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EXMO. SR. DR.

DESEMBARGADOR RELATOR DO EGRÉGIO TRIBUNAL


REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃO – GOIÁS.

Processo nº ATOrd XXXXX


Agravante XXXXX
Agravadas XXXXX

XXXXX, devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe que move


contra TOMADORA e PRESTADORA, vem respeitosamente à presença de V. Exa., por seu
procurador ao final assinado, com fulcro no Art. 897, “b” da CLT, interpor:

AGRAVO DE INSTRUMENTO

Para o Egrégio TST, de acordo com as razões expostas em anexo, demonstrando,


desde logo, o atendimento dos pressupostos de admissibilidade recursais.

DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE

Estão presentes neste agravo os pressupostos de admissibilidade extrínsecos e


intrínsecos, sendo eles: cabimento, legitimidade, interesse em recorrer, inexistência de fato
impeditivo ou extintivo do poder de recorrer, tempestividade, representação e regularidade formal.

Quanto ao preparo, este é dispensado visto se tratar do recorrente ser o empregado


e quanto as custas, está dispensado pela gratuidade judiciária.

DA FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO
Tendo em vista que o processo tramita de forma eletrônica e que o E. TST tem
acesso aos documentos neste juízo a quo, dispensada a formação do instrumento nos termos do art.
897, §5º da CLT.

Requer ainda deste juízo, a retratação quanto ao despacho denegatório ao Recurso


de Revista pelas razões que encontram-se no mérito do recurso.

Por fim, requer seja o presente recurso conhecido, intimada a agravada para
apresentar sua resposta, seja encaminhado ao egrégio TST com as cautelas de praxe.

Termos em que,
Pede Deferimento.

Goiânia, 13 de novembro de 2023


ADVOGADO OAB

MINUTA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO


Interposto o Recurso de Revista pelo ora agravante, sob o fundamento de decisão
contrária a súmula de jurisprudência deste tribunal, bem como divergência jurisprudencial na
interpretação do Art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, o juízo a quo negou seguimento ao recurso
aduzindo que para concluir pela responsabilização subsidiária do ente público, seria necessário que
restasse demonstrado pelo empregado que o Poder Público contratante tenha tido ciência de
irregularidade trabalhista cometida pela empresa contratada e tenha permanecido inerte quanto a
eventuais medidas saneadoras.
Contudo, tal decisão não merece guarida conforme será exposto nesta minuta,
sendo que, após apreciação deste tribunal, requer seja o presente recurso acolhido para apreciação
do mérito do recurso de revista.

SÍNTESE PROCESSUAL

Em primeiro grau a agravante buscou a condenação da empregadora e


subsidiariamente do Ente Público contratante no pagamento das verbas rescisórias, estabilidade
gestante e indenização por danos morais. Em razão da empregadora ter demitido sem justa causa a
empregada gestante, e não ter realizado o pagamento das verbas respectivas bem como não ter
realizado a liberação das guias pertinentes.

Na fase de instrução restou provada a gestação, a rescisão sem justa causa, bem
como que durante todo o contrato de trabalho prestou seus serviços para o Ente Público contratante.

Muito embora provado a terceirização de mão de obra e ausência de fiscalização


do contrato por parte da Administração Pública, restou improcedente a responsabilização subsidiária
da Reclamada Furnas Centrais Elétricas, sob o argumento de que o STF por meio de decisão
prolatada na ADPF 324 e RE 958.252 declarou ser lícita a terceirização de qualquer atividade, seja
meio ou fim.

Em sede recursal, o juízo a quo manteve a sentença de piso sob o argumento de


que o entendimento do STF é no sentido de que, para que haja a responsabilização do Poder
Público, “cabe ao reclamante a demonstração de conduta comissiva ou omissiva do ente
público, num comportamento sistematicamente negligente em relação aos terceirizados”.

Contudo, a revista é necessária visto que a decisão é claramente contraria à


notória e atual jurisprudência pacífica da SBDI-1 do TST firmada no julgamento dos autos do Ag-
AIRR-10340-74.2021.5.15.0082, bem como à súmula 331 do TST; vez que atribui ao Reclamante
o ônus probatório de comprovar a conduta omissiva (culpa in vigilando) do Ente Público na
contratação e fiscalização do contrato com a prestadora de serviços (culpa in eligendo).

