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Bases Neurobiológicas Da Aprendizagem
Bases Neurobiológicas Da Aprendizagem
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11 RELAÇÃO ENTRE COGNIÇÃO E APRENDIZAGEM .................................. 37
12 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................. 40
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INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
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1 DESENVOLVIMENTO HUMANO
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1.2 Fatores que influenciam o desenvolvimento humano
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Conforme os aspectos citados acima, Jean Piaget (Apud Bock, p. 98-99, 1999,
apud Silva, Duarte e Ferreira, 2019) aduz que os fatores que influenciam o
desenvolvimento humano são vários, veja a tabela:
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É o que torna possível determinados padrões de
comportamento. Por exemplo, o aluno para ser,
Maturação adequadamente, alfabetizado deve ter condições de segurar o
Neurofisiológica: lápis e manejá-lo com habilidade, para tanto, é necessário um
desenvolvimento neurológico que uma criança de 2 anos ainda
não possui.
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2.1 Aspectos do desenvolvimento humano
Santos (2002), aduz que o desenvolvimento deve ser entendido como uma
globalidade; mas, devido a sua riqueza e diversidade, para efeitos de estudo, sua
abordagem ocorre mediante quatro aspectos básicos:
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3 AS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
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Portanto, entende-se de acordo com Torres; Torres (2020) que todo o processo
de desenvolvimento humano é um conjunto de ações, fases e etapas que devem ser
tomadas concomitantemente por todos os envolvidos no processo, visando ao
desenvolvimento de uma consciência humana, social, cultural e ambiental, baseada
na ética, na ciência e na inovação, que possa ser transmitida por meio de gerações,
fazendo com que todos reflitam sobre a própria existência e suas relações com a
sociedade e o planeta.
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4 O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E SOCIAL
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Foi suposto por Spearman que as pessoas espertas possuíam um elevado
índice do fator geral. Um engenheiro eletricista americano que se tornou um eminente
fazedor de testes, L.L. Thurstone (1887-1955 apud Santos, 2017) esposava o ponto
de vista das “capacidades separadas”. Alegava que o fator de abrangência geral de
Spearman na realidade se constituía em sete habilidades diferentes:
4) reter impressões;
Ainda que fosse considerado por Thurstone que estas capacidades eram
relacionadas até certo ponto, ele destacava suas diferenças. Os psicólogos primitivos
tinham um interesse maior em desenvolver testes que pudessem diferenciar entre
estudantes embotados e rápidos, para que pudessem ser designados para um
currículo escolar apropriado. Por este motivo, as questões teóricas foram
simplesmente colocadas de lado. A inteligência passou a ser definida
operacionalmente em termos dos testes destinados a medi-la. Sendo assim, era
denominado inteligência o que quer que os testes medissem. Conceitos práticos como
esses dominaram a pesquisa na psicologia da inteligência até a atualidade, quando
os cientistas comportamentais começaram a reexaminar suas suposições. Portanto,
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há uma diferença entre inteligência medida e inteligência. Por inteligência medida,
entendemos o desempenho em uma determinada situação de teste, sempre com base
nas realizações: hábitos e habilidades aprendidas. Em vez disso, definimos
inteligência como uma capacidade para atividade mental que não pode ser medida
diretamente. Pensa-se que a inteligência consiste em muitas habilidades cognitivas
separadas, incluindo aquelas que envolvem percepção, memória, pensamento e
linguagem. Embora todos possuam essas capacidades até certo ponto, a eficiência
de cada processo parece variar muito. Supõe-se que a inteligência se aplica no
ajustamento de cada processo e em todas as esferas da vida. Já que as investigações
de inteligência se amparam fortemente em testes, é crucial compreender como os
psicólogos têm medido as capacidades mentais. (SANTOS, 2017).
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que o objeto de estudo da psicologia deveria ser o comportamento humano, a partir
de métodos experimentais e observações objetivas. (CORTINAZ, 2018)
O behaviorismo, então, é uma ciência do comportamento. Para Watson, o
comportamento é constituído de estímulos observáveis provenientes do meio em que
determinado organismo se insere e das respostas observáveis do organismo a esses
estímulos. Os estímulos são um conjunto de excitações que agem sobre o organismo
e podem ser quaisquer elementos do meio externo (luzes, sons e etc.) ou também
modificações internas dos organismos (contrações do estômago causadas pela fome,
por exemplo). Ao identificar as respostas resultantes dos estímulos, o psicólogo
distingue, então, o comportamento. Ao distinguir o comportamento, o psicólogo deve
ser capaz de prever a resposta e de reconhecer o estímulo. Watson defendeu que o
desenvolvimento humano é estimulado pelo meio e modelado pelas experiências.
