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DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA DE GESTÃO

“ Introdução as tecnologias informáticas- IT I ”

Sistema Operativo Linux

Autor: António José Muquixi


Curso: Informática de Gestão
Turno: Manhã

Ano de frequência: 1º

Professor: MSc. Afonso Luís

Luanda, 2023/2024
INDICE

Introdução........................................................................................................... 3

Sistema Operativo...............................................................................................4

Funcionalidades do S.O...................................................................................5

Categorias........................................................................................................6

Elementos do sistema operacional..................................................................7

Sistema Operativo Linux.....................................................................................8

Instalação do Sistema Operacional Linux........................................................8

Acessando o Sistema Operacional Linux......................................................10

Informação sobre os Utilizadores...................................................................11

Manipulação de arquivos e diretórios............................................................11

Conclusão......................................................................................................... 13

Bibliografia.........................................................................................................14

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Introdução

Um sistema de computação é constituído basicamente por hardware e


software. O hardware é composto por circuitos eletrônicos (processador,
memória, portas de entrada/saída, etc.) e periféricos eletro-óptico-mecânicos
(teclados, mouses, discos rígidos, unidades de disquete, CD ou DVD,
dispositivos USB, etc.).

Por sua vez, o software de aplicação é representado por programas destinados


ao usuário do sistema, que constituem a razão final de seu uso, como editores
de texto, navegadores Internet ou jogos. Entre os aplicativos e o hardware
reside uma camada de software multifacetada e complexa, denominada
genericamente de Sistema Operacional (SO)

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Sistema Operativo

O sistema operacional é uma camada de software que opera entre o hardware


e os programas aplicativos voltados ao usuário final. Trata-se de uma estrutura
de software ampla, muitas vezes complexa, que incorpora aspectos de baixo
nível (como drivers de dispositivos e gerência de memória física) e de alto nível
(como programas utilitários e a própria interface gráfica).

A Figura 1 ilustra a estrutura geral de um sistema de computação típico. Nela,


podemos observar elementos de hardware, o sistema operacional e alguns
programas aplicativos.

Figura 1.1: Estrutura de um sistema de computação típico

Os objetivos básicos de um sistema operacional podem ser sintetizados em


duas palavras-chave: “abstração” e “gerência”, cujos principais aspectos são
detalhados a seguir.

Assim, o sistema operacional deve definir interfaces abstratas para os recursos


do hardware, visando atender os seguintes objetivos:

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 Prover interfaces de acesso aos dispositivos, mais simples de usar que
as interfaces de baixo nível, para simplificar a construção de programas
aplicativos.
 Tornar os aplicativos independentes do hardware. Ao definir uma
interface abstrata de acesso a um dispositivo de hardware, o sistema
operacional desacopla o hardware dos aplicativos e permite que ambos
evoluam de forma mais autônoma.
 Definir interfaces de acesso homogêneas para dispositivos com
tecnologias distintas. Através de suas abstrações, o sistema operacional
permite aos aplicativos usar a mesma interface para dispositivos
diversos.

Os programas aplicativos usam o hardware para atingir seus objetivos: ler e


armazenar dados, editar e imprimir documentos, navegar na Internet, tocar
música, etc. Em um sistema com várias atividades simultâneas, podem surgir
conflitos no uso do hardware, quando dois ou mais aplicativos precisam dos
mesmos recursos para poder executar. Cabe ao sistema operacional definir
políticas para gerenciar o uso dos recursos de hardware pelos aplicativos, e
resolver eventuais disputas e conflitos.

Funcionalidades do S.O

Para cumprir seus objetivos de abstração e gerência, o sistema operacional


deve atuar em várias frentes. Cada um dos recursos do sistema possui suas
particularidades, o que impõe exigências específicas para gerenciar e abstrair
os mesmos. Sob esta perspectiva, as principais funcionalidades implementadas
por um sistema operacional típico são:

Gerência do processador: esta funcionalidade, também conhecida como


gerência de processos, de tarefas ou de atividades, visa distribuir a capacidade
de processamento de forma justa1 entre as aplicações, evitando que uma
aplicação monopolize esse recurso e respeitando as prioridades definidas
pelos usuários.

Gerência de memória: tem como objetivo fornecer a cada aplicação uma área
de memória própria, independente e isolada das demais aplicações e inclusive
do sistema operacional.

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Gerência de dispositivos: cada periférico do computador possui suas
particularidades; assim, o procedimento de interação com uma placa de rede é
completamente diferente da interação com um disco rígido SATA.

