
Certificado digital 16 al (2012); Meu Mundo RH (2019); Moraes
(2009); Pioner (2011); Santos (2014); Scherer
(2017); Silva et al (2015); Silva et al (2017);
Souza (2012).

Andrade (2019); Barros et al (2019); Dantas


(2018); Dutra (2014); Franco et al (2020);
ERP (Enterprise Resource
11 GCONT (2011); Junior e Kuhl (2019); Martins
Planning)
et al (2012); Pinto et al (2019); Santos et al
(2019); Scherer (2017).

Andrade (2019); Barros et al (2019); Carvalho


(2018); Consyste (2020); Junior e Kuhl (2019);
Computação em nuvem 8
Meu Mundo RH (2019); Pinto et al (2019); Rede
Jornal Contábil (2018).

DCTF (Declaração de Débitos e Créditos


3 Barros et al (2019); Cunha (2020); Dutra (2014).
Tributários Federais)

SINTEGRA (Sistema Integrado de


Informações sobre Operações Interestaduais 2 Franco et al (2020); Moraes (2009).
com Mercadorias e Serviços)

DIRPF (Declaração de Imposto de Renda) 1 Lizote e Menin (2012)

GIA (Guia de Informação e Apuração do


1 Dutra (2014)
ICMS)

T-Rex e Harpia 1 Gera et al (2013)

Andrade (2019); Barros et al (2019); Carvalho


(2018); CFC (2016); Dantas (2018); Franco et al
Outras ferramentas mencionadas 9
(2020); Martins et al (2012); Pinto et al (2019);
Pioner (2011).

Notas:
[1] Ferramentas dispostas em ordem decrescente de frequência de citação.
Fonte: dados da pesquisa (2021)

As publicações constantes no Quadro 1 possuem similaridade com o tema central do


presente estudo. Tais publicações analisaram algumas das ferramentas tecnológicas na
contabilidade brasileira, visando elucidar suas funções e importância para a profissão contábil
no Brasil. Dentre elas pode-se observar que a ferramenta tecnológica contábil mais citada dentre
os autores foi o SPED (Sistema Público de Escrituração Digital).
Nas subseções a seguir são apresentadas as ferramentas tecnológicas utilizadas na
contabilidade brasileira, tendo como base os artigos anteriormente citados, com finalidade de
28

informar o ano em que tais ferramentas foram criadas/instituídas, suas funções e como
impactaram positivamente na profissão contábil no Brasil.

1.9.1 SPED (Sistema Público de Escrituração Digital)

O SPED é uma inovação governamental instituído no ano de 2007, mas, conforme cita
Silva et al (2017, p. 30 e 31):

A preocupação em criar uma ferramenta que proporcionasse uniformização das


informação e maior qualidade das mesmas, atendendo igualmente às três esferas
governamentais, já havia entrado em discussão à tempos atrás [...] no primeiro
Encontro Nacional de Administradores Tributários, ou I ENAT, em 2004.

A criação do SPED se deu através do decreto nº 6.022 de 22 de janeiro de 2007, fazendo


parte do Programa de Aceleração e Crescimento, ou PAC (SILVA ET AL, 2017).
A ferramenta é dividida em 12 (doze) módulos, com intuito de unificar em uma só
plataforma todas as principais obrigações acessórias das empresas, tornando mais próxima e
transparente a relação entre o Fisco e os contribuintes, tendo em vista que as informações fiscais
e contábeis são transmitidas eletronicamente, facilitando, assim, a entrega das informações.
Essa ferramenta possibilita o cruzamento de informações dos contribuintes amparando
o combate à sonegação fiscal (SILVEIRA, 2010).
Segundo Silva et al (2017) “o SPED conta com 12 (doze) subprojetos, e de fato a NF-e
foi importante por abrir portas à criação dos demais”, já que a NF-e foi o primeiro subprojeto
do SPED posto em prática, criada no ano de 2005 com intuito de substituir a nota fiscal em
papel.
Os módulos do SPED são:
a) Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e)
Esse módulo serve, basicamente, para registrar qualquer tipo de transporte feito por uma
empresa, para que o Fisco tenha controle e possa verificar se possui incidência de imposto nesse
transporte.

b) Escrituração Contábil Digital (ECD)


A ECD ou SPED Contábil serve como uma versão digital das obrigações contábeis.

c) Escrituração Contábil Fiscal (ECF)


29

A ECF é uma obrigação acessória que serve como substituta de duas documentações: a
Declaração de Informação Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) e o Livro de Apuração
do Lucro Real (LALUR).

d) Escrituração Fiscal Digital Contribuições (EFD Contribuições)


A EFD serve para registrar as contribuições de PIS/PASEP e Cofins.

e) Escrituração Fiscal Digital Contribuições (EFD ICMS/IPI)


A EDF ICMS ou SPED Fiscal é a versão digital das escriturações fiscais, ou seja, são
apurações de impostos, documentos fiscais e outros dados que a empresa executa.

f) Escrituração Fiscal Digital das Retenções e Informações da Contribuição Previdenciária


Substituída (EFD-Reinf)
A EFD-Reinf é um novo módulo criado para complementar o eSocial, que envolve o
lançamento dos rendimentos pagos e retenções do Imposto de Renda, Contribuição Social e
dados da Receita Bruta do cliente para levantar as contribuições previdenciárias.

g) eSocial
O eSocial é um conjunto de todas as obrigações trabalhistas, previdenciárias e fiscais,
para estabelecer um padrão e evitar erros, reenvios e economizar tempo ao Fisco, ao cliente e
ao contador.

h) Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e)


O MDF-e é uma escrituração com informações sobre transporte de mercadorias, onde o
cliente lida com a locomoção dos produtos.

i) Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e)


A NFC-e é a versão eletrônica do comprovante entregue pelo caixa ao cliente ao ser
efetuada uma compra. Não importando o meio em que a venda foi feita, a NFC-e documenta a
operação sem gerar crédito de ICMS.

j) Nota Fiscal Eletrônica (NF-e)


A NF-e documenta uma operação de compra e venda, assim como a NFC-e, mas ela
pode ser utilizada para qualquer operação que vá além daquela com o consumidor final.
30

k) Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e)


A NFS-e foi criada para registrar virtualmente qualquer tipo de operação de prestação
de serviços.

l) e-Financeira
A e-Financeira trata dos interesses da Secretaria da Receita Federal do Brasil, ou seja,
tudo que estiver relacionado às movimentações financeiras da empresa deve ser documentado
neste módulo.
Para Pioner (2011) “o SPED pode ser compreendido como a mola-mestra de uma
verdadeira revolução, caracterizada pela transição da contabilidade de um processo manual e
rudimentar, para outro, digital e mais ágil”.
Lizote e Menin (2012) afirmam que “o SPED, em conjunto com os seus subprojetos,
trouxe significativas mudanças nas rotinas administrativas das empresas de todo o país e,
consequentemente, diversos benefícios para a sociedade, pela fiscalização eletrônica mais
eficaz”.
Conforme sustenta Silveira (2010) O SPED “tornou-se, sem dúvida, a mais preciosa e
poderosa ferramenta de fiscalização, trazendo benefícios para o meio empresarial, como a
redução da concorrência desleal e, em extensão, melhorias para toda a sociedade”.
Carvalho (2018) assinala que “o SPED veio para ficar e deve transformar a realidade de
todos os negócios e o contador não pode ficar alheio a este desafio, visto que este é uma
ferramenta de Tecnologia de Informação, que visa inserir a contabilidade na Era Digital”.