(CORTINAZ, 2018)
O norte-americano J. B. Skinner (1904-1990) foi o responsável pela ampliação
da concepção do behaviorismo ao propor o behaviorismo radical. Skinner entendia
que os comportamentos não são resultantes somente de estímulos aos indivíduos,
mas decorrentes também de seus esquemas próprios, emitidos em determinado
ambiente mesmo na ausência de estímulos. Para o pesquisador, ao responder a um
estímulo, o indivíduo estaria apresentando um comportamento reflexo. Porém, em sua
interação com o meio (físico e social), o indivíduo é também ativo e faz apresentações
intencionais, o que Skinner chamou de comportamento operante.
A teoria de Skinner considera que os indivíduos agem de acordo com as
consequências positivas ou negativas de seu comportamento. Portanto, não se pode
pensar o indivíduo submetido ao meio de forma passiva. Skinner afirma a existência
de reforços positivos e negativos no meio que possibilitam modificações no
comportamento dos indivíduos. O reforço positivo fortalece o comportamento que o
precede, e a punição fortalece a remoção do comportamento que o precede.
(CORTINAZ, 2018)
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estágios diferem não apenas na quantidade de informações adquirida em cada um,
mas também na qualidade do conhecimento assim como da compreensão.
Assumindo um ponto de vista interacionista, Piaget, sugeriu que a transição de
passagem de um estágio para o outro ocorre quando uma criança atinge um nível
apropriado de maturidade e é exposta a tipos relevantes de experiências e que, sem
tais experiências, as crianças não poderiam alcançar os níveis mais altos de
crescimento cognitivo. Piaget (1970 apud Renner et al. 2012)
A teoria de Piaget postula algumas categorias para a compreensão do
desenvolvimento humano. A equilibração é uma categoria fundamental: todo
organismo necessita viver em equilíbrio com o meio. O meio suscita situações novas,
desafiadoras e conflitantes nos organismos, causando desequilíbrios que são
necessários para o seu desenvolvimento. Diante do conflito e do desequilíbrio
causado pelo mesmo, o organismo recorre a recursos próprios em busca do equilíbrio.
Um desses recursos e categorias de Piaget é a assimilação, que ocorre quando um
organismo, sem alterar as suas estruturas mentais, procura significado, a partir de
experiências anteriores, para compreender um novo conflito e desequilíbrio. Um
segundo recurso e categoria na teoria de Piaget é a acomodação, com a qual o
organismo tenta restabelecer o equilíbrio com o meio a partir da transformação de
suas próprias estruturas mentais. A assimilação e a acomodação, embora diferentes,
ocorrem simultaneamente na resolução dos conflitos causados pela interação do
organismo com o meio e no restabelecimento do equilíbrio (equilibração). A
assimilação e a acomodação coexistem e se alternam ao longo do desenvolvimento
humano, possibilitando o enfrentamento e a resolução de conflitos oriundos do meio
para que o indivíduo possa se (re)equilibrar e continuar se desenvolvendo (PIAGET,
1976 apud CORTINAZ, 2018)
De acordo com Lev Vygotsky, psicólogo do desenvolvimento russo, a cultura em
que somos criados afeta nosso desenvolvimento cognitivo de maneira significativa;
não podemos entender o desenvolvimento cognitivo sem levar em conta os aspectos
sociais da aprendizagem. Vygotsky argumenta que o desenvolvimento cognitivo
ocorre como uma consequência das interações sociais (nível de desenvolvimento
proximal) em que as crianças trabalham conjuntamente com outros para solucionar
problemas. Por meio dessas interações, as habilidades cognitivas das crianças
aumentam, e elas ganham a habilidade de funcionar intelectualmente por conta
própria (nível de desenvolvimento real). Mais especificamente, ele sugere que as
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habilidades cognitivas das crianças aumentam quando elas encontram informações
que estão prontas para aprender. Ele chamou essa prontidão para a aprendizagem
de zona de desenvolvimento proximal (ZDP), nível em que uma criança já pode quase
– mas não completamente – compreender ou desempenhar uma tarefa sozinha.
