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Apostila Fenix
Apostila Fenix
O cálculo de pilares de concreto armado é, sem sombra de dúvidas, um dos temas _________________________________________
mais interessantes e instigantes de toda Engenharia de Estruturas. Trata-se de um
assunto que está sempre em voga, é cercado por muitas discussões e, naturalmente, _________________________________________
por algumas divergências e controvérsias.
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Com a entrada em vigor da NBR 6118:2003, inúmeras dúvidas a respeito do cálculo de
pilares surgiram no meio técnico profissional, visto que diversas novidades foram _________________________________________
introduzidas nessa recente norma de concreto.
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Apenas para citar um exemplo, se antes na extinta NBR 6118:1978 tínhamos apenas
um método para analisar os efeitos locais de 2ª ordem, hoje, na atual NBR 6118:2003, _________________________________________
temos quatro formulações distintas disponíveis, levando-nos a questionar:
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Qual método deve ser adotado no projeto de um edifício usual?
Como obter a rigidez de um diagrama N, M, 1/r? _________________________________________
Qual método tornará a estrutura mais segura?
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Em quais casos deve-se utilizar o método geral?
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Além disso, na prática, como qualquer outra área tecnológica, todas essas inovações
ficaram atreladas aos computadores que, ao mesmo tempo em que permitiram que
processamentos até então inviáveis fossem realizados de forma produtiva, passaram a _________________________________________
usar novos conceitos ainda não muito bem disseminados no meio técnico de forma
efetiva e corriqueira. O termo “momento-curvatura”, por exemplo, não era tão _________________________________________
comum há alguns anos atrás como é hoje em dia nos softwares atuais.
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Diante desse panorama que acaba de ser descrito, cabe então ao Engenheiro de
Estruturas a difícil tarefa de se manter sempre atualizado, já que o assunto em questão, _________________________________________
o cálculo de pilares de concreto armado, pode ser decisivo na tomada de decisões
durante a elaboração ou verificação de um projeto estrutural. _________________________________________
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2 Apresentação do curso
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O cálculo de pilares como um todo é um tema amplo, que abrange uma teoria
relativamente complexa e que envolve vários assuntos, tais como: análise não-linear, _________________________________________
estabilidade global, dimensionamento de seções de concreto armado, técnicas de
detalhamento de armaduras, etc. Existem inúmeras publicações (livros, teses, artigos)
_________________________________________
que cobrem cada um desses tópicos de forma rica e detalhada.
Diante dessa diversidade de temas, portanto, é importante deixar bem claro qual o
_________________________________________
real intuito desse curso: o seu foco principal será o cálculo de esforços em pilares, mais
especificamente no que se refere à análise das imperfeições geométricas locais e dos _________________________________________
efeitos de 2ª ordem.
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Serão abordados desde conceitos básicos até avançados. Pretende-se proporcionar
uma visão prática e objetiva dos problemas estudados, sem se aprofundar _________________________________________
demasiadamente em deduções matemáticas. Procurar-se-á transmitir os conceitos de
forma “concreta”, de tal forma que possam ser aplicados diretamente no dia-a-dia. _________________________________________
Diversos exemplos serão resolvidos manualmente, passo-a-passo. Em alguns deles, será _________________________________________
necessário fazer o uso de sistemas computacionais destinados à elaboração de
projetos de estruturas de concreto, de tal forma a aprimorar e agilizar o aprendizado.
_________________________________________
Veja, a seguir, alguns pontos que serão abordados durante o curso:
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Revisão de conceitos importantes utilizados no cálculo de pilares, tais como a
não-linearidade física, a não-linearidade geométrica, a relação momento-curvatura, _________________________________________
o coeficiente f3, entre outros.
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Classificação e metodologias usuais para obtenção dos esforços atuantes num
pilar de um edifício de concreto armado.
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Apresentação dos métodos existentes para análise das imperfeições
geométricas locais, principalmente no que se refere à aplicação do momento mínimo _________________________________________
de primeira ordem (M1d,mín).
_________________________________________
Estudo detalhado do diagrama N, M, 1/r proposto pela NBR 6118:2003, que _________________________________________
serve como base para os processos mais refinados de cálculo dos efeitos locais de 2ª
ordem. _________________________________________
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Análise à flexão composta oblíqua por meio da linearização que permite _________________________________________
desacoplamento das duas direções, bem como pela curva real oblíqua.
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De forma alguma, esse curso se propõe a colocar um ponto final no que se refere ao _________________________________________
cálculo de pilares, mesmo porque existem diversas questões ainda em aberto, sem
resposta definitiva. O que se objetiva, sim, é esclarecer as dúvidas atuais mais comuns _________________________________________
presentes no meio técnico profissional.
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3 Introdução
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3.1 Importância dos pilares
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Porque um edifício cai?
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Trata-se de uma questão extremamente complicada de se responder, pois existem
inúmeras causas que podem levar um prédio à ruína. Cada caso é um caso, e é _________________________________________
impossível generalizar a resposta.
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No entanto, todo Engenheiro de Estruturas precisa pensar sobre esse assunto, tirar suas
próprias conclusões, e principalmente, cercar-se de atitudes que evitem tal desastre.
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Afinal de contas, todo projeto deve conduzir a uma estrutura segura.
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Obviamente, qualquer peça numa estrutura tem a sua devida importância e precisa _________________________________________
ser dimensionada corretamente para atender às funções a que se destina. Existem,
porém, certos tipos de elementos que necessitam ter um cuidado redobrado, pois _________________________________________
podem ocasionar conseqüências mais graves, como o colapso total da edificação.
Dentre eles, estão os pilares. _________________________________________
Um erro grosseiro no cálculo dos pilares pode derrubar um edifício!
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A afirmação anterior é um tanto quanto “pesada”. Encare-a não como uma ameaça, _________________________________________
mas sim, como uma forma de lembrá-lo de que os pilares são vitais na segurança
estrutural de um edifício. E que, por esta razão, precisam ser calculados, _________________________________________
dimensionados e detalhados com muito rigor e atenção.
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3.2 Funções de um pilar
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Basicamente, os pilares têm as seguintes funções no comportamento estrutural de um
edifício: _________________________________________
Resistir às cargas verticais presentes na estrutura e transmiti-las aos elementos
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de fundação.
Resistir às cargas horizontais atuantes na estrutura, auxiliando de forma _________________________________________
significativa na manutenção da estabilidade global do edifício.
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Com a tendência natural de se buscar espaços maiores nas edificações com o intuito _________________________________________
de otimizar o aproveitamento da construção, tanto o número bem como as
dimensões dos pilares vêm sendo gradativamente reduzidas, aumentando ainda mais _________________________________________
a responsabilidade dos mesmos.
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Os pilares, cada vez mais, são obrigados a suportar elevadas taxas de compressão.
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Definir o que é um pilar??? O que é isso??? Todo Engenheiro de Estruturas sabe muito _________________________________________
bem o que é um pilar!
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Correto, porém é importante não subestimar essa pergunta, pois existem muitos casos
no qual um elemento é tratado e calculado como um simples pilar indevidamente. _________________________________________
Veja, a seguir, três situações bastante freqüentes no projeto de edifícios de concreto
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armado.
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Pilar-parede é um elemento de superfície. E, portanto, não pode ser tratado como um _________________________________________
pilar comum (elemento linear). Existem considerações especiais que devem ser
levadas em conta em seu dimensionamento. _________________________________________
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Apesar de possuir uma geometria semelhante, dimensionar um tirante não é a mesma _________________________________________
coisa que dimensionar um pilar.
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Pilar-inclinado não é pilar!
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Dependendo do ângulo de inclinação do elemento estrutural, ele não pode ser
tratado como um simples pilar, pois aparecerão esforços de flexão e cisalhamento _________________________________________
consideráveis, e a força normal de compressão pode deixar de ser preponderante.
Quando calculamos uma estrutura ou parte dela, seja de forma manual ou por meio _________________________________________
de um computador, estamos adotando explicitamente um protótipo cujo objetivo é
simular o comportamento da mesma na vida real. Essa é uma condição primária que _________________________________________
em hipótese alguma pode ser tratada de forma implícita.
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Por mais sofisticado que seja o modelo adotado, nem sempre, ou melhor dizendo,
jamais conseguiremos obter respostas durante o cálculo que traduzam a realidade de _________________________________________
forma 100% exata. Sempre existirão limitações decorrentes das aproximações
consideradas. _________________________________________
Essas afirmações podem nos auxiliar a dar uma resposta a uma questão normalmente
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levantada no meio técnico:
Eu sempre fiz desse jeito e nunca deu problema. Por que tenho que mudar? _________________________________________
A busca por metodologias que procuram retratar a realidade de forma mais precisa é _________________________________________
algo extremamente bem-vinda, salutar e que enriquece a profissão. Sem de forma
alguma menosprezar os processos aproximados, que têm sim sua devida relevância no _________________________________________
nosso dia-a-dia, é importante caminhar no sentido de aprimorar o cálculo e entender
melhor os fenômenos físicos, mesmo porque somente dessa forma é que saberemos o _________________________________________
“quão aproximado” são os métodos simplificados.
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Portanto, a questão colocada anteriormente, “Eu sempre fiz desse jeito, e nunca deu
problema. Por que tenho que mudar?”, pode ser encarada de uma outra forma: _________________________________________
Será que os processos que tenho utilizado estão sempre a favor da segurança? Será
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que o que estou fazendo pode apresentar problema algum dia?
Na essência, essa é uma das razões que coloca a Engenharia de Estruturas num
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patamar diferenciado, que envolve responsabilidade, discernimento e coerência.
Trabalha-se com limites opostos, a segurança e a economia, que, perante toda a _________________________________________
sociedade, devem que ser atendidos na sua plenitude.
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Aproximações no cálculo de um pilar
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Apesar de um tanto filosófico, as considerações colocadas anteriormente são
importantes, pois nos servem para chamar a atenção para a seguinte questão: quais _________________________________________
aproximações são adotadas no cálculo de um pilar? Como um pilar, na vida real, é
calculado durante o projeto estrutural? _________________________________________
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Seja uma estrutura real, como a apresentada na figura ao
lado, cujos pilares precisam ser dimensionados e
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detalhados pelo Engenheiro de Estruturas.
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A estrutura como um todo é
calculada no computador por
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meio de uma modelagem
numérica (pórtico espacial,
grelhas, elementos finitos, ...), que _________________________________________
contém diversas aproximações.
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A rigidez à flexão EI da seção transversal dos pilares é minorada para análise no Estado _________________________________________
Limite Último (ELU) a fim de considerar a não-linearidade física de forma aproximada
(0,7.EIc ou 0,8.EIc). A rigidez axial dos mesmos é majorada a fim de compensar os _________________________________________
efeitos decorrentes da construção. De onde vêm esses coeficientes?
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Nessa etapa, um lance de pilar está “imerso” no meio da estrutura. Suas vinculações
no topo e na base são relativamente bem simuladas por meio das ligações com os
elementos de vigas e lajes. _________________________________________
Durante esse cálculo global, os efeitos globais de 2ª ordem são então avaliados (0,95.z _________________________________________
ou P-), bem como as imperfeições geométricas globais (desaprumo do edifício como
um todo). _________________________________________
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Uma vez efetuado o cálculo
global, cada lance de pilar é _________________________________________
extraído desse modelo e passa
a ser analisado de forma _________________________________________
isolada.
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Nesse modelo local, as vinculações no topo e na base passam a ser tratadas de forma _________________________________________
bastante simplificada (apoios simples), de tal forma a manter o equilíbrio de esforços
com o modelo global. _________________________________________
A não-linearidade física, por sua vez, é considerada de forma mais refinada que no
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modelo global (1/r aproximada, rigidez aproximada, rigidez acoplada a diagrama N,
M, 1/r).
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Os efeitos locais de 2ª ordem são então avaliados por processo aproximado (pilar-
padrão ou pilar-padrão melhorado) ou processos iterativos mais refinados (“P-”) _________________________________________
Nessa etapa, são também calculados os esforços devido às imperfeições geométricas _________________________________________
locais (falta de retilineidade ou desaprumo no lance) e a fluência (deformação lenta).
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Concluindo _________________________________________
É importante notar que há uma série de simplificações consideradas durante todo o _________________________________________
processo de cálculo dos pilares de uma estrutura, sem contar as aproximações
posteriores inerentes às etapas de dimensionamento e detalhamento. _________________________________________
As seguintes questões ficam em aberto:
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Por que não tratar todo problema por meio de um modelo único, sem a
separação global do local? _________________________________________
Por que não considerar a rigidez dos elementos de forma uniforme? _________________________________________
As imperfeições geométricas que podem ou não aparecer durante a
construção da estrutura não poderiam ser consideradas de outra forma? _________________________________________
E a fluência? Será que as formulações atuais são condizentes com a realidade?
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Essas questões deixam evidente o quanto temos ainda que evoluir, ao mesmo tempo
em que servem para nos lembrar: o cálculo atual de pilares é repleto de _________________________________________
simplificações! E, portanto, todo cuidado na hora de dimensioná-los é necessário.
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4 Revisão
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A seguir, será realizada uma revisão sucinta de alguns conceitos fundamentais que são
aplicados no cálculo de um pilar. _________________________________________
De forma bastante simplificada, pode-se dizer que uma análise não-linear é um _________________________________________
cálculo na qual a resposta da estrutura, seja em deslocamentos, esforços ou tensões,
possui um comportamento não-linear, isto é, desproporcional à medida que um _________________________________________
carregamento é aplicado.
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Exemplo
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Seja uma estrutura qualquer submetida a um carregamento “P”, cujo deslocamento
resultante num determinado ponto é igual a “d”. _________________________________________
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Agora, imagine se adicionássemos nesta estrutura mais uma mesma carga “P”, de tal _________________________________________
maneira que o carregamento total ficasse igual a “2.P”. Qual será o deslocamento
resultante? _________________________________________
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Se for efetuada uma análise puramente linear, certamente o deslocamento resultante
será proporcional ao acréscimo de carga, isto é, igual “2.d”. A resposta da estrutura _________________________________________
em termos de deslocamentos terá um comportamento linear à medida que o
carregamento é aplicado. _________________________________________
Por sua vez, se for efetuada uma análise não-linear, o deslocamento resultante não _________________________________________
será proporcional ao acréscimo de carga, isto é, será um valor diferente de “2.d”. E
mais, provavelmente maior que “2.d”. A resposta da estrutura em termos de _________________________________________
deslocamentos terá um comportamento não-linear à medida que o carregamento é
aplicado. _________________________________________
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Basicamente, existem dois fatores principais que geram o comportamento não-linear _________________________________________
de uma estrutura:
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Alteração das propriedades dos
materiais que compõem a estrutura, _________________________________________
designada “não-linearidade física” (NLF).
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Alteração da
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geometria da estrutura,
designada “não-
linearidade geométrica”
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(NLG).
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É o que fazemos, por exemplo, no cálculo do pórtico espacial no Estado Limite Último _________________________________________
(ELU) quando adotamos 0,8.EIc nos pilares e 0,4.EIc nas vigas.
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Outro exemplo: redução de rigidez nas bordas de laje de tal forma a simular uma
possível fissuração do concreto nessas regiões. Em elementos predominantes fletidos _________________________________________
como vigas e lajes, a fissuração é preponderante no comportamento não-linear da
estrutura.
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Não-linearidade física de forma refinada
_________________________________________
Uma maneira mais refinada de tratar a não-linearidade física em uma estrutura é por
meio do uso de relações momento-curvatura. _________________________________________
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Curvatura é a variação do ângulo de
rotação ao longo de um trecho (d/ds) e, _________________________________________
portanto não é expresso em graus ou
radianos. _________________________________________
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A maneira mais comum e também correta
de definir curvatura é sendo o inverso do _________________________________________
raio de curvatura (1/r).
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Em uma seção de concreto armado, a curvatura pode ser expressa de forma _________________________________________
aproximada da seguinte forma:
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Ou seja, com as deformações no concreto e no aço, c e s, e a altura útil d, é possível
calcular a curvatura em uma seção de concreto armado. _________________________________________
Também de forma aproximada, é possível relacionar a curvatura de uma seção com _________________________________________
o momento fletor atuante na mesma através da seguinte fórmula:
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Veja, a seguir, o exemplo de um diagrama M x 1/r usualmente utilizado no cálculo de
flechas em pavimentos de concreto armado (ELS).
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Perceba que a curva momento-curvatura não é linear (uma única reta) e, portanto a _________________________________________
rigidez EI é variável. O diagrama procura “traduzir” de forma fiel o comportamento
esperado de um elemento de concreto armado, levando em consideração a _________________________________________
presença de fissuras (Mr) e os diagramas não-lineares nos materiais (fc x c e fy x y).
_________________________________________
Relação normal-momento-curvatura (N, M, 1/r)
_________________________________________
Com a presença concomitante de uma força normal na seção, a relação momento-
curvatura continua válida, porém, é claro, dependente diretamente do valor da força
normal. Nesse caso, a relação passa ser denominada N, M, 1/r. _________________________________________
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Diagrama N, M, 1/r
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O conceito é exatamente o mesmo: dada uma força normal atuante, a curvatura na _________________________________________
seção se altera de acordo com o momento fletor solicitante. Esta variação é
determinada por uma rigidez EI. _________________________________________
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Veja, a seguir, o exemplo de um diagrama “N, M, 1/r” para uma seção retangular (30
cm X 60 cm) e com uma determinada configuração de armadura adotada. _________________________________________
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Para uma dada força
normal (N = 150 tf), note que _________________________________________
a variação da curvatura
(1/rx) à medida que o _________________________________________
momento fletor (Mx)
aumenta não é linear.
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Na construção desse
diagrama não é levada em _________________________________________
conta à resistência à tração
do concreto (ELU). _________________________________________
_________________________________________
Hoje, por meio de algoritmos numéricos confiáveis e eficientes, um diagrama N, M, 1/r _________________________________________
pode ser calculado para uma seção de concreto armado genérica em centésimos
de segundos. _________________________________________
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Exercício _________________________________________
Com o intuito de fixar os principais conceitos relativos ao diagrama N, M, 1/r, vamos _________________________________________
iniciar uma rápida simulação em uma seção de concreto armado.
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Nesse caso, como exposto anteriormente, torna-se necessário o uso do computador
para efetuar os cálculos.
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Dados iniciais:
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Seção 30 cm x 60 cm, conforme figura abaixo
_________________________________________
Armadura composta de 16 20 mm
Concreto C30, c = 1,4 _________________________________________
Aço CA50, s = 1,15
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Considerando a resistência do concreto no ELU igual a 0,85.f cd, e aplicando uma força
normal de compressão com valor de cálculo igual a NSd = 100 tf, obtém-se o seguinte _________________________________________
diagrama N, M, 1/r em torno da direção menos rígida da seção (direção x).
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Comentários:
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A curva é idêntica nos dois sentidos, positivo e negativo, pois a seção é
inteiramente simétrica na direção x. _________________________________________
O momento resistente último de cálculo (MRd) é igual a 30,4 tf.m.
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A curvatura na ocasião da atuação do MRd é igual a 2,72x10-2 m-1.
A rigidez EIsec definida por uma reta secante para M = MRd é igual a 1117,5 tf.m2. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Para a mesma força normal de compressão NSd = 100 tf, obtém-se o seguinte _________________________________________
diagrama N, M, 1/r em torno da direção mais rígida da seção (direção y).
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Comentários: _________________________________________
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Retornando a análise em torno da direção menos rígida (direção x). Vamos alterar a _________________________________________
força normal de compressão para NSd = 200 tf. Obtém-se então o seguinte diagrama
N, M, 1/r. _________________________________________
_________________________________________
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Comentários:
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O momento resistente último de cálculo (MRd) é igual a 28,7 tf.m (para NSd = 100
tf, MRd = 30,4 tf.m). _________________________________________
A rigidez EIsec definida pela reta secante é igual a 1435,6 tf.m2 (para NSd = 100 tf,
EIsec = 1117,5 tf.m2). _________________________________________
_________________________________________
Aumentando a força normal de compressão para NSd = 300 tf, obtém-se então o _________________________________________
seguinte diagrama N, M, 1/r.
