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Direito Processual Penal

O Direito Processual Penal é o ramo do direito que


regula o processo criminal, ou seja, as normas e
procedimentos a serem seguidos na condução de um processo penal.
Ele abrange desde a investigação preliminar até a sentença final, passando
por todas as etapas do processo, tais como: ação penal, inquérito policial,
denúncia, prisão preventiva, liberdade provisória, audiências, recursos, entre
outros aspectos.
O objetivo principal do Direito Processual Penal é garantir que o processo
criminal seja conduzido de forma justa e imparcial, respeitando os direitos
fundamentais do acusado, bem como a proteção da sociedade.
Dessa forma, é essencial que os profissionais da área tenham um amplo
conhecimento sobre as leis e normas que regem o processo penal, a fim de
assegurar que a justiça seja feita de forma equitativa e eficaz.

Fontes do Direito Processual Penal


O Direito Processual Penal é uma área do Direito que estuda as normas
e princípios que regulam o processo penal. Para entender o
funcionamento dessa área, é importante saber quais são as suas
fontes. As fontes do Direito Processual Penal são diversas, podendo ser
divididas em fontes formais e materiais.
Fontes formais: incluí a Constituição Federal, as leis, as normas
infralegais, como decretos e portarias, e a jurisprudência, ou seja, as
decisões dos tribunais.
Fontes materiais: incluí a doutrina, os costumes e os princípios gerais
do Direito.
O Sistema Processual Acusatório e o Inquisitivo são dois modelos
diferentes de sistemas judiciais. O sistema acusatório é aquele em que o
processo é conduzido por partes independentes e iguais, sendo que a
acusação e a defesa têm papéis claramente definidos. Já o sistema
inquisitivo é aquele em que o juiz tem um papel mais ativo no processo,
sendo que ele é o responsável por investigar e julgar o caso.

No sistema acusatório, é fundamental que haja uma separação clara


entre quem acusa e quem julga, garantindo a imparcialidade do processo.
Além disso, é importante que as partes possuam os mesmos poderes, para
que haja um equilíbrio entre elas.

Por outro lado, no sistema inquisitivo, o juiz tem um papel mais ativo no
processo, sendo que ele é o responsável pela coleta de provas e
investigação do caso. Isso pode gerar preocupações em relação à
imparcialidade do processo, já que o juiz pode ser influenciado pelas
provas que coleta.

Ambos os sistemas possuem suas vantagens e desvantagens, e cabe ao


sistema judiciário de cada país escolher qual deles melhor se adequa às
suas necessidades.
Lei Processual no Espaço
A lei processual no espaço é uma área do direito que estabelece as regras
para a aplicação das leis processuais em situações que envolvem mais de um
país. Isso ocorre em casos em que há conexão com outros países, seja por
residência das partes, localização dos bens ou por qualquer outra razão.
A lei processual no espaço é importante para garantir que os processos
judiciais sejam conduzidos de forma justa e eficiente em situações
transnacionais. Ela estabelece as regras para a determinação da competência
judicial, reconhecimento e execução de sentenças estrangeiras e para a
aplicação das leis processuais de outros países.
Em resumo, a lei processual no espaço é fundamental para garantir a justiça e
a eficiência dos processos judiciais em situações transnacionais,
estabelecendo regras claras para a aplicação das leis processuais de
diferentes países.

