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Ep 40

De aluno a profeor
“Ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que
estou convosco todos os dias até a consumação do século”. Mateus 28:20

O ensino permite que os horizontes se estendam. Novas possibilidades, crescimento,


modernização e muitos outros benefícios. Na Grande Comissão que Jesus delegou a Seus
discípulos e a nós também, o ensino é parte importantíssima. Sem ensino, não há conhecimento
nem avanço.
Quando ensinamos a outros e eles, por sua vez, ensinam a outros, a dimensão do aprendizado
torna-se incontável, indiscutível. Essa visão deve estar presente ao longo de todo o processo do
discipulado, seja com muitos ou com poucos. Quando ensinamos aos outros, crescemos como
pessoas, mudamos vidas e, portanto, melhoramos o mundo. Melhorar o mundo é nosso dever.
Ellen White, na Meditação Matinal Minha Consagração Hoje, Devocional de 22 de julho, escreveu:
“Temos uma individual responsabilidade para com Deus, uma obra individual que nenhum pode
fazer por nós. É tornar o mundo melhor por preceito, esforço pessoal e exemplo”. Precisamos
pedir a Deus que nada nos desvie desse propósito tão especial e elevado.
Jesus foi um educador incessante. Seu ensino era puro, poderoso, inovador e transformador.
No livro Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, na página 259, Ellen White fez a seguinte
afirmação: “Cristo foi o maior Mestre que este mundo já conheceu. Veio à Terra a fim de difundir
os refulgentes raios da verdade, para que os homens se pudessem habilitar para o Céu”. Nada
melhor que aprender aos pés do Discipulador-Mestre por excelência!
“Mestre” foi uma das investiduras mais
distintivas que Jesus recebeu durante o Seu
ministério aqui na Terra. Em Marcos 10:17, o jovem
rico O chama de Mestre; em João 3:2, Nicodemos
O reconheceu como Mestre; em João 13:13, vemos
que o próprio Jesus não teve dificuldades em
aceitar este título.
Cristo exerceu, principalmente, um ministério
de ensino. Em Marcos 6:34, Jesus ensinou às
multidões; em Mateus 7:28 e 29, as pessoas que
ouviam Jesus ficaram admiradas ao ouvi-Lo,
quando lemos: “E aconteceu que, concluindo
Jesus este discurso, a multidão se admirou da Sua doutrina; porquanto os ensinava como tendo
autoridade; e não como os escribas”.
Jesus usou princípios muito importantes para o ensino e a aprendizagem. Mesmo sendo
Criador, foi instruído a cumprir Sua missão e aprendeu aos pés de Sua mãe. Sobre este detalhe tão
importantes do ensino e aprendizagem, Ellen White escreveu no livro Filhas de Deus, na página
36: “O menino Jesus não se instruía nas escolas das sinagogas. Sua mãe foi Seu primeiro mestre
humano. Dos lábios dela e dos rolos dos profetas, aprendeu as coisas celestiais. As próprias palavras
por Ele ditas a Moisés para Israel eram-Lhe agora ensinadas aos joelhos de Sua mãe. Ao avançar
da infância para a juventude, não procurou as escolas dos rabis. Não necessitava da educação
obtida de tais fontes; pois Deus Lhe servia de instrutor”. Não se esqueçam que a informação é
uma fonte de poder para todo discipulador. A educação não tem preço, mas sua falta tem custo.
Ele também era familiarizado com as Escrituras. Ellen White, no livro Educação, na página
185, nos mostra que, “durante Seu ministério, a grande familiaridade com as Escrituras testifica de
Sua diligência no estudo da mesma.... Seu maravilhoso poder, não somente mental, mas também
espiritual, é um testemunho do valor da Bíblia como meio de educação”. Não a tradição dos
anciãos, mas a Palavra de Deus era a base de Seus ensinamentos. O poder no ensino de Jesus é
porque Ele vivia o que ensinava. Não há melhor maneira de convencer e persuadir do que pelo
exemplo. Ele usou linguagem simples. Apesar de ser uma linguagem simples, o Seu conhecimento
era profundo. Todos os que precisam aprender devem entender a mensagem.
Ele repreendeu o pecado, mas a repreensão ao pecado não deve afastar o pecador, e Jesus
sabia fazer isso melhor do que ninguém. Como discipuladores precisamos pedir orientação a
Deus e sabedoria do Espírito Santo para sabermos sempre mostrar o desagrado de Deus ao
pecado, mas ao mesmo tempo revelar o Seu amor ao pecador. No livro Educação, na página 57,
Ellen White faz uma declaração muito importante para nós, quando diz: “A maior necessidade do
mundo é a de homens – homens que se não comprem nem se vendam; homens que, no íntimo
de seu coração, sejam verdadeiras e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo
seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bussola o é ao polo;
homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus”.
Jesus ensinou com exemplos de vida real. Ele fez uso das coisas simples da vida, viu
potencialidades em cada ser humano, viu os homens como poderiam ser transformados por Sua
graça. Ele usou com maestria o método das perguntas. Jesus utilizou a técnica do questionamento
de uma forma única e surpreendente. Desde Sua infância, Jesus já havia desenvolvido o método
de perguntas, pois Seus pais “O encontraram no templo fazendo perguntas aos doutores, ouvindo-
os e interrogando-os” (Lucas 2:42 a 46). O ensino de Jesus foi inovador e transformador. Mexeu
com a mente dos judeus, dos líderes religiosos, trouxe questionamentos, levantou opositores, mas
nada disso desviou Jesus de Sua visão e de Sua missão.
Como discipuladores e discípulos de Jesus, não podemos parar de ensinar. Devemos ensinar
a tempo e fora de tempo. Ore, hoje, suplicando de Deus o batismo do Espírito Santo para aprender
os ensinos de Jesus e consequentemente ensiná-lo àqueles que estão mais próximos de você, seja
na família, na escola, no trabalho ou até no lazer. Deus lhe abençoe e guarde neste dia. Aprender
e Ensinar.

Pr. Pablo Carbajal

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