Regimento Interno 1ccape 2021

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1.ª CÂMARA DE CONCILIAÇÃO E §4.º. As disposições do presente regimento


ARBITRAGEM DO ESTADO DE submetem-se em sua totalidade à Lei nº. 9.307
de 23 de Setembro de 1996 (Lei de Arbitragem),
PERNAMBUCO bem como às normas públicas e aos bons
costumes.
- 1.ª CCA-PE -
Art. 2.º. São funções da 1.ª CCA-PE promover
a conciliação e resolução de litígios que
envolvam direitos patrimoniais disponíveis, bem
REGIMENTO INTERNO como serviços relativos à administração das
arbitragens, mediações e conciliações nacionais
e internacionais que lhe sejam submetidas,
sendo defeso à mesma dar solução a conflitos
que versem sobre direitos indisponíveis.
PARTE I
Art. 3.º. A 1.ª CCA-PE compõe-se da seguinte
CAPÍTULO ÚNICO estrutura:

I – Presidente;
DAS FUNÇÕES E DA ESTRUTURA
II – Conselho Deliberativo;
Art. 1º. O presente Regimento Interno
estabelece as normas a serem aplicadas nos
III – Coordenação Jurídica;
procedimentos de conciliação e arbitragem
submetidos à jurisdição da 1.ª Câmara de IV – Árbitros Conciliadores;
Conciliação e Arbitragem do Estado de
Pernambuco, doravante denominada 1.ª CCA- V – Árbitros;
PE, órgão institucional do SINDICATO DAS
EMPRESAS DE COMPRA, VENDA VI – Secretaria.
LOCAÇÃO, E ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS
E DOS CONDOMÍNIOS RESIDENCIAIS E Art. 4.º. A Presidência da 1ª CCA-PE será
COMERCIAIS DO ESTADO DE exercida pelo Presidente do SECOVI-PE.
PERNAMBUCO – SECOVI/PE.
§1.º. Compete ao Presidente:
§1.º. Este Regimento, em consonância com o
que preceitua o Art. 5.º da Lei n.º 9.307/96, a) representar ativa e passivamente a 1ª CCA-
contém regras e procedimentos que visam PE, praticando em juízo ou fora dele os atos
concretizar as disposições e princípios contidos necessários à defesa dos interesses deste
na lei, operacionalizando suas disposições e órgão;
exigências.
b) deliberar acerca da receita e da despesa da
§2.º. As partes que aderirem e submeterem 1ª CCA-PE relativa a cada ano;
qualquer litígio ou controvérsia à 1.ª CCA-PE,
por meio de convenção de arbitragem, ficam c) convocar o Conselho Deliberativo e dirigir os
vinculadas às disposições deste Regimento seus trabalhos;
Interno, reconhecendo a competência originária d) cumprir e fazer cumprir o presente
e exclusiva da Câmara para administrar o Regimento Interno, bem como as deliberações
procedimento arbitral. do Conselho Deliberativo;
§3.º. A 1.ª CCA-PE não se é subordinada ao e) contratar os funcionários necessários ao bom
SECOVI-PE, sendo os árbitros que a compõem funcionamento da 1ª CCA-PE.
independentes, assim como serão
independentes as decisões pelos mesmos § 2.º. Na ausência provisória do Presidente da
proferidas, não estando estas sujeitas a 1ª CCA-PE, assumirá a sua função o Gerente
recursos ou a homologação pelo Poder Executivo do SECOVI-PE.
Judiciário na forma do Art. 18 da Lei nº. 9.307
de 23 de Setembro de 1996.

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Art. 5.º. A 1.ª CCA-PE no exercício de suas § 4.º. As reuniões do Conselho Deliberativo
funções será coordenada por um Conselho serão sempre secretas e nelas somente serão
Deliberativo, composto pelos seguintes admitidos os membros do Conselho e terceiro(s)
membros: escolhido(s) pelo Presidente para secretariar os
trabalhos.
a) Presidente do SECOVI-PE
§ 5.º. O cargo mencionado na alínea ‘c’ será de
b) Vice-Presidente do SECOVI-PE caráter rotativo, tendo em vista a pluralidade de
Diretores no âmbito do SEVOVI – PE, devendo
c) Diretor do SECOVI-PE obedecer a ordem dos diretores constante do
Estatuto da entidade e será ocupado pelo
d) Coordenador Jurídico respectivo diretor por um período de 12 (doze)
meses.
e) Gerente Executivo
Art. 6.º. A Coordenação Jurídica será exercida
§ 1.º. Ao Conselho Deliberativo compete: por um advogado ou escritório de advocacia
contratado pelo Presidente da 1.ª CCA-PE para
I – julgar os processos ético-disciplinares tal fim, a qual caberá a organização, orientação,
formulados em face dos árbitros ou de qualquer fiscalização, disponibilização de Árbitros
funcionário da 1ª CCA-PE; Conciliadores e revisão das decisões arbitrais
antes de publicadas (quanto aos requisitos dos
II – julgar os requerimentos de recusa do árbitro; artigos 23 à 33 da Lei n.º 9.307 de 23 de
Setembro de 1996), agindo sempre em comum
III – alterar o presente Regimento Interno; acordo com o Conselho Deliberativo.

IV – responder às consultas dirigidas à 1.ª CCA- §1.º. Se a Coordenação Jurídica for exercida
PE; através de escritório de advocacia, este deverá
indicar um dos sócios para atuar como
V – rever, sempre que necessário, os valores Coordenador Jurídico da 1.ª CCA-PE e seus
constantes na tabela progressiva de honorários eventuais substitutos.
arbitrais, bem como das custas e demais
emolumentos cobrados pela Câmara; §2.º. Caso a decisão proferida pelo árbitro
preencha os requisitos dos artigos 23 à 33 da
VI – determinar a organização, promoção e Lei de Arbitragem, o Coordenador Jurídico
desenvolvimento de cursos, palestras, também assinará a mesma. Não estando de
seminários e discussões a respeito da acordo com o estabelecido na referida Lei, o
arbitragem, visando a divulgação da 1ª CCA- Coordenador devolverá os autos ao árbitro para
PE, bem como o aperfeiçoamento dos árbitros; adequação, justificando, em documento
apartado, as razões da devolução, hipótese em
VII – expedir provisões ou resoluções sobre o que o árbitro terá o prazo de 5 (cinco) dias
modo de proceder em casos previstos no contados do recebimento do processo para
presente Regimento Interno; proceder às adequações.
VIII – deliberar acerca da utilização da receita
líquida apurada pela 1.ª CCA-PE; Art. 7.º. Os Árbitros Conciliadores têm a
função de promover a mediação e conciliação
IX – deliberar acerca dos casos omissos. das demandas e conflitos trazidos à Câmara,
podendo também realizar arbitragens,
§ 2.º. O Conselho Deliberativo somente poderá obedecida a ordem de preferência estabelecida
funcionar com a presença da maioria absoluta pelo Coordenador Jurídico.
de seus membros.
Art. 8.º. Os Árbitros realizarão as arbitragens
§3.º. O Presidente da 1ª CCA-PE poderá, a submetidas à 1.ª CCA-PE e suas decisões,
qualquer tempo e sem necessidade de antes de publicadas, serão revisadas pela
apresentar justificativa, exonerar qualquer dos Coordenação Jurídica que observará se as
membros do Conselho Deliberativo, que mesmas obedeceram os termos dos artigos 23
praticarem qualquer ato contrario e/ou lesivo ao à 33 da Lei n.º 9.307 de 23 de Setembro de
interesse da entidade e seus objetivos. 1996.