DAS RAZÕES RECURSAIS

Assim decidiu o juízo a quo quando do primeiro juízo de admissibilidade:


“PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
Responsabilidade Solidária / Subsidiária / Tomador de Serviços
/Terceirização / Ente Público

Como se observa, a Turma Julgadora, amparada no entendimento


ACÓRDÃO prevalecente no âmbito do Excelso STF, entendeu que, no caso, não restou
demonstrado que o Poder Público contratante tenha tido ciência de
AGRAVADO
irregularidade trabalhista cometida pela contratada e, ainda assim,
quedado-se inerte quanto a eventuais medidas saneadoras. Diversamente
disso, ficou consignado no acórdão que a inadimplência do ente
empregador limitou-se à estabilidade gestante e verbas rescisórias,
impondo-se concluir, portanto, pela regularidade das parcelas contratuais
trabalhistas e, portanto, não havendo que se falar de culpa in vigilando.
Assim, diante do quadro fático-probatório delineado no acórdão
recorrido, não cabe cogitar de afrontas aos dispositivos apontados nem
de contrariedade ao indigitado verbete sumular, a autorizar o regular
trânsito da revista. Arestos provenientes de órgãos não elencados na
alínea "a" do artigo 896 da CLT não se prestam ao fim colimado. Os
arestos sem indicação de fonte oficial de publicação ou de repositório
autorizado de jurisprudência são inservíveis ao confronto de teses
(Súmula337/I/TST).”

A análise do Recurso de Revista pelo primeiro juízo de admissibilidade


encontra-se equivocada, sendo que, não se coaduna com o entendimento sumulado desta Corte,
tampouco se busca com o recurso, o reexame de fatos ou provas.

A discussão paira sobre a distribuição do ônus da prova, afronta à jurisprudência


pacificada pela SDBI-1 (Ag-AIRR-10340-74.2021.5.15.0082), e Súmula 331 do TST.

O v. acórdão afastou a responsabilidade subsidiária da 2ª Reclamada, por


entender que compete ao Reclamante o ônus de demonstrar que o Ente Público não fiscalizou
suficientemente o cumprimento das obrigações trabalhistas por parte da 1ª Reclamada.

Em folhas 639/653, nas razões do Recurso de revista, é apontado de forma


delineada a divergência jurisprudencial entre o acórdão do juízo de piso e outros acórdãos
proferidos por esta corte nos autos de nº:

AgAIRR-10340-74.2021.5.15.0082 1ª Turma, Relator Ministro Amaury


Rodrigues Pinto Junior, DEJT 01/06/2023;

RR-1464-30.2010.5.02.006 2ª Turma, Relatora Ministra Liana Chaib, DEJT


02/06/2023;

Ag-RRAg-100299-49.2021.5.01.0081 3ª Turma, Relator Ministro Jose Roberto


Freire Pimenta, DEJT 02/06/2023;

Ag-RRAg-100117-21.2020.5.01.0074 5ª Turma, Relator Ministro Douglas


Alencar Rodrigues, DEJT 02/06/2023;

RR-753-34.2014.5.05.0023 6ª Turma, Relator Desembargador Convocado Jose


Pedro de Camargo Rodrigues de Souza, DEJT 02/06/2023;

AIRR-10155-15.2018.5.03.0134 7ª Turma, Relator Ministro Alexandre de


Souza Agra Belmonte, DEJT 26/05/2023.

