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Y eS mateo ESE ‘Autorla: André Ola de Guadlupe, Eas Avancil de Si, Ester Patera Siva Rosado, ‘bet Elias Sebmko, Guherme fulino Bests Joge, Marcelo Miguel Mains Pelsson, rei Alberto de Fane Pies, Munio Meda Nawnra Griz, Nesbu Arbee Sark, Renata ‘Aveta Rosrigice Tide), Renato Gomes de Carvalhe, Redigo Fulginla Maur, Umbero ‘Céear Chacon Malang, Dieter goal: Roper Tt. (Gerénciaedtorial:Joo Carlos Pug Coardenago de ecg tecnica: Mara L dos Sanios @ Rbeia, dicho teniea: Equipe de ears enc da EdtoraPedo Coardenago de proce editria: Livia Scherer dos Santos, Aalst de producto edtril: Cuda Hotere Femancies. Coondenago de edi Vivin Piaseak Joige alg so: Epes ce edi da Esitora Poet, Goordenags de revisit Mariana Castle Qveraz Revisao: Equipe de revs da Eatora Polaco Goordenagto de arte:KieberSFoiela eWelintan Paula Diagramagder Equine de at da Ector Pedra ustragdes:qupes ce istagto ede arte da Edom Foiedra Coordenagte de leeneiamento: Kelly Gari LUceneamente: Equine de lomeiamenta cia Etre Pesto Projto grico:KloborS. Fora Projtogrfice da capa: Bruno Toros. Coordenadr do PCP: Anderson Fv Cate Improsedo. acabamanto: yg dora Grates Lisa. Acie Poieiopesqusou nas fonkes apropriacas a exiincia de ventures ‘che dooe de tos os tae © do Sodas ae ob do aoe plicioas prosenee neta ob "sende que sobre alpine renhursa reer o\encantads Em eae de ais, nent ‘de qunaquer cos falanie, estes ser inclidos nas tums edges, estado, aid teserados 08 diel ieeridos nos ara 2 6 79 dale 9610188, SISTEMA De ENSINO POLIEDRO ‘io Jost dos Campos~ SP TSN. e7e-as7a0" 070-7 Telefax: (2) 2824-1616 tra Baistamapotosracom.r \wmusisiorapalcdracsmtr Copyright© 2016 “Todos os dreitos de expo reservados & Edtor PorTuGu INTERPRETACAO DE TEXTO (tof; ula tae [ee ule ude (hot la suo mle e596 les) Mes a Ms 51058..00 2 hbs51052...9 OO ful 5 Boo le S5058 1B pees wo Mle les S9040..20 20 Ws 55055... OO fu 2 moo ee Mle IB Mes59000..85 Med AY heweo a fstudo (Pot J tla Estado [Pot lasts foto el RELVES sua ‘NOLOGIAS PETS GEOGRAFL aol ute Edo | Tue ts | Se ula iodo {i aide fe 05).190 | dubs 9050150. Jus 050.78 Jus 05) 206 fl S1652 WIS S52 | Messe? estes? 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Vale também ressaltar a concordiincia com as expressikes é timo, & bom, é proibido, Nao se esqueca, ainda, da leitu- ra do texto complementar, pois nele esto as explicagées referentes a quatro vicios de linguagem: a ambiguidade, o barbarismo, a cacofaniae 0 pleonasmo vicioso. Aseguit, vooé leté uma sintese do assunto, com as principais regras, as de maior emprego no cotidiano € hos exames atuais, O substantivo e seus satélites A regra geral diz que 0 artigo, 0 pronome, 0 mu- meral € 0 adjetivo concordam em género € niimero com o substantivo ao qual se referem. Bragos feridos almas abaladas decoravam 0 triste cenatio. Dois substantivos para um adjetivo Para uso correto das primeiras regras especiais, leve em conta os dois tipos de coneordincia: = concoriiincia gramatical Ss. mase, + 5, mase, = adj. mase. plural s. fem, +s. fem, = adj, fem. plural s.mase. +5, fem. = adj, mase. plural — concordanci atrativa oadjetivo refere-se aos dois substantivos, mas eon- corda com 0 mais proximo (o critério & a eufonia). 8) um adjetivo (na fungHo de adjunto adnominal) para dois ou mais substantivos’ ordem direta (substantivos + adjetivo): nesta ordem, © adjetivo pode concordar com o mais préximo (concordancia atrativa) ou com a soma (concordancia gramatical). Compraram granada e tanque japones (ou japoneses). ordem indireta (adjetivo + substantivos): nesta ordem, 0 adjetivo concorda com 0 mais préximo (concordancia atrativa). ‘Viram lindas baleias ¢ golfinhos. b) um adjetivo (na fungi de predicativo) para dois ou mais substantivos: ordem direta (substantivos + adjetivo): nesta ordem, 0 adjetivo coneorda com a soma (coneor- déneia gramatical), O professor ¢ 0 aluno estavam aidnitos. ordem indireta (adjetivo + substantivos): nesta or- dem, oadjetivo pode concordar com o mais préximo (cone. atrativa) ou coma soma (cone. grammatical) Estava afdnito o professor ¢ 0 aluno. Estavam atdnitos 0 professor € 0 aluno. Dois adjetivos para um substantivo a) Se 0 substantive estiver no plural, nao haverd artigo diante do segundo adjetivo. Brasi vence as seleyoes alma e ingles b) Seo substantivo estiver no singular, haverd artigo diante do segundo adjetivo. Brasi vence a selegéo alema © a ingose Meio, bastante, caro, barato, muito, pouco, s6, longe ‘20 substantivo, ao pronome substantivo: vvariam (concorda). Referem-so| & meio-dia © meia (hora). 20 verbo, 20 adjetivo, ao advérbio: ‘do variam (masc./sing Ela ostavam mao bobas. adewvo Verbo ser + adjetivo As expressdes ¢ bom, & dtimo, & necessdrio, & proibido etc. (verbo ser + adjetivo) sao varidveis se precedidas de determinante; sdo invaridveis quando desacompanhadas de determinante. E proibido viagens ao exterior. Sao proibidas as viagens ao exterior. Adjetivo com valor de advérbio 3s adjetivos que se transformaram em advérbios (ligados ao verbo) permanecem invariiveis (como adjetivos, variam). — Elas desfilam bonito. | + fungao adverbial verbo 10 bonitas | fungao adjetiva Anexo, em anexo © primeira varia, concorda com o substantivo (0 que esti sendo anexado); 0 segundo nfo varia, & locugao adverbial. Utiliza-se “em anexo” quando nfo E preciso esp ra que esté anexado, Seguem anexas ao bilhete as instrugdes. Seguem ent anexo as instrugies. Mesmo, préprio Variam quando ligados ao nome, ni va quando ligados ao verbo (“mesmo” como “de fato”), 4 Elas mesmas esereveram o recital Blas cantaram mesmo. are > Texto pata as questoes 1 e 2 bol Chorava us compu, As foio, as ribeira, Sabié também chorevo, Nos goio « laranjero, CCatlo do Poise Ceorensa. fio de Catulo da Paixio Cearense como erros de ortogt concordincia, Com relagio a esse procedimento lin- 0 ¢ justifique. guistico, explique se ele é aveitivel ou HEB Aiinda com relacao ao texto de Catulo, responda: a) [dentifique os erros de concordincia nominal. b) Exptique a regra em questo e faga a corree: segundo a norma-padrio. Tetea TV FEM Leia o texto a seguir ¢ fique atento com relacao A