You are on page 1of 8

CURSO: ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA

PROJETO: FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA – FÍSICA I


NOME: DANIEL NEGRINI DE MENDONCA
MATRÍCULA: 221500431

Este trabalho se refere à fase 2 da Matéria Física I e é feito, conforme orientado, dando continuidade
à fase anterior (fase 1). O descritivo da fase 2 inicia na página 06.

ENTREGA DA FASE 1

INTRODUÇÃO

Este projeto de Física da fase 1 nos faz estudar e compreender como é gerada a energia elétrica, as
fontes de geração de energia e quais as percentagens dessas fontes no mundo como um todo e no
Brasil especificamente.

OBJETIVO DA FASE

A fase 1 tem como objetivo compreender como a sociedade humana gera energia elétrica, entender
as fontes da matriz elétrica mundial e nacional, bem como a porcentagem que cada fonte contribui
para tal geração de energia elétrica e, por fim, registrar a ordem de grandeza de produção mundial e
nacional de energia elétrica por dia, por mês e por ano.

DESENVOLVIMENTO DA FASE

A ENERGIA

O sol é a maior fonte de energia da Terra. Ele faz a água evaporar, forma as nuvens e ajuda a criar os
ventos. As plantas usam o sol para crescer e nós também podemos usar sua energia direta ou
indiretamente.
Para entender o que é energia, precisamos conhecer as várias formas em que ela está presente na
natureza e como podemos usá-la.
O fogo foi a primeira forma de energia que as pessoas aprenderam a usar. Com ele, podiam cozinhar
comida, espantar animais e fazer ferramentas úteis para suas vidas. Os primeiros utensílios feitos com
fogo foram panelas e jarros de barro cozido. Depois, as pessoas aprenderam a usar o fogo para derreter
metais e fazer instrumentos mais elaborados, como lanças, flechas e espadas.
As pessoas também usaram a energia da água dos rios e do vento para realizar tarefas importantes,
como moer grãos. Eles criaram rodas d’água e moinhos de vento para fazer isso. Além disso, os
animais domésticos também foram usados para ajudar as pessoas a cultivar alimentos, transportar
coisas pesadas e se deslocar mais rápido.
Hoje em dia, usamos muitas formas de energia em nossa vida diária. Coisas como geladeiras, TVs,
lâmpadas e brinquedos que precisam de bateria, tudo precisa de energia para funcionar. Até uma pipa
no ar usa a energia do vento! Quando tomamos banho quente, usamos energia para aquecer a água,
que pode vir da eletricidade, do gás ou do sol. Carros, ônibus, navios e aviões precisam de energia
para funcionar e essa energia vem dos combustíveis.
Energia é a capacidade de um sistema realizar trabalho, como deslocar, rodar e transformar. A energia
é muito importante para nossa sobrevivência e conforto, mas quase sempre causamos impacto
ambiental ao transformá-la. Por isso, é nossa responsabilidade cuidar para que a energia seja bem
utilizada e não seja desperdiçada.
A ENERGIA ELÉTRICA

A energia elétrica é a fonte mais importante de energia no mundo e é produzida pela diferença de
potencial elétrico entre dois pontos de um condutor. As cargas elétricas foram descobertas pelo
filósofo grego Tales de Mileto, que cunhou a palavra "eletricidade".
A energia elétrica é produzida em várias usinas, incluindo hidrelétricas, eólicas, solares,
termoelétricas e nucleares. No Brasil, a maior parte da energia é produzida em Usinas Hidrelétricas,
incluindo a maior Usina Hidrelétrica do país, localizada em Itaipu, na fronteira entre o Brasil e o
Paraguai. Nessas usinas, a energia mecânica é gerada usando a força da água, que é transformada em
energia elétrica para uso na sociedade moderna, como computadores, eletrodomésticos, iluminação,
entre outros.

MATRIZ ELÉTRICA

Algumas pessoas confundem a matriz energética com a matriz elétrica, mas elas são diferentes. A
matriz energética é um conjunto de fontes de energia que usamos para várias coisas, como
movimentar carros, cozinhar e gerar eletricidade. Já a matriz elétrica, que podemos chamar de matriz
energética para geração de energia elétrica, é um grupo de fontes de energia usadas apenas para gerar
eletricidade. Então, podemos dizer que a matriz elétrica é uma parte da matriz energética.

1) Fontes da matriz elétrica mundial

Antes de detalharmos a matriz elétrica mundial, vamos conhecer a matriz energética mundial, que é
formada principalmente por fontes de energia não renováveis, como carvão, petróleo e gás natural.