ACÓRDÃO IMPUGNADO ACÓRDÃO PARADIGMA

[...]Saliento que o entendimento do STF é no "RECURSO DE REVISTA. APELO


sentido de que, para que haja a SUBMETIDO À LEI Nº 13.015/2014.
responsabilização do Poder Público, cabe ao RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA.
TEMA DE REPERCUSSÃO GERAL Nº 246
reclamante a demonstração de conduta
DO STF. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
comissiva ou omissiva do ente público, num CULPA IN VIGILANDO . COMPROVAÇÃO.
comportamento sistematicamente negligente ÔNUS DA PROVA. O Supremo Tribunal
em relação aos terceirizados, não servindo Federal, ao julgar o precedente vinculante
para tanto a sentença condenatória do constituído pelo Tema 246 da Repercussão
empregador quanto às verbas trabalhistas do Geral (RE nº 760.931/DF), fixou a tese jurídica
curso do contrato ou as rescisórias. Verifico, no segundo a qual "o inadimplemento dos encargos
trabalhistas dos empregados do contratado não
presente feito, que não restou evidenciada a
transfere automaticamente ao Poder Público
conduta culposa da 2ª reclamada (FURNAS- contratante a responsabilidade pelo seu
CENTRAIS ELETRICAS S.A.) quanto ao pagamento, seja em caráter solidário ou
cumprimento das obrigações da Lei 8.666/93, subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº
especialmente a fiscalização do cumprimento 8.666/93" . Com isso, o Pretório Excelso deixou
das normas trabalhistas pela prestadora de claro que a dicção do art. 71, § 1º, da Lei nº
serviços como empregadora. [...] Nego 8.666/1993, apesar de constitucional, como
delimitado por ocasião do julgamento da ADC
provimento[...] (GRIFAMOS)
nº 16, não representa o afastamento total da
responsabilidade civil do Estado em contratos
de terceirização, mas, ao revés, indica a
existência de tal responsabilidade em caso de
haver elementos de comprovação da culpa do
ente público pelo inadimplemento dos encargos
trabalhistas da empresa terceirizada. A
Subseção I Especializada em Dissídios
Individuais desta Corte, em sua Composição
Plena, em sessão realizada em 12/12/2019,
por ocasião do julgamento do Processo TST-
E-RR-925-07.2016.5.05.0281, da Relatoria do
Exmo. Ministro Cláudio Brandão, em
avaliação da tese firmada pelo Supremo
Tribunal Federal nos autos do Recurso
Extraordinário nº 760.931/DF, concluiu que a
matéria pertinente ao ônus da prova não foi
definida pela Suprema Corte, ao fixar o
alcance do Tema 246, firmando que é do
Poder Público o ônus de demonstrar que
fiscalizou de forma adequada o contrato de
prestação de serviços. Tendo em vista que o
acórdão regional está fundado na ausência de
demonstração pelo ente da Administração
Pública da fiscalização do contrato de prestação
de serviços, matéria infraconstitucional em que
o Supremo Tribunal Federal não fixou tese no
exame do RE 760.931/DF, segundo o
entendimento da SBDI-1 do TST, impõe-se o
não conhecimento do recurso de revista.
Recurso de revista não conhecido" (RR-753-
34.2014.5.05.0023, 6ª Turma, Relator
Desembargador Convocado Jose Pedro de
Camargo Rodrigues de Souza, DEJT
02/06/2023).

Fonte: DEJT - Orgão Judicante: 6ª Turma


Relator:Jose Pedro de Camargo Rodrigues de Souza,
Julgamento: 31/05/2023
Publicação: 02/06/2023, Tipo de Documento: Acordão,
site: https:jurisprudência.tst.jus.br/?tipoJuris=SUM&
órgão=TST&pesquisar=1

Ademais, o mérito do Recurso de Revista, paira sobre a contrariedade da decisão


recorrida com a Súmula 331 desta corte, e nos limites da decisão do STF na ADC 16/DF (Tema 246
da Repercussão Geral do STF), pois impõe requisito inexistente para reconhecimento da
responsabilidade subsidiária do Ente Público, vejamos:

Nos termos do voto do Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, desta corte, nos
autos do processo AIRR-10340-74.2021.5.15.0082:

“Impede ressaltar que o Tribunal de origem não reputou o ora recorrente


como responsável subsidiário com base no mero inadimplemento das
obrigações trabalhistas da empresa contratada, mas a partir da incidência
do dever legal atribuído à administração pública de fiscalizar a execução
do contrato celebrado com a empresa prestadora dos serviços como
empregadora, nos termos do art. 67 da mesma Lei nº 8.666/93. No caso
concreto, o Tribunal Regional reconheceu a responsabilidade subsidiária do
tomador dos serviços por conduta omissiva na fiscalização do cumprimento
das obrigações contratuais e legais da empresa prestadora de serviços
como empregadora, e não pelo mero inadimplemento, nos moldes da
Súmula nº 331, V e VI, do TST e nos limites da decisão do STF na ADC
16/DF. Portanto, não houve transferência automática ao Poder Público
contratante da responsabilidade pelo pagamento das obrigações
trabalhistas, nem foi aplicada a responsabilidade objetiva a que se refere o
art. 37, § 6º, da CF.A propósito do reconhecimento da responsabilidade
subsidiária da Administração Pública que contrata empresa terceirizada
para a prestação de serviços, o STF adotou a sistemática da repercussão
geral (Tema 246), firmando a seguinte tese: "O inadimplemento dos
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade pelo seu
pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71,
§ 1º, da Lei nº 8.666/93". No julgamento dos segundos e terceiros Embargos
de Declaração no RE 760.931, o Tribunal Pleno do STF firmou tese
jurídica, em definitivo, no sentido de que "a responsabilidade subsidiária do
poder público não é automática, dependendo de comprovação de culpa in
eligendo ou culpa in vigilando, o que decorre da inarredável obrigação da
administração pública de fiscalizar os contratos Este documento pode ser
acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código
100534E002108656E6. administrativos firmados sob os efeitos da estrita
legalidade" (Acórdão: Min. EDSON FACHIN, DJE- 06/09/2019). Ocorre
que o STF não adotou tese sobre a distribuição do ônus da
prova, ante a natureza ordinária da matéria, cabendo ao TST
definir a tese jurídica a respeito, o que, aliás, já o fez a SbDI-1,
em recente decisão, no julgamento do PROC. E-RR-925-
07.2016.5.05.0281, ao estabelecer que incumbe ao tomador dos
serviços o encargo da prova de que fiscalizou de forma efetiva,
eficaz, o cumprimento das obrigações contratuais e legais da
empresa prestadora de serviços como empregadora, aí incluídas
as obrigações trabalhistas. Inviável, portanto, aferir a violação de
disposição de lei federal e/ou da Constituição da República, tampouco
dissenso pretoriano, à consideração de que o acórdão regional foi proferido
em sintonia com a Súmula nº 331, V e VI, do TST, nos limites do julgamento
proferido pelo STF na ADC 16/DF e no RE 760.931. (grifamos)”
Trata-se do entendimento da Súmula 331 do C. TST da qual se transcreve:

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE.


[...]
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços
quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual
e conste também do título executivo judicial.

V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta


respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso
evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei
n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das
obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora.
A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada.
Observação: (nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à
redação) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011

Extrai-se da análise da jurisprudência e do verbete que a responsabilização do


Ente Público não é automática, sendo necessário que se evidencie a conduta culposa do tomador
no cumprimento das obrigações da Lei 8.666/93. Esse é o mesmo sentido do Tema 246 firmado
pelo STF.

Ocorre que o v. acórdão em afronta aos dispositivos mencionados e ainda aos


Artigos 373, II, do CPC/2015 e 818 da CLT, atribui injustificadamente ao empregado o ônus de
provar a fiscalização deficiente por parte do Poder Público, conferindo-lhe o encargo de produzir
provas de difícil obtenção.

Segue novamente trecho do v. acórdão:

ID. 2558017 - Pág. 5, [...] Saliento que o entendimento do STF é no sentido de que, para que
7/8 haja a responsabilização do Poder Público, cabe ao reclamante a
demonstração de conduta comissiva ou omissiva do ente público, num
comportamento sistematicamente negligente em relação aos terceirizados,
não servindo para tanto a sentença condenatória do empregador quanto
às verbas trabalhistas do curso do contrato ou as rescisórias. [...]
(grifamos)
Aqui, neste trecho também se vê a discussão da interpretação da própria
jurisprudência desta corte e do Tema 246 do STF, e em nada tem a ver com o reexame de fatos e
provas.