concordiincia, 4, 3 Uaje oot w0 trode om frente de Aachen, msi 6 eas on pote! E pment fn dea erat dat prove, were at bithote bi ant (olka con a rca de yest 8 See pron es sterols expla, war Ua ath, Bastantorbojiekos na pote de cetovele : Butch, sca deciebe No bilhete acima, observa-se erro de concordincia: (0) apenas em “bastantes” e “meio-dia ¢ meio” (b) apenas em “bastantes” € “ anexo”, (©) apenas em “meio-dia e meio” e “anexo”, (6) apenas em “meio-dia e meio” (©) apenas em “bastantes”. Leia os textos a seguir. ‘Texto ALFACE E BOM PRA TUDO! Oa Texto 2 E proibido entrada de pacientes| neste recinto. Explique por que as frases dos dois textos esto come- tas do ponto de vista da concordiineia nominal, apesar de 05 adjetivos “bom” e “proibido” nao estarem em concordancia (no género) com os substantivos aos quais se referem. HEM nitesp 2009 (Adapt.) Sc a frase “O quarentio é 0 amoroso refinado, capaz de sentir poesia onde o ado- lescente s6 vé o embaragoso cotidiano...” for para o plural e 0 termo destacado substituido por um sindni- mo, obtém-se: Os quarentBes siio os amorosos refinados, (0) eapazes de sentirem poesia onde os adolescentes: 86 vem 0 confuso cotidiano. (>) capaz de sentirem poesia onde os adolescentes s6 ‘véem 0 atribulado cotidiano capazes de sentirem poesia onde 0s adolescentes 86 vém © enganoso cotidiano. (\)) capaz de sentir poesia onde os adolescentes sé vém o encreneado cotidiano. capaves de sentir poesia onde os adolescentes s6 ‘veem 0 complicado cotidiano... HE Lciaa manchete a seguir e faga 0 que se pede. BRASIL SUPERA SELEGAO RUSSA EJAPONESA E CONQUISTA COPA a) Desconsiderando nosso conhecimento de mundo, que interpretagdo podetiamos ter? b) Reescrevaa manchete em duas versdes de modo a tomi-la coerente. TeTRA IV UFRES 'Apesar de nao termes ilusdes quanto co caréter das nossos elites, existia ume cert resisténcio 0 essa espécie de nilsmo 0 que © Brasil nos levo. 70s escéndolos na érea financeira esi6o acabando até com isso. fica cad vex mois difeilesparior os burqueses. “Os bburgueses néo se espontam com mais noda. “Aguas tolver se surpreendam quando cuvem um fiho pequeno ovum nete repetindo uma letra des Momonas, mas nestes 9805 0 espanio é divertdo, ou pelo menos resignade. 4A necessidade de se ser absolutomente claro sobre que tipos de atividade sexual covsom Aids e como fazer pora preveni-io ocabou com qualquer preocupagéo do imprensa e da propaganda com © pundonor (grande polavra) alheio, embora ainda fogam alguns rodeios. 7A linguagem ficou mais leve, ficames menos hipécritas. "Burgueses epativeis aindo existem, mas o acimulo de agressGes a seus ouvidos € pruridos os insensibilizou e hoje, se reagem, nao é em piblico. Luis Fond Versi. Conia. Poe Alegre: Eto Coss, unfiol 19%6, po. Observe as seguintes afirmagdes sobre concordancia. I. Caso a palavra “alguns” no 5° periodo fosse subs- tituida por “alguém”, apenas dois verbos deve- ‘iam softer ajustes para fins de concordancia. IL. Caso tivéssemos o “burgués” ao invés de “bur- gueses” no 8° periodo, quatro outras palavras de- veriam softer ajustes para fins de concordincia, IIL Caso a sequéncia da “imprensa” e da “propagan- da” (6° periodo) fosse substituida por “da midia”, ‘0 verbo “fagam’” (6° perfodo) deveria softer ajuste para fins de concordancia. Esti(Gio) correta(s): (0) apenas (>) apenas [e IL (©) apenas Te IL () apenas Ie HL (0) todas. GUIA DE ESTUDO Porrucués ] a Concordancia verbal A concordiincia verbal estuda, prineipalmente, as relagdes estabelecidas entre 0 verbo € 0 sujeito. O alluno deve priorizar, além da regra geral, a concordéneia do verbo haver, da palavra se, do sujeito compasto, do sujeito oracional e do substantivo coletivo. Lembre-se, ainda, da leitura do texto complementar, pois ha a sequéncia dos vicios de linguagem: + oestrangeirismo + osolecismo + acolisao + oareaismo ‘Veja agora a sintese do assunto. Sujeito simples verbo concorda em mimeto © pessoa com o sujeito. Passaros raros colorem o céu do Para. Sujeito composto a) em ordem direta: se os sujeitos estiverem na tereeita pessoa, 0 verbo vai para a terceira do plural Criangas e mulheres temem o pior b) em ordem indireta: pode it para o plural ou concordar com 0 mais préximo. Brinca (ou Brincam) um velhinho e seu netinho, ©) micleos que sto (quase) pode concordar com 0 mais préximo ou ir para 0 plural indnimos ou hit gradagéo: O esforgo, a dedicagao ¢ 0 empenho garante (ou ‘garantem) 0 sucesso. 4) sujeito composto seguido de aposto recapitulativo: concorda com o aposto (tudo, nada etc.). Sombra, mar, gua fresca... cearense, nada suaviza o calor Tea Sujeito oracional Quando © sujeito for oracional, o verbo da origio principal deve permanecer na terceira pessoa do singular, Parece que os alunos receberio as notas no sibado, Obs.: 0 sujeito de “parecer” tem inicio a partir da palavra “que” Pronomes de tratamento: Vossa Exceléncia, Vossa Santidade etc. © verbo ¢ os pronomes devem estar na terceira pessoa. — Vossa Exceléncia deseja 0 seu café na cama? Substantivo coletivo e expressées parttivas (grande parte, grande maioria etc.) Grande parte das vitimas figia (ow fiugian) da guerra, Verbos haver e fazer a) haver como sindnimo de existir, acontecer: & im- pessoal, empregado na terceira pessoa do singular (oragdio sem sujeito). —Devia haver outros doces naquela festa, |, havia tortas, —Sé se for de chocolate! b) haver e fazer com o sentido de tempo decorrido: impessoais, empregados sempre no singular (ora- Gio sem sujeito) Faz vinte anos que nao volto a minha tetra, Ha vinte anos que vivo longe de meus pais. ATENcéo: Em locugéo verbal, o auxilior também permanece no singular. ‘Verbos que denotam tempo ov fendmeno da natureza a) indicag&o de horas: 0 verbo concorda com © nimero de horas. Sao duas horas em Brasilia. b) fendmeno da natureza: 0 verbo é impessoal, usado apenas na terceira pessoa do singular. Chove na capital federal ATENGAO! No sentido figurado, esse tipo de verbo aceita flexdo, pois possui sujeito Chovem acusagoes no Congresso. Apolavra “se” a) particula apassivadora: 0 vetbo concorda com o sujeito. Roubam-se 05 coftes enquanto a ridio prevé bom. tempo. ATENcéo: Para saber se a polavra “se” @ particule apossivadora, basta tronsformar a estrutura dada para @ passive analitica (Compram-se cartées./ Cartées so comprados.