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Rua Pinheiro Machado, n° 189 – Centro – Ponta Grossa – PR

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Nome: Vitória Crivoi Acordi

PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE

Trabalho 01: Resenha comentada sobre o livro “Os Desafios de Terapia”,


de Irvin D. Yalom. Em formato individual, duplas ou trios, vocês deverão
selecionar três capítulos (não devem repetir temas) do livro e produzir um
resumo seguido de um comentário pessoal sobre cada um deles, no
sentido de estimular a permanente auto reflexão que deve marcar a
trajetória do profissional. Trata-se de um resumo comentado para cada
um dos três capítulos; os comentários podem ser feitos em nome do
grupo ou individualmente, em fonte arial, tamanho 12, espaçamento 1,5,
mínimo de duas, máximo de quatro páginas – exceder ou não atingir o
número de páginas acarretará prejuízo na avaliação. Deverá ser entregue
via e-mail até o dia 19/04. (Valor: 2,0 pontos).

CAPITULO 9 - Reconheça seus erros

O capitulo fala de como nós futuros terapeutas devemos assumir nossos


erros de forma que o contato e o vínculo, que se estabelece com o paciente,
continuem sendo estabelecida através da relação, esta que tem que ser
verdadeira a ponto de que quando falharmos nós possamos reconhecer o erro
e declarar para o paciente como errante, não ocultando isto.

Um dos exemplos desta situação que Yalom descreve, é o da paciente


que disse ao terapeuta que ir ao banheiro buscar papel higiênico porque os
lenços tinham acabado deveria ter sido constrangedor para ele e o terapeuta
nega, a paciente sentiu que não foi verdadeiro, e desta forma não conseguiu
prosseguir a terapia com aquele terapeuta, pois se não houve uma verdade
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dele, uma confiança em dizer o que ele estava sentindo, como haveria verdade
sobre a terapia que eles seguiriam.

Enquanto profissionais da saúde, principalmente da Psicologia é muito


importante ser franco com o cliente para criar e manter o vínculo. Yalom
demonstra a importância de paciente e terapeuta cuidar desse elo, pois isso
acaba ajudando o paciente, e é também uma forma de terapia.

Quando o erro é reconhecido é possível surgir algo novo, de bom ou


ruim, mas será algo que aconteceu. E quando isto é negado, como o caso do
exemplo onde terapeuta nega seu constrangimento, mas este foi percebido
pela paciente, na tentativa de concertar seu “erro”, acaba piorando, pois o que
foi não pode ser alterado e sim discutido e se trabalhado.

Yalom, em outro exemplo, este pessoal onde uma de suas pacientes


pergunta se algum dia ele havia pensado nela entre as sessões, e ele
responde dizendo pensar na situação da paciente. Ela demonstrou não ficar
feliz com a resposta, e assim Yalom busca alternativa para se retratar.

Ele busca ajuda da paciente também a localizar seus próprios pontos


cegos. Pois a relação é entre um com o outro, não tem algo profissional dando
as regras para o paciente, são os dois juntos em um horizonte, trabalhando as
questões e contando com esse fator importante e terapêutico que é o vínculo
entre cliente e terapeuta.

CAPITULO 12 – Dedique-se a terapia pessoal

Neste capitulo, Yalom fala sobre o terapeuta e a importância da terapia


pessoal, já que seu instrumento mais valioso para atuação é o próprio self,
desta forma, este deve ser cuidado, pois se deve estar disposto a adentrar na
profundidade de seu paciente e preparado para se deparar com seus próprios
sentimentos.
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Os terapeutas têm em sua profissão o grande desafio de se esbarrar


com aspectos que podem se relacionar com sua vida pessoal, seus medos,
angustias e anseios, e assim devem ser familiarizados com esses sentimentos
para que consiga ser capaz de empatizar com os mesmos.

Demonstrando o valor da psicoterapia pessoal, Yalom escreve sobre


jovens terapeutas e a importância que vê em insistir na psicoterapia. Expõe
que na Califórnia, em escolas de Psicologia no nível de pós-graduação, é
exigido de dezesseis a trinta horas de terapia individual. Mesmo que este
processo seja recomendado para muitos estágios durante toda vida, Yalom diz
que com essa obrigatoriedade pode ser o começo para incentivar esta prática
para os profissionais de Psicologia. Acrescenta ainda, sobre a diversidade de
abordagens e acredita que não exista uma melhor maneira de aprender sobre
uma abordagem psicoterápica que entrar nela como um paciente. O autor fala
no quinto parágrafo o seu alto investimento em terapia pessoal dentro de
diversas abordagens.