1.9.2 Softwares Contábeis

Os softwares contábeis foram criados com o intuito de auxiliar na atividade profissional,


reduzindo complexidades de processos de registro de documentos, verificação de entradas,
saídas e serviços, efetuar a folha de pagamento das empresas, dentre outras funções.
A respeito dessa ferramenta, Carvalho (2018, p. 10 e 11) aduz que:

O Brasil conta com um sistema tributário extremamente complexo, exigindo dos


profissionais contábeis um conhecimento sempre atualizado sobre o assunto. Dessa
forma para que se mantenha em dia com as matérias tributárias, se faz necessário o
uso de ferramentas de software especificamente desenvolvidas para esse fim.
31

Carvalho (2018) assinala, ainda sobre o uso dos softwares, que “a utilização da
tecnologia e suas ferramentas, diminui de forma significativa a possibilidade erro na emissão
das guias para o recolhimento tanto das obrigações fiscais principais, como das acessórias”.
No Brasil, o primeiro sistema contábil difundido nacionalmente foi o WK Sistemas em
1984. Atualmente o mercado possui uma gama de sistemas disponíveis inclusive em nuvem,
sendo uma ferramenta muito utilizada, que facilitou a atividade profissional do contador
brasileiro, que anteriormente efetuava os livros contábeis de forma manual.
Em sua pesquisa, Pioner (2011) informa que “a partir da década de 80, houve um enorme
crescimento no uso e disseminação dos micros, juntamente com os softwares ligados às áreas
administrativa, comercial, contábil e financeira das empresas”.
Sobre a utilização dos softwares na profissão contábil facilitar a apuração dos balanços
e demonstrações contábeis:

Todos os livros são elaborados de maneira digital, e o documento eletrônico permite


modificações sem que ocorram rasuras. Ao fim dos registros, os documentos poderão
ser apenas impressos, assinados manualmente e arquivados, ou ainda armazenados
nos computadores com assinatura digital válida, dispensando a impressão e
contribuindo também na economia de papel e espaço pelo armazenamento eletrônico
de tais documentos (SILVA ET AL, 2017, p. 29 e 30).

Franco et al (2020) afirmam que “atualmente é em torno dos softwares que gira todas
as obrigações da contabilidade”, logo, conforme exposto por Santos (2014), ter um softwares
contábil “tornou-se indispensável para manipulação, classificação, ordenação, cálculo e
emissão de documentos, como guias para recolhimento de impostos e contribuições, entre
outros, direcionados às várias áreas das empresas, incluindo a área fiscal”.
Como enfatiza Barros et al (2019, p. 7):

[...] Os processos contábeis iniciam com a chegada dos documentos, e das


informações dos clientes para o escritório de contabilidade. Com a chegada dos
documentos [...] os departamentos separam suas funções para escrituração fiscal,
pessoal e contábil. Muitas tarefas ainda são manuais como lançamentos de provisões
e pagamentos das despesas das empresas. Porém o sistema [...] traz plataformas que
prometem inovar e amenizar os processos manuais.

Os softwares de contabilidade resultaram em diversos benefícios ao que se refere à


qualidade e agilidade dos serviços, que antes necessitava de vários funcionários para ser
realizado, hoje é realizado por uma pessoa através destes programas (SANTOS et al, 2019).
32

Cabe, por oportuno, destacar a lição de Martins et al (2012) de que “hoje, por exemplo,
um profissional necessita [...] dispor de softwares que possibilitem a gestão contábil, fiscal,
administração, contas a pagar e a receber, mais os serviços de RH”.

1.9.3 Certificado digital

Disponível desde 2001 no Brasil, o certificado digital tem como função servir como
identidade virtual aos usuários, seja como Pessoa Física (PF) ou Jurídica (PJ), facilitando
transações on-line por meio de assinatura digital, garantindo a autenticidade das operações
realizadas. Esta ferramenta promoveu uma celeridade processual, antes muito mais burocrático
e moroso.
Em comentário a essa ferramenta, o autor Pioner (2011, p. 29) aponta que:

O Certificado Digital é um arquivo eletrônico que serve como identificação do seu


titular, que pode ser uma Pessoa Física ou uma Pessoa Jurídica. Vem a ser uma forma
segura de identificação entre as partes envolvidas em transações via internet, sendo
um documento eletrônico de identidade com validade jurídica no âmbito do ICP
Brasil.

Moraes (2009) informa que “o certificado digital é um documento eletrônico que


possibilita comprovar a identidade de uma pessoa, uma empresa ou um site, com presunção de
validade jurídica nas operações on-line”.
Segundo Dantas (2018) o certificado digital é “uma das principais ferramentas que
auxiliam os contadores”, visto que a segurança da informação é fundamental para que o cliente
tenha confiança no profissional contábil, a certificação digital traz esta segurança, sendo uma
ferramenta que facilita as trocas de dados via ambiente virtual de forma segura, pois estão
protegidas e possuem validade jurídica, uma vez que a assinatura digital é pessoal e
intransferível (CARVALHO, 2018).
Para geração de um certificado digital é necessário uma série de quesitos, solicitado pela
SRF, sendo avaliado e aprovado por um agente credenciado, utilizando os procedimentos legais
para evitar qualquer fraude e presumível clonagem da assinatura no futuro (MORAES, 2009).
Após ser emitido por uma determinada Autoridade Certificadora (AC) ele é gerado,
existindo duas chaves, uma pública e outra privada. A chave privada serve para assinar os
documentos, agindo como uma identidade virtual da pessoa ou organização, já a pública é
utilizada para que a AC forneça validade a tal assinatura (SILVA et al, 2017).
33

Ainda conforme Silva et al (2017, p. 39), o certificado digital possui duas categorias,
A1 e A3:

[...] A chave privada, no A1, fica armazenada no computador e protegida por senha,
possuindo validade de um ano, e no A3 fica armazenada em um cartão inteligente que
pode ser transportado com o propósito de que o contribuinte realize transações onde
desejar, ou então em um token, entendido como um dispositivo eletrônico que gera
senhas aleatórias instantaneamente, as quais são descartadas em um curto espaço de
tempo, garantindo assim maior proteção. Neste caso do modelo A3, o certificado
possui validade de dois ou três anos.

Em sua pesquisa, Souza (2012) informa que a Certificação Digital é um arquivo


eletrônico que identifica seu titular (PF ou PJ), garantindo privacidade nas transações
eletrônicas, probidade na troca de mensagens eletrônicas, autenticidade da assinatura digital e
o não repudio, já que o mesmo não pode ser negado pela parte que o utilizou.