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_________________________________________
_________________________________________
Comentários: _________________________________________
O momento resistente último de cálculo (MRd) é igual a 22,6 tf.m (para NSd = 100 _________________________________________
tf, MRd = 30,4 tf.m e para NSd = 200 tf, MRd = 28,7 tf.m).
A rigidez EIsec definida pela reta secante é igual a 1440,1 tf.m2 (para NSd = 100 tf, _________________________________________
EIsec = 1117,5 tf.m2 e para NSd = 200 tf, EIsec = 1435,6 tf.m2).
_________________________________________
Tanto em termos de resistência como em termos de rigidez, a variação à
medida que a força normal aumenta não é linear.
_________________________________________
Mantendo a força normal de compressão para NSd = 300 tf, e agora alterando a _________________________________________
armadura para 16 12,5 mm, obtém-se então o seguinte diagrama N, M, 1/r.
_________________________________________
_________________________________________
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Comentários: _________________________________________
O momento resistente último de cálculo (MRd) é igual a 11,4 tf.m (para 16 20 _________________________________________
mm, MRd = 22,6 tf.m).
A rigidez EIsec definida pela reta secante é igual a 911,1 tf.m2 (para 16 20 mm, _________________________________________
EIsec = 1440,1 tf.m2).
_________________________________________
_________________________________________
Mantendo as mesmas informações, também é possível obter uma rigidez secante para
um determinado nível de solicitação inferior ao M Rd. Por exemplo, Md = 7,4 tf.m.
_________________________________________
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Comentários: _________________________________________
O diagrama não apresenta simetria nos dois sentidos.
_________________________________________
Para um momento fletor Md = 0,0 tf.m, há o aparecimento de uma curvatura
diferente de zero, ocasionado exclusivamente pela presença da força normal de _________________________________________
compressão para NSd = 300 tf.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Assim como a não-linearidade física, a não-linearidade geométrica pode ser resolvida _________________________________________
de forma aproximada. Nesse caso, a forma final da posição de equilíbrio é pré-
determinada, permitindo a solução matemática do problema. _________________________________________
É o que fazemos, por exemplo, ao utilizar a fórmula do coeficiente z, cuja formulação _________________________________________
é resultante de uma estimativa da variação da forma da estrutura à medida que as
cargas são aplicadas à mesma.
_________________________________________
Outro exemplo: o método do pilar-padrão aplicado no cálculo dos efeitos locais de 2ª
ordem em pilares. Nesse caso, admite-se que a forma final da posição de equilíbrio do
_________________________________________
elemento em questão é uma curva senoidal.
_________________________________________
Não-linearidade geométrica de forma refinada
_________________________________________
Existem diversos processos numéricos, comumente denominados P-, que tratam a
não-linearidade geométrica de forma refinada. Basicamente, são cálculos iterativos _________________________________________
em que se busca a posição final de equilíbrio da estrutura ou parte dela.
_________________________________________
Por ser um processo iterativo, é necessária a definição de tolerâncias para obtenção
da convergência do método. Existem formulações baseadas na introdução de _________________________________________
“deltas” de esforços entre cada iteração, bem como outras, mais sofisticadas, que
corrigem a matriz de rigidez dos elementos de tal forma a simular a variação da
_________________________________________
geometria da estrutura à medida que o carregamento é aplicado sobre a mesma.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
O primeiro fator f1 procura prever a variabilidade do valor da ação, ou seja, considera _________________________________________
que a carga efetivamente aplicada à estrutura real não é 100% exata, podendo ser
maior ou menor que o valor especificado em projeto. _________________________________________
O segundo f2 procura prever a simultaneidade das ações, isto é, a probabilidade de _________________________________________
ocorrência simultânea de ações distintas. São os famosos coeficientes .
Já o terceiro fator f3 leva em conta as aproximações feitas em projeto. Vale lembrar
_________________________________________
que todo projeto estrutural, por mais que seja elaborado de forma refinada, é apenas
uma simulação simplificada de um edifício real. _________________________________________
“Pode ser considerada também a formulação de segurança em que se calculam os efeitos de 2ª _________________________________________
ordem das cargas majoradas de f/f3, que posteriormente são majorados de f3, com f3 = 1,1,
...” _________________________________________
_________________________________________
Pelo menos à primeira vista, essa afirmação presente na norma é um pouco confusa. _________________________________________
O que se objetiva com essa consideração é suprir da análise dos esforços de 2ª ordem,
que possui uma resposta não-linear, o fator do coeficiente de segurança que trata das _________________________________________
aproximações de projeto (f3), de tal forma que os efeitos de segunda ordem
calculados com valores de cálculo fiquem ligeiramente menores, não podendo _________________________________________
esquecer, obviamente, de complementá-los com f3 para obtenção do resultado final.
_________________________________________
Exemplo
A consideração do coeficiente f3 = 1,1 tem influência direta na análise de uma _________________________________________
estrutura com comportamento não-linear. Veja, a seguir, um exemplo bastante simples
que procura mostrar a influência do coeficiente f3 em um cálculo. _________________________________________
Seja uma estrutura hipotética que possui um comportamento tipicamente não-linear, _________________________________________
conforme mostra a figura a seguir.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
A resposta da estrutura (S) em função da
ação (F) está representada pela curva em _________________________________________
azul.
_________________________________________
_________________________________________
Imagine que o valor da ação característica a ser aplicada sobre a estrutura é F k = 10, _________________________________________
resultando numa resposta S k = 45.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Utilizando f = 1,4 de tal forma a considerar o
valor de cálculo, teremos: _________________________________________
Fd = 10 x 1,4 = 14 Sd = 85 _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Utilizando a formulação de segurança com
f3 = 1,1, teremos: _________________________________________
_________________________________________
Como se pôde observar, a análise com a formulação de segurança com f3 = 1,1 _________________________________________
resulta em valores finais menores quando comparados com a aplicação direta de f =
1,4 em estruturas com comportamento não-linear. _________________________________________
_________________________________________
Exercício _________________________________________
Nesse exercício, vamos analisar uma estrutura muito simples considerando a não- _________________________________________
linearidade geométrica, ora com f3 = 1,0 e ora com f3 = 1,1.
_________________________________________
Seja uma barra vertical engastada na
_________________________________________
base com comprimento igual a 5 m,
com seção transversal 30 cm x 30 cm,
módulo de elasticidade igual a 28.000 _________________________________________
MPa, submetida a uma força horizontal
constante (Fh = 10 tf) e a uma força _________________________________________
vertical variável (Fv = 0 tf a 100 tf) em seu
topo, conforme mostra a figura ao lado. _________________________________________
_________________________________________
Por meio do cálculo linear tradicional em primeira ordem, isto é, na configuração
geométrica inicial indeformada, obtém-se as seguintes reações e esforços (força
_________________________________________
normal, força cortante e momento fletor).
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Note que o momento fletor final na base da barra (50,0 tf.m) não varia à medida que _________________________________________
a força vertical é incrementada.
_________________________________________
Agora, vamos fazer a análise considerando a não-linearidade geométrica por meio de
um processo P-, efetuado no computador, considerando f3 = 1,0. Veja, a seguir, a _________________________________________
variação do momento fletor na base à medida que a carga vertical é alterada.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Note que o esforço varia de 50,0 tf.m até 97,0 tf.m. _________________________________________
Finalmente, vamos fazer a análise com NLG e considerando f3 = 1,1. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Também houve uma variação de momentos fletores, de 50,0 tf.m até 88,7 tf.m, porém _________________________________________
os valores dos esforços finais ficaram menores devido à consideração de f3 = 1,1.
_________________________________________
Em ambos os casos com NLG, o aumento de esforços à medida que a carga vertical é
incrementada é decorrente do surgimento de efeitos de 2ª ordem, que tornam o _________________________________________
comportamento da estrutura nitidamente não-linear, conforme mostra o gráfico a
seguir.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
5 Diagrama N, M, 1/r no cálculo de pilares
_________________________________________
5.1 NBR 6118:2003
_________________________________________
Vamos estudar com maiores detalhes o diagrama N, M, 1/r proposto na NBR 6118:2003,
que serve como base para aplicação de processos mais refinados no cálculo de _________________________________________
pilares (pilar-padrão acoplado a diagramas e método geral).
_________________________________________
No item 15.3 da NBR 6118:2003, tem-se:
_________________________________________
“A não-linearidade física, presente nas estruturas de concreto armado, deve ser
obrigatoriamente considerada.”
_________________________________________
No item 15.3.1 da NBR 6118:2003, tem-se:
_________________________________________
“O principal efeito da não-linearidade pode, em geral, ser considerado através da construção
da relação momento-curvatura para cada seção, com armadura suposta conhecida, e para o _________________________________________
valor da força normal atuante.”
_________________________________________
“Pode ser considerada também a formulação de segurança em que se calculam os efeitos de 2ª
ordem das cargas majoradas de f/f3, que posteriormente são majorados de f3, com f3 = 1,1, _________________________________________
...”
_________________________________________
Espera-se que, com as informações transmitidas anteriormente, essas afirmações
estejam bem claras. Já vimos que a não-linearidade física pode ser analisada com o _________________________________________
uso do diagrama N, M, 1/r, bem como a influência da força normal e da armadura na
montagem do mesmo. Estudamos também a influência do f3 no comportamento de _________________________________________
uma estrutura.
_________________________________________
Tensão de pico igual a 1,1.fcd
_________________________________________
Faltam mais alguns poucos detalhes para compreendermos plenamente o diagrama
da norma. No item 15.3 da NBR 6118:2003, tem-se:
_________________________________________
“A deformabilidade dos elementos deve ser calculada com base nos diagramas tensão- _________________________________________
deformação dos materiais. A tensão de pico do concreto deve ser igual a 1,1.fcd, ...”
_________________________________________
A tensão de pico do concreto foi elevada em 30% em relação ao 0,85.f cd (0,85 * 1,3 ≈
1,1) de tal forma a uniformizar a condição das seções ao longo de todo lance de um _________________________________________
pilar no Estado Limite Último (ELU). Imaginar que, no momento da perda de
estabilidade, será atingido o esgotamento da capacidade de todas as seções
_________________________________________
simultaneamente seria um tanto exagerado.
Portanto, exclusivamente para avaliar a deformabilidade de um lance pilar, que terá _________________________________________
influência direta no cálculo dos efeitos de 2ª ordem, deve-se utilizar 1,1.fcd.
_________________________________________
OBS.: o coeficiente que multiplica o fcd (0,85 ou 1,1) é conhecido como c.
_________________________________________
Objetivo do diagrama
_________________________________________
O diagrama N, M, 1/r proposto pela NBR 6118:2003 é mostrado a seguir:
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Em primeiro lugar, é importante deixar bem claro o seguinte: o objetivo principal é
extrairmos desse diagrama uma rigidez que permita fazer a análise dos efeitos de 2ª _________________________________________
ordem em um pilar de tal forma que a não-linearidade física seja bem retratada.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Curva com 1,1.fcd
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Na realidade, a curva montada com uma tensão de pico igual a 1,1.f cd atinge um _________________________________________
patamar acima do MRd calculado com 0,85.fcd, conforme mostra a figura a seguir.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Porém, de ponto de vista prático, tudo que está acima de M Rd não tem validade real,
pois está além da resistência admitida pela seção no ELU.
_________________________________________
Dessa forma, principalmente com o intuito de otimizar o tempo de processamento, em
geral, os sistemas computacionais apenas utilizam a curva com 1,1.fcd até o ponto B _________________________________________
que define a rigidez que se deseja calcular.
_________________________________________
Linearização – Reta AB
_________________________________________
Na curva com 1,1.fcd, a rigidez EI varia de acordo com a magnitude do momento
fletor (é uma curva). Ou seja, num lance de pilar, onde há a variação dos esforços _________________________________________
entre o seu topo e a sua base, ficam então definidos diferentes níveis de rigidezes.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Correto. Porém, não seria interessante ter uma maneira de obter uma rigidez única _________________________________________
que pudesse se aplicada ao longo de todo lance, a favor da segurança obviamente?
_________________________________________
Outra questão: na extração da rigidez EI na curva não deveria ser levado em conta o
esforço concomitante na outra direção y? _________________________________________
A linearização por meio da reta AB responde exatamente essas questões, pois ela _________________________________________
define uma rigidez constante EIsec que pode ser utilizada ao longo de todo lance,
tanto na análise à flexão composta normal como na oblíqua (a rigidez pela curva não
_________________________________________
pode ser utilizada na flexão composta oblíqua).
Veja, a seguir, um gráfico com várias curvas N, M, 1/r montadas para diversos níveis de _________________________________________
solicitação na direção y. Note que a reta AB sempre fornece uma rigidez EIsec a favor
da segurança (menor), independente da magnitude do esforço na outra direção. Ou _________________________________________
seja, as direções são desacopladas.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Alternativamente (não é obrigatório), pode-se fazer o uso do coeficiente f3 = 1,1 na _________________________________________
obtenção da rigidez EIsec. Nesse caso, a curva com 1,1.fcd é montada com uma força
normal igual a NRd/f3, e o esforço para definição da reta deve ser igual MRd/f3. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
A rigidez EI é calculada no ponto B (MRd/1,1), pois com a aplicação de NRd/1,1 jamais _________________________________________
se atingirá o MRd na sua totalidade.
_________________________________________
Vale lembrar que a adoção de f3 = 1,0, que também é válida, leva a uma rigidez
menor (a favor da segurança) que a obtida com f3 = 1,1. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Seção não-padrão _________________________________________
A obtenção da rigidez EIsec por meio da linearização do diagrama N, M, 1/r já foi
amplamente testada e validada para seção retangular com armadura simétrica. Nos
_________________________________________
demais casos, deve-se ter precaução.
_________________________________________
Veja, a seguir, como fica o diagrama N, M, 1/r para uma seção com formato em “L”,
segundo seu eixo principal de menor inércia. Note que há diferentes rigidezes secantes _________________________________________
EIsec para cada sentido da solicitação.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Nesse caso, qual rigidez deve ser adotada na análise da deformabilidade do pilar, _________________________________________
9042,7 tf.m2 ou 10052,2 tf.m2?
_________________________________________
Pesquisas atuais estão sendo realizadas para solucionar essa questão. A princípio,
enquanto não se tem uma resposta definitiva, sugere-se tomar o valor a favor da
_________________________________________
segurança (9042,7 tf.m2).
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
6 Esforços em um pilar
_________________________________________
Uma condição essencial para que os pilares sejam dimensionados de forma correta é
a obtenção de esforços precisos e realistas durante a análise estrutural. _________________________________________
Basicamente, os esforços solicitantes mais importantes que atuam ao longo de cada
_________________________________________
um dos lances de um pilar, decorrentes da aplicação das ações verticais e horizontais
num edifício, são:
_________________________________________
Força normal, predominantemente de compressão.
_________________________________________
Momentos fletores, em cada direção.
_________________________________________
Há também a atuação do momento torsor e das forças cortantes. No entanto, nos
casos usuais de edifícios, os mesmos podem ser desprezados, pois não são solicitações
preponderantes e significativas.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Devido à atuação simultânea de uma força normal (N) e dois momentos fletores (M x e
My), é caracterizado então uma flexão composta oblíqua. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Em certos casos, porém, nos quais o momento fletor numa das direções é desprezível, _________________________________________
pode-se adotar uma flexão composta normal.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
É bom lembrar que a consideração da flexão composta normal é uma aproximação,
válida apenas para simplificar o cálculo manual em certos casos específicos. Na vida _________________________________________
real, os pilares quase sempre estarão submetidos a momentos fletores nas duas
direções. _________________________________________
Nos sistemas computacionais atuais, usualmente todos os pilares são dimensionados
_________________________________________
sob atuação de uma flexão composta oblíqua (N, M x e My). Não há a simplificação
em flexão composta normal.
_________________________________________
6.1 Representação de esforços em planta
_________________________________________
Existem inúmeras formas de representar graficamente os esforços solicitantes em um
_________________________________________
lance de pilar. Uma maneira bastante interessante e eficiente é a representação em
planta.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Cada par de esforços (Mx e My) fica representado por um único ponto. Dessa forma, os _________________________________________
momentos solicitantes no topo e na base ficam representados por dois pontos (Topo e
Base), como apresentados na figura anterior. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Como nesse caso os momentos fletores variam linearmente entre o topo e a base, os _________________________________________
esforços ao longo do lance ficam representados por uma reta.
_________________________________________
A curva resistente é definida de acordo com os materiais, a geometria da seção, a
configuração de armaduras e a força normal solicitante. Por meio do desenho dessa _________________________________________
curva, é possível quantificar graficamente o nível de solicitação atuante em relação à
resistência do pilar. Um ponto sobre ou fora da curva significa que o ELU foi atingido.
_________________________________________
Veja, a seguir, um outro exemplo, agora com o momento My atuando no mesmo
sentido. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Estas parcelas de esforços se referem basicamente aos momentos fletores (M x e My) no
pilar. Para as demais solicitações (força normal, forças cortantes e momento torsor), _________________________________________
não é necessário subdividi-las com detalhes dessa maneira. E, portanto, é muito
comum definir a seguinte expressão: _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Além disso, também é usual expressar estas parcelas em valores de excentricidades.
Nesse caso, basta dividir os respectivos momentos fletores pela força normal:
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
É muito importante saber como se calcula cada uma dessas parcelas.
_________________________________________
Muito embora esses esforços atuem de forma conjunta na vida real, é comum utilizar
modelos distintos e separados para calcular cada uma dessas parcelas durante a _________________________________________
elaboração de um projeto estrutural.
_________________________________________
Usualmente, os esforços iniciais, os esforços globais de 2ª ordem e os esforços
provenientes das imperfeições geométricas globais, são calculados por meio de
modelos que contemplam toda a estrutura (modelo global), enquanto que os esforços _________________________________________
locais de 2ª ordem, os esforços provenientes de imperfeições geométricas locais e os
esforços devido à fluência, são analisados por meio de modelos que tratam o lance _________________________________________
de pilar de forma isolada (modelo local).
_________________________________________
Veja, a seguir, uma breve descrição de cada uma das parcelas de esforços atuantes _________________________________________
num pilar de concreto armado. Posteriormente, apenas daremos ênfase ao cálculo de
esforços devido às imperfeições geométricas locais e a análise dos esforços locais de _________________________________________
2ª ordem.
_________________________________________
6.2.1 Esforços iniciais
_________________________________________
São chamados esforços iniciais as solicitações calculadas durante a análise estrutural
do edifício, resultantes da aplicação das cargas verticais e horizontais, e necessárias
para manter o equilíbrio da estrutura na posição indeformada (análise em primeira _________________________________________
ordem).
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Estes esforços devem reproduzir a resposta da estrutura perante as ações da maneira _________________________________________
mais realista possível. E, portanto, necessitam ser calculados por meio de um modelo
estrutural adequado. _________________________________________
_________________________________________
É obrigatório sempre utilizar um modelo numérico que forneça resultados precisos e _________________________________________
confiáveis. Caso contrário, é melhor nem começar a calcular os pilares. Se os esforços
iniciais estiverem incorretos, todo o cálculo dos demais esforços (imperfeição _________________________________________
geométrica, 2ª ordem, fluência) ficará comprometido.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
6.2.2 Esforços devido às imperfeições geométricas
_________________________________________
Todo edifício, quando executado num canteiro de obra, está sujeito ao aparecimento
de desvios geométricos, isto é, distorções na forma e no posicionamento dos _________________________________________
elementos estruturais originados durante a sua implantação.