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Art. 9.º. A Secretaria será composta de um Loja 04, Boa Viagem, podendo analisar, mediar
Supervisor Arbitral, de Assistentes Arbitrais e solucionar, através dos seus árbitros, todos e
e Mensageiros Arbitrais Oficiais, e tem a quaisquer conflitos e litígios que lhes forem
função de administrar o processamento das submetidos.
ações propostas na Câmara e fornecer apoio
aos árbitros, responsabilizando-se os seus PARTE II
membros, civil e criminalmente, por todos os
atos praticados que se constituam ato ilícito.
CAPÍTULO ÚNICO
§1.º. Ao Supervisor Arbitral cumpre a
coordenação dos trabalhos da secretaria, DO OBJETO DA ARBITRAGEM
zelando pelo seu bom funcionamento,
orientando os escreventes e mensageiros Art. 13. Qualquer litígio que verse sobre direito
arbitrais oficiais no desempenho das suas patrimonial disponível, bem como os referentes
funções, fazendo cumprir-se os prazos, à interpretação ou cumprimento de contrato,
devendo informar ao Coordenador Jurídico poderá ser submetido à apreciação da 1.ª CCA-
todas as situações, fatos e atos praticados e PE, a qual adotará uma fase conciliatória e,
ocorridos na Secretaria, capazes de interferir na malograda esta, outra arbitral.
qualidade dos serviços.
§1.º. A 1.ª CCA-PE tem por objeto proceder as
§2.º. Aos Assistentes Arbitrais caberá a arbitragens que lhe forem submetidas, conforme
função de realizar todos os atos inerentes à disposto neste Regimento, bem como
secretaria tais como: autuação, emissão de administrar procedimentos de mediação e
certidões, juntada de documentos, protocolo, conciliação, conforme roteiro próprio.
numeração das páginas do processo,
cadastramento das partes no sistema, emissão §2.º. A 1.ª CCA-PE poderá administrar a
de Mandados de Citação, Mandados de arbitragem mesmo que a cláusula
Intimação, Cartas de Cientificação, dentre compromissória não a tenha expressamente
outros, sob a orientação e coordenação do escolhido para dirimir os litígios oriundos do
Diretor. contrato respectivo, sendo omissa nesse
particular, ou tendo as partes celebrado
§3.º. Os Mensageiros Arbitrais Oficiais são os compromisso arbitral nesse sentido. Poderá,
responsáveis pelo cumprimento de todos os ainda, com a autorização do Conselho
atos determinados pela Câmara, tendo as Deliberativo, utilizar as regras de outro órgão ou
mesmas obrigações, no exercício das suas as previstas na cláusula compromissória,
funções, dos Oficiais de Justiça. quando assim convencionarem as partes.
Art. 10. O SECOVI-PE não poderá ser §3º. O idioma a ser utilizado na 1.ª CCA-PE
responsabilizado, civil ou criminalmente, por será o português.
qualquer serviço prestado pela 1.ª CCA-PE,
tendo em vista que esta conta com um corpo de Art. 14. Versando o litígio sobre matéria
Árbitros de reconhecida capacidade técnica e contratual e não existindo cláusula
idoneidade moral e as decisões por eles compromissória, frustrada a tentativa de
proferidas serão emitidas com probidade e conciliação, as partes poderão firmar
justiça, sendo os próprios Árbitros responsáveis compromisso arbitral nos moldes do Art. 9.º da
pelos danos que causarem em razão de sua Lei n.º 9.307/96, após o que, o litígio será
conduta negligente, culposa e/ou dolosa. dirimido via arbitragem, através da 1.ª CCA-PE.
Art. 11. A 1.ª CCA-PE poderá, a seu critério, Parágrafo único. Constará, obrigatoriamente,
estabelecer parcerias ou ações conjuntas com do compromisso arbitral, de acordo com o que
outros órgãos ou instituições nacionais ou até dispõe o Art. 10 da Lei n.º 9.307/96:
internacionais no intuito de melhorar a
prestação dos serviços à sociedade. I – o nome, profissão, estado civil e domicílio
das partes;
Art. 12. A 1.ª CCA-PE está sediada na cidade
do Recife, capital do Estado de Pernambuco,
sito à Rua Ernesto de Paula Santos, n.º 960,

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II – a identificação da 1.ª CCA-PE como Art. 20. O árbitro é soberano, não estando suas
competente para indicar o(s) árbitro(s), por decisões passíveis de questionamento pelo
delegação das partes; SECOVI–PE ou qualquer outro órgão, sendo
suas decisões irrecorríveis, produzindo entre as
III – a matéria que será objeto da arbitragem; e partes e seus sucessores os mesmos efeitos da
sentença proferida pelo órgão do Poder
IV – o lugar em que será proferida a sentença Judiciário, nos termos do Art. 31 da Lei Nº.
arbitral. 9.307/96.

Art. 15. Existindo cláusula compromissória, não Art. 21. Os árbitros, nos termos da Lei de
haverá necessidade de celebração do Arbitragem, exercem, por delegação, jurisdição,
compromisso arbitral. O Conciliador ou Árbitro, e, em razão disto, no exercício de suas funções,
contudo, poderá instar as partes a firmá-lo. são juízes de fato e de direito, conforme prevê o
Art. 18 da supracitada lei.
Art. 16. Tendo em vista que a 1.ª CCA-PE não
objetiva lucro com suas atividades, os Art. 22. Caberá ao árbitro, antes de iniciado o
dividendos apurados com a remuneração paga processo de arbitragem, tentar, novamente,
para a realização da arbitragem será em sua conciliar as partes.
totalidade reinvestida na própria Câmara para o
pagamento de pessoal e custos técnicos, de PARTE IV
acordo com a orientação do Conselho
Deliberativo.
DO PROCESSO DE ARBITRAGEM
Art. 17. Selada a convenção arbitral a
arbitragem promovida pela 1.ª CCA-PE será CAPÍTULO PRIMEIRO
sempre de direito e prolatada a sentença pelo
árbitro, a mesma transitará em julgado e se SEÇÃO I
constituirá coisa julgada, sendo irrecorrível e
não se sujeitando a controle do Poder DA PROTOCOLIZAÇÃO DE AÇÕES
Judiciário, nos termos do Art. 18 da Lei n.º
9.307/96. Art. 23. Toda pessoa física ou jurídica que
possua capacidade para celebrar contratos
PARTE III poderão submeter seus litígios à arbitragem.