1.9.4 Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning [ERP])

Desenvolvidos em 1990 os sistemas ERP tratam-se de um sistema de gestão


empresarial, utilizado na contabilidade como ferramenta de prestação de serviço para as
empresas e clientes, adicionando informações pertinentes à rotina da empresa e através de
processos automatizados as rotinas são processadas automaticamente, fazendo com que a
empresa obtenha maior produtividade por parte dos contadores.
Segundo Andrade (2019) os sistemas ERP “tiveram origem devido à carência das
empresas em administrar suas estruturas organizacionais”.
Dantas (2018) relata que a ferramenta ERP é utilizada para otimização nos processos,
sendo dividida em módulos para atender melhor cada departamento da empresa, tendo como
objetivo o registro das informações e a integração dos processos de cada departamento.
Para Scherer (2017) a utilização do sistema ERP “[...] representou uma evolução que
veio para atender às necessidades e exigências da legislação, juntamente com o crescimento da
empresa”.
Em relação à importância deste sistema para o profissional contábil é que a implantação
de um sistema ERP na gestão contábil:

É a garantia de guardar as informações e ter acesso a todas elas em uma única base de
dados, para que possa tomar decisões de acordo com os relatórios gerados, realizando
uma projeção dos recursos, podendo aumentar a competitividade de negócios,
controlando as margens de lucros obtidos, custos e despesas de uma organização
(DANTAS, 2018, p. 24).
34

Ainda conforme exposto por Dantas (2018) essa ferramenta permite “um aumento na
produtividade e ao mesmo tempo uma otimização do tempo gasto com as atividades
operacionais contábeis, se tornando uma ferramenta essencial para o contador”.

1.9.5 Computação em nuvem

A computação em nuvem, ou cloud computing, ganhou força no Brasil no ano de 2000


onde passou a ser comercializada em larga escala. Atualmente o armazenamento em nuvem é
muito utilizado pelas empresas, desde pequeno a grande porte, por se tratar de uma ferramenta
que maximiza a segurança dos dados armazenados, bem como facilita seu uso a qualquer tempo
e local.
De acordo com Andrade (2019) “os sistemas em nuvem permitem acesso imediato,
segurança das informações e têm capacidade para suportar e armazenar grande volume de
dados”.
Muitos dos documentos utilizados na contabilidade ainda possuem prazo para serem
guardados fisicamente por força de lei, mas:

O uso de soluções tecnológicas para armazenar documentação em nuvem ou em


servidores locais, tem trazido uma boa economia de espaço. Além de economizar
recursos, o uso do armazenamento virtual, através da digitalização de documentos,
facilita a busca e o arquivamento dos mesmos (Carvalho, 2018, p. 10)

Em sua pesquisa, o autor Andrade (2019) explica que o sistema de computação em


nuvem pode ser dividido em 3 (três) tipos: a nuvem pública, que tem como principal vantagem
o baixo custo e o acesso imediato; a nuvem privada, que possui maior segurança e controle; e a
nuvem hídrica, sendo uma junção de ambas as nuvens, havendo um risco de invasão de
privacidade.

1.9.6 DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais)

Essa declaração foi criada em 1986 e entregue em agência bancária integrante da Rede
Arrecadadora de Receitas Federais, situada na jurisdição da Delegacia da Receita Federal a que
o estabelecimento estiver subordinado (BRASIL, 1986, anexo III) sendo utilizada pela Receita
35

Federal do Brasil para obtenção das informações necessárias para lançamento de crédito
tributário e da forma que o contribuinte utilizou para quitá-lo.
A partir do ano de 1998 passou a ser entregue pessoalmente na unidade da Secretaria da
Receita Federal da jurisdição fiscal da pessoa jurídica (BRASIL, 1998, art. 2°, § 2°). Passou a
ser entregue virtualmente no ano de 2002 (BRASIL, 2002, art. 5°), agilizando os processos
internos e trazendo maior facilidade de entrega.
Configurada como uma obrigação acessória federal, a DCTF serve para declarar os
débitos de tributos e contribuições federais de um determinado período, bem como declarar os
pagamentos, parcelamentos e compensações de tributos, constando também toda informação a
respeito de suspensão da exigibilidade de crédito tributário (CUNHA, 2020).

1.9.7 SINTEGRA (Sistema Integrado de Informações sobre Operações Interestaduais


com Mercadorias e Serviços)

Desenvolvido em 1997, o SINTEGRA é uma obrigação estadual destinada às empresas


que recolhem ICMS e fazem uso do Pagamento Eletrônico de Dados (PED) na emissão de
documentos fiscais e/ou na escrituração dos Livros Fiscais. Este sistema unifica todas as
informações dos contribuintes do ICMS, com base na emissão de notas fiscais.
Segundo o autor Silveira (2010) o SINTEGRA “possibilita o controle informatizado das
operações de entradas e saídas interestaduais realizadas pelos contribuintes de ICMS. Ele segue
o modelo de informações sobre o IVA, da UE, porém adaptado às necessidades dos brasileiros”.
Silveira (2010) assinala, ainda, que algumas das informações pertinentes ao SINTEGRA
já fazem parte do SPED Fiscal não havendo necessidade dos dois envios, sendo este um dos
principais objetivos do programa SPED, para criar uma racionalização e simplificação dos
envios das obrigações acessórias pelos contadores brasileiros.
Com ele o governo fiscalizaria melhor os crimes fiscais, tendo maior acesso às
informações fornecidas pelas empresas, garantindo uma unificação dos dados em um único
sistema, proporcionando à empresa maior segurança nas transações e facilitando a gestão fiscal
e administrativa do negócio, sendo obrigatória a consulta para posterior emissão das notas
fiscais e/ou escrituração dos Livros Fiscais.
O governo a criou acreditando que as informações transmitidas pelo arquivo seriam uma
evolução, sendo utilizada para erradicar os crimes tributários, mas acabaram ficando defasadas
com o passar do tempo e novos tipos de fraudes foram sendo criadas e as empresas estão
36

deixando de utilizar o SINTEGRA, o substituindo pelo SPED, módulo Fiscal (SILVEIRA,


2010).