Quando as crianças recebem informações que se enquadram na ZDP, elas podem
aumentar sua compreensão ou dominar uma nova tarefa. Por outro lado, se a
informação estiver fora da ZDP da criança, ela não conseguirá dominá-la (Maynard e
Martini, 2005; Rieber e Robinson, 2006; Vygotsky, 1926/1997 apud Renner et al.
2012).
Em suma, Renner et al. (2012, p. 08)
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Inconsciente, revelando a ideia de dissociação do Eu em sujeito consciente e
inconsciente, e as pulsões que movem o desejo do ser humano em pulsões de vida e
de morte, as quais funcionam sob lógicas diferentes. Defendeu que, além da livre
associação, havia outro meio de acesso aos conteúdos inconscientes expressos por
lembranças: as reminiscências dos sonhos (FREUD, 1996 apud Barbosa, 2020).
Se para Freud o desenvolvimento humano tem uma base psicossexual, para
Erikson o desenvolvimento humano tem uma base psicossocial. Segundo Erikson
(1968 apud Cortinaz, 2018), em cada fase da vida há uma crise (crises bipolares) que
pode ser resolvida positivamente ou negativamente, o que é determinante para o
desenvolvimento. A primeira crise vai do nascimento até, aproximadamente, o
segundo ano de vida. Trata-se de uma crise de confiança básica x desconfiança. A
resolução dessa crise depende da capacidade da família de atender às necessidades
básicas da criança, como alimentação, atenção, conforto, segurança e etc. Entre os
dois e os três anos de idade, aproximadamente, há a crise de autonomia x vergonha.
Nesse período, a criança pode experimentar novas capacidades (controle do
esfíncter, por exemplo) e maior autonomia. Em um ambiente em que recebe suporte
e é encorajada, a criança desenvolve autonomia; em um ambiente em que não é
estimulada, a criança duvida de suas capacidades e se sente envergonhada. A
terceira crise ocorre entre os quatro e seis anos de idade e se caracteriza pela
iniciativa x culpabilidade. O maior domínio das coordenações motoras e da linguagem
permite à criança explorar mais o meio, e a resolução bem-sucedida dos conflitos
anteriores permite que ela tenha maior iniciativa para isso. Por outro lado, os
insucessos anteriores podem levar a criança a culpabilizar-se e acreditar que não é
capaz de realizar seus projetos. A quarta crise é denominada realização x inferioridade
e vai dos seis aos doze anos de idade aproximadamente. Nessa fase, a criança amplia
suas relações sociais e adquire aprendizados e competências valorizadas
socialmente. Especialmente a interação com os pares é determinante para as
sensações de sucesso ou fracasso. Dependendo do balanço mais ou menos positivo,
a criança poderá sentir-se realizada por suas competências ou inferiorizada para
enfrentar os desafios que a ampliação das relações sociais acarreta. Dos treze aos
dezoito anos de idade (adolescência), ocorre a quinta crise, identidade x confusão.
Nesse período, o modo como o adolescente se vê, o modo como acha que os outros
o veem, o que ele acha que esperam dele e a adequação às normas sociais
influenciam a consolidação ou a confusão em relação à sua identidade.
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6 APRENDIZAGEM HUMANA
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sua atenção, porém, com o passar do tempo, aquele estímulo já não surte o mesmo
efeito, ou seja, o bebê se adapta ou se habitua àquela informação. Os adultos
continuam apresentando o processo de habituação, contudo, a aprendizagem
também passa a ocorrer de maneiras mais complexas.
Com isso, diversas teorias de aprendizagem foram propostas, como a teoria
Comportamentalista ou Behaviorista, a Teoria Sociointeracionista de Vygotsky e a
Teoria Cognitivista de Jean Piaget. (COSTA E LIMA, 2018)
Jean Piaget foi um importante teórico do processo do conhecimento humano
(epistemologia). A Epistemologia Genética defende que o indivíduo passa por várias
etapas de desenvolvimento ao longo da vida. Sua teoria tem como objetivo central a
necessidade de estudar a gênese dos processos mentais, ou seja, como esses
processos são construídos ao longo da vida do indivíduo. O conhecimento resultaria
de interações que produzem entre o sujeito e o objeto. A troca inicial entre sujeito e
objeto se daria a partir da ação do sujeito. (OLIVEIRA et al.,2019)
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centrais o desenvolvimento humano e a aprendizagem. Vygotsky (1991) apresenta o
conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal, em que relata a existência de dois
níveis de desenvolvimento mental, sendo esses o desenvolvimento real e a zona de
desenvolvimento proximal. O nível de desenvolvimento real está relacionado às
tarefas que a criança consegue realizar sem o apoio de outra pessoa, já a zona de
desenvolvimento proximal envolve as atividades que os alunos não conseguem
realizar sozinhos, porém, caso seja fornecida a ajuda de um adulto ou uma pessoa
que já tenha desenvolvimento mental superior a esse aluno (que inclusive pode ser
um colega), amplia-se a gama de atividades que esse aluno pode realizar. (COSTA E
LIMA, 2018).
