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Licenciado para - Francisco tarcio dos Santos Nascimento - 04896072332 - Protegido por Eduzz.

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Normas Gerais de Tutela do Trabalho – Parte II - Art. 75-A ao 153

CAPÍTULO II-A
DO TELETRABALHO

Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado em regime de teletrabalho observará o disposto neste
Capítulo.

Alteração
Antes da MP 1.108/22 Após a MP 1.108/22
Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de Art. 75-B. Considera-se teletrabalho ou trabalho
serviços preponderantemente fora das remoto a prestação de serviços fora das
dependências do empregador, com a utilização de dependências do empregador, de maneira
tecnologias de informação e de comunicação que, preponderante ou não, com a utilização de
por sua natureza, não se constituam como trabalho tecnologias de informação e de comunicação,
externo. que, por sua natureza, não se configure como
trabalho externo.
Parágrafo único. O comparecimento às
dependências do empregador para a realização de § 1º O comparecimento, ainda que de modo habitual,
atividades específicas que exijam a presença do às dependências do empregador para a realização
empregado no estabelecimento não descaracteriza de atividades específicas, que exijam a presença do
o regime de teletrabalho. empregado no estabelecimento, não descaracteriza
o regime de teletrabalho ou trabalho remoto.

§ 2º O empregado submetido ao regime de


teletrabalho ou trabalho remoto poderá prestar
serviços por jornada ou por produção ou tarefa.

§ 3º Na hipótese da prestação de serviços em regime


de teletrabalho ou trabalho remoto por produção ou
tarefa, não se aplicará o disposto no Capítulo II do
Título II desta Consolidação (Duração do Trabalho).

§ 4º O regime de teletrabalho ou trabalho remoto não


se confunde e nem se equipara à ocupação de
operador de telemarketing ou de teleatendimento.

§ 5º O tempo de uso de equipamentos tecnológicos e


de infraestrutura necessária, e de softwares, de
ferramentas digitais ou de aplicações de internet
utilizados para o teletrabalho, fora da jornada de
trabalho normal do empregado não constitui tempo
à disposição, regime de prontidão ou de sobreaviso,
exceto se houver previsão em acordo individual ou
em acordo ou convenção coletiva de trabalho.

§ 6º Fica permitida a adoção do regime de


teletrabalho ou trabalho remoto para estagiários e
aprendizes.

§ 7º Aos empregados em regime de teletrabalho


aplicam-se as disposições previstas na legislação
local e nas convenções e acordos coletivos de
trabalho relativas à base territorial do estabelecimento
de lotação do empregado.

§ 8º Ao contrato de trabalho do empregado admitido


no Brasil que optar pela realização de teletrabalho
fora do território nacional, aplica-se a legislação
brasileira, excetuadas as disposições constantes na
Lei nº 7.064, de 6 de dezembro 1982, salvo
disposição em contrário estipulada entre as partes.

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§ 9º Acordo individual poderá dispor sobre os


horários e os meios de comunicação entre
empregado e empregador, desde que assegurados
os repousos legais.

Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do contrato
individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado.

Alteração
Antes da MP 1.108/22 Após a MP 1.108/22
Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de
teletrabalho deverá constar expressamente do teletrabalho ou trabalho remoto deverá constar
contrato individual de trabalho, que especificará as expressamente do contrato individual de trabalho.
atividades que serão realizadas pelo empregado.

§ 1º. Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo
entre as partes, registrado em aditivo contratual.

§ 2º. Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do
empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo
contratual.

Atenção!
Regime Presencial → Teletrabalho Teletrabalho → Regime Presencial
Mútuo acordo entre as partes. Determinação do empregador.
Aditivo Contratual Aditivo Contratual
Sem prazo. Prazo de transição mínimo de 15 dias.

§ 3º O empregador não será responsável pelas despesas resultantes do retorno ao trabalho presencial, na
hipótese do empregado optar pela realização do teletrabalho ou trabalho remoto fora da localidade prevista no
contrato, salvo disposição em contrário estipulada entre as partes. (Incluído pela MP 1.108/22)

Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos
equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bem como
ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito.

Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caput deste artigo não integram a remuneração do empregado.

Art. 75-E. O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às
precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho.

Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de responsabilidade comprometendo-se a seguir as


instruções fornecidas pelo empregador.

