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Inclusão Escolar
Inclusão Escolar
Sumário
NOSSA HISTÓRIA 2
INTRODUÇÃO 3
CONSIDERAÇÕES FINAIS 23
REFERENCIAS 24
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NOSSA HISTÓRIA
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INTRODUÇÃO
No caso da alfabetização para cegos, por exemplo, o aluno tem direito a usar
materiais adaptados ao letramento especial, como livros didáticos transcritos em
braille para escrever durante as aulas. De acordo com o decreto 6.571, de 17 de
setembro de 2008, o Estado deve oferecer apoio técnico e financeiro para que o
atendimento especializado esteja presente em toda a rede pública de ensino. Mas o
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gestor da escola e as Secretarias de Educação e administração é que precisam
requerer os recursos para isso.
Mas a preparação da escola não deve ser apenas dentro da sala de aula:
alunos com deficiência física necessitam de espaços modificados, como rampas,
elevadores (se necessário), corrimões e banheiros adaptados. Engrossadores de
lápis, apoio para braços, tesouras especiais e quadros magnéticos são algumas
tecnologias assistivas que podem ajudar o desempenho das crianças e jovens com
dificuldades motoras.
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OS DESAFIOS DOS ALUNOS DEFICIENTES NA ESCOLA
Para compreender melhor a forma como as pessoas com deficiência são vistas
na sociedade atualmente, é necessário, de certa forma, voltar ao passado e identificar
o juízo de valor dado a elas em diferentes épocas. Porém deve-se considerar que a
trajetória histórica pela qual as pessoas que apresentam deficiências se integram
socialmente não é a mesma, não é linear nem idêntica. Numa mesma época essas
pessoas são vistas de maneiras diferentes. Como exemplo pode-se dizer que na
história recente da humanidade, mais precisamente no século XX, pessoas com
deficiências eram submetidas a experiências cientificas na Alemanha nazista de
Hitler, enquanto soldados americanos que haviam sido mutilados nos campos de
batalha eram condecorados e recebiam apoio financeiro do governo. Tendo em vista
a ressalva feita, é conveniente que se faça um breve resgate histórico do deficiente
ao longo do tempo. (FREITAS, 2011)
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A história dos povos antigos, como os hebreus, relata que pessoas com
deficiência não eram aceitas na sociedade por não serem consideradas a “imagem e
semelhança de Deus” e eram consideradas uma abominação, palavra essa, usada
para referir-se a tudo que era pecado, que não podia fazer parte da vida.
Na literatura dos povos gregos e romanos, o perfil aceito pela sociedade era a
do corpo perfeito, pois a beleza e a perfeição representavam a força, a astúcia, a
inteligência. Isso pode ser comprovado levando em consideração a descrição dada
aos heróis daquele tempo como Hércules, Aquiles, Afrodite, entre outros. Por outro
lado, as pessoas que apresentavam deficiência eram consideradas possuídas por
demônios devendo ser marcadas fisicamente e evitadas, principalmente em público.
(FREITAS, 2011)
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iniciou a criação de leis para auxiliar os pobres, velhos e deficientes. Na Inglaterra a
população passou a pagar uma taxa destinada a esse auxílio e em 1554 foi fundado
na França o “Grand Bureau des Pauvres” que recolhia dinheiro da burguesia para
manter hospitais que cuidavam de doentes, pobres e deficientes.
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A deficiência intelectual, segundo especialistas, é uma condição, geralmente
irreversível, caracterizado principalmente por redução das capacidades intelectuais,
acompanhado de limitações significativas no funcionamento das habilidades nas
áreas de comunicação, social e acadêmica.
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Os pacientes que apresentam retardo mental moderado, possuem mais
dificuldades na compreensão e no uso da linguagem, podendo precisar de ajuda
durante toda a vida, segundo o médico, apesar de terem a vida acadêmica limitada,
podem aprender a ler, escrever e realizar cálculos. Se forem incluídos em turmas
especiais o convívio com crianças que apresentam as mesmas limitações tendem a
enriquecer suas habilidades sociais.