A composição das fontes da matriz energética mundial, em 2020, era representada por:
Petróleo e derivados – 29,5%
Gás natural – 23,7%
Carvão mineral – 26,8%
Biomassa – 9,8%
Nuclear – 5,0%
Hidráulica – 2,7%
Outras fontes – 2,5% (fontes renováveis como solar, eólica e geotérmica, por exemplo)

Já a composição das fontes da matriz elétrica mundial, em 2020, era representada por:
Petróleo e derivados – 2,5%
Gás natural – 23,6%
Carvão mineral – 35,0%
Biomassa – 2,5%
Resíduos – 0,4%
Nuclear – 10,0%
Hidráulica – 16,6%
Solar fotovoltaica – 3,0%
Solar térmica – 0,1%
Eólica – 6,0%
Geotérmica – 0,4%
Maremotriz – 0,004%

Como pode ser visto acima, a geração de energia elétrica no mundo é baseada, principalmente, em
combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás natural, em termelétricas, representando um
percentual superior a 60%.
2) Fontes da matriz elétrica nacional

Antes de detalharmos a matriz elétrica brasileira, vamos conhecer a matriz energética nacional, que
é muito diferente da mundial. Por aqui, usamos mais fontes renováveis que no resto do mundo.
Somando lenha e carvão vegetal, hidráulica, derivados de cana e outras renováveis, nossas fontes
renováveis totalizam 44,8%, equivalente a quase metade da nossa matriz energética

A composição das fontes da matriz energética brasileira, em 2020, era representada por:
Petróleo e derivados – 34,4%
Gás natural – 13,3%
Carvão mineral – 5,6%
Derivados da cana-de-açúcar – 16,4%
Lenha e carvão vegetal – 8,7%
Nuclear – 1,3%
Hidráulica – 11,0%
Outras fontes não renováveis – 0,6%
Outras fontes renováveis – 8,7% (como solar, eólica e geotérmica, por exemplo)

Gráfico de comparação do consumo de energia proveniente de fontes renováveis e não renováveis no


Brasil e no mundo para o ano de 2020:

Percebemos que a matriz energética brasileira é mais renovável do que a mundial. Essa característica
da nossa matriz é muito importante. As fontes não renováveis de energia são as maiores responsáveis
pela emissão de gases de efeito estufa (GEE). Como consumimos mais energia das fontes renováveis
que em outros países, dividindo a emissão de gases de efeito estufa pelo número total de habitantes
no Brasil, veremos que nosso país emite menos GEE por habitante que a maioria dos outros países.

Já a composição das fontes da matriz elétrica nacional, em 2020, era representada por:
Petróleo e derivados – 3,0%
Gás natural – 12,8%
Carvão mineral – 3,9%
Biomassa – 8,2%
Nuclear – 2,2%
Hidráulica – 56,8%
Eólica – 10,6%
Solar – 2,5%
A matriz elétrica brasileira é ainda mais renovável do que a energética, isso porque grande parte da
energia elétrica gerada no Brasil vem de usinas hidrelétricas. A energia eólica também vem crescendo
bastante, contribuindo para que a nossa matriz elétrica continue sendo, em sua maior parte, renovável.

Interessante saber, também, que a eletricidade produzida pela fonte solar inclui a GD (geração
distribuída), ou seja, a geração das placas solares de telhados de casas, shoppings e estacionamentos.
A GD vem crescendo bastante no nosso país.

Gráfico de comparação do consumo de energia elétrica proveniente de fontes renováveis e não


renováveis no Brasil e no mundo para o ano de 2020:

Como vimos, a matriz elétrica brasileira é baseada em fontes renováveis de energia, ao contrário da
matriz elétrica mundial. Isso é ótimo para o Brasil, pois além de possuírem menores custos de
operação, as usinas que geram energia a partir de fontes renováveis em geral emitem bem menos
gases de estufa.

Além disso, o Brasil tende a capitalizar cada vez mais créditos de carbono, ou seja, créditos gerados
com base na não emissão de gases de efeito estufa à atmosfera, podendo ser comercializados entre
países.

3) Geração elétrica diária, mensal e anual, a nível Mundial e Nacional

Mundial:
Segundo a IEA (Agência Internacional de Energia, em inglês), em dados de 2020, o mundo tinha uma
geração de energia elétrica próxima de 25.720 TWh (terawatt por hora).

Desse montante, o consumo era de 21.370 TWh, desconsiderando as perdas que naturalmente
ocorriam na transmissão.

Por hora (TWh – Por dia (TWh – Por mês (TWh – Por ano (TWh –
Eletricidade Mundial
Terawatt-hora) Terawatt-hora) Terawatt-hora) Terawatt-hora)
Geração 25.720 617.280 18.518.400 225.307.200
Consumo 21.370 512.880 15.386.400 187.201.200

Nacional:
Segundo o BEN (Balanço Energético Nacional), a geração de energia elétrica no Brasil em centrais
de serviço público e autoprodutores atingiu 656,1 TWh em 2021, resultado 4% acima de 2020.
Do lado do consumo final, houve um aumento de 5,7%, atingindo um total de 570,8 TWh, com
destaque para os setores industrial e residencial, que participaram com 37% e 26% respectivamente.

Por hora (TWh – Por dia (TWh – Por mês (TWh – Por ano (TWh –
Eletricidade Nacional
Terawatt-hora) Terawatt-hora) Terawatt-hora) Terawatt-hora)
Geração 656 15.746 472.392 5.747.436
Consumo 571 13.699 410.976 5.000.208
ENTREGA DA FASE 2

INTRODUÇÃO

Este projeto de Física da fase 2 nos faz estudar e compreender o conceito de momento linear e trabalho,
energia e potência.