_________________________________________
Estas “falhas” de construção, chamadas de imperfeições geométricas, são
praticamente inevitáveis e aleatórias. Podem ser grandes ou pequenas.
_________________________________________
Toda estrutura é geometricamente imperfeita!
_________________________________________
_________________________________________
Muito embora não tenha o controle direto dessa situação de obra, o Engenheiro de _________________________________________
Estruturas deve obrigatoriamente levar em conta as imperfeições geométricas durante
a elaboração do projeto, pois as mesmas, na maioria dos casos, não estão cobertas _________________________________________
pelos coeficientes de segurança.
_________________________________________
Os pilares são elementos altamente sensíveis às imperfeições geométricas!
_________________________________________
Muito embora as imperfeições geométricas gerem repercussão em toda a estrutura,
nos pilares a influência é muito mais significativa. E, por isso, os mesmos precisam ser
adequadamente dimensionados de modo a resistir, dentro de certa tolerância, às _________________________________________
solicitações extras devido ao aparecimento destes desvios.
_________________________________________
É obrigatório considerar as imperfeições geométricas no cálculo de pilares de edifícios
de concreto armado. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
De maneira geral, pode-se dizer que o desaprumo global somente é mais _________________________________________
desfavorável que o vento em edificações baixas submetidas a cargas verticais
elevadas (ex: construções industriais). _________________________________________
Em edifícios mais altos, normalmente o vento é preponderante, muito embora existam _________________________________________
casos particulares na qual esta afirmação não se confirme (ex: edifício com uma face
delgada na qual a pressão de vento é muito baixa). _________________________________________
Os efeitos das imperfeições geométricas globais são calculados por meio de modelos _________________________________________
que contemplam toda a estrutura, como por exemplo, um pórtico espacial. Há
diversas maneiras de simular a presença do desaprumo global. Uma delas é aplicar
_________________________________________
momentos nos nós a partir do deslocamento da força vertical gerado pela rotação a.
Uma outra possibilidade é inclinar toda a geometria da estrutura por a. Essas duas
opções são similares.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
O efeito dessa imperfeição geométrica gerada pela rotação 1 não é simples de ser _________________________________________
calculado, uma vez que é difícil definir a sua direção e o seu sentido crítico de
atuação. Usualmente, nos sistemas computacionais, o que se faz é considerar as _________________________________________
imperfeições nas duas direções principais, por meio da definição de excentricidades
adicionais. _________________________________________
A NBR 6118:2003, em seu item 11.3.3.4.3, permite que o efeito das imperfeições
_________________________________________
geométricas locais em um lance de pilar seja substituído, em estruturas reticuladas,
pela consideração do momento mínimo de 1ª ordem (M1d,mín), cujo valor é obtido pela
seguinte fórmula: _________________________________________
_________________________________________
sendo: NSd a força normal solicitante com o seu valor de cálculo e h a altura da seção
na direção analisada, em metros.
_________________________________________
Aplicação do momento mínimo de primeira ordem
_________________________________________
A formulação do momento mínimo de 1ª ordem tem origem na norma americana,
enquanto que a definição das imperfeições por meio do ângulo 1 vem do código _________________________________________
europeu.
_________________________________________
No Brasil, após a entrada em vigor da NBR 6118:2003 que possibilita o uso de ambas as
formulações, é mais comum o uso do M1d,mín, muito embora a aplicação do 1 _________________________________________
também seja válida.
_________________________________________
Embora a fórmula do momento mínimo de 1ª ordem seja extremamente simples,
muitas dúvidas com relação à sua aplicação surgiram no meio técnico. Na
_________________________________________
publicação que contém comentários da NB-1, publicada pelo Ibracon, há uma
explanação de como aplicar o M1d,mín que parece ser bastante defensável e
coerente. _________________________________________
OBS.: na extinta NBR 6118:1980, as imperfeições geométricas locais eram consideradas _________________________________________
por meio de uma excentricidade adicional, cujo valor era o maior entre 2cm ou h/30.
Efeitos de 2ª ordem são efeitos adicionais à estrutura gerados quando o equilíbrio da _________________________________________
mesma é tomado na sua posição deformada. Esses efeitos são reais, e podem ser
grandes ou pequenos. _________________________________________
A NBR 6118:2003, item 15.2, permite desprezar os efeitos de segunda ordem somente
_________________________________________
após a constatação de que a magnitude dos mesmos não represente um acréscimo
de 10% nas reações e nas solicitações relevantes da estrutura.
_________________________________________
A NBR 6118:2003, item 15.4.1, classifica os efeitos de segunda ordem presentes numa
estrutura de concreto em três tipos: _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Muito embora ocorram de forma simultânea no edifício, os efeitos globais, locais e _________________________________________
localizados de segunda ordem comumente são calculados de forma separada,
conforme sintetiza a figura a seguir: _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Os esforços globais de 2ª ordem estão relacionados ao edifício como um todo, isto é, _________________________________________
ao conjunto completo formado pelos pilares, pelas vigas e lajes da estrutura. Ex: um
edifício submetido à ação do vento desloca-se horizontalmente. Com isso, geram-se _________________________________________
esforços adicionais nesses elementos devido à presença simultânea de cargas
verticais (peso próprio + sobrecarga), chamados de efeitos globais de 2ª ordem.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Os esforços globais de segunda ordem podem ser calculados de duas formas: _________________________________________
Análise aproximada pelo coeficiente z, válida para estruturas com mais de três _________________________________________
andares com coeficiente z ≤ 1,3.
Análise não-linear P-. _________________________________________
A NBR 6118:2003, seção 15 “Instabilidade e efeitos de 2ª ordem”, item 15.7.3, permite _________________________________________
definir uma rigidez aproximada em vigas, pilares e lajes na análise dos esforços globais
de 2ª ordem em estruturas reticuladas com no mínimo quatro andares. Exemplo: em _________________________________________
edifícios modelados por pórtico espacial que atendam essa última condição, pode-se
adotar, de forma aproximada, EIsec = 0,4.Eci.Ic nas vigas e EIsec = 0,8.Eci.Ic nos pilares. _________________________________________
E, para estruturas com menos de quatro andares? O que fazer? Posso adotar os _________________________________________
mesmos valores? Por que essas reduções são recomendadas somente para estruturas
com no mínimo quatro andares? _________________________________________
Essa restrição foi definida na norma devido à falta de estudos específicos para este _________________________________________
tipo de estrutura, onde, dependendo do nível de solicitação, no Estado Limite Último
(ELU), as rigidezes nas vigas, e principalmente nos pilares, podem atingir valores bem
_________________________________________
inferiores aos especificados de forma aproximada. Nesse caso, com a adoção das
reduções de rigidez definidas anteriormente, os efeitos de 2ª ordem seriam
subestimados. E, portanto, a análise estaria contra a segurança. _________________________________________
Atualmente, existem pesquisas direcionadas para análise deste assunto. Em breve, _________________________________________
teremos uma possível resposta para esta questão.
_________________________________________
Neste momento, a única afirmação que se pode fazer é que a não-linearidade física
em estruturas com menos de quatro andares deve obrigatoriamente ser sempre _________________________________________
considerada. E que, na impossibilidade de definição de valores de redução de rigidez
mais precisos (obtidos por meio de diagramas momento-curvatura), os mesmos devem _________________________________________
ser estimados com precaução, priorizando sempre um cálculo a favor da segurança.
_________________________________________
Análise não-linear geométrica e coeficiente f3
Seja na análise P- como no cálculo por meio do coeficiente z, pode ser considerada
_________________________________________
a formulação de segurança em que se calculam os efeitos de 2ª ordem das cargas
majoradas de f/f3, que posteriormente são majorados de f3. _________________________________________
No capítulo anterior “Coeficiente f3”, foi possível constatar a afirmação acima por _________________________________________
meio de um exemplo no qual utilizamos a análise P-. No caso do uso do coeficiente
z, sua formulação deve ser adaptada então da seguinte forma: _________________________________________
_________________________________________
1 _________________________________________
z , com f3 = 1,0 ou f3 = 1,1.
M tot, d 1
1 _________________________________________
M 1,tot, d f3
_________________________________________
Note que, para f3 = 1,1 o valor do coeficiente z obtido é menor do que quando
adotado f3 = 1,0. _________________________________________
Efeitos globais nos pilares _________________________________________
A análise global em 2ª ordem gera efeitos adicionais tanto nas vigas como nos pilares.
_________________________________________
Na modelagem global usualmente adotada para o cálculo de edifícios de concreto
armado, como por exemplo, o pórtico espacial, a influência dos efeitos globais de 2ª _________________________________________
ordem se concentra no topo e na base de cada lance de pilar, uma vez que cada
um desses trechos é discretizado com apenas um único elemento (barra). _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Os efeitos locais de 2ª ordem estão relacionados a uma parte isolada da estrutura. Ex: _________________________________________
um lance de pilar sob a atuação de momentos fletores no seu topo e na sua base se
deforma. Com isso, geram-se efeitos adicionais devido à presença simultânea da _________________________________________
carga normal de compressão, chamados de efeitos locais de 2ª ordem.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Efeitos locais nos pilares
_________________________________________
No item 15.7.4 da NBR 6118:2003, tem-se:
“A análise global de 2ª ordem fornece apenas os esforços nas extremidades das barras, _________________________________________
devendo ser realizada uma análise dos efeitos locais de 2ª ordem ao longo dos eixos das barras
comprimidas, ...” _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
“Os elementos isolados, para fins da verificação local, devem ser formados pelas barras
comprimidas retiradas da estrutura, com comprimento le, ..., porém aplicando-se às suas _________________________________________
extremidades os esforços obtidos através da análise global de 2ª ordem.”
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Comprimento le _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
É fácil perceber que o topo do pilar não está
travado pela viga segundo a direção de _________________________________________
menor rigidez.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Partindo do princípio básico de que os efeitos de 2ª ordem podem ser desprezados _________________________________________
desde que a magnitude dos mesmos seja inferior a 10% da resposta total, a NBR
6118:2003, em seu item 15.8.2 “Dispensa da análise dos efeitos locais de 2ª ordem”, _________________________________________
estabelece um índice de esbeltez limite calculado pela seguinte fórmula:
_________________________________________
e1
25 12,5.
35 1 h 90
_________________________________________
b
_________________________________________
Essa é uma das grandes melhorias da atual norma de concreto em relação à anterior
NBR 6118:1980, que fixava um valor limite constante igual a 40. _________________________________________
Além de depender da excentricidade relativa e1/h, o valor de 1 é altamente
influenciado pelo coeficiente b, que procura levar em conta o tipo de vinculação nos
_________________________________________
extremos do pilar, bem como a forma do diagrama de momentos fletores.
_________________________________________
O coeficiente b é calculado da seguinte forma:
_________________________________________
MB
a) 0,4 b 0,6 0,4. 1,0 para pilares biapoiados sem cargas transversais, _________________________________________
MA
sendo MA o maior valor absoluto do momento fletor ao longo do pilar e M B o momento _________________________________________
na outra extremidade, com sinal positivo se tracionar a mesma face que M A e
negativo em caso contrário.
_________________________________________
MC _________________________________________
b) 0,85 b 0,8 0,2. 1,0 para pilares engastados, sendo MA o momento no
MA
engaste e MC o momento na meio do pilar em balanço. _________________________________________
c) b 1,0 para pilares com momentos inferiores ao M1d,mín ou pilares biapoiados com _________________________________________
cargas transversais significativas.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Talvez, essa seja a mais exagerada de todas as aproximações que levamos em conta _________________________________________
durante o cálculo dos efeitos locais de 2ª ordem. Quem sabe, num futuro próximo,
possamos melhorar essa análise de forma a retratar as vinculações no topo e na base _________________________________________
de cada lance de forma um pouco mais fiel com realidade.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Processos de cálculo _________________________________________
Basicamente, os efeitos locais de 2ª ordem podem ser calculados de duas maneiras:
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
A consideração ou não desses efeitos, bem como a metodologia de cálculo dos _________________________________________
mesmos têm sido alvo de uma intensa discussão no meio técnico.
_________________________________________
O que se pode afirmar com absoluta certeza é de que trata de um tema que
necessita ser mais bem estudado e avaliado, seja por meio de pesquisas baseadas em _________________________________________
modelagens numéricas como em ensaios em laboratório.
_________________________________________
A análise dos efeitos localizados de 2ª ordem em pilar-parede, bem como sua
influência na determinação das armaduras transversais será estudada com detalhes
mais adiante. _________________________________________
_________________________________________
(Correção da 1ª ordem)
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Como o próprio texto normativo deixa bem claro, trata-se de uma maneira _________________________________________
aproximada de considerar a fluência. Dessa forma, não se pode exigir uma precisão
absoluta em relação ao comportamento real de um pilar de concreto armado. _________________________________________
Seção 30 cm x 60 cm _________________________________________
Armadura composta de 16 20 mm
_________________________________________
Concreto C30, c = 1,4
Aço CA50, s = 1,15 _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Para uma força normal de cálculo igual a 200 tf e, inicialmente, sem admitir o efeito
_________________________________________
da fluência, temos:
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Agora, considerando um coeficiente de fluência igual a 1,5, veja como essa rigidez é _________________________________________
alterada.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
A rigidez secante obtida para a mesma seção se reduz para 1174,7 tf.m 2.
_________________________________________
Esse processo não é largamente utilizado na prática, e precisa ser melhor testado.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
7 Efeitos locais de 2ª ordem
_________________________________________
A revisão dos conceitos sobre as não-linearidades presentes em estruturas de concreto
armado (momento-curvatura, coeficiente f3, ...) realizada no início deste curso não foi _________________________________________
feita à toa, visto que no cálculo dos efeitos locais de segunda ordem, duas questões
são a chave para a solução do problema:
_________________________________________
Como considerar a não-linearidade física (NLF)?
_________________________________________
Como considerar a não-linearidade geométrica (NLG)?
_________________________________________
Em outras palavras, na análise de um lance de pilar, temos duas perguntas principais a
responder: _________________________________________
Qual rigidez EI deve ser considerada?
_________________________________________
Como se deformará o pilar à medida que o carregamento é aplicado?
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Para cada uma dessas questões existem soluções distintas, umas mais aproximadas e
outras que tratam o problema de forma mais refinada. Daí é que surgem os diferentes
_________________________________________
métodos presentes na NBR 6118:2003.
A NBR 6118:2003 permite o uso de 4 métodos para análise local de 2ª ordem. São eles: _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Os três primeiros métodos são considerados processos aproximados e são descritos no _________________________________________
item 15.8.3.3 da NBR 6118:2003, enquanto que o Método geral, como a própria
nomenclatura já deixa meio evidente, é um processo mais abrangente e sofisticado. _________________________________________
Vale lembrar que na extinta NBR 6118:1980 havia apenas um método disponível, o
_________________________________________
pilar-padrão com curvatura aproximada, cuja formulação era praticamente similar à
atual.
_________________________________________
Cada um desses métodos possui limitações próprias, e por isso, podem ser aplicados
desde que a esbeltez do pilar esteja dentro de um certo patamar. Evidentemente, os _________________________________________
processos aproximados possuem uma limitação maior.
_________________________________________
Estudaremos cada um desses métodos detalhadamente mais adiante.
_________________________________________
Esbeltez limite
_________________________________________
Os métodos do pilar-padrão com 1/r aproximada e pilar-padrão com aproximada
podem ser utilizados em pilares com esbeltez máxima igual a 90. O método do pilar- _________________________________________
padrão acoplado a diagrama N, M, 1/r é limitado para uma esbeltez máxima de 140.
O método geral, por sua vez, pode ser usado até um limite de 200.
_________________________________________
Acima desse valor, a norma não permite o uso de nenhum método, a não ser em
casos de postes onde a força normal de compressão é baixa. _________________________________________
Independente do método a ser aplicado na análise dos efeitos locais de 2ª ordem, é _________________________________________
muito importante “enxergar” com clareza a influência dos mesmos no comportamento
de um pilar. _________________________________________
Para isso, vamos recorrer ao uso da representação em planta.
_________________________________________
Seja um pilar submetido a uma flexão composta oblíqua, com esforços de 1ª ordem
apresentados na figura a seguir. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Como a variação dos momentos de 1ª ordem entre o topo e a base é linear em
ambas as direções, fica então definida uma reta na representação em planta. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Adotando-se um método geral para calcular o pilar, é possível então perceber que os _________________________________________
efeitos locais de 2ª ordem tendem a gerar esforços adicionais no sentido levar o
mesmo à ruína (ELU), conforme mostra a figura a seguir. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Os efeitos de 2ª ordem tendem a levar os esforços totais ao longo do lance para fora _________________________________________
da curva resistente, na direção crítica onde o pilar é mais esbelto.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Uma vez definida a forma final do lance do pilar (senóide), é possível então chegar a _________________________________________
uma solução analítica para o problema da não-linearidade geométrica, obtendo-se
expressões relativamente simples que podem ser utilizadas no cálculo do pilar. _________________________________________
Dessa forma, conclui-se que os três processos aproximados presentes na NBR _________________________________________
6118:2003, tratam a não-linearidade geométrica (NLG) de forma idêntica.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
O que diferencia um método aproximado do outro é justamente as diferentes
maneiras de considerar a outra não-linearidade, a física (NLF). _________________________________________
Pilar-padrão melhorado
_________________________________________
O método do pilar-padrão comum considera toda a deformação do pilar (1ª ordem +
2ª ordem) como sendo uma curva senoidal. Existe também o método do pilar-padrão _________________________________________
melhorado em que apenas a deformada de 2ª ordem é considerada senoidal. Esse
último processo não será objeto de estudo nesse curso. _________________________________________
Aplicabilidade _________________________________________
Esse método pode ser empregado apenas para pilares com ≤ 90, seção constante e _________________________________________
armadura simétrica e constante ao longo de seu eixo.
Formulação _________________________________________
_________________________________________
N Sd
e M 1d , A M 1d ,mín
Ac . f cd _________________________________________
Note que não é necessário conhecer previamente a armadura do pilar para aplicar as _________________________________________
fórmulas acima.
_________________________________________
7.1.2 Pilar-padrão com aproximada
_________________________________________
Aplicabilidade
O método do pilar-padrão com rigidez aproximada pode ser adotado na análise de _________________________________________
pilares retangulares com ≤ 90, com armadura simétrica e constante ao longo de
seu eixo. _________________________________________
Formulação _________________________________________
Assim como o método do pilar-padrão com 1/r aproximada, a formulação do pilar- _________________________________________
padrão com aproximada é simples e possibilita o cálculo manual.
_________________________________________
Segundo a formulação apresentada na NBR 6118:2003, o cálculo do momento total
máximo MSd,tot deve ser realizado de forma iterativa em função da rigidez
_________________________________________
adimensional , de acordo com as seguintes fórmulas:
_________________________________________
b .M S 1d , A
M Sd ,tot
2 _________________________________________
1
120 . /
_________________________________________
M Sd ,tot
32 .1 5. . _________________________________________
h.N Sd
_________________________________________
O momento de 2ª ordem é calculado por uma amplificação da 1ª (b.MS1d,A).
_________________________________________
Note que não é necessário conhecer previamente a armadura do pilar para aplicar as
fórmulas acima. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
A 5.h
N .l 2 _________________________________________
,tot B.M Sd ,tot C 0 , onde: B h 2 .N Sd Sd e 5.h.M S 1d
2
A.M Sd
320
C N Sd .h 2 .M S 1d _________________________________________
B B 2 4. A.C _________________________________________
M Sd ,tot
2. A
_________________________________________
sendo: h a altura da seção na direção analisada, l e o comprimento equivalente do
lance do pilar, NSd a força normal solicitante com seu valor de cálculo e M S1d o _________________________________________
momento solicitante de 1ª ordem na seção considerada com o seu valor de cálculo.
_________________________________________
A formulação que possibilita o cálculo direto sem a necessidade de iterações que
acaba de ser apresentada gera, obviamente, resultados compatíveis com o processo _________________________________________
iterativo.