Já os behavioristas trabalham com o princípio de que a conduta dos indivíduos
é observável, mensurável, dando origem à teoria do comportamento ou
comportamentalismo. CHIAVENATO (1996, apud COELHO E DUTRA, 2018),
assegura que no século XX, surge a corrente de pensamento behaviorista, como uma
vertente metodológica objetiva e científica baseada na comprovação experimental,
mas concentrando-se no ser humano, estudando e analisando seu comportamento
(aprendizagem, estímulo e reações de respostas etc.), concentrando-se na
concretude dos fatos e não em conceitos subjetivos e teóricos como sensação,
percepção, emoção, atenção.
De forma geral, percebe-se que as teorias de aprendizagem apresentam
grande complexidade, pois lidam com amplo e denso processo da cognição e
aprendizagem. Entretanto, visualiza-se, que a partir do entendimento de como os
alunos aprendem e de elementos essenciais para esse aprendizado preconizados
nessas teorias, possíveis indicadores que podem nortear a elaboração de tecnologias
educacionais.
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informação. Os adultos continuam apresentando o processo de habituação, contudo,
a aprendizagem também passa a ocorrer de maneiras mais complexas (FELDMAN,
2015).
Gazzaniga, Heatherton e Halpern (2018 apud Heumann, 2018) destacam três
tipos principais de aprendizagem:
Não associativa: quando alguém aprende sobre um estímulo, como
uma imagem ou um som, e emite uma resposta em decorrência daquele
estímulo. Um exemplo é o que ocorre quando você ouve um som e vai
em busca de onde ele está vindo. Fazem parte desse tipo a já
mencionada habituação e também a sensibilização, quando a resposta
a um estímulo aumenta com o passar do tempo.
Associativa: quando a pessoa aprende a relacionar/associar um evento
com outro. Nesse tipo de aprendizagem a pessoa aprende que os
estímulos do ambiente, as respostas comportamentais que ela emite e
as consequências dessas respostas estão relacionadas. Um exemplo é
o que ocorre quando você relaciona ter dor dente ao comportamento de
ir ao dentista, essa relação é considerada uma aprendizagem do tipo
associativa.
Por observação: quando alguém adquire ou muda um comportamento
a partir da observação de como outras pessoas se comportam. Por
Aprendizagem exemplo, quando você assiste a um tutorial de como
preparar um prato e passa a implementar esse novo repertório de
comportamento na sua vida.
Dando continuidade a essa compreensão, Illeris (2013 apud Heuman, 2018)
ainda destaca dois processos essenciais na aprendizagem:
Processo externo: remete à interação do indivíduo com o meio no qual
está inserido.
Processo psicológico/interno: remete à aquisição e à elaboração das
informações disponíveis no meio.
Compreende-se que esses processos ocorrem em toda forma de
aprendizagem, contudo, algumas teorias se dedicam mais à compreensão e
explicação de um ou de outro processo. (Illeris 2013 apud Heumann, 2018)
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6.3 Fatores que interferem na aprendizagem
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O referido autor, explana que uma das características dessa camada é a baixa
escolaridade. A escola é posta de lado já que a necessidade de renda é vista como
maior e mais urgente. Todavia, entende-se que a educação pode contribuir direta e
amplamente para a conquista de uma melhor condição social. (SIMÕES,2019)
Compreende-se que essas dificuldades, refletem no processo de aprendizagem,
a qual se caracteriza como resultado de construção e experiências passadas que
influenciam as aprendizagens futuras. (TABILE; JACOMETO, 2017)
Para tanto, a escola deve trabalhar na perspectiva dos contextos trazidos pelos
alunos, diante dessas dificuldades que fazem parte da sua realidade, pois, segundo
SAVIANI, 2004 apud COSTA, 2019 o objetivo da educação escolar é a formação
humana, então as necessidades humanas é que determinam os objetivos da
educação, de maneira que o currículo escolar, a rotina e o planejamento devem estar
pautados nessas necessidades. E, mesmo não sendo suficiente, a educação básica
é condição necessária para o desenvolvimento crítico do aluno, possibilitando o
desenvolvimento não apenas cognitivo, mas considerando os diversos aspectos do
desenvolvimento humano.