1.9.8 DIRPF (Declaração de Imposto de Renda)

Conforme assevera CFC (2016) a primeira tentativa de uma instituição do Imposto de


Renda no Brasil surgiu em 1843, por meio da Lei de Orçamento nº 317, mas na época o país
não possuía muitos contribuintes, tornando-se inviável a criação do imposto progressivo ao que
refere-se aos vencimentos recebidos dos cofres públicos, dois anos depois.
A Declaração do Imposto de Renda de fato foi instituída no ano de 1922, pela Lei nº
4.625 de 31 de dezembro de 1922, que orçou a Receita Geral da República dos Estados Unidos
do Brasil para o exercício de 1923, sendo entregue em papel (BRASIL, 1922).
Em 1991, através da Instrução Normativa DPRF Nº 19, de 22 de março de 1991, passou
a ser entregue em forma de disquete (BRASIL, 1991).
No ano de 1998, por meio da Instrução Normativa SRF nº 15, de 11 de fevereiro de
1998, a entrega tornou-se optativa entre disque e via internet (BRASIL, 1998), facilitando o
processo, antes feito em postos de atendimento da Receita Federal, além disso, o canal virtual
trouxe inúmeros benefícios, como melhora na fiscalização, aumento no número de declarações
e disponibilidade de consulta a respeito da restituição, que até então era feita através de
atendimento telefônico.
Conforme expões Cunha (2020) “a DIRF é a declaração feita pela fonte pagadora, com
o objetivo de informar à Secretaria da Receita Federal o valor do imposto de renda retido na
fonte, dos rendimentos pagos ou creditados para seus beneficiários”.
Em comentário a essa questão, os autores Lizote e Menin, (2012) apontam que a
Declaração de Imposto de Renda “exige que os contribuintes prestem diversas informações da
escrita contábil [...] mesmo tendo declarado todos esses dados na ECD. É uma tendência que
essa informação deixe de ser exigida, pois as informações se tornam redundantes”.

1.9.9 GIA (Guia de Informação e Apuração do ICMS)

A GIA é uma declaração estadual relacionada às operações que integram o regime de


substituição tributária do ICMS-ST, sendo atualmente conhecida como DIME (Declaração do
ICMS e do Movimento Econômico).
37

Da mesma forma que a Declaração do Imposto de Renda, a Guia de Informação e


Apuração do ICMS era entregue em forma de papel até o ano de 1989, posteriormente passou
a ser entregue em forma de disquete, até que em 1998 passou a ser transmitida em forma digital
via sistema, trazendo mais facilidade na entrega, bem como agilidade no processamento dos
dados quanto a entrega.

1.9.10 T-Rex e Harpia

Estas duas ferramentas criadas no ano de 2006 tem como função o auxílio no
processamento e fiscalização feita pela Receita Federal Brasileira. O supercomputador T-Rex,
construído pela IBM, é utilizado para processar e cruzar dados dos contribuintes, nele, toda
declaração é comparada com uma base de dados, enquanto o software Harpia, desenvolvido
pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), tem como missão encontrar sonegadores de
impostos.
De acordo com Gera et al (2013) por conta dos avanços tecnológicos “todos os processos
contábeis passaram a ser feitos digitalmente, com a iniciativa do fisco de criar programas e,
através destes, dar base para essas mudanças”, por essa razão o Fisco criou um
supercomputador, T-Rex, e o software Harpia.
Essa inovação teve maior destaque após a implantação da Nota Fiscal Eletrônica, que
no início do século XXI passou a ser emitida eletronicamente, sendo esta uma das inovações
mais amplas criada pelo governo (GERA ET AL 2013).

1.9.11 Outras ferramentas mencionadas

Além das principais ferramentas mencionadas anteriormente, alguns autores citam em


seus trabalhos algumas ferramentas tecnológicas que influenciam a profissão contábil.
Dentre elas temos:
a) Open Banking
Criado pelas instituições financeiras para integração das contas bancárias de seus
usuários de forma automática e em tempo real, para os contadores, a facilidade faz com que os
extratos possam ser importados automaticamente para o sistema utilizado pelo profissional,
assim, os lançamentos são efetuados automaticamente, facilitando a conciliação e
acompanhamento das movimentações.
38

Por meio dessa ferramenta os extratos bancários são facilmente importados


automaticamente para o sistema e, conforme Dantas (2018), “através dessa integração os
sistemas de gestão conseguem identificar automaticamente as classificações dos lançamentos,
[...] facilitando a conciliação e o acompanhamento das movimentações”.
Com isso, evita-se retrabalho e os processos de conciliação levam apenas alguns
segundos para ficarem prontos, havendo mais transparência e agilidade no processo (DANTAS,
2018, p. 26 e 27).

b) Contabilidade Digital
A Contabilidade Digital é uma ferramenta de melhoria nos processos informacionais
referente a modernização tecnológica relacionada às transmissões de informações fiscais e
contábeis das empresas para o governo do Brasil.
Para Andrade (2019) a Contabilidade Digital “objetiva aliviar os profissionais contábeis
com rotinas operacionais que lhes causam sobrecarga e, em contrapartida, otimizar o tempo
para investir na relação com o cliente, guiando decisões e fazendo-se mais presente no dia a dia
das empresas”. Ainda conforme este autor, a Contabilidade Digital abrange todas as
informações do negócio do cliente em tempo real, onde o contador é o responsável por alimentar
essas informações com ajuda de sistemas integrados em nuvem e gera a informação contábil,
capaz de contribuir com a tomada de decisão de seus clientes.
Segundo Carvalho (2018) “seja pela falta de pessoal capacitado, ou pela necessidade de
alto valor a ser investido na aquisição de softwares e equipamentos, a contabilidade digital tem
se tornado um desafio para os contadores”.
A respeito da Contabilidade Digital como inovação na área contábil, ela está:

Relacionada às práticas de inovações governamentais como ferramenta de melhoria


aos processos informacionais referente a modernização tecnológica quanto às
transmissões de informações fiscais e contábeis das empresas para o governo do
Brasil, como por exemplo, através da utilização do Sistema Público de Escrituração
Digital (SPED), que em suma, são utilizados por profissionais da área contábil e fiscal
(JUNIOR E KUHL, 2019, p. 18).

c) Contabilidade On-line
A Contabilidade On-line refere-se ao modelo de negócio com diferenciais na forma de
prestação de serviços contábeis, utilizando a tecnologia para melhor atender aos clientes, sem
o impedimento territorial.
39

Para Junior e Kuhl (2019) a Contabilidade On-line “possibilita que os profissionais da


contabilidade possam atender mais e melhor, com menos estrutura física, visto que, o
atendimento e a gestão das documentações empresariais são executadas de maneira digital.
Andrade (2019) explica que a “contabilidade on-line é gerada pelo próprio cliente, na
qual ele fornece as informações e, por meio de um sistema automatizado, os tributos são
calculados e os relatórios são produzidos de forma imediata”.

d) Big data
De acordo com Junior e Kuhl (2019) o termo big data refere-se a uma área do
conhecimento com finalidade de saber como coletar, analisar e tratar as informações das
empresas com grande volume de dados.
O big data “é utilizado para descrever um grande volume de dados, podendo ser dados
estruturados e não estruturados, presentes nas empresas” (JUNIOR E KUHL 2019, p. 23).
Para os autores Barros et al (2019), Pinto et al (2019) e Franco et al (2020) o termo big
data está incluso no conceito de indústria 4.0, utilizado para representar tudo que se tem de mais
tecnológico no que se diz respeito a produção de bens de consumo, inovações tecnológicas e
controle da informação.