TST/Súmula 443
Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave
que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito à reintegração no emprego.
A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho determinou a reintegração de uma editora da Empresa
Brasileira de Comunicação (eBC) contratada em cargo de livre nomeação e exoneração e dispensada no
curso do tratamento de leucemia. Para o colegiado, a vedação à discriminação em matéria de emprego
estende-se aos empregados públicos ocupantes de cargo em comissão.

Art. 75-F. Os empregadores deverão conferir prioridade aos empregados com deficiência e aos empregados e
empregadas com filhos ou criança sob guarda judicial até 4 anos de idade na alocação em vagas para atividades
que possam ser efetuadas por meio do teletrabalho ou trabalho remoto. (Incluído pela MP 1.108/22)

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CAPÍTULO III
DO SALÁRIO MÍNIMO

SEÇÃO I
DO CONCEITO

Art. 76 - Salário-mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo empregador a todo
trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de
satisfazer, em determinada época e região do País, as suas necessidades normais de alimentação, habitação,
vestuário, higiene e transporte.

Art. 78 - Quando o salário for ajustado por empreitada, ou convencionado por tarefa ou peça, será garantida ao
trabalhador uma remuneração diária nunca inferior à do salário-mínimo por dia normal da região, zona ou
subzona.

Parágrafo único. Quando o salário-mínimo mensal do empregado a comissão ou que tenha direito a percentagem
for integrado por parte fixa e parte variável, ser-lhe-á sempre garantido o salário-mínimo, vedado qualquer
desconto em mês subsequente a título de compensação.

Art. 81 - O salário-mínimo será determinado pela fórmula Sm = a + b + c + d + e, em que "a", "b", "c", "d" e "e"
representam, respectivamente, o valor das despesas diárias com alimentação, habitação, vestuário, higiene e
transporte necessários à vida de um trabalhador adulto.

§ 1º - A parcela correspondente à alimentação terá um valor mínimo igual aos valores da lista de provisões,
constantes dos quadros devidamente aprovados e necessários à alimentação diária do trabalhador adulto.

§ 2º - Poderão ser substituídos pelos equivalentes de cada grupo, também mencionados nos quadros a que alude
o parágrafo anterior, os alimentos, quando as condições da região, zona ou subzona o aconselharem, respeitados
os valores nutritivos determinados nos mesmos quadros.

§ 3º - O Ministério do Trabalho, Industria e Comercio fará, periodicamente, a revisão dos quadros a que se refere o
§ 1º deste artigo.

Art. 82 - Quando o empregador fornecer, in natura, uma ou mais das parcelas do salário-mínimo, o salário em
dinheiro será determinado pela fórmula Sd = Sm - P, em que Sd representa o salário em dinheiro, Sm o salário
mínimo e P a soma dos valores daquelas parcelas na região, zona ou subzona.

Parágrafo único - O salário-mínimo pago em dinheiro não será inferior a 30% do salário mínimo fixado para a
região, zona ou subzona.

Art. 83 - É devido o salário-mínimo ao trabalhador em domicílio, considerado este como o executado na habitação
do empregado ou em oficina de família, por conta de empregador que o remunere.

Salário-Mínimo – CF/88
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:

IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene,
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo
vedada sua vinculação para qualquer fim;

TST/Súmula 241
O vale para refeição, fornecido por força do contrato de trabalho, tem caráter salarial, integrando a
remuneração do empregado, para todos os efeitos legais.

TST/Súmula 258
Os percentuais fixados em lei relativos ao salário "in natura" apenas se referem às hipóteses em que o
empregado percebe salário mínimo, apurando-se, nas demais, o real valor da utilidade.

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TST/Súmula 367
I - A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando
indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo,
seja ele utilizado pelo empregado também em atividades particulares;

II - O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde.

OJ 358 – SDI1
I - Havendo contratação para cumprimento de jornada reduzida, inferior à previsão constitucional de oito
horas diárias ou quarenta e quatro semanais, é lícito o pagamento do piso salarial ou do salário mínimo
proporcional ao tempo trabalhado.

II – Na Administração Pública direta, autárquica e fundacional não é válida remuneração de empregado


público inferior ao salário mínimo, ainda que cumpra jornada de trabalho reduzida. Precedentes do
Supremo Tribunal Federal.