_________________________________________
7.1.3 Pilar-padrão acoplado a diagramas N, M, 1/r
_________________________________________
Aplicabilidade
_________________________________________
Esse método pode ser empregado apenas para pilares com ≤ 140.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Muito embora tenha o mesmo nome da rigidez adimensional calculada no método do _________________________________________
pilar-padrão com rigidez aproximada, essa rigidez obtida pelo diagrama (rigidez
acoplada ao diagrama N, M, 1/r) é mais precisa. Poderíamos dizer que se trata de _________________________________________
uma rigidez “mais refinada e real”.
_________________________________________
Formulação
O momento total máximo MSd,tot é calculado exatamente pela mesma fórmula do _________________________________________
método do pilar-padrão com rigidez aproximada:
_________________________________________
b .M S 1d , A
M Sd ,tot _________________________________________
2
1
120 . / _________________________________________
No entanto, deve-se ficar bem claro que o valor da rigidez a ser utilizado na fórmula _________________________________________
é o obtido pelo diagrama normal-momento-curvatura, e não a rigidez aproximada.
_________________________________________
Quando se faz o uso do coeficiente f3, a fórmula para obtenção do momento total _________________________________________
fica assim:
_________________________________________
b .M S 1d , A
M Sd ,tot _________________________________________
2
1
120 . f 3 . / _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
7.1.4 Resumo
_________________________________________
A tabela a seguir apresenta um resumo das principais características de cada um dos
métodos aproximados. _________________________________________
_________________________________________
Pilar-padrão com Pilar-padrão com Pilar-padrão acoplado
1/r aproximada rigidez aproximada a diagrama N, M, 1/r _________________________________________
_________________________________________
Item da NBR 6118 15.8.3.3.2 15.8.3.3.3 15.8.3.3.4
_________________________________________
NLG Pilar-padrão Pilar-padrão Pilar-padrão _________________________________________
_________________________________________
1 0,005 0,005 M EI sec
NLF 32 .1 5. Sd ,tot .
r h.( 0,5) h Ac .h 2 . f cd _________________________________________
h.N Sd
_________________________________________
Esbeltez limite ≤ 90 ≤ 90 ≤ 140
_________________________________________
_________________________________________
Necessita As
Não Não Sim
conhecido _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Vamos resolver um exemplo que está presente nos comentários da NB-1. Trata-se do _________________________________________
mesmo pilar em que estudamos a verificação do M 1d,mín anteriormente, cujos dados
são apresentados a seguir. _________________________________________
_________________________________________
b 20cm e h 60cm _________________________________________
le 300 _________________________________________
x 12. 12 . 17,3
h 60
_________________________________________
le 300
y 12. 12 . 52,0 _________________________________________
b 20
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Note que, em torno da direção menos rígida (em torno do eixo y), o dimensionamento
_________________________________________
deve conduzir um momento resistente MRd maior que 7,12 tf.m.
Serão estudados três casos de flexão composta normal em torno da direção menos _________________________________________
rígida, com distribuição de momentos fletores distintos ao longo do pilar.
_________________________________________
Os esforços locais de 2ª ordem serão calculados pelo método do pilar-padrão com
rigidez aproximada. _________________________________________
7.1.5.1 Caso 1
_________________________________________
O pilar está submetido a momentos fletores que atuam no topo e na base em sentidos
opostos, com MS1d,A > M1d,mín. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
A. Cálculos iniciais
_________________________________________
M S1d , A 10,0tf .m
_________________________________________
M S1d , B 3,5tf .m
_________________________________________
M 1d ,mín 210 .(0,015 0,03 .b) 210 .(0,015 0,03 .0,2) 4,41tf .m _________________________________________
_________________________________________
N Sd 210 tf ; M Sdx 0,0tf .m ; M Sdy 7,12tf .m
_________________________________________
C.2 Flexão normal no topo do pilar
_________________________________________
N Sd 210 tf ; M Sdy 3,5tf .m
_________________________________________
C.3 Flexão normal na base do pilar
_________________________________________
N Sd 210 tf ; M Sdy 10,0tf .m
_________________________________________
D. Representação em planta
_________________________________________
A representação dos esforços em planta é apresentada a seguir.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
7.1.5.2 Caso 2
_________________________________________
O pilar está submetido a momentos fletores que atuam no topo e na base em mesmos
sentidos, com MS1d,A > M1d,mín. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
A. Cálculos iniciais
_________________________________________
M S1d , A 10,0tf .m
_________________________________________
M S1d , B 7,0tf .m
M 1d , mín 210 .(0,015 0,03 .b) 210 .(0,015 0,03 .0,2) 4,41tf .m _________________________________________
_________________________________________
M S1d , B 7
Como M S 1d , A M 1d , mín : b 0,6 0,4. 0,6 0,4. 0,88
M S1d , A 10 _________________________________________
N Sd .l e2 _________________________________________
210 .3 2
B b 2 .N Sd 5.b.M S1d 0,2 2.210 5.0,2.8,8 6,3
320 320 _________________________________________
_________________________________________
B B 2 4. A.C 6,3 6,3 2 4.1,0. 73,9
M Sd ,tot 12,31tf .m
2. A 2.1,0 _________________________________________
_________________________________________
C.2 Flexão normal no topo do pilar
_________________________________________
C.3 Flexão normal na base do pilar
_________________________________________
N Sd 210 tf ; M Sdy 10,0tf .m
_________________________________________
C.4 Flexão normal entre o topo e a base do pilar
_________________________________________
N Sd 210 tf ; M Sdy 12,31tf .m
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
7.1.5.3 Caso 3
_________________________________________
O pilar está submetido a momentos fletores que atuam no topo e na base em mesmos
sentidos, com b.MS1d,A < M1d,mín.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
M 1d ,mín 210 .(0,015 0,03 .b) 210 .(0,015 0,03 .0,2) 4,41tf .m
_________________________________________
M S1d , B 4
Como M S 1d , A M 1d , mín : b 0,6 0,4. 0,6 0,4. 0,96 _________________________________________
M S1d , A 4,5
_________________________________________
e M S1d , A / N Sd 4,5 / 210
25 12,5. 1 25 12,5. 25 12,5.
b b 0,2 27 ,6 35 35,0 _________________________________________
1
b b
1
0,96
_________________________________________
B. Cálculo dos efeitos locais de 2ª ordem
_________________________________________
Como 52,0 1 35,0 , é necessário calcular os efeitos locais de 2ª ordem.
_________________________________________
Utilizando a formulação direta do método do pilar-padrão com rigidez aproximada,
tem-se:
_________________________________________
M S1d b .M S1d , A 0,96 .4,5 4,3tf .m
_________________________________________
N Sd .l e2 210 .3 2 _________________________________________
B b 2 .N Sd 5.b.M S1d 0,2 2.210 5.0,2.4,3 1,8
320 320
_________________________________________
C N Sd .b 2 .M S1d 210 .0,2 2.4,3 36,1
_________________________________________
A armadura longitudinal do pilar deverá ser dimensionada de modo que a sua _________________________________________
resistência ( N Rd , M Rdx , M Rdy ) atenda as condições de solicitação listadas a seguir.
_________________________________________
C.1 Esforços mínimos
_________________________________________
N Sd 210 tf ; M Sdx 6,93tf .m ; M Sdy 0,0tf .m
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Note que, nesse caso, o esforço final crítico, apesar de existir 2ª ordem entre o topo e a
base (ponto M), continuou a ser o esforço mínimo decorrente do M1d,mín. _________________________________________
Neste exemplo, vamos fazer um primeiro comparativo entre os métodos aproximados. _________________________________________
Vamos calcular um pilar submetido a uma flexão composta normal pelos métodos do
pilar-padrão com curvatura aproximada, pilar-padrão com rigidez k aproximada e _________________________________________
pilar-padrão acoplado a diagrama N, M, 1/r.
_________________________________________
Toda resolução será acompanhada com o uso de um sistema computacional.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
A. Cálculos iniciais
_________________________________________
12 .6,4
88,7 _________________________________________
0,25
_________________________________________
M A 4,8 ; M B 2,4
_________________________________________
M 1d ,mín 84 .0,015 0,03 .0,25 1,9
_________________________________________
2,4
b 0,6 0,4. 0,4 _________________________________________
4,8
_________________________________________
4,8 / 84
25 12 ,5.
1 0,25
69 ,6
_________________________________________
0,4
Como < 90, pode-se adotar qualquer um dos métodos aproximados. _________________________________________
Não verificaremos o M1d,mín com o intuito de focar a análise da 2ª ordem. _________________________________________
B. Pilar-padrão com curvatura aproximada
_________________________________________
84
0,36 _________________________________________
0,25 .0,65 . 2000
1,4 _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
l e2 1 _________________________________________
A parcela referente à 2ª ordem corresponde a N d . . .
10 r
_________________________________________
O coeficiente b procura determinar o ponto entre o topo e a base do lance
onde ocorrerá o efeito local de 2ª ordem mais desfavorável. _________________________________________
Foi possível realizar todos os cálculos manualmente, sem conhecer a armadura
do pilar. _________________________________________
84 .6,4 2 _________________________________________
B 0,25 2.84 5.0,25 .0,4.4,8 7,9
320
_________________________________________
C 84.0,25 .0,4.4,8 10,1
2
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
É necessário, portanto, predefinir uma configuração de
_________________________________________
armadura. Como exemplo, vamos adotar 6 12,5 mm.
_________________________________________
O diagrama N, M, 1/r para a armadura adotada, NSd = 84tf e f3 = 1,0 é apresentado a _________________________________________
seguir.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Note que:
_________________________________________
O momento resistente último MRd na direção analisada é de 8,4 tf.m.
A rigidez obtida pelo diagrama (34,6) é maior que a rigidez aproximada _________________________________________
(32,0).
_________________________________________
O momento total aplicando a rigidez obtida pelo normal-diagrama momento-
curvatura é: _________________________________________
M Sd ,tot
0,4.4,8
6,1tf .m _________________________________________
88,7 2
1 _________________________________________
120 .34 ,6 / 0,36
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Foi necessário predefinir uma armadura para calcular os efeitos locais de 2ª _________________________________________
ordem.
_________________________________________
E. Conclusões
A primeira observação importante é que por meio dos dois primeiros métodos, pilar-
_________________________________________
padrão com 1/r aproximada e pilar-padrão com rigidez aproximada, foi possível
efetuar toda a análise manualmente, e sem o conhecimento prévio das armaduras. _________________________________________
Isso possibilita na prática, quando um pilar necessita ser analisado para uma série de _________________________________________
combinações de esforços, executar uma montagem prévia de todos os
carregamentos (1ª ordem + 2ª ordem), antes de dimensionar as armaduras. _________________________________________
E por isso, é comum nos sistemas computacionais ter disponível uma listagem _________________________________________
chamada “montagem de carregamentos”, quando se faz o uso de um desses
métodos (1/r ou aproximada). _________________________________________
Veja, a seguir, um exemplo. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Note a existência do momento total M Sd,tot = 7,41 tf.m, calculado pelo pilar-padrão
_________________________________________
com rigidez aproximada.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Note que como variou momento total final com 2ª ordem utilizando a representação _________________________________________
de esforços em planta.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Nesse caso, se for adotado o método do pilar-padrão com 1/r aproximada, o pilar não _________________________________________
passa, e a armadura tem que ser aumentada.
_________________________________________
Isso mostra uma tendência de que os métodos do pilar-padrão com rigidez
aproximada e pilar-padrão acoplado a diagrama N, M, 1/r gerem um _________________________________________
dimensionamento mais econômico perante a aplicação do método do pilar-padrão
com 1/r aproximada (que era então o único disponível na NBR 6118:1980). _________________________________________
Faremos um comparativo mais detalhado entre os métodos, inclusive o método geral, _________________________________________
mais adiante.
_________________________________________
Para efeito de dimensionamento desse pilar, é importante lembrar que a verificação _________________________________________
do M1d,mín é obrigatória. Esse cálculo não foi realizado nesse exemplo, pois o objetivo
era focar apenas a análise dos efeitos locais de 2ª ordem. _________________________________________
Curvatura 1/r e rigidez equivalentes
_________________________________________
Na NBR 6118:2008, item 15.8.3.3.3, o método do pilar-padrão acoplado a diagramas N,
M, 1/r é definido da seguinte forma: _________________________________________
“A determinação dos esforços locais de 2ª ordem em pilares com ≤140 pode ser feita pelo _________________________________________
método do pilar-padrão ou pilar-padrão melhorado, utilizando-se para a curvatura da seção
crítica valores obtidos de diagramas N, M, 1/r específicos para o caso.” _________________________________________
Pois bem, ao aplicar esse método no exemplo, inicialmente calculamos a rigidez pelo _________________________________________
diagrama normal-momento-curvatura mostrado a seguir.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
E, depois, aplicamos a fórmula na qual o momento fletor final (1ª ordem + 2ª ordem) é _________________________________________
calculado em função da rigidez secante obtida (502,3 tf.m 2 ou = 34,6).
_________________________________________
b .M S 1d , A 0,4.4,8
M Sd ,tot 6,1tf .m
2
88,7 2 _________________________________________
1 1
120 . / 120 .34 ,6 / 0,36
_________________________________________
É interessante observar que o resultado final obtido pela fórmula em função da
_________________________________________
curvatura deve ser o mesmo. Basta definirmos a 1/r equivalente na seção crítica
(MSd,tot = 6,1 tf.m), utilizando o valor da rigidez 502,3 tf.m2.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
6,4 2 _________________________________________
M Sd ,tot 0,4.4,8 84 . .(1,21 .10 2 ) 6,1tf .m
10
_________________________________________
Isso comprova que as duas fórmulas para cálculo do M Sd,tot, apesar de parecerem
bastante distintas, tem a mesma origem (pilar-padrão). O que varia de método para _________________________________________
método é a aproximação feita para não-linearidade física (1/r aproximada, k
aproximada, acoplado a diagrama N, M, 1/r). _________________________________________
No item anterior, foram apresentados três métodos aproximados para análise dos _________________________________________
efeitos locais de 2ª ordem. Agora, vamos estudar um processo mais abrangente e
sofisticado, usualmente chamado de Método Geral. _________________________________________
O método geral é definido na NBR 6118:2003, item 15.8.3.2, por apenas uma única _________________________________________
frase:
_________________________________________
“Consiste na análise não-linear de 2a. ordem efetuada com discretização adequada da barra,
consideração da relação momento-curvatura real em cada seção, e consideração da não-
linearidade geométrica de maneira não aproximada.” _________________________________________
Nesse item, não existe nenhuma formulação definida, e muito menos uma descrição _________________________________________
detalhada de como aplicar o método. Somente existe a definição acima, e nada
mais. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Aplicabilidade _________________________________________
O método geral pode ser empregado apenas para pilares com ≤ 200 e é obrigatório _________________________________________
para pilares com > 140. Acima desse último limite (140), não se pode aplicar nenhum
dos processos aproximados estudados anteriormente. _________________________________________
Não-linearidade geométrica
_________________________________________
As deformações ao longo lance do pilar devem ser analisadas por processo refinado.
Não se pode adotar a aproximação por uma curva senoidal (pilar-padrão). _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Seja qual for o processo empregado, a informação principal que se busca é a posição _________________________________________
final de equilíbrio do lance do pilar, de tal forma a definir a magnitude total dos efeitos
locais de 2ª ordem. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
A busca dessa posição de equilíbrio é sempre iterativa. E, por isso, é fundamental que _________________________________________
sejam consideradas tolerâncias que controlem a convergência dos processos de
forma eficiente e segura. Usualmente, esses valores são definidos em “deltas máximos _________________________________________
de deslocamentos ou esforços”.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Instabilidade local
_________________________________________
Ao empregar um processo aproximado (pilar-padrão com 1/r aproximada, pilar-
padrão com aproximada, pilar-padrão acoplado a diagrama N, M, 1/r), a única _________________________________________
resposta final que temos é se o lance de pilar passa ou não em relação à resistência
última da seção crítica (ruptura).
_________________________________________
Já, no método geral, além dessa informação (ruptura da seção crítica), pode-se
flagrar se o lance é estável ou instável, pois a busca pela posição de equilíbrio do _________________________________________
mesmo é iterativa.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Não-linearidade física
_________________________________________
A não-linearidade física é considerada por meio da obtenção da rigidez no diagrama
N, M, 1/r. Essa rigidez pode ser definida das seguintes formas:
_________________________________________
Pela rigidez secante EIsec obtida pela linearização do diagrama (reta), e que
pode ser estendida para todas as seções do lance. É a forma mais recomendável de _________________________________________
se obter a rigidez, pois está a favor de segurança bem como facilita a análise
(desacoplamento das duas direções). _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Pela rigidez secante EI obtida pela curva para cada seção do lance de _________________________________________
acordo com a sua solicitação atuante. Trata-se de um procedimento válido somente
para casos de flexão composta normal. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Ao contrário dos processos aproximados em que a definição da seção crítica entre o
topo e a base do lance do pilar era realizada de forma simplificada pelo coeficiente _________________________________________
b, no método geral essa seção é definida de forma bem mais realista.
_________________________________________
Em lances de pilares de edifícios usuais, a discretização em 10 trechos é suficiente.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Calcular manualmente um lance de pilar pelo método geral é inviável, visto que é _________________________________________
necessário considerar tanto a não-linearidade física como a geométrica de forma
refinada. Na prática, o emprego do método geral somente é realizado com o uso de _________________________________________
um computador.
_________________________________________
Cabe ao Engenheiro de Estruturas conhecer a teoria que envolve o método, de tal
forma a poder interpretar os resultados obtidos de forma segura.
_________________________________________
Esbeltez acima de 140
_________________________________________
Devido ao fato de que pilares de edifícios de concreto armado com esbeltez superior
a 140 ainda tenham sido pouco estudados com o uso do método geral, recomenda- _________________________________________
se o uso de um coeficiente ponderador de esforços adicional (n), cujo valor pode ser
entre 1,2 a 1,4. _________________________________________
Vamos calcular o pilar analisado no último exemplo pelos três processos aproximados, _________________________________________
agora, empregando o Método Geral.
_________________________________________
Relembrando...
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Os resultados até então obtidos pelos processos aproximados são apresentados na
figura abaixo. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
O diagrama N, M, 1/r para essa armadura, NSd = 84tf e f3 = 1,0 é apresentado a seguir.
Veja que se trata da mesma rigidez adotada no método do pilar-padrão acoplado a _________________________________________
diagramas.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Ou seja, em relação à não-linearidade física, não há diferença entre o método geral e
o método do pilar-padrão acoplado a diagrama N, M, 1/r. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Note que:
_________________________________________
Várias seções foram analisadas entre o topo e a base, e não somente uma
como nos demais processos aproximados. _________________________________________
O momento total final MSd,tot (5,9 tf.m) foi ligeiramente menor que o obtido pelo
método do pilar-padrão acoplado a diagrama N, M, 1/r (6,1 tf.m). _________________________________________
A seção em que resultou o maior esforço de 2ª ordem (3,4 tf.m) corresponde a
seção com a 1ª ordem b.MA (1,92 tf.m). _________________________________________
No método geral, além dos esforços finais, também é possível obter os deslocamentos _________________________________________
de 2ª ordem, mostrados a seguir.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Perceba que os deslocamentos são compatíveis com os esforços de 2ª ordem (tração _________________________________________
na face esquerda).
_________________________________________
Mais uma observação importante: de acordo com as tolerâncias definidas
(deslocamento relativo máximo = 0,1 mm e número máximo de iterações = 20) foi _________________________________________
necessário, nesse exemplo, 13 iterações para o processo convergir, isto é, o lance do
pilar entrar em equilíbrio. _________________________________________
Para finalizar, vamos comparar os esforços finais obtidos por todos os quatro métodos
_________________________________________
utilizados.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Note que:
_________________________________________
Há certa uniformidade entre todos os métodos sob ponto de vista qualitativo.
