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[LÍNGUA PORTUGUESA IV – REDAÇÃO ACADÊMICA]

[COMUNIDADES DISCURSIVAS]

Segundo a terceira acepção apresentada pelo Dicionário, IDEOLOGIA é o sistema de ideias


sustentadas por um grupo social, as quais refletem, racionalizam e defendem os próprios interesses
e compromissos institucionais, sejam estes morais, religiosos, políticos ou econômicos.

_O texto é o espaço em que o discurso se concretiza, o veículo de expressão do discurso do grupo a


que o enunciador pertence, ou seja, o veículo de expressão de uma IDEOLOGIA. E mais, o texto é
uma manifestação individual do discurso dessa ideologia.

Portanto, na perspectiva sociointeracionista adotada por Marcuschi, TEXTO é uma unidade de


sentido ou unidade de interação, a COMPREENSÃO, uma “atividade de construção de sentido na
relação de m eu e um tu situados e mediados” e o GÊNERO TEXTUAL é entendido como “forma
de ação social”.

COMUNIDADES DISCURSIVA – indivíduos que mantém relações entre si e “visam a algum


objetivo comum”, cujos valores e significados específicos são articulados linguisticamente de modo
sistemática – trata-se, portanto de discursos.

*Sendo assim, os gêneros nascem dentro de uma comunidade discursiva, a qual determina o que
deve ser dito (o “conteúdo”). [O GÊNERO É, POIS, UM TIPO DE EVENTO COMUNICATIVO
COMPOSTO PELOS SEUS PARTICIPANTES, PELO DISCURSO PELA FUNÇÃO DO
DISCURSO E PELO CONTEXTO ONDE É PRODUZIDO]

Os gêneros discursivos possuem certa estabilidade, mas os vários exemplares de um mesmo gênero
podem variar: na sua forma, estrutura e publico alvo.

[PESQUISA, LEITURA E GÊNEROS DISCURSIVOS]

Valendo – nos, novamente do dicionário eletrônico Houais da língua portuguesa podemos conferir
que pesquisa é:

1) Conjunto de atividades que tem por finalidade a descoberta de nos conhecimentos


2) Investigação ou indagação minuciosa

Ainda que esse tipo de pesquisa seja essencialmente quantitativa, é necessária, como uma das etapas
mais importantes, a leitura adequada do material. Sobre ela são importante:
*o autor de um texto não tem total controle sobre o entendimento que esse texto possa vir a ter…
*a interpretação é sempre fruto de um trabalho conjunto e não unilateral, pois compreender é uma
atividade colaborativa(auto – texto – leitor)

_O gênero discursivo a ser desenvolvido poderá, nas maiorias das vezes, regular a extensão, a
diversidade e a profundidade de nossa pesquisa. De qualquer forma, ela deve ser a ponte de ligara
nossa indagação aos resultados que conseguiremos alcançar.

[OS GÊNEROS ACADÊMICOS]

Espera-se, que um estudante universitário se esforce ao máximo para se apropriar do vocabulário


específico de cada um dos componentes curriculares de sua matriz curricular.
Além disso, é necessário que o estudante se aproprie desses gêneros, no âmbito da pesquisa e da
leitura de textos indicado, possa distinguir um artigo de uma resenha, cujos objetivos, funções são
em geral diferentes.

_Todos esses requisitos devem ser, aos poucos, conhecidos e dominados com certa facilidade.

[A PESQUISA: FONTE, MÉTODOS, ETAPAS E TÉCNICAS]

Segundo Nosella (2000, p.3)

_O ensino – aprendizagem mais profundo e renovador é o investigativo forjado e renovado pelo


processo de pesquisa /…/. O espírito investigativo se volta para o ainda não-conhecido, isto é, para
o futuro da ciência e não para o seu passado.

_É necessário, em primeiro lugar, empreendemos um trabalho de pesquisa bibliográfico a fim de


conhecermos o estado da arte do tema a que estamos nos dedicando.
_Em seguida é necessário localizar o espaço(físico ou virtual) em que essas fontes estão guardadas.
_Sendo assim, a terceira etapa de nosso trabalho de pesquisa será reunir tudo aquilo que
considerarmos vir a ser importante para o nosso trabalho.

