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“Inês e Pedro: 40 anos depois”

Ana Luísa Amaral

banda desenhada do poema

Página 1 (Introdução e apresentação)

Olá a todos, no âmbito do projeto de leitura do 3ºperíodo, vim apresentar uma obra
da poetisa sugerida pela professora. A poetisa que eu escolhi para esta apresentação foi
Ana Luísa Amaral.
Ana Luísa Amaral, chamou-me a atenção pelo facto de ter como característica usar
nos seus poemas situações do quotidiano.
O seu vocabulário é simples, mas, no entanto, complexo, não necessariamente
devido às palavras que usa, mas sim pela sintaxe invulgar e por alguns significados
subentendidos e com duplo sentido. A autora inspira-se também na escrita da literatura
clássica como a de Camões, Fernando Pessoa e em muitos outros.

Página 2 (Biografia)
Nasceu em abril de 1956, morou em Sintra, Lisboa até aos 9 anos de idade,
mudando-se então para o norte, Leça da Palmeira, onde residiu o resto da sua vida.
Doutorou-se em literatura norte-americana, defendendo uma tese sobre Emily
dickinson, uma poetisa americana, pouco conhecida em vida que seguia os mesmos ideais
de Ana, daí servir de inspiração.
Foi poetisa, tradutora e professora de literatura e cultura inglesa na FLUP.
Estreou-se no mundo da poesia em 1990, com o seu primeiro lançamento “Minha
señora de quê”, o seu primeiro livro de poesia.

Página 3 (Prémios)
Foi premiada pela 1ºvez em 2007 recebendo o prémio literário casino da póvoa por
conta do seu lançamento da altura, «Génese de amor», um livro que fala da efemeridade do
amor humano
recebeu muitos mais prémios
O último prémio que ganhou foi o Prémio Literário Francisco Sá de Miranda, com o
livro «Ágora», onde a poeta estabelece um permanente diálogo com a Bíblia e com a arte,
mas sobretudo com o nosso tempo.
Nesse ano recebeu ainda o prémio rainha sofia e vergílio ferreira atribuído pela
universidade de Évora
Foi ainda galardoada com 2 medalhas de ouro atribuídas pelas câmaras municipais
de Matosinhos e do Porto.
Acabou por morrer em agosto de 2022 devido a um cancro.
Antes de ler o poema queria fazer um remember de quem foi Pedro e Inês, Inês de
Castro viveu uma intensa paixão com D.Pedro I , o pai do monarca mandou matá-la mas
Pedro não a esqueceu e quando subiu ao trono, mandou executar os homens que mataram
Inês e fez dela rainha mesmo depois da sua morte, sendo este poema um plano da
imaginação da poetisa.

Página 4 ( leitura do poema )


A obra que eu escolhi para esta apresentação, retrata a história de um amor proibido
de um dos casais mais conhecidos por todos nós

Página 5
Então, o tema deste poema é a velhice e o cansaço .
Localizados num tempo onde já são ambos de uma certa idade, a poeta
transmite-nos a mensagem de cansaço, mencionando os joanetes de Pedro e a fraca
audição de Inês, devido à velhice de ambos. No entanto, isto pode também ser o indicador
do desgaste do amor entre os dois.
No poema, não conseguimos identificar o intrínseco amor ardente vivido pelo casal e
que lhes foi atribuído, e foca-se nos problemas e nas queixas de cada um, como se o
sentimento mútuo se tivesse desvanecido. A beleza da juventude e a paixão sofreram as
suas transformações. Inês já não tem os dentes da frente e Pedro tem cãibras. Isto pode
ser uma crítica ao desgaste numa relação, onde os parceiros já acomodados um com um
outro já não se esforçam para agradar os parceiros, e descuidam-se até com eles próprios
É notável o descuido, mesmo que não seja intencional e seja um simples resultado
da evolução dos tempos. Inês simplesmente come as suas papas de aveia, calma e
conformada, enquanto Pedro deseja por um bife de javali. Talvez seja uma representação
de duas perspectivas sobre o assunto: enquanto que Pedro assume uma posição nostálgica
e deseja voltar aos tempos antigos, Inês conforma-se com a nova realidade, aceitando a
vida e a relação como ela é, e que o amor se desgasta ao longo dos anos.

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