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1º e 2 º verso : temos o eu lírico a expressar o desejo de não ser lembrado pelos

deuses e a procurar a autonomia e independência, destacando a resistência das


divindades que muitas vezes tem algum poder sobre nós. E esse anseio pela liberdade
é evidente, com a aspiração de uma condição livre de sorte ou má sorte (v.2).

Essa busca reflete uma atitude estóica, característica comum em Ricardo Reis, diante
das circunstâncias da vida, onde a liberdade é desejada independentemente de
condicionantes externas, como as emoções.

3º e 4º verso: tempos a comparação entre o vento e o ar que acentua a efemeridade da


vida. O vento é equiparado à existência, enquanto o ar é caracterizado como algo
insubstancial. Esta expressão sugere uma visão da vida como algo fugaz, enfatizando
a transitoriedade da condição humana.

5º e 6º verso: há uma dualidade entre o ódio e o amor que é explorada neste poema,
ressaltando que ambos os sentimentos buscam e oprimem de maneiras distintas. Essa
reflexão destaca a complexidade das emoções humanas e como os sentimentos podem
muitas das impactar a liberdade interior do indivíduo.

Por fim, no 7º e 8º versos, podemos ver que o eu lírico sublinha novamente que quem
não depende dos deuses, consegue obter uma liberdade total.

Em suma, o poema explora a rejeição da influência divina, a busca pela liberdade


desvinculada de circunstâncias externas, a efemeridade da vida, a dualidade
emocional e a conexão entre concessão divina e liberdade.

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