*Ao longo dessas etapas, podemos nos deparar com diversos tipos de publicação. As mais comuns
são:
_Livros – todos ou parte (capítulo)
_Periódicos: ( ) ( ) (Artigos, resenha)
_Trabalhos Acadêmicos (monografia, teses)
_Imagens: (filmes)
_Documentos iconográficos (Fotografia, pintura)
_Documentos sonoros (CD)

_Há um cuidado que devemos tomar: é preciso não “perder o foco”, não deixar que novos caminhos
dos afastem de nossos objetivos.

[A LEITURA – OBJETIVOS E TÉCNICAS]

_Pode assim dizer que a seleção da material reunido prevê três tipos (ou etapas) de leitura

O primeiro deles é a LEITURA INSPECIONAL, durante a qual prestamos atenção a estrutura do


texto (capítulos, partes, tipos, títulos) ao assunto e o tema do que ele trata. Com essa leitura fazemos
uma “varredura” do material com o objetivo de decidirmos se interessa ou não.

O segundo é o da LEITURA ANALÍTICA. Nesta etapa observamos, os textos que passaram pela
leitura inspecial, o VOCABULÁRIO utilizado (já que no final de nosso trabalho serão empregados
com propriedade e naturalidade AS ILUSTRAÇÕES que podem tanto exemplificar como
comprovar fatos e ideias.

[ESSA LEITURA COSTUMA DESPERTAR EM NÓS UM QUESTIONAMENTO


CLARAMENTE DIRECIONADO PARA NOSSOS OBJETIVOS]

O terceiro, trata-se de uma LEITURA COMPARATIVA, esse tipo de leitura ao estabelecer relações
com nosso conhecimento prévio, pode tanto ratifica – lo quanto retifica – lo, por isso é decisivo,
pois pode por um fim na nossa pesquisa ou um novo começo.

*Sendo assim, a compreensão que se tem do texto é sempre fruto de um trabalho conjunto e não
unilateral.

(Entender é produzir sentidos e não extrair conteúdos prontos)

[AS ANOTAÇÕES DE LEITURA E SEUS REGISTROS]

_No contexto da leitura para estudo, há aquelas que não precisam anotar nada, e outras que, se não
escreverem, não conseguem reter as informações

TIPOS DE ANOTAÇÕES/RESUMO

Marginália – por meio do qual o leitor vai anotando, no próprio texto, as palavras frases que lhe
interessam durante a leitura

Segmentação – Ao lermos um texto percebemos o critério que foi utilizado pelo autor no momento
de organiza – lo. Por exemplo, aspectos relativos ao espaço, tempo, a importância das ideias, aos
aspectos gerais.

Frases – Resumos – Procuramos registrar as ideias chaves do texto.

*Finalmente vale lembrar que é importante, ao longo de uma leitura, regisliarmo de alguma forma
as relações que formos estabelecendo entre o texto que estamos estudando e outras leituras
anteriores.

[RESUMO – UNIDADE II]

Nesta unidade, tratamos, primeiramente, das fontes, métodos, etapas e técnicas de pesquisa já que é
fundamental como ponto de partida para a produção do texto acadêmico.
_Objetivos e técnicas de leituras
_Leitura inspecional, análitica e comparativa
_Anotações de leitura e seus registros

[PARÁFRASES E CITAÇÕES]

*No âmbito da produção textual escrita, parafrasear, portanto é expressar as ideias de alguém com
uma construção e um vocabulário próprio. Ela possibilita a construção de gêneros textuais, como
resumo, a resenha e o artigo científico,
Fica claro que a paráfrase deve ser fiel ao texto original, não admitindo comentários

_A paráfrase é, no conjunto do texto produzido (uma resenha, por exemplo), uma forma de citação
de fatos registrados em textos de outros autores ou de ideias de outrem recurso que evita o acúmulo
de transcrições literais, garantido a fluência do texto.

_A paráfrase deve ser muito bem elaborada, pois, caso contrário, pode causar “mal – entendidos”
prejudiciais a comunicação, e se não houver citação claro do autor das ideias é tida como plágio.