|. Essa estrutura ocorre com verbo ronsivosdelos © com Trenaivos diretos e b) indice de indeterminagaa do sujeito: 6 verbo pemanece no singular Prete dev pre popuapioenvergat 5 ATENCAr Esso estrutura s6 € possivel com verbos transitivos indiretos ov intransitivos. Eee HEE Um conhecido narrador de eventos esportives costuma usar em suas transmissdes um bordo que se tomou famoso, trata-se da frase “E hoje que eu se consagro”. Do ponto de vista gramaticn esti correta, mas o erro intencional. Pensando nele, responda uo que se pede. a) Por tris de um erro de concordéncia, o enunciador pode ter uma intengio implicita, Explique o que 0 bordio deixa subentendido, b) Esclarega por que, do ponto de vista da norma- -padrio, a frase ni ¢ accitivel TeTRA IV at ul Aulas [EM UPS A partir da cleigao deste ano, a votactio portando a bandeira do partido ou estampando a cami- seta com 0 nome ¢ o niimero do candidato esti pola Justica Eleitoral. As novas regras, em razio minirreforma eleitoral pelo TSE, deixaram a campanha mais rigida e __resultar em cidades mais limpas Assinale a altemativa que contemple as. formas adequadas para completar as lacunas. (0) proibida ~ aprovads ()) proibido — aprovado — vi (©) proibido — aprovada — vai (©) proibida ~ aprovadas — vaio (©) proibida ~ aprovado — vai vio 0 Insper 2009 Nao mais dividas de que haver mudangas na politica econdmica do pai ia dias que © ministro da fa- zenda se reline com seus assessores. A alternativa que preenche cortetamente as lacunas & (0) restam, vai, porque, faz (b) testa, vao, porque, fazem (c) restam, vao, por que, faz. (6) testa, vai, porque, fazem (c) restam, vai, porque, faz TP ea UFPR Assinale a alternativa que reesereve 0 texto a seguir de acordo com a norma culta, mantendo-Lhe sentido. Os presidios néo é uma forma de mudar o ponto de visto de qualquer pessoo que esteja Id presa, um margi- ral que jd fez de tudo na vido néo & que voi preso que ele voi mudar totalmente. (0) Os presidios no é uma forma de mudar © ponto de vista de qualquer pessoa que esteje 1a preso. Um marginal que ja fez de tudo na vida nao porque vai preso que ele vai mudar totalmente, (6) Os presidios niio sto uma forma de mudar 0 ponto de vista de qualquer pessoa que esteja la presa, um marginal que jd fez de tudo na vida nao que vao pteso que vao mudar totalmente. (©) Os presidios nao sao uma forma de mudaro ponto de vista de quem esteja lé preso. Nao € porque foi pteso que um marginal que ja fez de tudo na vida ‘vai mudar totalmente. (4) Presidio nao é uma forma de mudar 0 ponto de vi ta das pessoas presas, um marginal nao vai mudar totalmente por tudo que ja fez na vida e entao vai reso. (©) 05 presidios no sto uma forma de mudaro ponto de vista de qualquer pessoa presa. Um marginal que ja fez de tudo na vida vai preso e vai mudar totalmente. HEI Unitesp Leia 0 periodo a seguir. — Quem advoga 0 liberdade do educagéo néo quer dizer que os criancos devam forer, 0 dia todo, o que thes der no veneto Substituindo-se Quem por As pessoas que, obtém-se’ (0) AS pessoas que advoga a liberdade da educagio ndio querem dizer que as eriangas devam fizer, 0 dia todo, 0 que Ihes der na veneta. (b) As pessoas que advogam a liberdade da educagio nao quer dizerem que as criangas devam fazer, 0 dia todo, o que Ihes derem na veneta. (©) As pessoas que advogam a liberdade da educagao nao quer dizer que as criangas devam fazet, o dia todo, o que Ihes der na veneta. (4) As pessoas que advogam a liberdade da educagao nao quetem dizer que as criangas devam fazet, 0 dia todo, o que Ihes der na veneta. (©) As pessoas que advogam a liberdade da educagao nndo querem dizetem que as criangas devam fazer, © dia todo, o que Thes derem na veneta, WEG Fotec Assinale a alternativa em que é observada a norma culta de concordincia, regéncia e emprego de pronomes. (©) Ha uma porta para um mundo virtual, 0 qual os internautas gostam e nele vive uma vida paralela (b) Pode existir mundos povoadas por avatares, 0s 4quais nfo é permitido a baixa autoestima, (©) Trata-se de verdadeiras materializagdes de imagens projetudas, as quais se encontram fora da ‘mente das pessoas; chamam-nas de avatares. («) A psicanilise detectou, fazem muitos anos, a essa pritica, euja é comum & varias pessoas. (©) E possivel haverem pessoas que aspiram ser fortes e atraentes ou, até, personagem de desenho animado. TETRA IV, Em discurso diteto, quanto 4 concordancia, a primeira fala da charge estatia corretamente redigida da seguinte forma: Depois dizem: “Os brasileiros nao tém incentivo ao esporte”. II, Na primeita fala, a primeira oragao, “Depois dizem” poderia ser substituida por “Depois se diz”, sem que se transgrida a norma. IIL Na segunda fala, a forma verbal esta no plural, concordando com 0 sujeito 200 toneladas. Esta correto o que se afitma em: (0) Tapenas, (>) Hlapenas. () Le I apenas. (0) He I apenas. co) L Mell HEME Insper 2011 Na edigdo 2.177, de 11/08/2010, a revista Veja publicou a reportagem Fakar e escrever bem: rumo a vitdria, com dicas para nfo “tropegar” no idioma durante uma entrevista de emprego. ERROS DE PORTUGUES QUE ACABAM COM JOUALOUER ENTREVISTA DE EMPREGO O srieseron meme om eee Q rose, oct nun step. (Oop meso nna omnes sos abnes Ose tcc aerator ncn a, apo Orme 198, pode Identifique a alternativa que apresenta uma explica- ‘40 inadequada para a cotreeao feita. (0) Houve algumas dificuldades: 0 verbo “haver”, to sentido de “existir”, € impessoal e ndo admite flexao. (b) © chef bloqueou meu tiltimo pagamento: deve- -se empregar um sindnimo, pois o verbo “reter” E defective. c) Seguem anexos dois trabalhos: € preciso estar atento & concordancia verbal e nominal, (6) Ji faz cinco anos: quando indica tempo decorrido, © verbo “fazer” deve petmanecer no singular. (e) Se eu dispuser de_uma boa equipe: 0 verbo “dispor” deve seguira conjugagio do verbo “por” EB Leia a passagem a segui Hoje temos mulheres no comando de muitos nacées; elas conseguiram um poste que até entio era teritério masculino, mas ndo 6 isso que as fazem vencedoras, € sim 0 sua competéncio, seu carismo, seu suor, suo persis- ‘Sncio. A mulher esté no poder, ndo por ser mulher, mos, sobretudo, por sua asticia. Afinal, quem manda no lar é elo, a) Identifique uma passagem em que hd etro de con- cordancia verbal. 