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HUME Exame Ate 2016 (Inclusive)
HUME Exame Ate 2016 (Inclusive)
Quando nós [os céticos] perguntamos se um objeto é como parece, admitimos que ele tem
uma aparência. Deste modo, a nossa investigação não se dirige à própria aparência. Em vez
disso, questiona o juízo que fazemos acerca dela, e isto é muito diferente de investigar a
própria
aparência. O mel, por exemplo, parece-nos doce. E isto nós concedemos, porque temos uma
sensação de doçura ao sermos afetados pelo mel. A questão, no entanto, é se este é doce,
independentemente do modo como nos afeta. Portanto, não é a aparência que é questionada,
14.2. Em que medida Descartes e Hume poderiam subscrever a dúvida cética expressa no
texto?
RESPOSTA:
− segundo Descartes (na fase em que apresenta os argumentos céticos), não só não podemos
confiar nos sentidos, pois estes já nos enganaram, como não podemos ter a certeza de que
não sonhamos quando julgamos estar acordados;
− por exemplo, quando mergulhamos uma vareta de vidro num copo de água, podemos ter a
ilusão de que a forma da vareta se alterou; mas Descartes mostra que nem sequer podemos
afastar a hipótese de o próprio ato de mergulhar a vareta de vidro no copo de água ser, afinal,
parte de um sonho;
− segundo Hume, apenas temos perceções (impressões e ideias), mas não temos acesso aos
objetos que consideramos serem as causas das nossas perceções;
igualmente relevantes.
• Clarificação do problema:
− o problema é o de determinar se, do resultado das experiências realizadas,
é correto inferir que as teorias são verdadeiras OU determinar o resultado
da aplicação do método científico;
− está em causa decidir que papel têm os testes empíricos na
validação/justificação das teorias. • Apresentação inequívoca da
posição defendida.
• Justificação da posição defendida ‒ cenários de resposta:
RESPOATA:
Estabelecemos [...] que todos os corpos [...] são compostos de uma mesma matéria,
[...]; além disso, estabelecemos [...] que continua a haver a mesma quantidade de movimentos
no mundo. No entanto, não podemos determinar apenas pela razão o tamanho dos pedaços
de matéria, ou a que velocidade se movem [...]. Uma vez que há inumeráveis configurações
existem.
16.2. Colocando-se na perspetiva de Hume, como avaliaria a distinção exposta no texto por
Descartes?
RESPOSTA:
A resposta integra os aspetos seguintes, ou outros igualmente relevantes.
Há uma questão que, na evolução do pensamento filosófico ao longo dos séculos, sempre
desempenhou um papel importante: Que conhecimento pode ser alcançado pelo pensamento
[...] os filósofos tentaram dar uma resposta, suscitando um quase interminável confronto de
opiniões filosóficas. É patente, no entanto, neste processo [...], uma tendência [...] que
podemos
Será que tanto Descartes como Hume contribuíram para a «crescente desconfiança» referida
no texto?
RESPOSTA:
2. .....................................................................................................................................................
A resposta integra os aspetos seguintes, ou outros igualmente relevantes.
Indicação de que é falso que ambos tenham contribuído para a desconfiança referida no
texto (desconfiança a respeito de haver conhecimento substancial a priori) OU de que
apenas Hume contribuiu para a desconfiança referida no texto OU de que Descartes não
contribuiu para a desconfiança referida no texto.
Justificação:
‒ Hume defendeu que podemos descobrir a priori relações de ideias; todavia, os raciocínios
pelos quais descobrimos relações de ideias não permitem conhecer questões de facto
(conhecimento substancial); por exemplo, saber a priori que nenhum solteiro é casado não
fornece qualquer indicação acerca do estado civil de quem quer que seja, o qual só pode
ser conhecido a posteriori/recorrendo à experiência;
‒ Descartes defendeu que «pelo pensamento puro»/de modo «independente da perceção
sensorial»/a priori podemos ter conhecimento substancial, e não apenas de relações de ideias;
por exemplo, podemos conhecer a priori que existimos enquanto coisas pensantes ou que
Deus existe (ou que a extensão é uma propriedade do mundo físico).
2. Leia os textos seguintes, um de Hume e outro de Descartes.
de todas as partes e grandezas que podem participar em qualquer espécie de máquina, mas
apesar disso a descoberta das próprias leis continua a dever-se simplesmente à experiência
[...]. Quando raciocinamos a priori, considerando um objeto ou causa apenas tal como aparece
qualquer objeto distinto, tal como o seu efeito, e muito menos mostrar-nos a conexão
inseparável
D. Hume, Investigação sobre o Entendimento Humano, Lisboa, IN-CM, 2002, pp. 46-47 (texto
adaptado).
As coisas corpóreas podem não existir de um modo que corresponda exatamente ao que
delas percebo pelos sentidos, porque, em muitos casos, a perceção dos sentidos é muito
obscura e confusa; mas, pelo menos, existem nelas todas as propriedades que entendo clara
e distintamente, isto é, todas aquelas que, vistas em termos gerais, estão compreendidas no
R. Descartes, Meditações sobre a Filosofia Primeira, Coimbra, Livraria Almedina, 1985, p. 210
(texto adaptado).
RESPOSTA:
GRUPO V
Suponhamos então que a mente seja, como se diz, uma folha em branco, sem quaisquer
carateres, sem quaisquer ideias. Como é que a mente recebe as ideias? [...] De onde tira todos
os
Na sua resposta,
RESPOSTA:
Cenário de resposta
A resposta integra os aspetos seguintes, ou outros igualmente relevantes.
Nota – Os aspetos constantes dos cenários de resposta apresentados são apenas ilustrativos, não
esgotando o espectro de respostas adequadas possíveis.