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Parasitologia - Aline
Parasitologia - Aline
Aqui estão alguns dos principais componentes e informações que podem ser obtidos a partir de um
exame coprológico funcional (Pontes, J. F., 1941):
• Aspecto das fezes: O exame avalia a cor, a consistência e a forma das fezes, o que pode
indicar problemas como diarreia, constipação ou anormalidades na absorção de gorduras.
• Sangue oculto: O teste pode detectar traços de sangue nas fezes que podem indicar
sangramento gastrointestinal, como úlceras, hemorroidas ou outras condições mais sérias.
• Presença de parasitas: O exame pode identificar a presença de parasitas intestinais, como
vermes, protozoários ou ovos de parasitas, que podem causar infecções intestinais.
• Conteúdo de gordura: A quantidade de gordura nas fezes pode ser medida, o que é útil
na avaliação de problemas de má absorção de gordura, como ocorre na doença celíaca ou
na síndrome do intestino curto.
• Avaliação de fibras alimentares: O teste pode medir a quantidade de fibras presentes nas
fezes, o que pode ajudar na avaliação da ingestão dietética de fibras e da função intestinal.
• Outros marcadores: Além disso, podem ser realizados testes adicionais para avaliar a
presença de substâncias anormais, como muco ou glóbulos brancos, que podem ser
indicativos de inflamação ou infecção intestinal.
O exame coprológico funcional é frequentemente prescrito por médicos gastroenterologistas para
auxiliar no diagnóstico e no acompanhamento de distúrbios gastrointestinais, como doença
inflamatória intestinal, síndrome do intestino irritável, infecções intestinais e outros problemas
relacionados ao sistema digestivo. É importante seguir as orientações do profissional de saúde e
coletar as amostras de fezes de acordo com as instruções fornecidas para obter resultados precisos.
DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS
ROTEIRO: 2 AULA: 1 DATA DA AULA: 15/09/2023
Objetivo: O objetivo da Aula 1 foi familiarizar os alunos com a técnica de exame de fezes para
pesquisa de protozoários, utilizando as técnicas de Sheater e Faust. Essas técnicas visam realizar
um exame coproparasitológico qualitativo, com ênfase na detecção de cistos e oocistos de
protozoários intestinais por meio do princípio de centrífugo-flutuação.
Técnica de Sheater:
Essas técnicas são cruciais em parasitologia clínica para o diagnóstico de infecções parasitárias
intestinais. A capacidade de preparar, processar e analisar amostras de fezes de forma precisa é
uma habilidade essencial em laboratórios de análises clínicas.
O exame coproparasitológico é um teste laboratorial usado para pesquisar a presença de
protozoários em amostras de fezes humanas. Existem várias técnicas e métodos diferentes para
realizar esse tipo de exame, sendo dois dos mais comuns o método Sheather (ou Sheather's sugar
flotation) e o método Faust (ou Faust's zinc sulfate flotation). Ambos os métodos têm o mesmo
objetivo, que é concentrar e identificar protozoários nas fezes do paciente (MOREIRA, C. S.,
2018).
Aqui está uma breve descrição de cada um desses métodos (MOREIRA, C. S., 2018):
• Método Sheather (Sheather's Sugar Flotation): Neste método, uma solução de açúcar,
geralmente sacarose, é usada para criar uma densidade específica na qual os parasitas,
como protozoários, podem flutuar enquanto as partículas não parasitárias afundam. O
procedimento envolve a mistura das fezes do paciente com a solução de açúcar em um tubo
de ensaio. A amostra é, então, centrifugada para forçar a sedimentação das partículas não
parasitárias e permitir que os protozoários flutuem na superfície. A parte superior do tubo
é examinada microscopicamente para a detecção de protozoários.
• Método Faust (Faust's Zinc Sulfate Flotation): Neste método, em vez de açúcar, uma
solução de sulfato de zinco é usada para criar a densidade necessária para a flotação dos
parasitas. As fezes do paciente são misturadas com a solução de sulfato de zinco e, em
seguida, coletadas em um funil ou copo cônico. O material é centrifugado para concentrar
os protozoários na parte superior da solução. A camada superficial é examinada
microscopicamente para identificar a presença de parasitas.
Ambos os métodos têm suas vantagens e desvantagens, e a escolha entre eles pode depender das
preferências do laboratório e do profissional de saúde. O exame coproparasitológico é
frequentemente solicitado quando há suspeita de infecção por protozoários, como Giardia lamblia
ou Entamoeba histolytica. A detecção desses protozoários nas fezes é importante para o
diagnóstico e o tratamento adequado de infecções intestinais.
Procedimento:
• Começamos por colocar a objetiva de menor aumento na direção da luz, ajustando-a pelo
movimento do revólver do microscópio.
• Colocamos a lâmina, com a lamínula voltada para cima, na platina do microscópio.
• Encostamos o condensador na lâmina e ligamos a luz do microscópio.