Gerência de arquivos: esta funcionalidade é construída sobre a gerência de


dispositivos e visa criar arquivos e diretórios, definindo sua interface de acesso
e as regras para seu uso.

Gerência de proteção: com computadores conectados em rede e


compartilhados por vários usuários, é importante definir claramente os recursos
que cada usuário pode acessar, as formas de acesso permitidas (leitura,
escrita, etc.) e garantir que essas definições sejam cumpridas.

Categorias

Os sistemas operacionais podem ser classificados segundo diversos


parâmetros e aspectos, como tamanho de código, velocidade, suporte a
recursos específicos, acesso à rede, etc. A seguir são apresentados alguns
tipos de sistemas operacionais usuais (muitos sistemas operacionais se
encaixam bem em mais de uma das categorias apresentadas):

Batch (de lote): os sistemas operacionais mais antigos trabalhavam “por lote”,
ou seja, todos os programas a executar eram colocados em uma fila, com seus
dados e demais informações para a execução.

De rede: um sistema operacional de rede deve possuir suporte à operação em


rede, ou seja, a capacidade de oferecer às aplicações locais recursos que
estejam localizados em outros computadores da rede, como arquivos e
impressoras.

Distribuído: em um sistema operacional distribuído, os recursos de cada


computador estão disponíveis a todos na rede, de forma transparente aos
usuários.

Multiusuário: um sistema operacional multiusuário deve suportar a identificação


do “dono” de cada recurso dentro do sistema (arquivos, processos, áreas de
memória, conexões de rede) e impor regras de controle de acesso para impedir
o uso desses recursos por usuários não autorizados.

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Servidor: um sistema operacional servidor deve permitir a gestão eficiente de
grandes quantidades de recursos (disco, memória, processadores), impondo
prioridades e limites sobre o uso dos recursos pelos usuários e seus
aplicativos.

Desktop: um sistema operacional “de mesa” é voltado ao atendimento do


usuário doméstico e corporativo para a realização de atividades corriqueiras,
como edição de textos e gráficos, navegação na Internet e reprodução de
mídia.

Móvel: um sistema operacional móvel é usado em equipamentos de uso


pessoal compactos, como smartphones e tablets.

Elementos do sistema operacional

Um sistema operacional não é um bloco único e fechado de software


executando sobre o hardware. Na verdade, ele é composto de diversos
componentes com objetivos e funcionalidades complementares. Alguns dos
componentes mais relevantes de um sistema operacional típico são:

Núcleo: é o coração do sistema operacional, responsável pela gerência dos


recursos do hardware usados pelas aplicações. Ele também implementa as
principais abstrações utilizadas pelos aplicativos e programas utilitários.

Código de inicialização: (boot code) a inicialização do hardware requer uma


série de tarefas complexas, como reconhecer os dispositivos instalados, testá-
los e configurá-los adequadamente para seu uso posterior. Outra tarefa
importante é carregar o núcleo do sistema operacional em memória e iniciar
sua execução.

Drivers: módulos de código específicos para acessar os dispositivos físicos.


Existe um driver para cada tipo de dispositivo, como discos rígidos SATA,
portas USB, placas gráfica, etc.

Programas utilitários: são programas que facilitam o uso do sistema


computacional, fornecendo funcionalidades complementares ao núcleo.

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Sistema Operativo Linux

Linux pode ser definido como um Sistema Operacional como o OSX da Apple e
o Windows. Um Sistema Operacional pode ser definido como um software que
atua como gestor dos recursos de hardware permitindo o uso dos mesmos de
forma conveniente.

Quando criamos um arquivo no Linux ou em qualquer outro Sistema


Operacional não precisamos entender o funcionamento detalhado do sistema
de arquivos para realizar esta tarefa. Um Sistema Operacional torna o
hardware mais fácil de usar criando abstrações que permitem que usuários e
desenvolvedores realizem suas tarefas.

Um Sistema Operacional é o primeiro programa a ser carregado quando


ligamos um computador e é responsável pelo gerenciamento do mesmo até
que você o desligue. Para usar um Sistema Operacional é necessário instalar o
mesmo.

Quando compramos um computador ele já vem com um Sistema Operacional


instalado, mas é possível instalar outro sistema ou atualizar o existente.
Existem várias versões do Sistema Operacional Linux e cada uma tem uma
finalidade bem definida. Alguns segurança, outros usabilidade, outros para o
ambiente educacional, etc...