14 mete b) Corrija a passagem com o tro ¢ explique a regra. EA Leia a seguir um trecho da miisica do compositor Lobio. bo] Nem sempre se vé Lagrima no escure. bo] Labio. "Me chomet a) Se 0 substantivo “lagrima” estivesse no plural, como o restante da frase seria reesctito, levando ‘em conta a norma ¢ a elegéncia na linguagem? b) Ainda empregando © substantive “légrima” no plural, reescreva a frase de Lobéio empregando a vor passiva snalitica Ear Acentuacao Nestas aulas, sero estudadas as regras de acen- tuagdo. Sempre que possivel, utilize frases mnemd- rieas para as prineipais regras: + monossilabos ténicos + oxitonas, + paroxitonas + regra dos hiatos + regra dos ditongos abertos tnicos ‘Veja a seguir as principais regras. |. Posisdo da silaba ténica A silaba tonica é a mais forte (pronunciada com mais intensidade). De acordo com sua posigao, temos a seguinte classificagao: a) tiltima: oxitona café b) peniltima: paroxitona parne-la ©) antepeniitima: proparoxitona im-pi-do Observe a silaba tOnica das palavras a seguir: no-bel avato mu-bri-ea ' 4 4 oxitona —_paroxitona paroxitona incte-rim ' proparoxitona ATENGAO! Deslocr 0 acento ténico paro silobe inadequeda ‘consiste em um erro de prosédia (pronuncior a pa- {evra “rubrica” como proparoxitona, por exemplo). Il. Mudanga de significado na alteragio da silaba téni ‘A mudanga de silaba t6nica pode, em alguns «casos, gerar mudanga de sentido: TETRA IV ja-ca = fruta ja paroxitona oxitona cd-qui = cor de poeira ca-qui= fruta 4 4 paroxitona oxitona Il, Mudanga de dasse gramatical na alterasio da silaba ténica A alteragao da posigao da silaba tonica também pode alterar a classe gramatical: fi-bri-ca = substantivo facbri-ca= verbo IN. Regras de acentuacio 1, acentuam-se todas as proparoxitonas es-pé-cime mu-ni-ci-pe — no-ti-va-go éxo-do anticdo-to 2. acentuam-se os monassilabos ténicos terminados em: -a(s) -e(8) -0(3) hd pas 6 pés més pb nds vis pas 3. acentuam-se as oxitonas temminadas em: -a(s) -e(8) -o(8) -em(ens) gim-hé te-rds a-xé pa-jés re-cém re-féns 4, acentuam-se as paroxitonas terminadas em’ ) varios, vitimas, maté-los. (©) & ja pais. (6) & estd, pais. (©) tm, maté-los, sébrio. GUIA DE ESTUDO Portucués ] (a Particulas e vicios de linguagem Ocstudo da palavra que possibilitart ao aluno rever os valores semainticos das conjungdes coordenativas & subordinativas. Quanto ao estudo das palavras denota- io, inclu portante para os exames modemos. A semintica dessas particulas tem sido objeto de investigagdo por parte dos linguistas. Nao se esquega de que o importante ndo decorar, mas interpretar. Observe a sintese a seguir, tivas de exclu: e de matéria im- 0 ele., tra 1. situagao: afinal, entao, mas final, a guerra acabou? Enido, 0 verdao esta na final? Mas 0 governo cederé? 2. realce: cé, li, 96, mesmo Bu ad me viro, Maria! Veja sé! E isso mesmo, beija a moga! Bu sei fi! 3. limitagdo: sé, apenas, somente Sé ele sabia velejar. Somente os Apenas duas moseas pousaram na Sopa. fio Paulo 6 tri. 4. incluso: ainda, ademais, além disso, também, até, inclusive Cantou e ainda fez malabarismo, Ademais 6 insano, Até 0 sol se pos. 5. exelusfio: salvo, exceto, menos, fora, tirante Tirante os olhos perversos, tudo era luz. Fora 0 deputado federal, todos votaram contra. 6. porque ‘as respostas e justificativas (= pois) Cante, porque esti trio e perigoso. 7. por que nas interrogativas em inicio de frase Por que voce me olha assim’? introduzindo substantivas (interrogativas inditetas) Nao sei por que a cobiga existe. introduzindo adjetivas (= pelo qual, pela qual...) “S6 eu sei as esquinas por que passei.” 8. por qué antes da interrogagao Por qué? Pot que voce insiste? antes do ponto ‘Nao sei por qué. 9. porqué precedido de artigo Nao sei o porqué: 10, sendio (principais casos) aia, sendo eu grito! (caso contrério) — Todos cantavam, semndo José. (exeeto) 1. se nai — Se néio contar, seri preso. (caso niio) TE EDN Considere o excerto a seguir. No Brasil, ¢ um meio de reafirmar, na passagem para co vida adulta, que 0 jovem estudanie pertence mesmoa uma sociedade auioritéria, violenta e de privilégio. 20 Preserva-se o sentido da frase anterior caso a palavra em destaque seja substituida por: (©) ainda. ) também. (c) realmente, ) porém. (©) portanto. HEB Unicomp 2013 Milldr Femandes foi dramaturgo. jjomalista, humorista e autorde frases que se tornarum, célebres. Em uma delas, 1ése: Por qué? é filosofa. Porque & pretenséo. a) Explique a diferenca no funcionamento linguist co da expressio “porque” indieada nas duas for- mas de grafi-la. b) Explique o sentido do segundo enunciado do tex- to (Porque ¢ pretensio), levando em considera- do a forma como ele se contrapée ao primeiro enunciado. EEE Observe a seguinte passagem extraida de uma cangio. (ol Que bonito é As bondeiros tremulando CD luis Bondi. "Na cadéncio do sombct A palavra “que” no excerto citado possui a fungao de: (0) enfatizar um substantivo, (b) intensificar um adjetivo. (©) dar uma circunstincia de modo a frase. (4) estabelecer uma oposigao semantica. (©) retomar um antecedente imp! TETRA IV EE Leia 0 excerto a seguir. Estabeleceu-se ainds no mesmo acordo que 0 se Tadayoshi Umetsu ndo causaré nenhum “ébice ov embargo @ liberagéo do projeto de supresséo junto vos 6rgdos competentes, seja judicfal seja extrajudicialmente” (item 6 do ocordo}.[..] Quanto & faisa denincia de que houve falsficagéo de assinakura em contrato com 0 senhor Tadayoshi Umetsu, ro posso de mois um facoide que foi objeto de denincio do senhor Paulo Leite junto & Corregedoria do Policio Civil, que otestou a forsa perpetrado. ‘Ademais, 0 senhor Tadayoshi Umeisu fez 0 acorde jut: ol que pés fim a desavenca negocial entre © proprieério das ferras e 0 artendatirio, encerrando também qualquer disputa em fomo das terras, conforme acordo |.) “tis manda Estode cumprirocondoe derrubr flores. Diino do Pas (Dro de respi © vocibulo “ademais”, iiltimo pardgrafo, cumpre fungdo coesiva ¢ possui valor semantico de: (©) acréscimo, (>) oposigao. (©) condigao. (©) consequéncia, (©) finalidade. EERE Ut Assinale a iinica alternativa em que 0 termo cem destaque expressa exemplificacio. (0) S.. conseguiram dividi-los em cineo grupos Gimicos eujos ancestrais estiverum isoludos por barreinas googrifieas, como desertos extensos, montanhas intransponfveis ou oceanos...”