Trabalho 01: Resenha comentada sobre o livro “Os Desafios de Terapia”,
de Irvin D. Yalom. Em formato individual, duplas ou trios, vocês deverão selecionar três capítulos (não devem repetir temas) do livro e produzir um resumo seguido de um comentário pessoal sobre cada um deles, no sentido de estimular a permanente auto reflexão que deve marcar a trajetória do profissional. Trata-se de um resumo comentado para cada um dos três capítulos; os comentários podem ser feitos em nome do grupo ou individualmente, em fonte arial, tamanho 12, espaçamento 1,5, mínimo de duas, máximo de quatro páginas – exceder ou não atingir o número de páginas acarretará prejuízo na avaliação. Deverá ser entregue via e-mail até o dia 19/04. (Valor: 2,0 pontos).
CAPITULO 9 - Reconheça seus erros
O capitulo fala de como nós futuros terapeutas devemos assumir nossos
erros de forma que o contato e o vínculo, que se estabelece com o paciente, continuem sendo estabelecida através da relação, esta que tem que ser verdadeira a ponto de que quando falharmos nós possamos reconhecer o erro e declarar para o paciente como errante, não ocultando isto.
Um dos exemplos desta situação que Yalom descreve, é o da paciente
que disse ao terapeuta que ir ao banheiro buscar papel higiênico porque os lenços tinham acabado deveria ter sido constrangedor para ele e o terapeuta nega, a paciente sentiu que não foi verdadeiro, e desta forma não conseguiu prosseguir a terapia com aquele terapeuta, pois se não houve uma verdade Rua Pinheiro Machado, n° 189 – Centro – Ponta Grossa – PR CEP 84.010-310 – Fone (0**42) 3224-0301
dele, uma confiança em dizer o que ele estava sentindo, como haveria verdade sobre a terapia que eles seguiriam.
Enquanto profissionais da saúde, principalmente da Psicologia é muito
importante ser franco com o cliente para criar e manter o vínculo. Yalom demonstra a importância de paciente e terapeuta cuidar desse elo, pois isso acaba ajudando o paciente, e é também uma forma de terapia.
Quando o erro é reconhecido é possível surgir algo novo, de bom ou
ruim, mas será algo que aconteceu. E quando isto é negado, como o caso do exemplo onde terapeuta nega seu constrangimento, mas este foi percebido pela paciente, na tentativa de concertar seu “erro”, acaba piorando, pois o que foi não pode ser alterado e sim discutido e se trabalhado.
Yalom, em outro exemplo, este pessoal onde uma de suas pacientes
pergunta se algum dia ele havia pensado nela entre as sessões, e ele responde dizendo pensar na situação da paciente. Ela demonstrou não ficar feliz com a resposta, e assim Yalom busca alternativa para se retratar.
Ele busca ajuda da paciente também a localizar seus próprios pontos
cegos. Pois a relação é entre um com o outro, não tem algo profissional dando as regras para o paciente, são os dois juntos em um horizonte, trabalhando as questões e contando com esse fator importante e terapêutico que é o vínculo entre cliente e terapeuta.
CAPITULO 12 – Dedique-se a terapia pessoal
Neste capitulo, Yalom fala sobre o terapeuta e a importância da terapia
pessoal, já que seu instrumento mais valioso para atuação é o próprio self, desta forma, este deve ser cuidado, pois se deve estar disposto a adentrar na profundidade de seu paciente e preparado para se deparar com seus próprios sentimentos. Rua Pinheiro Machado, n° 189 – Centro – Ponta Grossa – PR CEP 84.010-310 – Fone (0**42) 3224-0301
Os terapeutas têm em sua profissão o grande desafio de se esbarrar
com aspectos que podem se relacionar com sua vida pessoal, seus medos, angustias e anseios, e assim devem ser familiarizados com esses sentimentos para que consiga ser capaz de empatizar com os mesmos.
Demonstrando o valor da psicoterapia pessoal, Yalom escreve sobre
jovens terapeutas e a importância que vê em insistir na psicoterapia. Expõe que na Califórnia, em escolas de Psicologia no nível de pós-graduação, é exigido de dezesseis a trinta horas de terapia individual. Mesmo que este processo seja recomendado para muitos estágios durante toda vida, Yalom diz que com essa obrigatoriedade pode ser o começo para incentivar esta prática para os profissionais de Psicologia. Acrescenta ainda, sobre a diversidade de abordagens e acredita que não exista uma melhor maneira de aprender sobre uma abordagem psicoterápica que entrar nela como um paciente. O autor fala no quinto parágrafo o seu alto investimento em terapia pessoal dentro de diversas abordagens.