Art. 24. A parte interessada em resolver o litígio


CAPÍTULO ÚNICO
perante a 1.ª CCA-PE deverá protocolar sua
reclamação na Secretaria da Câmara,
DOS ÁRBITROS pessoalmente ou através de advogado
legalmente constituído, através de petição
Art. 18. Os árbitros serão escolhidos dentre simples e em linguagem acessível, contendo:
profissionais de ilibada reputação e reconhecida
capacitação técnica, preferencialmente dentre I – o nome, a qualificação e o endereço das
pessoas que possuam formação na área partes;
jurídica.
II – os fatos e os fundamentos, de forma
Parágrafo único. No desempenho de sua sucinta;
função, o árbitro deverá proceder com
imparcialidade, independência, competência, III – o objeto da arbitragem e o seu valor.
diligência e discrição.
Art. 19. O cargo de árbitro é de livre nomeação §1.º. Uma ou mais cópia(s) da petição inicial
e exoneração do Presidente da 1.ª CCA-PE. deverá ser anexada à documentação no
momento do protocolo, conforme a quantidade
Parágrafo único. Os árbitros tomarão posse de reclamado(s).
mediante termo lavrado em livro próprio,
assinado pelo presidente. §2.º. O(s) reclamante(s) deverá anexar à
petição inicial o comprovante de recolhimento

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das custas iniciais, sob pena de não ser §3.º. Comparecendo à audiência a parte
protocolada a ação, bem como os documentos demandada, o árbitro conciliador, frustrada a
que entenda relevantes para a solução do litígio. tentativa de conciliação: receberá a resposta
do(s) reclamado(s); indicará o árbitro que
Art. 25. Serão distribuídas por dependência as julgará o processo e o seu substituto; designará
arbitragens que se relacionarem com outra já desde logo a data da audiência de instrução ou,
protocolada: versando o litígio unicamente sobre matéria de
direito, designará data para a prolação da
a) Quando lhes for comum o objeto ou a sentença, a qual não poderá extrapolar 60
causa de pedir; (sessenta) dias, ficando as partes desde logo
intimadas da data da decisão.
b) sempre que houver identidade quanto às
partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, §4.º. Existindo cláusula compromissória
por ser mais amplo, abrange o das outras. elegendo a 1.ª CCA-PE para dirimir as
controvérsias decorrentes do contrato, não
Parágrafo único. Existindo conexão ou haverá necessidade das partes firmarem o
continência nos procedimentos arbitrais, compromisso arbitral e a instituição da
mediante requerimento das partes, deverá a 1ª arbitragem ocorrerá com a protocolização da
CCA-PE, reunir os procedimentos a fim de que reclamação perante a Secretaria da Câmara,
sejam julgados simultaneamente. conforme Art. 19 deste Regimento Interno. O
árbitro conciliador, no entanto, poderá instar as
Art. 26. Existindo alguma ressalva em relação à partes a firmarem o compromisso arbitral, nos
competência, suspeição impedimento ou termos do Art. 15 deste Regimento.
nulidade, deve a parte alegar na primeira
oportunidade que tiver. SEÇÃO III

SEÇÃO II DA INEXISTÊNCIA DE CLÁUSULA


COMPROMISSÓRIA
DA EXISTÊNCIA DE CLÁUSULA
COMPROMISSÓRIA Art. 28. Quando as partes não houverem
convencionado, através de cláusula
Art. 27. Havendo cláusula compromissória já compromissória, a submissão dos seus litígios à
instituída entre as partes, a Secretaria da 1ª arbitragem, protocolada a reclamação na forma
CCA-PE expedirá Mandado de Citação, a fim de do Art. 19 deste Regimento, a Secretaria da 1ª
que o(s) reclamado(s) compareça(m) na sede CCA-PE expedirá Carta de Cientificação à parte
da 1ª CCA-PE, em data e horários previamente reclamada a fim de que esta compareça na
designados, objetivando a tentativa de sede da 1ª CCA-PE, em data e horários
conciliação em relação ao litígio objeto da previamente designados, objetivando a tentativa
demanda. de conciliação em relação ao litígio objeto da
demanda.
§1.º. No Mandado de Citação constará a
informação de que, frustrada a tentativa de §1.º. A ausência da parte demandada importará
conciliação, deverá o demandado apresentar na extinção da arbitragem.
sua resposta na própria audiência, sob pena de
revelia. §2.º. Comparecendo a parte demandada à
audiência para tentativa de conciliação e sendo
§2.º. O não comparecimento da parte reclamada esta frustrada, o árbitro conciliador orientará a
à audiência implicará sua revelia com a mesma sobre a arbitragem e questionará do o
presunção de veracidade dos fatos alegados seu interesse em firmar o compromisso arbitral.
pela parte contrária, na forma do Art. 319 do §3.º. Resolvendo a parte reclamada firmar o
Código de Processo Civil. O não compromisso arbitral, o árbitro conciliador
comparecimento da parte reclamante implicará extrairá o referido documento, devendo do
o arquivamento do processo, hipótese em que mesmo constar as informações do Art. 14 deste
não caberá a mesma nenhuma restituição de Regimento Interno e ser assinado pelas partes.
custas ou outras despesas antecipadas à 1.ª Através do compromisso arbitral as partes serão
CCA-PE.

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intimadas da data e hora para a realização de §3.º. Caso a parte pretenda que a comunicação
nova audiência para tentativa de conciliação. do ato seja realizada através de mensageiro
arbitral oficial, a Secretaria da Câmara expedirá
§4.º. O não comparecimento da parte reclamada o documento respectivo e o entregará ao
à audiência, após firmar o compromisso arbitral, mensageiro, o qual deverá cumprir o ato no
implicará sua revelia com a presunção de prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis.
veracidade dos fatos alegados pela parte
contrária, na forma do Art. 319 do Código de §4.º. Existindo cláusula compromissória, a
Processo Civil. comunicação será considerada devidamente
realizada e a parte citada ou intimada quando
§5.º. Comparecendo à audiência a parte entregue no endereço mencionado no contrato
demandada, o árbitro conciliador, frustrada a ou ao seu procurador. Na ausência de cláusula
tentativa de conciliação: receberá a resposta compromissória, a comunicação será
do(s) reclamado(s); indicará o árbitro que considerada realizada e a parte citada ou
julgará o processo e o seu substituto; designará intimada quando entregue no endereço
desde logo a data da audiência de instrução ou, constante do compromisso arbitral. A parte
versando o litígio unicamente sobre matéria de também será tida por comunicada do ato caso a
direito, designará data para a prolação da comunicação seja por ela devidamente recebida
sentença, a qual não poderá extrapolar 60 no endereço fornecido pela outra parte.
(sessenta) dias, ficando as partes desde logo
intimadas da data da decisão. §5.º. O mensageiro arbitral oficial será nomeado
pelo Presidente da 1.ª CCA-PE e todos os seus
§6.º. O não comparecimento da parte atos deverão ser por ele descritos em forma de
reclamante implicará o arquivamento do certidão, a qual as partes reconhecem ser
processo, hipótese em que não caberá a imbuída de fé pública.
mesma nenhuma restituição de custas ou outras
despesas antecipadas à 1.ª CCA-PE. §6.º. A parte que pretender realizar
comunicação à outra arcará com as respectivas
CAPÍTULO SEGUNDO despesas. No caso da comunicação ser
realizada por via postal, a Secretaria, após o
DAS COMUNICAÇÕES ÀS PARTES procedimento previsto no §2.º. deste artigo
apenas dará prosseguimento ao processo após
a devolução, pela parte reclamante, do Aviso de
Art. 29. As partes poderão ser citadas,
Recebimento devidamente cumprido. Sendo a
cientificadas, intimadas ou notificadas de
comunicação realizada através do mensageiro
quaisquer atos da 1.ª CCA-PE por intermédio de
arbitral oficial, a parte interessada deverá
cartas, correio eletrônico, fax, mensageiro
recolher o valor estipulado para tal fim.
arbitral oficial, ou qualquer outro meio idôneo
por elas escolhidos e estas possibilidades
§7.º. Salvo disposição expressa em contrário,
deverão ser informadas pela Secretaria da
todas as comunicações, notificações ou
Câmara à parte reclamante, no momento da
intimações de atos processuais serão
protocolização da ação.
consideradas efetuadas se endereçadas ao
procurador nomeado pela parte.
§1.º. Consideram-se atos todos os
procedimentos da Secretaria da 1.ª CCA-PE e
dos seus árbitros ou do Conselho Deliberativo, CAPÍTULO TERCEIRO
constantes dos autos ou não, concernentes a
documentos ou diligências destinados às partes, DAS AUDIÊNCIAS
terceiros, peritos ou aos próprios árbitros.
Art. 30. Na audiência de conciliação ou de
instrução as partes deverão comparecer
pessoalmente ou através de procurador. O
§2.º. Optando a parte em proceder a síndico poderá ser representado,
comunicação via postal, a Secretaria da Câmara independentemente de autorização da
expedirá o documento respectivo entregando-o assembléia.
à parte devidamente envelopado e com o aviso
de recebimento preenchido.