Assim, para utilizar em seu texto as ideias acima, esse estudante poderia usar dois recursos:

A Paráfrase é um texto que procura tornar mais claro e objetivo aquilo que se disse em outro texto.
Portanto, é sempre a reescritura de um texto já existente, uma espécie de ‘tradução’ dentro da
própria língua.
O autor da paráfrase deve demonstrar que entendeu claramente a idéia do texto. Além disso, sã
exigências de uma boa paráfrase:
1. Utilizar a mesma ordem de idéias que aparece no texto original.
2. Não omitir nenhuma informação essencial.
3. Não fazer qualquer comentário acerca do que se diz no texto original.
4. Utilizar construções que não sejam uma simples repetição daquelas que estão no original e,
sempre que possível, um vocabulário também diferente.

CITAÇÃO DIRETA – Garcez (2002, p10) considera que “todos podem vir a ser bons redatores”.
Entretanto, escrever não é um ato espontâneo. Exige muito empenho, é um trabalho duro

CITAÇÃO INDIRETA – qualquer pessoa pode se tornar um bom produtor de texto que se empenhe,
que trabalhe, bastante, já que o ato de escrever não é espontâneo.

Citação INDIRETA

É a transcrição das ideias do autor consultado, porém usando as suas palavras, ou seja,
parafraseando. A ideia expressa continua sendo de autoria do autor que você consultou, por isso, é
necessário citar a fonte: dar crédito ao autor da ideia, sendo desnecessário indicar o número da
página de onde a ideia foi extraída. Exemplo:
O valor da informação está relacionado com o poder de ajuda aos tomadores de decisões a
atingirem os objetivos da empresa (FRUTAO, 1998).

Citação DIRETA OU TEXTUAL

É a reprodução integral de parte da obra consultada, conservando-se a grafia, pontuação, idioma e


gênero.
•Citação com até três linhas: deve ser incorporada ao parágrafo e aparecer entre aspas duplas.
•Mais de três linhas: deve figurar em um bloco abaixo do texto, com recuo de 4 cm para todas as
linhas, a partir da margem esquerda, espaçamento simples entre as linhas, fonte menor que a do
texto e sem aspas.

Exemplo no texto:
Drucker (1984, p.17) comenta sobre a prática administrativa afirmando que:
A administração é exercício, não ciência. A esse respeito, ela pode comparar-se com a medicina, a
advocacia e a engenharia. Não é conhecimento, mas desempenho. Além disso não representa a
aplicação do bom senso, ou da liderança, menos ainda da manipulação financeira. Seu exercício
baseia-se no conhecimento e na responsabilidade.

Exemplo da referência:
DRUCKER, Peter Ferdinand. Introdução à administração. São Paulo: Pioneira, 1984.

CITAÇÃO DE CITAÇÃO

É a transcrição direta ou indireta de um texto ao qual não se teve acesso. Nesse caso, emprega-se a
expressão latina "apud" (junto a), ou o equivalente em português "citado por", para identificar a
fonte que foi efetivamente consultada. Exemplo:
Para Watson (1913, citado por CARONE, 2003)......
Obs. Na lista de Referências incluir apenas a obra consultada.
USO EM EXCESSO

O uso excessivo de citações em teses e artigos acadêmicos prejudica a criação de conhecimento


novo, é o que afirma Augusto de Franco[1] (Coordenador-geral da Agência de Educação para o
Desenvolvimento) . Isto se daria pelo fato de ao utilizar as citações de outros autores para legitimar
o seu conteúdo, o escritor estaria deixando de lado a sua própria capacidade de argumentação, o que
termina favorecendo a cópia de conhecimentos já consolidados ao invés de criar novos.

[RESUMO, QUADROS E ESQUEMAS]

_Em síntese, o resumo é o resultado de um rastreamento que fazemos em um texto, ao longo de


nossa leitura, com o objetivo de chegarmos as ideias principais e como elas se relacionam entre si,
reconstruindo, mentalmente, os diversos movimentos do texto como um todo.

_Enquanto o resumo costuma ter uma circulação regular nos diversos gêneros discursivos da
comunidade acadêmica, a dos quadros e dos esquemas, principalmente na área de humanidade é
menos frequentes.

