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M3 - Direito Penal I
Respostas:
1) Diferença entre dolo e culpa na teoria geral do crime, segundo Cezar Roberto
Bitencourt (2020), no seu livro "Tratado de Direito Penal", o dolo é definido
como a vontade consciente de realizar a conduta típica, sendo este elemento
subjetivo que se refere diretamente ao aspecto intencional do agente. A
culpa, por outro lado, refere-se a uma conduta negligente, imprudente ou
imperita, onde o agente não tem a intenção de produzir o resultado típico,
mas o faz por não observar o cuidado necessário.
2) Crime impossível:
Exemplo: Marcos, desejando roubar o banco, elabora um plano para invadir o local
à noite. No entanto, o banco opera apenas digitalmente, sem qualquer valor físico
presente no prédio. Portanto, por mais que Marcos tenha a intenção, o roubo é
impossível pela inaptidão do objeto.
"O juiz precisa verificar em cada caso se o indivíduo tinha capacidade de entender
que o ato era errado. Isso deve ser feito do ponto de vista da pessoa comum,
considerando sua capacidade de compreensão".1
1
Mezger, Tratado de derecho penal, trad. de 1955.
4) Princípio da Ubiquidade no âmbito do tema do Direito Penal no espaço:
Conforme elucidado por Damásio de Jesus (2019), em "Direito Penal - Parte Geral",
o princípio da ubiquidade estabelece que um crime pode ser considerado cometido
tanto no local onde ocorreu a ação ou omissão, totalmente ou em parte, como
também onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
Para Luiz Regis Prado (2020), em "Curso de Direito Penal Brasileiro", o princípio da
ubiquidade é fundamental para a determinação do lugar do crime, pois leva em
consideração tanto o lugar da ação ou omissão quanto o resultado.
Exemplo:
Ana, uma brasileira, injeta veneno em uma garrafa de vinho na França e envia para
Carlos, que mora no Brasil. Carlos bebe o vinho e morre. Segundo o princípio da
ubiquidade, o crime foi cometido tanto na França (onde Ana agiu colocando o
veneno no vinho) quanto no Brasil (onde ocorreu o resultado, que seria a morte de
Carlos).
Exemplo:
Vamos imaginar que alguém foi condenado por roubo. De acordo com a ideia
funcionalista, o juiz não só olharia o que a lei diz sobre o roubo, mas também
consideraria como esse crime afetou a comunidade ao redor. Ele pensaria sobre
como a punição poderia ajudar a prevenir que outros crimes aconteçam e também
sobre como proteger o direito das pessoas de terem suas coisas como propriedade
privada. Assim, o juiz escolheria a punição que melhor ajuda a comunidade e a
evitar mais crimes, mas sempre lembrando que a punição não pode ser maior do
que o crime cometido.
Referências Bibliográficas: