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GestaoProjetosAdministracao Ramos 2023
GestaoProjetosAdministracao Ramos 2023
NATAL/RN
2023
VITOR FLÁVIO CASIMIRO RAMOS
NATAL
2023
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências Sociais Aplicadas -
CCSA
BANCA EXAMINADORA
______________________________________
Profa. Me(a). Paula Gonçalves Serafini
Orientadora
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
______________________________________
Profa. Me(a). Edna Maria da Silva Medeiros de Oliveira
Membro Examinadora
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
______________________________________
Profa. Me(a). Thelma Pignataro
Membro Examinadora
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo analisar e destacar os benefícios de uma gestão eficiente
de projetos na Administração Pública, com ênfase na etapa de planejamento estratégico.
Para atingir esse objetivo, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, com base em livros e
artigos científicos relevantes. Além disso, este estudo visa apresentar um caso concreto
em que foram aplicadas ferramentas de gestão no setor público e analisar os resultados
obtidos. O caso analisado é o Desenvolvimento do Plano Institucional da UERGS (PDI
UERGS, 2022), no qual foram utilizadas as ferramentas de gestão Matriz SWOT e
Balanced Scorecard para elaborar o planejamento estratégico da instituição. Como
resultado, a Instituição de Ensino Superior (IES) definiu sete objetivos estratégicos com
base em seus três pilares principais: formação humana integral, produção e difusão do
conhecimento, e estrutura universitária, inovação e interação. Esses objetivos servem
como guia para o futuro da organização e foram traduzidos em um mapa estratégico com
metas específicas para cada unidade administrativa, juntamente com indicadores
mensuráveis para monitorar e controlar o progresso. Essas análises e resultados
contribuem para a compreensão da importância de uma gestão eficiente de projetos na
Administração Pública, destacando a relevância das ferramentas de gestão utilizadas no
processo de planejamento estratégico.
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 11
3 METODOLOGIA ............................................................................................ 22
REFERÊNCIAS ................................................................................................. 33
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1 INTRODUÇÃO
Sabendo que a Administração Pública é o conjunto de órgãos, serviços e agentes
do Estado que procura satisfazer as necessidades da sociedade, tais como educação,
cultura, segurança, saúde, entre outras, podemos dizer, em outras palavras, que se trata da
gestão dos interesses coletivos por meio da prestação de serviços públicos
(GREGORIUS, 2015). Visando o desenvolvimento econômico social e atendendo a esses
interesses, a Adm. Pública está sempre se atualizando e buscando novas formas de
aumentar a eficiência em suas atribuições, como por exemplo os conceitos aplicados no
Brasil nas últimas décadas, como: New Public Management (NPM), ou Nova Gestão
Pública, em que temos um enfoque em trazer e adaptar as ferramentas e modelos de gestão
do setor privado para o setor público, nas palavras de Angion (2012), o modelo é
composto de técnicas que visam utilizar a lógica empresarial em princípios
mercadológicos na administração pública, servindo como forma de combater a
ineficiência e os malefícios burocráticos do Estado e a irresponsabilidade dos atores
políticos. Um outro conceito que mostra as constantes mudanças dentro da Administração
Pública é o princípio da Governança, que analisa os limites das ações do governo e das
relações entre setor privado e setor público (PETERS, PIERRE, 1998), trazendo também
o conceito de governança em redes, exigindo cada vez mais a participação da sociedade
civil nos processos decisórios.
Dessa forma, podemos observar que há um contexto em que a Adm. Pública está
utilizando cada vez mais estratégias e ferramentas empresariais para atender as
necessidades dos seus stakeholders, nesse caso, os cidadãos e, de acordo com Carvalho e
Piscopo (2014), a gestão de projetos, que costumava ser comumente utilizada no setor
privado, está gradualmente se apresentando como uma alternativa para a busca de
elevação no nível de maturidade da gestão de projetos nas instituições públicas e para a
redução do número de projetos públicos que não tem sucesso.
E para este processo de conseguir identificar os problemas e surgir com soluções
mais eficientes, a Gestão de Projetos pode desempenhar um importante papel, uma vez
que, através das mais diversas ferramentas de gestão, como Análise SWOT e Balanced
Scorecard, que serão apresentadas no presente trabalho; e também das melhores práticas
e diretrizes do gerenciamento de projetos descritas no Guide to the Project Management
Body of Knowledge (Guia PMBOK), os gestores e colaboradores que fazem parte da Adm.
Pública poderiam utilizar dessas mais variadas ferramentas para termos uma gestão mais
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Projetos
Fonte: PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Guia PMBOK®: Um Guia para o Conjunto de
Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos, Sexta edição, Pennsylvania: PMI, 2021. PMI - PROJECT
MANAGEMENT INSTITUTE.
Ainda sobre as características de um Projeto, deve-se destacar a temporalidade,
pois os projetos têm início e fim definidos, objetividade, por ter uma finalidade específica,
durabilidade, devido aos projetos terem resultados que costumam durar, singularidade,
devido a exclusividade do que se desenvolve durante o projeto, progressividade, já que o
projeto é desenvolvido em etapas e de forma progressiva e, além disso, é realizado por
pessoas, envolvendo recursos, planejamento, execução e controle, seguindo o plano e o
escopo, e sendo controlados e avaliados pelos resultados.
2.2 Gerenciamento Projetos
Tendo sido apresentado os conceitos de um Projeto, é necessário falar sobre o
Gerenciamento de Projetos e a sua importância. Sabendo que gerenciar um projeto é
aplicar conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto a fim
de cumprir seus requisitos, o Gerenciamento de Projetos é realizado através da aplicação
e integração apropriadas dos processos de gerenciamento de projetos identificados para o
projeto, permitindo que as organizações executem projetos de forma eficaz e eficiente
(PMBOK Guide, 6a. Edição, 2017. p. 10). Dentro do gerenciamento de projetos existem
cinco grupos de processos, que podem ser observados na Tabela 1.
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Início Processos realizados para definir um novo projeto ou uma nova fase de um
projeto existente.
Fonte: ENAP, Introdução à Gestão de Projetos - Módulo 2 Conceitos Básicos, 2014, p.5
• Sociedade: também chamado de cliente e usuário, são aqueles que vão utilizar o
produto ou serviço do projeto;
• Patrocinador: é aquele que apoia politicamente ou financeiramente para que o
projeto seja realizado;
• Equipe do projeto: composta pelo líder, equipe de gerenciamento e membros que
executam atividades correlatas ao projeto;
• Fornecedores: aquele(s) que fornece produtos ou serviços que irão ser utilizados
durante o projeto;
• Organização executora: é o órgão que será responsável por planejar e executar o
projeto
• Líder do projeto: responsável por guiar o projeto e comandar a equipe
2.2.2 Áreas de Conhecimento
O ciclo de vida do projeto é a série de fases pelas quais um projeto passa, do início
à conclusão. Ele fornece a estrutura básica para o gerenciamento do projeto. Esta estrutura
básica se aplica independentemente do trabalho do projeto específico desenvolvido
(PMBOK Guide, 6a. Edição, 2017. p. 19).
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Fonte: PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Guia PMBOK®: Um Guia para o Conjunto de
Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos, Sexta edição, Pennsylvania: PMI, 2021. PMI - PROJECT
2.3 Projetos Públicos
avaliação do dinheiro público que vem sendo gasto, sendo esse mais um motivo para
buscar o aumento da eficiência do gerenciamento de projetos públicos.
FONTE: Kreutz, Vieira - A Gestão De Projetos no setor público: Os desafios de suas especificidades. -
Revista de Gestão Pública. Publicação: UFSM, 2018.
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3 METODOLOGIA
A metodologia utilizada neste trabalho consistiu em realizar uma pesquisa
bibliográfica, desenvolvida com base em material já elaborado, constituído
principalmente de livros e artigos científicos (Gil, 2002) para fornecer a base teórica da
gestão de projetos e das diferenças entre projetos públicos e privados. Para isso, foram
seguidas as etapas de: escolha do tema, levantamento bibliográfico, definição do
problema, aprofundamento e ampliação do levantamento bibliográfico, seleção de fontes,
fichamento e análise e interpretação (Gil, 2002); (Lakatos e Marconi, 2003).
Já para apresentar um estudo sobre ferramentas de gestão, analisando caso em que
foi utilizada dentro do setor público e apontando os resultados obtidos, foi utilizado a
metodologia de ensaio teórico, que de acordo com Meneghetti (2011), é a construção de
diferentes percepções ou ideias acerca de um determinado tema sob a ótica do autor.
Objetivou-se também analisar os aspectos teóricos e conceituais da gestão de
projetos, deixando evidente as especificidades de gerir projetos na Administração
Pública, para isso, foi utilizada a abordagem qualitativa, que conforme mencionado por
Gil (1999), possibilita uma investigação mais aprofundada das questões relacionadas ao
fenômeno em estudo e suas interações. Além disso, foi realizada pesquisa documental
com base na consulta de artigos, textos e livros conceituados na área, com o PMBOK
Guide.
Trazendo referências do que se pretende atingir neste trabalho, temos como
exemplo o estudo feito pelos professores Rafael Kreutz e Kelmara Vieira, no artigo: “A
Gestão de Projetos no Setor Público: Os desafios de suas especificidades”, onde é
realizado um ensaio teórico com objetivo de destacar as especificidades da gestão de
projetos a fim de identificar na literatura quais são os principais fatores de diferenciação
da gestão de projetos no setor público (Kreutz e Vieira, 2018).
Outro artigo que serviu como referência metodológica para elaboração deste
trabalho foi o da Joiane Ariadine Pereira Silva, na publicação: Gestão de Projetos na
Administração Pública: Uma Ferramenta para o Planejamento e Desenvolvimento (2018),
onde a “metodologia adotada consiste na pesquisa de abordagem qualitativa do tipo
exploratória. A coleta dos dados deu-se pela consulta bibliográfica e documental
disponíveis, selecionadas de acordo com sua relevância, credibilidade e confiabilidade
das fontes, citando-se em especial o PMBOK” (SILVA, 2018).
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Fonte: https://rockcontent.com/br/blog/como-fazer-uma-analise-swot/
4.1.2 Matriz SWOT na Elaboração do PDI da UERGS
Durante a etapa de diagnóstico do PDI, foi realizada a coleta de dados para dar
início a avaliação situacional. Foi decidido pelo comitê responsável pelo Plano de
Desenvolvimento Institucional que seriam elaborados uma matriz para cada campus
regional, e uma para reitoria, totalizando 8 matrizes, que foram divididas em duas etapas,
o levantamento dos pontos positivos e negativos no ambiente interno e externo, sendo
limitado a 5 itens por quadrante, e a análise estratégica das informações que foram
levantadas, além disso, foram definidos 3 itens fixos para cada quadrante externo, sendo
para oportunidades: 1) Diversificação da demanda por cursos de áreas portadoras de
futuro no ensino superior; 2) Multiplicação de novos serviços e produtos associados ao
ensino e 3) Captação de recursos externos de fontes diversas, para as ameaças, os eixos
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três principais pilares, que são formação humana integral, produção e difusão do
conhecimento e estrutura universitária, inovação e interação, geraram os seguintes
objetivos: a) Manter e fomentar a inclusão social, mediante o aperfeiçoamento das
políticas de ingresso, de permanência e de qualificação dos processos educativos,
atentando para o princípio da equidade e o atendimento das diferenças existentes na
sociedade e considerando os economicamente hipossuficientes e demais grupos em
situação de vulnerabilidade social; b) Promover a formação humana integral de seus
estudantes, para uma atuação crítica, ética, comprometida com o desenvolvimento
sustentável e profissionalmente qualificada; c) Fomentar a produção e a difusão de
conhecimentos, fortalecendo as ações indissociáveis de ensino, pesquisa e extensão; d)
Aperfeiçoar a estrutura universitária, estimulando uma presença institucional capaz de
responder às demandas e aos desafios da sociedade contemporânea; e) Desenvolver
atividades transversais e interdisciplinares em áreas estratégicas de desenvolvimento,
com inovação acadêmica, científica e tecnológica; f) Ampliar a integração com os
diversos segmentos da sociedade, por meio de ações de interação e
interinstitucionalidade; g) Implementar políticas e programas de internacionalização da
Universidade, por meio de convênios que promovam os intercâmbios técnicos,
acadêmicos e culturais realizados com ações de pesquisa, ensino e extensão (PDI Uergs,
2022).
Dessa forma, pode-se observar que a utilização de uma ferramenta administrativa
utilizada dentro de um projeto público ajudou a alcançar o objetivo proposto na etapa de
planejamento do processo, que era diagnosticar a situação e posição estratégica que se
encontrava a UERGS, para assim, poder ser elaborado o planejamento da organização,
objetivando ter uma estrutura mais flexível e capaz de se adaptar às instabilidades do setor
público.
4.2 Balanced Scorecard na elaboração do PDI da UERGS
Como visto na análise da Matriz SWOT, o diagnóstico situacional da UERGS
indicou a necessidade de mitigar os pontos fracos para poder aproveitar as oportunidades
externas, então após a definição dos objetivos estratégicos, visando o alinhamento do
futuro da instituição, o próximo passo foi a montagem de um mapa estratégico.
4.2.1 Balanced Scorecard - Características
O Balanced Scorecard (BSC) é uma metodologia desenvolvida pelos professores
de Harvard, Robert Kaplan e David Norton, em uma época em que apenas os indicativos
financeiros eram levados em consideração na hora de avaliar a gestão de uma empresa,
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entretanto, numa época em que os processos produtivos haviam mudado, eles entenderam
que a métrica de avaliação de desempenho também deveria mudar (Kaplan e Norton,
1997). O BSC é um sistema gerencial que tem como objetivo fornecer uma visão
equilibrada do desempenho organizacional, através da utilização de um conjunto de
indicadores, balanceados em 4 perspectivas, servindo para que os gestores tomem
decisões mais assertivas, por meio do alinhamento dos objetivos estratégicos da
organização (Kaplan e Norton, 1997). As perspectivas são:
• Perspectiva Financeira: Monitora se a estratégia da instituição está contribuindo
para a melhoria dos resultados financeiros. As metas financeiras se relacionam
com a rentabilidade e o crescimento (ENAP, 2014)
• Perspectiva do Cliente: A instituição deverá traduzir em medidas específicas os
fatores importantes para os clientes, obtendo assim a satisfação e fidelização
(ENAP, 2014).
• Perspectiva de Aprendizagem e Crescimento: A capacitação da organização se
dará por meio dos investimentos em novos equipamentos, em pesquisa, em
sistemas e nos recursos humanos da empresa (ENAP, 2014).
• Perspectiva Interna: Nesta perspectiva as organizações identificam os processos
críticos para a realização dos objetivos das duas perspectivas anteriores. Os
processos devem criar as condições para que a organização ofereça propostas de
valor ao cliente, capazes de atrair e reter clientes nos seus segmentos de atuação
(ENAP, 2014).
Fonte: Elaborado pelo autor (2023), baseado na metodologia BSC de Kaplan e Norton (1992) e adequado
para o PDI da UERGS (2022).
Então, a partir dessas 4 perspectivas, que foram organizadas horizontalmente na
estrutura do mapa estratégico, e dos objetivos estratégicos definidos após utilização da
Matriz Swot, que foram agrupados verticalmente em três grandes eixos de atuação, sendo
eles: Formar com qualidade; Inovar e desenvolver; Integrar e incluir socialmente (PDI
Uergs, 2022), foi elaborado o mapa estratégico da UERGS.