_________________________________________
Quando comparado com o processo mais preciso (método geral), o método
do pilar-padrão com 1/r aproximada superestimou os efeitos locais de 2ª ordem _________________________________________
(+49%).
Quando comparado com o processo mais preciso (método geral), o método _________________________________________
do pilar-padrão com rigidez aproximada superestimou os efeitos locais de 2ª ordem
(+25%). _________________________________________
Em relação ao processo mais preciso (método geral), o método do pilar-
padrão acoplado a diagrama N, M, 1/r teve um resultado bem próximo (+3%). _________________________________________
O que gerou a diferença entre os três métodos aproximados foi o tratamento _________________________________________
dado para a não-linearidade física em cada um deles.
A pequena diferença entre os dois últimos métodos foi ocasionada pelo _________________________________________
tratamento dado para a não-linearidade geométrica em cada um deles.
_________________________________________
Tendência _________________________________________
É importante, no entanto, deixar bastante claro que esse exemplo não pode ser _________________________________________
extrapolado para todo e qualquer tipo de pilar. Ele nos serve apenas para mostrar
uma tendência, mas nada que seja definitivo e invariável. Há casos em que o método _________________________________________
geral, por exemplo, pode gerar um resultado mais a favor da segurança que os
demais processos.
_________________________________________
7.2.2 Exemplo 2
_________________________________________
Nesse exemplo, vamos analisar um pilar engastado na base submetido a uma flexão
composta normal, que é objeto de estudo durante o curso do PECE-USP. _________________________________________
Inicialmente, iremos adotar f3 = 1,0 e rigidez EIsec pela reta. Depois, analisaremos os _________________________________________
resultados com f3 = 1,1. Finalmente, veremos o cálculo com a rigidez EI obtida pela
curva (válida apenas para casos de flexão composta normal). _________________________________________
A. Dados _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Além da força normal de compressão, o pilar está submetido a uma força horizontal e _________________________________________
um momento fletor no topo segundo a sua direção menos rígida, de tal forma que os
esforços de primeira ordem são: _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
12 .(2.3,5) _________________________________________
93,3
0,26
_________________________________________
M A 2,0 ; M C 1,3 _________________________________________
1,3 _________________________________________
b 0,8 0,2. 0,93
2,0
_________________________________________
2,0 / 79 ,8 _________________________________________
25 12,5.
1 0,26
28,2 1 35
0,93 _________________________________________
Não verificaremos o M1d,mín com o intuito de focar apenas a análise dos efeitos locais _________________________________________
de 2ª ordem. Essa verificação é obrigatória no caso de dimensionamento.
_________________________________________
C. Análise com f3 = 1,0 e EIsec pela reta
_________________________________________
O diagrama N, M, 1/r (calculado por computador) com NSd = 79,8 tf e 8 16 mm é
apresentado a seguir.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
O momento resistente último da seção (M Rd) é 7,1 tf.m e a rigidez secante pela reta é _________________________________________
igual a 532,5 tf.m2.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Note que o esforço final na base atinge a resistência última do pilar.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
O momento resistente último da seção (M Rd) continua o mesmo 7,1 tf.m (como era
esperado) e a rigidez secante pela reta aumentou para 567,8 tf.m 2. _________________________________________
Como a análise em 2ª ordem é feita com NSd / 1,1 (que posteriormente é majorado por _________________________________________
1,1), bem como uma rigidez maior, os deslocamentos são menores.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Nesse caso, a rigidez adotada ao longo do lance do pilar é variável de acordo com a _________________________________________
solicitação em cada trecho. Note que as rigidezes obtidas pela curva são maiores.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
F. Conclusões _________________________________________
Nesse exemplo, o coeficiente f3 e o modo como a rigidez foi calculada (reta ou _________________________________________
curva) foram significativos nos resultados.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Perceba que os valores obtidos pela curva, nesse exemplo, são bem superiores aos da _________________________________________
reta.
_________________________________________
Veja, a seguir, como a rigidez em cada seção é calculada utilizando a curva. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Trata-se de uma forma bastante refinada de definir a rigidez ao longo de um pilar, pois
cada trecho possui um EI de acordo com a sua solicitação. _________________________________________
É importante lembrar, no entanto, que essa metodologia somente é válida para casos
_________________________________________
de flexão composta normal, visto que os esforços na outra direção são ignorados. Mais
adiante, veremos como obter a rigidez EI oblíqua real.
Vamos, novamente, analisar um pilar utilizando todos os métodos definidos na NBR _________________________________________
6118:2003. No caso do método geral, vamos variar o coeficiente f3, ora com um valor
de 1,0 ora com um valor de 1,1, e o modo de como a rigidez é extraída do diagrama _________________________________________
N, M, 1/r, ora pela reta, ora pela curva.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Trata-se, também, de um exemplo estudado no curso do PECE-USP.
_________________________________________
_________________________________________
12 .7,5 _________________________________________
74,2
0,35
_________________________________________
M A 10,5 ; M B 2,0 _________________________________________
2,0 _________________________________________
b 0,6 0,4. 0,524
10,5
_________________________________________
10,5 / 320 _________________________________________
25 12,5.
1 0,35
50
0,524 _________________________________________
Como < 90, pode-se adotar qualquer um dos métodos aproximados bem como o _________________________________________
método geral.
_________________________________________
Não verificaremos o M1d,mín com o intuito de focar apenas a análise dos efeitos locais
de 2ª ordem. Essa verificação é obrigatória no caso de dimensionamento. _________________________________________
_________________________________________
1
0,005
0,00962
0,005 1
0,014 0,00962
_________________________________________
r 0,35 .0,985 0,5 0,35 r
_________________________________________
2
7,5
M Sd ,tot 0,524 .10,5 320 . .0,0962 22,8tf .m _________________________________________
10
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
C. Pilar-padrão com aproximada
_________________________________________
A 5.b 5.0,35 1,75
_________________________________________
N .l 2 320 .7,5 2
B b 2 .N Sd Sd e 5.b.M S1d 0,35 2.320 5.0,35 .0,524 .10,5 26,675 _________________________________________
320 320
_________________________________________
C N Sd .b 2 .M S1d 320 .0,35 2.0,524 .10,5 215 ,6
_________________________________________
B B 4. A.C 26,675 26,675 4.1,75 . 215 ,6
2 2
M Sd ,tot 21,1tf .m _________________________________________
2. A 2.1,75
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Esse método prevê o uso da rigidez secante obtida _________________________________________
pelo diagrama N, M, 1/r, sendo necessário, portanto,
predefinir uma configuração de armadura. Como
_________________________________________
exemplo, vamos adotar 12 20 mm.
_________________________________________
O diagrama N, M, 1/r para a armadura adotada, NSd = 320 tf e f3 = 1,0 é apresentado _________________________________________
a seguir.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Note que:
_________________________________________
O momento resistente último MRd na direção analisada é de 14,8 tf.m.
A rigidez obtida pelo diagrama (78,6) é bem maior que a rigidez _________________________________________
aproximada (61,2).
_________________________________________
O momento total aplicando a rigidez obtida pelo normal-diagrama momento-
curvatura é: _________________________________________
Esse esforço é bem menor que os valores obtidos anteriormente (22,8 tf para pilar-
_________________________________________
padrão com 1/r aproximada e 21,1 para pilar-padrão com rigidez aproximada).
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Note que o momento fletor total na seção crítica (13,3 tf) é maior que o valor obtido
pelo método do pilar-padrão acoplado a diagrama N, M, 1/r (12,9 tf.m).
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Note que:
_________________________________________
Quando comparado com o processo mais preciso (método geral), o método
do pilar-padrão com 1/r aproximada superestimou os efeitos locais de 2ª ordem _________________________________________
(+71%).
_________________________________________
Quando comparado com o processo mais preciso (método geral), o método
do pilar-padrão com rigidez aproximada superestimou os efeitos locais de 2ª ordem
_________________________________________
(+59%).
Em relação ao processo mais preciso (método geral), o método do pilar- _________________________________________
padrão acoplado a diagrama N, M, 1/r teve um resultado bem próximo (-3%).
_________________________________________
F. Método geral com f3 = 1,1
_________________________________________
O diagrama N, M, 1/r (calculado por computador) com NSd = 320 tf e 12 20 mm é
apresentado a seguir.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
O momento resistente último da seção (M Rd) continua o mesmo 14,8 tf.m (como era
esperado) e a rigidez secante pela reta aumentou para 3359,0 tf.m 2. _________________________________________
Como a análise em 2ª ordem é feita com NSd / 1,1 (que posteriormente é majorado por
_________________________________________
1,1), bem como uma rigidez maior, os deslocamentos são menores.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Nesse caso, a rigidez adotada ao longo do lance do pilar é variável de acordo com a _________________________________________
solicitação em cada trecho. Note que as rigidezes obtidas pela curva são
praticamente as mesmas da reta, pois a curva quase coincide com a reta. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
E, portanto, nesse caso, os resultados variam muito pouco (como era de se esperar). _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
H. Conclusões _________________________________________
Pilar-padrão com 1/r aproximada 1,0 Aprox. (2370 tf.m2) 22,8 tf.m _________________________________________
Pilar-padrão com aproximada 1,0 Aprox. (2437 tf.m2) 21,1 tf.m _________________________________________
Pilar-padrão acoplado a diagrama N, M, 1/r 1,0 Reta (3130 tf.m2) 12,9 tf.m _________________________________________
Método geral 1,0 Reta (3130 tf.m2) 13,3 tf.m _________________________________________
Método geral 1,1 Reta (3359 tf.m2) 12,1 tf.m
_________________________________________
Curva (entre 3340 e
Método geral 1,1 11,9 tf.m _________________________________________
3386 tf.m2)
_________________________________________
Note que:
_________________________________________
A maneira como a não-linearidade física é tratada é significativa no resultado
final. As rigidezes aproximadas geram valores finais com uma boa margem de
_________________________________________
segurança.
A maneira como a não-linearidade geométrica é tratada (pilar-padrão X _________________________________________
processo não-aproximado) não trouxe grandes diferenças nos resultados.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Até o momento, estudamos com relativa profundidade todos os processos presentes _________________________________________
na NBR 6118:2003 para análise dos efeitos locais de 2ª ordem. Por meio de exemplos,
foi possível perceber as particularidades cada método e conhecer um pouco das suas _________________________________________
vantagens e desvantagens.
_________________________________________
O gráfico a seguir faz um resumo geral quanto à aplicabilidade dos métodos em
função do índice de esbeltez do pilar. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
No gráfico anterior, a palavra “qualquer” deve ser encarada com certa precaução, _________________________________________
pois há casos em que o seu campo de aplicação ainda não foi devidamente testado
e comprovado, sendo necessário estudos mais aprofundados para se ter uma resposta _________________________________________
mais precisa e definitiva.
_________________________________________
O próprio Método Geral que é mais abrangente, por exemplo, necessita de mais
testes para que seja comprovada a sua validade para todo e qualquer tipo de pilar
_________________________________________
(ex.: pilares de seção genérica com índice de esbeltez acima de 140).
Enquanto não se tem uma resposta definitiva para todos os casos, é sempre _________________________________________
conveniente durante a elaboração de um projeto estrutural, cercar-se de soluções
que levem a uma estrutura mais segura, principalmente em situações “que fogem do _________________________________________
trivial”.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
8 Flexão composta oblíqua
_________________________________________
Na vida real, todo pilar, seja ele de canto, de extremidade ou intermediário, está
submetido a uma força normal de compressão e a momentos fletores concomitantes _________________________________________
nas duas direções, ou seja, a uma flexão composta oblíqua.
_________________________________________
Há certos casos em que a aproximação para uma flexão composta normal é possível
e defensável, principalmente quando se quer resolver um problema de forma manual,
sem o auxílio de um computador.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
A figura anterior representa bem o que foi colocado. Os esforços são calculados nas _________________________________________
direções y e z de forma independente (um não influi na resposta do outro), e depois
são acoplados durante o dimensionamento. _________________________________________
Esse tipo de procedimento, que na realidade é uma simplificação da análise oblíqua _________________________________________
verdadeira, é bastante eficiente desde que certas precauções sejam consideradas, e
também é permitido pela norma de concreto atual.
_________________________________________
NBR 6118:2003
_________________________________________
No item 15.8.3.3.5 da NBR 6118:2003, tem-se:
_________________________________________
“Quando a esbeltez de um pilar de seção retangular submetido à flexão composta normal
oblíqua for menor que 90 ( < 90) nas duas direções principais, pode ser aplicado o processo _________________________________________
descrito em 15.8.3.3.3 simultaneamente em cada uma das direções.”
_________________________________________
“A amplificação dos momentos de 1ª ordem em cada direção é diferente, pois depende de
valores distintos de rigidez e esbeltez.” _________________________________________
“Uma vez obtida a distribuição de momentos totais de 1ª e 2ª ordens, em cada direção, deve ser _________________________________________
verificada, para cada seção ao longo do eixo, se a composição desses momentos solicitantes
fica dentro da envoltória de momentos resistentes para a armadura escolhida. Essa verificação _________________________________________
pode ser realizada em apenas três seções: nas extremidades A e B e num ponto intermediário
onde se admite atuar concomitantemente os momentos Md,tot nas duas direções (x e y).” _________________________________________
É possível perceber que a atual norma de concreto permite, com restrições, adotar a
_________________________________________
flexão composta oblíqua “simplificada” utilizando o método do pilar-padrão com
rigidez aproximada.
_________________________________________
A seguir, serão estudados alguns exemplos aplicando esse tipo de procedimento. No
final deste capítulo, será feita uma breve discussão a respeito da análise à flexão _________________________________________
composta oblíqua mais precisa.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Note que, em torno da direção menos rígida (em torno do eixo y), o dimensionamento
deve conduzir um momento resistente M Rd maior que 7,12 tf.m. E, na direção mais
rígida a uma resistência superior a 6,93 tf.m.
_________________________________________
_________________________________________
M 1dx,mín 210 .(0,015 0,03 .h) 210 .(0,015 0,03 .0,6) 6,93tf .m
_________________________________________
M S1dx, B 4
Como M S 1dx, A M 1dx,mín : bx 0,6 0,4. 0,6 0,4. 0,37 0,4 bx 0,4
M S1dx, A 7 _________________________________________
_________________________________________
e M S 1dx, A / N Sd 7 / 210
25 12,5. 1x 25 12,5. 25 12,5.
h h 0,6 64,2 _________________________________________
1x
bx bx 0,4
_________________________________________
A.2 Cálculo em y
_________________________________________
M S1dy, A 6,0tf .m
_________________________________________
M 1dy,mín 210 .(0,015 0,03 .b) 210 .(0,015 0,03 .0,2) 4,41tf .m _________________________________________
_________________________________________
M S1dy, B 0
Como M S 1dy, A M 1dy,mín : by 0,6 0,4. 0,6 0,4. 0,6
M S1dy, A 6 _________________________________________
_________________________________________
e1 y M _________________________________________
25 12 ,5. 6 / 210
/ N Sd
25 12 ,5. 25 12 ,5. S 1dy, A
1 y b b 0,2 44 ,6 _________________________________________
by by 0,6
_________________________________________
B. Cálculo dos efeitos locais de 2ª ordem
_________________________________________
Embora o índice de esbeltez limite tenha sido ultrapassado apenas em uma direção,
isto é, x 17 ,3 1x 64,2 e y 52,0 1 y 44,6 , vamos calcular os efeitos locais _________________________________________
de 2ª ordem tanto em x como em y.
_________________________________________
B.1 Flexão oblíqua entre o topo e a base do pilar
_________________________________________
a) Cálculo em x
_________________________________________
Utilizando a formulação direta do método do pilar-padrão com rigidez aproximada,
tem-se: _________________________________________
_________________________________________
N Sd .l e2 210 .3 2
B h .N Sd
2
5.h.M S1dx 0,6 .210
2
5.0,6.2,8 61,3
320 320 _________________________________________
_________________________________________
B B 2 4. A.C 61,3 61,3 2 4.3,0. 211,7
M Sdx,tot 3,01tf .m
2. A 2.3,0 _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
O efeito do M1d,mín na direção menos rígida (ponto Y) é o esforço crítico para o _________________________________________
dimensionamento.
O esforço de 2ª ordem no meio do lance (ponto M) tende a levar a seção para _________________________________________
o ELU na direção menos rígida.
_________________________________________
Utilizando o Método Geral, no qual se considera a relação momento-curvatura real
em diversas seções ao longo do pilar (rigidez EI pela reta) e a não-linearidade _________________________________________
geométrica de forma não aproximada, obtém-se a seguinte resposta:
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
O efeito do M1d,mín na direção menos rígida (ponto Y) é o esforço crítico para o _________________________________________
dimensionamento.
Os efeitos locais de 2ª foram razoavelmente menores que os calculados pelo _________________________________________
método aproximado. Na direção mais rígida, esses esforços são insignificantes.
_________________________________________
8.2 Exemplo 2
_________________________________________
Trata-se do mesmo lance de pilar analisado anteriormente, porém com o diagrama de
momentos fletores em torno da direção menos rígida alterado.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
A. Cálculos iniciais
_________________________________________
A.1 Cálculo em x
_________________________________________
M S1dx, A 7,0tf .m
_________________________________________
M S1dx, B 4,0tf .m
_________________________________________
M 1dx,mín 210 .(0,015 0,03 .h) 210 .(0,015 0,03 .0,6) 6,93tf .m _________________________________________
M S 1dx, B 4 _________________________________________
Como M S 1dx, A M 1dx,mín : bx 0,6 0,4. 0,6 0,4. 0,37 0,4 bx 0,4
M S 1dx, A 7
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
M 1dy, mín 210 .(0,015 0,03 .b) 210 .(0,015 0,03 .0,2) 4,41tf .m
_________________________________________
M S1dy, B 5
Como M S 1dy, A M 1dy,mín : by 0,6 0,4. 0,6 0,4. 0,93 _________________________________________
M S1dy, A 6
_________________________________________
e1 y M S 1dy, A / N Sd 6 / 210
25 12 ,5.
25 12 ,5.
25 12 ,5.
b b 0,2 _________________________________________
1 y 28,8 35 1 y 35,0
by by 0,93
_________________________________________
_________________________________________
B. Cálculo dos efeitos locais de 2ª ordem
Embora o índice de esbeltez limite tenha sido ultrapassado apenas em uma direção, _________________________________________
isto é, x 17 ,3 1x 64,2 e y 52,0 1 y 35,0 , vamos calcular os efeitos locais
_________________________________________
de 2ª ordem tanto em x como em y.
_________________________________________
B.1 Flexão oblíqua entre o topo e a base do pilar
a) Cálculo em x
_________________________________________
N Sd .l e2 210 .3 2 _________________________________________
B h .N Sd
2
5.h.M S1dx 0,6 .210
2
5.0,6.2,8 61,3
320 320 _________________________________________
b)Cálculo em y _________________________________________
_________________________________________
A 5.b 5.0,2 1,0
_________________________________________
N Sd .l e2 210 .32
B b .N Sd
2
5.b.M S1dy 0,2 .210
2
5.0,2.5,6 3,1
320 320 _________________________________________
_________________________________________
C. Esforços finais para dimensionamento
_________________________________________
A armadura longitudinal do pilar deverá ser dimensionada de modo que a sua
resistência ( N Rd , M Rdx , M Rdy ) atenda as condições de solicitação listadas a seguir.
_________________________________________
_________________________________________
C.3 Flexão oblíqua na base do pilar
_________________________________________
N Sd 210 tf ; M Sdx 4,0tf .m ; M Sdy 6,0tf .m
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Note que o efeito de 2ª ordem no meio do lance (ponto M) é o esforço crítico para o
dimensionamento e tende a levar a seção para o ELU na direção menos rígida. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Note que o efeito da 2ª ordem na direção menos rígida continua a ser preponderante
_________________________________________
e tende a levar a seção para o ELU. Quando comparado com o esforço total
calculado pelo método aproximado (8,59 tf.m), o valor obtido pelo Método Geral é
um pouco menor (8,0 tf.m).