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§1.º. No caso de pessoa física ou de preposto, verbalmente aos termos da reclamação, sendo
em se tratando de pessoa jurídica, os o pronunciamento levado a termo.
respectivos procuradores devem estar
devidamente credenciados através de
instrumento de mandato ou de carta de §1.º. Em sua resposta a parte reclamada deverá
preposição, conforme o caso, com poderes para se manifestar sobre os documentos juntados
transigir, na data e horário designados, aos autos pela parte reclamante. Em seguida
oportunidade em que o conciliador envidará os será dada a palavra à parte reclamante para
melhores esforços a fim de levar as partes à que a mesma se pronuncie sobre preliminares,
composição amigável do litígio. pedido contraposto, bem como, manifestar-se
sobre os documentos juntados pelo reclamado.
§2.º. O instrumento de mandato e a carta de
preposição deverão estar com firmas §2.º. Verificando o árbitro conciliador que para a
reconhecidas, devendo o representante de impugnação da resposta, diante da sua
pessoa jurídica apresentar cópia autenticada complexidade ou em face da grande quantidade
dos atos constitutivos ou da ata de eleição, ou de documentos, a parte necessitará de maior
os originais para conferência em audiência. prazo, poderá conceder à mesma, ex officio ou
a requerimento desta, prazo para
§3.º. A procuração outorgada a advogado não pronunciamento escrito a ser protocolado na
necessitará de reconhecimento de firma, porém Secretaria da 1.ª CCA-PE, a fim de evitar o
o advogado deverá se identificar ao árbitro atraso da pauta.
apresentando a carteira da Ordem dos
Advogados do Brasil. O advogado não poderá §3.º. Os documentos ou fatos não impugnados
atuar como preposto e nem poderá prestar pelas partes considerar-se-ão verdadeiros, a
depoimento pelo seu constituinte. juízo do árbitro julgador.

Art. 31. Realizado o pregão e presentes as §4.º. Concluída a fase de apresentação de


partes, as mesmas reunir-se-ão com um árbitro resposta e pronunciamento sobre documentos,
numa sala para dar início a audiência. o árbitro conciliador argüirá as partes sobre a
possibilidade de composição amigável. Sendo
Art. 32. Realizado acordo entre as partes e frustrada esta nova tentativa de acordo, o árbitro
existindo cláusula compromissória, o árbitro conciliador, verificando que a matéria comporta
conciliador homologará o mesmo. Não existindo julgamento antecipado, indicará o nome do
cláusula compromissória, as partes firmarão o árbitro que julgará o processo e um substituto,
compromisso arbitral e, ato contínuo, o árbitro podendo as partes se contrapor aos mesmos,
conciliador homologará o acordo. A hipótese em que o árbitro conciliador indicará
homologação do acordo se dará através de novo árbitro titular ou substituto, os quais
Sentença Arbitral Homologatória de Acordo, não necessariamente julgarão a ação (o titular
estando sujeita a recurso, constituindo título julgará e, na impossibilidade deste, o
executivo judicial. substituto), intimando, desde logo, as partes, do
dia e hora da prolação da sentença arbitral.
SEÇÃO I
§5.º. Verificando o árbitro conciliador que a
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO matéria objeto do litígio necessita de dilação
probatória, intimará desde logo as partes do dia
Art. 33. Antes da indicação do árbitro que e hora da audiência de instrução, informando
julgará o processo, as partes serão instadas a que cada parte poderá arrolar até 3 (três)
participarem de audiência para tentativa de testemunhas, as quais deverão comparecer
conciliação, audiência esta que será presidida independentemente de intimação, sob a
pelo árbitro conciliador. Não sendo realizado responsabilidade de cada parte.
acordo e existindo cláusula compromissória ou
compromisso arbitral firmado entre as partes, o SEÇÃO II
árbitro conciliador receberá a resposta da parte
reclamada, escrita, ou, na falta, concederá a DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO
mesma 10 (dez) minutos para que responda

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Art. 34. Na audiência de instrução caberá ao Art. 36. Os honorários dos árbitros serão
árbitro instar as partes a celebrarem acordo. fixados de acordo com tabela expedida pela 1.ª
Frustrada a tentativa, o árbitro deliberará se CCA-PE e serão antecipados pela parte
ouvirá ou não as partes, bem como, as reclamante, devendo ser depositados no prazo
testemunhas, diligenciando para que uma parte de 5 (cinco) dias após a indicação do árbitro, em
não presencie o depoimento da outra, conta fornecida pela Secretaria da Câmara,
procedendo da mesma forma quanto às sendo certo que o valor respectivo somente
testemunhas. será transferido ao árbitro após a prolação da
sentença no prazo especificado na Ata da
§1.º. Concluída a ouvida das partes e das Audiência de Conciliação ou no compromisso
testemunhas o árbitro facultará às mesmas o arbitral.
oferecimento de alegações finais, na própria §1.º. O arbitro somente estará obrigado a
audiência, concedendo prazo, a seu critério, que proferir a sentença arbitral após o depósito dos
não poderá ser inferior a 5 (cinco) minutos. seus honorários conforme exposto no caput
deste artigo.
§2.º. Poderá o árbitro, a seu exclusivo critério,
conceder prazo para apresentação de §2.º. Não depositando a parte os honorários do
alegações finais escritas serem protocoladas na árbitro no prazo previsto no parágrafo anterior, o
Secretaria da Câmara, o qual não poderá processo será arquivado, não tendo a mesma
exceder de 10 (dez) dias. nenhum direito de restituição das despesas até
então realizadas perante a 1.ª CCA-PE.
§3.º. Entendendo o árbitro que os elementos
constantes dos autos não são suficientes para a CAPÍTULO QUINTO
formação do seu convencimento, poderá
realizar as diligências que entender SEÇÃO I
necessárias, tais como, perícias, oitiva de
testemunhas mencionadas, inspeção, DA SENTENÇA ARBITRAL
solicitação de documentos, e outras que
entender pertinentes, fixando as despesas de
Art. 37. A sentença arbitral será proferida no
tais diligências de acordo com tabela expedida
prazo estipulado pelo árbitro conciliador ou pelo
pela 1.ª CCA-PE, as quais deverão ser
árbitro que presidiu a audiência de instrução,
antecipadas pela parte interessada.
constante da Ata da Audiência ou do
compromisso arbitral.
§6.º. Se qualquer das partes não comparecer à
audiência de instrução poderá o árbitro,
§1.º. As partes e os árbitros, de comum acordo,
analisando os elementos dos autos, decretar a
poderão prorrogar o prazo estipulado,
pena de confissão ficta.
comunicando-se o fato à Secretaria da Câmara
e esta, por sua vez, o comunicará ao
Art. 35. As audiências poderão ser gravadas e
Coordenador Jurídico.
os registros arquivados pela 1ª CCA-PE através
dos meios tecnológicos existentes, facultando-
§2.º. O árbitro deverá entregar o processo
se às partes o seu acesso mediante solicitação
acompanhado da sentença arbitral, na
por escrito, após o pagamento dos custos
Secretaria da Câmara 10 (dez) dias antes do
respectivos, conforme tabela expedida pela
termo final previsto na Ata da Audiência ou no
Câmara.
compromisso arbitral, e a Secretaria,
imediatamente, entregará os autos e a sentença
Parágrafo único. A 1.ª CCA-PE deverá manter
ao Coordenador Jurídico para a revisão de que
em seus arquivos as informações atinentes às
trata o Art. 6.º deste Regimento Interno.
arbitragens pelo prazo de 5 (cinco) anos, findo o
Existindo adequações a serem realizadas pelo
qual poderão apagá-las ou destruí-las a seu
árbitro, este as realizará no prazo de 3 (três)
critério.
dias após a devolução da revisão, de modo que
no dia e hora marcados a sentença arbitral
CAPÍTULO QUARTO esteja à disposição das partes na Secretaria.