ESQUEMAS
_é uma estrutura mental que representa algum aspecto do mundo. As pessoas usam esquemas para
organizar o conhecimento atual e providenciar uma base para a compreensão futura.

DEFINICÃO DE ESQUEMA

Esquematizar é um processo mental de natureza analítica-sintética que proporciona ao estudante


uma visão geral do tema objeto do estudo, estruturá-lo de uma forma lógica e hierarquizada. Um
esquema é a representação moldável e organizada dos conteúdos de um texto. (Santiago Castilho;
Luiz Polanco). Os esquemas são entidades conceituais complexas, compostas de unidades mais
simples interconectadas. (Manuel Vegas)

O esquema assinala a importância relativa de cada idéia e sua relação com todas as demais. Implica
reconhecer as idéias do texto e organizá-las dentro de uma estrutura clara que sirva de marco de
referência para representar o conteúdo do documento facilitando assim sua aprendizagem.
É uma antecipação do resumo, mas apresenta as idéias de uma forma mais simplificada, simples e
clara. O objetivo é que com um golpe de vista sejamos capazes de ver toda a informação contida no
texto, potenciando assim nossa memória visual. É uma técnica que facilita o trabalho intelectual de
análise (conhecimento dos aspectos mais importantes) e síntese ( a idéia geral do tema, destacando
seus conteúdos fundamentais).

As representações gráficas (esquemas, diagramas, mapas...) permitem mostrar as relações entre as


idéias principais e secundárias de forma simplificada e estruturada. Seu emprego facilita uma clara
estrutura visual dos dados, permitindo captar de um só golpe de vista a informação essencial.

O esquema tem quatro características essenciais:

TÊM VARIÁVEIS: A elas estão associadas limitações específicas.


SÃO ENCAIXÁVEIS: A compreensão de um texto se realiza a partir da ativação de um
esquema relacionado com outros sub esquema de forma hierárquica. A estrutura de um
esquema acontece em finais de relações entre outros esquemas.

REPRESENTAM CONCEITOS GENÉRICOS: que tomados conjuntamente variam em seus


níveis de abstração. No sistema da memória humana se encontram inumeráveis "pacotes de
informação". Há esquemas em todos os níveis de abstração.

SAO REPRESENTAÇÕES DO CONHECIMENTO: Os esquemas ordenam e integram a


informação contida em um texto e proporcionam informações não explicitadas e nem tão
necessárias para sua compreensão já que nos indica como se há de processar
VANTAGENS
• Oferece uma clara estrutura visual do conteúdo de um tema.
• Desenvolve as capacidades de análise, síntese, ordem lógica e relação de idéias.
• Potencializa o estudo elaborado e ativo permitindo um domínio dos temas.
• Facilita a memorização já que permite uma razoável integração de novas idéias.
• Proporciona um instrumento importante de verificação da aprendizagem.

ELABORACÃO DO ESQUEMA

Um esquema deve recolher as idéias centrais de um texto apresentando de forma simples e lógica
sua estrutura. A representação do esquema é diagramática e acumula todo o conhecimento
necessário para o processamento da informação. Para conseguir que o esquema realizado expresse
confiabilidade o conteúdo de um tema deve ter em conta uma série de aspectos:
RECOLHER todas as idéias contidas no texto.
UTILIZAR frases curtas e concisas mas, que tenham sentido em si mesmas.
SELECIONAR as palavras que identifiquem o conteúdo do tema.
FAVORECER com a disposição, a ordem e a estrutura do esquema uma rápida visão do mesmo.

[TABELAS E QUADROS]

As tabelas e os quadros facilitam a compreensão do fenômeno em estudo, uma vez que apresentam
os dados de modo resumido, oferecendo uma visão geral do conteúdo em questão.