Atualmente, o termo que está sendo utilizado para designar pessoas que
apresentam deficiência cognitivas é “pessoa com deficiência intelectual”, porém,
observa-se, que mais importante que utilizar o termo que seja “politicamente correto”
para definir essas pessoas, é necessário que a sociedade conheça e aceite as
diferenças de maneira que essas pessoas possam ser incluídas em todos os âmbitos
sociais.
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Em 1975, com a aprovação da Declaração das Pessoas Deficientes, foi
destacado o direito ao tratamento para o desenvolvimento da pessoa com deficiência,
bem como a dignidade e o respeito para com seus direitos.
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Salamanca, realizada pela UNESCO em Salamanca, Espanha entre os dias 7 e 10
de junho de 1994 que proclamam:
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No Brasil, em 20 de dezembro de 1996 foi sancionada a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9394. No art. 58 institui a educação especial
brasileira garantindo e regulamentando o acesso da pessoa com deficiência ao ensino
regular inclusivo.
No entanto, tudo isso não impede que a família escolha a instituição e o tipo
de instrução que será oferecido a seus filhos. O art. 26, III, da Declaração Universal
dos Direitos Humanos de 1948, ressalta que os pais têm prioridade de direito de
escolha ao tipo de educação que quer para seus filhos. (ONU, 1948), mas caso
prefiram matricular seus filhos com deficiências, no ensino regular serão amparados
por lei.
Por outro lado, a Escola não pode recusar atender o aluno que apresenta
algum tipo de deficiência. Entende-se que para o desenvolvimento de uma nação
democrática é necessário a inclusão de todos ao espaço comum da vida em
sociedade, porém, para garantir que as leis que garantem o acesso ao deficiente a
rede regular de ensino sejam cumpridas as escolas devem adaptar-se as propostas
de inclusão.
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AS DIFICULDADES EM INCLUIR: A LEGISLAÇÃO EXISTENTE
Os vários documentos
publicados no Brasil e pelos órgãos
internacionais que defendem o
acesso à educação gratuita e de
qualidade para todos têm como
princípios básicos a ideia de que a
escola comum é o meio mais efetivo
para diminuir ou sanar a
discriminação e o preconceito e
observam que:
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Segundo Mantoan, (2003 ) a escola continua transmitindo o conhecimento do
currículo básico e isso já não é suficiente.
“O senso comum nos faz pensar muito mais na identidade do que na diferença,
porque é muito mais fácil. Mas a diferença se apresenta, e você tem que lidar. “
Ainda segundo a autora, para uma criança com deficiência não é importante
aprender o conteúdo como as outras crianças, o importante é ter autonomia, é poder
se expressar livremente e ser reconhecido pelo seu esforço.
Percebe- se que a escola inclusiva não pode ser confundida com um simples
espaço de convivência entre pessoas deficientes e não deficientes, deve ser na
verdade um ambiente de tolerância e de aquisição de conhecimento, já que esse é o
principal objetivo da escola. No entanto a escola oferece o mesmo espaço, os
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mesmos conteúdos, as mesmas metodologias como se isso bastasse para garantir
igualdade de condições para todos.
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A autora ressalta que, a pretensão de uma escola inclusiva exige a redefinição
dos planos das escolas, pois a educação deve estar voltada para a cidadania plena
reconhecendo e valorizando as diferenças. A conquista de uma escola de qualidade
e inclusiva só irá acontecer quando ocorrer, primeiramente, a participação de todos
os segmentos da sociedade em busca de um bem comum, em segundo lugar, deve
se ter o comprometimento de todos os profissionais da educação para a construção
de uma escola democrática.
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FORMAÇÃO DOS PROFESSORES
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tendo em vista que o professor é parte responsável pela formação do cidadão, ele
precisa ter uma formação adequada para que tenha consciência de seu papel
transformador dentro da sociedade.
Isso posto, nota-se que o processo inclusivo como a legislação propõe e como
ela deve realmente ser, pressupõe mudanças na atual educação vigente, pois como
está não garante e nem oferece condições aceitáveis para ser considerada de fato
inclusiva. É preciso considerar não só os limites da formação dos professores, mas
também os elevados números de alunos por turma e instalações inadequadas e
precárias. Devem-se, portanto, procurar alternativas e formas diferenciadas que
permitam uma nova maneira de olhar e pensar a escola e os profissionais que nela
atuam.