OJ 413 – SDI1
A pactuação em norma coletiva conferindo caráter indenizatório à verba “auxílio-alimentação” ou a
adesão posterior do empregador ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) não altera a natureza
salarial da parcela, instituída anteriormente, para aqueles empregados que, habitualmente, já percebiam o
benefício.

SEÇÃO VI
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 117 - Será nulo de pleno direito, sujeitando o empregador às sanções do art. 120, qualquer contrato ou
convenção que estipule remuneração inferior ao salário mínimo estabelecido na região, zona ou subzona, em
que tiver de ser cumprido.

Art. 118 - O trabalhador a quem for pago salário inferior ao mínimo terá direito, não obstante qualquer contrato ou
convenção em contrário, a reclamar do empregador o complemento de seu salário mínimo estabelecido na região,
zona ou subzona, em que tiver de ser cumprido.

Art. 119 - Prescreve em 2 anos a ação para reaver a diferença, contados, para cada pagamento, da data em
que o mesmo tenha sido efetuado.

Art. 120 - Aquele que infringir qualquer dispositivo concernente ao salário mínimo será passível da multa de
cinquenta e dois mil cruzeiros, elevada ao dobro na reincidência.

Art. 124 - A aplicação dos preceitos deste Capítulo não poderá, em caso algum, ser causa determinante da
redução do salário.

Art. 126 - O Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, expedirá as instruções necessárias à fiscalização do
salário mínimo, podendo cometer essa fiscalização a qualquer dos órgãos componentes do respectivo Ministério,
e, bem assim, aos fiscais dos Institutos de Aposentadoria e Pensões na forma da legislação em vigor.

TST/Súmula 363
A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra
óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação
pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos
valores referentes aos depósitos do FGTS.

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CAPÍTULO IV
DAS FÉRIAS ANUAIS

SEÇÃO I
DO DIREITO A FÉRIAS E DA SUA DURAÇÃO

Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da
remuneração.

Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a
férias, na seguinte proporção:

I - 30 dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 vezes;

II - 24 dias corridos, quando houver tido de 6 a 14 faltas;

III - 18 dias corridos, quando houver tido de 15 a 23 faltas;

IV - 12 dias corridos, quando houver tido de 24 a 32 faltas.

§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço.

§ 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço.

Atenção!
Dias Corridos Número de faltas Até
30 5
24 14
18 23
12 32
Reduz de 6 em 6 dias. Reduz de 9 em 9 dias.

Art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo anterior, a ausência do empregado:

I - nos casos referidos no art. 473;

Il - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou aborto, observados os


requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela Previdência Social;

III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS,
excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133;

IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o desconto do
correspondente salário;

V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão preventiva, quando for
impronunciado ou absolvido; e

VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do art. 133.

TST/Súmula 89
Se as faltas já são justificadas pela lei, consideram-se como ausências legais e não serão descontadas para
o cálculo do período de férias.

TST/Súmula 155
As horas em que o empregado falta ao serviço para comparecimento necessário, como parte, à Justiça do
Trabalho não serão descontadas de seus salários.

Art. 132 - O tempo de trabalho anterior à apresentação do empregado para serviço militar obrigatório será
computado no período aquisitivo, desde que ele compareça ao estabelecimento dentro de 90 dias da data em
que se verificar a respectiva baixa.

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Normas Gerais de Tutela do Trabalho – Parte II - Art. 75-A ao 153

Art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo:

I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 dias subsequentes à sua saída;

II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 dias;

III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 dias, em virtude de paralisação parcial ou
total dos serviços da empresa; e

IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6
meses, embora descontínuos.

§ 1º - A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social.

§ 2º - Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o empregado, após o implemento de qualquer das
condições previstas neste artigo, retornar ao serviço.

§ 3º - Para os fins previstos no inciso lIl deste artigo a empresa comunicará ao órgão local do Ministério do
Trabalho, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim da paralisação total ou parcial
dos serviços da empresa, e, em igual prazo, comunicará, nos mesmos termos, ao sindicato representativo da
categoria profissional, bem como afixará aviso nos respectivos locais de trabalho.

SECÇÃO II
Da duração das férias

SEÇÃO II
DA CONCESSÃO E DA ÉPOCA DAS FÉRIAS

Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses
subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.