. (») “Camo descendemos de um pequeno grupo de hominideos africanos e 0 isolamento favorece 0 actimulo de semelhancas genéticas, tragos exter- nos como a cor da pele, dos olhos ¢ dos cabelos tornaram-se caracteristicos de determinadas po- pulagdes...”. “Nos Estados Unidos, so classificadas como negras pessoas que no Brasil consideramos brancas...”. (0). ninguém € louco de escolher um doador apenas por ser fisicamente parecido ou por ter cabelo ctespo como o do receptor”. TEEN nitesp 2009 (Adapt) A reescrita da informacao implica alteragio de sentido em: fo) S6 mesmo dizendo um palavrio. (S6 dizendo um mesmo palavrio,) (>) Ela era Derey até dormindo. (Até dormindo ela era Derey.) (o) .. eno polémico timulo em pé, em forma de pi- imide. (... e no polémico tiimulo, em forma de pirdimide, em pé.) (6) No paleo ena vida, ela nfo gostava de drama. (Ela niio gostava de drama, no palco e na vida.) (c) Das dores de Dolores, seu nome de batismo, ela nao tinha nada. (Das dores de seu nome de batis- ‘mo, Dolores, ela no tinha nada.) ED Insper 2009 Nova ortografia, velhos dizeres E oficial: entrou em vigor « nova orfogrofic, Quer dizer: mois ou menos em vigor. Eo tnica do mundo legislada. Os brasileiros temas pouca intimidade com 5 vigoragées. Hé sempre um amanhé, um depois de ‘amanha e, gragas a Deus, um Dia de Séo Nunca, os colends (ver dizeres populares em extingéo). Depois de ones caitituando Angola, Sao Tomé e Principe, Cobo Verde, Guiné-Bissav folho o hifen!), Mogambique e Timorleste (eu disse que é pro olhar © hifen!), para néo falar em Portugal, que andou pisondo no bola (ver dizeres em extincéo), © Brasil finalmente, mediante quatro decretos promulgados, assinados por presidente do Republica, conseguiy fazer com que uns bons 250 milhes cle pessoas escrevam de forma idéntica Quer dizer: mois ov menos idéntico. Frimeiro, porque dessos 250 milhées de pessoas apenas uns 15% sd0 vagomente alfabetizadas. Desses 15%, pelo rmencs 10% & de nacionalidade portuguese. Mas que 15%! E pora elas que se legislou. Quer dizer- mais ov menos se legisiov. Hé dividas e indecis6es em massa. Frincipalmente nos meios alfabetizads, por assim dizer Porque © hifen isso @ © treme aguilo @ © acento cogudo esse © © circunflexo aquele @ poror6, pao duro coisa e fol (ver dizeres populares em extingGo) De certo, sabe-se uma coisa: o decreto-lei para os Iifens e seu uso, que entrou em vigor no primeiro dia de joneiro de 2008, tem aié 2012, ov 2021, folvez até 3033, para ser adotado 6 vera (ver dizeres em extingéo) entre @ chamada CPLE @ dignissima Comunidade dos Poises de Lingua Portuguese, ou os Cito Magnificas Polses de Quro, como so conhecidos nos meios lexicogréticos smundiais. De garantido, pode-se afirmar que essa nova cortografia (quer dizer: mois oy menos um acordle, ou um ‘decreto, ov uma lei) voi dor um dinheitéo € muito gente boo vai pegar uma nota preta e soir pela af (ver dizeres pblicos em extingdo), pelos palses da doce lingua de Camées e Paulo Coelho, montada na burra do dinheiro Lol van esta Dissoriel em: . “Pode-se alirmar que essa nova ortogratfia [...] vai dar um dinheirdo..”. Tendo em vista a sua classificagio morfoligica, o termo destacado repete-se em: (©) So. para ndo falar em Portugal, que andou pisando na bola...” (b) “eu disse que € pra olhar o hifen!” (©) “..decteto-lei pata os hifens € seu uso, que entrou em vigor.” () “E para elas que se legislou.”” (©) “..Cale-se, que a regra deve sempre prevalecer! ” CTH) PORTUGUES LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS bey aired (a Modernismo em Portugal oz) Introdugéo Valeu 0 pena? Tudo vale o pena Se 0 alma néo & pequeno. Fernando Possoe Estes versos, que abrem estas aulas, sto bem conhecidos © estiio contidos em Mensagem (1934), Parte II, Mar portugués, no poema “Mar portugues” No entanto, muitos desconhecem que tais versos foram esctitos pelo mais importante poeta modemista de Portugal, Femando Pessoa. Como 9 Modernismo apareceu em Portugal? No inicio do século XX, Portugal recebeu influxos da modetidade vanguardista de toda a Europa; coube a Almada-Negteiros, pintor ¢ poeta, e a Santa- Rita Pintor trazer para o pais as informagoes que faltavam para as artes plisticas: Cubismo, Futurismo, Dadaismo, Outras tendéncias apareceram no pais a0 longo das décadas de 1910 € 1920. Arevista Orpheu Em 1915, apareceu em Lisboa a revista Orpheu, uma publicagdo luso-brasileira que pretendia ser trimestral (0 primeiro numero cobritia os meses de janeiro, fevereiro e margo daquele ano), dirigida por Antdnio Ferro, escritor e jornalista portugués que, na casio, tinha 19 anos. “ORPHEU” PORTUGAL © BRAZIL DIRECGAO cay Participaram, com a publicago no primeiro ni- mero, Luiz de Montalvér e Ronald de Carvalho (di- rotores), Mario de Si-Carneiro, Femando Pessoa, Alfredo Pedro Guisudo, José de Almada-Negreiros, Armando Cértes-Rodrigues ¢ Alvaro de Campos (he- terdnimo de Fernando Pessoa), A primeira edigao abalou o ambiente das artes portuguesa e brasileira, sobretudo pelo conteiido de propostas renovadoras do marasmo em que se encon- trava a literatura dos dois paises; a capa de abertura foi criticada pelo “vanguardismo”, e “Ode triunfal” assustou pelo inesperado das aliteragdes, assonancias, metonimias e onomatopeias e pelo contetido que lou- vava as maquinas, o progresso, o rumor das cidades. bl O rodos, 6 engrenagens, reererr eterno! Forte esposmo retido das maquinismos em feria! Em firia fora € deniro de mim, Por todos os meus nervas dissecodos fora, Por todos as papilos fora de tudo com que eu sinto! Tenho 08 labios secos, 6 grandes ruidos modernos, De vos ouvir demosiodamente de perto, Eoorde-me a cabeca de vos querer cantar com um excesso De expressio de todos as minhas sensocées, Com um excesso contemporéneo de vés, 6 