o Código Processual Penal aplica


o Princípio da Territorialidade

O princípio da territorialidade é um conceito fundamental do direito


internacional. Ele estabelece que um Estado tem jurisdição sobre as
pessoas, bens e eventos que ocorrem dentro de seu território. Isso significa
que as leis e regulamentos do Estado se aplicam a todas as pessoas que se
encontram em seu território, independentemente de sua nacionalidade.
Além disso, o princípio da territorialidade também se estende às águas
territoriais e ao espaço aéreo sobre o território do Estado. Isso significa que
o Estado tem o direito de controlar e regular as atividades que ocorrem em
suas águas territoriais e espaço aéreo.
No entanto, existem algumas exceções ao princípio da territorialidade. Por
exemplo, um Estado pode exercer jurisdição sobre eventos que ocorrem
fora de seu território se esses eventos afetarem sua segurança nacional ou
interesses vitais. Além disso, o princípio da extraterritorialidade permite
que um Estado exerça jurisdição sobre eventos que ocorrem fora de seu
território se esses eventos violarem suas leis.
Em resumo, o princípio da territorialidade é um pilar fundamental do direito
internacional que estabelece a jurisdição de um Estado sobre as pessoas,
bens e eventos que ocorrem em seu território.
Lei Processual no Tempo
A Lei processual no tempo é um tema importante para compreender
como as leis e normas processuais são aplicadas em diferentes
momentos do tempo. Essa área do direito trata das questões
relacionadas à validade, eficácia e aplicação das normas processuais em
relação ao tempo em que foram criadas e ao tempo em que são
aplicadas.
Essa área do direito prevê que as normas processuais devem ser
aplicadas de acordo com a legislação vigente no momento em que os
atos processuais são praticados. Dessa forma, caso uma norma
processual seja alterada, ela só será aplicada para os processos que ainda
não foram iniciados, enquanto os processos em andamento continuarão
sendo regidos pela norma anterior.
Além disso, a Lei processual no tempo também prevê que as normas
processuais não podem retroagir para prejudicar o direito das partes
envolvidas no processo. Isso significa que as normas processuais não
podem ser aplicadas retroativamente para prejudicar uma das partes,
mas apenas para beneficiá-las.
Em resumo, a Lei processual no tempo é um conjunto de regras que
estabelecem como as normas processuais devem ser aplicadas em
relação ao tempo em que foram criadas e ao tempo em que são
aplicadas. É uma área muito importante para garantir a justiça nos
processos judiciais e proteger os direitos das partes envolvidas.
Resumo questões
Segundo o princípio do tempus regit actum a lei processual penal tem aplicação
imediata, sem prejuízo dos atos realizados sob a vigência da lei anterior, artigo 2º, do
Código de Processo Penal: “Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem
prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.” A lei penal é que
retroage na hipótese de beneficiar o réu, com previsão expressa no artigo 5º, XL, da
Constituição Federal de 1988.
“XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;”

Via de regra, a nova lei processual penal não retroagirá. A afirmativa da presente
questão está incorreta, visto que segundo o princípio do tempus regit actum a lei
processual penal tem aplicação imediata, sem prejuízo dos atos realizados sob a
vigência da lei anterior, artigo 2º, do Código de Processo Penal: “Art. 2o A lei processual
penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a
vigência da lei anterior.” A lei processual leva em consideração a data da realização do
novo ato e não a do fato delituoso. Por isso, se uma nova lei passa a prever que o prazo
para recorrer de certa decisão é de 10 dias, quando antes era de 20, o primeiro será o
prazo que ambas as partes terão para a sua interposição (caso a decisão judicial seja
realizada já na vigência do novo dispositivo). No entanto, é instintivo que, se a lei entra
em vigor quando o prazo para o recurso já havia se iniciado, deverá ser admitido o
maior deles. Como o prazo ainda não fora iniciado, na hipótese da afirmativa, não
retroagirá.

Em razão da sucessão de leis genuinamente processuais penais, será observado, nos


processos em andamento, o sistema das fases processuais. . Como dito, ao analisar o
art. 2º do CPP, percebe-se que se aplica o sistema do isolamento dos atos processuais,
em que a lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos
realizados sob a vigência da lei anterior.

Imagine que, no curso de uma ação penal, nova lei processual extinga com um recurso
que era exclusivo da defesa, antes da prolação da decisão anteriormente recorrível. A
esse respeito, é correto afirmar que, não será possível manejar o recurso, pois a lei
processual penal aplicar-se-á desde logo. Este contempla o princípio do tempus regit
actum. Ele aponta que a norma processual tem aplicação imediata. Conforme enunciado
pena questão, quando da decisão proferida não havia mais recurso.

Acerca dos princípios gerais, das fontes e da interpretação da lei processual penal, bem
como dos sistemas de processo penal, julgue o item que se segue. A lei processual penal
vigente à época em que a ação penal estiver em curso será aplicada em detrimento da
lei em vigor durante a ocorrência do fato que tiver dado origem à ação penal.
CPP Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos
atos realizados sob a vigência da lei anterior.
Sobre a aplicação da lei processual penal no tempo e no espaço:

I. A lei processual penal entra em vigor e passa a ser aplicada imediatamente, mesmo nas
hipóteses em que o delito já tenha sido cometido, o acusado já esteja sendo processado
e extinga modalidade de defesa.

II. Aplica-se a lei processual penal brasileira quando o crime é cometido por cidadão
brasileiro no exterior e ali o autor passa a ser processado.

III. Nos crimes cometidos em embarcações estrangeiras privadas estacionadas em portos


brasileiros, aplica-se a lei processual penal de seu país de origem.

IV. O cumprimento de sentença penal condenatória emitida por autoridade estrangeira


não
se submete a exame de legalidade e correspondência de crimes, cabendo ao juiz criminal
aplica-la de imediato.

As normas de caráter estritamente processual têm aplicação imediata e não retroagem


(artigo 2º do Código de Processo Penal), já a lei penal retroage em benefício do réu (artigo
5º, XL, da CF: XL – “a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu”). Tenha muita
atenção com relação as normas mistas ou híbridas, que tem parte processual e material,
pois esta irá retroagir no aspecto penal benéfico, ou seja, que tenha influência
diretamente no direito a liberdade.

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