_________________________________________
_________________________________________
8.3 Análise oblíqua mais precisa
_________________________________________
Nos exemplos anteriores, analisamos os pilares por meio de uma análise à flexão
composta oblíqua “simplificada”, isto é, calculamos os efeitos locais nas duas direções
de forma desacoplada, e depois fizemos a composição no final para o _________________________________________
dimensionamento da armadura.
_________________________________________
Para que essa simplificação possa ser adotada, a consideração da não-linearidade _________________________________________
física em cada uma das direções, isto é, a definição das rigidezes EI a serem
empregadas na análise, deve estar sempre a favor da segurança. _________________________________________
A rigidez EI jamais pode ser extraída pela curva em casos de flexão _________________________________________
oblíqua!
Nessa situação, deve-se utilizar sempre a rigidez definida pela reta (linearização do _________________________________________
diagrama N, M, 1/r). Caso contrário, isto é, se a rigidez for calculada pela curva, os
resultados ficarão contra a segurança. _________________________________________
Seja uma seção de 30 cm x 60 cm, composta por armadura de 16 barras 20 mm, _________________________________________
concreto C30, (c = 1,4), aço CA50, (s = 1,15).
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
O diagrama N, M, 1/r em torno da direção menos rígida com Nd = 150 tf e f3 = 1,1 é _________________________________________
mostrado a seguir.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Note que:
_________________________________________
O momento resistente último é de MRd = 60,3 tf.m.
A rigidez secante obtida pela reta é de EIsec = 8236,6 tf.m2.
_________________________________________
Imagine, agora, que esta seção esteja solicitada por um momento M x = 15 tf.m e um _________________________________________
momento My = 37 tf.m.
_________________________________________
Se fossem adotadas as retas, as rigidezes seriam EI sec,x = 1970,5 tf.m2 e EIsec,y = 8236,6 _________________________________________
tf.m2, conforme mostram as figuras a seguir.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Note que as rigidezes em ambas as direções não variam em função dos momentos, _________________________________________
são sempre constantes.
Utilizando o diagrama N, M, 1/r em torno de x (menos rígida), é possível extrair a rigidez _________________________________________
pela curva com Mx = 15 tf.m.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Perceba que a rigidez obtida pela curva (2769,3 tf.m2) é bem superior ao valor obtido
pela reta (1970,5 tf.m2).
_________________________________________
Por sua vez, utilizando o diagrama N, M, 1/r em torno de y (mais rígida), é possível
extrair a rigidez pela curva com My = 37 tf.m. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Observe que a rigidez obtida pela curva (10068,9 tf.m 2) é bem superior ao valor obtido _________________________________________
pela reta (8236,6 tf.m2).
_________________________________________
Essas rigidezes que acabaram de ser calculadas pelas curvas não podem ser
utilizadas, pois conduziriam a resultados contra a segurança! _________________________________________
Quando extraímos a rigidez EI sec,x = 2769,3 tf.m2 pelo diagrama N, Mx, (1/r)x,
_________________________________________
simplesmente não levamos em conta o momento My = 37 tf.m. Enquanto que, quando
extraímos a rigidez EIsec,y = 10068,9 tf.m2 pelo diagrama N, My, (1/r)y, não contabilizamos
o momento Mx = 15 tf.m. _________________________________________
A rigidez pela curva EIsec,x = 2769,3 tf.m2 somente poderia ser utilizada se o momento My _________________________________________
fosse igual a zero (flexão composta normal em torno de x). Já a rigidez pela curva
EIsec,y = 10068,9 tf.m2 somente poderia ser utilizada se o momento M x fosse igual a zero _________________________________________
(flexão composta normal em torno de y).
_________________________________________
Repetindo: as rigidezes pelas curvas, em nenhuma hipótese, podem ser adotadas em
análises à flexão composta oblíqua. _________________________________________
_________________________________________
Vamos agora introduzir uma novidade ainda não muito bem divulgada no meio _________________________________________
técnico profissional: a montagem de diagrama N, M, 1/r variando o momento fletor na
direção ortogonal à direção analisada. Isso gerará uma série de curvas (um para _________________________________________
cada valor de momento ortogonal até o esforço último).
_________________________________________
Trata-se uma abordagem ainda aproximada da flexão composta oblíqua real, mas
que já leva em conta a atuação dos dois momentos fletores na seção de forma
conjunta. _________________________________________
Veja, a seguir, uma série de diagramas N, M, 1/r em torno da direção x da seção _________________________________________
analisada, variando o momento My de 0 até o momento resistente último M Rd,y = 60,3
tf.m. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
As curvas com My = 0,0 tf.m destacadas na figura anterior correspondem exatamente _________________________________________
aos diagramas com 0,85.fcd e 1,1.fcd que utilizamos para extrair as rigidezes EIsec,x.
_________________________________________
Como é possível montar infinitos diagramas variando M y de 0,0 tf.m até My = MRdy =
60,3 tf.m, podemos então definir uma chamada superfície N, M, 1/r. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Com esse tipo de abordagem, passa a ser possível, por exemplo, extrair a rigidez (1/r)x _________________________________________
para um momento Mx = 15 tf.m com a atuação simultânea de um momento ortogonal
My = 37 tf.m. _________________________________________
Veja, a seguir, como fica o cálculo da rigidez EI sec,x para Mx = 15 tf.m utilizando o _________________________________________
diagrama N, Mx, (1/r)x com My = 37 tf.m. Esse diagrama é apresentado na vista lateral e
espacial, respectivamente. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
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_________________________________________
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_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Note que a rigidez obtida na superfície (2065,2 tf.m2) é um pouco maior que a extraída _________________________________________
pela reta (1970,5 tf.m2), porém bem menor do que o valor da curva (2769,3 tf.m2)
_________________________________________
Veja, a seguir, como fica o cálculo da rigidez EI sec,y para My = 37 tf.m utilizando o
diagrama N, My, (1/r)y com Mx = 15 tf.m. Esse diagrama é apresentado na vista _________________________________________
espacial e lateral, respectivamente.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Note que a rigidez obtida na superfície (8605,2 tf.m 2) é um pouco maior que a extraída _________________________________________
pela reta (8236,6 tf.m2), porém bem menor do que o valor da curva (10068,9 tf.m2)
_________________________________________
Reta a favor da segurança
_________________________________________
Bem, o principal objetivo de conhecer esse tipo de abordagem em que os dois
esforços são considerados em conjunto é compreender que a rigidez obtida pela
_________________________________________
linearização dos diagramas (retas), na grande maioria das vezes, está a favor da
segurança. E, por isso, é a forma mais recomendada de se obter a rigidez para o
cálculo dos efeitos locais num lance de pilar. _________________________________________
Voltemos a análise em torno da direção x (menor rigidez). A rigidez secante pela reta _________________________________________
é obtida com tensão de pico igual a 1,1.fcd, f3 = 1,1 e para um esforço igual a M Rd =
28,2 tf.m, conforme mostra a figura a seguir. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Agora, veja os diagramas N, Mx, (1/r)x, variando o momento ortogonal My de 0,0 até _________________________________________
MRdy = 60,3 tf.fm.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
A reta está por baixo de quase todas as curvas, gerando quase sempre uma rigidez _________________________________________
menor (a favor da segurança), independente do valor de My.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
A reta está por baixo de quase todas as curvas, gerando quase sempre uma rigidez _________________________________________
menor (a favor da segurança), independente do valor de M x.
_________________________________________
É exatamente pelas colocações anteriores que pode-se afirmar que ao adotar a
rigidez obtida pela reta estamos desacoplando as direções, pois a análise em uma
delas passa a ficar independente do esforço ortogonal à mesma. _________________________________________
Trata-se de um pilar esbelto submetido a uma flexão composta oblíqua, conforme _________________________________________
mostra a figura a seguir.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Esse exemplo é baseado em um caso estudado no PECE-USP.
Inicialmente, vamos verificá-lo à flexão composta oblíqua “simplificada” por meio dos _________________________________________
quatro métodos disponíveis na norma (pilar-padrão com 1/r aproximada, pilar-padrão
com rigidez aproximada, pilar-padrão acoplado a diagramas N, M, 1/r e método _________________________________________
geral).
_________________________________________
Depois, vamos utilizar a análise à flexão composta oblíqua de forma mais precisa,
empregando as rigidezes obtidas pela superfície N, M, 1/r. _________________________________________
Embora a verificação do M1d,mín seja obrigatória, não vamos fazê-la aqui pois o _________________________________________
objetivo desse exemplo será focar a análise dos efeitos locais de 2ª ordem.
Cálculo em y _________________________________________
y 12.
le
12 .
650
86,6 _________________________________________
b 26
_________________________________________
M S 1dy, A 4,0tf .m
_________________________________________
M S1dy, B 1,0tf .m
_________________________________________
e1 y M _________________________________________
25 12 ,5. 4 / 86,9
/ N Sd
25 12 ,5. 25 12 ,5. S 1dy, A
1 y b b 0,26 54 ,4 _________________________________________
by bx 0,5
_________________________________________
Como y = 86,6 > 1y = 54,4, é necessário calcular os efeitos locais nessa direção.
_________________________________________
Cálculo em z
_________________________________________
l 650
z 12. e 12 . 57,7
h 39 _________________________________________
_________________________________________
M S1dz, B 4,0tf .m
_________________________________________
M S 1dz, B 4,0
Como M S 1dz, A M 1dz,mín : bz 0,6 0,4. 0,6 0,4. 0,4
M S 1dz, A 8,0 _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Fazendo a composição dos esforços nas duas direções, tem-se:
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Veja que o pilar rompe na seção calculada entre o topo e a base (ponto M).
N Sd .l e2 86,9.6,5 2 _________________________________________
B b 2 .N Sd 5.b.M S1d 0,26 2.86,9 5.0,26 .0,5.4 8,2
320 320 _________________________________________
C N Sd .b 2 .M S1d 86,9.0,26 2.0,5.4 11,75 _________________________________________
7,5 _________________________________________
32.1 5. .0,6 51,1
0,26 .86,9
_________________________________________
0,5.4,0
M Sd ,tot 7,5tf .m OK ! _________________________________________
86 ,6 2
1
120 .51,1 / 0,6 _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Fazendo a composição dos esforços nas duas direções, tem-se:
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
O diagrama N, M, 1/r na direção menos rígida (direção y) para a armadura adotada, _________________________________________
NSd = 86,9 tf e f3 = 1,0 é apresentado a seguir.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Note que:
_________________________________________
O momento resistente último MRd na direção analisada é de 8,7 tf.m.
A rigidez obtida pelo diagrama (61,2) é maior que a rigidez aproximada _________________________________________
(51,1).
_________________________________________
O momento total aplicando a rigidez obtida pelo normal-diagrama momento-
curvatura é:
_________________________________________
0,5.4,0
M Sd ,tot 5,2tf .m _________________________________________
86 ,6 2
1
120 .61,2 / 0,6 _________________________________________
Esse esforço é bem menor que os valores obtidos anteriormente (8,4 tf para pilar- _________________________________________
padrão com 1/r aproximada e 7,5 para pilar-padrão com rigidez aproximada).
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Fazendo a composição dos esforços nas duas direções, tem-se:
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
A seção calculada entre o topo e a base (ponto M) passa.
Nesse processo, os efeitos locais de 2ª ordem são calculados nas duas direções. _________________________________________
As rigidezes EI são obtidas pela linearização dos diagramas N, M, 1/r (retas) em cada _________________________________________
direção, apresentados a seguir.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Os diagramas de momentos fletores nas direções menos rígida e mais rígida são _________________________________________
apresentados a seguir, respectivamente.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Como esperado, os efeitos de 2ª ordem na direção menos rígida foram pequenos, _________________________________________
justificando a não necesidade de calculá-los nos métodos aproximados ( < 1).
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Os esforços finais praticamente foram iguais aos valores obtidos pelo pilar-padrão _________________________________________
acoplado a diagramas.
_________________________________________
8.4.6 Flexão oblíqua mais precisa
_________________________________________
Finalmente, vamos analisar o mesmo pilar por um processo em que as rigidezes das
seções ao longo do lance, em cada direção, são calculadas levando em conta
atuação simultânea dos dois momentos fletores (M y e Mz). _________________________________________
Veja, a seguir, algumas figuras que ilustram como as rigidezes foram obtidas nesse _________________________________________
processo.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
É possível notar que nas duas direções, de uma forma geral, as rigidezes obtidas na _________________________________________
superfície N, N, 1/r são maiores que as rigidezes extraídas pelas retas (EI secy = 598,9 tf.m2
e EIsecy = 1356,4 tf.m2). _________________________________________
Dessa forma, os esforços de 2ª ordem ao longo do lance são menores, conforme _________________________________________
mostra a figura a seguir.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
9 Imperfeições geométricas locais
_________________________________________
De uma forma geral, analisar os efeitos de imperfeições geométricas durante a
elaboração de um projeto estrutural é uma tarefa bastante complexa e desafiante. _________________________________________
Como prever a magnitude das possíveis “falhas” geométricas que
_________________________________________
aparecerão durante a construção?
Essa é uma questão extremamente complicada de ser respondida, e que sempre _________________________________________
precisa ser tratada com muita seriedade pelo Engenheiro de Estruturas. Afinal de
contas, a resposta de um pilar é bastante sensível ao aparecimento dessas _________________________________________
imperfeições.
_________________________________________
No caso da avaliação dos efeitos das imperfeições locais, isto é, relacionados ao
lance de um pilar, além da dificuldade inerente ao tema, surgiram ainda muitas _________________________________________
dúvidas com relação à aplicação do momento mínimo de primeira ordem definido na
NBR 6118:2003. _________________________________________
A seguir, será exposta e estudada a proposta presente nos comentários técnicos da _________________________________________
NB-1, publicado pelo Ibracon.
_________________________________________
9.1 Aplicação do M1d,mín
_________________________________________
A NBR 6118:2003, em seu item 11.3.3.4.3, permite que o efeito das imperfeições
geométricas locais em um lance de pilar seja substituído, em estruturas reticuladas,
_________________________________________
pela consideração do momento mínimo de 1ª ordem, cujo valor é obtido pela
seguinte fórmula:
_________________________________________
M 1d ,mín N Sd .(0,015 0,03 .h)
_________________________________________
sendo: NSd a força normal solicitante com o seu valor de cálculo e h a altura da seção _________________________________________
na direção analisada, em metros.
_________________________________________
No mesmo item, define-se ainda que os efeitos de 2ª ordem, quando calculados,
devem ser acrescidos a este momento mínimo.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Seja um pilar com índice de esbeltez igual a 50, cujos
momentos nas extremidades, MA e MB, sejam opostos
e com valores iguais ao momento mínimo M1d,mín,
_________________________________________
conforme mostra a figura ao lado.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
b 0,6 0,4.
MB
0,2 0,4 b 0,4 _________________________________________
Nesse caso,
MA
_________________________________________
25 12,5.0,08
Admitindo uma excentricidade relativa e1/h = 0,08, teremos: 1 65 . _________________________________________
0,4
_________________________________________
Como pilar = 50 < 1 = 65, não é necessário calcular os efeitos locais de segunda _________________________________________
ordem. E, portanto, o momento crítico para o dimensionamento será igual ao M 1d,mín.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Nesse caso, b 1,0 (MA < M1d,mín) e a excentricidade relativa praticamente seria a _________________________________________
25 12,5.0,08
mesma, de tal forma que: 1 26 35 1 35 .
1,0 _________________________________________
Como pilar = 50 > 1 = 35, será necessário calcular os efeitos locais de segunda ordem. _________________________________________
E, portanto, o momento crítico para o dimensionamento será maior ao M 1d,mín, pois
terá o acréscimo do efeito de 2ª ordem (M2). _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Note que para situações bastante similares, os resultados são diferentes, podendo _________________________________________
ocasionar uma relativa descontinuidade de valores finais.
_________________________________________
Proposta prof. Graziano – ENECE 2004
_________________________________________
Em virtude do comportamento que acabou de ser descrito, o prof. Franscisco
Graziano propôs no ENECE realizado em 2004 um novo tipo de abordagem para
_________________________________________
aplicação do momento mínimo de primeira ordem, conforme está resumido a seguir.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Vale lembrar que a proposta do prof. Graziano leva a resultados a favor da _________________________________________
segurança.
_________________________________________
M1d,mín nas duas direções ?
Uma outra questão levantada sobre o momento mínimo de primeira ordem é quanto
_________________________________________
a sua aplicação simultânea nas duas direções do pilar.
_________________________________________
Vejamos o cálculo do M1d,mín para um pilar de seção retangular.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
A pergunta é: será necessário verificar uma situação em que há a atuação dos dois
momentos mínimos, M1dx,mín e M1dy,mín, ao mesmo tempo? _________________________________________
A proposta consiste em definir uma envoltória mínima de 1ª ordem, tomada a favor da _________________________________________
segurança, pela seguinte expressão:
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Desta forma, a verificação do momento mínimo pode ser considerada atendida
quando, no dimensionamento adotado, obtém-se uma envoltória resistente que _________________________________________
englobe a envoltória mínima de 1ª ordem.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Por sua vez, quando há a necessidade de calcular os efeitos locais de 2ª ordem, a
verificação do momento mínimo pode ser considerada atendida quando, no
_________________________________________
dimensionamento adotado, obtém-se uma envoltória resistente que englobe a
envoltória mínima com 2ª ordem, cujos momentos totais são calculados a partir dos
momentos mínimos de 1ª ordem.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
A consideração destas envoltórias mínimas pode ser realizada através de duas
análises à flexão composta normal, calculadas de forma independente dos momentos _________________________________________
fletores de 1ª ordem atuantes nos extremos do pilar.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
É importante notar que:
_________________________________________
A definição da envoltória mínima com e sem 2ª ordem independe do
diagrama de momentos fletores solicitantes no lance do pilar. Ou seja, a
descontinuidade apresentada nos itens anteriores deixará de existir. _________________________________________
Não há a aplicação simultânea do momento mínimo total nas duas direções. _________________________________________
_________________________________________
A seguir, vamos resolver alguns exemplos com o intuito de tornar o que foi exposto _________________________________________
sobre o M1d,mín mais claro.
_________________________________________
9.2.1 Exemplo 1
_________________________________________
Seja um pilar de 30 cm x 30 cm, com comprimento equivalente de 3 m e força normal
de cálculo igual a 210 tf, conforme mostra a figura a seguir. _________________________________________
_________________________________________
b 30cm e h 30cm
_________________________________________
le 300 _________________________________________
x 12 . 12 . 34,6
h 30
_________________________________________
l 300
y 12. e 12 . 34,6 _________________________________________
b 30
_________________________________________
Antes de iniciar os cálculos, é interessante observar quais dados são necessários para _________________________________________
fazer a verificação do M 1d,mín. São eles: seção transversal, comprimento equivalente l e
e força normal de compressão. Note que não é necessário conhecer previamente o _________________________________________
diagrama de momentos fletores solicitantes.
_________________________________________
A. Flexão composta normal com atuação de M1dx,mín e M1dy,mín
_________________________________________
Como a seção é simétrica, temos:
_________________________________________
M 1dx,mín M 1dy,mín 210 .(0,015 0,03 .h) 210 .(0,015 0,03 .0,2) 210 .0,024 5,04tf .m
_________________________________________
bx 1,0 , pois M1dA = M1d,mín
_________________________________________
Como 34,6 1 35,0 , não é necessário calcular os efeitos locais de 2ª ordem em
nenhuma das direções. _________________________________________
B. Esforços mínimos para dimensionamento _________________________________________
O pilar deverá ser dimensionado de modo que a sua resistência ( N Rd , M Rdx , M Rdy )
_________________________________________
atenda as condições mínimas de solicitação listadas a seguir. São duas flexões
compostas normais isoladas. _________________________________________
N Sd 210 tf _________________________________________
_________________________________________
B.2 Flexão normal com atuação de M1dy,mín
_________________________________________
N Sd 210 tf
_________________________________________
M Sdx 0,0tf .m
_________________________________________
M Sdy 5,04tf .m
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
O dimensionamento do pilar deve gerar uma envoltória resistente que englobe
totalmente a envoltória mínima de 1ª ordem.
_________________________________________
9.2.2 Exemplo 2
_________________________________________
Vamos resolver agora um exemplo que está presente nos comentários da NB-1.
_________________________________________
Seja um pilar de 20 cm x 60 cm, com comprimento equivalente de 3 m e força normal
de cálculo igual a 210 tf, conforme mostra a figura a seguir. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
le 300 _________________________________________
x 12. 12 . 17,3
h 60
_________________________________________
le 300
y 12. 12 . 52,0 _________________________________________
b 20
_________________________________________
_________________________________________
Independente dos momentos fletores que o pilar estará submetido, para verificar a
envoltória mínima devem ser realizadas duas análises à flexão composta normal.
_________________________________________
A. Flexão normal com atuação de M1dx,mín
_________________________________________
M 1dx,mín 210 .(0,015 0,03 .h) 210 .(0,015 0,03 .0,6) 6,93tf .m
_________________________________________
bx 1,0 , pois M1dA = M1d,mín _________________________________________
_________________________________________
Como x 17,3 1x 35,0 , não é necessário calcular os efeitos locais de 2ª ordem.
_________________________________________
B. Flexão normal com atuação de M1dy,mín
_________________________________________
M 1dy,mín 210 .(0,015 0,03 .b) 210 .(0,015 0,03 .0,2) 4,41tf .m
_________________________________________
by 1,0 , pois M1dA = M1d,mín
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
O dimensionamento do pilar deve gerar uma envoltória resistente que englobe _________________________________________
totalmente a envoltória mínima com 2ª ordem, que foi gerada a partir a envoltória
mínima de 1ª ordem. _________________________________________
Perceba que, com a representação gráfica em planta, fica fácil compreender bem
_________________________________________
como verificar o momento mínimo de 1ª ordem.
_________________________________________
Concluindo _________________________________________
A verificação do M1d,mín por meio das envoltórias mínimas independe dos momentos _________________________________________
fletores atuantes no pilar. Se por exemplo, para o pilar estudado anteriormente
existissem várias hipóteses de diagramas de momentos fletores, conforme mostra a _________________________________________
figura a seguir, a verificação do momento mínimo de primeira ordem seria realizada
apenas uma única vez.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
10 Pilar-parede
_________________________________________
Esse é, com certeza, um dos temas que tem mais gerado controvérsias no meio
técnico profissional após a aprovação da NBR 6118:2003. Existem várias razões para _________________________________________
isso, pois, como veremos mais adiante, se trata de um assunto que ainda tem uma
longa e difícil trajetória de pesquisas na busca de uma solução que tenha uma
_________________________________________
abrangência adequada e significativa.
Dessa forma, o que será exposto a seguir não pode, em hipótese alguma, ser
_________________________________________
considerado como uma verdade absoluta. O que se pretende aqui é fornecer uma
visão ampla de um problema que ainda necessita ser resolvido e melhor estudado. _________________________________________
Definição _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Nesse mesmo item da norma de concreto, tem-se: “Para que se tenha um pilar- _________________________________________
parede, em alguma dessas superfícies a menor dimensão deve ser menor que 1/5 da
maior, ambas consideradas na seção transversal do elemento do pilar”. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Pilar-parede não é um pilar comum!
_________________________________________
Antes de iniciar o cálculo de um pilar-parede, é importante refletir um pouco sobre
suas funções e particularidades, que o tornam um elemento particular e notoriamente
_________________________________________
diferente de um pilar comum.
Seja um edifício composto por oito pavimentos, conforme mostram as figuras a seguir. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Note que o pilar intermediário P6 possui dimensões (20 cm X 180 cm) que o caracteriza _________________________________________
como um pilar-parede.
_________________________________________
Como esperado, esse pilar resiste a uma boa parcela dos esforços gerados pelas
ações verticais e horizontais (vento), conforme mostra a figura a seguir. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Perceba que o pilar-parede P6, dentro do contexto global do edifício, quando _________________________________________
solicitado pela ação horizontal, praticamente tem um comportamento de uma barra
engastada na base, resistindo momentos fletores significativos nos dois primeiros _________________________________________
lances. O mesmo não ocorre nos demais pilares que fazem parte dos pórticos de
contraventamento. _________________________________________
Seção plana?
_________________________________________
É uma hipótese quase que constante no dimensionamento de um elemento de
concreto armado, a manutenção da seção plana após as deformações. Pergunta: _________________________________________
num pilar-parede submetido à flexão composta oblíqua, isso é válido?
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Particularidades
_________________________________________
Devido a imposições arquitetônicas e estruturais, o emprego de pilares-parede em
edifícios de concreto armado tem sido muito comum no Brasil. Em países sujeitos a _________________________________________
efeitos sísmicos, o uso desse elemento como parte integrante da estrutura resistente,
sempre foi uma prática usual e recomendada. São os chamados “reinforced concrete _________________________________________
walls” e “shear walls”.
_________________________________________
Contudo, é importante visualizar claramente que existem discrepâncias entre o que é
empregado nos países com sismo e o que é adotado no Brasil. Embora as dimensões _________________________________________
da seção transversal dos pilares presentes em estruturas no exterior os caracterizem
como pilar-parede (hi < bi/5), a esbeltez em torno da menor dimensão não é tão _________________________________________
elevada como nos pilares-parede comuns em estruturas no nosso país.
_________________________________________
Veja, a seguir, o exemplo de uma estrutura definida no Canadá.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Nos pilares-parede simples (uma lâmina) ou compostos (mais de uma lâmina), além
dos efeitos locais no lance como um todo, podem surgir efeitos concentrados em suas _________________________________________
extremidades devido ao aumento do esforço normal provocado pela atuação do
momento fletor segundo sua direção mais rígida. Esses são os chamados efeitos _________________________________________
localizados de 2ª ordem.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
a) a base e o topo da lâmina devem estar convenientemente fixados às lajes do edifício, _________________________________________
que conferem ao todo o efeito de diafragma horizontal.
b) a esbeltez i de cada lâmina deve ser menor que 35, podendo o cálculo dessa _________________________________________
esbeltez i ser efetuado através da expressão dada a seguir:
_________________________________________
l ei
i 3,46 . _________________________________________
hi
_________________________________________
onde, para cada lâmina: lei é o comprimento equivalente e hi é a espessura.
_________________________________________
O valor de lei depende dos vínculos de cada uma das extremidades verticais da lâmina,
conforme mostra a figura a seguir. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Ou seja, num pilar retangular e num com formato “U”, tem-se: _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Descrição _________________________________________
Esse método é descrito no item 15.9.3 da NBR 6118:2003. Os efeitos localizados de 2ª _________________________________________
ordem são calculados a partir da subdivisão das lâminas do pilar-parede em faixas.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
A largura de cada faixa deve ser ai = 3.h ≤ 100 cm.
O esforço total atuante no pilar é decomposto para cada uma das faixas _________________________________________
considerando uma distribuição de tensões linear ao longo da seção, conforme ilustra
a figura a seguir. _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
O momento fletor decomposto na direção menos rígida de cada faixa geralmente é
pequeno, prevalecendo quase que sempre a aplicação do M1d,mín. _________________________________________
O fato de cada faixa ser analisada de forma isolada é uma das grandes críticas ao _________________________________________
método, visto que a interação entre elas (que existe) é ignorada.
_________________________________________
10.2.1 Exemplo 1
_________________________________________
Trata-se de um pilar-parede retangular cujos dados são apresentados na figura a
seguir.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Esse exemplo foi apresentado em uma das palestras do ENECE2006.
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Vamos analisar os efeitos localizados de 2ª ordem por meio do processo aproximado
da NBR 6118:2008, utilizando o método geral para o cálculo das faixas. _________________________________________
Inicialmente, apenas com o intuito de discutir mais a frente sobre o acréscimo de _________________________________________
armadura gerado pela análise dos efeitos localizados, vamos calcular o pilar-parede
somente considerando somente os efeitos locais de 2ª ordem, lembrando que, _________________________________________
segundo a NBR 6118:2003, isso não é permitido.
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12 .3,0
x 52
0,2 _________________________________________
M Ax M Bx 8,4tf .m _________________________________________
_________________________________________
8,4
bx 0,6 0,4. 1,0
8,4 _________________________________________
Como x = 52 > 1x = 35 e y =3,5 < 1y = 35, então é necessário calcular os efeitos de 2ª _________________________________________
ordem na direção x. Para isso, vamos utilizar o método do pilar-padrão com rigidez
aproximada. _________________________________________
Uma possível configuração de armadura que resiste adequadamente esses esforços é _________________________________________
apresentada a seguir.
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Essa armadura equivale a uma taxa geométrica de 1,7%.Ac (100,5 cm2). _________________________________________
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_________________________________________
Essa armadura equivale a uma taxa geométrica de 2,3%.Ac (138,2 cm2) e representa _________________________________________
um acréscimo de 38% em relação ao cálculo sem a consideração dos efeitos
localizados. _________________________________________
Como os momentos fletores em torno da direção mais rígida atuam de forma _________________________________________
simétrica, a distribuição das armaduras também deve ser simétrica.
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Com a rigidez definida em cada faixa, pode-se então fazer uma análise não-linear _________________________________________
geométrica discretizando cada faixa em vários segmentos (barras), com intuito de
obter os efeitos localizados de 2ª ordem.
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Os principais resultados são apresentados resumidamente nas figuras a seguir.
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Percebe-se o surgimento de efeitos localizados de 2ª ordem na extremidade do pilar-
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parede comprimida pelo momento fletor que atua na direção mais rígida.
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Nesse exemplo, vamos estudar um pilar composto por 3 lâminas com um formato de _________________________________________
um “U”, cujos dados são mostrados a seguir.
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Ele representa uma situação típica de uma caixa de elevador comum nos edifícios de
concreto armado. _________________________________________
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A. Cálculo sem efeitos localizados
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O dimensionamento sem a consideração dos efeitos
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localizados de 2ª ordem (em desacordo com a NBR
6118:2003) conduziria a um dimensionamento com
112 10 mm (88 cm2). _________________________________________
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Uma alternativa muito eficente para se evitar o acréscimo exagerado de armaduras _________________________________________
nas extremidades livres de pilar-parede, onde os efeitos localizados de 2ª ordem são
preponderantes, é enrijecer esses locais por meio da criação de “dentes de _________________________________________
concreto”.
_________________________________________
Trata-se de um tipo de solução que os construtores não apreciam, pois dificulta a
execução da obra. Porém, é extremamente eficaz.
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Veja, a seguir, um exemplo de enrijecimento num pilar de caixa de escadas.
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Vamos analisar o pilar-parede que calculamos a pouco criando “dentes de concreto” _________________________________________
de 20m nas extremidades livres, conforme ilustra a figura a seguir.
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Analisando a esbeltez de cada lâmina de acordo com o comprimento le corrigido em
função de suas vinculações (que agora deve levar em conta os “dentes de concreto” _________________________________________
como enrijecedores das extremidades livres), percebe-se que não é mais necessário
calcular os efeitos localizados de 2ª ordem, conforme mostra a figura a seguir. _________________________________________
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Dessa forma, o dimensionamento conduziria a um
dimensionamento com 116 10 mm (91 cm2). _________________________________________
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Apenas para comprovar que esse resultado está compatível, vamos subdividir o pilar- _________________________________________
parede em faixas e verificá-las.
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Embora a extremidade com o “dente de concreto” seja solicitada por uma força _________________________________________
normal de compressão maior (a área da faixa aumenta), note que os efeitos
localizados de 2ª ordem nas extremidades são pequenos. Os esforços de 2ª ordem _________________________________________
passam a ser maiores nas faixas que estão no meio das lâminas.
_________________________________________
Conforme já foi dito no início deste capítulo, o cálculo de pilares-parede é um dos _________________________________________
assuntos mais discutidos e criticados no meio técnico profissional após a entrada em
vigor da NBR 6118:2003. _________________________________________
Quando comparada com a extinta NB1-1980, na qual o pilar-parede era calculado _________________________________________
somente como um pilar comum, o dimensionamento considerando os efeitos
localizados de 2ª ordem pelo processo aproximado previsto na norma atual, gerou um _________________________________________
acréscimo significativo na taxa de armadura necessária.
_________________________________________
Alguns artigos técnicos foram publicados procurando evidenciar a imprecisão do
método proposto na NBR 6118:2003. Esse fato deve, sim, ser considerado, mas com
ressalvas. _________________________________________
A maior crítica com relação ao processo aproximado definido na NBR 6118:2003 é a _________________________________________
subdivisão das lâminas do pilar-parede em faixas independentes entre si como se
fossem pilares isolados, pois isso vai contra a situação real. _________________________________________
A seguir, será apresentado e estudado por meio de exemplos um novo tipo de _________________________________________
modelagem que representa uma evolução do processo presente na norma.
_________________________________________
Nessa modelagem, o pilar-parede continua sendo dividido em faixas, porém as
mesmas passam a ser interligadas umas às outras por meio de elementos transversais,
resultando numa malha de barras. _________________________________________
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Cada faixa é modelada por barras longitudinais que são interligadas por barras _________________________________________
transversais.
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Dada a força normal (NSd) após a decomposição dos esforços totais no pilar-parede,
bem como a configuração de armaduras existente, são montados vários diagramas N, _________________________________________
M, 1/r que definem uma rigidez EIsec (a partir da linearização) para cada faixa.
_________________________________________
Os efeitos de 2ª ordem são calculados por um processo iterativo que busca a posição
final de equilíbrio de todo conjunto. _________________________________________
As imperfeições geométricas são consideradas por meio da aplicação do momento
mínimo de 1ª ordem (M1d,mín) em cada faixa.
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Esforços transversais
Devido à presença das barras transversais no modelo, além dos esforços ao longo de _________________________________________
cada faixa, obtêm-se também os esforços solicitantes (N, M e V) na direção transversal
do pilar-parede. _________________________________________
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No item 18.5 da NBR 6118:2003, tem-se:
_________________________________________
“A armadura transversal de pilares-parede deve respeitar a armadura mínima de flexão de
placas, se essa flexão e a armadura correspondente forem calculadas. Em caso contrário, a _________________________________________
armadura transversal deve respeitar o mínimo de 25% da armadura longitudinal da face.”
_________________________________________
Esse é um outro item que gerou uma grande discussão no meio técnico profissional,
principalmente por ter gerado um consumo excessivo de armadura transversal em _________________________________________
pilares-parede, muito embora na extinta NB-1:1980, item 6.3.1.4, a taxa mínima exigida
era de 50%, condição esta que poderia ser desprezada quando As > 2%.Ac ou l > _________________________________________
12,5mm.
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A seguir, vamos resolver os mesmos exemplos calculados anteriormente pelo processo
aproximado da NBR 6118:2003, agora com a modelagem com malha.
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A lâmina é subdivida em 5 faixas com largura de 60 cm, cada qual com uma
configuração de armadura pré-definida.
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É adotada a rigidez à flexão integral nas barras transversais (EIc), enquanto que a
rigidez à torção das mesmas é desprezada.
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Com as rigidezes de todos os elementos definidos, pode-se então fazer uma análise
não-linear geométrica com intuito de obter os efeitos localizados de 2ª ordem. _________________________________________
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Conclusões
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A modelagem com malha se comportou de forma adequada.
A ligação entre as faixas gerou uma diminuição dos efeitos localizados de 2ª _________________________________________
ordem (de 2,4 tf.m para 2,0 tf.m). Porém, nesse exemplo, isso não refletiria num
decréscimo na armadura consumida nas extremidades do pilar-parede. _________________________________________
Os momentos fletores nas barras transversais foram muito pequenos, reflexo da
ligeira deformação dos alinhamentos horizontais. Contudo, esses resultados não _________________________________________
podem ser considerados de forma exclusiva para o estabelecimento de uma
armadura transversal mínima. _________________________________________
Para se ter uma resposta mais conclusiva com relação aos efeitos localizados
_________________________________________
de 2ª ordem, bem como da definição da armadura transversal necessária, deve-se
estudar inúmeros outros casos que podem estar presentes em estruturas de edifícios de
concreto armado. Veja apenas um deles a seguir. _________________________________________
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10.3.2 Exemplo 2
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Trata-se de um pilar em “U” (já estudado anteriormente), conforme mostra abaixo.
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Os principais resultados obtidos pela modelagem com malha são apresentados a _________________________________________
seguir.
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Conclusões
A ligação entre as faixas gerou uma diminuição significativa dos efeitos _________________________________________
localizados de 2ª ordem (de 4,6 tf.m para 1,0 tf.m), não justificando o acréscimo de
armadura consumida nas extremidades do pilar-parede gerado pela aplicação do
_________________________________________
processo aproximado (faixas isoladas).
Os momentos fletores nas barras transversais foram não foram tão pequenos, _________________________________________
pois as lâminas com uma borda livre praticamente “engastaram” na superfície
vinculada do pilar-parede. Esses esforços indicaram a necessidade da colocação de _________________________________________
armaduras transversais (estribos).
_________________________________________
10.3.3 Exemplo 3
_________________________________________
Finalmente, vamos fazer a análise do pilar em “U” com dentes de concreto em suas
extremidades livres por meio da modelagem com a malha.
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Conclusões
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11 Aspectos gerenciais de projeto
_________________________________________
Os processos mais exatos (se é que existe “exatidão” na Engenharia) são normalmente
aqueles mais valorizados pelo meio acadêmico. Para um pesquisador, por exemplo, _________________________________________
não importa muito se o que está sendo adotado é algo inviável de ser colocado em
prática. Interessa, sim, a precisão dos resultados, o uso de formulações inovadoras e
_________________________________________
deduções rebuscadas.
Paralelamente a esse panorama, existe o profissional que efetivamente faz o uso dos
_________________________________________
processos criados em pesquisas na vida real. É a pessoa que precisa “colocar a
estrutura de pé” e que necessita gerenciar um conjunto de fatores ao mesmo tempo, _________________________________________
dentre eles a segurança, o conhecimento, a responsabilidade, a experiência, o bom-
senso e a produtividade. Nesse caso, nem sempre o mais preciso é o mais indicado _________________________________________
para ser usado de forma generalizada no cotidiano.
_________________________________________
Vejamos um exemplo a seguir.
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_________________________________________
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_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Dessa forma, pretende-se fazer aqui um resumo de aspectos gerenciais importantes no _________________________________________
que se refere ao cálculo de pilares sem se deter ao preciosismo matemático e ao rigor
científico. _________________________________________
O intuito é aliar os conceitos apresentados ao longo curso com a prática do dia-a-dia,
_________________________________________
de tal forma a auxiliar na tomada de decisões durante a elaboração de um projeto.
Não encare o que vai ser apresentado a seguir como regras fechadas, imutáveis e
_________________________________________
infalíveis. São apenas colocações que devem ser encaradas sempre de forma muito
crítica, pois na Engenharia de Estruturas “cada caso é um caso”. _________________________________________
Em primeiro lugar, é sempre muito importante relembrar que os pilares são elementos _________________________________________
essenciais no bom comportamento estrutural de um edifício. Dessa forma, verificar os
resultados emitidos por um sistema computacional passa a ser uma tarefa que _________________________________________
necessita ser realizada sempre com extremo cuidado e atenção.