Dessa forma, a aprendizagem é como uma construção pessoal resultante de um
processo experimental, inerente à pessoa e que se manifesta por uma modificação de
comportamento. Sabe-se que a aprendizagem é um fenômeno extremamente
complexo, envolvendo aspectos cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e
culturais. (TABILE; JACOMETO, 2017)
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7 INTELIGÊNCIA: PROCESSOS DE APRENDIZAGENS
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operatório (2 a 7 anos) período em que surge a linguagem e gera modificações no
aspecto social, intelectual e afetivo da criança; Operacional concreto (7 a 11 ou 12
anos) início da construção lógica, estabelecimento de relações com coordenação de
pontos de vista diferentes e Operacional formal (11 ou 12 anos em diante) fase esta
em que ocorre a passagem do pensamento concreto para o pensamento formal.
A teoria das Inteligências Múltiplas (IM), de Howard Gardner, define inteligência
como a capacidade em resolver problemas ou elaborar produtos que são importantes
num determinado ambiente ou cultura. Para ele, os alunos devem aprender a lidar
com o conhecimento de acordo com suas capacidades. Assim, considerar que existe
uma variedade de inteligências humanas conduz a uma nova visão da educação, uma
educação centrada no indivíduo, onde o professor deve conhecer seus estudantes
para delinear suas ações didáticas. Esse planejamento deve envolver metodologias
para apresentar e discutir os conteúdos, como também o emprego de diferentes
formas de avaliação dos conhecimentos. Nesse contexto, considerar que existe uma
variedade de inteligências humanas conduz a uma nova visão da educação, uma
educação centrada no indivíduo, onde o professor deve conhecer seus estudantes
para delinear suas ações didáticas. Esse planejamento deve envolver metodologias
para apresentar e discutir os conteúdos, como também o emprego de diferentes
formas de avaliação dos conhecimentos (GARDNER, 1995; LABURÚ et al., 2003
apud LEÃO; RANDI, 2017).
No dizer de Bes (2020), o impulso dessas novas teorizações, assume-se o fato
de que o ser humano não possui somente uma inteligência, mas várias, e que o
funcionamento delas ocorre de forma complementar e interdependente, articulando
aspectos racionais e emocionais. Sabe-se hoje, pelo avanço da neurociência e da
própria psicologia, que existe um sério comprometimento psicofisiológico em nossas
ações, onde, ao pensarmos e agirmos acabamos produzindo reações físicas, muitas
vezes hormonais, em nosso corpo, que, em muitos casos, se associam com os
aspectos emocionais.
Nessa direção, como uma inteligência de caráter social, relacionada ao
conhecimento dos sujeitos sobre suas emoções e a capacidade de controlá-las,
incluindo sua percepção em relação às emoções alheias, surge e define-se o conceito
de inteligência emocional. (Salovey e Mayer 1990 apud Bes, 2020). Os mesmos
autores definiriam posteriormente a inteligência emocional como:
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A habilidade para reconhecer o significado das emoções e suas inter-
relações, assim como raciocinar e resolver problemas baseados nelas. A
inteligência emocional está envolvida na capacidade de perceber emoções,
assimilá-las com base nos sentimentos, avaliá-las e gerenciá-las (MAYER;
CARUSO; SALOVEY, 2000, documento on-line apud Bes, 2020).
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8 NEUROCIÊNCIA, EDUCAÇÃO E APRENDIZAGEM
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pedagógico, faz surgir a necessidade de refletir sobre um novo saber disciplinar
baseado nos conhecimentos neurocientíficos, os quais poderiam ser vinculados às
disciplinas direcionadas à aprendizagem humana. A articulação entre neurociências e
educação pode ocorrer por meio da renovação de um componente já existente ou pelo
acréscimo de um novo componente curricular nos cursos de formação de professores.