4.2.3 Resultados do Balanced Scorecard no PDI da UERGS
No processo de elaboração do BSC da Uergs foram utilizados os 7 objetivos
estratégicos definidos na etapa de diagnóstico (Manter e fomentar a inclusão social;
Promover a formação humana integral de seus estudantes; Fomentar a produção e a
difusão de conhecimentos; Aperfeiçoar a estrutura universitária; Desenvolver atividades
transversais e interdisciplinares em áreas estratégicas de desenvolvimento; Ampliar a
integração com os diversos segmentos da sociedade; Implementar políticas e programas
de internacionalização da Universidade), agrupados nos 3 direcionamentos definidos pela
instituição (Formar com qualidade; Inovar e desenvolver; Integrar e incluir socialmente).
Então, com esses 3 direcionamentos, relacionados às 4 perspectivas da
metodologia BSC, foram elaborados 22 objetivos específicos que estão alinhados às
diretrizes da instituição (PDI Uergs, 2022). Para cada objetivo específico, foram definidos
indicadores de desempenho para medir e acompanhar a evolução no alcance dos
objetivos, algo parecido com os OKR’s que foram explicados no tópico 2.4 do presente
trabalho, porém com uma duração maior, pois são objetivos de longo prazo. Importante
ressaltar que após a elaboração dos objetivos específicos, foi definido as
responsabilidades de cada unidade administrativa durante a execução do plano (PDI
Uergs, 2022).
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho tinha como um dos objetivos destacar as diferenças existentes
entre os projetos privados e públicos e, analisando estudos que tratavam sobre este tema,
pôde-se entender algumas dessas diferenças e também as limitações em relação aos
projetos da área privada, destacando: dificuldade de trazer e adaptar ferramentas
normalmente utilizadas nos projetos privados para o setor público, instabilidade política
e incerteza de orçamento, leis e regulamentações limitadoras, necessidade de
transparência e accountability e a obrigação de atender diversos e imprevisíveis
stakeholders (Kreutz e Vieira, 2018).
Já em relação ao objetivo geral desta pesquisa que é: analisar e evidenciar os
benefícios de uma gestão eficiente de projetos na Administração Pública, por meio da
identificação de práticas bem-sucedidas, principalmente na etapa do planejamento
estratégico, evidenciando as dificuldades e limitações dos projetos públicos, foi possível
analisar a utilização de ferramentas de gestão, como a Matriz SWOT e o Balanced
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da sociedade como um todo. Essas sugestões visam aprimorar ainda mais a eficácia do
planejamento estratégico e a implementação do Plano de Desenvolvimento Institucional
da UERGS, contribuindo para o alcance de resultados ainda mais significativos.
Para concluir, é extremamente válido trazer o levantamento de Jackson de Toni
(2003), sobre os impactos positivos dos projetos:
Tabela 2 – Impacto positivo dos projetos
Impacto positivo dos projetos
1) aumentam a chance de eficácia na solução dos problemas, busca da situação objetivo
do plano e das diretrizes estratégicas da organização;
2) Aumentam a eficiência da organização na medida em que otimizam o uso de
recursos e racionalizam o sistema de gestão;
3) Possibilitam reforçar a produção coletiva do conhecimento na organização na
medida em que oportunizam a reflexão e a síntese sobre erros e acertos na sua trajetória
4) Viabilizam graus crescentes de participação dos envolvidos no projeto, na
organização e particularmente com os públicos beneficiários, nos projetos de
desenvolvimento local ou desenvolvimento de novos serviços;
5) Viabilizam modificações nas relações de poder e acúmulo de força política entre os
vários atores sociais, desde que o projeto esteja inserido adequadamente no contexto
do planejamento estratégico.
Fonte: De Toni, J. (2003). Planejamento e Elaboração de Projetos. Porto Alegre.
REFERÊNCIAS
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MERLO, Diovani L.; ZAIDAN, Fernando; BRAGA, Jose Luis. Integração da gestão do
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literatura. Fronteiras: Revista de Representação do Conhecimento, Belo Horizonte, v. 1,
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Gil, A. C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas.
Crawford, L. H., Helm, J. (2009). Government and Governance: the value of project
management in the public sector. Project Management Journal, 40(1), 73-87.
KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. The Balanced Scorecard: Translating Strategy
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