_________________________________________
No fundo, todo Engenheiro sabe da importância dos pilares. O que acontece é que,
devido a exigências arquitetônicas e principalmente ao intenso ritmo do cotidiano, isso _________________________________________
acaba sendo esquecido e o Engenheiro passa a correr mais riscos desnecessários.
Nos dias de hoje, de um modo geral, os Engenheiros de Estruturas estão confiando _________________________________________
demais nos computadores. Isso é um fato consumado. A visão global do projeto e a
sensibilidade com relação à ordem de grandeza dos resultados estão sendo _________________________________________
“perdidas”.
_________________________________________
Para que isso seja evitado, mais do que saber executar os cálculos nos mínimos
detalhes, é necessário saber gerenciar o projeto. _________________________________________
No caso de pilares, antes mesmo de entrar a fundo no seu dimensionamento, é
_________________________________________
fundamental detectar quais são os pontos críticos da estrutura. Qual lance de pilar eu
não posso errar? Qual aquele que devo introduzir mais segurança? Quais são aqueles
que eu não preciso me preocupar? _________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
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_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
As respostas dessas questões são a chave para um bom cálculo de pilares. Acontece
que respondê-las, quase sempre, não é uma tarefa fácil e direta como se imagina. _________________________________________
A seguir, serão apresentados alguns pontos que podem auxiliá-lo a responder essas _________________________________________
perguntas.
_________________________________________
Foque a análise estrutural em primeiro lugar. Se essa etapa for bem resolvida, “meio _________________________________________
caminho estará andado” para que o projeto seja um sucesso. Muitas vezes, quando
surgem problemas no dimensionamento, os porquês dessas ocorrências são _________________________________________
encontrados na modelagem adotada. O dimensionamento das armaduras é reflexo
direto da análise estrutural.
_________________________________________
Uma simples visualização gráfica da distribuição de esforços ao longo do edifício já
pode auxiliar bastante. _________________________________________
Na medida do possível, duplique edifícios, estude várias alternativas, de tal forma a _________________________________________
obter uma “estrutura ideal”. Nisso, o computador pode nos ajudar bastante.
_________________________________________
11.2.2 Valores globais
_________________________________________
Durante a elaboração de um projeto estrutural, não é função do Engenheiro de
Estruturas verificar os resultados obtidos por um sistema computacional nos mínimos _________________________________________
detalhes. Nem existe tempo disponível para isso. O objetivo é evitar que erros grosseiros
passem de forma despercebida. _________________________________________
Por isso, num primeiro momento, é conveniente recorrer a relatórios que forneçam
_________________________________________
resultados globais que despertem algum tipo de sensibilidade com relação aos
cálculos efetuados pelo computador. Somente utilize relatórios que possuem detalhes
de esforços, que geralmente são listagens “infinitas”, quando for necessário averiguar _________________________________________
algum valor específico após o checklist inicial.
_________________________________________
Não adianta abrir um relatório de montagem de carregamentos utilizados no
dimensionamento de pilares para ser verificado do início ao fim. Ele é bastante útil _________________________________________
apenas no momento em que se deseja saber, por exemplo, porque a magnitude de
um esforço num determinado lance de pilar está exagerada. _________________________________________
A seguir, serão apresentados e discutidos alguns valores que podem ser úteis durante a _________________________________________
avaliação global do cálculo de pilares.
_________________________________________
Basicamente, os pilares podem ser classificados de acordo com o seu índice de _________________________________________
esbeltez da seguinte forma:
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_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
Nas estruturas usuais de concreto armado, a grande maioria dos pilares tem um índice _________________________________________
de esbeltez inferior a 90. Em certos casos particulares na qual a arquitetura do edifício
impõe uma geometria mais ousada, adotam-se pilares mais esbeltos (90 < ≤ 140). _________________________________________
Casos de pilares com índice de esbeltez superior a 140 são raros e devem ser evitados.
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Lembre-se sempre que um pilar com = 90 já é bastante esbelto. Num trecho
biapoiado com seção de 25 x 40, para atingir esse valor é necessário um comprimento _________________________________________
equivalente de 6,5 m.
É conveniente evitar a adoção de pilares esbeltos num edifício de forma generalizada, _________________________________________
pois isso pode comprometer à segurança do edifício. Os pilares esbeltos são mais
sensíveis às imperfeições geométricas e aos efeitos de 2ª ordem. _________________________________________
Não é porque existem processos que permitem o cálculo de pilares com até = 200, _________________________________________
que os pilares com esbeltez elevada devem ser definidos de forma generalizada e
arbitrária.
_________________________________________
Após o processamento do edifício, procure separar os trechos de pilares com > 90
para serem avaliados com mais detalhes. _________________________________________
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Sd ( f .N Sk ) / Ac N Sd / Ac N Sd _________________________________________
Rd f ck / c f cd Ac . f cd _________________________________________
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É difícil estabelecer um limite máximo para a tensão de compressão ou para a força _________________________________________
normal adimensional, visto que o dimensionamento final da seção do pilar é
dependente de diversos outros fatores. Mas, de uma forma geral, ≥ 1,0 já representa _________________________________________
uma taxa de compressão considerável.
_________________________________________
Após o processamento do edifício, procure dar atenção a trechos de pilares com ≥
1,2, e verifique a possibilidade diminuir a taxa de compressão aumentando a seção de
_________________________________________
concreto ou alterando a estrutura.
Além disso, é recomendável que os pilares tenham taxas de compressão similares na _________________________________________
base do edifício, de tal forma a evitar uma situação em que alguns deles estejam
“folgados” e os outros “muito carregados”. _________________________________________
A NBR 6118:2003 estabelece 0,4%.Ac e 8%.Ac como taxas geométricas de armaduras _________________________________________
longitudinais mínimas e máximas numa seção de pilar, respectivamente. Na prática,
valores acima de 2%.Ac já podem ser considerados elevados. _________________________________________
Após o processamento do edifício, separe os trechos de pilares que possuem uma
_________________________________________
taxa de armadura superior a 2%.Ac, e verifique a possibilidade diminuir esse valor
aumentando a seção de concreto ou alterando a estrutura.
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_________________________________________
Na vida real
_________________________________________
De acordo com o exposto anteriormente, não significa que nunca possamos definir
um lance com > 90 ou com > 1,2 ou com uma taxa de armadura superior a 2%.Ac, _________________________________________
pois, na vida real, são situações que invariavelmente acontecem.
_________________________________________
O importante é ter noção do que elas representam para o comportamento da
estrutura, de tal forma a sempre priorizar um cálculo de pilares que alie segurança e _________________________________________
economia.
_________________________________________
Cada Engenheiro, com a sua experiência, deve ir memorizando em sua mente valores
ou índices globais que o auxiliem a gerenciar o cálculo de pilares. Na prática, muitas
_________________________________________
vezes, isso acaba até sendo mais importante do que saber calcular “um pilar na mão”.
Já foi dito que um pilar de concreto armado é bastante sensível perante as _________________________________________
imperfeições geométricas locais, e que a consideração das mesmas é obrigatória em
seu cálculo. _________________________________________
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_________________________________________
Apenas para relembrar, essa envoltória é verificada sem grandes dificuldades por
meio de duas flexões compostas normais.
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Conforme se pôde observar durante a resolução dos exemplos ao longo do curso, o _________________________________________
uso de processos mais sofisticados (pilar-padrão acoplado a diagramas N, M, 1/r e
método geral) tende a levar a um dimensionamento mais econômico. Em certos _________________________________________
casos, a redução da armadura não é pequena.
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No entanto, é importante ter em mente que o uso de processos mais refinados, e a
conseqüente redução de armaduras, leva a uma estrutura “mais enxuta”, e portanto,
que fica mais propensa a atingir um Estado Limite Último. Na vida real, não temos a _________________________________________
noção exata do quanto estamos perto ou longe do ELU considerado nos cálculos.
Por isso, é recomendável que o uso de processos mais refinados no dimensionamento _________________________________________
de armaduras de pilares, de forma generalizada, seja feito apenas se o Engenheiro
tenha total segurança e controle da modelagem utilizada para simular a estrutura. _________________________________________
Caso contrário, deve-se sempre primar pela segurança da estrutura.
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É muito importante lembrar que existem especialistas renomados que defendem que
uma maior segurança seja introduzida no cálculo atual dos pilares.
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Vale a pena se arriscar?
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Estudar e experimentar
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Nos sistemas computacionais atuais, pode-se verificar um lance de pilar por qualquer
um dos métodos de forma bastante fácil. Isso auxilia, e muito, no entendimento do _________________________________________
assunto (que é complexo), em adquirir mais confiança nos resultados emitidos pelo
computador e em enxergar melhor as aproximações inerentes de cada método. _________________________________________
Assim como o pilar-padrão acoplado a diagramas N, M, 1/r, o método geral é mais _________________________________________
indicado para verificação de situações específicas, como foi exemplificado no item
anterior. Nesses casos, sua grande vantagem é que ele nos consegue retratar a real _________________________________________
situação do pilar perante o ELU.
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O uso do método geral é obrigatório para pilares com > 140. Recomenda-se adotar
um coeficiente ponderador adicional (n = 1,4) nesses casos.
Encare o processo aproximado para análise dos efeitos localizados de 2ª ordem _________________________________________
presente na NBR 6118:2003 apenas como um estágio inicial, e não como algo
definitivo. Alguns artigos já mostraram que esse método, em certos casos, pode se _________________________________________
tornar impreciso.
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Enquanto aguardamos uma solução definitiva para esse problema, é necessário bom-
senso na tomada de decisões.
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Na medida do possível, evite a adoção de pilares-paredes com grandes esbeltez, pois
isso resultará num elevado consumo de armaduras em suas extremidades livres. Muitas _________________________________________
vezes, ao aumentar um pouco a espessura da lâmina, os efeitos localizados de 2ª
ordem podem se tornar insignificantes. _________________________________________
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12 Tendências
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Prever o futuro é uma tarefa bastante complicada, mas é possível fazer algumas
indicações com relação ao cálculo de pilares de concreto armado. _________________________________________
Complexidade inevitável
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Embora todo tipo de aproximação de um problema de Engenharia seja algo
extremamente salutar (na essência, fazer Engenharia, muitas vezes, é simplificar o que _________________________________________
existe na vida real), o cálculo de pilares tenderá a ser cada vez mais refinado e
sofisticado, tornando-se, inevitavelmente, mais complexo. _________________________________________
Se existisse uma fórmula simples que possibilitasse o cálculo de todo e qualquer tipo de _________________________________________
pilar de forma precisa, segura e infalível, seria ótimo! Talvez isso venha a ocorrer no
futuro, mas é pouco provável por enquanto. _________________________________________
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12.1 NBR 6118:2008
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A evolução da nossa norma de concreto, a NBR 6118, seja talvez uma das
necessidades mais importantes de toda Engenharia de Estruturas, uma vez que a
mesma é o mecanismo mais eficiente para se fazer o elo entre a teoria e a prática. _________________________________________
No que se refere ao cálculo de pilares, as novidades que podem fazer parte da _________________________________________
próxima revisão da NBR 6118 prevista para 2008, são:
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Melhoria no texto que descreve o momento mínimo de 1ª ordem (M1d,mín),
indicando o uso das envoltórias mínimas como forma de verificação das imperfeições _________________________________________
geométricas locais.
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Inclusão da formulação direta do método do pilar-padrão com rigidez
aproximada. _________________________________________
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A 5.h
N .l 2
2
A.M Sd ,tot B.M Sd ,tot C 0 , onde: B h 2 .N Sd Sd e 5.h.M S 1d _________________________________________
320
C N Sd .h 2 .M S 1d _________________________________________
B B 2 4. A.C _________________________________________
M Sd ,tot
2. A _________________________________________
Melhorias com relação ao cálculo dos efeitos localizados de 2ª ordem em
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pilares-parede que, conforme já foi dito anteriormente, ainda tem muito que evoluir.
Conforme já foi apresentado logo no início desse curso, o cálculo de pilares que _________________________________________
efetuamos hoje em dia possui várias aproximações.
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Vamos relembrar como calculamos os pilares atualmente.
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Inicialmente, a estrutura como um todo é calculada no computador por meio de uma _________________________________________
modelagem numérica (modelo global).
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- Os pilares estão imersos nesse
modelo global, vinculados às vigas. _________________________________________
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Uma vez efetuado o cálculo global, cada lance de pilar é extraído desse modelo e
passa a ser analisado de forma isolada (modelo local).
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- As vinculações no topo e na
base passam a ser tratadas de _________________________________________
forma bastante simplificada
(apoios simples ou engaste). _________________________________________
- A não-linearidade física, por
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sua vez, é considerada de
forma mais refinada (1/r aprox.,
rigidez aprox., rigidez acoplada _________________________________________
a diagrama N, M, 1/r).
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- Os efeitos locais de 2ª ordem
são então avaliados por pilar- _________________________________________
padrão ou processo iterativo
mais refinado (“P-”). _________________________________________
Note que foram adotados dois tipos de modelos, global e local, na análise de um _________________________________________
mesmo pilar. E que, para cada um deles, são impostas simplificações distintas, embora
o elemento estudado seja o mesmo. _________________________________________
- Por que considerar a NLF de forma distinta nos modelos globais e locais? _________________________________________
12.2.1 Exemplo
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A seguir, será apresentado um novo tipo de modelagem, chamado daqui em diante
de “Pórtico NLFG” (pórtico não-linear físico e geométrico), que pode se tornar comum _________________________________________
no dia-a-dia do Engenheiro de Estruturas.
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Seja uma estrutura hipotética de concreto
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armado, conforme mostra a figura ao lado.
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Processo de verificação
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Discretização _________________________________________
Toda a estrutura é então modelada por meio de um pórtico espacial, sendo que cada _________________________________________
vão de viga e lance de pilar é discretizado por várias barras.
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Essa discretização mais refinada permitirá uma melhor análise dos efeitos das não-
linearidades física e geométrica. _________________________________________
A não-linearidade física nas vigas e pilares do Pórtico NLFG é considerada por meio da _________________________________________
obtenção de rigidezes à flexão EI a partir das relações momento-curvatura (M x 1/r ou
N, M, 1/r) em cada seção do pórtico espacial. _________________________________________
As rigidezes de cada barra que representam um trecho de viga ou pilar são _________________________________________
calculadas de acordo com a geometria e as armaduras detalhadas em cada
elemento estrutural, bem como os esforços solicitantes iniciais obtidos por um pré-
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processamento. Dessa forma, a consideração aproximada comumente adotada nos
modelos ELU (0,4.EIc para vigas e 0,8.EIc para pilares), é integralmente substituída por
um cálculo mais refinado. _________________________________________
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Nos pilares, são calculadas as rigidezes à flexão nas duas direções (EI y e EIz). Nas vigas, _________________________________________
é calculada apenas a rigidez à flexão EIy. A rigidez lateral EIz, comumente modificada
para simular o efeito de diafragma rígido das lajes, não é corrigida. _________________________________________
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Nos pilares, as rigidezes são calculadas
exatamente de acordo com o _________________________________________
diagrama N, M, 1/r definido na NBR
6118:2003. Ou seja, considera-se uma _________________________________________
tensão de pico igual a 1,1.fcd, com a
possibilidade de considerar f3 = 1,1. _________________________________________
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Tanto nas vigas e pilares, as rigidezes podem ser obtidas por meio da linearização dos _________________________________________
diagramas momento-curvatura nas quais as duas direções são desacopladas (reta),
ou por meio da curva oblíqua (superfície) obtida com os esforços solicitantes _________________________________________
concomitantes nas duas direções.
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Não-linearidade geométrica
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A não-linearidade geométrica, ou seja, a influência da forma da estrutura à medida
que o carregamento é aplicado sobre a mesma, é considerada por meio de uma _________________________________________
análise não-linear na qual a posição de equilíbrio da estrutura é calculada
iterativamente (P-). _________________________________________
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A grande diferença é que, como cada lance de pilar e vão de viga é discretizado em
inúmeras barras, além dos efeitos globais de 2ª ordem, são flagrados também os _________________________________________
efeitos locais de 2ª ordem, de forma conjunta e concomitante.
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Outro grande avanço é que as vinculações nos extremos de cada lance _________________________________________
de pilar no cálculo dos efeitos locais de 2ª ordem são consideradas de
forma mais realista. Não há mais a aproximação de considerar cada _________________________________________
trecho biapoiado ou engastado na base.
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No Pórtico NLFG, podem ser consideradas imperfeições geométricas globais ou locais. _________________________________________
Essas imperfeições são impostas no modelo através da alteração direta da geometria
da estrutura. _________________________________________
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Uma grande vantagem desse tipo de abordagem é que os efeitos gerados pelas
imperfeições locais passam a ser absorvidas por todo conjunto de vigas e pilares, e _________________________________________
não mais apenas por um lance de forma isolada.
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Fluência
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O efeito da fluência ou deformação lenta do concreto é considerado por meio de
uma correção direta nas deformações em cada seção, que por sua vez influencia _________________________________________
diretamente na curvatura da mesma.
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Essa correção é feita através de uma majoração nas deformações no concreto _________________________________________
(encurtamentos) por (1+ ), sendo o coeficiente de fluência definido na NBR
6118:2003. _________________________________________
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Dessa forma, a obtenção da rigidez EI do diagrama momento-curvatura é alterada.
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Verificação ELU
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Ao término do processamento, após a obtenção dos esforços finais em cada barra do
Pórtico NLFG, é realizada a verificação de cada trecho de viga e pilar perante os
esforços normais (força normal + momentos fletores) no Estado Limite Último (ELU),
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levando-se em conta todas as prescrições presentes na NBR 6118:2003.
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13 Referências bibliográficas
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O que se apresenta a seguir é uma modestíssima lista de referências bibliográficas
utilizadas para a elaboração dessa apostila. O cálculo de pilares de concreto armado _________________________________________
vem sido estudado de longa data, de tal forma que existem inúmeros trabalhos sobre
esse assunto.
_________________________________________
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT), “NBR 6118:2003 - Projeto de
estruturas de concreto – Procedimento”, Rio de Janeiro, 2003.
_________________________________________
COVAS, N. C & KIMURA, A. E., “Efeitos locais de 2ª ordem em pilares”, São Paulo, 2003. _________________________________________
COVAS, N. C & BOLINELLI JR., H. L., “Efeitos localizados de 2ª ordem em pilares-parede”, _________________________________________
São Paulo, 2003.
_________________________________________
FRANÇA, R. L. S., “Contribuição ao estudo dos efeitos de segunda ordem em pilares de
concreto-armado”, Tese de doutoramento, São Paulo, 1991. _________________________________________
FRANÇA, R. L. S., “Relações momento-curvatura em peças de concreto-armado _________________________________________
submetidas à flexão oblíqua composta”, Dissertação de mestrado, São Paulo, 1984.
_________________________________________
FRANÇA, R. L. S. & KIMURA, A. E., “Resultados de recentes pesquisas para o
dimensionamento das armaduras longitudinal e transversal em pilares-parede”, ENECE,
São Paulo, 2006. _________________________________________
FUSCO, P. B., “Estruturas de Concreto – Solicitações Normais”, LTC - Livros Técnicos e _________________________________________
Científicos Editora, Rio de Janeiro, 1981.
_________________________________________
GRAZIANO, F. P., “Alterações no consumo de aço no dimensionamento de pilares de
edifício empregando-se a NBR-6118-2003 – Comparação de resultados”, ENECE, São _________________________________________
Paulo, 2004.
_________________________________________
IBRACON, “Comentários Técnicos e Exemplos de Aplicação NB-1”, Comitê Técnico
Concreto Estrutural, São Paulo, 2007.
_________________________________________
TQS INFORMÁTICA, Curso CAD/TQS v11 NBR 6118:2003, São Paulo, 2003. _________________________________________
TQS INFORMÁTICA, Fluxogramas CAD/Pilar, São Paulo, 2004.
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