Aprendemos sobre as condições de equilíbrio estático em corpos rígidos e os movimentos oscilatórios


e ondas transversais unidimensionais e terminamos explicando as diferenças dos sistemas on-grid e
off-grid no que se refere à distribuição de energia elétrica.

OBJETIVO DA FASE

A fase 2 tem como objetivo analisar e compreender como funcionam os sistemas on-grid e off-grid,
bem como as principais vantagens e desvantagens de cada sistema.

DESENVOLVIMENTO DA FASE

Sistemas fotovoltaicos são tecnologias que utilizam a luz solar para gerar energia elétrica. Isso se
deve a um fenômeno físico denominado efeito fotoelétrico. Consiste no surgimento de uma tensão
elétrica quando um material semicondutor, como o silício, é exposto à luz.

Os sistemas de energia solar podem operar de duas formas: on-grid (conectado à rede pública de
distribuição) e off-grid (operando de forma independente).

Esquemático residencial dos sistemas on grid e off grid:

Sistema on grid

O sistema on grid é utilizado quando existe uma ligação com a rede da concessionária, como em áreas
urbanas. Pode ser instalado em residências e empresas de todos os portes. A principal vantagem desse
sistema no Brasil é a compensação de energia elétrica, regulamentada por lei.

O imóvel utiliza a própria energia elétrica produzida, e o restante é direcionado para a concessionária,
que dá ao consumidor um crédito para compensar a produção de energia.
Os créditos são convertidos na conta de luz e podem ser utilizados por até 60 meses. Em tempo
chuvoso ou nublado, o consumidor retira a energia da rede pública e paga nada ou muito menos do
que pagaria, utilizando os créditos recebidos.

Além disso, o crédito pode ser transferido para outro imóvel desde que esteja cadastrado no mesmo
CPF. Os créditos podem ser utilizados à noite ou quando a necessidade energética do imóvel for
superior ao produzido pelo sistema, por exemplo o uso de ar-condicionado no verão.

Vantagens e desvantagens do sistema on grid:


Vantagens Desvantagens
Custo reduzido Não é completamente independente
Dispensa a utilização de baterias e sistema de Pagamento do custo de disponibilidade (o
cargas mínimo pelo uso da rede)
Mais eficiência Não possui um sistema de armazenamento
Projeto mais equilibrado
Sistema de compensação de créditos
Possibilidade de utilizar os créditos em outra
unidade consumidora do mesmo proprietário
Tem os riscos técnicos reduzidos por contar com
a rede da Distribuidora

Esquemático do sistema on grid:

Sistema off grid

Um sistema off grid é completamente independente, ou seja, não integrado na rede elétrica pública.
É ideal para locais distantes da rede ou sem acesso à distribuição elétrica, como áreas rurais, tanto em
ambientes fabris quanto residenciais.

A energia produzida é armazenada em baterias, o que garante o fornecimento de energia elétrica à


noite, em períodos sem produção ou durante oscilações na produção de energia, como em dias
nublados. Assim, confere ao imóvel total autossuficiência energética.

Graças à função autônoma, o sistema é frequentemente utilizado em prédios públicos ou onde a


energia não pode ser interrompida sem perdas. Em hospitais, uma combinação de energia solar fora
da rede e um gerador de emergência serviria de proteção.
Outros exemplos de uso comuns incluem:

Sistemas de monitoramento de veículos 24h para emrpesas transportadoras;

Rádios outdoor para provedores de serviços de internet, Wi-Fi público;

Veículos recreativos, como food trucks;

Câmeras e equipamentos de vigilância e segurança em locais como praças, ruas e fazendas que
necessitam de alimentação elétrica para evitar interrupções de imagem.

Vantagens e desvantagens do sistema off grid:


Vantagens Desvantagens
Pode ser utilizado em regiões remotas Custo mais elevado
Possui sistema de armazenamento de energia Menos eficiente
Não há custo de disponibilidade (não é preciso Depende de baterias e sistemas de carga
pagar conta de luz)

Esquemático do sistema off grid:

BIBLIOGRAFIA
International Energy Agency, https://www.iea.org/
Empresa de Pesquisa Energética, https://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/matriz-energetica-e-eletrica
Mundo Educação , https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/creditos-de-carbono.htm
RBE Energia, https://www.rbenergia.com.br/blog/producao-mundial-de-energia-eletrica/
Toda Matéria, https://www.todamateria.com.br/energia-eletrica/
Tecnoblog, https://tecnoblog.net/responde/qual-a-diferenca-entre-energia-solar-on-grid-e-off-grid/
Revista Potência, Programa Eletricista Consciente, https://revistapotencia.com.br/eletricista-
consciente/instalacao-fotovoltaica/energia-solar-sistemas-on-grid-e-off-grid/
Arion Otimização em Energia (site da empresa), https://energiaarion.com.br/2019/01/29/vantagens-
on-grid-off-grid-2/

You might also like