e) Blockchain
Blockchain é uma tecnologia de registro de informações, armazenadas virtualmente,
com medidas de segurança em forma de blocos (JUNIOR E KUHL 2019, p. 24). Ainda
conforme os autores Junior e Kuhl (2019) o blockchain é “uma rede que funciona em blocos
que são encadeados e seguros que carregam um conjunto de conteúdos concomitante a uma
impressão digital de modo a maximizar a segurança das informações armazenadas”.
Barros et al (2019) explicam que o blockchain “é uma espécie de livro contábil que
registra diversas transações e armazena seus registros em vários computadores”. Para estes
mesmos autores:

O responsável por reunir as informações das transações que são inclusas nos blocos,
são os mineradores e cabe a eles calcular o hash corretamente, por serem cálculos
extremamente complexos, o gasto de hardware e software é extremamente alto. Além
das criptomoedas, o blockchain pode ser utilizado para fazer diversos registros, como
por exemplo processos logísticos e que envolvem cargas e envio de mercadorias
(BARROS ET AL, 2019, p. 5).
40

Como o blockchain armazena seus registros em vários computadores distribuídos pelo


mundo, a extinção dos dados se torna praticamente impossível (BARROS ET AL, 2019, p. 5).

f) Criptoativos
Para Junior e Kuhl (2019), os criptoativos “são os ativos virtuais que são protegidos por
criptografias, que estão presentes em registros virtuais”.

g) Criptomoedas
Conforme Junior e Kuhl (2019) as criptomoedas “são as moedas digitais, virtuais,
utilizadas como meios de troca. As criptomoedas não possuem um sistema de centralização do
controle no que tange às trocas comerciais, como exemplo: o Banco Central no Brasil”.
.
h) Inteligência Artificial (IA)
De acordo com Junior e Kuhl (2019) é uma inteligência que, por meio de mecanismos
e softwares, imita a inteligência humana.
De acordo com os autores Barros et al (2019), Pinto et al (2019) e Franco et al (2020) a
inteligência artificial é um dos termos inclusos no conceito de indústria 4.0, utilizado para
representar tudo que se tem de mais tecnológico no que se diz respeito a produção de bens de
consumo, inovações tecnológicas e controle da informação

i) Atendimento on-line
Conforme informado por Meu Mundo RH (2019), o atendimento on-line é uma
tecnologia que permite tornar o atendimento ao cliente mais dinâmico e eficiente, por meio de
ferramentas de contato digital, como e-mail, chat em sites, formulários online e aplicativos de
comunicação em tempo real, como Whatsapp ou Skype.
A respeito das ferramentas contábeis, Dantas (2018) aduz que com o tempo foram sendo
criadas diversas ferramentas que contribuem para o trabalho do contador brasileiro, sendo
fundamental a utilização destas ferramentas para que os profissionais da área consigam se
destacar no mercado atual.
Oliveira e Malinowski (2016) sustentam que “a tecnologia, aliada à contabilidade,
cumpre papel efetivo na implicação das informações necessárias para produzir informações
gerenciais úteis para toda a organização e seus níveis hierárquicos”.
Tais ferramentas apresentadas foram desenvolvidas pelo sistema privado, bem como
pelo sistema público, cada uma delas apresentando uma função principal. Dentre as ferramentas
41

citadas nesta pesquisa, elencam-se as ferramentas criadas pelo setor público e privado e suas
principais funções.

Quadro 2 - Setor de origem e principal foco das ferramentas tecnológicas


Ferramentas tecnológicas criadas Setor Função

Atendimento on-line Privado Otimização dos processos

Big data Privado Otimização dos processos

Blockchain Privado Otimização dos processos

Certificado digital Público Fiscalização e otimização

Computação em nuvem Privado Otimização dos processos

Contabilidade Digital Privado Otimização dos processos

Contabilidade On-line Privado Otimização dos processos

Criptoativos Privado Otimização dos processos

Criptomoedas Privado Otimização dos processos

DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais) Público Fiscalização

DIRPF (Declaração de Imposto de Renda) Público Fiscalização

ERP (Enterprise Resource Planning) Privado Otimização dos processos

GIA (Guia de Informação e Apuração do ICMS) Público Fiscalização

Inteligência Artificial Privado Otimização dos processos

Open Banking Privado Otimização dos processos

SINTEGRA (Sistema Integrado de Informações sobre


Público Fiscalização
Operações Interestaduais com Mercadorias e Serviços)

Softwares Contábeis Privado Otimização dos processos

SPED (Sistema Público de Escrituração Digital) Público Fiscalização

T-Rex e Harpia Público Fiscalização


Fonte: dados da pesquisa (2021)

Pode-se observar que ao todo foram instituídas 7 ferramentas tecnológicas pelo setor
público, enquanto o privado teve 12 iniciativas, sendo algumas dessas ferramentas também
utilizadas pelo setor público, como o Blockchain, bem como há participação do setor privado
na emissão de Certificados Digitais, por exemplo, mediante autorização. Dado o exposto,
42

independentemente do setor de criação, o profissional contábil se beneficia pela utilização de


todas as ferramentas tecnológicas já criadas.
Pode-se observar que o âmago das ferramentas desenvolvidas pelo sistema privado tem
como objetivo a otimização e agilidade nos processos, para melhor atender a demanda da
profissão, enquanto que o foco das ferramentas desenvolvidas pelo sistema pública se dá pela
unificação de informações em sua base de dados para uma melhor fiscalização, constituindo o
que chama-se de Governo Eletrônico ou e-governo.
Fica evidente que com os avanços tecnológicos cada vez mais intensos, diversas
ferramentas foram criadas com intuito de otimizar os processos contábeis no Brasil, bem como
facilitar ao Governo Federal sua fiscalização, consequentemente, aumenta-se a qualidade do
serviço contábil, bem como diminui-se os possíveis erros nas informações processadas.
43