• Utilizamos o parafuso macrométrico para mover a platina até que o parasito estivesse
focalizado em uma imagem nítida.
• Aperfeiçoamos o foco utilizando o parafuso micrométrico, observando as estruturas
indicadas pelo professor que podiam ser identificadas com o aumento utilizado.
• Repetimos esse processo com as outras objetivas, indo até a objetiva de 40X. Nessa última,
utilizamos apenas o parafuso micrométrico para ajustar o foco.
• Se necessário, ajustamos a iluminação para garantir uma visualização adequada.
A técnica de focalização utilizando o parafuso macrométrico e micrométrico, bem como o uso das
diferentes objetivas do microscópio, foram aspectos importantes da aula, permitindo a visualização
detalhada das estruturas dos protozoários nas lâminas.
Procedimento:
A habilidade de operar o microscópio com diferentes objetivas também foi destacada durante a
aula, permitindo uma análise detalhada das amostras. Esta experiência prática preparou os alunos
para futuros estudos e procedimentos relacionados à pesquisa de helmintos em amostras clínicas,
contribuindo para seu conhecimento na área de parasitologia clínica.
O exame coproparasitológico para pesquisa de helmintos, também conhecido como exame de fezes
para pesquisa de vermes (helmintos), é um teste laboratorial usado para detectar a presença de
vermes parasitas intestinais nas fezes de um paciente. Entre os métodos usados para a pesquisa de
helmintos, um dos mais conhecidos é o método de Willis, também chamado de método de
sedimentação espontânea.
Procedimento:
A técnica de aquecimento das fezes em água foi essencial para a separação das larvas do
sedimento, e a adição de lugol permitiu a visualização das larvas sob o microscópio.
O exame coproparasitológico para pesquisa de larvas é um teste laboratorial usado para identificar
a presença de larvas de parasitas nas fezes de um paciente. Este tipo de exame é importante para o
diagnóstico de infecções parasitárias específicas, como as causadas por vermes parasitas que
passam por uma fase larval no ciclo de vida.
Aqui estão os principais passos envolvidos no exame coproparasitológico para pesquisa de larvas
(LIMA, F. L. O. 2020):
• Coleta de amostra: O paciente fornece uma amostra recente de fezes em um recipiente
limpo e apropriado fornecido pelo laboratório. É importante que a amostra seja coletada
corretamente para evitar contaminação.
• Preparação da amostra: Em alguns casos, as amostras de fezes podem ser diluídas em
soluções específicas para facilitar a detecção de larvas. A diluição ajuda a separar as larvas
das fezes.
• Observação microscópica: Uma pequena quantidade das fezes é colocada em uma lâmina
de microscópio. As fezes são examinadas sob um microscópio óptico de alta potência para
procurar larvas. O laboratorista busca características específicas das larvas, como forma,
tamanho e movimento.
• Identificação: Quando larvas são encontradas, o laboratorista tenta identificar o tipo de
larva com base em suas características morfológicas. Cada parasita tem uma forma de larva
única, o que permite uma identificação precisa.
• Relatório de resultados: Os resultados do exame são registrados em um relatório
laboratorial, indicando se larvas foram detectadas, bem como a identificação do parasita,
se possível.
As larvas de parasitas podem ser encontradas em amostras de fezes de pacientes com infecções
parasitárias específicas. Alguns exemplos de parasitas que passam por uma fase larval incluem
Strongyloides stercoralis (causador da estrongiloidíase), Enterobius vermicularis (causador da
oxiuríase) e Ancilostomídeos (causadores da ancilostomíase) (LIMA, F. L. O., 2020).
• Provável Agente Etiológico: Com base na imagem fornecida, parece que a forma
parasitária encontrada nas fezes é compatível com o Entamoeba histolytica.
• Melhores Métodos de Diagnóstico: Para o diagnóstico da equinococose, são utilizados
métodos laboratoriais, como o exame de fezes utilizando a técnica de hematoxilina férrica
para identificar os ovos do parasita. Além disso, exames de imagem, como ultrassonografia
e tomografia computadorizada, podem ser realizados para avaliar a presença nos órgãos
afetados. A confirmação do diagnóstico requer avaliação médica especializada, incluindo
exames clínicos, de imagem e laboratoriais.
É importante destacar que o diagnóstico e o tratamento adequados para todas essas infecções
devem ser conduzidos por profissionais de saúde qualificados, que podem avaliar os sintomas
clínicos, os resultados dos exames e a história médica do paciente para determinar o plano de
tratamento mais apropriado.
REFERÊNCIAS
LIMA, F. L. O., et al. Um século do exame parasitológico de Lutz e sua relevância atual.
Santana: Revista Brasileira de Análises Clínicas, 2020.
MOREIRA, C. S., et al. Abordagem Sumária do Exame Parasitológico de Fezes para Estudantes
de Medicina. Rio de Janeiro: ACTA MSM-Periódico da EMSM, 2018.