méquinas! Led Fial e 0s reilse os casos de maquinas e o Europa! Fig e hurrah por mim-tudo e tudo, méquinas o trabaihor, leio! Golgar com tudo por cima de tudo! Hup-ié! Hup-I6, hup-l6, hup-léchd, hup-l6! Ah néo ser ev todo a gente @ toda « parte! ‘Avoro de Compos. "Ode Tunfa n: Famord Ressoo: Reyes do ‘nterlédio. Sto Paulo: Compania dos leas, 1998, p. 119-28. A revista teve ainda o segundo nimero, corres pondente ao trimestre abril-maio-junho, cujos edito- res foram Mario de Sé-Catneiro e Fernando Pessoa; porém, terceiro mimero teve grandes problemas para set langado, tazo pela qual seus autores sofreram chacota piiblica; em junho de 1915, Mario de Sé-Car- neito voltou a Paris, perdido dentro do que denominava “seus proprios labitintos”, e a Orphew teve assim seu fim antecipado, Essa & a razo para entender 0 de- sespero de Pessoa, que ficou sozinho em Lisboa, a0 responder a seu amigo Santa-Rita Pintor, que Ihe ofe- receu meios para continuar editando a revista: bd No posso por isso, meu caro Santo-Rito, encarar cfirmotivamente a sua proposio, embora do coragéo Iho cogradeca De resto, “Orpheu” ndo acabou. *Orpheu’ ndo pode acabar. No mitologia dos antigos, que o meu esp rilo radicalmente pagéio se ndo conse nunca de recordar, numa reminiscéncia constelada, hé a histéria de um tio, de cujo nome apenas me entrelembro, que, a certs altura ch seu curso, se sumia na areia. Aparentemente moro, ele, porém, mais adiante — mithos pora além de onde .@ sumira — surgia outra vez & superficie, e continvava, com aquitico escripulo, oseu leve caminho para 0 mar Assim quero crer que seja — na pior das contingéncias —o revista sensacionista “Orpheu'. Geeia, meu caro Sante-Rito, na reciprocidade da ami: zade e da admiracéo do (assinado) Femondo Pessoa. Fernanda Pessoa, Cara @ SontRita Pints in: Pessoa Inédio. Teresa Rilo Lopes (Coord). sboo: Lives Hovizonie, 1993, p. 130. No ano seguinte, em abril, Si-Cameiro cometeu suiefdio. Outras revistas apareceram (Centauro, Portugal Futurista, Contemporénea, Athena, Presenca, Sol Nascente), mas nenhuma provocou © impacto da pri- meira, cuja proposta era acabar com o saudosismo rei- zante no pais e integrar, como finalidade, © panorama das artes europeias. A essa primeira geragio deu-se o nome de arfismo. Qutras geragies apareceram na sequéneia: 0 Presencismo © 0 Neorrealismo. Contexto histérico-cultural do Modernismo portugués 1. Apareceu quando terminou de maneira tragica 0 periodo monanquico em Portugal se instalou a Repiiblica no pais. Um ano antes de seu aparecimento, iniciou-se a Primeira Guetta Mundial, 3. Em 1917, ocorreu a Revolugao Russa ¢ seus fiu- tos se espalharam por toda a Europa. 4, A Primeira Guerra Mundial colocou em risco a posse das coldnias portuguesas que ainda haviam sobrado das desagregagdes da primeira metade do século XIX. TETRA IV 5. Portugal afundou-se, por ocasiio do langamento da revista Orphen, em 1915, em um imenso saudosismo do poder ultramarino; Angola ¢ Mocambique comegaram a ser intensamente explorades em seu subsolo, Mais tarde, jf no final do Modemismo, spareceram as chamadas “guerras coloniais”, que devastaram esses paises. Os “muitos eus” de Fernando Pessoa Fomando Pessoa © mais importante poeta portugués da modemi- dade, além de escrever em revistas € jomais, teve apenas um livro publicado em vida, Mensagem (1934), veneedor do prémio de poesia do governo de Anténio de Oliveira Salazar, Trata-se de uma epopeia fragmentéria, dividida em trés partes e que coloca em relevo a obra das grandes personagens portuguesa AS divisdies de Mensagem sto: 1. 0 Braséo — retere-se a toda a Idade Média e vi- sita os grandes nomes da hist6ria de Portugal: est ividida em einco partes e nela esto Dom Henrique, Dons Tareja, Dom Duarte, Dom Joo, Dom Set © tantas outras criaturas que deram grandeza ao ovo luso, IL, Mar portugués — esta parte trata das grandes nave- gages e conquistas das coldnias utramarinas. Com- posta de 13 poemas, ¢ 0 terceiro que se destaca, sti Il, Padraio Cesforgo ¢ grande e 0 homem é pequeno, Eu, Diogo Cao, navegador deixei Este padrao 00 pé do areal moreno E para diante naveguei. A alma é divino @ 0 obra & imperfeita. Este padrao sinala ao vento e aos céus (Que, da obra ousade, & minha a porte feita: © por fazer & s6 com Deus. Sane rons E a0 imenso e possivel oceano Fnsinom estas Quinas, que aqui vés, Que 0 mar com fim seré grego ou romano: © mor sem fim & portugués. bd Farando Pessoc. Mor portugus In: © guardadr de rebanhos © ‘itras poemas. 70 Cur: 2004, a 207 IIL. O Encoberto ~ a importincia ¢ © foco temati- co desta parte & 0 rei Dom Sebastiio, morto na Batalha de Alcacet-Quibir, em 1578, Nessa ter- ceira parte, entremostra-se © que o poeta sentiu ao escrever sobre a patria desfeita nas mios de Salazar: “Serevo meu livro a beita-migoa”; os portugueses, tal como Pessoa, estavam fartos de Portugal metido em meio a um “nevoeiro” de opressio, de angiistia, de desénimo e de esque- cimentos. O livro € uma espécie de conclamagao contra a miséria de ideias, de patriotismo e de crenga no futuro. O fecho dos poemas € o que segue: f.) Nem o que mol nem o que é bem. (Qve énsio distante perto chora?) Tudo é incerto derradeiro. Tudo 6 disperso, nada é inteiro. © Portugal, hoje és nevoeire. Ea Horal Fomande Pessoa. Arologi podtcs de Ferrando Pessoa. 