Sua prioridade deve ser a de adicionar informações científicas e subsidiar futuras
ações práticas, não se constituindo se constituindo apenas em mais um saber
disciplinar, mas em um saber pertinente e útil para a prática profissional da docência.
Como preconiza Willians: "A pesquisa sobre o cérebro manifesta o que muitos
educadores sabem intuitivamente: que os alunos aprendem de diversas maneiras e
quanto mais maneiras se apresentarem, tanto melhor aprendem a informação".
Assim, a neurociência pode também ser considerada uma importante
ferramenta que auxilia na renovação teórica dos docentes. O conhecimento do
funcionamento do cérebro e do processo cognitivo mediado por conexões neurais
facilita a compreensão do desenvolvimento do aluno. Sobretudo, a neurociência
mostra caminhos mais claros para que o educador compreenda a complexidade do
processo de ensino e de aprendizagem e crie novas ferramentas para o
desenvolvimento cognitivo saudável de seus educandos. (SOUSA; ALVES, 2017 apud
DALMOLIN, 2020).
Nesse sentido, Carvalho (2010), enfatiza que há uma busca exaustiva no
campo científico da neurociência em torno de como o cérebro age. São inúmeros os
estudos que têm sido publicados, em revistas especializadas ou não, e vários os
congressos realizados na área da neurociência. E, Simonetti (2008 apud Dalmolin,
2020), corrobora reforçando que os estudos que envolviam os processos neurais e o
funcionamento do cérebro, tiveram grande incentivo na chamada década do cérebro
entre os anos de 1990 e 2000. Nesse período, muitas equipes multidisciplinares de
diferentes países reuniram seus conhecimentos e criaram novas ciências, tais como
a neuroquímica, a neurofisiologia e a neurociência cognitiva.
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atividades do corpo humano, como movimentos voluntários, sentimentos e ações
comportamentais (PIOVESAN, 2017 apud DALMOLIN, 2020). Essas estruturas são
formadas, principalmente, por um tipo especial de células: os neurônios, que
considerados unidades processadoras de informação.
Dalmolin (2020), destaca que diante da natureza multifacetada do sistema
nervoso e das funções neurais, a neurociência está organizada em cinco principais
disciplinas, a saber:
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calcular, planejar, julgar, rir, movimentar-se, trabalhar, emocionar-se, são
comportamentos que dependem do funcionamento do cérebro. Educar é aprender
também.
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No dizer de Júnior et.al (2015), as descobertas em Neurobiologia só
encontrarão sua aplicabilidade na Escola se contribuírem para que o professor, aliado
as suas experiências, possa refletir sob suas práticas e métodos. A Neurobiologia
como ciência básica não pode ser prescritiva para a prática educacional, porém pode
proporcionar elementos importantes na reflexão do professor e da escola na escolha
de seus métodos de ensino. Questões importantes como o mecanismo de atenção,
os diferentes tipos de memória, dificuldades de aprendizagem, efeitos do sono e do
estresse na aprendizagem escolar poderão ser abordados do ponto de vista
neurobiológico e enriquecer a prática educacional. O crescente conhecimento
biológico sobre o cérebro humano desperta interesse em toda a população, mas
precisa ser difundido e popularizado adequadamente.
Nessa direção,
33
especificidades no processo de aprender. (STERNBERG; GRIGORENKO, 2003 apud
Grossi, Lopes e Couto 2014)
Nesta perspectiva, como existem várias formas de pensar e de aprender,
também há várias formas de ensinar. Assim, é importante salientar que durante o
processo de aprendizagem, não se utiliza apenas e de uma só vez uma linguagem de
aprendizagem, mas a combinação de várias. Sendo que, para estimular uma
linguagem da mente, várias estratégias pedagógicas são requeridas. Desta maneira,
as práticas pedagógicas poderão ser pautadas pela multiplicidade no aprendizado,
em que informações são expostas de maneiras diversas, usando múltiplos métodos.