A tabela segue a norma NBR 14724:2011 subitem 5.9, que por sua vez, remete asNormas de
Apresentação Tabular do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (1993). Já o
quadro é citado no subitem 5.8 da NBR 14724:2011 como uma das categorias de
ilustrações.
A principal diferença entre ambas está relacionada ao conteúdo e a formatação. Segundo
as Normas de Apresentação Tabular (p. 7), a informação central de uma tabela é o dado
numérico. Todos os outros elementos que a compõem têm a função de complementá-la e
explicá-la. Por sua vez, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), não
específica o tipo de conteúdo a ser incluído em um quadro.
Com relação a formatação, a tabela apresenta os seguintes elementos: título, cabeçalho, conteúdo,
fonte e, se necessário, nota(s) explicativa(s) (geral e/ou específica). É dividida por o mínimo
possível de linhas na horizontal e as bordas laterais não podem ser fechadas. Já o quadro, embora
siga especificações semelhantes (título, fonte, legenda, nota(s) e outras informações necessárias),
terá suas laterais fechadas e sem limite de linhas horizontais.
Exemplo de tabela:

Exemplo de quadro:

[FICHAMENTO]

_O fichamento, pressupõe uma intenção do sujeito, isto é enquanto a paráfrase e o resumo não
aceitam interferência. Como a função principal de um fichamento é sistematizar um estudo,
organizar anotações feitas ao longo de uma leitura, ele pode ser visto como uma técnica de
organização.

1) A fim de facilitar a consulta, ele costuma ser organizado em fichas encabeçadas pela referência
bibliográfica completa e pelo tema da pesquisa
2) Em seguida costuma-se resumir ou parafrasear o conteúdo pesquisado no texto, transcrevendo-se
também, trechos importantes (sempre entre aspas e com o número da página).

3) A essa parte, seguem-se os comentários do autor do fichamento, do qual constam, além das
considerações avaliativas.

4) Os comentários podem vir seguidos de observações de caráter geral e/ou específico, data do
fichamento, local físico, ou virtual em que se encontra a obra: existente de outras edições da obra
fichada.

*Qualquer que seja o tipo de fichamento ele pode ser feito por meio de fichas de cartolina em vários
tamanhos.
*O importante é que, não importa em qual suporte o fichamento seja organizado de maneira clara e
funcional.

[RESUMO – UNIDADE III]

_Abordamos os principais textos auxiliares para a redação acadêmica.

PARÁFRASES – texto que reproduzimos, com nossas palavras, o texto lido.

RESUMOS, QUADROS E ESQUEMAS – preveem a capacidade do leitor de detectar as ideias


principais do texto lido. Alias, lembramos que tal seleção depende de vários fatores, dentre os quais
se destacam o objetivo da leitura e da própria produção do resenhista, a situação de produção e o
suporte.

FICHAMENTOS – ponto de partida tanto da produção quanto da organização dada as anotações e


aos suportes em que ele se concretiza. Deve ser elaborado de maneira clara e funcional.

[RELATÓRIO E COMUNICAÇÃO]

Como gênero discursivo, os relatórios “surgiram” na antiga Roma, quando por onde do imperador,
os fatos eram registrados no último dia do ano.

No contexto acadêmico, o relatório pode ser peça fundamental para uma tomada de decisão
exigindo, em alguns casos, novas leituras e pesquisas.

_Quanto a apresentação, os tipos mais frequentes de relatórios são:

*Relatório – Resumo – os fatos são relatados de modo conciso, por meio da enumeração dos
elementos básicos. É usado, principalmente, para trabalhos diários.

*Relatório – Roteiro – os fatos são relatados (assim como os dados obtidos de modo conciso, por
meio de um formulário previamente elaborado).

*Relatório – Narrativo – os fatos são relatados minuciosamente, geralmente em ordem cronológica


sem omissão dos detalhes

*Relatório em Tópico – os fatos são relatados de modo conciso, agrupados por assunto, em ordem
lógica, sob títulos resumem o assunto a ser tratado em cada parte.
[ESTRUTURA]
_todo relatório devem vir precedido de uma folha de rosto (A capa): em seguida, coloca-se o índice
ou o resumo do conteúdo.

[RESENHA]

A resenha é um gênero discursivo em que um autor apresenta a obra de outro autor dando
informações sobre ela, comentando-a, analisando-a, inserindo-a, criticamente.
No entanto, se, além de informar o autor da resenha tiver por objetivo externar sua opinião sobre a
obra recomenda – la ou não, para seu leitor, ele se utilizara de argumentos que comprovem seu
ponto de vista e justifiquem a indicação positivo ou negativa.