DOS HONORÁRIOS DOS ÁRBITROS Art. 38. A decisão do árbitro será expressa em
documento escrito.

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Art. 39. São requisitos obrigatórios da Sentença DOS EFEITOS DA SENTENÇA


Arbitral: ARBITRAL
I – o relatório que conterá os nomes das partes
Art. 42. A sentença proferida pelo árbitro tem
e um resumo do litígio;
força de título executivo judicial, nos termos do
Art. 475-N, inciso IV do Código de Processo
II – os fundamentos da decisão, onde serão
Civil e, conseqüentemente, independe de
analisadas as questões de fato e de direito,
homologação judicial.
devendo o julgamento ser de direito;
Art. 43. A sentença arbitral produz entre as
III – o dispositivo, em que o árbitro resolverá as
partes e seus sucessores, os mesmos efeitos
questões que lhes forem submetidas e
da sentença proferida pelo órgão do Poder
estabelecerá o prazo para o cumprimento da
Judiciário, nos termos do Art. 31 da Lei n.º 9.307
decisão, se for o caso; e
de 23 de setembro de 1996.
IV – a data e o lugar em que foi proferida.
CAPÍTULO SEXTO
Parágrafo único. A sentença arbitral, após a
revisão de que tratam os artigos 6.º e 29 deste DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Regimento Interno, será assinada pelo árbitro e
comunicada às partes no dia e hora designados, Art. 44. O processo arbitral termina quando for
na Secretaria da Câmara. proferida a sentença definitiva ou quando for
ordenado o encerramento, nas seguintes
Art. 40. No prazo de cinco dias, a contar do hipóteses:
recebimento de notificação ou da ciência
pessoal da sentença arbitral, a parte I – a parte reclamante retirar o seu pedido sem
interessada, mediante comunicação à outra oposição da parte reclamada. Opondo-se esta à
parte, poderá solicitar ao árbitro que: desistência do pedido, caberá ao Coordenador
Jurídico reconhecer que a parte reclamada tem
I – corrija qualquer erro material da sentença um interesse legítimo em que o litígio seja
arbitral; definitivamente resolvido;

II – esclareça alguma obscuridade, dúvida ou II – as partes concordem em encerrar o


contradição da sentença arbitral, ou se processo;
pronuncie sobre ponto omitido a respeito do
qual devia manifestar-se a decisão. III – o Coordenador Jurídico constate que por
qualquer outro motivo o prosseguimento do feito
§ 1.º. O árbitro decidirá no prazo de 10 (dez) será inócuo ou impossível.
dias, aditando a sentença arbitral e notificando
as partes. Art. 45. Na execução dos procedimentos
arbitrais a 1.ª CCA-PE pautará sua atuação nas
§ 2.º. A parte que exercer o direito previsto regras do presente Regimento Interno,
neste artigo deverá ser intimado pela Secretaria observada a Lei nº. 9.307/96, as decisões do
da 1.ª CCA-PE, no ato de protocolo do Conselho Deliberativo, as convenções das
procedimento, do dia e hora da decisão partes e, subsidiariamente, às disposições do
respectiva, a qual deverá ocorrer no prazo Código de Processo Civil.
mencionado no parágrafo anterior.
Art. 46. Os prazos previstos neste Regimento
Art. 41. A sentença arbitral decidirá sobre a Interno poderão ser estendidos, caso
responsabilidade das partes acerca das custas estritamente necessário, a critério do
e despesas com a arbitragem, bem como sobre Coordenador Jurídico.
a verba decorrente de honorários advocatícios e
litigância de má-fé, se for o caso. Art. 47. Este Regimento Interno foi aprovado
pela Diretoria do SECOVI-PE em reunião do dia
SEÇÃO II 7 de agosto de 2008 e entra em vigor nesta
mesma data.

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LEI Nº 9.307, DE 23 DE SETEMBRO DE um contrato comprometem-se a submeter à


1996. arbitragem os litígios que possam vir a
surgir, relativamente a tal contrato.
Dispõe sobre a
arbitragem. § 1º A cláusula compromissória deve
ser estipulada por escrito, podendo estar
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA inserta no próprio contrato ou em
Faço saber que o Congresso Nacional documento apartado que a ele se refira.
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
§ 2º Nos contratos de adesão, a
Capítulo I cláusula compromissória só terá eficácia se
o aderente tomar a iniciativa de instituir a
arbitragem ou concordar, expressamente,
Disposições Gerais
com a sua instituição, desde que por
escrito em documento anexo ou em
Art. 1º As pessoas capazes de negrito, com a assinatura ou visto
contratar poderão valer-se da arbitragem especialmente para essa cláusula.
para dirimir litígios relativos a direitos
patrimoniais disponíveis.
Art. 5º Reportando-se as partes, na
cláusula compromissória, às regras de
Art. 2º A arbitragem poderá ser de algum órgão arbitral institucional ou
direito ou de eqüidade, a critério das entidade especializada, a arbitragem será
partes. instituída e processada de acordo com tais
regras, podendo, igualmente, as partes
§ 1º Poderão as partes escolher, estabelecer na própria cláusula, ou em
livremente, as regras de direito que serão outro documento, a forma convencionada
aplicadas na arbitragem, desde que não para a instituição da arbitragem.
haja violação aos bons costumes e à
ordem pública. Art. 6º Não havendo acordo prévio
sobre a forma de instituir a arbitragem, a
§ 2º Poderão, também, as partes parte interessada manifestará à outra parte
convencionar que a arbitragem se realize sua intenção de dar início à arbitragem, por
com base nos princípios gerais de direito, via postal ou por outro meio qualquer de
nos usos e costumes e nas regras comunicação, mediante comprovação de
internacionais de comércio. recebimento, convocando-a para, em dia,
hora e local certos, firmar o compromisso
Capítulo II arbitral.