Reforça-se que a Neurobiologia irá contribuir para a ação pedagógica por
compreender as estruturas e o funcionamento do Sistema Nervoso Central, enquanto
a didática é a arte de ensinar conteúdos acadêmicos sistematizados. Portanto, pode-
se considerar que uma ciência complementa a outra. (Grossi, Lopes e Couto 2014)
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A tarefa de educar dentro da modernidade tem exigido de seus educadores cada
vez mais esforços para atender a demanda que lhe é proposta, desde uma boa
preparação teórica, ou seja, sua formação, até a incessante busca de atualização
profissional e dedicação ao seu respectivo trabalho. (SANTOS E SOUSA, 2016)
Compreende-se que o processo de aprendizagem é imprescindível em qualquer
etapa na vida do ser humano, bem como, vem se desenvolvendo desde os primórdios
de sua vida. A neurociência tem demonstrado o quão promissora pode ser uma
parceria com a educação, trazendo todo o seu conjunto de saberes sobre o Sistema
Nervoso Central, local onde tudo acontece, desde os comportamentos, pensamentos,
emoções e movimentos, e é a partir dos conhecimentos desta área que a educação
pode ter um salto quando se fala em efetividade e eficácia, levando em consideração
que a partir do surgimento e avanço da neurociência foi possível fornecer melhorias
na qualidade de vida da sociedade atual, disponibilizando tratamentos efetivos para
variados distúrbios neurológicos, ou seja, contribuiu e tem contribuído
significativamente para o desenvolvimento de soluções de diversos transtornos e
doenças, incluindo os problemas educacionais.(SANTOS E SOUSA, 2016)
Nos dias atuais, a educação tradicional, na qual o professor é o único detentor do
conhecimento, tem dado lugar a uma educação mais reflexiva, onde o aluno também
ganha papel ativo no processo de ensino-aprendizagem (Cardoso & Queiroz, 2019
apud LIMA et al., 2020). Com isso, como membro importante para a construção do
conhecimento, o professor deve estar capacitado para melhor compreender as
necessidades dos seus alunos, o que exige destes profissionais o constante
aperfeiçoamento de suas práticas pedagógicas (Escribano, 2007; Cardoso & Queiroz,
2019 apud LIMA et al., 2020). A partir disso, considerando que a neurociência é
caracterizada como o conjunto de disciplinas que visa estudar o sistema nervoso
Nesse contexto, surge a neuroeducação. Trata-se de uma subárea ainda recente,
que busca aplicar os conhecimentos da neurociência para auxiliar na compreensão
dos processos neurobiológicos da aprendizagem, para que assim, possam ser
elaboradas novas estratégias pedagógicas de ensino. (LIMA et al., 2020)
Destaca-se que os professores possuem a tarefa de planejar estratégias
metodológicas que melhor se adaptem ao contexto educativo abordado (RICOY &
COUTO, 2011 apud LIMA et al., 2020). E, ainda, possuem um papel imprescindível
na construção do senso crítico e reflexivo de seus alunos (Bulgraen, 2010 apud LIMA
et al., 2020). Mais que isso, pode-se resumir que “o professor tem o dever de preparar
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os estudantes para pensar” (FONSECA, 1998 apud LIMA et al., 2020). A partir disto,
considerando que a neurociência abrange um conjunto de temas que estudam o
sistema nervoso (Relvas, 2012 apud LIMA et al., 2020), dentre eles os mecanismos
da atenção, a aprendizagem e memória, a emoção, a linguagem e a comunicação
(Ventura, 2010 apud LIMA et al., 2020), estudar esta temática auxilia na compreensão
dos processos cognitivos e de aprendizagem e, consequentemente, na atuação
pedagógica do professor.
Para Santos e Sousa (2016), mediante a emergência da neuroeducação na
atualidade, constata-se que a mesma pode direcionar de forma eficaz a
aprendizagem, tendo também em vista a necessidade de refletir sobre a urgência de
disseminar suas potencialidades e contribuições nos processos de ensino-
aprendizagem, não como uma forma mágica de acabar com todos os problemas
relacionados a educação, mas como uma ferramenta útil que possa melhorar o
aprendizado, assim como, estimular de forma adequada e diferenciada as
potencialidades da criança que cada dia se transforma dentro da realidade a qual está
inserida.