Confessa neste capitulo, que em parte de sua vida, quando atendeu


pacientes agonizantes, se deparou com uma grande angustia perante a morte,
mas viu esta fase como uma oportunidade de explorar e ampliar seu
conhecimento das suas questões existenciais.

Ressalva também a importância de aprender com a terapia, o método, a


técnica – ter um contato maior na prática do que foi aprendido na teoria – ou
seja, além de tratar-se terapeuticamente no seu lado pessoal também aprende
a prática clínica para poder trabalhar com seus pacientes.

Com isso, é visto que a terapia individual é essencial para vida do


terapeuta. Mesmo que da forma mais tradicional, semanal com duração
aproximada de 1 hora, é preciso ter a terapia como pratica constante e
fundamental no início da atuação como Psicólogo, bem como reconhecer a
necessidade da mesma em momentos de sua vida. Yalom discute sobre a
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importância da terapia diante os ciclos da vida, em um exemplo pessoal ele


escreve que em determinada etapa de sua vida ele sofria de insônia e procurou
uma terapia especifica, mas também já praticou terapia psicanalítica freudiana
ortodoxa cinco vezes na semana.

Pensar um terapeuta que não realiza terapia pode-se dar impressão de


que é detentor de um conhecimento e não precisasse de nada, e na terapia é
proposto que o terapeuta se assemelhe com o cliente na mesma condição que
ele. Desta forma é preciso ter noção de como é isso para ser melhor ainda o
contato com o paciente mediante o problema que apresenta, ou seja, aumenta
ainda mais o vínculo e proporciona um contato mais verdadeiro, com uma
presença mais “presente”.

CAPITULO 14 – O aqui-e-agora- use-o, use-o, use-o

Este é um breve capitulo do livro Desafios da terapia onde o autor


apresenta, diante de sua vasta experiência como psicoterapeuta, o que
considera ser a principal fonte de poder terapêutico que pôde observar ao
longo de sua carreira que é o uso do aqui-e-agora, onde tanto o paciente
quanto terapeuta deve usar e se aproveitar disso.

CAPITULO 15 – Por que usar o aqui-e-agora?

Yalom responde à pergunta através de duas premissas básicas que


desenrola ao longo do capítulo, são elas: a importância dos relacionamentos
interpessoais e a ideia da terapia como um microcosmo social.

Na história do desenvolvimento humano e dos padrões de vida atual


humana é evidente que somos seres sociais, onde os relacionamentos
interpessoais são essencialmente importantes. O ambiente interpessoal tem
grande influência sobre o indivíduo, assim como sua autoimagem que é
formada com base em avaliações percebidas das pessoas importantes da sua
vida. O indivíduo que sofre com problemas importantes em relacionamentos
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e/ou tem dificuldade de formar, organizar e manter relacionamento tende a


procurar a terapia.

A segunda premissa, de que a terapia é um microcosmo, diz respeito à


forma que o cliente é, e age em sua vida e em lugares sociais. O seu modo de
ser nesses lugares irão se expressar na terapia, no relacionamento com o
terapeuta, mostrando-se no aqui-e-agora.

Com uso do aqui-e-agora é possível aprender os padrões inadequados


de adaptação do paciente, e para justificar seu uso, o autor aponta que os
problemas humanos são de grande parte as dificuldades em relacionamentos e
nos problemas interpessoais, que acabarão se manifestando no aqui-e-agora
no momento terapêutico.

Este capítulo refere-se à importância do aqui e agora dentro da terapia,


e a terapia também acontece no aqui-e-agora. É um lugar onde o ser humano é
e onde o ser humano está sendo, um lugar seguro para expor suas ideias, seus
medos, necessidades e dificuldades, um lugar que permite visualizar algo que
não enxergava antes, com outra perspectiva.

Manter-se focado no presente é algo desafiador com o intenso


consumismo e produtividade da sociedade atual, pois a vida diária é inundada
de informações. Deixamos de contemplar coisas passageiras para se identificar
com elas, assim como deixamos de estar presente para estar mentalmente
satisfeitos. A terapia pode ser o momento que a pessoa consegue se situar
conscientemente no aqui e agora, além de ofertar estratégias para que esta
pratique o pensar e viver no presente.

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