§ 1º Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo
que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco
dias corridos, cada um.

Atenção!
A Reforma Trabalhista de 2017 revogou o dispositivo que obrigava a concessão de férias de uma só vez
para os menores de 18 anos e maiores de 50 anos, sendo possível agora o fracionamento das férias
para estes.

§ 3º É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal
remunerado.

Art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo,
30 dias. Dessa participação o interessado dará recibo.

§ 1º - O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao empregador sua Carteira de
Trabalho e Previdência Social, para que nela seja anotada a respectiva concessão.

§ 2º - A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas fichas de registro dos empregados.

§ 3º Nos casos em que o empregado possua a CTPS em meio digital, a anotação será feita nos sistemas a que se
refere o § 7º do art. 29 desta Consolidação, na forma do regulamento, dispensadas as anotações de que tratam os
§§ 1º e 2º deste artigo.

Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador.

§ 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar
férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço.

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§ 2º - O empregado estudante, menor de 18 anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias
escolares.

Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134 (12 (doze) meses
subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito), o empregador pagará em dobro a
respectiva remuneração.

§ 1º - Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenha concedido as férias, o empregado poderá ajuizar
reclamação pedindo a fixação, por sentença, da época de gozo das mesmas.

§ 2º - A sentença cominará pena diária de 5% do salário mínimo da região, devida ao empregado até que seja
cumprida.

§ 3º - Cópia da decisão judicial transitada em julgado será remetida ao órgão local do Ministério do Trabalho, para
fins de aplicação da multa de caráter administrativo.

TST/ RR 684
No caso concreto, restou demonstrado que a reclamante foi chamada para trabalhar por três dias nas férias.
Todavia, a Corte de origem manteve a condenação da reclamada ao pagamento em dobro apenas dos três
dias trabalhados.

O trabalho durante as férias torna irregular a sua concessão, porquanto frustra a finalidade do instituto,
gerando, assim, o direito de o trabalhador recebê-las integralmente em dobro, e não apenas dos dias
trabalhados, nos termos do artigo 137 da CLT.

Art. 138 - Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro empregador, salvo se estiver
obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele.

TST/Súmula 7
A indenização pelo não-deferimento das férias no tempo oportuno será calculada com base na
remuneração devida ao empregado na época da reclamação ou, se for o caso, na da extinção do contrato.

TST/Súmula 27
É devida a remuneração do repouso semanal e dos dias feriados ao empregado comissionista, ainda que
pracista.

TST/Súmula 46
As faltas ou ausências decorrentes de acidente do trabalho não são consideradas para os efeitos de
duração de férias e cálculo da gratificação natalina.

TST/Súmula 81
Os dias de férias gozados após o período legal de concessão deverão ser remunerados em dobro.

TST/Súmula 89
Se as faltas já são justificadas pela lei, consideram-se como ausências legais e não serão
descontadas para o cálculo do período de férias.

TST/Súmula 171
Salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa causa, a extinção do contrato de trabalho sujeita o
empregador ao pagamento da remuneração das férias proporcionais, ainda que incompleto o período
aquisitivo de 12 meses.

TST/Súmula 201
O vendedor pracista, remunerado mediante comissão, não tem direito ao repouso semanal remunerado.

TST/Súmula 261
O empregado que se demite antes de complementar 12 meses de serviço tem direito a férias
proporcionais.

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TST/Súmula 328
O pagamento das férias, integrais ou proporcionais, gozadas ou não, na vigência da CF/1988, sujeita se ao
acréscimo do terço previsto no respectivo art. 7º, XVII.

TST/Súmula 450
É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço constitucional, com base no
art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na época própria, o empregador tenha descumprido o prazo
previsto no art. 145 do mesmo diploma legal.

OJ 195 – SDI1
Não incide a contribuição para o FGTS sobre as férias indenizadas.

Férias - Resumo
* Direito de todo empregado, anualmente, sem prejuízo da remuneração;

* A cada período de 12 meses de vigência de contrato o empregado terá direito a férias:

Atenção!
Dias Corridos Número de faltas até
30 5
24 14
18 23
12 32
Reduz de 6 em 6 dias. Reduz de 9 em 9 dias.

* É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço.

* Período contado como tempo de serviço;

* Os dias de férias gozados após o período legal de concessão deverão ser remunerados em dobro.