2 od. S60 Paula: Ediouro, 2004, p. 1. ‘Obra ortonimica, obra heteronimi Existe uma parte da obra de Fernando Pessoa feita por ele mesmo (obra ortonimica): a outra pertence a muitos outros “eus pessoanos” (obra heteronimica): antes de mais nada, ¢ preciso considerar que em tal produgdo ha composi¢des em verso e em prosa, além de teatro, poemas em inglés e apreciagdes criticas. Atente para esta diferenga: quando uma pessoa usa ‘varios nomes para quaisquer circunstancias da vida, di- _zemos que ela usa varios pseud6nimos (nomes falsos); assim, podemos concluir que hi varios nomes para ‘uma mesma petsonalidade. No caso dos heterdnimos, ha varias personalidades que tomam vida a partir de ‘uma tinica pessoa, neste caso 0 poeta, e se manifestam de maneiras diferentes, com diversas peculiaridades, tematicas, ritmo de verso e outras abordagens. Femando Pessoa criou tais personalidades ¢ aqui enfocaremos apenas quatro: Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Alvaro de Campos (na poesia) e Bernardo Soa- res (nt prosa). Na poesia: Alberto Caelro: foi a primeira manifesta cobra heteronimica de Femando Pessoa, que costuma- va traticlo por “meu mestre Caeiro”; poeta das sim- plicidades da natureza, da reflexdio sobre o que esti no mundo, das paisagens eampesinas; & dono de um tom filoséfico que encanta pela reflexdio ¢ pelas aproxima- bes inesperadas, Esse “guardador de rebanhos” & aparentemente simples; de seus vetsos transbordam a metafisica, as reflexdes intensas e, sobretudo, © sensacionismo, sua caractetistica mais exclusiva. E com as sensagdes dos . eto em: 12 ogo. 2012. Sobre a Semana de Arte Modema de 1922 ¢ seu con- texto, é correto afirmar que: 0) evento teve consenso em sua taco e foi mui- to bem reeebido pelo piblico, que rapidamente adotou as novas tendéncias artisticas apresenta ( a Semana de Arte Modema teve impacto restrito sobre alguns poucos artistas pkisticos pat (a Semana de Arte Modema quase nfo ocorreu, pois 0 entio presidente, Getilio Vargas, opun! se a qualquer manifestagio cultural que nao vesse sido organizada pelo govemo, 0S o movimento antropofigico aceitava a cultura eu- ropeia desde que reelaborada ¢ transformada em ‘um produto nacional 16 08 modetnistas rejeitavam as tendéncias artisticas do século XIX, principalmente o Romantismo ¢ 0 pamasianismo, Soma=( | 34 EA Enem 2012 © Trovador Sentimentos em mim do asperamente dos homens das primeiras eros As primaveras de sorcasmo inlermitentemente no meu coragéo arlequindl ... hhlermitentemente Outras vezes é um doente, um frio na minhg alma doente como um longo som redondo .. Cantabona! Cantabono! Dlorom Sou um tupi tangendo um aladde! ‘Ye de fndrade. fh: DZ. Manto. (Org). Foesas complete do Miro de Andrade, Belo Rovira: Haka, 2005. Cara ao Modernismo, a questo da identidade nacio- nal é recorrente na prosa ¢ na poesia de Mario de An- drade. Em O trovador, esse aspecto & (0) abordado subliminarmente, por meio de expres- sdes como “coragio arlequinal” que, carnaval, remete 4 brasilidade. () verifieado j4 no titulo, que remete aos repentistas nordestinos, estudados por Mario de Andrade em suas viagens e pesquisas folclsricas. (©) lamentado pelo eu lirico, tanto no uso de expres- ses como “Sentimentos em mim do asperame te” (v. 1), “trio” (v. 6), “alma doente” (v. 7), como pelo som triste do alatide “Dlorom” (v. 9). (<) problematizado na oposigao tupi (selvagem) x alaiide (civilizado), apontando a sintese nacional que seria proposta no Manifesto Antropéfago, de Oswald de Andrade. (©) exaltado pelo eu litico, que evoca os “sentimentos dos homens das primeiras eras” para mostrar 0 or- gulho brasileiro por suas raizes indigenas. FEB UFC Macunaima é uma obra plural, composta, zna medida em que: (0) obedece as romance psivaldxico. como toda obra tradicional, observa a linearidade da narrativa, em que cada personagem age em se- parado. aproxima téenicas rominticas das modemas na estruturagio do romance como um todo (4) no corpo da narrativa, dé um tratamento Unico para cada personagem apresentada tal como numa rapsédia, trata de varios temas a0 mesmo tempo, entrelagando-os numa rede miilti- pla de cores e sons os mais diversos. iracteristicas circulares e fechadas do o MZ rsc 2013 Leia o texto a seguir. 8. FRAQUE DOATEU Soi de D. Matilde porque mormanjo néo podia cont nuor no classe com meninas, Matticularamme na escola modelo das tiras de qua. ios nas paredes alvas escadarias @ um cheiro de limpeza. Professors magrinha e recreio olegre comecou a ‘oul da tarde um bigode de orame espeiado no grande professor Seu Conalho, No siléncio tique-foque do sola de jantor informe’ _momée que ndo hovio Deus porque Deus ere 0 natureza. Nunea mais vio Seu Carvalho que foi para o Inferno, (1 27. FERIAS Dezembro deu & luz das solos enceradas de tio Ga- briela os és mogas primas de dculos bem folados Pontico norte-americano. E minha mae entre médicos num leito de crise de- idiv meu apressado conhecimento viajeiro do mundo. Oswald de Andrade. Memos sentiments de L080 ‘ira. So Poulo: Gleko, 1911, pa 47 © 53 Com base no texto, na leitura do romance Memérias sentimentais de Jodo Miramar e no contexto do Mo- detnismo brasileiro, assinale a(s) proposigao(des) correta(s). 0) Por influéncia do Futurismo, com que teve con- tato na Europa, Oswald de Andrade usa pontua- 40 minima, como se pode perceber nos trechos, acima, nos quais se omitiram virgulas que seriam obrigatérias segundo as regras de pontuagao da norma-padrao escrita TETRA IV 02 No primeiro trecho, a frase “Nunea mais vi o Seu Carvalho que foi para o Inferno” (linha 11), Andrade relata de modo telegrifico a morte do professor Carvalho, com quem Joao Miramar aprendeu a respeitar os valores catélicos 04 Obra que pertence cronologicamente & primeira fase do Modernismo brasileiro, Memérias senti- ‘mentais de Jodo Miramar ostenta varias earacte- risticas da literatura do perfodo, como a diluigto das fronteiras entre prosa e poesia e a experimen- tagdo, manifesta, entre outras coisas, nos neolo- gismos e na sintaxe inovadora, 08 No trecho “Dezembro deu & luz das salas encera- das de tia Gabriela as trés mogas ptimas de dculos bem falados” (linhas 14-15), observa-se a preo- ‘cupagao obsessiva de Miramar com futilidades, ‘como a boa qualidade dos éculos das primas. 