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Cimento: origem, importâ...
Construção e Demolição
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O cimento é o principal material encontrado em obras de
construção civil. Embora essencial, a sua confecção Saiba onde descartar seus
resíduos
oferece riscos à saúde e ao meio ambiente
O QUE PRECISA DESCARTAR?
Se preferir, vá direto ao ponto [ Esconder ]
1. Origem do cimento
O cimento é um dos produtos mais utilizados ao redor do mundo. Pode-se dizer que este material Buscar onde descartar
revolucionou a história da engenharia e a maneira como as cidades passaram a se estruturar.
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Basicamente, o cimento é um pó fino com propriedades aglomerantes, aglutinantes ou ligantes,
que se enrijece ao entrar em contato com a água. Depois de endurecido, mesmo que seja novamente
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submetido a ação da água, esse material não volta a se decompor.
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da sua conta de luz?
Suas principais matérias-primas são: o calcário, a argila, e quantidades menores de óxidos de ferro e
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alumínio. Esses elementos são utilizados para a produção do clínquer – material básico para a energia solar e deixe de pagar contas de
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fabricação do cimento, o gesso (gipsita) e outras adições (como pozolana ou escória de fornos).
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Normalmente, quando se fala em cimento também se fala em concreto. Ambos são materiais
indispensáveis na construção civil. Mas você saberia dizer qual a diferença entre esses dois materiais?
O cimento é um pó fino, com propriedades aglutinantes, que pode ser utilizado para diversos fins.
Alguns desses objetivos são a composição de argamassa, reboco de parede, fabricação de concreto,
etc.
O concreto é um composto, muito empregado na construção civil, que utiliza o cimento como um dos
seus principais componentes. Esse fator confere a ele as propriedades de rigidez e aglutinação
necessárias. Além do cimento, outros materiais presentes na composição do concreto são água, areia e
pedra.
Origem do cimento
Cimento é uma palavra originada do latim ‘caementu’, que designava, na Roma antiga, uma espécie de
pedra natural de rochedos.
fogueiras junto das pedras de calcário e gesso. Quando o material era hidratado pelo sereno da noite,
convertia-se novamente em pedra.
Em 1756, foi dado o primeiro passo rumo ao desenvolvimento do cimento moderno, pelo inglês John
Smeaton. Ele conseguiu obter um produto resistente por meio de calcinação de calcários moles e
argilosos.
Foi apenas em 1824, que o construtor inglês Joseph Aspdin queimou conjuntamente pedras calcárias e
Quando a água era adicionada a esse pó, era obtida uma mistura. E após secar, tornava-se tão dura
quanto pedra, não se dissolvendo em água. Essa descoberta foi patenteada com o nome de “cimento
Portland”. Isso se deu por apresentar cor e propriedades de durabilidade e solidez semelhantes às
rochas da ilha britânica de Portland.
A formulação do cimento Portland é a mais usada e difundida no mundo inteiro até os dias de hoje.
Dentro desta formulação existem diferentes tipos de cimento, como o CP-I (Cimento Portland Comum),
CP-II (Portland Composto), CP-III (Portland de Alto-forno), CP-IV (Portland Pozolânico), CP-V (Portland
de Alta Resistência Inicial), RS (Portland Resistente a Sulfatos), CPB (Portland Branco) e BC (Portland
de Baixo Calor de Hidratação).
Antônio (SP). Ela foi seguida da instalação de uma nova fábrica na ilha Tiriri (PB), em 1892. No ano de
1912, o governo do Espírito Santo fundou sua própria fábrica na cidade de Cachoeiro do Itapemirim.
Porém, essas ações não passaram de tentativas, que culminaram, em 1924, na implantação de uma
fábrica, pela Companhia Brasileira de Cimento Portland, em Perus (SP). A construção pode ser
considerada como o marco da implantação da indústria brasileira de cimento.
As primeiras toneladas foram produzidas e colocadas no mercado em 1926. Até então, o consumo de
cimento no país dependia exclusivamente do produto importado. Dessa maneira, a partir da data citada,
a produção nacional foi gradativamente elevada com a implantação de novas fábricas. Ela também
contou com a participação de produtos importados diminuiu nas décadas seguintes, até praticamente
Apesar do processo de fabricação desse material não produzir resíduos sólidos diretamente, há uma
alta emissão de poluentes gasosos e material particulado. Isso se dá pelas cinzas provenientes da
queima dos combustíveis nas cimenteiras, que normalmente são reaproveitadas no próprio processo.
Dessa maneira, os principais impactos são provocados pela emissão dos gases poluentes
provenientes desses combustíveis. Um exemplo é a alta emissão de dióxido de carbono (CO2), um dos
principais gases que desequilibram o efeito estufa. Leia mais a respeito dos impactos ambientais
Além desses impactos ambientais, o cimento também pode apresentar riscos à saúde humana. A
utilização do cimento sem o uso de equipamentos de proteção adequados pode proporcionar sérios
danos à saúde. Segundo o estudo, o cimento é classificado como ‘material irritante’, reagindo quando
O cimento reage em contato com a pele por conta da umidade (transpiração do corpo), após contato
prolongado. Ocorre a liberação de calor, devido à reação do cimento em contato com superfície líquida,
provocando lesões. Além disso, é comum observar a ação alcalina do cimento sobre, principalmente, as
mãos e pés dos operários da construção civil. O cimento exerce um efeito abrasivo sobre a camada
córnea da pele, provocando lesões como: vermelhidão, inchaço, bolhas e fissuras.