* Perde as férias o empregado que no curso aquisitivo:


- Deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 dias subsequentes à sua saída;

- Permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 dias;

- Deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 dias, em virtude de paralisação parcial
ou total dos serviços da empresa; e

- Tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais
de 6 meses, embora descontínuos.

* Concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 meses subsequentes do direito


adquirido a férias;

* É possível a divisão das férias, em até 3 períodos, por concordância do empregado, sendo:
- Obrigatoriamente um dos períodos não inferior a 14 dias corridos;
- Demais períodos não inferiores a 5 dias corridos, cada um.

* As férias não podem se iniciar antes de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal
remunerado.

* A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30
dias.

* A concessão das férias será a que atenda aos interesses do empregador.

* Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a
gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço.

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* O empregado estudante, menor de 18 anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias
escolares.

* Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro empregador, salvo se estiver
obrigado a fazê-lo.

SECÇÃO III
Da concessão e da época das férias

SEÇÃO III
DAS FÉRIAS COLETIVAS

Art. 139 - Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados
estabelecimentos ou setores da empresa.

§ 1º - As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a 10
dias corridos.

§ 2º - Para os fins previstos neste artigo, o empregador comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com
a antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim das férias, precisando quais os
estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida.

§ 3º - Em igual prazo, o empregador enviará cópia da aludida comunicação aos sindicatos representativos da
respectiva categoria profissional, e providenciará a afixação de aviso nos locais de trabalho.

Art. 140 - Os empregados contratados há menos de 12 meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais,
iniciando-se, então, novo período aquisitivo.

Férias Coletivas - Resumo


* Pode ser concedida a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou
setores da empresa.

* Podem ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a 10 dias
corridos.

* Comunicação das datas do início e fim das férias com antecedência mínima de 15 dias.

* Empregados contratados há menos de 12 meses gozarão férias proporcionais.

Fracionamento das Férias


Individuais Coletivas
É possível a divisão das férias, em até 3 períodos, Art. 139. § 1º - As férias poderão ser gozadas em 2
por concordância do empregado, sendo: (dois) períodos anuais desde que nenhum deles
seja inferior a 10 dias corridos.
- Obrigatoriamente um dos períodos não inferior a
14 dias corridos;

- Demais períodos não inferiores a 5 dias


corridos, cada um.

SEÇÃO IV
DA REMUNERAÇÃO E DO ABONO DE FÉRIAS

Art. 142 - O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na data da sua
concessão.

§ 1º - Quando o salário for pago por hora com jornadas variáveis, apurar-se-á a média do período aquisitivo,
aplicando-se o valor do salário na data da concessão das férias.

§ 2º - Quando o salário for pago por tarefa tomar-se-á por base a média da produção no período aquisitivo do
direito a férias, aplicando-se o valor da remuneração da tarefa na data da concessão das férias.

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§ 3º - Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, apurar-se-á a média percebida pelo
empregado nos 12 meses que precederem à concessão das férias.

§ 4º - A parte do salário paga em utilidades será computada de acordo com a anotação na Carteira de Trabalho e
Previdência Social.

§ 5º - Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou perigoso serão computados no salário que
servirá de base ao cálculo da remuneração das férias.

§ 6º - Se, no momento das férias, o empregado não estiver percebendo o mesmo adicional do período aquisitivo,
ou quando o valor deste não tiver sido uniforme será computada a média duodecimal recebida naquele período,
após a atualização das importâncias pagas, mediante incidência dos percentuais dos reajustamentos salariais
supervenientes.

Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário,
no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes.

§ 1º - O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do término do período aquisitivo.

§ 2º - Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se refere este artigo deverá ser objeto de acordo
coletivo entre o empregador e o sindicato representativo da respectiva categoria profissional, independendo de
requerimento individual a concessão do abono.

Art. 144. O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como o concedido em virtude de cláusula do
contrato de trabalho, do regulamento da empresa, de convenção ou acordo coletivo, desde que não excedente de
vinte dias do salário, não integrarão a remuneração do empregado para os efeitos da legislação do
trabalho.(Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1998)

Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art. 143 serão
efetuados até 2 dias antes do início do respectivo período.

Parágrafo único - O empregado dará quitação do pagamento, com indicação do início e do termo das férias.