O primeiro passo é escolher uma distribuição de Linux para realizar o


procedimento de instalação. Podemos definir uma Distribuição Linux como um
kernel (Sistema Operacional) e mais um conjunto de aplicativos. Assim, as
distribuições diferem na maneira que organizam estes aplicativos bem como no
uso de diferentes gerenciadores de interface gráfica.

Instalação do Sistema Operacional Linux

Existem basicamente três maneiras de instalar e acessar o Linux: instalação


como sistema único, instalação em alguma partição em conjunto com outro
sistema operacional, ou utilizar um software de virtualização e executar o Linux
dentro de outro Sistema Operacional.

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As Distribuições de Linux disponibilizam um arquivo compactado para que
usuários possam fazer o download e realizar o procedimento de instalação.
Este arquivo compactado é chamado de imagem.

A imagem da Distribuição Ubuntu pode ser obtida em https://ubuntu.


com/download/desktop, o Debian pode ser obtido em https://www.debian.
org/distrib/index.pt.html, Slackware em http://www.slackware.com/getslack/, o
Fedora em https://getfedora.org/pt_BR/workstation/download/ e o OpenSuse
em https://software.opensuse.org/. Escolha uma das distribuições e baixe o
arquivo contendo a imagem do Sistema Operacional. Após o download, é
necessário gravar este arquivo em um formato específico para ser possível
realizar o procedimento de instalação.

O software UNetbootin https://unetbootin.github.io/ é uma excelente opção para


transformar seu arquivo (imagem) em uma versão de instalação da distribuição.
Para isso você apenas necessitará de um pendrive e o arquivo de instalação.

A Figura 2 apresenta a tela do software UNetbootin. Você apenas precisa


selecionar o arquivo de instalação e a porta USB onde está o pendrive onde
será instalado o arquivo

Figura 2- Tela do software Unetbootin

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Você pode usar todo o seu disco rígido ou instalar em uma partição do seu
disco. Neste caso teremos um gerenciador de boot e no momento da
inicialização da máquina você deverá escolher o sistema operacional desejado.

A terceira forma é executar o sistema operacional Linux ao mesmo tempo que


outro sistema operacional. Para isto é necessário instalar um programa de
virtualização, como por exemplo Virtualbox [10] ou outro similar.

Este programa permite rodar dois sistemas operacionais ao mesmo tempo.


Lembre-se que neste caso vamos precisar de mais memória RAM para
conseguirmos um desempenho razoável. Não é objetivo deste livro explicar os
processos de instalação, pois são diferentes para cada distribuição. Caso tenha
alguma dúvida consulte o manual de instalação da distribuição escolhida.

Acessando o Sistema Operacional Linux

Existem várias maneiras de acessar o Linux e isto vai depender da forma que
instalou o sistema. A maneira mais simples é entrar diretamente após o boot do
computador quando apenas um sistema existe no disco rígido.

Se você compartilhou o disco rígido com outros sistemas operacionais, terá


que realizar a seleção no momento do boot. Assim, ao ligar o computador, será
apresentado o gerenciador de boot grub ou lilo . Caso a máquina já esteja
ligada e exibindo a janela de login do Windows, deve-se reinicializá-la,
pressionando a combinação de teclas . Escolha a opção Linux e aperte a tecla
ENTER.

Acessando o Terminal do Linux

Existem duas maneiras de acessar o terminal (shell) do Linux. A primeira


maneira é entrar na parte gráfica e selecionar o shell. A segunda maneira é
utilizar os terminais virtuais presentes na distribuição. Para acessar os
terminais virtuais basta pressionar para obter o primeiro dos 6 terminais (F1 a
F6) virtuais disponíveis para se acessar o sistema.

O Linux possibilita o uso de até 63 terminais virtuais simultaneamente. Por


default, são disponibilizados os 6 terminais, onde o usuário pode executar
tarefas distintas em cada um deles. Atalhos para os terminais: vai da interface

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gráfica para a console N (onde N vale de 1 a 6); vai para console 1; vai para
console 2; vai para console 3; vai para console 6; volta para a interface gráfica.

Informação sobre os Utilizadores

O sistema operativo Linux oferece-lhe a possibilidade de obter alguma


informação sobre os utilizadores que estejam a trabalhar no sistema em
simultâneo consigo. Para isso, dispõe de três comandos: who, finger e w.