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A atual pesquisa teve como objetivo identificar, por meio de uma análise bibliográfica,
as principais ferramentas tecnológicas relacionadas à transformação digital nos negócios
contábeis no Brasil. Sendo definido os procedimentos de busca de literatura, selecionado os
artigos que compuseram o portfólio de análise e identificadas as ferramentas tecnológicas e
suas características.
Ao ser realizado o estudo, observou-se que a contabilidade sofreu diversas mudanças
relacionadas a sua operacionalização oriundas das evoluções tecnológicas criadas com o passar
dos anos.
Dentre as ferramentas mencionadas, constatou-se que a ferramenta tecnológica mais
citada entre os autores foi o SPED, provavelmente por ser a ferramenta mais recente criada,
bem como a que traz a possibilidade de junção de outras ferramentas que antes eram tratadas
separadamente pelos contadores.
O desenvolvimento do presente estudo, baseado em uma pesquisa bibliográfica,
possibilitou chegar às seguintes conclusões:
a) Existem diversas ferramentas tecnológicas que auxiliam nos processos contábeis, mas
algumas podem ser consideradas mais relevantes do que outras para alguns autores.
b) Dentre as ferramentas citadas, pode-se notar que em suma maioria tem-se como origem
o setor privado, porém, sabe-se que ambos os setores se beneficiam com cada uma de
alguma forma.
c) O Governo Federal vem investindo cada vez mais em ferramentas tecnológicas para
servir de apoio à fiscalização e centralização das informações dos contribuintes.
d) Essas ferramentas criadas pelo Governo Federal, aliadas às ferramentas privadas criadas
até hoje, surgiram com o intuito de aprimorar os processos contábeis no Brasil.
A pesquisa mostrou que a inserção das tecnologias nos processos contábeis trouxe uma
gama de riquezas de informações e essas ferramentas tiveram influência no melhoramento da
eficiência da profissão contábil no Brasil, levando os contadores brasileiros a executarem
trabalhos, antes árduos e de maior dispêndio de tempo, de forma mais ágil e abreviando
possíveis erros, consequentemente facilitando a verificação da informação gerada a partir
dessas funções por seus interessados, evitando possíveis riscos de sofrer adversidades oriundas
de falhas humana.
O estudo apresentou uma certa dificuldade em relação ao conteúdo, considerado pouco
abordado, encontrando-se poucas pesquisas com a mesma metodologia relacionadas ao assunto,
44

sendo importante destacar as limitações da pesquisa referentes à disponibilidade bibliográfica


acerca do tema proposto.
Defronte a tudo que foi exposto, percebe-se a importância dessas ferramentas
tecnológicas no desempenho da profissão contábil no Brasil. É evidente que a contabilidade
está em constante atualização, sendo necessário ao profissional a adaptabilidade e
conhecimento para se manter no mercado, cada vez mais exigente.
Desta forma, conclui-se que foi cumprido o objetivo geral e os objetivos específicos
desta pesquisa, bem como foi possível obter uma resposta ao problema da pesquisa, pois foram
identificadas as ferramentas tecnológicas que auxiliam nos processos contábeis brasileiros, suas
funções e as principais mudanças que ocorreram após o surgimento das mesmas.
45

REFERÊNCIAS

ANDRADE, C. B. H.; MEHLECKE, Q. T. C.. As inovações tecnológicas e a contabilidade


digital: um estudo de caso sobre a aceitação da contabilidade digital no processo de geração de
informação contábil em um escritório contábil do Vale do Paranhana/RS. Revista Eletrônica do
Curso de Ciências Contábeis, v. 9, n. 1, p. 93-122, 2020. Disponível em:
<http://seer.faccat.br/index.php/contabeis/article/view/1596> Acesso em 5 dez. 2020.

AZEVEDO, R. F. L. A percepção pública sobre os contadores: “Bem ou mal na foto”? 2010.


115 f. Dissertação (Mestrado em Contabilidade). Universidade de São Paulo, Faculdade de
Economia, Administração e Contabilidade, 2010.

BARROS, A. L. F. et al. As Inovações Tecnológicas e a Visão Dos Contadores De Franca.


Diálogos Em Contabilidade: Teoria E Prática, V. 7, N. 1, 2019. Disponível em:
<http://periodicos.unifacef.com.br/index.php/dialogoscont/article/view/1981> Acesso em: 06
dez. 2020.

BOWLES, M.; GHOSH, S.; THOMAS, L. Future-proofing accounting professionals:


Ensuring graduate employability and future readiness. 2020. Journal of Teaching and Learning
for Graduate Employability, 11(1), 1-21. Disponível em:
https://ojs.deakin.edu.au/index.php/jtlge/article/view/886. Acesso em 5 dez. 2020.

BRASIL, Decreto-lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946. Cria o Conselho Federal de


Contabilidade, define as atribuições do Contador e do Guarda-livros, e dá outras providências.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del9295.htm>. Acesso em:
17 jun. 2020.

______. Lei n° 4625, de 31 de dezembro de 1922. Orça a Receita Geral da República dos
Estados Unidos do Brasil para o exercício de 1923. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1901-1929/l4625.htm>. Acesso em: 26 jun. 2020.

______. Secretaria da Receita Federal. Instrução Normativa SRF nº 129, de 30 de outubro


de 1986. Institui a Declaração de Contribuições e Tributos Federais - DCTF, estabelece normas
para seu preenchimento e apresentação e dá outras providências. Disponível em:
<https://www.normasbrasil.com.br/norma/instrucao-normativa-129-
1986_73518.html#:~:text=Institui%20a%20Declara%C3%A7%C3%A3o%20de%20Contribu
i%C3%A7%C3%B5es,apresenta%C3%A7%C3%A3o%20e%20d%C3%A1%20outras%20pr
ovid%C3%AAncias.> Acesso em: 17 jun. 2020.

______. Secretaria da Receita Federal. Instrução Normativa DPRF Nº 19, DE 22 DE


MARÇO DE 1991. Institui a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais - DCTF e
estabelece normas para a sua apresentação. Disponível em:
<http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=original&idAto=13232
>. Acesso em: 17 jun. 2020.

______. Secretaria da Receita Federal. Instrução Normativa SRF nº 126, de 30 de outubro


de 1998. Institui a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais - DCTF e estabelece
46

normas para a sua apresentação. Disponível em:


<http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=14862
>. Acesso em: 17 jun. 2020.

______. Secretaria da Receita Federal. Instrução Normativa SRF nº 255, de 11 de dezembro


de 2002. Dispõe sobre a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF).
Disponível em:
<http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=15136
#116954>. Acesso em: 17 jun. 2020.

BURCHELL, S., CLUBB, C., & HOPWOOD, A. G. Accounting in its social context:
Towards a history of value added in the United Kingdom. 1985. Accounting, Organizations
and Society, 10(4), 381–413.

CARVALHO, A. F.. A Era Digital e suas contribuições para a Contabilidade: evolução


histórica dos processos contábeis. 2018. Disponível em:
<http://177.66.14.82/handle/riuea/1063> Acesso em: 16 dez. 2020.

CFC. CFC 70 anos de contabilidade. Brasília: 2016. Disponível em:


<https://cfc.org.br/wpcontent/uploads/2016/08/70anos-cfc.pdf>. Acesso em: 16 nov. 2020.

CHELA, K. K.; SERPE, M. A evolução da contabilidade: contabilidade manual à


tecnológica. Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG, Ponta Grossa, 2014. Disponível
em: <http://www.contabeis.com.br/artigos/2048/evolucaotecnologica-da-contabilidade/>.
Acesso em: 12 ago. 2020.

COELHO, C. U. F. O técnico em contabilidade e o mercado de trabalho: contexto histórico,


situação atual e perspectivas. 2007. Disponível em:
<https://www.bts.senac.br/bts/article/view/823/712>. Acesso em: 12 dez. 2020.

CONSYSTE. A contabilidade do futuro: tecnologia e agilidade. 2020. Disponível em:


<https://consyste.com.br/a-contabilidade-do-futuro-tecnologia-e-agilidade/>, Acesso em: 12
dez. 2020.

