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Aula1 2 3
Aula1 2 3
Introdução a Sedimentologia
Caso o ciclo não existisse, a litosfera terrestre seria composta apenas por
rochas magmáticas, pois elas são oriundas da solidificação do magma, o que
faria com que os geólogos tivessem que realizar outra forma de classificação.
Por esse motivo, podemos compreender que os demais tipos só podem
existir a partir da transformação de tipos rochosos preexistentes.
Para compreender o ciclo das rochas, é preciso primeiro entender como cada
tipo se origina.
Rochas magmáticas ou ígneas: essas rochas, como já afirmamos, surgem do
processo de resfriamento e solidificação do magma (cristalização), que pode
ou não ter se originado de rochas derretidas.
Assim, após compreender como cada tipo de rocha surge, basta relacionar as
suas origens com suas transformações. A única ressalva a ser considerada é a
de que as rochas sedimentares não podem se transformar em magma sem,
antes, serem transformadas em rochas metamórficas. Isso ocorre porque, ao
serem submetidas a elevadas pressões, primeiros elas passam pelo
metamorfismo antes de derreterem e virarem magma. Assim, temos o
esquema explicativo do ciclo das rochas:
Com relação aos processos erosivos causados pelas águas das chuvas,
observa-se sua abrangência em quase toda a superfície terrestre, tendo seu efeito
maior ou menor evidenciado, devido a uma série de condicionantes, tais como a
quantidade e intensidade pluviométrica, a cobertura vegetal, a declividade do
terreno, a granulometria e coesão do solo superficial e a intensidade do uso do solo
(urbano ou agrícola).
A ação mecânica das gotas de chuva representa o primeiro impacto erosivo
físico, exercido pela energia cinética das gotas, variável de acordo com o tamanho
e a velocidade das mesmas, promovendo o deslocamento das partículas
superficiais dos pacotes sedimentares (erosão por salpicamento ou splash) (Figura
4). Existem vários parâmetros que podem ser utilizados para medir a erosividade
da chuva, como o total da precipitação, a intensidade da chuva, o momento e a
energia cinética.
Transporte
O transporte sedimentar pode ser definido como o deslocamento de material
na superfície terrestre, ocasionado por variados agentes de transporte (água, vento,
gravidade e homem).
Os mecanismos envolvidos no transporte de partículas em ambientes
glacial, fluvial, eólico, marinho e litorâneo serão abordados de forma
pormenorizada em capítulos específicos posteriormente. No entanto, cabe destacar
que, de acordo com a granulometria, a massa e coesão entre partículas,
relacionadas com a força tangencial e o tipo de agente envolvido, o transporte pode
ocorrer por tração, saltação, suspensão (Figura 5), dissolução e queda.
Diagênese
Diagênese ou litificação ou solidificação é o último processo do subciclo
exógeno de transformação do depósito sedimentar em rochas sedimentar. Constitui
um conjunto de fenômenos físicos e químicos que transformam os sedimentos
móveis livres em rochas sedimentares compactas. Existem três principais
processos diagenéticos: compactação, cimentação e recristalização, que podem
ocorrer sozinhos ou em conjunto.
►Compactação: os sedimentos vão sendo comprimidos por ação dos
sedimentos que sobre eles vão se depositando. Assim, os materiais que se
encontram por baixo são sujeitos a um aumento de pressão, o que vai provocar a
expulsão de líquidos que existem entre eles (Figura 7).
►Cimentação: entre os espaços, poros ou interstícios dos diferentes
sedimentos pode ocorrer a precipitação de substâncias químicas dissolvidas nos
líquidos. Este processo resulta na agregação de sedimentos, com a ajuda da
substância precipitada. Entre os vários tipos de cimento destacam-se os materiais
silicosos, carbonáticos, ferruginosos, fosfáticos, evaporíticos, dentre outros (Figura
7).
►Recristalização: os minerais alteram as suas estruturas cristalinas. Este
processo ocorre devido a alterações das condições de pressão, temperatura,
circulação de líquidos, onde estão dissolvidos certos minerais.
A diagênese antecede a deposição no subciclo exógeno e precede o
metamorfismo no subciclo endógeno, ou seja, existe uma distinção clara entre os
termos diagênese e metamorfismo.