Da Convenção de Arbitragem e seus Parágrafo único. Não


Efeitos comparecendo a parte convocada ou,
comparecendo, recusar-se a firmar o
Art. 3º As partes interessadas podem compromisso arbitral, poderá a outra parte
submeter a solução de seus litígios ao juízo propor a demanda de que trata o art. 7º
arbitral mediante convenção de arbitragem, desta Lei, perante o órgão do Poder
assim entendida a cláusula compromissória Judiciário a que, originariamente, tocaria o
e o compromisso arbitral. julgamento da causa.

Art. 4º A cláusula compromissória é a Art. 7º Existindo cláusula


convenção através da qual as partes em compromissória e havendo resistência
quanto à instituição da arbitragem, poderá

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a parte interessada requerer a citação da deste não implica, necessariamente, a


outra parte para comparecer em juízo a fim nulidade da cláusula compromissória.
de lavrar-se o compromisso, designando o
juiz audiência especial para tal fim. Parágrafo único. Caberá ao árbitro
decidir de ofício, ou por provocação das
§ 1º O autor indicará, com precisão, o partes, as questões acerca da existência,
objeto da arbitragem, instruindo o pedido validade e eficácia da convenção de
com o documento que contiver a cláusula arbitragem e do contrato que contenha a
compromissória. cláusula compromissória.

§ 2º Comparecendo as partes à Art. 9º O compromisso arbitral é a


audiência, o juiz tentará, previamente, a convenção através da qual as partes
conciliação acerca do litígio. Não obtendo submetem um litígio à arbitragem de uma
sucesso, tentará o juiz conduzir as partes à ou mais pessoas, podendo ser judicial ou
celebração, de comum acordo, do extrajudicial.
compromisso arbitral.
§ 1º O compromisso arbitral judicial
§ 3º Não concordando as partes celebrar-se-á por termo nos autos, perante
sobre os termos do compromisso, decidirá o juízo ou tribunal, onde tem curso a
o juiz, após ouvir o réu, sobre seu demanda.
conteúdo, na própria audiência ou no prazo
de dez dias, respeitadas as disposições da § 2º O compromisso arbitral
cláusula compromissória e atendendo ao extrajudicial será celebrado por escrito
disposto nos arts. 10 e 21, § 2º, desta Lei. particular, assinado por duas testemunhas,
ou por instrumento público.
§ 4º Se a cláusula compromissória
nada dispuser sobre a nomeação de Art. 10. Constará, obrigatoriamente,
árbitros, caberá ao juiz, ouvidas as partes, do compromisso arbitral:
estatuir a respeito, podendo nomear árbitro
único para a solução do litígio. I - o nome, profissão, estado civil e
domicílio das partes;
§ 5º A ausência do autor, sem justo
motivo, à audiência designada para a
II - o nome, profissão e domicílio do
lavratura do compromisso arbitral,
árbitro, ou dos árbitros, ou, se for o caso, a
importará a extinção do processo sem identificação da entidade à qual as partes
julgamento de mérito. delegaram a indicação de árbitros;

§ 6º Não comparecendo o réu à


III - a matéria que será objeto da
audiência, caberá ao juiz, ouvido o autor,
arbitragem; e
estatuir a respeito do conteúdo do
compromisso, nomeando árbitro único.
IV - o lugar em que será proferida a
sentença arbitral.
§ 7º A sentença que julgar
procedente o pedido valerá como
compromisso arbitral. Art. 11. Poderá, ainda, o
compromisso arbitral conter:
Art. 8º A cláusula compromissória é
autônoma em relação ao contrato em que I - local, ou locais, onde se
estiver inserta, de tal sorte que a nulidade desenvolverá a arbitragem;

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II - a autorização para que o árbitro Dos Árbitros


ou os árbitros julguem por eqüidade, se
assim for convencionado pelas partes; Art. 13. Pode ser árbitro qualquer
pessoa capaz e que tenha a confiança das
III - o prazo para apresentação da partes.
sentença arbitral;
§ 1º As partes nomearão um ou mais
IV - a indicação da lei nacional ou árbitros, sempre em número ímpar,
das regras corporativas aplicáveis à podendo nomear, também, os respectivos
arbitragem, quando assim convencionarem suplentes.
as partes;
§ 2º Quando as partes nomearem
V - a declaração da responsabilidade árbitros em número par, estes estão
pelo pagamento dos honorários e das autorizados, desde logo, a nomear mais
despesas com a arbitragem; e um árbitro. Não havendo acordo,
requererão as partes ao órgão do Poder
VI - a fixação dos honorários do Judiciário a que tocaria, originariamente, o
árbitro, ou dos árbitros. julgamento da causa a nomeação do
árbitro, aplicável, no que couber, o
Parágrafo único. Fixando as partes procedimento previsto no art. 7º desta Lei.
os honorários do árbitro, ou dos árbitros, no
compromisso arbitral, este constituirá título § 3º As partes poderão, de comum
executivo extrajudicial; não havendo tal acordo, estabelecer o processo de escolha
estipulação, o árbitro requererá ao órgão dos árbitros, ou adotar as regras de um
do Poder Judiciário que seria competente órgão arbitral institucional ou entidade
para julgar, originariamente, a causa que especializada.
os fixe por sentença.
§ 4º Sendo nomeados vários árbitros,
Art. 12. Extingue-se o compromisso estes, por maioria, elegerão o presidente
arbitral: do tribunal arbitral. Não havendo consenso,
será designado presidente o mais idoso.
I - escusando-se qualquer dos
árbitros, antes de aceitar a nomeação, § 5º O árbitro ou o presidente do
desde que as partes tenham declarado, tribunal designará, se julgar conveniente,
expressamente, não aceitar substituto; um secretário, que poderá ser um dos
árbitros.
II - falecendo ou ficando
impossibilitado de dar seu voto algum dos § 6º No desempenho de sua função,
árbitros, desde que as partes declarem, o árbitro deverá proceder com
expressamente, não aceitar substituto; e imparcialidade, independência,
competência, diligência e discrição.
III - tendo expirado o prazo a que se
refere o art. 11, inciso III, desde que a parte § 7º Poderá o árbitro ou o tribunal
interessada tenha notificado o árbitro, ou o arbitral determinar às partes o
presidente do tribunal arbitral, concedendo- adiantamento de verbas para despesas e
lhe o prazo de dez dias para a prolação e diligências que julgar necessárias.
apresentação da sentença arbitral.
Art. 14. Estão impedidos de
Capítulo III funcionar como árbitros as pessoas que

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tenham, com as partes ou com o litígio que § 1º Não havendo substituto indicado
lhes for submetido, algumas das relações para o árbitro, aplicar-se-ão as regras do
que caracterizam os casos de impedimento órgão arbitral institucional ou entidade
ou suspeição de juízes, aplicando-se-lhes, especializada, se as partes as tiverem
no que couber, os mesmos deveres e invocado na convenção de arbitragem.
responsabilidades, conforme previsto no
Código de Processo Civil. § 2º Nada dispondo a convenção de
arbitragem e não chegando as partes a um
§ 1º As pessoas indicadas para acordo sobre a nomeação do árbitro a ser
funcionar como árbitro têm o dever de substituído, procederá a parte interessada
revelar, antes da aceitação da função, da forma prevista no art. 7º desta Lei, a
qualquer fato que denote dúvida justificada menos que as partes tenham declarado,
quanto à sua imparcialidade e expressamente, na convenção de
independência. arbitragem, não aceitar substituto.