CUNHA, A. P. F. M.. Rotinas e ferramentas contábeis: uma experiência prática na WM


Assessoria Contábil. 2020. Disponível em:
<https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/18470/1/APFMC19112020.pdf>
Acesso em: 12 dez. 2020.

CUNHA, S. P. D. O contador frente às constantes mudanças na sociedade: uma abordagem


geral para apurar o perfil deste profissional em três municípios do extremo sul catarinense,
2011. Disponível em:
<http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/559/1/Simone%20Pereira%20da%20Cunha%20.pdf
> Acesso em: 10 dez. 2020.

DANTAS, M. V. D. M. et al. A influência dos sistemas informatizados contábeis na


execução do trabalho do contador. 2018. Disponível em:
<http://ri.ucsal.br:8080/jspui/handle/prefix/804> Acesso em: 10 dez. 2020.
47

D’ÁURIA, F. Primeiros Princípios de Contabilidade Pura. São Paulo, 1948.

DUTRA, W. M.. A evolução tecnológica da contabilidade: um enfoque ao cruzamento de


informações econômico-fiscais no Brasil. 2014. Disponível em:
<http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/3126> Acesso em: 10 dez. 2020.

GERHARDT, T. E.; SILVEIRA, D. T. (Orgs). Métodos de pesquisa. Porto Alegre: Editora da


UFRGS, 2009.

FERNANDES, E. et al. Uso do sistema de informação contábil como ferramenta para a


tomada de decisão nas empresas da região de Contagem – Minas Gerais. IX SEGET
Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, 2012. Disponível em:
<https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos12/44416465.pdf>. Acesso em: 10 dez. 2020.

FILHO, M. C. F.; FILHO, E. J. M. A. Planejamento da Pesquisa Científica. 2 Ed. São Paulo:


Atlas, 2015.

FONSECA, P. M. M. Casa dos Contos. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2006.
Disponível em: https://bndigital.bn.gov.br/dossies/rede-da-memoria-virtual-
brasileira/administracao/casa-dos-contos/. Acesso em: 12 fev. 2021.

FRANCO, G. et al. Contabilidade 4.0: análise dos avanços dos sistemas de tecnologia da
informação no ambiente contábil. CAFI-Contabilidade, Atuária, Finanças & Informação, v.
4, n. 1, p. 55-73, 2021. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/CAFI/article/view/51225>
Acesso em: 10 dez. 2020.

FREY, B. C.; OSBORNE, M. A. The Future of Employment. How Susceptible Are Jobs to
Computerization, 2013. Disponível em:
https://www.oxfordmartin.ox.ac.uk/downloads/academic/The_Future_of_Employment.pdf.
Acesso em: 4 dez. 2020.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2010.

______. Como elaborar projetos de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2019.

HOPWOOD, A. G.. The archeology of accounting systems. 1987. Accounting, Organizations


and Society, 12(3), 207–234.

IUDÍCIBUS, S. D. Teoria da Contabilidade. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2005.

IUDÍCIBUS, S. D.; MARION, J. C. Introdução à teoria da contabilidade. São Paulo: Atlas,


2000.

JESUS, J.B.S.A A evolução da contabilidade através da sua história e as principais escolas


que doutrinam o pensamento contábil. RGSN - Revista Gestão, Sustentabilidade e Negócios,
Porto Alegre, v. 6, n. 2, p. 4-26, out. 2018. Disponível em:
https://www.saofranciscodeassis.edu.br/rgsn/arquivos/RGSN12/artigos/A-evolucao-da-
ontabilidade-JESUS.pdf. Acesso em: 15 mar. 2020.
48

JUNIOR, A. C. e KUHL, M. R. Inovação, Tecnologia E Contabilidade Inovação, Tecnologia


E Contabilidade. 2019. Disponível em: <https://www3.unicentro.br/profnit/wp-
content/uploads/sites/75/2020/01/Cartilha-Inova%C3%A7%C3%A3o-Tecnologia-e-
Contabilidade.pdf>. Acesso em: 10 dez. 2020.

LEE, T. A. Reflections on the origins of modern accounting. 2013. Accounting History,


18(2), 141-161.

LIZOTE, S. A.; MARIOT, D. M.. A estrutura do Sistema Público de Estruturação Digital


(SPED): um estudo das novas obrigações. Navus-Revista de Gestão e Tecnologia, v. 2, n. 2, p.
17-25, 2012. Disponível em: <https://www.redalyc.org/pdf/3504/350450810002.pdf>. Acesso
em: 15 mar. 2020.

MANES, G. Contabilidade Digital: O guia completo. 2018. Disponível em:


https://contadores.contaazul.com/blog/contabilidade-digital. Acesso em: 20 nov. 2020

MARION, J. C. Contabilidade básica. 6 ed. São Paulo: Atlas, 1998.

______. Contabilidade empresarial. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

______. Preparando-se para a Profissão do Futuro. Contabilidade Vista & Revista, v. 9, n.


1, p. 14–21, 1998. Disponível em:
https://revistas.face.ufmg.br/index.php/contabilidadevistaerevista/article/view/101. Acesso
em: 5 dez. 2020.

MARTINS, P. L. et al. Tecnologia e sistemas de informação e suas influências na gestão e


contabilidade. IX SEGeT, 2012. Disponível em:
<http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos12/28816533.pdf> Acesso em: 15 abr 2020.

MARTIN, N. C. Da Contabilidade à Controladoria: A Evolução Necessária. Revista


Contabilidade & Finanças - USP, São Paulo, n. 28, p. 7-28, jan. 2002. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rcf/v13n28/v13n28a01.pdf>. Acesso em: 15 fev 2021.

MEJÍA-SOTO, E., MORA-ROA, G., & MONTES-SALAZAR, C A. Adscripción de la


contabilidad en la estructura general del conocimiento. 2013. Cuadernos de Contabilidad,
14(34), 159-187. Disponível em:
<http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0123-
14722013000100007&lng=en&tlng=es>. Acesso em: 15 fev 2021

MERRIAM, S. B. Qualitative research and case study applications in education. São


Francisco (CA): Jossey-Bass, 1998.

MORAES, E. R. Aspectos Relevantes Da Implantação Da Nota Fiscal Eletrônica: Uma


Abordagem Aos Profissionais De Contabilidade Do Município De Juína-MT, 2009. Disponível
em: <http://www.biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20110804122656.pdf> Acesso
em: 05 dez. 2020.
49

MORETTI M.; DE SOUZA N. V. P., GARCIA R. A Extinção da Profissão do Contador no


Século XXI: Mito ou Realidade? 2020. Disponível em:
<https://congressousp.fipecafi.org/anais/20UspInternational/ArtigosDownload/2650.pdf>.
Acesso em: 05 dez. 2020.

OLIVEIRA. C. et al; Adaptação do Profissional Contábil aos Avanços Tecnológicos: Um


Estudo em Escritórios de Florianópolis. Revista Contemporânea de Contabilidade, ano 03.V.1,
N.6 Jul/Dez 2006, p.21-38. Disponível em:
<https://periodicos.ufsc.br/index.php/contabilidade/article/view/779/620> Acesso em: 01 abr.
2020.