16 Como se podetia esperar de um dos organizadores, da Semana de Arte Moderna, Oswald de Andrade reafirma em Memdrias sentimentais de Jodo Miramar alguns principios basicos da estética modetnista, tais como a valorizagao da linguagem regional ¢ o refinamento dos cdnones patnasianos, Soma = EER vec 2013 Crucifixo Eum envcifixo de martin Ligeiramente omarelado, Pétina do tempo escoado. Sempre 0 vi patinado assim. ‘Mée, jimé, pai meus estreitodo Tiverom-no ao chegar o fim. Hoje, em meu quarto colocado, Filo velando sobre mim. E quando se cumprir aquele instante, que tordando vai, De ev deixar esta vida, quero ‘Morrer agarrado com ele. Talez me salve. Como ~ espero ~ ‘Minha mae, minha irma, meu poi Manvel Bodeir. Esl cl vid ina. 20 ed Rio de Joneio: Nows Fonts ty 1993, p. 270. No poema, 0 eu lirico: (0) esti certo da salvagio de sua alma, caso esteja se- gurando 0 crucifixo a hora de sua morte, (b) se ressente do fito de ter sobrevivido & morte de todos os seus familiares. (©) transmite a impressio de que 6 momento de sua morte esti demorando a ovorrer. (0) vé-se acometido por um sentimento de nostalgia em relaco ao seu passado familiar. HE viel 2012 Poética Estou forto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirismo funcionério péblico com livro de ponto [expediente protocolo e manifestagées de oprego [oo Sx. Diretor Led (Quero antes o lirismo dos foucos bl — Nao quero mais saber do hrismo quendo élibertagio. Moruel Bander, Foeso completa e rosa. Rio de Janeiro: Novo ‘Aguile, 1988, p. 207. a) Identifique a que tendéncias estético-literirias 0 poeta se refere quando fala em “litismo comedido”, em “lirismo bem comportado” ete, Comente como a visto pretendida pelo poeta se manifesta, linguis- ticamente, nas eriagdes da poesia modemista, 1] ORTUG! b) Que elementos linguisticos poderiam indicar que © poema constitu: uma espécie de confisstio pes- soul, que expressa um sentimento de saturago ou de desgosto? Justifique, em um pequeno comen- trio, sua resposta CET Segunda fase modernista na poesia Introdugao Os ombros suportam 0 mundo Chega um tempo em que ndo se diz mois: mev Deus Tempo de absoluta depuragéo. Tempo em que no se diz mois: mev amor Porque 0 amor resultou init E 08 olhos no chorom. E as méos tecem apenos 0 rude trabalho. Eo consgGo esti seco. bo] Clos Drummond de Andrade Seniimenia do mun Sao Poul: ‘Companhia des lees, 2012, p51 © poema de Carlos Drummond de Andrade refle- te bem o panorama da época em que se desenvolvew a segunda fase modemista: houve guetras, espanto € dor de se reconhecer humano, fragil e destrutivel, To- dos os senttimentos so imiteis, nada mais intetessa, Porque “o coragdo esti seco”. Eram tempos dificeis: a quebra da Bolsa de Va- lores de Nova York, a desonganizagio da economia mundial, 0 choque entre a economia capitalista © a ostura socialista da maioria dos intelectuais. Houve, ainda, na Europa, a ascensio do nazitas- cismo; no Brasil, em 1930, Getilio Vargas foi condu- Zido a0 poder, provisoriamente, Em 1932, a Revoluedo Constitucionalista aconte- cou com o apoio das oligarquias rurais descontentes com o abandono de seus interesses, diante do pro- pésito do presidente de industrializar 0 pais: com o aumento desse descontentamento, Getilio instaurou © Estado Novo, periodo que se estendeu até 1945 ¢ durante © qual se péde observar @ postura mais for- malmente anticomunista e antidemoctitica do pais. Em 1945, 9 mundo passou por uma experién- cia aterradora: as duas bombas atdmicas, uma sobre Hiroshima ¢ outra sobre Nagasaki, fizeram o ser hu- mano descobrit o quanto era frdgil e transitério. TETRA IV Poetas da segunda geragao Carlos Drummond de Andrade. Carlos Drummond de Andrade abriu, em 1930, a segunda geragao modernista com 0 livro Alguma Poesia. Era a época do poema-piada, das associagbes, inesperadas (“Cidadezinha qualquer”, “Quadrilha”), dos versos livres e brancos. Até hoje, seu estilo ren- de-lhe muitas homenagens em todas as linguagens. Posteriormente, seus temas se converteram em impressdes desse tempo perturbado. A partir da pu- blicagao de Sentimento do Mundo (1940)e de A Rosa do povo (1945), a poesia de Drummond expressa um tempo de fiagilidades ¢ agonias; os versos de am- bos os livros gritam contra as atrocidades cometidas. pelo nazifiscimo e a violéneia da Segunda Guerra Mundial Leia o fragmento. LoD Estes poemas sto meus. £ minh terra 6 oindo mais do que elo. E qualquer homem 120 mefo-dia em qualquer praco. F 0 lantema em qualquer estolagem, se ainda os hd. — Hé morios? hé mercados? ha doengas? E tudo meu. Ser explosive, sem fronieiras, por que falsa mesquinhez me rasgaria® Corlos Drummond de Andrade. Considragio do poeta: A rsa dh pove. Rio de Janeiro: Compania dos Lares, 2012, p 2 E Ao set amunciado o aparecimento do livro, © pro- fessor Alvaro Lins esereveu no Jornal da Critica que “O autor de A rasa do povo e Castro Alves sho, em toda a nossa literatura, os dois poetas que produziram obras de mais definido contetide social e tendéncia revoluciondria’. Um dos poemas mais significativos da obra 6 “A flor ¢ a ndusea”. Observe. Freso @ minho classe e « olgumas roupas, vou de bronco pela rua cinzento, Melancolias, mercadorias espreitam-me. Devo seguir até 0 enjoo? Posso, sem armas, revoltar-me? ) CCerlos Drummond de Andrade. Arosa do pove Rio de Jani: Componbio dos letras, 2012, . 13. Cecilia Meireles 6 se inicio no universo mo- dernista em 1939, com o livro Viagem; sua origem, tal como a de Manuel Bandeira, foi o Simbolismo decadentista; sua obra evoluiu para o que & chamado “espiritualismo”, na verdade, uma poesia feminina, delicada, cujas metiforas repousam sobre 0 universo transitério, a vida passageira, os jardins ¢ as estagdes, a mutagio dos aspeetos. Tu tens medo (fragmento) f.) Sem caminho marcade. Ty €s 0 de todos os caminhos, 58 apenas uma presenca. Invisfvel presenca silenciose, Todas as coisas esperam o luz, Sem dizerem que « esperam. bal Cacia Meirles. Céntcos. 3 od. So Paulo: Medora, 2003. rane 38 Vinicius de Moraes Vinicius de Moraes fez poesia de tom contessio- nal, lirica, com tendéncia ao erotismo, Na década de 1960, aproximou-se do tom de demtincia social (“Ope- rario em construgao”) ¢ da poesia para criangas (“A arca de Nog”). Um de seus poemas mais conhecidos atria minha”. Pétria minha (fragmento) A minha péiria € como se nao fosse, & fatima Docura e vontade de choror; uma criango dormindo E minha patio. For isso, no exilio Assistindo dormir meu filho Choro de saudades do minha patria...) Vince de Moroes, Soneto de fdelidade outros ‘poemas 580 Paulo: Edioure, 2004, p30. Munlo Mendes. Murilo Mendes foi poeta surtealista, visionétio & segundo Antonio Candido, um dos mais dificeis 6 ser classificado, em decorréncia da mutabilidade 6e estrutura € temas de suas obras. Escreveu 4 poe- sia em panico (1937); Janela do eaos (1949); Con- wergéncia (1972).

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