TST/Súmula 07
A indenização pelo não-deferimento das férias no tempo oportuno será calculada com base na remuneração
devida ao empregado na época da reclamação ou, se for o caso, na da extinção do contrato.

Remuneração e Abono - Resumo


* O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na data da sua concessão.

* Quando o salário for pago por hora com jornadas variáveis, apurar-se-á a média do período aquisitivo,
aplicando-se o valor do salário na data da concessão das férias.

* Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, apurar-se-á a média percebida pelo
empregado nos 12 meses que precederem à concessão das férias.

* É facultado ao empregado converter 1/3 do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no
valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes.

* O abono de férias deverá ser requerido até 15 dias antes do término do período aquisitivo.

* O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art. 143 serão
efetuados até 2 dias antes do início do respectivo período.

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SEÇÃO V
DOS EFEITOS DA CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao empregado a
remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha
adquirido.

Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 meses de serviço, o empregado, desde que
não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de
acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 por mês de serviço ou fração superior a 14 dias.

Art. 147 - O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de trabalho se extinguir em prazo
predeterminado, antes de completar 12 meses de serviço, terá direito à remuneração relativa ao período
incompleto de férias, de conformidade com o disposto no artigo anterior.

Art. 148 - A remuneração das férias, ainda quando devida após a cessação do contrato de trabalho, terá natureza
salarial, para os efeitos do art. 449.

TST/Súmula 171
Salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa causa, a extinção do contrato de trabalho sujeita o
empregador ao pagamento da remuneração das férias proporcionais, ainda que incompleto o período
aquisitivo de 12 meses.

TST/Súmula 261
O empregado que se demite antes de complementar 12 meses de serviço tem direito a férias
proporcionais.

SEÇÃO VI
DO INÍCIO DA PRESCRIÇÃO

Art. 149 - A prescrição do direito de reclamar a concessão das férias ou o pagamento da respectiva remuneração
é contada do término do prazo mencionado no art. 134 (período concessivo) ou, se for o caso, da cessação do
contrato de trabalho.

CLT
Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses
subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.

SEÇÃO VII
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

Art. 150 - O tripulante que, por determinação do armador, for transferido para o serviço de outro, terá computado,
para o efeito de gozo de férias, o tempo de serviço prestado ao primeiro, ficando obrigado a concedê-las o
armador em cujo serviço ele se encontra na época de gozá-las.

§ 1º - As férias poderão ser concedidas, a pedido dos interessados e com aquiescência do armador,
parceladamente, nos portos de escala de grande estadia do navio, aos tripulantes ali residentes.

§ 2º - Será considerada grande estadia a permanência no porto por prazo excedente de 6 (seis) dias.

§ 3º - Os embarcadiços, para gozarem férias nas condições deste artigo, deverão pedi-las, por escrito, ao
armador, antes do início da viagem, no porto de registro ou armação.

§ 4º - O tripulante, ao terminar as férias, apresentar-se-á ao armador, que deverá designá-lo para qualquer de
suas embarcações ou o adir a algum dos seus serviços terrestres, respeitadas a condição pessoal e a
remuneração.

§ 5º - Em caso de necessidade, determinada pelo interesse público, e comprovada pela autoridade competente,
poderá o armador ordenar a suspensão das férias já iniciadas ou a iniciar-se, ressalvado ao tripulante o direito ao
respectivo gozo posteriormente.

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§ 6º - O Delegado do Trabalho Marítimo poderá autorizar a acumulação de 2 períodos de férias do marítimo,


mediante requerimento justificado:

I - do sindicato, quando se tratar de sindicalizado; e

II - da empresa, quando o empregado não for sindicalizado.

Art. 151 - Enquanto não se criar um tipo especial de caderneta profissional para os marítimos, as férias serão
anotadas pela Capitania do Porto na caderneta-matrícula do tripulante, na página das observações.

Art. 152 - A remuneração do tripulante, no gozo de férias, será acrescida da importância correspondente à etapa
que estiver vencendo.

SEÇÃO VIII
DAS PENALIDADES

Art. 153 - As infrações ao disposto neste Capítulo serão punidas com multas de valor igual a 160 BTN por
empregado em situação irregular.

Parágrafo único - Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de artifício ou


simulação com o objetivo de fraudar a lei, a multa será aplicada em dobro.

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