§ 2º O árbitro somente poderá ser Art. 17. Os árbitros, quando no


recusado por motivo ocorrido após sua exercício de suas funções ou em razão
nomeação. Poderá, entretanto, ser delas, ficam equiparados aos funcionários
recusado por motivo anterior à sua públicos, para os efeitos da legislação
nomeação, quando: penal.

a) não for nomeado, diretamente, Art. 18. O árbitro é juiz de fato e de


pela parte; ou direito, e a sentença que proferir não fica
sujeita a recurso ou a homologação pelo
b) o motivo para a recusa do árbitro Poder Judiciário.
for conhecido posteriormente à sua
nomeação. Capítulo IV

Art. 15. A parte interessada em Do Procedimento Arbitral


arguir a recusa do árbitro apresentará, nos
termos do art. 20, a respectiva exceção, Art. 19. Considera-se instituída a
diretamente ao árbitro ou ao presidente do arbitragem quando aceita a nomeação pelo
tribunal arbitral, deduzindo suas razões e árbitro, se for único, ou por todos, se forem
apresentando as provas pertinentes. vários.

Parágrafo único. Acolhida a Parágrafo único. Instituída a


exceção, será afastado o árbitro suspeito arbitragem e entendendo o árbitro ou o
ou impedido, que será substituído, na tribunal arbitral que há necessidade de
forma do art. 16 desta Lei. explicitar alguma questão disposta na
convenção de arbitragem, será elaborado,
Art. 16. Se o árbitro escusar-se antes juntamente com as partes, um adendo,
da aceitação da nomeação, ou, após a firmado por todos, que passará a fazer
aceitação, vier a falecer, tornar-se parte integrante da convenção de
impossibilitado para o exercício da função, arbitragem.
ou for recusado, assumirá seu lugar o
substituto indicado no compromisso, se Art. 20. A parte que pretender argüir
houver. questões relativas à competência,
suspeição ou impedimento do árbitro ou
dos árbitros, bem como nulidade,

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invalidade ou ineficácia da convenção de § 4º Competirá ao árbitro ou ao


arbitragem, deverá fazê-lo na primeira tribunal arbitral, no início do procedimento,
oportunidade que tiver de se manifestar, tentar a conciliação das partes, aplicando-
após a instituição da arbitragem. se, no que couber, o art. 28 desta Lei.

§ 1º Acolhida a argüição de Art. 22. Poderá o árbitro ou o tribunal


suspeição ou impedimento, será o árbitro arbitral tomar o depoimento das partes,
substituído nos termos do art. 16 desta Lei, ouvir testemunhas e determinar a
reconhecida a incompetência do árbitro ou realização de perícias ou outras provas que
do tribunal arbitral, bem como a nulidade, julgar necessárias, mediante requerimento
invalidade ou ineficácia da convenção de das partes ou de ofício.
arbitragem, serão as partes remetidas ao
órgão do Poder Judiciário competente para § 1º O depoimento das partes e das
julgar a causa. testemunhas será tomado em local, dia e
hora previamente comunicados, por escrito,
§ 2º Não sendo acolhida a argüição, e reduzido a termo, assinado pelo
terá normal prosseguimento a arbitragem, depoente, ou a seu rogo, e pelos árbitros.
sem prejuízo de vir a ser examinada a
decisão pelo órgão do Poder Judiciário § 2º Em caso de desatendimento,
competente, quando da eventual sem justa causa, da convocação para
propositura da demanda de que trata o art. prestar depoimento pessoal, o árbitro ou o
33 desta Lei. tribunal arbitral levará em consideração o
comportamento da parte faltosa, ao proferir
Art. 21. A arbitragem obedecerá ao sua sentença; se a ausência for de
procedimento estabelecido pelas partes na testemunha, nas mesmas circunstâncias,
convenção de arbitragem, que poderá poderá o árbitro ou o presidente do tribunal
reportar-se às regras de um órgão arbitral arbitral requerer à autoridade judiciária que
institucional ou entidade especializada, conduza a testemunha renitente,
facultando-se, ainda, às partes delegar ao comprovando a existência da convenção
próprio árbitro, ou ao tribunal arbitral, de arbitragem.
regular o procedimento.
§ 3º A revelia da parte não impedirá
§ 1º Não havendo estipulação acerca que seja proferida a sentença arbitral.
do procedimento, caberá ao árbitro ou ao
tribunal arbitral discipliná-lo. § 4º Ressalvado o disposto no § 2º,
havendo necessidade de medidas
§ 2º Serão, sempre, respeitados no coercitivas ou cautelares, os árbitros
procedimento arbitral os princípios do poderão solicitá-las ao órgão do Poder
contraditório, da igualdade das partes, da Judiciário que seria, originariamente,
imparcialidade do árbitro e de seu livre competente para julgar a causa.
convencimento.
§ 5º Se, durante o procedimento
§ 3º As partes poderão postular por arbitral, um árbitro vier a ser substituído fica
intermédio de advogado, respeitada, a critério do substituto repetir as provas já
sempre, a faculdade de designar quem as produzidas.
represente ou assista no procedimento
arbitral.

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Capítulo V II - os fundamentos da decisão, onde


serão analisadas as questões de fato e de
Da Sentença Arbitral direito, mencionando-se, expressamente,
se os árbitros julgaram por eqüidade;
Art. 23. A sentença arbitral será
proferida no prazo estipulado pelas partes. III - o dispositivo, em que os árbitros
Nada tendo sido convencionado, o prazo resolverão as questões que lhes forem
para a apresentação da sentença é de seis submetidas e estabelecerão o prazo para o
meses, contado da instituição da cumprimento da decisão, se for o caso; e
arbitragem ou da substituição do árbitro.
IV - a data e o lugar em que foi
Parágrafo único. As partes e os proferida.
árbitros, de comum acordo, poderão
prorrogar o prazo estipulado. Parágrafo único. A sentença arbitral
será assinada pelo árbitro ou por todos os
Art. 24. A decisão do árbitro ou dos árbitros. Caberá ao presidente do tribunal
árbitros será expressa em documento arbitral, na hipótese de um ou alguns dos
escrito. árbitros não poder ou não querer assinar a
sentença, certificar tal fato.
§ 1º Quando forem vários os árbitros,
a decisão será tomada por maioria. Se não Art. 27. A sentença arbitral decidirá
houver acordo majoritário, prevalecerá o sobre a responsabilidade das partes acerca
voto do presidente do tribunal arbitral. das custas e despesas com a arbitragem,
bem como sobre verba decorrente de
§ 2º O árbitro que divergir da maioria litigância de má-fé, se for o caso,
respeitadas as disposições da convenção
poderá, querendo, declarar seu voto em
de arbitragem, se houver.
separado.