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INCLUSÃO ESCOLAR: AS AÇÕES PARA QUE ACONTEÇA
A inclusão escolar não pode ser entendida apenas como um direito garantido
em um capítulo da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) ou de outras que integram a
legislação brasileira. Muito pelo contrário: precisa ser compreendida como um direito
enquanto cidadão, forma de garantia de sua autonomia e do seu desenvolvimento
cognitivo. Nestes anos de experiência como diretora, venho usando alguns
direcionamentos que norteiam nossa atuação visando a inclusão desses estudantes
com maior êxito. Essas ações foram se consolidando a cada ano a partir de avaliação,
reelaboração, revisão e conversa franca entre todos para que melhoremos nossa
prática. A cada aluno recebido, em suas especificidades, temos novos
aprendizados. E temos que fazer sempre esse exercício de aprender com cada
um deles. Para que a inclusão aconteça segue exemplo de algumas ações
para colocar em pratica no dia a dia escolar como:
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Conhecimento do aluno em sua totalidade. Não olhamos
ninguém com pena ou julgando-o como incapacitado para assimilar
conhecimentos. Buscamos sempre compreender quais são as
dificuldades, que tipo de soluções funcionam melhor dentro de seu
contexto, como dar instrumentos para que ele seja capaz e desenvolva
autonomia no dia a dia seja na vida escolar ou na pessoal.
Consideramos importante também a participação atuante em eventos,
gincanas e diversas outras ações da escola!
Formação dos profissionais. A equipe gestora precisa ter um plano
de ação junto a todos os envolvidos. Dentro de seu campo específico
de atuação, todos devem ter ciência de como podem contribuir para a
inclusão. Como a forma de lidar com cada estudante mesmo quando se
trata do mesmo diagnóstico é diferente, as formações são essenciais
para alinhar os conhecimentos com a realidade da instituição,
aperfeiçoar práticas e alimentar a formação docente para ter uma
postura mais assertiva com a aprendizagem desses estudantes.
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Integração efetiva entre o professor da sala de recurso
multifuncional e os do ensino regular. Esses trabalhos precisam
se conversar. As experiências e caminhos encontrados por um desses
profissionais pode ampliar as do outro. A equipe gestora é responsável
pela mediação dos encaminhamentos e orientações a serem
desenvolvidas. Nesse contexto, a observação de sala de aula, auxílio
nas adequações de atividades e feedback de ações faz toda a diferença,
pois cada um sabe e compreende sua importância no processo e
aprende também com os colegas relação de corresponsabilidade.
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Inclusão será sempre um tema precioso e necessário a ser discutido
entre nós. A cada dia nos deparamos com situações novas e precisamos sempre nos
reinventar para garantir os direitos individuais e coletivos de nossos alunos. Para isso,
estudar e se manter em formação continuada é imprescindível para os gestores
também. Só assim teremos embasamento para contribuir, auxiliar, transformar e
passar a confiança para equipe que tem na figura do diretor um parceiro mais
experiente e direcionador dos desafios escolares.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Embora possa assustar pelo grande número de mudanças e pelo teor de cada
uma delas, a inclusão é, como muitos a apregoam, “um caminho sem volta”. Nunca é
demais, contudo, reafirmar as condições em que essa inovação acontece, marcando,
grifando na consciência dos educadores o seu valor, para que nossas escolas
atendam à expectativa de seus alunos, do ensino infantil à universidade.
O movimento inclusivo, nas escolas, por mais que ainda seja muito contestado,
pelo caráter ameaçador de toda e qualquer mudança, especialmente no meio
educacional, convence a todos pela sua lógica e pela ética de seu posicionamento
social.
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REFERENCIAS
________. LEI 13146 – LBI - Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência.
Disponível em: http: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/Lei/L13146.htm Acesso em: 29/10/2020
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Parâmetros Curriculares Nacionais- Adaptações Curriculares- Educação Especial.
Brasília: MEC, 1998. Disponível:
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf
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