E assim, a Neuroeducação começa a ganhar corpo, se caracterizando como um
campo multi e interdisciplinar, que oferece novas possibilidades tanto à docência,
como a pesquisa educacional com a finalidade de abordar o conhecimento e a
inteligência, integrando três áreas: a Psicologia, a Educação e as Neurociências,
incluindo as áreas que se formaram com a junção dos campos, como a:
Neuropsicopedagogia, Neuropsicologia e Psicopedagogia. (SANTOS E SOUSA,
2016)
Afirma-se que o conhecimento da neurociência possibilita ao professor a
atribuição da ciência básica sobre o cérebro e seu funcionamento, relacionando a
teoria neurocientífica com a sua prática em sala de aula e os conhecimentos
educacionais, o que facilita o entendimento do processo ensino-aprendizagem e
contribui para um desenvolvimento pedagógico qualificado (Silva & Morino, 2012;
Cardoso & Queiroz, 2019 apud LIMA et al., 2020). Adicionalmente, tal conhecimento
desenvolvido em espaços acadêmicos soma vários aspectos positivos, uma vez que
possibilita ao docente compreender as variadas formas de aprender e ensinar,
proporcionando uma nova visão metodológica para a formação discente (CARDOSO
& QUEIROZ, 2019 apud LIMA et al., 2020).
36
11 RELAÇÃO ENTRE COGNIÇÃO E APRENDIZAGEM
Para o autor, além da relação acima mencionada, estes dois itens são
baseados em performance. A aprendizagem é baseada na teoria de que um
organismo nasce com a capacidade neurológica para adquirir conhecimento. Seja
através de um ambiente estruturado, tais como a escola e trabalho ou tentativa e erro,
e alguns processos cognitivos ocorrem para produzir conhecimento. Estes mesmos
processos tornam-se traços do indivíduo e podem levar a aprendizagem adicional.
Para ele, um fator importante da relação entre aprendizagem e cognição é a
motivação. Quanto maiores os estímulos do ambiente de uma pessoa, maior a ênfase
na aprendizagem de um novo comportamento. (AZEVEDO, 2016)
Para Melo, Silva e Martins, 2020 p.02
37
inerte, pelo contrário, está em continua inovação e evolução, acima de tudo,
deve ser motivado.
Piletti (2013 apud Melo, Silva e Martins, 2020), afirmam que a motivação é
agente indispensável da aprendizagem. É possível existir aprendizagem sem docente,
sem estabelecimento de ensino, sem computador, sem livro e sem muitos e diversos
recursos. Mas, se não existir motivação, não existirá aprendizagem, ainda que haja
todos esses recursos adequados.
Assim, com ênfase no contexto educacional, a motivação é analisada como
peça chave para melhoria no processo de ensino-aprendizagem, sendo de suma
importância o interesse e engajamento dos alunos em sala de aula. Tendo em vista
um melhor entendimento do processo de motivação dos alunos e professores,
analisam-se os dois tipos de motivação, que estão presentes nos sujeitos e podem
ser analisadas em sala de aula: a motivação intrínseca e extrínseca. (FROTA; XEREZ;
PARENTE, 2020).
Na motivação intrínseca, Vygotsky (2003 apud Frota, Xerez e Parente, 2020)
menciona que o pensamento propriamente dito é produto da motivação, isto é, dos
nossos desejos, necessidades e interesses. Desta forma, Paiva e Lourenço (2009
apud Frota, Xerez e Parente, 2020) citam que não seria válido estudar as dificuldades
de aprendizagem sem considerar os aspectos afetivos, pois é inevitável fazer uma
análise do contexto emocional, das relações afetivas e da forma como o sujeito se
situa no mundo.
Segundo Frota, Xerez e Parente (2020) a motivação extrínseca está ligada a
fatores externos que atuam no processo de ensino dos alunos. O ministrar através da
recompensa é um fator que está muito presente nas escolas atualmente, pois muitos
professores incentivam os alunos a estudarem para se obter determinado resultado
esperado. Bock (1999, p. 121 apud Frota, Xerez e Parente, 2020) diz que a
preocupação do ensino tem sido a de criar condições tais, que o aluno queira e tenha
vontade de aprender.
Nesse contexto, Alcará e Guimarães (2007 apud Lourenço e Paiva, 2010)
utiliza-se da argumentação em que no contexto educacional a motivação dos alunos
é um importante desafio para os docentes, pois tem implicações diretas na qualidade
do envolvimento do aluno com o processo de ensino e aprendizagem. O aluno
motivado procura novos conhecimentos e oportunidades, evidenciando envolvimento
com o processo de aprendizagem, participa nas tarefas com entusiasmo e revela
38
disposição para novos desafios. A motivação do aluno é uma variável relevante do
processo ensino/aprendizagem, na medida em que o rendimento escolar não pode
ser explicado unicamente por conceitos como inteligência, contexto familiar e
condição socioeconômica.
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12 BIBLIOGRAFIA
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