Confessa neste capitulo, que em parte de sua vida, quando atendeu
pacientes agonizantes, se deparou com uma grande angustia perante a morte, mas viu esta fase como uma oportunidade de explorar e ampliar seu conhecimento das suas questões existenciais.
Ressalva também a importância de aprender com a terapia, o método, a
técnica – ter um contato maior na prática do que foi aprendido na teoria – ou seja, além de tratar-se terapeuticamente no seu lado pessoal também aprende a prática clínica para poder trabalhar com seus pacientes.
Com isso, é visto que a terapia individual é essencial para vida do
terapeuta. Mesmo que da forma mais tradicional, semanal com duração aproximada de 1 hora, é preciso ter a terapia como pratica constante e fundamental no início da atuação como Psicólogo, bem como reconhecer a necessidade da mesma em momentos de sua vida. Yalom discute sobre a Rua Pinheiro Machado, n° 189 – Centro – Ponta Grossa – PR CEP 84.010-310 – Fone (0**42) 3224-0301
importância da terapia diante os ciclos da vida, em um exemplo pessoal ele
escreve que em determinada etapa de sua vida ele sofria de insônia e procurou uma terapia especifica, mas também já praticou terapia psicanalítica freudiana ortodoxa cinco vezes na semana.
Pensar um terapeuta que não realiza terapia pode-se dar impressão de
que é detentor de um conhecimento e não precisasse de nada, e na terapia é proposto que o terapeuta se assemelhe com o cliente na mesma condição que ele. Desta forma é preciso ter noção de como é isso para ser melhor ainda o contato com o paciente mediante o problema que apresenta, ou seja, aumenta ainda mais o vínculo e proporciona um contato mais verdadeiro, com uma presença mais “presente”.
CAPITULO 14 – O aqui-e-agora- use-o, use-o, use-o
Este é um breve capitulo do livro Desafios da terapia onde o autor
apresenta, diante de sua vasta experiência como psicoterapeuta, o que considera ser a principal fonte de poder terapêutico que pôde observar ao longo de sua carreira que é o uso do aqui-e-agora, onde tanto o paciente quanto terapeuta deve usar e se aproveitar disso.
CAPITULO 15 – Por que usar o aqui-e-agora?
Yalom responde à pergunta através de duas premissas básicas que
desenrola ao longo do capítulo, são elas: a importância dos relacionamentos interpessoais e a ideia da terapia como um microcosmo social.
Na história do desenvolvimento humano e dos padrões de vida atual
humana é evidente que somos seres sociais, onde os relacionamentos interpessoais são essencialmente importantes. O ambiente interpessoal tem grande influência sobre o indivíduo, assim como sua autoimagem que é formada com base em avaliações percebidas das pessoas importantes da sua vida. O indivíduo que sofre com problemas importantes em relacionamentos Rua Pinheiro Machado, n° 189 – Centro – Ponta Grossa – PR CEP 84.010-310 – Fone (0**42) 3224-0301
e/ou tem dificuldade de formar, organizar e manter relacionamento tende a
procurar a terapia.
A segunda premissa, de que a terapia é um microcosmo, diz respeito à
forma que o cliente é, e age em sua vida e em lugares sociais. O seu modo de ser nesses lugares irão se expressar na terapia, no relacionamento com o terapeuta, mostrando-se no aqui-e-agora.
Com uso do aqui-e-agora é possível aprender os padrões inadequados
de adaptação do paciente, e para justificar seu uso, o autor aponta que os problemas humanos são de grande parte as dificuldades em relacionamentos e nos problemas interpessoais, que acabarão se manifestando no aqui-e-agora no momento terapêutico.
Este capítulo refere-se à importância do aqui e agora dentro da terapia,
e a terapia também acontece no aqui-e-agora. É um lugar onde o ser humano é e onde o ser humano está sendo, um lugar seguro para expor suas ideias, seus medos, necessidades e dificuldades, um lugar que permite visualizar algo que não enxergava antes, com outra perspectiva.
Manter-se focado no presente é algo desafiador com o intenso
consumismo e produtividade da sociedade atual, pois a vida diária é inundada de informações. Deixamos de contemplar coisas passageiras para se identificar com elas, assim como deixamos de estar presente para estar mentalmente satisfeitos. A terapia pode ser o momento que a pessoa consegue se situar conscientemente no aqui e agora, além de ofertar estratégias para que esta pratique o pensar e viver no presente.