Art. 25. Sobrevindo no curso da Art. 28. Se, no decurso da


arbitragem controvérsia acerca de direitos arbitragem, as partes chegarem a acordo
quanto ao litígio, o árbitro ou o tribunal
indisponíveis e verificando-se que de sua
arbitral poderá, a pedido das partes,
existência, ou não, dependerá o
declarar tal fato mediante sentença arbitral,
julgamento, o árbitro ou o tribunal arbitral
que conterá os requisitos do art. 26 desta
remeterá as partes à autoridade
competente do Poder Judiciário, Lei.
suspendendo o procedimento arbitral.
Art. 29. Proferida a sentença arbitral,
dá-se por finda a arbitragem, devendo o
Parágrafo único. Resolvida a
árbitro, ou o presidente do tribunal arbitral,
questão prejudicial e juntada aos autos a
sentença ou acórdão transitados em enviar cópia da decisão às partes, por via
julgado, terá normal seguimento a postal ou por outro meio qualquer de
comunicação, mediante comprovação de
arbitragem.
recebimento, ou, ainda, entregando-a
diretamente às partes, mediante recibo.
Art. 26. São requisitos obrigatórios
da sentença arbitral:
Art. 30. No prazo de cinco dias, a
contar do recebimento da notificação ou da
I - o relatório, que conterá os nomes ciência pessoal da sentença arbitral, a
das partes e um resumo do litígio; parte interessada, mediante comunicação à

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outra parte, poderá solicitar ao árbitro ou VIII - forem desrespeitados os


ao tribunal arbitral que: princípios de que trata o art. 21, § 2º, desta
Lei.
I - corrija qualquer erro material da
sentença arbitral; Art. 33. A parte interessada poderá
pleitear ao órgão do Poder Judiciário
II - esclareça alguma obscuridade, competente a decretação da nulidade da
dúvida ou contradição da sentença arbitral, sentença arbitral, nos casos previstos nesta
ou se pronuncie sobre ponto omitido a Lei.
respeito do qual devia manifestar-se a
decisão. § 1º A demanda para a decretação
de nulidade da sentença arbitral seguirá o
Parágrafo único. O árbitro ou o procedimento comum, previsto no Código
tribunal arbitral decidirá, no prazo de dez de Processo Civil, e deverá ser proposta no
dias, aditando a sentença arbitral e prazo de até noventa dias após o
notificando as partes na forma do art. 29. recebimento da notificação da sentença
arbitral ou de seu aditamento.
Art. 31. A sentença arbitral produz,
entre as partes e seus sucessores, os § 2º A sentença que julgar
mesmos efeitos da sentença proferida procedente o pedido:
pelos órgãos do Poder Judiciário e, sendo
condenatória, constitui título executivo. I - decretará a nulidade da sentença
arbitral, nos casos do art. 32, incisos I, II,
Art. 32. É nula a sentença arbitral se: VI, VII e VIII;

I - for nulo o compromisso; II - determinará que o árbitro ou o


tribunal arbitral profira novo laudo, nas
demais hipóteses.
II - emanou de quem não podia ser
árbitro;
§ 3º A decretação da nulidade da
sentença arbitral também poderá ser
III - não contiver os requisitos do art.
argüida mediante ação de embargos do
26 desta Lei;
devedor, conforme o art. 741 e seguintes
do Código de Processo Civil, se houver
IV - for proferida fora dos limites da execução judicial.
convenção de arbitragem;
Capítulo VI
V - não decidir todo o litígio
submetido à arbitragem;
Do Reconhecimento e Execução de
Sentenças
VI - comprovado que foi proferida por
prevaricação, concussão ou corrupção
Arbitrais Estrangeiras
passiva;

Art. 34. A sentença arbitral


VII - proferida fora do prazo,
estrangeira será reconhecida ou executada
respeitado o disposto no art. 12, inciso III,
no Brasil de conformidade com os tratados
desta Lei; e
internacionais com eficácia no
ordenamento interno e, na sua ausência,

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estritamente de acordo com os termos virtude da lei do país onde a sentença


desta Lei. arbitral foi proferida;

Parágrafo único. Considera-se III - não foi notificado da designação


sentença arbitral estrangeira a que tenha do árbitro ou do procedimento de
sido proferida fora do território nacional. arbitragem, ou tenha sido violado o
princípio do contraditório, impossibilitando
Art. 35. Para ser reconhecida ou a ampla defesa;
executada no Brasil, a sentença arbitral
estrangeira está sujeita, unicamente, à IV - a sentença arbitral foi proferida
homologação do Supremo Tribunal fora dos limites da convenção de
Federal. arbitragem, e não foi possível separar a
parte excedente daquela submetida à
Art. 36. Aplica-se à homologação arbitragem;
para reconhecimento ou execução de
sentença arbitral estrangeira, no que V - a instituição da arbitragem não
couber, o disposto nos arts. 483 e 484 do está de acordo com o compromisso arbitral
Código de Processo Civil. ou cláusula compromissória;

Art. 37. A homologação de sentença VI - a sentença arbitral não se tenha,


arbitral estrangeira será requerida pela ainda, tornado obrigatória para as partes,
parte interessada, devendo a petição inicial tenha sido anulada, ou, ainda, tenha sido
conter as indicações da lei processual, suspensa por órgão judicial do país onde a
conforme o art. 282 do Código de Processo sentença arbitral for prolatada.
Civil, e ser instruída, necessariamente,
com: Art. 39. Também será denegada a
homologação para o reconhecimento ou
I - o original da sentença arbitral ou execução da sentença arbitral estrangeira,
uma cópia devidamente certificada, se o Supremo Tribunal Federal constatar
autenticada pelo consulado brasileiro e que:
acompanhada de tradução oficial;
I - segundo a lei brasileira, o objeto
II - o original da convenção de do litígio não é suscetível de ser resolvido
arbitragem ou cópia devidamente por arbitragem;
certificada, acompanhada de tradução
oficial. II - a decisão ofende a ordem pública
nacional.
Art. 38. Somente poderá ser negada
a homologação para o reconhecimento ou Parágrafo único. Não será
execução de sentença arbitral estrangeira, considerada ofensa à ordem pública
quando o réu demonstrar que: nacional a efetivação da citação da parte
residente ou domiciliada no Brasil, nos
I - as partes na convenção de moldes da convenção de arbitragem ou da
arbitragem eram incapazes; lei processual do país onde se realizou a
arbitragem, admitindo-se, inclusive, a
II - a convenção de arbitragem não citação postal com prova inequívoca de
era válida segundo a lei à qual as partes a recebimento, desde que assegure à parte
submeteram, ou, na falta de indicação, em brasileira tempo hábil para o exercício do
direito de defesa.

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Art. 40. A denegação da Art. 44. Ficam revogados os arts.


homologação para reconhecimento ou 1.037 a 1.048 da Lei nº 3.071, de 1º de
execução de sentença arbitral estrangeira janeiro de 1916, Código Civil Brasileiro; os
por vícios formais, não obsta que a parte arts. 101 e 1.072 a 1.102 da Lei nº 5.869,
interessada renove o pedido, uma vez de 11 de janeiro de 1973, Código de
sanados os vícios apresentados. Processo Civil; e demais disposições em
contrário.
Capítulo VII
Brasília, 23 de setembro de 1996; 175º da
Disposições Finais Independência e 108º da República.

Art. 41. Os arts. 267, inciso VII; 301, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
inciso IX; e 584, inciso III, do Código de Nelson A. Jobim
Processo Civil passam a ter a seguinte
redação:

"Art.
267..............................................................

VII - pela convenção de arbitragem;"

"Art.
301................................................................
......

IX - convenção de arbitragem;"

"Art.
584...............................................................

III - a sentença arbitral e a sentença


homologatória de transação ou de
conciliação;"

Art. 42. O art. 520 do Código de


Processo Civil passa a ter mais um inciso,
com a seguinte redação:

"Art. 520.................................................

VI - julgar procedente o pedido de


instituição de arbitragem."

Art. 43. Esta Lei entrará em vigor


sessenta dias após a data de sua
publicação.

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