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Colostroterapia Aplicada Ao Recém - Nascido Prematuro
Colostroterapia Aplicada Ao Recém - Nascido Prematuro
ABSTRACT: Premature babies may not have a good clinical prognosis depending on their
gestational age. Colostrum is the milk produced in the first few days postpartum. It contains
an important amount of protective factors and possibilities to improve the baby's defense.
When the mother has a premature child, her colostrum contains a greater amount of protective
factors compared to mature milk (milk produced after 15 days of delivery). Colostrum therapy
is a technique of using maternal colostrum soon after its removal to administer drops of
colostrum directly to the baby's oral mucosa in order to stimulate the immune response in
premature infants. The objective of this work was to carry out an integrative review on the
effects of colostrum therapy in premature infants, describing the advantages and
disadvantages of this therapy. This study deals with an integrative literature review through a
bibliographical survey where the data collection of the Virtual Health Library (VHL) and
Scientific Electronic Library online (Scielo) was used as a research source. After surveying
the articles, using the databases, and following the pre-established inclusion criteria, we
obtained a total of 23 studies. Although mortality rates for very low birth weight preterm
infants may have declined, concern about the long-term morbidity rate is growing. A
proportion (10% to 15%) have severe sensorineural problems such as blindness, deafness or
cerebral palsy, among others. There are numerous benefits of colostrum therapy, especially
decreasing morbidity and mortality. Thus, it is estimated that the technique could prevent 13%
of all deaths from preventable diseases. Conclusions: Colostrum therapy is used as a powerful
tool that promotes and assists in the development of the newborn's immune system. The vast
majority of studies analyzed in this study reinforce the importance of the technique and
showed positive results in their respective approaches.
KEYWORDS: Breast Feeding. Colostrum. Infant, Premature.
INTRODUÇÃO
(menor que 2,500kg) precisa ficar internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal e
a princípio estes ficam impossibilitados de serem amamentados por suas mães, ou seja, ficam
em dieta zero (ZELKOWITZET et al., 2017).
A administração do colostro logo após o nascimento possibilita o favorecimento
da colonização de bifidobacterium. Desta forma, a colostroterapia previne e minimiza as
complicações causadas pelas infecções neonatais e, adotada essa prática, estimula o sistema
imunológico do recém, agindo como probiótico natural e favorecendo sua microbiota
intestinal devido os seus efeitos imunomodulatórios. Sendo assim, o conjunto dos resultados
revela que ocorrência de uma boa microbiota rica em bactérias que funcionam como
probióticos naturais. É fundamental que seja disponibilizado para os recém-nascidos ainda no
pós-parto, uma vez que podem prevenir ou reduzir riscos de infecções intestinais. Desta
forma, o colostro confere a formulação do sistema imune, conferem fatores de crescimento e
de proteção por sere rico em anticorpos, pontos esses essenciais para garantir a qualidade de
vida do bebê, mantendo-o longe de possíveis infecções que por sua sensibilidade é tão comum
ocorrer (BASTOS; FELIX; DO NASCIMENTO GOUVÊA, 2022).
A colostroterapia ou terapia colostral é de fácil aplicabilidade, segura e quando
administrada em recém-nascidos de extremo baixo peso, no qual é inserido pela via
orofaríngea o colostro materno em pequenas gotas no lábio do pequeno e que absorvidos pela
mucosa gástrica, que faz a ativação do sistema imunológico do prematuro fazendo a proteção
contra infecções, e outras complicações oportunistas (FERREIRA et al., 2016). Existem
poucos estudos a respeito do tema, mas os estudos existentes sugerem que a colostroterapia é
uma medida profilática segura e viável contra sepse e pneumonia associada à ventilação. Essa
modulação imunoinflamatória e a melhora do crescimento da microbiota intestinal podem
reduzir as taxas de infecções, melhorando potencialmente a sobrevida e os resultados do
neurodesenvolvimento em bebês prematuros. Logo, a colostroterapia parece ser benéfica para
bebês prematuros extremos; no entanto, a segurança e eficácia não foram estabelecidas.
Embora as evidências emergentes sejam promissoras, pequenas amostras e ampla variação na
técnica limitam a generalização (ALVARENGA; BHERING, 2022). O objetivo deste estudo
foi realizar uma revisão integrativa sobre os efeitos da colostroterapia em prematuros.
1 MÉTODOS
2 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Brow et al. 2011 Relar um estudo comparando Relata que ao contrário das crenças
a percepção de profissionais maternas de má compreensão
de saúde e mães sobre os profissional, os profissionais
fatores que influenciam a envolvidos tinham uma percepção
decisão de amamentar ou clara das influências que afetam a
alimentar um bebê. escolha da alimentação precoce com
leite. E que mais recursos e
reconhecimento são necessários para
os profissionais de saúde que
trabalham com novas mães
Lopes et 2018 Revisar as evidências sobre Embora não haja fortes evidências do
al., os benefícios da impacto clínico da colostroterapia, ela
colostroterapia para não representa risco para as crianças.
prematuros. Mais evidências são necessárias sobre o
impacto da colostroterapia na prevenção
de desfechos clínicos de maior
incidência em prematuros
Tao et al. 2020 Revisar os efeitos do colostro O estudo indicou resultado no aumento
em bebês prematuros por da imunidade comprovado nos ensaios
uma revisão sistemática. analisados.
Os autores Lopes JB, et al. (2018) relatam que os prematuros são considerados um
problema de saúde pública e que apresentam complicações inerentes a esta condição,
decorrentes de uma resposta imunológica imatura, bem como da imaturidade de seu trato
digestivo e que se utiliza da modalidade de alternativa em que a colostroterapia proporciona
na saúde dos prematuros. Sousa DS, et al. (2017) descreve a prevalência das morbidades mais
comuns em recém-nascidos de extremo baixo peso internados em uma UTI neonatal e a
necessidade de avaliar a influência dessas morbidades no tempo de internamento. Apesar das
taxas de mortalidade de bebês recém-nascido de muito baixo peso possa ter decrescido, a
preocupação com a taxa de morbidade no longo prazo é cada vez maior. Uma proporção (10%
a 15%) apresentam problemas graves neurossensoriais como cegueira, surdez ou paralisia
cerebral dentre outros, e 30-60% apresenta deficiências cognitivas, incapacidade de
aprendizado e anomalias da linguagem. Um número elevado desses bebês apresenta
deficiências mais sutis, como as de aprendizagem, e distúrbios de comportamento. As
crianças RN muito baixo peso, são duas vezes mais propensas a desenvolver distúrbios de
hiperatividade e déficit de atenção e transtornos de espectro autista, em comparação com as
crianças nascidas a termo (ZELKOWITZ, 2017).
recomendável como cuidado de rotina para bebês prematuros internados em UTI neonatal
(TAO et al., 2020).
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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