Os cuidados devem ser redobrados com a sensibilidade dos olhos. Isso porque o cimento pode causar
irritações conjuntivas e até mesmo lesões mais graves e irreversíveis como a cegueira.
poeira, sem os métodos de segurança necessários, é um fator agravante neste processo. Segundo
pesquisas, estima-se que o período entre dez a 20 anos de exposição a essas poeiras são suficientes
para o desenvolvimento de doenças pulmonares. Essas doenças são resultantes da acumulação, por
Com o passar dos anos, a poeira inalada permanece depositada nos pulmões, criando um quadro de
fibrose, ou o endurecimento do tecido pulmonar. Isso faz com que a capacidade elástica dos pulmões
Para evitar, ou ao menos minimizar esse quadro, é vital pensar em alternativas e inovações apropriadas
para a produção e o consumo de cimento. Já que dificilmente a demanda por esse material irá diminuir.
A seguir, apresentamos algumas alternativas e inovações:
Estruturas metálicas
Em relação à estrutura, enquanto a de concreto deve ser produzida toda na obra, a metálica é apenas
montada. Por isso, a sua produção é feita em fábrica, o que agiliza o processo.
A mão-de-obra utilizada em obras com estruturas metálicas é bem menor do que a utilizada nas de
concreto armado. Embora as estruturas metálicas exijam mão-de-obra mais especializada. Erros são,
por vezes, admissíveis e corrigidos quando tratamos de estruturas de concreto. Porém, erros na
estrutura metálica devem ser nulos.
O peso da estrutura metálica é menor do que a estrutura de concreto armado, o que alivia a tensão nas
vigas e colunas.
Quanto à resistência dessas estruturas, são equivalentes.Em relação aos prazos de obra, a estrutura
metálica apresenta mais vantagens. Afinal, as etapas de obra podem ser executadas simultaneamente,
ao contrário das estruturas em concreto armado.
estruturas metálicas. Pois estruturas metálicas superaquecem no verão e esfriam demais no inverno,
diferentemente das estruturas de concreto, que acabam sendo mais aconchegantes e confortáveis.
Por fim, as estruturas de concreto apresentam uma grande vantagem em relação às estruturas
metálicas na proteção contra incêndios. Fato este que parece justificar a ainda grande utilização de
estruturas em concreto armado.
Existem diferentes iniciativas que defendem o uso da madeira certificada na construção civil para
substituir estruturas feitas de concreto. São muitos os fatores positivos defendidos para essa prática.
Como o fato da madeira ser um recurso renovável, diminuir a quantidade de gases de efeito estufa e ser
Confira abaixo a animação disponibilizada pela organização não governamental WWF-Brasil (World
Wide Fund for Nature). Ela aborda e incentiva o uso de madeira certificada em projetos de construção
civil.
O chamado bioconcreto é uma descoberta capaz de revolucionar por completo o setor da construção
civil. Mas também a maneira como o ser humano realiza as suas construções e reparos. Nasceu das
capacidade de vedar suas próprias fissuras e rachaduras. Seria um concreto dotado de capacidades
Segundo seus criadores, o bioconcreto é assim denominado por se tratar de um produto 100% vivo.
Isso se deve pela presença de bactérias no material, responsáveis por oferecer a ele propriedades
especiais. Os pesquisadores realizam a mistura de concreto comum com lactato de cálcio e uma
colônia de micro-organismos (Bacillus pseudofirmus). Estas bactérias são capazes de sobreviver por
estimuladas pela umidade e passam a consumir o lactato. O resultado final, após a ‘digestão’ dessas
Outro aspecto positivo do bioconcreto está relacionado à extensão da rachadura que é possível
recuperar. Praticamente não existem limites, podendo reparar até quilômetros de fissuras. Porém, para
um melhor funcionamento, a ruptura não pode ter uma largura maior que 8 mm. Além disso, a economia
proporcionada com o emprego do bioconcreto é inimaginável, pois muito dinheiro poderá ser poupado.
Confira o vídeo a seguir, em inglês, disponibilizado pela Universidade de Delft, Holanda. Nele o
Reciclagem de concreto
A reciclagem de concreto é uma alternativa para combater o enorme volume de resíduos gerados
diariamente pela construção civil. Além de auxiliar na redução dos impactos ambientais provocados
pelo processo de extração e fabricação do cimento e do concreto. Leia mais sobre reciclagem de
concreto em:
Uma grande barreira ao uso de concreto reciclado se refere à variabilidade e incerteza nas
propriedades. Além da qualidade final do material reciclado e como isso afetaria a resistência, rigidez e
Por causa da lacuna de conhecimento até o momento, o uso de agregados reciclados tem sido limitado
principalmente a aplicações não estruturais. Alguns exemplos são: calçadas, estradas e em obras de
nivelamento de terrenos. Ainda que a qualidade do material reciclado seja geralmente maior do que a
Assim, é necessário desenvolver pesquisas e métodos de engenharia apropriados. Para que haja uma
Além dessas, também existem outras alternativas que visam auxiliar na redução dos impactos
O cimento, como já foi dito, é fundamental para a “construção” da sociedade que conhecemos hoje.
Portanto, não se deve demonizá-lo, mas procurar alternativas em larga escala. Para que assim seus
impactos sejam diminuídos e alternativas mais sustentáveis possam ser desenvolvidas.
Fontes
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Escrito por:
Equipe eCycle
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