Os fatos já foram fixados, é incontroverso que havia a prestação de serviço para o


Ente Público tomador, e ainda que a primeira Reclamada rescindiu o contrato de trabalho sem pagar
nenhuma parcela rescisória e/ou indenizatória, bem como que a 2ª Reclamada ciente da falta da
prestadora efetuou pagamento de salários diretamente a obreira:

Vejam Excelências, que há transcendência política e jurídica no Recurso de


Revista, posto que, a interpretação do acórdão recorrido, dá guarida a impor requisito não previsto
na lei, tampouco aceito pela jurisprudência sumulada desta corte, a saber, a exigência de que o
empregado comprove a fiscalização ineficaz do contrato de trabalho por parte do Ente Público, ao
passo que nem o STF (Tema 246) nem o TST (Súmula 331) firmaram tal exigência.

Logo, conclui-se que o Agravante busca tão somente a pacificação da


jurisprudência a respeito do tema “É do Poder Público o ônus de demonstrar que

fiscalizou de forma adequada o contrato de prestação de serviços”, com aplicação


do entendimento firmado pela SBDI-1 no julgamento do processo TST-E-RR-925-
07.2016.5.05.0281, da Relatoria do Exmo. Ministro Cláudio Brandão; considerando ainda o
disposto no Art. 818, II, da CLT (O ônus da prova incumbe ao Reclamado quanto à existência de
fato extintivo e impeditivo do direito do Reclamante), e as definições fixadas no entendimento
sumulado nº 331, IV, V e VI desta Corte.
ATENDIMENTO DO RECURSO DE REVISTA ÀS EXIGÊNCIAS DA
SÚMULA 337, I, DO TST.

Também não merece guarida o v. acórdão agravado no tocante aos seguintes


trechos:

“Arestos provenientes de órgãos não elencados na alínea "a" do artigo 896


da CLT não se prestam ao fim colimado. Os arestos sem indicação de fonte
oficial de publicação ou de repositório autorizado de jurisprudência são
inservíveis ao confronto de teses (Súmula337/I/TST).”

Primeiramente, percebe-se do Recurso de Revista que se deseja destrancar, que


toda sua fundamentação é baseada em súmulas e jurisprudência desta Corte, conforme preceitua o
Art. 896, “a” da CLT. Visto que em sede de RR, no item V - CABIMENTO NOS TERMOS DO
ARTIGO 896, ALÍNEA “a”, DA CLT (folhas 637), houve claro destaque que o acórdão desafiado
estava em contradição com a Súmula 331, IV, V e VI do TST, pois a decisão incumbia ao
Reclamante o ônus de comprovar a falta ou ineficácia da fiscalização do contrato por parte do Ente
Público, enquanto a súmula e jurisprudência desta Corte vão em sentido contrário.

Da mesma forma, todos os acórdãos citados no Recurso de Revista indicam a


fonte oficial de publicação, atendendo o mandamento da Súmula 337, I, desta Corte.

No RR, folhas 647/653, seguem arestos atuais desta E. Corte, que afirmam que “o
ônus de demonstrar que fiscalizou de forma adequada o contrato de prestação de serviços é do
tomador Ente Público”, e em todas as citações há a indicação da fonte: “DEJT – DIÁRIO
ELETRÔNICO DA JUSTIÇA DO TRABALHO”, encontrados no site:
https://jurisprudencia.tst.jus.br/

Nesta senda, o RR atende as definições do verbete 337, I, do TST, merecendo


análise por preenchimento de todos os pressupostos intrínsecos e extrínsecos.

DOS REQUERIMENTOS FINAIS

Requer diante do exposto o conhecimento e o provimento do presente agravo de


instrumento para o destrancamento do Recurso de Revista e seu regular processamento.
Termos em que

Pede deferimento

Goiânia, 13 de novembro de 2023

FABIO JUNIO DA CONCEIÇÃO JOSEPH BRYAN PORTELA DOS SANTOS

OAB/GO nº 54.069 OAB/GO nº 39.044

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