DESCRIÇÃO DA RESENHA

APRESENTAR O LIVRO

PASSO 1 – informar o tópico geral do livro e/ou


PASSO 2 – definir o público-alvo e/ou
PASSO 3 – dar referências sobre o autor e/ou
PASSO 4 – fazer generalizações e/ou
PASSO 5 – fazer generalizações

DESCREVER O LIVRO

PASSO 6 – dar uma visão geral da organização do livro e/ou


PASSO 7 – estabelecer o tópico de cada capítulo e/ou
PASSO 8 – citar o material extratextual

AVALIAR PARTES DO LIVRO

PASSO 9 – realçar pontos específicos

(NÃO) RECOMENDAR O LIVRO

PASSO 10A – desqualificar/recomendar o livro ou


PASSO 10B – recomendar o livro apesar das falhas indicadas.

Resenha é uma produção textual, por meio da qual o autor faz uma breve apreciação, e uma
descrição a respeito de acontecimentos culturais (como uma feira de livros, por exemplo) ou de
obras (cinematográficas, musicais, teatrais ou literárias), com o objetivo de apresentar o objeto
(acontecimento ou obras), de forma sintetizada, apontando, guiando e convidando o leitor (ou
espectador) a conhecer tal objeto na integra, ou não (resenha crítica).

Uma resenha deve conter uma análise e um julgamento (de verdade ou de valor).

Uma resenha pode ser:

* Descritiva – É o caso dos resumos de livros técnicos, também chamada de resenha técnica ou
cientifica. A apreciação, ou o julgamento em uma resenha descritiva julga as idéias do autor, a
consistência e a pertinência de suas colocações, ao longo da descrição da obra, ou seja, trata-se de
um julgamento de verdade.
* Crítica ou opinativa – Nesse tipo de resenha o conteúdo apresentado é um pouco mais detalhado
do que na resenha descritiva, pois os critérios de julgamento são de valor, de beleza da forma, estilo
do objeto (acontecimento ou obra). A exploração um pouco maior dos detalhes ocorre devido à
necessidade de que o autor da resenha fundamente suas críticas, sejam elas positivas ou negativas,
utilizando outros autores que trabalharam o mesmo tema.

Antes da produção da resenha de um livro – por exemplo - devem ser seguidos os seguintes passos:
- Leitura e reflexão sobre o texto do qual será feito a resenha, sendo que muitas vezes são
necessárias leituras complementares para um melhor entendimento do tema.
- Resumo da obra, no qual deverão ficar clara as idéias principais do autor. Este resumo será a base
para a resenha, mas não ela.
- Selecionar dentre as idéias principais, uma que será destacada, e até aprofundada (no caso das
resenhas críticas).
- Emitir um julgamento de verdade (resenha descritiva) ou de valor (resenha crítica), sendo
necessária a fundamentação no caso da resenha crítica.
- Elaborar a resenha a partir dos passos anteriores, sendo que a organização do texto fica a critério
do autor. A resenha deve conter, ainda, uma brevíssima identificação do autor da obra (vida e outras
obras). Ao fim da resenha, o autor da mesma deve se identificar.

Alguns autores indicam ainda outro tipo de resenha, chamada pelos mesmos de resenhas temáticas.
Nesse caso, são apresentados vários textos e autores que falam sobre o mesmo tema, fazendo as
devidas referências.

[ARTIGO E ENSAIO]

O artigo científico é um documento que relata “os resultados de uma atividade de investigação”.
Tais resultados podem ser uma revisão teórica, o relato de um experimento ou o relato de uma
observação direta de fenômenos percebidos pela experiência.

_É possível perceber que o artigo parte do geral para o particular, isto é, do conhecimento já
estabelecido na área em que o tema se insere para um novo conhecimento, agora específico.

*Os motivos pelos quais o gênero artigo tem sido tão valorizado pela comunidade acadêmica: além
de veicular os resultados de estudos concluídos ou em andamento, ele revela novos aspectos de um
tema, amplia o campo de pesquisa, traz uma abordagem diferente das anteriormente efetuadas,
relaciona os resultados obtidos aos já conhecidos pela comunidade acadêmica, estabelecendo uma
clara e proveitosa intertextualidade entre metodologia, fundamentações teorias e práticas de análise.