Para cada utilizador ligado ao sistema, o comando who mostra-nos o seu nome
de utilizador ("login"), o tipo de máquina através da qual o utilizador está ligado
ao sistema, a hora em que o utilizador se ligou ao sistema, e o nome da
máquina através da qual o utilizador está ligado ao sistema.

Na 2.ª coluna da lista (tipo de máquina), a sigla pts significa "Personal Terminal
System" (Sistema Terminal Pessoal), a qual representa um PC. O número que
aparece à direita de "pts" é atribuído pelo próprio sistema operativo à medida
que utilizadores diferentes se ligam ao sistema através de diferentes
computadores pessoais.

Se acrescentarmos ao comando who os argumentos especiais "am i", o


sistema disponibilizará informação sobre o utilizador da sessão actual de
trabalho, isto é, você! Essa informação consiste no nome completo da máquina
à qual você se encontra ligado ao sistema, seguida de um ponto de
exclamação ("!"), seguida do seu nome de utilizador ("login"); o tipo de máquina
através da qual você está ligado ao sistema, a hora em que você se ligou ao
sistema, e o nome da máquina através da qual você está ligado ao sistema.

Manipulação de arquivos e diretórios

Um pouco de teoria, em informática, diretório, diretoria ou pasta é uma


estrutura utilizada para organizar arquivos em um computador ou um arquivo
que contém referências a outros arquivos. Um diretório pode conter referências
a arquivos e a outros diretórios, que podem também conter outras referências a
arquivos e diretórios.

Isso pode se estender bastante. Pode-se ter, por exemplo, vinte diretórios, um
dentro do outro. Os diretórios servem, portanto, para organizar o disco rígido e

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outras mídias (disquetes, Zip disks, CDs, DVDs, cartões de memória, flash
drives USB, etc.). Graças a eles, podemos colocar os arquivos mais
importantes em um canto para que não sejam alterados, agrupar arquivos por
dono, tipo, ou da forma que for desejada

Pelo fato do Linux representar tudo como se fosse um arquivo, surgiu a


necessidade de se dividir os arquivos em tipos distintos. Assim sendo, surgiram
os sete tipos de arquivos que existem atualmente no Linux. São eles:

 Arquivos comuns. São, por exemplo, arquivos de texto, arquivos de


dados e arquivos binários.
 Diretórios. São arquivos que contêm nomes de outros arquivos que
estão armazenados ou organizados em grupos.
 Links. São arquivos que fazem referência a outros arquivos dentro do
sistema de arquivos. São subdivididos em hard (diretos) e soft
(simbólicos) links.
 Caractere. São arquivos que representam dispositivos físicos -hardware-
que podem ser acessados seqüencialmente, como portas paralelas e/ou
seriais. Na verdade, são uma subdivisão dos device files -arquivos de
dispositivos.
 Bloco. São arquivos que representam dispositivos físicos que podem ser
acessados em blocos de bytes, como o HD. Assim como os arquivos do
tipo caractere, são uma subdivisão dos arquivos de dispositivos.
 Sockets. São arquivos utilizados para comunicação entre processos.
 Pipes. Também são arquivos utilizados para a comunicação entre
processos.

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Conclusão

Visto que sistema operacional é uma camada de software que opera entre o
hardware e os programas aplicativos voltados ao usuário final, e os objetivos
básicos de um sistema operacional podem ser sintetizados em duas palavras-
chave: “abstração” e “gerência”, cujos principais aspectos são detalhados a
seguir.

Concluimos então que Linux pode ser definido como um Sistema Operacional
como o OSX da Apple e o Windows. Um Sistema Operacional pode ser
definido como um software que atua como gestor dos recursos de hardware
permitindo o uso dos mesmos de forma conveniente.

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Bibliografia

J. L. O. Junior, “Permissões Linux”, Viva o Linux, 19-maio-2006. [Online].


Available at: http://www.vivaolinux.com.br/artigo/Permissoes-no-Linux?
pagina=1. [Acessado: 02-fev-2024].

C. Eduardo Morimoto, Entendendo e dominando o Linux, 3o ed. São Paulo,


2004.

A. Rodrigues Bonan, Configurando e usando o sistema operacional Linux. São


Paulo: Berkeley, 2002.

“Ubuntu, comandos básicos”, Wiki.Ubuntu, 2014. [Online]. Available at:


http://wiki.ubuntubr.org/ComandosBasicos. [Acessado: 03-fev-2024]

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