OLIVEIRA, D. B.; MALINOWSKI, C. E. A importância da tecnologia da informação na


contabilidade gerencial. Revista de Administração, Paraná, v.25, p.3-22, 2016. Disponível
em: http://revistas.fw.uri.br/index.php/revistadeadm/article/view/1596. Acesso em: 25 nov.
2020.

OLIVEIRA, E. Contabilidade Informatizada: Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 2000.

ORIGUELA, L. A. Os principais impactos do SPED na profissão contábil: uma análise dos


profissionais de contabilidade. Caderno Profissional de Administração. UNIMEP, v. 7, n. 1
(2017). Disponível em:
http://www.cadtecmpa.com.br/ojs/index.php/httpwwwcadtecmpacombrojsindexphp/article/vi
ew/139. Acesso em 20 nov. 2020

PAIVA, S. B. A. Contabilidade e as novas tecnologias de informação - uma aliança


estratégica. 2002. Revista Brasileira de Contabilidade, (135), 73-80.Disponível em:
<http://rbc.cfc.org.br/index.php/rbc/article/view/424>. Acesso em: 15 fev 2021.

PEREIRA, D. A. A Evolução Da Contabilidade Na Era Da Tecnologia Da Informação.


Revista Científica Semana Acadêmica. Fortaleza, 2013. Disponível em:
<https://semanaacademica.com.br/artigo/evolucao-da-contabilidade-na-era-da-tecnologia-da-
informacao> Acessado em: 20 nov. 2020.

PINTO, L. J. S. A evolução histórica da Contabilidade e as principais escolas doutrinárias.


Rio de Janeiro, 2002. Disponível em:
<https://partidasdobradas.files.wordpress.com/2016/06/ct.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2021.

PINTO, M. D. F. et al. A Indústria 4.0 e sua influência na evolução da Contabilidade: uma


análise da percepção dos docentes do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de
Sergipe. Disponível em: <https://docplayer.com.br/197999564-Palavras-chave-industria-4-0-
ferramentas-digitais-contabilidade-4-0-ensino.html> Acessado em: 20 nov. 2020

RAUPP, F. M.; BEUREN, I. M. Como elaborar trabalhos monográficos em Contabilidade:


teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2010.

RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Sistema Público de Escrituração Digital. Disponível


em: <http://sped.rfb.gov.br/>. Acesso em: 01 fev. 2021.

SÁ, A. L. D. Teoria da Contabilidade. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 1999.


50

______. História geral e das doutrinas da contabilidade. São Paulo: Atlas, 1997

______. História geral da contabilidade no Brasil. Brasília: Conselho Federal de


contabilidade, 2008.

SANTOS, B. L. et al. Profissão contábil em tempos de mudança: implicações do avanço


tecnológico nas atividades em um escritório de contabilidade. Revista Contabilidade e
Controladoria, v. 11, n. 3, 2020. Disponível em:
<https://revistas.ufpr.br/rcc/article/view/71765> Acesso em: 01 dez. 2020.

SANTOS, F. C. A Contabilidade na Era Digital. Anuário de Produções Acadêmico-Científicas


dos Discentes do Centro Universitário Araguaia, v.3 ∙ 2015 ∙ p. 21-35. 2014. Disponível em:
<http://www.faculdadearaguaia.edu.br/sipe/index.php/anuario/article/view/268/241> Acesso
em: 01 dez. 2020.

SCHERER, T. M.; FAGUNDES, D. S.. A evolução dos processos contábeis com as novas
tecnologias: estudo de caso em uma indústria metalúrgica no Vale do Paranhana no Rio Grande
do Sul. Revista Eletrônica do Curso de Ciências Contábeis, v. 7, n. 1, p. 90-115, 2018.
Disponível em: <http://seer.faccat.br/index.php/contabeis/article/view/687> Acesso em: 01
dez. 2020.

SCHMIDT, Paulo. História do Pensamento Contábil. Porto Alegre: Bookman, 2000.

SCHWAB, Klaus. A Quarta Revolução Industrial. World Economic Forum, 2016.

SEBOLD, M., PIONER, L. M., SCHAPPO, C., & PIONER, J. J. M. Evolução da


contabilidade brasileira: do governo eletrônico ao sistema público de escrituração digital–
SPED. Enfoque: Reflexão Contábil, v. 31, n. 2, p. 23-32, 2012. Disponível em:
<http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/Enfoque/article/view/14603> Acesso em: 01 dez.
2020.

SELLTIZ, C.; WRIGHTSMAN, L. S.; COOK, S. W. Métodos de pesquisa das relações


sociais. São Paulo: Herder, 1965.

SILVA, E. L. D.; MENEZES, E. M. Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação.


4. ed. Florianópolis: UFSC, 2005.

SILVA, G. A. V. et al. O Avanço Da Tecnologia Na Contabilidade: um estudo de caso junto


ao supermercado Noêmia. Diálogos em Contabilidade: Teoria e Prática, v. 3, n. 1, 2015.
Disponível em: <http://periodicos.unifacef.com.br/index.php/dialogoscont/article/view/1247>
Acesso em: 01 dez. 2020.

SILVA, S. E. D. S. P., et al. A evolução da escrituração contábil à era digital, com foco na
escrituração contábil digital e escrituração contábil fiscal: desafios dos contadores no
cenário atual. Revista Saber Eletrônico, v. 1, n. 3, p. 38, 2017. Disponível em:
<https://sabereletronico.emnuvens.com.br/saber/article/view/4> Acesso em: 15 fev. 2020.
51

SILVEIRA, S. R. D.. Sintegra Versus Sped Fiscal: um estudo comparativo das principais
informações contidas nos arquivos enviados ao fisco. 2010. Disponível em:
<http://tcc.bu.ufsc.br/Contabeis294125.pdf> Acesso em: 15 fev. 2020.

SOUZA, S. P. O novo perfil do profissional de contabilidade na nova era. Revista científica


semana acadêmica. Fortaleza, 2013. Disponível em:
<http://semanaacademica.com.br/system/files/artigos/artigosimarlisouzapdfcorreto.pdf>
Acesso em: 15 fev. 2020.

GCONT. Os Principais Aspectos das Inovações Tecnológicas na Contabilidade. Disponível


em: <https://gcont.wordpress.com/anteprojeto/> Acesso em: 02 abr 2020.

TOLEDO, J. C. et al. Qualidade: gestão e métodos. Rio de Janeiro: LTC, 2013

TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em


educação. São Paulo: Atlas, 1987.

ZANELLA, L. H. Metodologia de Pesquisa, 2013. Disponível em:


<http://arquivos.eadadm.ufsc.br/EaDADM/UAB_2014_2/Modulo_1/Metodologia/material_di
datico/Livro%20texto%20Metodologia%20da%20Pesquisa.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2020

You might also like