_Já o ensaio lato sensu tem outras motivações, dentre as quais as mais evidente e comum é a
vontade do sujeito, isto é do autor do ensaio: um tema de interesse filosófica, científico ou social, a
leitura de um livro, o lançamento de um filme, um evento cultural, o gosto pelo debate de ideias.

O ensaio se diferencia do artigo na medida em que se constitui, diferentemente desde.

[ANEXOS]

Terror de muita gente na faculdade, pesadelo que assombra os finais de semestre ou exigência
escolar incomum, a redação acadêmica está presente em, pelo menos, uma etapa da trajetória de
estudos de alguém.
Seja requisito de muitos cursos superiores, o temido “TCC” (trabalho de conclusão de curso); seja
experiência de iniciação científica ou o processo para obtenção de níveis de especialização, como
mestrado e doutorado; o trabalho acadêmico é um tipo de texto científico-argumentativo que
exige certo esforço.

Estamos aqui hoje para dar umas dicas de como tornar esta tarefa um pouco menos complicada.
Vem ver:

1) Escolha o tema

O primeiro passo de um trabalho acadêmico é escolher um tema. Pense bastante sobre isso e
escolha algum assunto com o qual você tenha certa familiaridade ou que você tenha MUITA
curiosidade de aprender estudando.

É preciso ter em mente que você passará horas e horas estudando diversas facetas do mesmo
assunto e pode descobrir, no meio do caminho, que na verdade odeia “Teoria do textão aplicada
ao estudo dos memes na internet”. De duas uma: ou você termina seu TCC amando ou odiando o
tema, por isso é importante escolhê-lo com muita calma.

Se o tema já for pré-definido, como é o caso de muitos trabalhos exigidos na faculdade ou na


escola, tente escolher uma abordagem que te interesse –estudar algum evento histórico pela
perspectiva das mulheres, por exemplo.

2) Selecione bibliografia de referência

É provável que alguém neste mundo já tenha estudado algo que você também quer pesquisar. A
originalidade não é fator essencial para trabalhos acadêmicos, com exceção daqueles que são
para obtenção de algum título de especialização (mestrado ou doutorado), o que significa maior
facilidade para encontrar bibliografia.

É por isso também que vale simplificar o assunto que você quer estudar: quanto mais específico
ele for, mais difícil será encontrar bibliografia de referência para ele.
3) Fiche textos

Com a bibliografia selecionada, leia, leia muito. Leia tudo o que puder da lista de referências e não
deixe para contar com sua memória para lembrar dos argumentos principais de cada texto. Fiche-
os.

Fichar consiste em colocar as ideias centrais de um texto em um documento ao qual você poderá
recorrer quando começar a redigir seu trabalho acadêmico. O documento pode ser manuscrito ou
digitado, mas tente dar preferência para arquivos acessíveis em “nuvens”, como o Google Docs ou
Evernote, assim você pode ler de onde estiver e não corre o risco de perder todo o progresso –
esta dica também se aplica para o trabalho em si.

Nos fichamentos, vale também coletar citações literais que poderão ser mencionadas no texto
com os devidos créditos. Anote bem os títulos dos livros, a edição e as páginas lidas.

4) Participe de discussões sobre o assunto

É sempre legal participar de discussões e debates que abordem o tema do seu trabalho, porque
assim você estará em contato com diferentes visões sobre o assunto e poderá ter ideias que
provavelmente não teria se não tivesse participado. Uma outra possibilidade é pedir para que
algumas pessoas interessadas no tema leiam o seu trabalho, pois elas podem te dar sugestões de
como melhorá-lo.

5) Revise

Vá revisando aos poucos cada nova parte redigida, assim você evita deixar passar algum erro.
Quando concluir, vale pedir para alguém, habituado a revisar, a dar uma lida e passar um pente
fino em tudo. Esta etapa é bastante importante principalmente para trabalhos com limite de
tamanho – um leitor externo tem maior facilidade para identificar e remover partes repetitivas ou
desnecessárias do que quem fez o trabalho.

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